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ECONOMIA POLÍTICA APLICADA
AULA 2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rodolfo dos Santos Silva
O grande negócio dos proprietários de terras iria sucumbir se não fosse a aprovação da Lei dos Cereais por parte do parlamento britânico, que estabeleceu a cobrança de uma sobretaxa sobre o trigo importado, o que fez elevar ainda mais o preço do pão, provocando uma reação imediata dos grandes industriais e comerciantes que eram contrários a tais aumentos.
Para David Ricardo, todos os custos se reduziam aos custos do trabalho, por isso ele entendia mais o lado dos industriais e comerciantes, já que os altos preços dos alimentos os forçavam a pagar salários mais altos para manter os trabalhadores. Sobre isso, Ricardo percebeu que se não houvesse mudanças a única classe que ganharia com isso seria a dos grandes produtores rurais e latifundiários. E em 1815, escreveu que os interesses dessa classe eram divergentes de todas as demais classes existentes. Ou seja, entrou na guerra.
As ideias de David Ricardo dominaram a economia clássica por mais de meio século. Esse lorde inglês, muito jovem assumiu um cargo na Bolsa de Valores de Londres onde desempenhou uma brilhante carreira. Pouco tempo depois, escreveu o seu primeiro livro: “O Preço Elevado dos Lingotes de Ouro: uma prova da depreciação das notas de banco” (1810), mas foi com a obra: “Princípios de Economia, Política e Tributação” (1817) que ele deu uma enorme contribuição à teoria do valor e da distribuição no mundo capitalista.
Quer saber como? Apesar de viver em uma economia predominantemente agrícola, David Ricardo construiu um modelo teórico buscando explicar as leis que regulam a distribuição do produto entre as diferentes classes da sociedade e estabeleceu o trabalho como fator determinante do valor das mercadorias. Naquela época, o cultivo das terras mais férteis e próximas aos centros de comercialização alcançava lucros extraordinários em relação às distantes e de menor fertilidade, isso porque a renda da terra era cobrada em relação às terras mais férteis. Como a produtividade agrícola nas terras de baixa fertilidade é menor, os produtores só tinham como ganhar elevando os preços dos produtos agrícolas. Assim, as terras mais férteis tinham maiores lucros porque conseguiam produzir com menores custos. Para esta questão, Ricardo propôs manter os lucros da terra menos fértil nos mesmos níveis do lucro de cultivo das terras mais férteis, havendo assim um equilíbrio entre eles, e na economia.
Ricardo formulou ainda, as Teoria das Vantagens Comparativas ou Lei dos Custos Comparativos, que demonstrava que as vantagens do comércio entre os países estariam na importação de produtos, nos casos em que o custo das produções internas fosse mais elevado do que as ofertas no exterior. Para tanto, o comércio entre os países dependeria desses fatores de produção. Essa lei, ainda hoje, constitui uma parte importante da Teoria do Comércio Internacional. Além disso, David Ricardo proporcionou a base teórica para o surgimento de outras duas importantes escolas econômicas antagônicas: a Escola Marxista e a Escola Neoclássica.
TEMA 4 – MALTHUS, SAY E MILL: CONTRIBUIÇÕES À ECONOMIA POLÍTICA E SOCIAL
Thomas Malthus (1766-1834)
Em 1798, foi publicado por Thomas Robert Mathus, o seu livro mais conhecido, intitulado “Um Ensaio sobre o Princípio da População e como ele afeta o Futuro e o Desenvolvimento da Sociedade”. O livro provocou uma revolução no pensamento romântico inglês, já que se imaginavam que ele refletia um universo harmonioso e um futuro brilhante para as pessoas, mas ao invés disso, o livro apresentava uma perspectiva de um futuro sombrio e cheio de calamidades. Conforme Malthus, no futuro não haveria sustentação para um crescimento tão grande da população, que dobrava a cada 25 anos. Isso levaria a humanidade a beira de um precipício que culminaria em seu fim.
Assim, os seres humanos seriam levados a grandes batalhas por alimentos, cujo estoque seria reduzido devido a sua limitada produção. De acordo com HEILBRONER (1992) “numa desconcertante manifestação intelectual, Malthus apagou todas as esperanças de uma época orientada para autossatisfação e com uma confortável visão de progresso”
Malthus foi odiado por muitos, dado a sua defesa intransigente das pestes como forma de controle da população, assim como era contrário a qualquer tipo de auxílio aos mais pobres e a favor do fim dos casamentos precoces. Ele defendeu o fim de qualquer ajuda aos mais pobres temendo que isso pudesse os levar a ter mais filhos. Percebendo que a sociedade se dirigia a um futuro sombrio, apontados pelos seus estudos, esse clérigo inglês afirmava que a culpa de todos os males era a fertilidade humana. Para ele, as guerras eram necessárias para evitar que aumentasse ainda mais o número de pessoas. Quando escreveu o seu segundo livro “Princípios de Economia Política”, em 1820, Malthus expôs uma ideia totalmente divergente daquilo que estava sendo posto por Jean Baptiste (1767-1832), que para toda oferta havia procura, e a Lei de Say, que afirma haver superprodução.
Suas ideias vão ser fervorosamente combatidas pelo seu amigo David Ricardo e por outros teóricos da época. Mas para Malthus, haveria superprodução, somente se houvesse a oferta de muitos produtos e poucos compradores, o que para ele era dado como certo, tendo em vista o aumento dos preços e o alto nível de desemprego. Como possuía uma argumentação frágil na defesa de suas ideias, as que prevaleceram foram as de Say e de Ricardo. Só 100 anos mais tarde, no Livro “Teoria Geral do Emprego, do juro e da moeda”, Keynes (18883-1946) retornará as ideias de Malthus e desenvolverá o princípio da demanda efetiva.
Jean Baptiste Say (1767-1832)
Jean Baptiste Say (1767-1832), foi um industrial e economista francês que afirmou que a economia política representa o conhecimento sobre como se forma a riqueza e como ela é distribuída e apropriada pela sociedade e pelo Estado.
Say foi um dos maiores defensores das ideias de Adam Smith e seu principal propagador. Em 1803, escreveu sua principal obra: “Tratado de Economia Política”, onde desenvolveu uma teoria que ficou conhecida como Leis de Mercado de Say. De acordo com essa teoria a produção criaria sua própria demanda. É também atribuída a Say a teoria dos três fatores de produção: terra, trabalho e capital. Foi um grande estudioso do mundo dos negócios, desenvolvendo uma teoria que estabelecia as funções e o papel a ser desempenhado pelos empresários na sociedade.
John Stuart Mill (1806 – 1873)
Para John Stuart Mill (1806-1873), em seu livro: “Princípios de Economia Política com algumas de suas Aplicações à Filosofia Social”, publicado em 1848, delineia a Economia Política como sendo o conhecimento sobre a formação da riqueza e como ela é distribuída e apropriada pela sociedade e pelo Estado. Para esse autor, a economia estuda como se constitui historicamente a diversidade entre a riqueza e a pobreza e a razão pela qual ela é apropriada no presente e como poderá ocorrer essa apropriação no futuro, bem como as leis que as regulam. Inspirado por seu pai James Mill (1773-1836), outro grande economista, Mill buscou fundamentar as suas teses nas teorias desenvolvidas por David Ricardo e Thomas Malthus, em que questionava a posição de Adam Smith sobre a não intervenção do Estado na economia e defendia a tributação da renda.
Esse intelectual inglês, também afirmou que a falta de concorrência levava ao aumento nos preços ao perceber que grandes empresas passavam a ter o domínio sobre a oferta de determinado bem ou serviço. Alertou para o perigo dessa falta de concorrência para alguns setores da economia, inclusive no mercado de trabalho, em que alguns trabalhadores poderiam ser muito melhor remunerados do que outros, dados a sua qualificação profissional. Entendia como necessária a organização dos trabalhadores em sindicatos e o direito à greve. Em sua publicação de 1869, “A Sujeição das Mulheres”, defendeu o direito das mulheres ao voto. Seus livros tornaram-se leitura fundamentais para o conhecimentode economia e política a partir de meados do século XIX.
TROCANDO IDEIAS
Diante dos assuntos abordados nesta rota, dentre eles a pobreza e o aumento da população, problematize sobre essa relação e descreva como alguns dos economistas políticos estudados reagiriam às políticas sociais existentes atualmente.
NA PRÁTICA
Vamos a alguns exercícios práticos? Clique nas opções corretas.
1. Com o desenvolvimento do mercantilismo e o surgimento das cidades e da infraestrutura criada para ligar uma cidade a outra, a burguesia europeia acumulou riquezas com o comércio proporcionando a implantação de manufaturas. As cidades de grande comércio, onde estavam estabelecidas as manufaturas e viviam os grandes comerciantes, foi denominada de:
a. Pólis
b. Burgos
c. Comunidade
d. Metrópole
e. Metápoles
2. O economista político que afirmou que a falta de concorrência levava ao aumento nos preços ao perceber que grandes empresas passavam a ter o domínio sobre a oferta de determinado bem ou serviço e que também alertou para o perigo dessa falta de concorrência para alguns setores da economia, inclusive no mercado de trabalho, foi:
2. Adam Smith
2. David Ricardo
2. Jean Baptiste Say
2. John Stuart Mill
2. Thomas Malthus
Confira as respostas no material online.
SÍNTESE
A Economia Política representa o conhecimento acumulado de muitos pesquisadores e estudiosos do assunto. Neste texto, foi possível conhecer a contribuição de alguns dos mais importantes economistas da Escola Clássica como Adam Smith (1723-1790) que escreveu em 1776, um livro chamado “A Riqueza das Nações: investigação sobre a sua natureza e causas” que foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo e a propagação do liberalismo como teoria econômica.
Você também aprendeu sobre David Ricardo (1722-1823), um dos principais economistas do Século XIX. Esse lorde inglês percebeu que seu país estava dividido em duas grandes classes que disputavam o poder, a classe dos grandes proprietários de terras, produtores rurais e latifundiários e a dos novos ricos, grandes industriais e comerciantes. As ideias de David Ricardo dominaram a economia clássica por mais de meio século. Você também estudou sobre Thomas Malthus (1766-1834), um dos mais polêmicos economistas do Século XIX, dado a sua principal obra “Um Ensaio sobre o Princípio da População e como ele Afeta o Futuro e o Desenvolvimento da Sociedade”, publicado em 1798.
Entendeu que Jean Baptiste Say (1767-1832), criou a teoria que ficou conhecida como Leis de Mercado de Say, na qual afirma que a produção cria a sua própria demanda. E ainda, observou que John Stuart Mill (1806-1873) em seu livro: “Princípios de Economia Política com algumas de suas Aplicações à Filosofia Social”, publicado em 1848, delineia a Economia Política como sendo o conhecimento sobre a formação da riqueza e como ela é distribuída e apropriada pela sociedade e pelo Estado.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Carlos Roberto Vieira. História do Pensamento Econômico: uma abordagem introdutória. São Paulo: Atlas, 2006.
FRANCO JUNIOR, Hilário e CHACON, Pulo Pan. História Econômica Geral. São Paulo: Atlas, 1992.
GALBRAITH, John Kenneth. O Pensamento Econômico em Perspectiva. São Paulo: Edusp, 1989.
HEILBRONER, Robert. A História do Pensamento Econômico. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
HUNT, E. K. e SHERMAN, HOWARD, J. Sherman. História do Pensamento Econômico. Petrópolis: Vozes, 1977.
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986.
MAGALHÃES FILHO, Francisco de B. B. História Econômica. São Paulo: Saraiva, 1987.
MALTHUS, Thomas Robert. Princípios de Economia Política e Considerações sobre sua Aplicação Prática. Ensaio sobre a população. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
MARX, Karl. Manuscritos Econômicos-Filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MILL, John Stuart. Princípios de Economia Política: com algumas de suas aplicações à filosofia social. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
SAES, Flávio Azevedo Marques de. SAES, Alexandre Macchione. História Econômica Geral. São Paulo: Saraiva, 2013.
SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia do Século XXI. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2007.
SMITH, Adam. A Riqueza das Nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. Coleção: Os economistas. São Paulo: Nova Cultural, 1996.
VASCONCELLOS, Marco A. S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de Economia. São Paulo: Saraiva, 2014.

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