APS processo Penal Francine

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
(FMU)
Francine Aparecida Matos da Conceição – RA: 2579500
Atividade Prática Supervisionada (APS) da matéria de Direito Processual Penal. No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura e discussão interpretativa de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria do Direito Processual Penal, especificamente sobre os princípios que norteiam o processo penal, que serão devidamente indicados pelo professor em sala de aula.
A familiarização com o julgado será realizada em horário não presencial pelos alunos, seguido da elaboração pelo aluno de texto descritivo que será postado no ambiente virtual (Blackboard).
São Paulo, 15 de outubro de 2022
Acórdão de nº 1500090 – 19.2016.08.26.0536
4ª Câmara de Direito Criminal 
Relator: Edison Brandão
Ementa:
APELAÇÃO FURTO SIMPLES RECURSO DEFENSIVO visando a absolvição do réu por falta de provas ou, ainda, por suposta atipicidade da conduta, mediante a aplicação do princípio da insignificância — Pedidos subsidiários de reconhecimento da "tentativa" e de fixação do regime aberto ¯ Reincidência do réu e valor econômico da "res furtiva" que impedem o reconhecimento da insignificância penal — RECURSO MINISTERIAL visando a exasperação da pena-base e o afastamento da atenuante da "confissão espontânea" ¯ Pena-base que deve ser exasperada em face dos "maus antecedentes" Confissão qualificada que não foi utilizada como fundamento da condenação — Recurso defensivo desprovido e ministerial provido.
 
Resumo do acórdão escolhido:
Trata-se de acórdão da apelação feita em face da sentença que condenou o réu RENAN COSME DOS SANTOS ARAÚJO à pena de 01 ano de reclusão, em regime inicial semiaberto, mais o pagamento de 10 dias-multa, como incurso no art. 155, caput, do Código Penal.
O Ministério Público, inconformado com a sentença proferida em primeira instância, pleiteou aumento da pena-base e o abdução da atenuante da "confissão espontânea", ou caso a atenuante não seja afastada, o MP requereu que não seja ela compensada com a agravante da "reincidência".
O réu também apelou buscando a absolvição alegando falta de provas ou atipicidade da conduta, arguindo sobre do princípio da insignificância. Além disso, requereu o reconhecimento da "tentativa" e a fixação do regime aberto, inclusive levando-se em conta a "detração" da pena.
Após as contrarrazões da Defesa e do Ministério Público, por fim, a Procuradoria Geral de Justiça opinou pelo improvimento do recurso defensivo e provimento do ministerial.
APS: 
 Para iniciarmos é preciso definir o que é princípio, nas palavras de Miguel Reale princípios são, “pois, verdades ou juízos fundamentais, que servem de alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um sistema de con- ceitos relativos à dada porção da realidade.”
 Sendo assim, principios podem ser definidos como valores que norteiam uma determinada ciência juridica, neste caso em especifico, o Direito Processual Penal. 
 O principio que irei comentar de acordo com o acontecimento do caso será o de presunção de inocência, sendo este amparado expressamente na Constituição Federal de 1988 que aduz que até o transito em julgado de sentença penal condenatória ninguém será considerado culpado, ou seja até a sentença transitada em julgado o réu ou ré é considerado inocente por força de artigo Constitucional, no caso estudado, o processo ainda não transitou em julgado apesar de já se ter acórdão e sentença proferida em primeira e segunda instância. 
“Art. 5º, LVII que Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.”
 Em todo caso é visto que o princípio da ampla defesa e do contraditório é respeito, posto que ao réu é garantido o sei direito de defesa através de seu advogado, tanto que o mesmo chega a confessar ser autor do delito. 
 Os órgãos que fizeram a investigação não desistiram e foram até o fim de sua percussão penal, seja a polícia judiciária ou MP, no devido cumprimento de suas funções, estes são oficiais, mantendo o princípio da oficiosidade e da oficialidade, tanto que o MP como titular da ação penal vai em busca de novas provas para majorar a pena do réu, cumprindo devidamente também o princípio da indisponibilidade.
 Tanto o juiz de primeiro grau, quanto o relator da decisão colegiada são juízes naturais, cumprindo o dispositivo do art. 5, LIII da CF, estes são devidamente habilitados e imparciais para julgar o caso em questão, respeitando o sistema acusatório aplicado no Brasil. Além disso, ao seguir o duplo grau de jurisdição, é possível notar o art. 8° do pacto de San José da Costa Rica. Em ambas sentenças, o juiz fundamenta corretamente porque decidiu por acolher o recurso do MP, com base no que há disposto no art. 93, IX, CF.
O direito Penal Processual é regrado de muitos princípios, estes são essenciais no andamento do processo, sendo que se violado algum principio pode gerar nulidade relativa ou absoluta, a segunda se dá quando determinado principio constitucional é violado, sendo necessário que todos os atos do processo sejam refeitos, mas no caso em questão, todo os princípios foram devidamente respeitados.
Referência bibliográfica
princípios jus.com.br 
Definição do que é princípios segundo Reale redir.stf.com.br
Legislação citada do Planalto planalto.gov.br
Decisão de referência 1500090 – 19.2016.08.26.0536