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Teoria Geral do Processo Penal

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Prévia do material em texto

Teoria Geral do Processo Penal
Unidade 1
Seçao 1
Diagnostico
O processo penal deve ser compreendido não só como um mero meio de aplicação do direito penal ao caso concreto, mas também como forma de garantia aos direitos de todos os cidadãos e de legitimação do próprio poder punitivo do Estado.
 
Complete as lacunas a seguir:
 
A finalidade imediata do processo penal é servir como meio para aplicação do direito de ___________ do Estado, com observância dos direitos fundamentais. Já a finalidade mediata é a própria _________________ e a _____________________ entre as pessoas, confundindo-se com os objetivos do direito penal, ou seja, a proteção dos bens jurídicos mais importantes para a vida em sociedade contra as ofensas intoleráveis.
Agora, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
Escolha uma:
punir, pacificação social, convivência harmônica.
No Processo Penal as fontes formais, também chamadas fontes de cognição, de revelação ou de conhecimento são aquelas que revelam a norma, ou seja, as formas pelas quais o direito se exterioriza, a partir das quais pode ser conhecido no ordenamento jurídico. Dividem-se em fontes formais primárias ou imediatas e fontes formais secundárias, também conhecidas como mediatas ou supletivas. As fontes formais primárias ou imediatas são aquelas aplicadas imediatamente para resolução dos conflitos que o direito pretende solver. No processo penal, trata-se da lei em sentido amplo, o que inclui a própria Constituição Federal, e os tratados, convenções e regras de direito internacional e leis ordinárias (como o CPP e a legislação extravagante). Já as fontes formais mediatas ou secundárias são aquelas aplicadas na ausência da fonte primária: os costumes, os princípios gerais de direito e a analogia – conforme consta no artigo 4º da Lei de introdução às normas do direito brasileiro. De acordo com o Decreto Lei 4657/42 em seu Artigo 4§, prevê que: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito".
 
Com base no texto, analise as seguintes afirmativas:
I- Os Costumes são aquelas regras de condutas desuniformes e inconstantes praticas por certa população, com consciência de facultatividade. Embora possa servir como critério de interpretação em alguns casos, prevalece na ciência jurídica que um costume sempre afastará a aplicação da lei quando houver dúvida por parte magistrado. É a chamada “praxe forense”.
II- Os princípios gerais de direito são regras ou premissas éticas extraídas de todo o ordenamento jurídico e sua utilização suplementar às normas de processo penal é expressamente permitida pelo artigo 3º do CPP.
III- A analogia, por sua vez, é uma forma de autointegração da norma jurídica. É o exercício pelo qual o aplicador do direito preenche uma lacuna da lei através da aplicação de uma norma que serve para hipótese semelhante.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
As afirmativas II e III estão corretas
Para entender o direito processual penal é de suma importância saber suas diferenças em face ao direito penal, sendo possível afirmar que este é apresentado como o ramo do direito que seleciona condutas, transformando-as em criminosas ou contravencionais, atribuindo-as uma pena ou uma medida de segurança. O direito processual penal é o necessário meio pelo qual o detentor do direito de punir – o Estado – terá de passar para aplicar a punição ao praticante de crime.
Diante da importância do Direito Processual Penal representada no texto base, assinale a alternativa que revela o conceito do Direito Processual Penal de forma correta.
Escolha uma:
O direito processual penal é o conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do direito penal, bem como as atividades persecutórias da polícia judiciária, e a estruturação dos órgãos da função jurisdicional e respectivos auxiliares.
Aprendizagem
Para fins didáticos é de suma importância saber de alguns conceitos fundamentais que tangem a matéria do direito processual penal, bem como aos seus institutos que lhe são inerentes, a exemplo de conceitos em termos processuais que remetem ao Interesse, Pretensão, Lide, Autotutela, Autocomposição. Diante de tantos temas importantes. Leia atentamente o conceito a seguir: ..."é normalmente conceituada como sendo um conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida (CARNELUTTI, apud TÁVORA; ALENCAR, 2015, p. 31)".
Considerando a sugestão de leitura acima apresentada, assinale corretamente o termo que relaciona tal conteúdo:
Escolha uma:
Lide
No que tange ao assunto: "Interpretação da Lei Processual Penal" de acordo com a doutrina assim afirma: Interpretar é a atividade de extrair da norma o seu sentido, tarefa de todo operador do direito, pois o legislador nem sempre é feliz ao editar os textos de lei nos quais as normas estão contidas (NUCCI, 2018, p.170). Portanto é de suma importância saber que existem várias formas de interpretar, em especial a interpretação quanto à origem. Diante de tais formas, leia atentamente o artigo 302 do Código de Processo Penal: "Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração".
Assinale corretamente a alternativa que revela a forma de interpretação que deve ser aplicada ao artigo acima citado:
Escolha uma:
Interpretação autêntica ou legislativa
O artigo 1º do Código de Processo Penal (CPP) estabelece a regra geral quanto à aplicabilidade da Lei Processual Penal no espaço e os incisos do referido artigo disciplinam algumas exceções à regra geral, tais como Tratados ou Convenções de Direito Internacional, jurisdição política de crimes de responsabilidade e crimes de competência da justiça militar.
O princípio consagrado pelo CPP como regra geral de aplicabilidade da Lei Processual Penal no espaço é:
Escolha uma:
princípio da territorialidade
Seçao 2
Diagnostico
O princípio da ampla defesa que exige que, em todo processo, deve existir defesa técnica, realizada por advogado ou defensor público, o que pode acarretar na nulidade de vários atos processuais ao longo de todo o processo, quando estes são realizados sem a presença de um advogado ou defensor. Tal afirmativa demonstra claramente a devida importância de determinado princípio na esfera do direito processual penal.
 
Neste sentido, avalie as afirmativas a seguir:
 
I- De acordo com a Constituição Federal, "o princípio da vedação das provas ilícitas" está acolhido em seu artigo 5º, LVI (BRASIL, 1988), onde afirma expressamente que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. O Código de Processo Penal reitera, afirmando, em seu artigo 157 do CPP (BRASIL, 1941), que as prova ilícitas são aquelas que violam normas constitucionais ou legais, devendo ser desentranhadas dos autos, após ter sua nulidade declarada pelo juiz.
II- O princípio da jurisdicionalidade tem por finalidade essencial a figura do juiz parcial que não está condicionado a função jurisdicional em sua plenitude, tendo em vista que pode terceirar as suas decisões, por meio de seus auxiliares e pessoas de sua confiança que vier a contratar, pois ele é o Estado juiz.
III- O princípio do contraditório possui fundamento no mesmo inciso constitucional que o princípio da ampla defesa, pois a garantia do contraditório dispõe que, quando uma das partes faz qualquer alegação de fato ou apresentação de prova, a parte adversaria deve ter o direito de se manifestar.
IV- O princípio da verdade real: também chamado de verdade substancial ou verdade material, este princípio apregoa que o juiz, no processo penal, não deve se contentar com a verdade formal, mas sim, deve se preocupar em decidir com base nos fatos reais, de maneira que o acusador precisa buscardesvendar como os fatos verdadeiramente se deram.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
As alternativas I, III e IV estão corretas
As normas jurídicas se dividem em princípios e regras. Enquanto as regras são pouco abstratas e regem situações específicas, os princípios possuem alto grau de abstração, exercendo função interpretativa, para guiar a aplicação das regras, mas também força coercitiva própria, aplicáveis, independentemente da vontade do operador do direito, para solucionar problemas concretos ou declarar a nulidade de atos jurídicos. Neste sentido é de suma importância reconhecer os princípios norteadores do processo penal, em especial, o princípio que enseja o seguinte conteúdo: este princípio garante que a prova disponibilizada por uma das partes seja repetida pela outra em igualdade de condições como, por exemplo, o limite máximo de testemunhas para acusação e defesa é sempre o mesmo.
Assinale corretamente o nome do princípio a que se refere o texto supramencionado:
Escolha uma:
Princípio da igualdade processual ou da paridade das armas
O princípio da igualdade processual ou da paridade das armas é um desdobramento do próprio princípio da isonomia, presente no artigo 5º da Constituição Federal, pois “todos são iguais perante a lei”. Desta forma, acusação e defesa devem ter equivalente possibilidade de se manifestar no processo. A autonomia concedida à defensoria pública no artigo 143 da CF é uma ótima forma de instrumentalizar este princípio, pois o acusado nem sempre terá recursos para contratar um profissional capaz de defende-lo tão tecnicamente quanto a acusação do Ministério Público. Diante de tal afirmação é claro a suma importância da analise principiológica na interpretação das regras do processo penal.
 
Complete as lacunas a seguir:
 
Neste sentido é de suma importância conhecer o princípio da ampla defesa para o melhor entendimento da matéria e completar as lacunas a seguir: A respeito do princípio da ampla defesa, o artigo 5º, LV da Constituição determina que "aos litigantes, em processo _____________ ou ____________, e aos acusados em geral são assegurados ________________ e ______________, com os meios e recursos a ela inerentes”.
Agora, assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
Escolha uma:
judicial / administrativo / contraditório / ampla defesa
Aprendizagem
Os princípios do direito processual penal tem por objetivo estabelecer balizamento da interpretação das normas ao caso concreto, sendo de suma importância ter conhecimento dos princípios atinentes à matéria. Diante de tal necessidade, analise o conteúdo a seguir, com fundamento legal artigo 5º, LV, da CF: "O direito concedido ao acusado de se valer de todos os meios lícitos para se defender da imputação feita pelo órgão acusador existe, pois no processo penal reconhece-se a evidente hipossuficiência do réu perante o Estado, que dispõe de extenso aparato persecutório".
Assinale corretamente o princípio tratado no texto base.
Escolha uma:
Princípio da ampla defesa.
A Constituição Federal de 1988 erigiu a princípio constitucional da indispensabilidade e a imunidade do advogado, prescrevendo em seu art. 133: “O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos termos da lei”. Tal previsão coaduna-se com a necessária intervenção e participação da nobre classe dos advogados na vida de um Estado Democrático de Direito.(...) o princípio constitucional da indispensabilidade da intervenção do advogado, previsto no art.133 da Carta Maior, não é absoluto. Assim, apesar de constituir-se fator importantíssimo a presença do advogado no processo, para garantia dos direitos e liberdades públicas previstos na Constituição Federal e em todo ordenamento jurídico, continua existindo a possibilidade excepcional da lei outorgar o ius postulante a qualquer pessoa, como já ocorre no habeas corpus e na revisão criminal. (MORAIS,2004).
 
(MORAIS, Alexandre de, DIREITO CONSTITUCIONAL, 15ª edição – São Paulo, Editora Atlas, 2004).
 
Acerca contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
 
(   ) A revisão criminal depende de outorga de poderes a advogado inscrito na OAB.
 
(   ) A interposição de habeas corpus deve ser feita à luz do princípio do direito de defesa assegurado constitucionalmente, é um típico direito à autodefesa.
 
(  ) O princípio da indispensabilidade do advogado assevera que em processo penal ao juiz não basta verdade formal, mas sim deve se preocupar em decidir com base nos fatos reais.
 
(   ) O princípio da ampla defesa estabelece que ninguém pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
F – V – F – F.
Cortando qualquer discussão a respeito da admissibilidade ou não das provas ilícitas em juízo, a Constituição Federal de 1988 expressamente dispõe que são inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos (art.5º, LVI). Pode-se afirmar assim que são totalmente inadmissíveis no processo civil e penal tanto as provas ilegítimas, proibidas pelas normas de direito processual, quanto as ilícitas, obtidas com violações das normas direito material. Como, porém, a proibição de prova ilícita é uma garantia individual com o Estado, predominante é o entendimento na doutrina que possível é a utilização de prova favorável ao acusado ainda que colhida com infringência a direitos fundamentais seus ou de terceiros e, quando produzida pelo próprio interessado (como de gravação de conversa telefônica em caso de extorsão, por exemplo), traduz hipótese de legitima defesa, que exclui a ilicitude.
 
(MIRABETE, Júlio Fabrrini, CÓDIGO PROCESSUAL PENA INTERPRETADO, 11ª edição – São Paulo, Editora Atlas, 2003).
 
De acordo com o texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
 
I - O artigo 5º, LVI da Constituição Federal de 1988 afirma expressamente que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, outrossim, o Código de Processo Penal reitera, em seu artigo 157, que as prova ilícitas são aquelas que violam normas constitucionais ou legais.
PORQUE
 
II - O Brasil adotou a teoria dos frutos da árvore envenenada, em que a prova derivada de meio ilícito não será considerada como tal e, portanto, é vedado que a prova ilícita seja desentranhada dos autos, após ter sua nulidade declarada pelo juiz.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
A asserção I é uma proposição verdadeira e a asserção II é uma proposição falsa.
Seçao 3
Diagnostico
Leia os trechos das decisões a seguir:
 
“O simples indiciamento em inquérito policial não comporta constrangimento ilegal reparável pelo habeas corpus, mormente quando a fumaça do bom direito ampara a investigação policial” (RT231)
“Não caracteriza constrangimento ilegal o envolvimento de alguém em inquérito policial se há indícios de responsabilidade penal no evento a ser apurado” (RT 60365).
“O indiciamento de alguém em inquérito policial não constitui constrangimento ilegal, pois deve, a autoridade policial, no cumprimento do dever, tomar as providencias adequadas à atividade investigatória que todo caso requer. Trata-se de procedimento de cunho meramente informativo, sem o efeito de levar a juízo de culpa, sendo eventual abalo moral provocado no indiciado deve ser examinado dentro de uma escala de valores em que prevalece o interesse público de ver apurado a possível ocorrência de uma infração penal. (RJDTACRIM 8\223)
 
(MIRABETE, Júlio Fabbrini, Código Processual Penal Interpretado, 11ª Edição, São Paulo: Editora Atlas, 2003).
 
Acerca do contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
 
(  ) No sistema processual inquisitivo misto, o indiciamento em inquérito policial ensejaria constrangimento ilegal reparável pelo habeas corpus.
 
(  )  O sistema misto é caracterizado por uma investigação preliminar, a cargo da polícia judiciária,uma instrução preparatória, feita por um juiz instrutor, um julgamento com ampla defesa e contraditório e um recurso para a impugnação das questões de direito.
 
(  ) O sistema processual misto é aquele que possui uma fase pré-processual inquisitiva e uma fase processual acusatória.
 
(  ) no sistema acusatório, vigora vedação ao princípio da publicidade dos atos processuais, com óbvias exceções constitucionais.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
Escolha uma:
F – V – V – F.
Interrogatório é o ato pelo qual o Juiz ouve o acusado a respeito da imputação feita de pratica de infração penal. É a oportunidade de contato direto do Juiz com o acusado, inclusive para efeito de avaliação da sua personalidade, enquanto para o acusado é a oportunidade de apresentar sua versão sobre os fatos. É um ato personalíssimo, (...) não sendo permitida a constituição de um procurador para representá-lo. É atribuição do Juiz que preside o Processo a realização do interrogatório.(...) No Código de Processo Penal o interrogatório está colocado no título "da prova". Mas isto não quer dizer que seja apenas meio de prova (...). Pode o interrogatório servir de prova para formar convicção do julgador, dependendo do seu conteúdo e compatibilidade com os demais elementos coletados no processo. (GARCIA,2000).
 
(GARCIA, Ismar Estulano, pratica processual penal – Procedimento Comum – ordinário e sumário, 5ª Edição, Goiânia: Editora AB, 2000).
 
Ante o contexto, analise as afirmações a seguir:
  
I - No sistema processual acusatório há clara distinção entre acusador, juiz e defensor, a atividade probatória é ônus das partes e o juiz deve decidir conforme seu convencimento motivado.
II - No sistema inquisitivo cabe ao acusador produzir a prova da existência do crime e de sua autoria.
III - No sistema acusatório a iniciativa probatória cabe às partes, ou seja, o juiz não determina qual prova deve ser produzida ou juntada, para que se mantenha imparcial no julgamento do feito.
IV - O procedimento do sistema inquisitivo é marcado pelo contraditório e pela ampla defesa, tendo o acusado possibilidade de resistência perante a acusação.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
I e III
Na ação penal pública vige o princípio da indisponibilidade, consequência lógica, embora não absolutamente obrigatória, do princípio da obrigatoriedade. Assim, como o Ministério Público não pode deixar de oferecer a denúncia quando da existência do crime que se apura mediante ação pública, também não pode desistir dela após tê-la proposto. Da mesma forma, não pode desistir do recurso interposto, no chamado princípio da indesistibilidade, consagrado no art. 576 (do Código de Processo Penal). Esses princípios, porém, não impedem que ao final (o MP) peça a absolvição do acusado, com fundamento na evidencia da prova, que assim o recomenda (art. 385, CPP). Além disso, a Constituição Federal prevê a criação de juizados especiais para apreciar infrações de menor potencial ofensivo, referindo-se a possibilidade de “conciliação” e “transação” nessas hipóteses.
 
(MIRABETE, Júlio Fabbrini, Código Processual Penal Interpretado, 11ª Edição, São Paulo: Editora Atlas, 2003).
 
De acordo com o texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
 
I - As principais características do sistema processual inquisitivo podem ser percebidas, pelo menos em seus contornos, em muitas das constituições democráticas, com a evidente separação dos sujeitos processuais e da função atribuída a cada um deles. Juiz, acusador e defensor não se confundem e esta separação é mantida por todo o processo, o que é feito para que o juiz se mantenha imparcial tanto quanto possível.
 
PORQUE
  
II - No sistema processual inquisitivo a iniciativa probatória cabe às partes, ou seja, o juiz não determina qual prova deve ser produzida ou juntada, para que se mantenha imparcial no julgamento do feito. Cabe ao acusador produzir a prova da existência do crime e de sua autoria. O acusado possui o ônus de demonstrar eventual causa de exclusão da ilicitude, sendo que esse sistema é marcado pelo contraditório e a ampla defesa.
Acerca dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
As asserções I e II são proposições falsas.
Aprendizagem
"Suponhamos que a Polícia faz acordo de colaboração premiada com A, aquele que ela entende ser o autor de um determinado delito. Promete perdão judicial e/ou diminuição da pena de 2/3 e/ou substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. O Juiz homologa este acordo. (...) O fato indisputável é que o acordo, ou um acordo, ou qualquer acordo, só “faz lei entre as partes”. Então, se a Polícia não formaliza acusação e não pode requerer nada em juízo na ação penal, como poderá fazer um acordo que não poderá cumprir e menos ainda exigir que outro órgão, o Ministério Público (MP) o cumpra? Nem a Polícia nem sequer o Juiz pode obrigar o MP a cumprir um acordo que não fez, simplesmente porque não concorda. Trata-se, a rigor, de acordo com parte ilegítima e sem o devido e necessário consentimento. O termo de acordo da Polícia não é requerimento de parte processual, portanto, sem a manifestação de sua ratificação pelo MP, o Juiz não poderá analisá-lo no âmbito do Processo Penal instaurado, sob pena de agir de ofício em termos de um proibido sistema inquisitivo, há muito ultrapassado e vedado pela Constituição Federal. Equivaleria ao Juiz fixar termos da acusação, mas “quem acusa não pode julgar".
 
Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-acordo-de-colaboracao-premiada-da-policia/> Acesso em 29 jun 2018.
 
De acordo com o texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
  
I - Diante do sistema processual misto, somente é possível acordo de delação premiada feito pelo Ministério Público, razão pela qual o STF veda que delegados de polícia fechem acordos de colaboração premiada.
 
PORQUE
 
II - No sistema acusatório a iniciativa probatória cabe às partes, ou seja, o juiz não determina qual prova deve ser produzida ou juntada, para que se mantenha imparcial no julgamento do feito.
A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
A asserção I é uma proposição falsa e a asserção II é uma proposição verdadeira
"(...) Em sua conta no Twitter, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, contestou o que chamou de “desobediência” ao plenário do Supremo, que, ao recusar um habeas corpus do ex-ministro (José Dirceu) no mês passado, havia autorizado sua prisão após a segunda instância. Ele também disse que a decisão “pode significar soltura dos demais presos da Lava Jato”. “Desobedecendo ao colegiado do STF, não reconheceram a execução da pena após a decisão em 2ª instância, apesar do esforço retórico para dizer o contrário, o que foi desmascarado pelo ministro Fachin”, que escreveu. “Decisões dos ministros Gilmar, Toffoli e Lewandowski sobre preventivas e execução provisória tiram o Brasil dos trilhos que poderiam conduzir ao rompimento da impunidade dos poderosos”, completou. (...) Procuradora federal em Petrópolis (RJ), Monique Cheker publicou na rede criticando a vitaliciedade dos mandatos dos ministros, que, na visão dela, “virou base para o cometimento dos maiores arbítrios, sem sombra de responsabilidade”. “Como não são eleitos, a pressão popular ou da imprensa pouco importa. E ainda têm direito a área VIP em aeroportos, bem longe do povo”. Outro ponto que mostrou a tensão entre os procuradores e os três ficou demonstrada em um outro momento, quando o ministro Ricardo Lewandowski afirmou que não permitiria ao subprocurador-geral, Carlos Vilhena, que se manifestasse em uma das decisões, alegando que ele não havia se inscrito. “Que absoluta falta de respeito ao Ministério Público, ao sistema acusatório, ao processo penal e à defesa da sociedade”, escreveu o procurador Hélio Telho.
 
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/politica/procuradores-criticam-soltura-de-dirceu-e-veem-lava-jato-ameacada/>Acesso em 29 jun 2018.
 
Ante o contexto, analise as seguintes asserções:
 
I - É evidente que o sistema acusatório é o mais democrático e justo, pois possibilita uma estrutura dialética, na qual as partes estão encarregadas da iniciativa probatória, mantendo o juiz o mais imparcial possível.
PORQUE
II - Esta notável característica é a separação dos sujeitos processuais e da função atribuída a cada um deles. Juiz, acusador e defensor não se confundem e esta separação é mantida por todo o processo, o que é feito para que o juiz se mantenha imparcial tanto quanto possível.
De acordo com o texto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
Escolha uma:
As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II é uma justificativa correta da asserção I
"O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que delegados de polícia podem fechar acordos de colaboração premiada. Por maioria, os ministros também firmaram o entendimento de que não é obrigatório um aval do Ministério Público ao acordo fechado pela polícia. (...) No Sistema Acusatório da época da Monarquia, depois República e por fim do Império Romano, era o ofendido que fazia a acusação. Mas o sistema não funcionava porque as pessoas eram, no mais das vezes, guiadas por intenção de vingança ou por medo de retaliação. Depois, veio o Sistema Inquisitivo (idade média), pelo qual um mesmo órgão acusava e julgava. Foi exatamente após a Revolução Francesa que se destinou a forma que o Ministério Público tem até os dias atuais. Um órgão com a força e o poder do Estado (impedindo medo e/ou vingança), representando a sociedade para garantir a ordem pública e diferente daquele incumbido de julgar para fazer a acusação. (...) Pelas características funcionais, mas também pelos preceitos constitucionais, em todo o mundo civilizado, o Ministério Público é o “dominus litis” (titular exclusivo da ação penal) e o “opinio delicti” (define a configuração e a imputação penal). Estes são preceitos constitucionais que devem, ou deveriam estar em perfeita harmonia com o direito de propor e consequentemente de cumprir a colaboração premiada.
 
Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/o-acordo-de-colaboracao-premiada-da-policia/> Acesso em 29 jun 2018.
 
Ante o contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
 
(  ) O sistema acusatório foi o predominante nos países ocidentais até o século XII, quando foi paulatinamente substituído por um sistema inquisitório por conta da influência da Igreja Católica e do direito canônico.
 
(   ) No século XVIII e século XIX para alguns países, o sistema acusatório voltou a prevalecer, por causa da influência de movimentos políticos, culturais e sociais, tal como o iluminismo penal.
 
(  ) O sistema inquisitivo predominava no feudalismo medieval, em que os reis enviavam, em seus nomes, juízes inquisidores que tinham pleno poder na produção e apreciação da prova e, ao mesmo tempo, acusavam, defendiam e julgavam.
 
( ) No sistema acusatório as partes recebem tratamento parcial, sem paridade de armas e iguais oportunidades de manifestação, o procedimento é marcado pelo não contraditório e pela inexistência ampla defesa.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V – V – V – F
Avaliaçao
Assim é dada a partida, ou inicia o jogo: Poder versus Direito. A diferença entre Poder e Direito é simples. Quem dispõe de Poder manda. Que tem Direito pede. Se o acusado não contar com um juiz que interprete a lei processual penal como uma norma de garantia, o direito à ampla defesa é natimorto. Poder não precisa de outrem para respirar e sobreviver. Direito, sim. O acusado precisa, ao bater na porta da entrada do foro, ser recebido por um juiz que faça valer a realidade da ampla defesa. Só assim a defesa será colocada em pé de igualdade com a acusação. Não há outra forma. O poder de acusar manda, o direito de defender pede. A igualdade das partes no processo é uma fábula, um dogma ficcional. Para que a igualdade seja atingida, só se os desiguais forem tratados desigualmente. Se um indiciado inocente, na sequência denunciado, depois de passar por dois poderosos inquisidores, abrindo a porta do Judiciário, se deparar com um terceiro inquisidor, a ampla defesa serão palavras sem significado escritas em um livrinho inútil. A ampla defesa sem um magistrado que a efetive não existe. As normas do processo são normas de garantia (...). Se o juiz, violando o artigo 129, inciso I, da CF, substitui o acusador e se transforma em investigador, determinando medidas inquisitivas, fica configurada a nulidade do processo por violação do artigo 156, inciso II, do CPP (que só autoriza diligências em favor da acusação para dirimir dúvida sobre ponto relevante) e por caracterização de parcialidade. Juiz não é policial nem promotor.  O acusado chega no processo em posição de total inferioridade. Sua culpa precisa ser colocada à prova, e para isso é preciso que seja oportunizado que demonstre sua inocência. Não se pode partir do pressuposto que é culpado, ao contrário, deve ser presumido inocente. Precisa de um juiz garantidor.
Assinale a afirmativa que apresenta corretamente características do sistema inquisitivo.
Escolha uma:
As funções de acusador, juiz e defensor estão aglutinadas nas mãos de uma mesma pessoa que tem plenos poderes de gestão e produção da prova.
Os princípios são verdadeiros valores que emanam dos ordenamentos jurídicos e não visam regular situações específicas, mas possuem o condão de auxiliar o aplicador do direito a interpretar as regras jurídicas, podendo até servir de fundamento para aplicar a nulidade de atos jurídicos praticados que venham a ferir as orientações principiológicas.
 
Diante da suma importância dos princípios, leia atentamente as afirmativas com V (verdadeiro) ou F (falso) a seguir:
(   ) O princípio do juiz natural prevê que a investidura do juiz se dá por concurso público e a medida que ele exerce as suas funções ele de forma natural vai se tornando cada vez mais apto a realizar as suas atividades laborais, não havendo ofensa a tal princípio quando juiz é auxiliado por assessor nomeado.
(  ) O princípio da verdade real é também chamado de verdade substancial ou verdade material, este princípio apregoa que o juiz, no processo penal, não deve se contentar com a verdade formal, mas sim, deve se preocupar em decidir com base nos fatos reais, de maneira que o acusador precisa buscar desvendar como os fatos verdadeiramente se deram. Como consequência, no processo penal, não serão automaticamente consideradas verdadeiras as alegações não contestadas apresentadas pela parte.
(   ) O princípio da vedação das provas ilícitas tem previsão na Constituição Federal, em seu artigo 5º, LVI (BRASIL, 1988), afirma expressamente que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. O Código de Processo Penal reitera, afirmando, em seu artigo 157 do CPP (BRASIL, 1941), que as prova ilícitas são aquelas que violam normas constitucionais ou legais, devendo ser desentranhadas dos autos, após ter sua nulidade declarada pelo juiz.
(   ) O princípio da verdade real está ligado diretamente a verdade formal, pois "o que não está nos autos não está no mundo", em outras palavras, o juiz deve estar focado nas alegações contidas no processo, sob pena de nulidade processual, pois cabe a tão somente o juiz julgar apenas o que foi apresentado no processo e não ficar criando fatos novos que as partes não chegaram a se manifestar.
Assinale a sequência correta de V (verdadeiro) ou F (falso):
Escolha uma:
F - V - V – F
As normas jurídicas se dividem em princípios e regras. Enquanto as regras são pouco abstratas e regem situações específicas, os princípios possuem alto grau de abstração, exercendo função interpretativa, para guiar a aplicação das regras, mas também força coercitiva própria, aplicáveis, independentemente da vontade do operador do direito, para solucionar problemas concretos ou declarar a nulidade de atos jurídicos. Neste contextoanalise o conteúdo do principio a seguir: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”. Esta é a redação do inciso LVII, do artigo 5º, Constituição Federal (BRASIL, 1988).
Assim o art. 5º, inciso LVII da Constituição Federal, transcrito acima, trata do:
Escolha uma:
princípio da presunção de inocência
Túlio, 40 anos de idade, pai de três filhos menores, perdeu o emprego e passou a ter problemas financeiros. Em razão de tal circunstância, decidiu cometer o furto de uma lata de leite a fim de prover alimentação de seu filho caçula recém nascido. Isso posto, foi processo e condenado pelo crime de furto qualificado. A pena base foi fixada acima do mínimo pelo fato de o réu estar sendo processado em outra vara criminal, pela suposta pratica de estelionato devido à emissão de um cheque sem fundos, emitido para comprar alimentos. O Defensor Público recorreu da decisão, que foi confirmada pelo Tribunal competente. Nessa esteira, interpôs embargos de declaração com o objetivo de prequestionamento. Entretanto, o Tribunal reiterou o entendimento de que a existência do segundo processo revela a personalidade antissocial de Túlio e voltada para a continuidade delitiva, o que, segundo os desembargadores, justificaria o aumento da pena base, nos termos do artigo 59 do Código Penal.
 
Ante o contexto, analise as afirmativas a seguir:
 
I - Com observância do sistema acusatório, a defesa pode utilizar a tese de violação ao art. 5º, LVII que estabelece a presunção constitucional de não culpabilidade.
II - A mera existência de outros processos ou inquéritos, ainda não transitados em julgado, não pode trazer qualquer prejuízo ao réu, pois o contraditório e a ampla defesa são características do sistema acusatório.
III- Ao fixar pena base acima do mínimo, vige o sistema acusatório, no qual a gestão da prova cabe ao inquisidor e o juiz tem a iniciativa probatória, podendo determinar o que lhe aprouver  a fim de elucidar o fato.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
I e II.
Júlio comercializa bebidas na porta de uma faculdade na cidade de São Paulo, seus clientes em sua maioria são universitários que se reúnem para se sociabilizarem com a comunidade e quase sempre há o consumo de bebidas alcoólicas. Nada obstante, ocorre que um dos universitários representou em desfavor de estabelecimento de Júlio, pois teria sofrido lesões, em razão do consumo de coquetéis fornecidos pelo comerciante. Isso posto, Júlio foi processado com violações do sistema acusatório, ou seja, inexistiu o contraditório e ampla defesa. Nessa esteira, foi condenado a quatro anos de prisão, por ter exposto à venda produto alimentício adulterado, crime previsto no art. 272 do CP. A sentença baseou-se em auto de infração elaborado pela autoridade sanitária, entretanto, inexiste nos autos qualquer laudo. O comerciante Júlio encontra-se preso tendo a sentença transitado em julgado e a família de Júlio contratou um criminalista tentar reverter tal situação.
 
Ante o contexto, analise as afirmativas a seguir:
 
· I - Ante a violação do sistema acusatório, deve-se aduzir ausência da materialidade delitiva, pois “in casu” exige-se prova cabal admitida pela lei processual.
· 
· 
· II - Júlio não poderá requerer indenização em razão de sua prisão, vez que não houve violação do sistema acusatório.
· III - O Brasil adota o sistema inquisitório, portanto não houve violações no processo.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
I.
Unidade 2
Seçao 1
Diagnostico
De acordo com a doutrina de Guilherme de Souza Nucci, o inquérito é um meio de extirpar, logo de início, dúvidas frágeis, mentiras ardilosamente construídas para prejudicar alguém, evitando-se julgamento indevidos de publicidade danosa. Por outro lado, além da segurança, fornece a oportunidade de colher provas que não podem esperar muito tempo, sob pena de perecimento ou deturpação irreversível (ex.: exame do cadáver ou do local do crime).
Com base nas características e nas disposições legais acerca do inquérito policial, marque a alternativa correta.
Escolha uma:
O inquérito policial é um procedimento escrito, devendo as informações orais serem reduzidas a termo
Pedro Matulo, Delegado de Polícia Titular, durante o desjejum em sua residência e assistindo a um telejornal matinal, toma ciência através da reportagem na TV, que na região da circunscrição de sua delegacia uma senhora foi vítima de um crime de roubo em que lhe foram subtraídos, mediante o emprego de arma de fogo, sua bolsa, seus documentos, uma certa quantia de dinheiro e um aparelho de telefone celular.
Assinale a alternativa que representa a atitude a ser realizada pelo Delegado de Polícia, diante do conhecimento da prática de uma infração penal.
Escolha uma:
Deverá agir de ofício, sem qualquer provocação, por se tratar de crime de ação penal pública incondicionada
De acordo com a doutrina do professor Guilherme de Souza Nucci, "o inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria. Seu objetivo principal é servir de suporte à formação da convicção do representante do Ministério Público (opinio delicti), mas também colher provas urgentes, que podem desaparecer, após o cometimento do crime”. (NUCCI, 2012)
 
Considerando as características do inquérito policial, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
 
(   ) O inquérito policial é um procedimento inquisitorial, onde, em regra, os princípios do contraditório e da ampla defesa não são assegurados.
(   ) O inquérito policial é um procedimento sigiloso que busca a elucidação do fato apurado e sua materialidade, resguardando a eficácia das investigações.
(   ) O inquérito policial é um procedimento imprescindível para o oferecimento da ação penal, devendo ser realizado pela polícia judiciária.
(   ) No inquérito policial, a autoridade policial deve seguir estritamente um rito que está descrito no Código de Processo Penal, sob pena de nulidade.
(   ) No inquérito policial, a autoridade policial não poderá mandar arquivar os autos do inquérito, em razão de sua indisponibilidade, prevista em lei.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - V - F - F - V.
Aprendizagem
A investigação penal, quando realizada por órgãos policiais, será sempre dirigida por autoridade policial, a quem igualmente competirá exercer, com exclusividade, a presidência do respectivo inquérito. A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não impede nem exclui a possibilidade de o Ministério Público, que é o dominus litis, determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e diligências investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer atos de investigação penal, mesmo aqueles sob regime de sigilo, sem prejuízo de outras medidas que lhe pareçam indispensáveis à formação da sua opinio delicti, sendo-lhe vedado, no entanto, assumir a presidência do inquérito policial, que traduz atribuição privativa da autoridade policial.
(HC 89.837, rel. min. Celso de Mello, j. 20-10-2009, 2ª T, DJE de 20-11-2009. HC 97.969, rel. min. Ayres Britto, j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 23-5-2011)
 
Considerando as características do inquérito policial, avalie as afirmativas a seguir:
 
I. O sigilo do inquérito policial é absoluto, sendo oponível até contra o advogado do indiciado.
II. O sigilo é característica importante do inquérito policial, sendo oponível até contra o membro do Ministério Público.
III. O inquérito policial tem entre suas características a indisponibilidade, pois uma vez iniciado só poderá ser arquivado por juiz, a requerimento do Ministério Público.
IV. Uma vez arquivado pela autoridade judiciária, a autoridade policial jamais poderá realizar novas investigações, mesmo sabendo da existência de novas provas.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolhauma:
III
O inquérito policial qualifica-se como procedimento administrativo, de caráter pré-processual, ordinariamente vocacionado a subsidiar, nos casos de infrações perseguíveis mediante ação penal de iniciativa pública, a atuação persecutória do Ministério Público, que é o verdadeiro destinatário dos elementos que compõem a informatio delicti. (...)
(HC 89.837, rel. min. Celso de Mello, j. 20-10-2009, 2ª T, DJE de 20-11-2009. HC 97.969, rel. min. Ayres Britto, j. 1º-2-2011, 2ª T, DJE de 23-5-2011) - Disponível em http://www.stf.jus.br/portal/publicacaoTematica/verTema.asp?lei=1324#1398 Acesso em 25/06/2018.
  
Considerando as características do inquérito policial, avalie as afirmativas a seguir:
 
I. O inquérito policial é sempre encaminhando ao órgão do Ministério Público para o oferecimento da denúncia.
II. O inquérito policial, nos crimes em que não couber ação penal pública, serão remetidos ao juízo competente onde se aguardará a iniciativa do ofendido.
III. O inquérito policial, nos crimes em que não couber ação penal pública, pode ser entregue ao requerente, se este solicitar, mediante traslado.
IV. O inquérito policial, nos casos em que couber ação penal pública, deverá ser encaminhado ao juízo criminal competente, onde se aguardará a manifestação do Ministério Público.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
II e III.
O inquérito policial qualifica-se como procedimento administrativo, de caráter pré-processual, ordinariamente vocacionado a subsidiar, nos casos de infrações perseguíveis mediante ação penal de iniciativa pública, a atuação persecutória do Ministério Público, que é o verdadeiro destinatário dos elementos que compõem a informatio delicti. A investigação penal, quando realizada por organismos policiais, será sempre dirigida por autoridade policial, a quem igualmente competirá exercer, com exclusividade, a presidência do respectivo inquérito. A outorga constitucional de funções de polícia judiciária à instituição policial não impede nem exclui a possibilidade de o Ministério Público, que é o dominus litis, determinar a abertura de inquéritos policiais, requisitar esclarecimentos e diligências investigatórias, estar presente e acompanhar, junto a órgãos e agentes policiais, quaisquer atos de investigação penal, mesmo aqueles sob regime de sigilo, sem prejuízo de outras medidas que lhe pareçam indispensáveis à formação da sua opinio delicti, sendo-lhe vedado, no entanto, assumir a presidência do inquérito policial, que traduz atribuição privativa da autoridade policial. [HC 89.837, rel. min. Celso de Mello, j. 20-10-2009, 2ª T, DJE de 20-11-2009.]
 
Considerando as características do inquérito policial, bem como os entendimentos do Supremo Tribunal Federal acerca do tema, julgue as assertivas a seguir.
 
I. O indiciamento é o ato de formalização da convicção da autoridade policial de que os elementos até então colhidos na investigação indiquem ser uma pessoa autora do crime.
II. É indispensável que haja novas provas ou, ao menos, novas linhas de investigação em perspectiva para que a autoridade policial reabra as investigações de um inquérito policial arquivado.
III. É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
IV. Sendo o ato de indiciamento de atribuição exclusiva da autoridade policial, não existe fundamento jurídico que autorize o magistrado, após receber a denúncia, requisitar ao delegado de polícia o indiciamento de determinada pessoa, sob pena de burla ao sistema acusatório.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
Todas as alternativas estão corretas
Seçao 2
Diagnostico
Em análise de habeas corpus, assim já decidiu o Supremo Tribunal Federal:
 
"No caso, a denúncia descreveu, suficientemente, os fatos supostamente ilícitos, sendo descabido o nível de detalhamento requerido na impetração. Denúncia que permitiu aos acusados o mais amplo exercício do direito de defesa. Pelo que não é de ser considerada como fruto de um arbitrário exercício do poder-dever de promover a ação penal pública".
(HC 92.959, rel. min. Ayres Britto, j. 17-11-2009, 1ª T, DJE de 12-2-2010).
Assinale a alternativa em que estão presentes as condições da ação penal pública:
Escolha uma:
Interesse de agir, possibilidade jurídica do pedido, legitimidade e justa causa
Leia o trecho da decisão a seguir:
 
"Direito a mover ação penal privada subsidiária da pública. Art. 5º, LIX, da CF. Direito da vítima e sua família à aplicação da lei penal, inclusive tomando as rédeas da ação criminal, se o Ministério Público não agir em tempo. Relevância jurídica. Repercussão geral reconhecida. Inquérito policial relatado remetido ao Ministério Público. Ausência de movimentação externa ao Parquet por prazo superior ao legal (art. 46 do CPP). Surgimento do direito potestativo a propor ação penal privada. Questão constitucional resolvida no sentido de que: (i) o ajuizamento da ação penal privada pode ocorrer após o decurso do prazo legal, sem que seja oferecida denúncia, ou promovido o arquivamento, ou requisitadas diligências externas ao Ministério Público. Diligências internas à instituição são irrelevantes; (ii) a conduta do Ministério Público posterior ao surgimento do direito de queixa não prejudica sua propositura. Assim, o oferecimento de denúncia, a promoção do arquivamento ou a requisição de diligências externas ao Ministério Público, posterior ao decurso do prazo legal para a propositura da ação penal, não afastam o direito de queixa. Nem mesmo a ciência da vítima ou da família quanto a tais diligências afasta esse direito, por não representar concordância com a falta de iniciativa da ação penal pública".
[ARE 859.251-RG, rel. min. Gilmar Mendes, j. 16-4-2015, P, DJE de 21-5-2015, RG, tema 811.]
 
Acerca da titularidade da ação penal, julgue os itens a seguir:
 
I - O artigo 129, I, da Constituição Federal, bem como o artigo 24 do Código de Processo Penal, atribuíram ao Ministério Público a titularidade da ação penal pública.
II - A ação penal pública, de titularidade do Ministério Público, dependerá, quando a lei exigir, de representação do ofendido ou quem tiver qualidade para representá-lo.
III - Excepcionalmente, a ação penal poderá ser de iniciativa privada, quando o ofendido ou quem tiver qualidade para representá-lo oferecerá a denúncia diretamente ao juízo competente.
IV - A ação penal pública poderá ser promovida por requisição do Ministro da Justiça, nas hipóteses previstas na legislação.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
Segundo a doutrina de Guilherme de Souza Nucci, ação penal é o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
Considerando as características do direito de ação, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
A ação penal é um direito instrumental, pois serve como meio para a instauração do processo
Aprendizagem
Pedro Matulo, Delegado de Polícia, durante seu desjejum em sua residência, tomou ciência, através de reportagem de um telejornal matinal, que na região da circunscrição de sua delegacia uma senhora foi vítima de roubo, mediante o emprego de arma de fogo, tendo subtraídos sua bolsa, seus documentos, uma certa quantia de dinheiro e um aparelho de telefone celular. Após a instauração do inquérito policial e minuciosa investigação, o Delegado confirmou a materialidade do crime de roubo e apontou como sendo seu autor o Sr. William Soares, brasileiro e maior de idade. O inquérito, então, foi remetido ao Ministério Público que, dentro do prazo legal, ofereceu a denúncia contra o suposto autor do crime.
 
Considerando as características do instituto da ação penal, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
 
(   ) Por forçados princípios da obrigatoriedade e da indisponibilidade da ação penal, uma vez oferecida a denúncia, o Ministério Público não pode desistir da ação penal. Contudo, esse princípio foi atenuado pela hipótese de suspensão condicional do processo, previsto no artigo 89 da Lei 9099/95.
(   ) O princípio da obrigatoriedade impõe ao Ministério Público, se presentes todas as condições da ação, o oferecimento da denúncia. Entretanto, parte da doutrina nacional entende que esse princípio foi mitigado pelo artigo 76 da Lei 9099/95, que trata da transação penal e pelo artigo 4º, § 4º da Lei 12850/2013, que trata da delação premiada.
(   ) Configura-se exceção ao princípio da oficialidade a hipótese prevista no artigo 5º, LIX da Constituição Federal, que prevê a possibilidade de propositura de ação penal privada nos crimes de ação penal pública nos casos em que o órgão do Ministério Público não age no prazo legal.
(   ) Os casos em que cabem ação penal de iniciativa privada regem-se pelo princípio da oportunidade, tendo o particular ofendido a faculdade de ingressar com a ação penal exigindo do Estado-juiz a prestação jurisdicional.
(   ) Nos crimes em que couber ação penal de iniciativa privada, a parte comprovadamente pobre, que não puder prover as despesas do processo, poderá solicitar ao Ministério Público que ofereça queixa e dê andamento à ação penal em seu lugar.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - V - F - V – F
Em julgamento de habeas  corpus, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o ajuizamento da ação penal privada subsidiária da pública pressupõe a completa inércia do Ministério Público, que se abstém, no prazo legal, de oferecer denúncia, ou de requerer o arquivamento do inquérito policial ou das peças de informação, ou, ainda, de requisitar novas (e indispensáveis) diligências investigatórias à autoridade policial.
(HC 74.276, rel. min. Celso de Mello, j. 3-9-1996, 1ª T, DJE de 24-2-2011).
Considerando as características da ação penal privada subsidiária da pública, assinale a alternativa correta.
Escolha uma:
Admitida a ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público poderá fornecer elemento de prova e interpor recurso.
Segundo a doutrina de Guilherme de Souza Nucci, ação penal é o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
 
Considerando as características do direito de ação no processo penal, avalie as afirmativas a seguir:
 
I - O fundamento constitucional do direito de ação está previsto na Constituição Federal e prevê que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
II - Da prática do fato típico, ilícito e culpável nasce a pretensão punitiva estatal, e não o direito de ação, que por ser autônomo, preexiste ao cometimento do crime.
III - O Ministério Público, como titular da ação penal pública, pode avaliar a conveniência e a oportunidade da propositura da ação penal.
IV - Uma vez recebida a denúncia, o Ministério Público, como titular da ação penal pública, poderá, a qualquer tempo, desistir da ação penal.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
Apenas as alternativas I e II estão corretas.
Seçao 3
Diagnostico
No inquérito 2.486-AC (rel. Carlos Britto, de 8/11/2009), assim decidiu o Supremo Tribunal Federal: "No art. 41, a lei adjetiva penal indica um necessário conteúdo positivo para a denúncia. É dizer: ela, a denúncia, deve conter a exposição do fato normativamente como criminoso, com suas circunstâncias, de par com a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol de testemunhas (quando necessário). Aporte factual, esse, que viabiliza a defesa do acusado, incorporante da garantia processual do contraditório. Já o art. 395 do mesmo diploma processual, esse impõe à peça acusatória um conteúdo negativo. Se, pelo primeiro, há uma obrigação de fazer por parte do Ministério Público, pelo art. 395, há uma obrigação de não fazer".
Considerando o prazo para o oferecimento da denúncia, assinale a alternativa correta
Escolha uma:
O prazo para o oferecimento da denúncia é impróprio, sua inobservância não causa a preclusão
Lopes Jr. (2016) ensina que nos delitos de ação penal de iniciativa privada, não há que se falar em "substituição processual", senão que o ofendido atua, no processo penal, com uma pretensão acusatória que lhe é própria e não se confunde com o poder de aplicar pena, que está a cargo do Estado-juiz.
 
Sobre o instituto da queixa, julgue os itens a seguir em (V) Verdadeiro ou (F) Falso.
 
(   ) A decisão que rejeita a queixa sempre desafiará o recurso em sentido estrito.
(   ) A queixa é a petição inicial da ação penal privada e deve ser subscrita por advogado.
(   ) A queixa oferecida por procurador deverá ser acompanhada do instrumento de mandato com poderes especiais.
(   ) A queixa poderá ser exercida pelo ofendido ou seu representante legal no prazo máximo de três meses após a ciência da autoria do fato criminoso.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
F - V - V - F.
De acordo com a doutrina de Guilherme de Souza Nucci, o réu deve apresentar sua defesa quanto aos fatos e não quanto à tipificação feita, uma vez que, como leigo que é e estando assegurada sua autodefesa, não tem obrigação de conhecer a lei penal.
 
De acordo com seus conhecimentos sobre os requisitos da denúncia, analise as afirmativas a seguir:
 
I - A denúncia conterá a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.
II - A denúncia deverá conter a qualificação completa do acusado, sob pena de afronta ao princípio da ampla defesa.
III - A denúncia pode ser oferecida com ou sem a qualificação completa do acusado, mas com elementos que possam identificá-lo.
IV - A apresentação do rol de testemunhas na denúncia não é obrigatória.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
I, III e IV
Aprendizagem
Segundo Nucci (2012), a denúncia é a petição inicial, contendo a acusação formulada pelo Ministério Público contra o agente do fato criminoso, nas ações penais públicas. Embora a peça acusatória deva ser concisa, todos os fatos devem ser bem descritos, em detalhes, sob pena de cerceamento do direito de defesa.
 
Considerando as características da ação penal, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
 
(  ) A representação da vítima e a requisição do Ministro da Justiça são condições específicas de procedibilidade para o exercício da ação penal.
(  ) A queixa será considerada inepta se não tiver a exposição do fato criminoso com todas as suas circunstâncias.
(  ) A ausência de alguma das condições da ação é mera irregularidade que poderá ser sanada no curso do processo penal.
(  ) Mesmo se já estiver extinta a punibilidade do denunciado, o juiz não poderá rejeitar a denúncia.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - V - F – F
De acordo com a doutrina de Nucci (2012) a ação civil ex delicto é a ação ajuizada pelo ofendido para obter indenização pelo dano causado pelo crime. Dessa forma, a sentença penal condenatória possui efeitos extrapenais, pois o artigo 91, I do Código Penal torna certo o dever de indenizar. 
Sobre o instituto da ação civil ex delicto, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
Transitando em julgado a sentença penal condenatória, a vítima pode levá-la ao juízo cível para obter a reparação do dano
O doutrinador Lopes Jr. (2016) entende "ação" como o poder político constitucional de acudir aos tribunais para formular a pretensão acusatória. Já "pretensão acusatória" seria o direito potestativo por meio do qual se narra um fato com aparência de delito (fummus commissi delicti) e se solicita a atuação do órgão jurisdicional contra uma pessoa determinada.
 
Considerando o instituto da denúncia, avalie as afirmativas a seguir:
 
I - A denúncia será rejeitada se for manifestamente inepta ou faltar condição para o exercício da açãopenal.
II - Não é necessário que o juiz a que se dirige a denúncia seja competente, bastando sua devida investidura no cargo.
III - Não é necessário ser advogado para que se exerça a defesa técnica em uma ação penal, sob pena de mácula ao princípio da ampla defesa.
IV - A ausência de justa causa é hipótese que enseja a rejeição da denúncia.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
I e IV
Avaliaçao
O Ministério Público, consoante o art. 127, caput, da Constituição Federal, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
É configurado, no Brasil, como instituição autônoma e independente, que não está subordinada aos Poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário, o que lhe garante condições de fiscalizar de forma mais efetiva o cumprimento da lei.
A finalidade de sua existência, como diz o próprio texto constitucional, é a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis, isto é, a função de defesa da sociedade no regime democrático instituído pela Constituição de 1988, tendo sua atuação comprometida com a defesa da cidadania e da dignidade da pessoa humana.
 
Acerca da atuação do Ministério Público no inquérito policial e na ação penal, julgue os itens a seguir:
 
(   ) Não há afronta ao princípio do promotor natural no pedido de arquivamento dos autos do inquérito policial por um promotor de justiça e na oferta da denúncia por outro, indicado pelo procurador geral de justiça, após o juízo local ter considerado improcedente o pedido de arquivamento.
(   ) O ato processual de oferecimento da denúncia praticado em foro incompetente por um representante, prescinde, para ser válido e eficaz, de ratificação por outro do mesmo grau funcional e do mesmo Ministério Público, apenas lotado em foro diverso e competente, porque o foi em nome da instituição, que é una e indivisível.
(   ) A decisão judicial de rejeição de denúncia, impronúncia de réu, de absolvição sumária ou de trancamento de ação penal por falta de justa causa viola a cláusula constitucional de monopólio do poder de iniciativa do Ministério Público nas ações penais públicas.
(   ) O inquérito policial, procedimento administrativo destinado a apurar a materialidade do crime e sua autoria, é presidido pelo Ministério Público, destinatário final das investigações e titular da ação penal pública.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a resposta correta:
Escolha uma:
Apenas as alternativas I e II estão corretas
A verificação acerca da narração de fato típico, antijurídico e culpável, da inexistência de causa de extinção da punibilidade e da presença das condições exigidas pela lei para o exercício da ação penal (aí incluída a justa causa) revela-se fundamental para o juízo de admissibilidade de deflagração da ação penal. A inexistência de dolo específico é questão que deve situar-se no âmbito da instrução probatória, por não comportar segura ou precisa análise nesta fase processual, que é de formulação de um simples juízo de delibação. (Inq 2.968, rel. min. Dias Toffoli, j. 19-5-2011, P, DJE de 17-8-2011).
 
A partir dos entendimento jurisprudenciais do Supremo Tribunal Federal acerca dos princípios constitucionais que informam os institutos do inquérito policial e da ação penal, julgue os itens a seguir:
 
I - Respeitados os termos da Súmula Vinculante nº 11, o uso de algemas durante audiência de instrução e julgamento não pode ser determinado pelo magistrado.
II - Segundo entendimento pacífico do STF, não podem subsistir condenações penais fundadas unicamente em prova produzida na fase do inquérito policial, sob pena de grave afronta às garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
III - O descumprimento, pelo Ministério Público, do seu encargo de produzir acusações precisas e apoiadas em fundamento empírico idôneo transgride, de modo frontal, os postulados essenciais da plenitude de defesa, da observância do contraditório, do due process of law e da dignidade da pessoa humana.
IV - Tratando-se de ação penal privada, o oferecimento de queixa-crime somente contra um ou alguns dos supostos autores ou partícipes da prática delituosa, com exclusão dos demais envolvidos, não configura hipótese de violação ao princípio da indivisibilidade.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
II e III
Segundo o professor Guilherme Nucci, o inquérito policial é um procedimento preparatório da ação penal, de caráter administrativo, conduzido pela polícia judiciária e voltado à colheita preliminar de provas para apurar a prática de uma infração penal e sua autoria. Seu objetivo principal é servir de suporte à formação da convicção do representante do Ministério Público (opinio delicti), mas também colher provas urgentes, que podem desaparecer, após o cometimento do crime”.
Já ação penal é o direito do Estado-acusação ou da vítima de ingressar em juízo, solicitando a prestação jurisdicional, representada pela aplicação das normas de direito penal ao caso concreto.
 
De acordo com as informações apresentadas na tabela a seguir, faça a associação das características do inquérito policial e da ação penal na Coluna A com seus respectivos significados na Coluna B.
 
	Coluna A
	Coluna B
	I. Discricionariedade
	1. Característica da ação penal que preconiza que o direito de ação e o direito de punir são distintos, não se confundem.
	II. Abstração
	2. Característica do inquérito policial que permite que a autoridade policial possa conduzir a investigação da forma que entender mais adequada para elucidar o fato.
	III. Autonomia
	3. Característica do inquérito policial que autoriza que o investigado não tenha, via de regra, oportunidade de se manifestar perante os elementos colhidos pela autoridade policial antes do início do processo.
	IV. Inquisitorialidade
	4. Característica da ação penal que preconiza que o direito de ação pode ser exercido mesmo que não exista o direito material postulado.
Assinale a alternativa que apresenta a associação correta:
Escolha uma:
I - 2; II - 4; III - 1; IV – 3
Princípio, etimologicamente, significa causa primária, momento em que algo tem origem, elemento predominante na constituição de um corpo orgânico, preceito, regra, fonte de uma ação. Em Direito, princípio jurídico quer dizer uma ordenação que se irradia e imanta os sistemas de normas. (NUCCI, 2012)
 
Considerando os princípios que informam o processo penal, julgue as afirmativas a seguir em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas.
 
(   ) Ninguém pode ser punido por fato que não lhe foi irrogado, eis que a denúncia fixa os limites da atuação do magistrado, que não poderá decidir além ou fora da imputação, sob pena, como visto, de violação ao princípio da congruência, ou correlação entre acusação e sentença penal.
(   ) Denúncia oferecida por membro do Ministério Público atuante em vara criminal comum e recebida pelo juízo do Tribunal do Júri não viola o princípio do promotor natural em decorrência dos princípios da unidade e indivisibilidade do Ministério Público.
(   ) Ante o princípio constitucional da não culpabilidade, inquéritos e processos criminais em curso não incidem na definição dos antecedentes criminais.
(   ) É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - V - V – V
O doutrinador Guilherme de Souza Nucci (2012) afirma que a finalidade do inquérito policial é a investigação do crime e a descoberta de seu autor, com o fito de fornecer elementos para o titular da ação penal promovê-la em juízo.
 
Com relação aos institutos do inquérito policial e da ação penal, complete as lacunas da sentença a seguir.
 
O inquérito policial é um procedimento ____________ e dispensável, conduzidopela autoridade policial. O prazo para o término do procedimento, estando o indiciado preso, é de ____________. Seu destinatário, nos casos em que caibam ação penal pública, é o ____________, que tem um prazo de ____________ para oferecer a denúcia.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
Escolha uma:
sigiloso/ 10 dias/ Ministério Público/ 5 dias.
Unidade 3
Seçao 1
Diagnostico
Guilherme de Souza Nucci (2012, p. 200-201) conceitua competência como sendo "a delimitação da jurisdição, ou seja, o espaço dentro do qual pode determinada autoridade judiciária aplicar o direito aos litígios que lhe forem apresentados, compondo-os".
 
Nucci, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 11. ed. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2012.
 
Sobre o tema da competência no processo penal brasileiro, julgue os itens a seguir em (V) Verdadeiro ou (F) Falso.
 
(   ) Todo juiz exerce jurisdição, mas sua competência é restrita nos termos da Constituição Federal e do Código de Processo Penal.
(   ) A competência do juízo busca seu fundamento de validade no princípio do juiz natural.
(   ) O Código de Processo Penal estabelece que a competência pode ser definida: em razão da matéria, em razão do local, em razão da pessoa, e em razão da função.
(   ) A competência da justiça militar é residual, ao contrário da justiça comum, que é especial.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - V - V – F
Guilherme de Souza Nucci (2012) conceitua jurisdição como o poder atribuído constitucionalmente ao Estado para aplicar a lei ao caso concreto, compondo litígios e resolvendo conflitos.
Acerca da jurisdição penal, assinale a alternativa que descreve corrertamente seus princípios informadores.
Escolha uma:
Investidura, inércia, juízo natural, improrrogabilidade e indelegabilidade.
Tornaghi apud Nucci (2012, p. 201) conceitua jurisdição como "um poder, enquanto a competência é a permissão legal para exercer uma fração dele com exclusão do resto, ou melhor, a possibilidade (não o poder, não a potencialidade) de exercitá-lo por haver a lei entendido que o exercício limitado do poder quadra em determinado procedimento metódico".
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Código de Processo Penal Comentado. 11. ed. São Paulo. Editora Revista dos Tribunais, 2012.
 
Com base nas noções de jurisdição e competência, julgue os itens a seguir em (V) VERDADEIRO ou (F) FALSO.
 
(   ) O STF possui jurisdição em todo o território nacional, embora não tenha competência para julgar todas as matérias.
(   ) Um homicídio simples praticado por um indígena contra outro é da competência da justiça comum federal.
(   ) A existência de um juízo previamente definido para o processo e julgamento das demandas é o que consagra o princípio do juiz natural.
(   ) Por força do princípio jurisdicional da inércia, um juiz jamais poderá conceder um habeas corpus ex officio.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V - F - V - F.
Aprendizagem
A Constituição Federal do Brasil adota, para algumas autoridades, um foro especial por prerrogativa de função, vulgarmente conhecido como foro privilegiado. A doutrina majoritariamente afirma que não se trata de um privilegio, mas sim de uma prerrogativa. Privilégios são referentes à pessoa, violam o princípio da isonomia, em desrespeito à constituição e à legalidade. Prerrogativas são tangentes ao cargo e se pretendem a possibilitar o correto exercício da função pública, sem os entraves que as influências políticas podem trazer, impedindo que subversões hierárquicas prejudiquem o processo.
 
Diante do contexto, analise a situação problema a seguir:
 
Um deputado federal, no curso de seu mandato eletivo, tem uma séria discussão com sua esposa e, após ter sido agredido com um tapa no rosto, pega uma faca na cozinha e desfere um golpe mortal contra sua consorte.
A partir da situação descrita acima, assinale a  alternativa que contempla corretamente o órgão judiciário que tem competência para o processo e julgamento do caso:
Escolha uma:
Tribunal do Júri da Justiça Comum Estadual.
Analise a situação problema a seguir:
 
O Ministério Público de um determinado estado, após uma extensa investigação sobre uma imensa quadrilha de falsificadores de documentos de licenciamento de veículos automotores, decidiu denunciar todos os réus. A vara criminal onde foi ajuizada a ação penal teve seriamente comprometido seu trabalho em razão do excessivo número de denunciados, além da instrução deste grande processo ter ficado muito lenta. Para resolver o problema, o presidente do Tribunal de Justiça decidiu criar uma vara criminal somente para julgar esse caso, escolhendo pessoalmente o juiz para atuar no processo.
Considerando o contexto e seus conhecimentos sobre os princípios da jurisdição e competência, assinale a alternativa correta:
Escolha uma:
A atitude é incorreta por contrariar ao princípio do juiz natural, uma das mais fortes garantias do processo penal brasileiro.
A competência serve a algumas finalidades notáveis. Primeiramente, o princípio do juiz natural apregoa que todas as pessoas têm o direito de serem julgadas por um juiz previamente competente, garantia que tem o condão de evitar a formação de tribunais de exceção, ou seja, criados para julgar fatos específicos. Todo tribunal de exceção é enviesado e parcial por natureza. Em segundo lugar, o estabelecimento de competências em razão de determinada matéria permite uma melhor formação do profissional do direito no assunto objeto de sua especialização, permitindo decisões mais tecnicamente fundamentadas, enquanto que a competência em razão do local atende a evidentes razões de logística. Quanto aos critérios de definição, o artigo 69 do Código de Processo Penal estabelece que a competência será determinada pelo lugar da infração, pelo domicílio ou residência do réu, pela natureza da infração, pela distribuição, pela conexão ou continência, pela prevenção e pela prerrogativa de função. Podemos abstrair de tal previsão que a competência pode ser definida em razão da matéria (natureza da infração), em razão do local (lugar em que o crime se consumou), em razão da pessoa (prerrogativa de função de algumas autoridades) e competência funcional (que diz respeito ao grau de instrução e à fase do processo).
 
Com base no contexto, analise a situação problema a seguir:
 
Após uma discussão ocorrida em um bar próximo à aldeia onde residem, o índio João disparou dois tiros que vieram a atingir o índio Antônio Kaiowá, que veio a falecer. Após tomar ciência do fato, o delegado da polícia federal da cidade presidiu o inquérito, que seguiu em sigilo, de acordo com o que determina o Código de Processo Penal.
Considerando que você é o Procurador da República natural para o caso e recebendo o inquérito da autoridade policial, julgue os itens a seguir:
 
I. O membro do Ministério Público Federal deverá oferecer denúncia na vara criminal da Justiça Comum Federal.
II. O membro do Ministério Público Federal deverá remeter o caso para o órgão do Ministério Público Estadual.
III. O membro do Ministério Público Estadual deverá oferecer denúncia no Tribunal do Júri da Justiça Comum Estadual.
IV. O membro do Ministério Público Estadual deverá oferecer denúncia na vara criminal da Justiça Comum Estadual.
É correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
II e III
Seçao 2
Diagnostico
Sobre as regras de competência, leia o texto a seguir:
 
"A exceção de incompetência encontra previsão no artigo 95, II do CPP, é cabível sempre que a ação tiver sido proposta perante juízo incompetente, as regras de competência estão estabelecidas pelo CPP, tratando-se de competência relativa (Territorial) deverá ser arguida no prazo de defesa prévia, sob pena de preclusão. Se caso for de incompetência absoluta não há preclusão e pode, portanto, ser arguida a qualquer momento e inclusive declarada de oficio pelo juiz. A exceção deve ser oposta perante o próprio juiz da causa, por via de regra, é legitimado para opor exceção de incompetência o réuda ação pública ou privada. O autor não pode opô-la. O Ministério Público pode apenas na qualidade de fiscal da lei, ou seja, na ação privada".
 
(VANZOLINI, Maria Patrícia, Como se prepara para 2ª Fase Penal de Exame de Ordem, São Paulo, Editora Método, 2ª Edição, 2004).
 
No contexto da definição de competência em crimes conexos, analise as afirmações a seguir:
 
I - A separação não é facultativa quando uma das infrações conexas for da competência da justiça comum e outra da justiça militar
II - Quando dois crimes conexos são praticados em cidades diferentes o fato será julgado no foro onde foi praticada a infração menos grave.
III - A separação é obrigatória quando os delitos forem praticados em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes dificultando a unificação.
IV - Quando todas as infrações são da mesma gravidade, a competência será do local do maior número de infrações.
V - Quando todas as infrações são da mesma gravidade e quantidade, caberá o critério da prevenção.
Está correto apenas o que se afirma em:
Escolha uma:
IV e V
Sobre o conflito de competência para julgar o delito, leia a notícia a seguir:
 
O Juiz Sérgio Moro decidiu nesta quinta-feira (26) que a ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolvendo o Sítio de Atibaia, no interior de São Paulo, deve prosseguir em Curitiba. Lula é acusado de receber o sítio e obras de melhoria no imóvel como propina de empreiteiras por contratos na Petrobras. Ele nega as acusações. Esta decisão é válida, segundo o juiz, até que seja julgada a chamada exceção de incompetência impetrada pela defesa do ex-presidente, há oito meses, na Justiça Federal do Paraná. A exceção de incompetência é usada pelos advogados de Lula para questionar a competência de Moro para julgar o caso. Segundo os defensores, não há elemento concreto que possa indicar que recursos da Petrobras foram usados para o pagamento de vantagem indevida a Lula e, por isso, eles acreditam que a ação penal não deveria estar no âmbito da Operação Lava Jato. Eles argumentam ainda que por questões territoriais o caso deveria estar em São Paulo. Ainda não há decisão de Moro sobre o pedido da defesa de Lula. (...) Moro pediu que as partes envolvidas no processo se manifestem sobre o pedido de exceção de incompetência para então decidir se pode ou não julgar o processo do sítio de Atibaia.
 
(Disponível em: <https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/moro-decide-que-processo-de-lula-envolvendo-sitio-de-atibaia-deve-prosseguir-em-curitiba.ghtml>. Acesso em 25 jul. 2018).
 
Complete as lacunas a seguir:
 
A competência em razão do local é determinada, precipuamente, no local da _______. Nos crimes à _______  é firmada no local onde, no Brasil, ocorreu a conduta ou resultado. Em caso de tentativa no local do último ato de ________. Nos crimes permanentes e continuados pela ________. Caso desconhecido o local da consumação, será na residência ou domicílio do _______. Caso estes últimos sejam desconhecidos, o primeiro juiz que tomar conhecimento do fato será o _______.
Agora, assinale a alternativa que completa as lacunas corretamente:
Escolha uma:
consumação \ distância \ execução \ prevenção \ réu \ competente
Sobre os crimes continuados e permanentes, leia a notícia a seguir:
 
"A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, defende que o Supremo Tribunal Federal discuta o alcance da anistia reconhecida pela Corte no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 153), quando os ministros rejeitaram, em 2010, pedido para que se anulasse o perdão dado aos representantes do Estado (policiais e militares) acusados de praticar atos de tortura durante o regime militar. (...) Escreveu Dodge. “No tocante à conexão de crimes, vale lembrar que a natureza permanente do crime de ocultação de cadáver afasta por completo qualquer cogitação de prescrição”, completou. A Procuradora-Geral pediu prioridade a (sic) questão. O caso chegou ao STF em 2014 e, diz a MP, foi arquivado e certificado o trânsito em julgado indevidamente, sem que tenha havido o julgamento do mérito da controvérsia, ou ao menos, qualquer decisão do relator a respeito da matéria de fundo da demanda. A reclamação foi apresentada ao Supremo por militares que são acusados de participar do homicídio e ocultação de cadáver do deputado Rubens Paiva, fraude processual e quadrilha, ocorridos em janeiro de 1971, durante regime de 1964-1985. Eles questionam o recebimento de denúncia pela 4ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Rio. (...) O primeiro foi a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos ao analisar o caso da Guerrilha do Araguaia. Em 2011, a CIDH julgou que o Brasil deve processar os responsáveis pelos crimes cometidos durante a ditadura. O segundo diz respeito à brecha aberta pelo próprio STF. Em 2011, o tribunal autorizou a extradição do major argentino Norberto Raul Tozzo, envolvido na tortura e morte de 22 presos políticos em 1976, episódio conhecido como Massacre de Margarita Belén. Ao autorizar a extradição, o Tribunal julgou que os sequestros praticados na época e cujas vítimas nunca foram encontradas são crimes continuados e permanentes".
 
(Disponível em: <https://www.jota.info/stf/dodge-defende-necessidade-de-reflexao-respeito-do-alcance-da-anistia-militares-06022018>. Acesso em 25 jul. 2018).
 
Analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso:
 
( ) Os crimes permanentes são aqueles nos quais a consumação se prolonga no tempo, por vontade do agente.
( ) Os crimes continuados são ficções jurídicas a partir das quais vários crimes da mesma espécie, praticados nas mesmas condições de tempo lugar e modo, podem ser considerados um só delito para fins de aplicação da pena.
( ) Quando o local da consumação do crime não é sabido, adota-se o critério do domicílio ou residência da vítima.
( ) Caso o réu não tenha residência certa ou quando incerto seu paradeiro, a competência será do juiz que primeiramente tomar conhecimento da causa.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Escolha uma:
V – V – V –V
Aprendizagem
Sobre a alegação de incompetência, leia a notícia a seguir.
 
O Juiz Raphael Cazelli de Almeida Carvalho, da Oitava Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, rejeitou um recurso que tentava trancar uma ação civil que tem o deputado estadual e ex-prefeito de Cuiabá, W. S., como um dos réus. Este é acusado de improbidade administrativa, por ter, supostamente, causado um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos. A acusação se deve às supostas irregularidades na condução das obras do Rodoanel, em Cuiabá, durante a gestão de Wilson Santos à frente da prefeitura da capital. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-prefeito teria promovido a licitação sem cobertura orçamentária, apenas para escolher previamente a empreiteira que executaria as obras, desmotivando assim outros interessados no certame. O recurso foi protocolado pela defesa da C. C. e Participação Ltda. A empresa alega omissão do juízo quanto a uma preliminar de incompetência absoluta, já que ela teve sua falência decretada pela Primeira Vara Cível, Recuperação Judicial e Falência de Cuiabá. “A parte alega que a empresa ré, ora em referência teve sua falência decretada, solicitando o declínio de competência por tratar-se de juízo universal”, afirma trecho do processo.  Com isso, os advogados requeriam o declínio de competência, o que foi negado pelo juiz, que rejeitou os embargos de declaração. A ação do MPF foi recebida pelo juiz em agosto de 2016.
 
(Disponível em <http://www.midianews.com.br/judiciario/juiz-mantem-acao-em-que-ws-e-acusado-de-improbidade/328752 >. Acesso em 25 jul. 2018).
 
Ante contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
 
I - O juiz de direito ou o juiz federal são incompetentes para julgarem as causas criminais até a sentença, mas os Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais, por meio de seus desembargadores, são competentes para julgamento dos recursos de apelação e recursos em sentido estrito interpostos

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