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PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre Tutoria 1.1 1. Quais as outras consequências que o estilo de vida de Rosemeire podem desencadear durante o desenvolvimento fetal? (CIR e PREMATURIDADE) CIR . → crescimento intrauterino restrito Define-se restrição do crescimento fetal a limitação patológica de um feto para atingir o seu potencial genético de crescimento. Complicações: complicações a curto prazo incluem hipóxia ao nascer e quando associado à prematuridade, síndrome de desconforto respiratório, enterocolite necrotizante, retinopatia da prematuridade, infecção e hipoglicemia. A longo prazo incluem risco aumentado de resistência à insulina, desordens cardiovasculares e problemas psiquiátricos. → O feto com C l U R, geralmente, é aquele que se encontra com o peso abaixo do percentil 10 para IG. → O crescimento intrauterino restrito é fator importante de morbimortalidade perinatal. A mortalidade neonatal dos RNs com C I UR é seis a 10 vezes mais do que a daqueles que cresceram normalmente na vida intrauterina Classificação . simétrica, assimétrica ou intermediária: ● RCIU simétrica → há limitação tanto do crescimento corporal quanto cerebral (o recém-nascido é “todo pequeno”). Resulta de fatores intrínsecos desde o início da gestação – anomalias cromossomiais, genéticas ou teratogênicas, infecções, DHEG. ● RCIU assimétrica → há um comprometimento muito mais importante do crescimento corporal do que do crânio (cerebral); nessas situações, o crescimento PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre cerebral foi mais preservado e a criança parece desproporcionalmente emagrecida. Resulta de fatores extrínsecos (a partir do 3o trimestre), como desnutrição materna. Ex: cardiopatias, nefropatia. ● Tipo intermediário → aquele em que o agente agressor age no 2o trimestre de gravidez, afetando tanto a fase de hiperplasia quanto de hipertrofia. Assim, produz-se um feto com tamanho desproporcionado, mas de modo menos marcante que no tipo I. Sua identificação clínica é bastante difícil. As principais causas são o álcool, tabagismo e determinados fármacos. O tipo intermediário corresponde a 10% de todos os casos. PREMATURIDADE . Parto pré-termo→ ocorre em até 36 semanas e 6 dias de idade gestacional, excluindo o período considerado como de abortamento. 3 principais causas: ● o trabalho de parto prematuro; ● a rotura prematura pré-termo das membranas ovulares; ● prematuridade terapêutica (quando alguma condição mórbida materna e/ou fetal ocasiona a antecipação do parto). Definição: idade gestacional Categorização por peso: Condições específicas importantes na identificação de risco em uma gravidez: ● intervalo interpartal curto (menor que 18 meses); ● baixo índice de massa corpórea; ● anemia; ● sangramento por via vaginal no início da gestação; ● polihidrâmnio; excesso de líquido amniótico no saco amniótico ● gravidez múltipla; ● situações sociais desfavoráveis; ● estresse materno (físico e/ou mental); ● depressão e ansiedade; ● tabagismo e etilismo, uso de substâncias psicoativas; ● malformações uterinas e fetais; ● lesões mecânicas no colo uterino (como conização); PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre ● doença periodontal; ● vaginose bacteriana, bacteriúria assintomática; ● infecção do trato urinário (incluindo pielonefrite) ● O comprimento do canal cervical ≤25 mm indica maior risco de parto pré-termo; e quanto mais curto o colo do útero, maior o risco. Complicações da prematuridade: A incidência e a gravidade das complicações da - prematuridade aumentam à medida que a idade gestacional e o peso ao nascimento diminuem ● Cardíaco: defeitos cardíacos congênitos como a persistência do ducto arterioso (PDA); ocorre em quase metade dos lactentesde placenta (DPP), placenta prévia, rotura prematura das membranas, trabalho de parto pré-termo, mortalidade perinatal, síndrome de morte súbita, lábio leporino e lesão de palato. Esse efeito parece estar relacionado com o número de cigarros consumidos por dia. → A nicotina é uma molécula lipossolúve l que cruza a barreira placentária e acumulase em maiores concentrações nos tecidos placentários, no líquido amniótico e no sangue fetal Impacto na gravidez: ● alterações congênitas; ● diminuição da oxigenação ● déficit no desenvolvimento do feto. ● impacto na gravidez pode gerar alterações congênitas; ● diminuição da oxigenação; PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre ● déficit no desenvolvimento do feto. ● restringe o crescimento fetal ● A nicotina e o CO têm efeitos vasoativos e reduzem os níveis de oxigênio, causando hipóxia fetal. Impactos na criança: ● maior risco de morte súbita, infecções respiratórias, asma, bronquiolite, distúrbios de cognição; ● comportamento antissocial, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e crises de pânico durante a adolescência Particularidades no pré-natal: Oferecer incentivos e intervenções direcionadas à redução ou abstinência do tabagismo passam a ter muita importância ao longo do pré-natal. Entretanto, algumas pacientes podem não reconhecer os riscos relativos ao tabagismo, nem mostrarem disposição em cessá-lo. A relação médico-paciente, pautada em confiança, sinceridade e esclarecimentos fundamentados podem persuadir esse comportamento. → Quanto ao uso do cigarro eletrônico na gravidez, a quantidade de nicotina consumida é comparável ao cigarro comum. Os cigarros eletrônicos contêm um dispositivo que aquece e vaporiza a nicotina líquida em concentrações variáveis, produzindo um aerossol inalável → Tabagismo materno, Abuso de álcool E Uso de drogas são conhecidos como de restrição de crescimento fetal c há evidências de que afetem o transporte placentário do aminoácidos.De forma geral, o feto contém mais concentração de aminoácidos do que o organismo materno. li,\ mais albumina, creatinina a e globulina no feto. 3. Quais as principais doenças que causam anomalias congênitas transmitidas por vetores? ANOMALIAS CONGÊNITAS . → é qualquer anormalidade estrutural presente no nascimento, a qual pode ser macroscópica, microscópica, na superfície externa ou interna do corpo As causas dos defeitos congênitos são divididas em três categorias amplas: • Fatores genéticos, como anormalidades cromossômicas. • Fatores ambientais, como fármacos/drogas e vírus. • Herança multifatorial (fatores genéticos e ambientais agindo em conjunto). Maternas: diabetes mellitus insulina-dependente, fenilcetonú ria, distrofia miotônica, lúpus eritematoso sistémico, tumores secretores de androgênios; doenças infecciosas: sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpe , varicela, parvovírus; 4 tipos: malformação, disrupção, deformação e displasia; Malformação . → defeito morfológico; PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre → resulta de processo de desenvolvimento intrínseco anormal, ou seja, o desenvolvimento potencial da estrutura era anormal na concepção ou em fases precoces da embriogênese. → é manifestado em múltiplas regiões de desenvolvimento Disrupção ou perturbação . → o defeito no desenvolvimento que resulta de fatores extrínsecos ou intrínsecos, produzindo quebra ou interferência do processo de desenvolvimento originalmente normal. Na ausência do fator extrínseco ou intrínseco ( estado de deficiência física, química ou biológica, exposição a agentes teratogênicos ), o desenvolvimento seria normal. → não é hereditária; Deformação . → é a forma ou posição anormal de determinada parte do corpo, causada por forças mecânicas que atuam naquela parte do corpo durante o desenvolvimento. Exemplos de deformações são gestações complicadas por oligoâmnio, em que a compressão intrauterina pode levar a alterações no posicionamento dos pés (pé torto). Outro exemplo é a hipoplasia pulmonar decorrente de herniação do intestino no tórax, durante o desenvolvimento fetal. Displasia . → é o processo e a consequência da desistogênese, ou seja, da formação anormal do tecido. Todas as anormalidades relacionadas à histogênese são classificadas como displasias. A displasia não tem causa específica e frequentemente afeta vários órgãos por causa da natureza do distúrbio celular subjacente. Arboviroses são doenças causadas por vírus transmitidos, principalmente, por mosquitos → As arboviroses de maior interesse na obstetrícia são as causadas pelos vírus da dengue (DENV), da zica (ZIKV), da febre amarela (YFV) e o da febre chikungunya (CHIKV). Febre amarela, dengue, zika vírus, chikungunya, toxoplasmose, malária, doença de chagas. 4. Quais efeitos teratogênicos a Zika, Chikungunya e Dengue podem ocasionar no embrião/feto? → As manifestações clínicas das infecções causadas pelos DENV, ZIKV e CHKV são parecidas e diferem mais pela intensidade do que por sua presença, fazendo com que haja demanda por confirmação laboratorial em grande parte dos casos ZIKA . A Síndrome Congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) compreende um conjunto de anomalias congênitas que podem incluir alterações visuais, auditivas e neuropsicomotoras que ocorrem em indivíduos (embriões ou fetos) expostos à infecção pelo vírus Zika durante a gestação. Flavivírus; mosquito Aedes (Arbovirose). PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre Período de incubação: o período médio de incubação é de 4 a 5 dias, variando entre 3 a 12 dias Acometimentos ao feto: ● microcefalia e alterações oculares (1º trimestre); ● calcificações corticais, subcorticais, malformações corticais, padrão simplificado de giro, alterações migratórias, hipoplasia do tronco cerebral, cerebelo e ventriculomegalia. CHIKUNGUNYA . Período de incubação: de 3 a 7 dias → Na infecção causada pelo CHIKV, destaca-se o notável comprometimento articular, principalmente na coluna lombar. Não é raro também o comprometimento neurológico e o ocular interno com granulocitose. De forma geral, é a que apresenta o quadro mais arrastado em sua evolução. Acometimentos: As informações sobre o prognóstico materno na infecção causada pelo CHIKV são escassas, mas, de forma geral, indicam que as manifestações dolorosas na crise aguda da doença são mais intensas, e a evolução mais demorada, com artralgia prolongada. DENGUE . Família: Flaviviridae Mosquito: Aedes → quatro tipos sorológicos Período de incubação: esse período varia de 2 a 7 dias, mas pode se estender a até 14 dias → Tipicamente, os sintomas são: febre aguda, cefaleia, dor retro-orbitária, dor muscular e nas articulações, sintomas respiratórios e gastrintestinais. A leucopenia e as elevações discretas das enzimas hepáticas podem ser úteis na suspeita diagnóstica → A transmissão vertical e as repercussões neonatais são maiores quando a infecção ocorre no terceiro trimestre ou próximo ao termo → Entre elas, a que apresenta o maior número de complicações graves é a dengue. A plaquetopenia pode ser tão intensa que provoca quadros hemorrágicos, configurando um quadro de extrema gravidade. Igualmente graves são os acometimentos neurológicos e cardíacos. Agravos à saúde materna: →maior risco de choque e fenômenos hemorrágicos. O acometimento fetal: → aumento das taxas de aborto, pre maturidade, restrição do crescimento fetal, morte fetal e transmissão vertical do DENV. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre 5. Quais fatores favorecem a proliferação do vetor das doenças Zika, Chikungunya e Dengue? → problemas estruturais/ más condições de vida da população no brasil. → Segundo Marcos Silva, farmacêutico e chefe do Serviço de Virologia e Riquetsioses no Instituto Octávio Magalhães – LACEN/MG, a temperatura, a umidade do ar e o índice de pluviosidade estão diretamente relacionados à propagação de arboviroses, pois o aumento desses fatores favorece o aumento da quantidade de criadouros (locaisde desenvolvimento do vetor). “A maneira mais eficaz de prevenção ainda é a participação da população na eliminação dos focos do mosquito, como reservatórios de água. Manter as vacinas em dia, como a da febre amarela, também contribui para diminuição no número de afetados pela doença”, explica Marcos. O inseto põe seus ovos em locais em que possam armazenar água, como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d'água descobertas e pratos sob vasos de plantas. O intervalo entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 1 e 26, que se estende de janeiro a junho, é considerado a época de sazonalidade das arboviroses. Ou seja, o período de maior incidência de casos. Isso acontece por serem meses de maior volume de chuva, mas também de temperaturas elevadas em grande parte do Brasil Más condições de vida da população Migração da zona rural para a zona urbana Intensificação da globalização: aumento de viagens para transporte de pessoas e materiais Produção exacerbada de pneus e descarte inadequado Dificuldade em atender demanda de água e esgoto Resistência do vetor aos larvicidas 6. Qual a prevenção, diagnóstico, conduta e tratamento, durante a gravidez das patologias Sífilis, Zika e Rubéola e seus efeitos teratogênicos, levando em consideração seu período de incubação? SÍFILIS . → IST → Bactéria Treponema Pallidum A precocidade do diagnóstico e do tratamento na gravidez são essenciais para o melhor prognóstico neonatal e entende-se a SC como um bom indicador da qualidade da atenção pré-natal. PREVENÇÃO: correta identificação da infecção da SG, habitualmente pelo diagnóstico laboratorial adequado, visto que o diagnóstico clínico é incomum, além da instalação do tratamento adequado para a gestante e para a sua parceria sexual. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre SINAIS NA GESTANTE: É divida em fase primária e secundária, em que as lesões são autolimitadas. A primária manifesta-se através de cancro ( úlcera de bordas elevadas, fundo limpo e não doloroso) que cicatriza espontaneamente. Para qualquer gestante com lesão ulcerada em região genital, atual ou prévia, o diagnóstico de sífilis deve sempre ser considerado Transmissão: vertical ou transplacentária. → A transmissão da sífilis por via transplacentária pode resultar em desfechos negativos quando as gestantes não são adequada e precocemente tratadas: abortos, óbitos fetais e neonatais, até recémnascidos vivos com sequelas diversas da doença, que poderão se manifestar até os 2 anos de vida. Outras complicações incluem a prematuridade, o baixo peso ao nascer, além da sífilis congênita assintomática (70% dos casos). RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO: ● testagem universal das gestantes; ● história ou exame clínico materno; Rastreamento na primeira consulta, no início do terceiro trimestre e na admissão para parto ou aborto. → é importante o tratamento dos parceiros, pois a sífilis não confere imunidade e pode ser readquirida várias vezes durante a gestação; PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre Testes treponêmicos Testes não treponêmicos o TPPA (treponema pallidum agglutination assay), o TPHA (treponema pallidum haemagglutination assay), o FTA-abs (fluorescent treponemal antibody absorption assay) e os vários métodos imunoenzimáticos e os testes de imunocromatografia em fita (testes rápidos) . VDRL (venereal disease research laboratory), o RPR (rapid plasma reagin) e o TRUST (toluidine red unheated serum test + sensíveis e específicos; → eles não negativam, persistindo como marca sorológica da infecção, e a paciente poderá apresentar provas treponêmicas positivas eternamente ao longo da vida. → têm menor sensibilidade nas fases primária e terciária da doença, podem apresentar resultados falso-positivos (devido a infecções causadas por outras espécies de treponemas São importantes para o diagnóstico, mas não estão indicados para monitoramento da resposta ao tratamento Importantes para o diagnóstico e o monitoramento da resposta ao tratamento. Atualmente: abordagem com algoritmo reverso. → Consiste em realizar inicialmente uma prova treponêmica automatizada, que permite a execução de grande número de exames simultaneamente. Esse rastreamento seria realizado pelas técnicas imunoenzimáticas (CLIA ou CMIA), que têm alta sensibilidade, mas menor especificidade. Frente a uma prova imunoenzimática negativa, pode-se descartar a presença da infecção. Tratamento: Penicilina/ 7.200.000 UI : 3 aplicações de 2.4 (caso algum dia seja pulado, precisa reiniciar o tratamento); → realizado no primeiro trimestre, previne a infecção fetal, já que a transmissão transplacentária em idades gestacionais precoces é bem reduzida. → indica-se realização de VDRL mensal após tratamento, para acompanhamento da queda dos títulos, que varia a depender do estágio da doença materna e do momento do tratamento na gestação. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre RUBÉOLA . “Sarampo alemão”; → síndrome da rubéola congênita (SRC) Vírus da família Togavírus, gênero rubivirus. → os humanos são o único reservatório de infecção; Transmissão: contato direto com as gotículas de secreções nasofaríngeas. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre A infecção congênita ocorre quando a viremia materna permite a disseminação hematogênica do vírus pela placenta DIAGNÓSTICO: ● Clínico: a rubéola é associada a um exantema; sintomas prodrômicos leves, consistindo em febre baixa, conjuntivite, coriza, dor de garganta, tosse e, eventualmente, dor de cabeça e mal-estar. Tais sintomas geralmente duram de um a cinco dias antes do início da erupção. A erupção cutânea clássica da rubéola é descrita como maculopapular eritematosa, que pode ser levemente pruriginosa e evolui para pápulas pontuais para o tronco e as extremidades. ● Laboratorial: a imunoensaios enzimáticos (ELISA) devido à facilidade, à sensibilidade e à precisão destes, medindo as imunoglobulinas IgG e IgM específicas da rubéola. →a síndrome da rubéola aguda é diagnosticada por um aumento de quatro vezes no título de IgG entre amostras de soro agudo e convalescente, ou pela presença de IgM específico para rubéola. ● no pré-natal: PCR fornece diagnóstico presuntivo. avaliação ultrassonográfica da morfologia fetal que pode evidenciar hidrocefalia, microcrania, anomalia cardíaca, hepatoesplenomegalia, catarata, hidropisia e outros achados; Riscos ao feto: ● elevando o risco de abortamentos espontâneos; ● infecção fetal; ● restrição de crescimento fetal ● até óbito do concepto → É possível que o vírus da rubéola, após atingir a placenta, dissemine-se pelo sistema vascular fetal, causando lesão vascular e isquemia orgânica. Conduta: não há tratamento intrauterino que seja realmente benéfico para fetos expostos ou afetados → acetaminofeno para alívio sintomático. → O uso de glicocorticoides, a transfusão plaquetária, entre outras medidas, são reservados para pacientes com complicações como encefalopatia ou trombocitopenia ZIKA . Conduta: → Se as gestantes tiverem evidências laboratoriais do vírus da zika no soro ou no líquido amniótico, ultrassonografia seriada a cada 3 a 4 semanas deve ser considerada para monitorar a anatomia e o crescimento fetal. → Encaminhamento a um centro de medicina materno-fetal ou especializado em doenças infecciosas com experiência no tratamento na gestação é recomendado. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre → Deve-se monitorar o desenvolvimento do cérebro por ≥ 2 anos em todos os bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus da zica, se os bebês têm ou não microcefalia ou lesões oculares. Diagnóstico: O diagnóstico é feito por ensaio imunoenzimático ou PCR por transcrição reversa. Tratamento: repouso, líquidos para evitar desidratação, paracetamol para aliviar febre e dor, evitar ácido acetilsalicílico e outros AINEs. Aspirina e outros anti- inflamatórios não esteroides (AINEs) não costumam ser usados durante a gestação e devem ser especificamente evitados em todos os pacientestratados para a infecção pelo zika vírus até que a dengue possa ser descartada devido ao risco de hemorragia. Além disso, a ocorrência de morte e infecção grave devido ao vírus da zika foi relacionada com trombocitopenia imunitária e sangramentos A prevenção da SCZ relaciona-se com evitabilidade da infecção materna pelo vírus Zika. Para tanto, é necessário o combate ao mosquito Aedes aegypti e a proteção individual contra sua picada, além do uso de preservativos para prevenir a infecção por via sexual. 7. Quais exames devem ser feitos para rastreio e diagnóstico de anomalias congênitas? TESTES DE TRIAGEM . Objetivo: identificar gravidezes de risco aumentado de resultar no nascimento de concepto com anomalias genéticas; → procedimentos não invasivos. → caso há a identificação do risco, a grávida é encaminhada para o submetimento ao diagnóstico pré-natal; → não forma diagnóstico; ● Medida da Translucência Nucal: → É a medida ultrassonográfica da área anecóica da porção posterior do pescoço fetal entre 11 e 13 semanas → menor que 2,5 cm → a triagem da trissomia do cromossoma 21 ● Avaliação Ultrassonográfica do Osso Nasal: → primeiro trimestre de gestação; ( 11 semanas e 13+6 semanas de gestação. ) → Parcela significativa do fetos com síndrome de Down não apresentam o osso nasal nessa fase. ● Dopplervelocimetria do Ducto Venoso → A diminuição da velocidade do fluxo, especialmente o aparecimento do fluxo reverso entre lO e 14 semanas, pode se associar a aneuploidias e a cardiopatia ." ● Testes Bioquímicos em Soro Materno → o mais utilizado é o teste tríplice, com a dosagem simultânea da alfa-fetoproteína, gonadotrofina coriônica e estriol conjugado PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre → Quando se opta por rastreamento bioquímico no primeiro trimestre, a dosagem da alfa-fetoproteína é substituída pela dosagem da proteína plasmática associada à gravidez PAPA a alfafetoproteína é uma proteína sintetizada pelo saco vitelínico, tgi e fígado do feto. As seguinte situações associam-se níveis de alfa- -fetoproteína aumentados na circulação materna: ● defeito de fechamento do tubo neural (anencefalia, encefalocele, meningomielocele) ● defeitos de fechamento da parede abdominal; ● Obstrução do trato digestivo; →Níveis reduzidos em cromossômicas fetais, principalmente trissomias e doença trofoblástica. ● Dosagem de Gonadotrofina Coriônica → É o marcador bioquímico mais sensível para a triagem pré-natal da síndrome de Down; → 15 a 20 SEMANAS: HCG elevado em sindrome de down; → sindrome do 18 com niveis baixissimos DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL . ● Ultrassonografia fetal: A ultrassonografi.a é utilizada para estudar a anatomia fetal. Ela é capaz de identificar anomalias estruturais maiores, como hidrocefalia, hidranencefalia, defeitos de fechamento do tubo neural, holoprosencefalia, microcefalia, macrocefalia, cistos de plexo coroide. →É também indispensável o estudo cromossômico fetal, pois as doenças cromossômicas associam-se às mais diversas anomalias congénitas. ● Estudos cromossômicos: Indicações: idade materna elevada, resultado anormal em testes de triagem pré-natal, filho anterior com trissomia livre, anomalias cromossômicas estruturais balanceadas em um dos membbros do casal. ● Estudos de DNA Existem métodos diretos e indiretos de diagnóstico molecular. → O diagnóstico molecular direto pode utilizar a reação em cadeia da polimerase (PCR) e southern blot. → Nas abordagens indiretas, são realizados estudos de ligação genética (Jinkage). Para que isso seja possível, é necessário que se conheça um locus polimórfico próximo do gene envolvido na etiologia da doença ● fiSH, CITOGENÉTICA MOLECULAR E CGH ARRAYS → estudos de regiões críticas do DNA de diversas regiões cromossômicas para identificar a sua presença ou ausência. → usadas para resultado rápido ou para diagnóstico de alguma situação específica, como deleções cromossômicas muito reduzidas e síndromes de genes contíguos. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre ● Coleta de Vilo corial → Consiste na retirada de pequena quantidade do córion frondoso. Para mais segu rança, deve ser realizada após I O semanas de gravidez. É também denominada biópsia de placenta, quando realizada após 12 semanas de gestação ● Amniocentese: → Consiste na utilização de líquido amniótico colhido pela punção da cavidade amniótica como amostra para a realização dos estudos necessários ● Cordocentese: É a coleta de sangue diretamente do cordão umbilical, orientada pela ultrassonografia. O sangue obtido pode ser utilizado para estudos cromossômicos, estudos do DNA, dosagens bioquímica , diagnósticos de hemoglobinopatias, dosagens de IgG c lgM fetais c crescente variedade de novos exam 8. Quais os exames complementares devem ser realizados no pré-natal para avaliar o estado de saúde da mãe e o desenvolvimento adequado do embrião/feto? EXAMES COMPLEMENTARES . ● Hemograma: rastrear anemias (valores abaixo de 11g) e hemoglobinopatias. ● Tipo sanguíneo do casal: rastrear incompatibilidade sanguínea e avaliar riscos de aloimunização RhD. coombs indireto positivo traduz isoimunização ● Sorologias para vírus da imunodeficiência humana (HIV), hepatite B, rubéola, toxoplasmose e sífilis. ● Sorologia para hepatite C: para pacientes de risco. ● Glicemia: para pacientes com alto risco de diabetes (idade igual ou superior a 35 anos, obesidade, história familiar de primeiro grau de diabetes, história prévia de diabetes mellitus gestacional, macrossomia fetal, óbito fetal no termo anterior sem causa aparente). ● Sorologia para citomegalovírus: para pacientes que trabalham com crianças ou em unidades de diálise. ● Sorologia para Sífilis (VDRL) ● Sorologia para toxoplasmose; ● Sorologia para rubeola ● Pesquisa de doenças sexualmente transmissíveis: gonorreia e clamídia. ● Pesquisa genética: para pacientes com história familiar de doenças hereditárias ● Ultrassonografia pélvica: quando a mulher nunca realizou exame de ultrassonografia pélvica, orienta-se a solicitação desse exame como forma de identificação de anomalias do útero e anexos. ● Colpocitológico oncótico (Papanicolau): a mulher deve ter realizado seu exame colpocitológico há menos de 1 ano para iniciar a gestação. ● Exame parasitológico de Fezes PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre ● Urina rotina e urocultura: diagnosticar infecção urinária e bacteriúria assintomática, agente etiológico e tratamento pelo antibiograma. ● Testes de vitalidade fetal: sempre que houver suspeita do comprometimento da vitalidade fetal; cardiotocografia anteparto, perfilbiofísico fetal e dopplervelocimetria. OBS → mamografia e radiografia (de tórax, dentária) devem ser feito antes da concepção, sobretudo, para evitar exposição a agentes ionizantes. ● Mensalmente: → Pesquisa de anticorpos irregulares (Coombs indireto) – repetida mensalmente para gestantes Rh negativo com parceiro Rh positivo. → Sorologia para toxoplasmose se a gestante apresentar sorologia IgM e IgG negativas. ● Entre 24 e 28 semanas de gestação: → Teste de tolerância oral à glicose de 75g (TOTG) se a glicemia em jejum na A primeira consulta for inferior a 92 mg/dL. → Ecocardiografia fetal nas pacientes com indicação; ● No terceiro trimestre: → Sorologia para sífilis e para HIV; → No caso de a gestante apresentar fatores de risco para hepatite, a sorologia de hepatites B e C é repetida; → Pesquisa de colonização vaginal e perianal por Streptococcus agalactiae (grupo B) entre 35 e 37 semanas. PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre 9. PESQUISAR O SIGNIFICADO DE CASO SUSPEITO. (MS) Caso suspeito . → o indivíduo que apresenta alguns sinais e sintomas sugestivos de um grupo de agravos que compartilha a mesma sintomatologia. Exemplo: pessoa que apresenta quadro agudo de infecção, independente da situação vacinal. ex: Dengue→ Considera-se caso suspeito de dengue todo paciente que apresente doença febril aguda, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos doisdos sinais ou sintomas como cefaléia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia, prostração ou exantema, associados ou não à presença de sangramentos ou hemorragias, com história epidemiológica positiva, tendo estado nos últimos 15 dias em área com transmissão de dengue ou que tenha a presença do Aedes aegyti. Caso confirmado . → um caso que é classificado como confirmado para os propósitos de notificação e segundo os seguintes critérios: ● Clínico: é o caso que apresenta somente os achados clínicos compatíveis com a doença, cujas medidas de controle foram efetuadas. Exemplo: Na difteria, a confirmação clínica se dá quando houver placas comprometendo pilares ou úvula, além das amígdalas; ou placas nas amígdalas, toxemia importante, febre baixa desde o início do quadro e evolução, em geral, arrastada. ● Laboratorial: é o caso que apresentou teste laboratorial reativo para detecção de vírus, bactérias, fungos ou qualquer outro microrganismo. Por exemplo, provas bacterioscópicas (identificação do bacilo de Köch no escarro), bacteriológicas, isolamento de bactéria por CIE, imunológicas (sorologia para detecção de anticorpos da hepatite viral B). Exemplo: No sarampo, os casos confirmados laboratorialmente são todos aqueles cujos exames apresentarem IgM positivo para sarampo em amostras coletadas do 1o ao 28o dia do início do exantema. ● Vínculo epidemiológico: um caso no qual a) o paciente tem tido contato com um ou mais pessoas que têm/tiveram a doença ou tem sido exposto a uma fonte pontual de infecção (i.e., uma única fonte de infecção, tal como um evento que leva a um surto de toxinfecção alimentar, para a qual todos os casos confirmados foram expostos) e b) história de transmissão do agente pelos modos usuais é plausível. Um caso pode ser considerado vinculado epidemiologicamente a outro caso confirmado se pelo menos um caso na cadeia de transmissão é confirmado laboratorialmente. Referências: ■ Noções Práticas de Obstetrícia - 14 ed. ■ Zugaib obstetrícia [3.ed.] ■ Manual de Gestação de Alto Risco (MS, 2022) PREMATURIDADE,PRÉ-NATAL, ZIKA, CHIKUNGUNYA- terceiro semestre