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Baruch de espinosa


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Baruch de espinosa
Filosofia, módulo 6
2 Médio
Baruch de Espinosa (ou Espinoza) nasceu no seio de uma família judia que havia buscado na Holanda abrigo das perseguições religiosas sofridas em Portugal e na Espanha. Tido como judeu e ateu pelos cristãos, e como herege pelos judeus, Espinosa foi um filósofo maldito. Por meio de procedimentos rigorosos e sistemáticos, construiu um sistema matematicamente estruturado, no qual Deus é a própria natureza.
Um dos primeiros pensadores do iluminismo e da crítica bíblica moderna, inclusive das modernas concepções de si mesmo e do universo, Espinosa veio a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII.
Em 27 de julho de 1656, a Sinagoga Portuguesa de Amsterdã puniu Espinosa com o chérem, o equivalente hebraico da excomunhão católica, pelo seus postulados a respeito de Deus em sua obra, defendendo que Deus é o mecanismo imanente da natureza, e que a Bíblia é uma obra metafórico-alegórica que não pede leitura racional e não exprime a verdade sobre Deus.
O panteísmo é a doutrina para a qual Deus e o universo formam uma única realidade integrada. A subs tância é o que existe por si só e que independe de qual quer outra concepção para ser concebido. Por isso, Deus é o único elemento que corresponde à definição de substância: Deus é causa de si (Deus criou Deus) e existe em si mesmo (Deus não está subordinado a nada para existir). Espinosa define substância como “aquilo que é em si e concebido por si, quer dizer, aquilo cujo conceito não tem necessidade do conceito de uma outra coisa para ser formado" (STRATHERN, 2000, p. 14). Para Strathern (2000), a definição de substância é o ponto de origem e o princípio básico da filosofia de Espinosa: caso não a aceitemos, nada mais faz sentido.
Os atributos são as qualidades por meio das quais Deus se manifesta. Os atributos de Deus que estão ao alcance de nossa compreensão são o pensamento e a matéria
DEBATES NA FILOSOFIA
Deus transcendente ou imanente;
Deus pessoal ou impessoal;
Teísmo percepção que Deus existe;
Deísmo: Ideia de um Deus impessoal;
Panteísmo: Tudo é Deus;
Ateísmo: A fé de que Deus não existe;
Agnosticismo: Não temos a habilidade de saber se Deus existe;
na concepção de Spinoza, podemos amar a Deus o quanto quisermos, mas não há como ele nos amar em troca. Isso fez muita gente sentir-se profundamente desamada e face à perspectiva de não ser recompensada por toda sua santidade. Ao tornar sagradas todas as coisas, Spinoza desencadeou uma censura doida  (STRATHERN, 2000, p. 14).
Para Espinosa, de forma panteísta, o universo e Deus fazem parte de uma única coisa. Deus é o universo e o universo é Deus. Nas palavras do filósofo, Deus sive Natura (Deus ou Natureza). Como substância única, Deus-Universo tem infinitos atributos, dos quais apenas a extensão e o pensamento são por nós percebidos (STRATHERN, 2000)
O pecado de Espinosa foi o de declarar que a ideia de um Deus senhor e separado dos homens apenas tinha o propósito político de dominação. Em outras palavras, a concepção de Deus transcendente, superior às coisas físicas e reais, servia apenas para construir a ideia de um ser criador que a tudo julgava e que exigia obediência total. Segundo Strathern (2000), Spinosa demonstra que o homem não deve qualquer obediência a um Deus transcendente. Como o homem é parte da substância divina, sua liberdade nada mais é do que uma necessidade imanente à sua própria natureza divina.
Para Espinosa, todo o conteúdo bíblico estava longe de corresponder à verdade, limitando-se a funcionar como um conjunto de preceitos que tinham o objetivo de normatizar a conduta humana. Espinosa afirmará: Deus é imanente, ou seja, ele é a única substância existente. Deus existe por si só e não depende de mais nada para existir. Tudo que de Deus emana é expressão da sua substância. Deus é tudo, e tudo é Deus. O sentido do universo, ou seja, Deus, é o próprio universo, já que não há nada além dele. Assim, se cada um de nós faz parte do corpo de Deus, ao ferirmos alguém estamos, de fato, ferindo a nós mesmos. Cada um de nós, dessa forma, é responsável pela felicidade de todos (STRATHERN, 2000).
Deus está presente em todo o universo, sendo, portanto, o próprio cosmos; a realidade é fruto da identidade entre mente e corpo, agora não percebidos como pertencentes a planos distantes, mas como partes de uma mesma substância.
É importante também mencionar que Espinosa acabou por solucionar um dilema anteriormente enfrentado por Descartes: para este, havia a alma e o corpo, sendo o conhecimento possível apenas por meio da representação da realidade. Para Descartes, a questão insolúvel dizia respeito às relações entre a mente (movida pela razão) e o corpo (movido mecanicamente). Para Espinosa, essa operação é desnecessária, já que corpo e alma se expressam “mutuamente e constituem a unidade imanente do homem" (ABRÃO, 1999, p. 217). Em outras palavras, a mente e o corpo faziam parte da mesma coisa, Deus, mas percebidos por meio de atributos distintos (a mente, operada pelo pensamento; o corpo, pela extensão)
Assim, Espinosa é considerado um dos mais importantes filósofos do racionalismo ético enquanto tradição filosófica, que atribui à razão o centro da vida ética e que distingue necessidade, desejo e vontade. A necessidade está relacionada ao que necessitamos para continuar existindo. O desejo adiciona prazer à satisfação das necessidades. "No desejo, nossa imaginação busca o prazer e foge da dor pelo significado atribuído ao que é desejado ou indesejado" (CHAUÍ, 2002, p. 351). Por sua vez, a vontade é um ato voluntário que envolve esforço, discernimento e reflexão. A vontade faz referência ao que é possível. Em outras palavras
O desejo é paixão. A vontade, decisão. O desejo nasce da imaginação. A vontade se articula à reflexão. O desejo não suporta o tempo, ou seja, desejar é querer a satisfação imediata e o prazer imediato. A vontade, ao contrário, realiza-se no tempo; o esforço e a ponderação trabalham com a relação entre meios e fins e aceitam a demora da satisfação. Mas é o desejo que oferece à vontade os motivos interiores e os fins exteriores da ação. [...] Consciência, desejo e vontade formam o campo da vida ética: consciência e desejo referem-se às nossas intenções e motivações; a vontade, às nossas ações e finalidades. As primeiras dizem respeito à qualidade da atitude interior ou dos sentimentos internos ao sujeito moral; as últimas, à qualidade da atitude externa, das condutas e dos comportamentos do sujeito moral (CHAUÍ, 2002, p. 352)