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Crimes em Espécie - Slide 11

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gente criando o futuro
Uma instituição do grupo
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UNINASSAU
BACHARELADO EM DIREITO
DISCIPLINA: CRIMES EM ESPÉCIE - BLOCO: III
Prof.: Joaquim Neto
TÍTULO VI
CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
CAPÍTULO I
ESTUPRO
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave
ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com
ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei
nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14
(catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze)
anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
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DIREITO PENAL
1. Considerações gerais
- Crimes contra os costumes;
- Duramente criticado pelos doutrinadores;
- Guardava sentido de moralidade sexual /
moralidade pública;
- Lei nº 12.015/2009 – Crimes contra a dignidade
sexual;
- Busca proteger a dignidade sexual, que
integra a dignidade humana;
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- Críticas ainda persistem sobre o novo texto:
- Não abandonou totalmente a proteção à
moralidade pública;
- Em alguns casos tratou de aumentar o
rigor punitivo de algumas condutas;
- Faltou atenção em exercer o Direito Penal
como fonte subsidiária para proteção dos bens
jurídicos.
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2. Sujeitos:
– BI-COMUM - Homem ou mulher
- ATIVO: ascendente, padrasto, madrasta, irmão,
cônjuge, companheiro, tutor, curador ou qualquer forma de
vigilância – PENA MAJORADA DE METADE (Art. 226, II);
- PASSIVO: homem ou mulher
- Necessita de Contato Físico?
- Marido contra mulher?
- Contra prostituta?
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3. Tipo Objetivo
Pune-se o ato de libidinagem VIOLENTO,
OBRIGADO, FORÇADO, buscando o agente constranger a
vítima à conjunção carnal ou a outro ato libidinoso.
- Meio de execução:
- Violência – força física capaz de impedir
reação;
- Grave Ameaça – violência moral – a vítima
não tem alternativa.
Grave Ameaça
pessoa ameaçada X homem comum ou normal
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4. Contato Físico
A doutrina majoritária entende que não há
necessidade de contato físico.
5 – Tipo Subjetivo
- Dolo – vontade consciente de constranger
alguém a ter conjunção carnal ou a praticar outro ato
libidinoso.
Exige-se finalidade específica?
- Mirabete entende que sim.
- A maioria da doutrina entende que não
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6. Consumação e Tentativa
– Consuma-se com a prática do ato (conjunção
carnal ou libidinoso).
7. Resultados Qualificados
– § 1º e § 2º - Qualificadoras preterdolosas
§ 1º - Lesão grave – Pena 8 a 12 anos;
§ 2º - Morte – Pena 12 a 30 anos.
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8. Causas de aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada: (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o
concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto
ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,
curador, preceptor ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tiver autoridade sobre
ela; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
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9. Estupro Coletivo
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços),
se o crime é praticado: (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais
agentes; (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
- Pune o concurso de agentes NOS ESTUPROS
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ATENÇÃO:
- Esta circunstância já estava abarcada pela
causa especial de aumento prevista no art. 226, inciso
I, do CP, que é de um quarto (1/4).
- Agora o aumento de pena é maior (de 1/3 a 2/3)
e específico para os crimes de estupro(art. 213 do
CP) e estupro de vulnerável (art. 217-A).
- Os demais crimes sexuais, quando cometidos
em concurso de agentes, seguem a regra geral com
art. 226, I, CP, com majoração de 1/4.
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10. Estupro Corretivo
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o
crime é praticado: (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018)
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718,
de 2018)
b) para controlar o comportamento social ou
sexual da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de
2018)
- Ação de agentes para modificar o
comportamento sexual da vítima.
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DIREITO PENAL
- O termo surgiu na década de 2000 e foi
colocado por organizações de direitos humanos para
indicar ações ocorridas na África do Sul contra
africanas lésbicas.
Estupro corretivo pode ser definido como uma
prática criminosa, segundo a qual uma ou mais
pessoas, geralmente com relações íntimas com a
vítima (familiares e "amigos") estupram mulheres
lésbicas, bissexuais, ou homens transgêneros e
transexuais, supostamente como forma de "curar" sua
sexualidade.
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11. Causas de aumento de pena II
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a
pena é aumentada:
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
IV - de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vitima doença sexualmente transmissível
de que sabe ou deveria saber ser portador.
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12. Ação Penal
- Pública incondicionada.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II
deste Título, procede-se mediante ação penal pública
incondicionada. (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
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LEGISLAÇÃO ANTERIOR
Art. 225 - Nos crimes definidos nos capítulos anteriores, somente se procede
mediante queixa.
§ 1º - Procede-se, entretanto, mediante ação pública:
I - se a vítima ou seus pais não podem prover às despesas do processo, sem
privar-se de recursos indispensáveis à manutenção própria ou da família;
II - se o crime é cometido com abuso do pátrio poder, ou da qualidade de
padrasto, tutor ou curador.
§ 2º - No caso do nº I do parágrafo anterior, a ação do Ministério Público
depende de representação.
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se
mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública
incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa
vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
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10. Conflito de leis no tempo em relação a
Ação Penal
- A Lei nova é mais gravosa, pois retira a
possibilidade de haver a decadência (extinção da
punibilidade) ou mesmo retratação da representação.
CP - Art. 102 - A representação será irretratável depois
de oferecida a denúncia.
- Somente deve ser aplicada aos crimes
cometidos a partir de 25/09/2018.
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PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ESTUPRO E
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. PROVAS PARA A CONDENAÇÃO.
EXPERIÊNCIA DAS VÍTIMAS. CRIME HEDIONDO. LEI Nº 12.015/2009.
ARTS. 213 E 217-A DO CP. TIPO MISTO ACUMULADO. CONJUNÇÃO
CARNAL. DEMAIS ATOS DE PENETRAÇÃO. DISTINÇÃO. CRIMES
AUTÔNOMOS. SITUAÇÃO DIVERSA DOS ATOS DENOMINADOS DE
PRAELUDIA COITI. CRIME CONTINUADO. RECONHECIMENTO.
IMPOSSIBILIDADE.
I - O exame do v. acórdão vergastado evidencia a existência de provas
suficientes para amparar o juízo condenatório alcançado em primeiro grau.
Ademais, não se admite, na via eleita, que se proceda a nova dilação
probatória.
II - O consentimento da vítima ou sua experiência em relação ao sexo,
no caso, não têm relevância jurídico-penal.
III - Na linha da jurisprudência desta Corte e do Pretório Excelso constituem-
se os crimes de estupro e de atentado violento ao pudor (na antiga redação),
ainda que perpetrados em sua forma simples em crimes hediondos,
submetendo-se os condenados por tais delitos ao disposto na Lei nº 8.072/90.
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IV - A reforma introduzida pela Lei nº 12.015/2009 unificou, em um só tipo
penal, as figuras delitivas antes previstas nos tipos autônomos de estupro e
atentado violento ao pudor. Contudo, o novel tipo de injusto é misto
acumulado e não misto alternativo.
V - Desse modo, a realização de diversos atos de penetração distintos da
conjunção carnal implica o reconhecimento de diversas condutas
delitivas, não havendo que se falar na existência de crime único, haja
vista que cada ato - seja conjunção carnal ou outra forma de penetração
- esgota, de per se, a forma mais reprovável da incriminação.
VI - Sem embargo, remanesce o entendimento de que os atos classificados
como praeludia coiti são absorvidos pelas condutas mais graves alcançadas
no tipo.
VII - Em razão da impossibilidade de homogeneidade na forma de execução
entre a prática de conjunção carnal e atos diversos de penetração, não há
como reconhecer a continuidade delitiva entre referidas figuras.
Ordem denegada.
(HC 104724/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, Rel. p/ Acórdão Ministro FELIX
FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 22/06/2010, DJe 02/08/2010)
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11. Crime Hediondo
A lei nº 12.015/09 erigiu o estupro e os parágraos
1º e 2º à categoria de crime hediondo, tanto na forma
simples como na forma qualificada (art. 1º, V, Lei nº
8.072/90).
- Insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança;
- A prisão temporária será de 30 dias.
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
ART. 215. VIOLAÇÃO SEXUAL MEDIANTE FRAUDE
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Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro
ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro
meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de
vontade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015,
de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis)
anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o
fim de obter vantagem econômica, aplica-se também
multa. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
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1. Considerações gerais
- Junção dos crimes: (Lei nº 12.215/09)
- posse sexual mediante fraude (art. 215);
- atentado ao pudor mediante fraude (art.
216)
Crítica:
Régis Prado entende que não havia
necessidade da previsão desse delito no atual estágio
evolutivo da sociedade, em se tratando de política
criminal. Somente tem razão de ser em se tratando de
vítima menor ou vulnerável.
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2. Bem Jurídico Protegido
A tutela penal recai sobre a liberdade sexual da
vítima em sentido amplo.
- integridade e autonomia sexual
A vítima tem sua autonomia viciada em virtude
da fraude empregada pelo sujeito ativo.
3. Sujeitos
Ativo e Passivo = qualquer pessoa
- Delito comum
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4. Tipo Objetivo
A conduta proibida consiste no fato de o agente
ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso
com alguém, mediante fraude ou outro meio que
impeça ou dificulte a livre manifestação de
vontade da vítima.
- Estelionato sexual no qual a vítima é induzida
em erro a respeito da identidade da vítima ou mesmo
sobre a legitimidade da conjunção carnal ou do ato
libidinoso por ela consentido.
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Fraude – elemento normativo do tipo, é engodo,
o artifício ou ardil apto a enganar o sujeito passivo.
Ex: simulação de casamento, troca de marido....
ATENÇÃO
A relação sexual obtida mediante promessa de
casamento ou como prova da virgindade não tipifica o
delito.
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Em razão da fraude, a vítima equivoca-se quanto às
reais características do agente, que em circunstâncias
normais a o repeliria.
O engano recai sobre aspectos essenciais de uma
situação fática, que se a vítima tivesse conhecido, não teria
anuído com a prática do ato sexual.
O engando recaiu sobre uma representação
equivocada da realidade.
Ainda se o erro seja de iniciativa da vítima e o agente
se aproveita de tal circunstâncias, resta configurado o
delito.
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Outro meio que impeça ou dificulte a livre
manifestação de vontade da vítima
– Aqui utiliza-se a interpretação analógica.
- qualquer conduta dolosa do agente, revertida
de fraude, que tenha levado a prática de conjunção
carnal ou ato libidinoso, amolda-se ao presente tipo
legal.
- silencio; mentira, etc;
= Utilização de droga ou álcool para manter
conjunção carnal ou ato libidinoso?
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5. Tipo subjetivo
Dolo – consiste na consciência e vontade de
realizar os elementos objetivos do tipo.
Régis Prado entende que também há o
elemento subjetivo do injusto (especial finalidade de
agir), consubstanciado pelo fim de manter conjunção
carnal ou praticar ato libidinoso. (delito de tendência
intensificada)
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6. Consumação e Tentativa
Consuma-se com a prática da conjunção carnal
ou do ato libidinoso.
Tentativa – é admissível quando a conjunção
carnal ou o ato libidinoso não ocorre, mesmo após a
vítima ser enganada.
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7. Forma Qualificada
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o
fim de obter vantagem econômica, aplica-se também
multa.
- Age na medida da culpabilidade, em razão da
maior censurabilidade pessoal do agente.
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8. Causas de aumento de pena
Art. 226. A pena é aumentada: (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o
concurso de 2 (duas) ou mais pessoas; (Redação
dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto
ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,
curador, preceptor ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tiver autoridade sobre
ela; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
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Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a
pena é aumentada:
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e
IV - de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vitima doença sexualmente transmissível
de que sabe ou deveria saber ser portador.
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9. Pena e Ação Penal
Pena = Reclusão de 2 a 6 anos;
Figura Qualificada + multa
10. Ação Penal:
- Pública INCONDICIONADA
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ART. 215-A. IMPORTUNAÇÃO SEXUAL
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua
anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
própria lascívia ou a de terceiro: (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o
ato não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº
13.718, de 2018)
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DIREITO PENAL
1. Considerações Gerais
Conduta elevada a delito tendo em visa as várias
ocorrências nos transportes coletivos.
- Para alguns ocorria estupro (Art. 213-CP);
- Para outros ocorria a contravenção de
importunação ofensiva ao pudor.
Art. 61. Importunar alguém, em lugar público ou
acessível ao público, de modo ofensivo ao pudor:
Pena – multa.
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DIREITO PENAL
- Transformou-se a contravenção que de pouca
eficácia em coibir práticas repulsivas que eram
submetidas muitas mulheres em espaços públicos.
- Verifica-se que a conduta se parece com o
delito REVOGADO de atentado violento ao pudor, sem
a violência.
Art. 214 - Constranger alguém, mediante violência ou
grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se
pratique ato libidinoso diverso da conjunção
carnal: Vide Lei nº 8.072, de
25.7.90 (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão de dois a sete anos.
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DIREITO PENAL
APELAÇÃO CRIMINAL. IMPORTUNAÇÃO OFENSIVA AO PUDOR. DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA MISTA (CPP, ART. 593, INC. II, 2ª HIP.) QUE, NA FASE DE
JULGAMENTO DO PROCESSO, DESCLASSIFICA A IMPUTAÇÃO DENUNCIAL
PARA OS LINDES DA CONTRAVENÇÃO PENAL DE IMPORTUNAÇÃO OFENSIVA
AO PUDOR (ART. 61 DA LCP) E DETERMINA A REDISTRIBUIÇÃO DOS AUTOS
PARA O JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. No caso dos autos, está comprovado que
o réu, padrasto da vítima, ingressou no quarto dela e passou-lhe as mãos nas
pernas da sua enteada, que contava 12 anos de idade à época do fato. Nesta toada,
também está comprovado que, tivesse ele a intenção de constranger a menina à
prática de atos libidinosos diversos da conjunção carnal, de modo a caracterizar o
crime de estupro - ainda que na forma tentada -, ele poderia tê-lo feito, mas não o
fez. Por conseguinte, diante das factualidades probatórias específicas do caso ora
examinado, é certo que o réu não pretendia praticar o crime de estupro, por qualquer
das modalidades desta espécie de crime, não sendo menos certo que ele molestou
a vítima (passou as suas mãos nas pernas dela, enquanto ela dormia) por motivo
reprovável (satisfação da libido), deste modo incidindo no preceito primário da
contravenção penal prevista no art. 65 (molestar alguém, por motivo reprovável) do
DL nº.... 3.688/1941, sede da desclassificação ora operada no âmbito da parte
conhecida e parcialmente provida do apelo ministerial, para reformar o decisum
interlocutório misto recorrido e afastar a desclassificação da imputação denuncial
para os lindes da contravenção penal inscrita no art. 61 (importunação ofensiva ao
pudor) do DL. nº. 3.688/1941, porque o abuso não foi praticado em local acessível
ao público.
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DIREITO PENAL
Todavia, diante da desclassificação recursal da imputação denuncial, é caso
de aplicação do art. 383, § 1º, do CPP, razão pela qual, com o retorno dos
autos ao Juízo a quo, deve ser dada vista do processo ao Ministério Público
local, para os fins do art. 89 (sursis processual) da Lei nº. 9.099/95,
prosseguindo o feito na forma da lei. Assim, em preliminar de ofício,
classificaram o decisum recorrido como decisão interlocutória mista
tipificada no art. 593, inc. II (2ª hip.: decisão parcial de mérito com força de
definitiva), do CPP, e, em consequência, não conheceram do apelo
defensivo e conheceram em parte da apelação do Ministério Público e, no
mérito, deram-lhe parcial provimento, para desclassificar a imputação
denuncial contra o réu C.R.C. para os lindes do art. 65 do DL nº 3.688/41, e
determinar o retorno dos autos ao Juízo a quo, para o devido processo
legal... aplicável à espécie nos lindes do art. 89 da Lei nº 9.099/95, com o
seu posterior andamento na forma da lei. M/AC 7.690 - S 28.06.2018 - P 08
(Apelação Crime Nº 70075816660, Sexta Câmara Criminal, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de Mello, Julgado em
28/06/2018).
(TJ-RS - ACR: 70075816660 RS, Relator: Aymoré Roque Pottes de Mello,
Data de Julgamento: 28/06/2018, Sexta Câmara Criminal, Data de
Publicação:Diário da Justiça do dia 29/06/2018)
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DIREITO PENAL
2. Sujeitos
Ativo = Qualquer pessoa.
Passivo = Qualquer pessoa.
3. Tipo Objetivo
A conduta incriminada é PRATICAR contra
alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro.
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DIREITO PENAL
- Ato libidinoso é qualquer ato diferente da
conjunção carnal;
ATENÇÃO:
O problema vai ser analisado no caso concreto,
tendo em vista a conduta típica descrita no delito de
estupro. Atente-se que no estupro há a violência ou
grave ameaça, entretanto, entende-se que a violência
também decorre da falta de consentimento da vítima.
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DIREITO PENAL
4. Tipo Subjetivo
Dolo
Elemento subjetivo do tipo = finalidade especial -
vontade dirigida à satisfazer da própria lascívia ou de
terceiros.
5. Consumação e Tentativa
Consuma-se com a prática do ato libidinoso.
A tentativa é possível.
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DIREITO PENAL
6. Ação Penal
Pública Incondicionada.
7. Crime Subsidiário
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o
ato não constitui crime mais grave.
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
ART. 216-A. ASSÉDIO SEXUAL
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DIREITO PENAL
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de
obter vantagem ou favorecimento sexual,
prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função." (Incluído pela Lei nº
10.224, de 15 de 2001)
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
(Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº
10.224, de 15 de 2001)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a
vítima é menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei
nº 12.015, de 2009)
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DIREITO PENAL
1. Considerações gerais
- Foi inserido em nosso ordenamento jurídico-
penal pela Lei nº 10.224/2001.
Conceito: a conduta do agente que,
prevalecendo de sua superioridade hierárquica ou de
sua ascendência sobre alguém, em razão de emprego,
cargo ou função, passa a importunar essa pessoa,
solicitando a prática de qualquer ato libidinoso, não
querido pelo assediado.
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DIREITO PENAL
- A lei penal procurou proteger os direitos da
mulher, quem mais sofre com esse tipo de
constrangimento.
- Também está presente em outras legislações
estrangeiras.
- Discute-se se o Assédio Sexual deveria ter
tratamento penal ou bastasse sua regulamentação por
outros ramos do Direito.
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DIREITO PENAL
a) Para os adeptos da tese do tratamento penal,
a conduta é de natureza penal por se tratar de grave
infração à convivência civilizada entre as pessoas, que
atenta contra a liberdade espiritual e física da vítima.
b) Para quem compartilha de que deva ser
tratada por outros ramos, aduzem que não se deve
inserir no ordenamento jurídico-penal tentativas de
solucionar problemas sociais, pois isso atenta contra
os princípios fundamentais do Direito Penal, em
especial o princípio da intervenção mínima.
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DIREITO PENAL
- Nesse caso o Assédio Sexual deveria ser
combatido com medidas de natureza extrapenal.
- Reconhece-se que a prática do assédio sexual
atenta contra direitos fundamentais da pessoa
humana, vulnerando a dignidade que lhe é inerente.
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DIREITO PENAL
- Tutela a liberdade sexual;
- Tutela a liberdade do exercício do trabalho;
2. Sujeitos
a) Ativo – (Próprio)
- Praticado por superior hierárquico ou
ascendente em relações de emprego.
Vide condições do Art. 226, II (BIS IN IDEM)
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b) Passivo – (Próprio)
- Subalterno do autor do delito
3. Tipo Objetivo
Constranger alguém com o intuito de obter
vantagem sexual, prevalecendo o agente de sua
condição de superioridade hierárquica (relação de
emprego).
- Usar da posição para obter favores sexuais
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É POSSÍVEL ASSÉDIO SEXUAL PRATICADO
POR PROFESSOR EM FACE DE ALUNA?
NUCCI – entende que não configura, pois falta:
hierarquia (setor público); ascendência (setor
privado) e ausência de vínculo de trabalho.
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REGIS PRADO – entende que sim.
- Superior hierárquico – elemento
normativo do tipo – decorre de uma relação laboral
na administração pública ou na iniciativa privada.
- Ascendência – elemento
normativo do tipo – não exige carreira funcional, mas
relação de domínio.
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OBS: Para a ocorrência desse delito não pode
haver violência ou grave ameaça.
4. Tipo Subjetivo
Dolo – Consciência e vontade de constranger a
vítima.
Finalidade Especial (Elemento subjetivo do
injusto) – no intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual.
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EXISTE O DELITO SE O EMPREGADOR
ASSEDIA SUA SUBALTERNA PARA FAVORECER
SEXUALMENTE O FILHO DELE?
- Capez entende que sim;
- Régis Prado entende que não.
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5. Consumação e Tentativa
a) 1ª Corrente
- Consuma-se com o constrangimento
(Mirabete, Régis Prado e Capez);
2ª Corrente
- Crime Habitual – um simples ato isolado não
o caracteriza.
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O simples galanteio, “cantada”, presentes,
paqueras não se amoldam ao presente tipo penal.
O que caracteriza é a importunação
constrangedora.
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No caso de abordagem física, pode ocorrer a
figura típica do art. 213, CP ou o Art. 215-A;
A tentativa é possível, quando a vítima não
chega a tomar conhecimento da pretensão do agente.
Ex: através de ação escrita;
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6. Ação Penal e Pena
Pena: Detenção de 1 a 2 anos (Competência
do JECRIM)
Ação Penal: Pública Incondicionada
Aumento de Pena
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima é
menor de 18 (dezoito) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009).
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7. Causa de Aumento de Pena
Art. 226. A pena é
aumentada: (Redação dada pela Lei nº
11.106, de 2005)
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o
concurso de 2 (duas) ou mais
pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de
2005)
- Vide Também causas de aumento de pena do
Art. 334-A
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CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Capítulo II 
Art. 217-A. Estupro de Vulnerável
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Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações
descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou
deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
não pode oferecer resistência.
§ 2o (VETADO)
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de
natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
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§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º
e 4º deste artigo aplicam-se independentemente do
consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime. (Incluído
pela Lei nº 13.718, de 2018)
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1. Considerações gerais
- Foi inserido em nosso ordenamento jurídico-
penal pela Lei nº 12.016/2009.
- Antes:
- Estupro (art. 213);
- Atentado violento ao pudor (art. 214)
- Praticados sem violência.
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- A violência era presumida (art. 224)
Art. 224 - Presume-se a violência, se a vítima:
a) não é maior de catorze anos;
b) é alienada ou débil mental, e o agente
conhecia esta circunstância;c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer
resistência.
ATENÇÃO: ARTIGO REVOGADO
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- Anteriormente havia a violência ficta, pois
determinada pessoas eram incapazes de consentir ou
de manifestar validamente o seu dissenso.
- Desde os primeiros códigos penais brasileiros
havia a presunção da violência.
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2. Sujeitos:
a) Ativo – Qualquer pessoa – sujeito comum
OBS: Art. 226, II, CP
b) Passivo – Pessoa menor de 14 anos;
- Figura equiparada (§ 1º)
- Pessoa com enfermidade ou
deficiência mental que não tem discernimento
necessário para a prática do ato;
- Pessoa que, por qualquer causa,
não pode oferecer resistência.
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3. Bem Jurídico Protegido
- Visa preservar a liberdade sexual em sentido amplo,
especialmente a intangibilidade sexual das pessoas vulneráveis.
4. Tipo Objetivo
Pune o agente que tem conjunção carnal ou pratica ato
libidinoso:
- vítima menor de 14 anos;
- portador de enfermidade ou doença mental;
- vítima que não tem condições de oferecer resistência.
Pouco importa se a incapacidade foi provocada pelo
autor.
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- A vulnerabilidade diz respeito à capacidade de
reagir aos atos sexuais praticados.
- O tipo penal do art. 217-A não exige, para sua
configuração, a manifesta recusa ou resistência da
vítima.
- Configura o delito com a prática de conjunção
carnal ou ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos,
ainda que a vítima tenha consentido no ato.
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- O menor de 14 carece de capacidade e
discernimento para compreender o significado do ato
sexual.
- O consentimento do menor de 14 anos não tem
relevância jurídica para fins de tipificação do delito.
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5. Tipo Subjetivo
Dolo – Consciência e vontade de praticar
conjunção carnal ou ato libidinoso com pessoa
vulnerável.
Finalidade Especial (Elemento subjetivo do
injusto) – no intuito de satisfazer sua lascívia. – Régis
Prado.
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6. Consumação e Tentativa
- Consuma-se com a prática de qualquer ato de
libidinagem.
A tentativa é admissível quando o agente, apesar
de desenvolver atos inequívocos tendentes à
conjunção carnal não conseguir atingir o objetivo por
circunstâncias alheias à sua vontade.
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DIREITO PENAL. ATOS LIBIDINOSOS DIVERSOS DA CONJUNÇÃO
CARNAL CONTRA VULNERÁVEL.
Na hipótese em que tenha havido a prática de ato libidinoso
diverso da conjunção carnal contra vulnerável, não é possível ao
magistrado – sob o fundamento de aplicação do princípio da
proporcionalidade – desclassificar o delito para a forma tentada
em razão de eventual menor gravidade da conduta. De fato,
conforme o art. 217-A do CP, a prática de atos libidinosos diversos da
conjunção carnal contra vulnerável constitui a consumação do delito de
estupro de vulnerável. Entende o STJ ser inadmissível que o julgador,
de forma manifestamente contrária à lei e utilizando-se dos princípios
da razoabilidade e da proporcionalidade, reconheça a forma tentada do
delito, em razão da alegada menor gravidade da conduta (REsp
1.313.369-RS, Sexta Turma, DJe 5/8/2013). Nesse contexto, o
magistrado, ao aplicar a pena, deve sopesar os fatos ante os limites
mínimo e máximo da reprimenda penal abstratamente prevista, o que
já é suficiente para garantir que a pena aplicada seja proporcional à
gravidade concreta do comportamento do criminoso. REsp 1.353.575-
PR, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 5/12/2013.
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Palavra da vítima:
"nos crimes contra a liberdade sexual, a palavra da
vítima é importante elemento de convicção, na
medida em que esses crimes são cometidos,
frequentemente, em lugares ermos, sem
testemunhas e, por muitas vezes, não deixam
quaisquer vestígios, devendo, todavia, guardar
consonância com as demais provas coligidas nos
autos" (AgRg no REsp 1346774/SC, Rel. Ministro
MARCO AURÉLIO BELLIZZE, j. 18/12/2012).
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Ausência de exame de corpo de delito:
“(...) nos crimes sexuais a ausência de laudo pericial
não afasta a materialidade do delito, tendo em vista
que, praticado na clandestinidade e muitas vezes não
deixando vestígios, a palavra da vítima em
consonância com a prova testemunhal autoriza a
condenação” (STJ, HC 240393 / BA, Rel. Ministra
MARILZA MAYNARD, j. 18/06/2013).
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7. Forma Qualificada
Qualifica-seo delito se da conduta resulta lesão
corporal de natureza grave ou resulta morte.
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de
natureza grave:
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4o Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos
Delito qualificado pelo resultado.
O resultado mais grave ocorre por culpa.
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8. Consentimento ou Experiência da Vítima
§ 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e
4º deste artigo aplicam-se independentemente do
consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido
relações sexuais anteriormente ao crime. (Incluído pela Lei
nº 13.718, d e 2018)
Súmula 593 do STJ: “O crime de estupro de
vulnerável configura-se com a conjunção carnal ou prática
de ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante
o eventual consentimento da vítima para a prática do ato,
experiência sexual anterior ou existência de
relacionamento amoroso com o agente”.
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8. Causas de Aumento de Pena
Art. 226. A pena é aumentada: (Redação dada pela Lei nº
11.106, de 2005)
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o concurso de 2 (duas)
ou mais pessoas; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio,
irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da
vítima ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; (Redação
dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
III - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado: (Incluído
pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro coletivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes; (Incluído pela
Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro corretivo (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
b) para controlar o comportamento social ou sexual da
vítima. (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
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Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena
é aumentada: (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015,
de 2009)
II – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta
gravidez; (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente
transmite à vítima doença sexualmente transmissível de
que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é
idosa ou pessoa com deficiência. (Redação dada pela Lei
nº 13.718, de 2018)
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9. Ação Penal e Pena
Pena: Reclusão de 8 a 15 anos;
Formas Qualificadas
§ 3º - Reclusão de 10 a 20 anos;
§ 4º - Reclusão de 12 a 30 anos.
Ação Penal:
- Pública Incondicionada
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10. Crime Hediondo
A lei nº 12.015/09 erigiu o estupro de vulnerável à
categoria de crime hediondo, tanto na forma simples
como na forma qualificada (art. 1º, VI, Lei nº 8.072/90).
- Insuscetível de anistia, graça, indulto e fiança;
- A prisão temporária será de 30 dias.
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PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO ESPECIAL. NEGATIVA DE VIGÊNCIA AO ART. 2º,
§ 1º, DA LEI 8.072/90 (ANTIGA REDAÇÃO) E DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. OFENSA
AO ART. 9º DA LEI 8.072/90. ACÓRDÃO EM CONFORMIDADE COM A JURISPRUDÊNCIA
DESTA CORTE. SÚMULA 83/STJ. CONTRARIEDADE AO ART. 1º, VI, DA LEI 8.072/90
(ANTIGA REDAÇÃO) E DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR.
VIOLÊNCIA PRESUMIDA. HIPÓTESE NÃO PREVISTA, À ÉPOCA NO ROL DO ARTIGO 1º DA
LEI 8.072/90. IRRETROATIVIDADE DA LEI 12.015/09. AFRONTA AO ART. 226, III, DO CP.
SUPERVENIÊNCIA DA LEI 11.106/05. ARTIGO REVOGADO. PERDA DO OBJETO.
RECURSO ESPECIAL QUE SE CONHECE EM PARTE, PARA NEGAR PROVIMENTO. 1. Com
o julgamento do HC 82.959/SP pelo STF e a posterior publicação da Lei 11.464/07, perdeu a
atualidade a discussão acerca da possibilidade de cumprimento da pena em regime
progressivo para os crimes hediondos, questão já pacificada por esta Corte nos termos
do que decidiu o Tribunal de origem. Incidência do enunciado 83 da Súmula deste
Superior Tribunal de Justiça. 2. É firme o entendimento desta Corte no sentido de que
apenas incide a causa de aumento prevista no artigo 9º da Lei 8.072/90 nos casos em que
do crime resulta lesão corporal grave ou morte. Incidência do enunciado 83 da Súmula
desta Corte. 3. O estupro e o atentado violento ao pudor, praticados mediante violência
presumida, atualmente com o nomen iuris de estupro de vulnerável (art. 217-A), não
estavam inseridos, à época, no rol taxativo dos crimes hediondos, previsto no artigo 1º da
Lei 8.072/90, não sendo possível, portanto, considerá-los como hediondos. 4. Com a
revogação do inciso III do artigo 226 do Código Penal pela Lei 11.106/05, não há mais que
se falar em ofensa a referida norma, perdendo, assim, o objeto o presente Recurso, nessa
parte. 5. Recurso Especial que se conhece, em parte, para negar-lhe provimento.
(STJ - REsp: 805431 RS 2005/0198106-0, Relator: Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS
MOURA, Data de Julgamento: 06/10/2009, T6 - SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe
16/11/2009)
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CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA 
FIM DE 
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE 
EXPLORAÇÃO SEXUAL
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Art. 227. Mediação para servir a lascívia de 
outrem
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1. Considerações gerais
- São crimes contra a dignidade sexual em que o
agente visa buscar a satisfação da lascívia alheia, de
terceiros, ou de alguma forma tirar proveito dessa situação.
- O Estado, através do Direito Penal, não tem
legitimidade para impor determinada conduta sexual às
pessoas em sua intimidade, desde que não lesem ou
exponham a risco terceiros.
A PROSTITUIÇÃO NÃO É CONDUTA TÍPICA.
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São condutas típicas aquelas em que se aproveitam da
prostituição, visto que se aproveitam da fragilidade e
miserabilidade moral de terceiros.
MEDIAÇÃO PARA SERVIR A LASCÍVIA DE OUTREM
- Protege a moralidade sexual, principalmente o
incremento da prostituição, posto ser uma das formas de
instrumentalização do ser humano, em que ele deixa de ser
“sujeito” para ser “objeto” servindo para a satisfação da lascívia
de outrem.
- Essa instrumentalização é nociva para o
desenvolvimento social e passo perigoso para o desrespeito à
dignidade humana. (Gustavo Junqueira).
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Lenocínio Principal = Mediação para satisfazer a
lascívia de outrem;
Lenocínio Secundário ou Acessório = Manter local
para explorar a prostituição, rufianismo.
Alguns autores entendem que esse delito está
na contramão da evolução social, tendo em vista a
evolução dos hábitos e da moral sexual.....
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Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de 18
(dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente, descendente,
cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a
quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de
guarda: (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
§ 2º - Se o crime é cometido com emprego de violência,
grave ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena
correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
também multa.
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2. Sujeitos:
a) Ativo – Qualquer pessoa – sujeito comum
OBS: Qualidade especial do agente em relação à
vítima qualifica o crime = § 1º.
b) Passivo – qualquer pessoa.
- Pessoa maior de 14 e menor de 18 anos,
agrava o delito;
A prostituta pode ser vítima desse delito?
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3. Bem Jurídico Protegido
O delito protege, principalmente a moralidade
pública sexual;
Objetiva-se evitar o desenvolvimento da
prostituição;
Protege a dignidade humana da pessoa usada
para servir a lascívia de outrem.
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4. Tipo Objetivo
Induzir = convencer, persuadir, aliciar, levar
alguém a satisfazer a lascívia de outrem;
Outrem = Pessoa determinada.
- caso contrário, trata do art. 228, CP;
- Podem ser vários indivíduos, mas devem
ser certos, determinados.
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5. Tipo Subjetivo
Dolo – Consciência e vontade de levar a vítima a
praticar a ação que objetive a satisfazer a lascívia de
outrem.
Finalidade Especial (Elemento subjetivo do
injusto) – no intuito de satisfazer a lascívia de outrem.
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6. Consumação e Tentativa
- Consuma-se quando a vítima pratica qualquer
ato tendente a satisfazer a lascívia alheira,
independentemente de o outrem satisfazer-se
sexualmente.
A tentativa é possível.
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7. Forma Qualificada
- § 1º - Menoridade
- Autoridade do agente sobre a vítima
= Pena: Reclusão de 2 a 5 anos;
- § 2º - violência – vis corporalis
- grave ameaça – vis compulsiva
- fraude – meio ardil, artificioso.
= Pena: Reclusão de 2 a 8 anos + pena violência
Lenocínio violento X Estupro
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A doutrina (Greco) diz que no lenocínio
violento ainda reside um resquício de vontade da
vítima.
- § 3º - fim de obter vantagem econômica
(lenocínio mercenário)
= Pena: Aplica-se também Multa.
8. Ação Penal
- Pública Incondicionada
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Art. 228. Favorecimento da prostituição ou 
outra forma de exploração sexual
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1. Considerações Gerais
Lembremos que a conduta daquele que leva
terceiro a se instrumentalizar, isto é, a agir como objeto
para a satisfação da lascívia de outrem é típica.
Art. 218-B Favorecimento a prostituição ou
outra forma de exploração sexual de vulnerável.
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Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma
de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a
abandone:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão,
enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou
empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação
de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave
ameaça ou fraude:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena
correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se
também multa.
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2. Sujeitos
Ativo: Qualquer pessoa;
- Qualidade especial do agente em relação à vítima
qualifica o crime (§ 1º);
OBS: TUTOR e CURADOR
Passivo: qualquer pessoa maior de 18 anos;
- capaz mentalmente;
- possui discernimento necessário para a
prática do ato.
A PROSTITUTA PODE SER SUJEITO PASSIVO DESSE
DELITO?
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3. Bem Jurídico Protegido
Protege a liberdade sexual em sentido amplo
(integridade e autonomia sexual);
Tenta obstaculizar o incentivo e a proliferação da
prostituição.
4. Tipo Objetivo
Ações nucleares:
- Induzir – instigar, persuadir;
- Atrair – aliciar, cooptar;
- Facilitar – proporcionar meios, afastar dificuldades;
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- Impedir – opor-se que alguém
abandone
- Dificultar – criar obstáculos
5. Tipo Subjetivo
Dolo – consiste na vontade consciente de
induzir ou atrair alguém à prostituição ou impedir
que alguém a abandone.
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6. Consumação e Tentativa
Induzir, atrair e facilitar – Consuma-se no
momento em que a vítima passa a se dedicar à
prostituição, colocando-se de forma constante à
disposição dos clientes.
- Impedir e Dificultar – Consuma-se
quando a vítima decide abandonar e é impedida.
A doutrina diz que a tentativa é possível.
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7. Formas Qualificadas
- § 1º - Relação especial do sujeito ativo em
relação à vítima (Proteção) = Pena: Reclusão de 3 a 8
anos;
- § 2º - Se há emprego de violência ou grave
ameaça = Pena: Reclusão de 4 a 10 anos;
- § 3º - Havendo intuito lucrativo = aplica-se
também multa.
8. Ação Penal
Pública Incondicionada
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Art. 229. Casa de Prostituição
(Estabelecimento para exploração sexual)
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1. Considerações Gerais
- Casas de prostituição existem desde a
antiguidade;
- Há notícias de que o Estado antigo tenha
regulamentado e explorado esses
estabelecimentos;
- A forma de exploração da atividade sexual
levou o Estado a reprimi-la.
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- Antes da Lei nº 12.015/09, o tipo penal se
referia a “casa de prostituição”
Manter, por conta própria ou de terceiro, casa
de prostituição ou lugar destinado a encontros para
fim libidinoso, haja, ou não, intuito de lucro ou
mediação direta do proprietário ou gerente.
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Casa de prostituição
Art. 229. Manter, por conta própria ou de
terceiro, estabelecimento em que ocorra
exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro
ou mediação direta do proprietário ou gerente:
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e
multa.
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2. Sujeitos
Ativo – qualquer pessoa (proprietário ou
locador);
Passivo – qualquer pessoa (explorada
sexualmente).
3. Bem Jurídico Protegido
Protege o interesse social em que não haja
local para exploração da sexualidade alheia.
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