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Indaial – 2021
MaMografia e 
DensitoMetria Óssea
Profa. Pamela Cristina Fagundes
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profa. Pamela Cristina Fagundes
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
F156m
Fagundes, Pamela Cristina
Mamografia e densitometria óssea. / Pamela Cristina 
 Fagundes. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
237 p.; il.
ISBN 978-65-5663-630-6
ISBN Digital 978-65-5663-629-0
 1. Radiologia. – Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da 
 Vinci.
CDD 610
apresentação
Caro acadêmico de radiologia, esta obra foi desenvolvida com o 
intuito de guiar os seus estudos para a área de Mamografia e Densitometria 
Óssea. Essas duas especialidades da radiologia, assim como todas as outras, 
estão em constante evolução e, todos os dias, surgem novos estudos. Por esse 
motivo, é importante que, além de fazer o estudo da apostila, você busque 
sempre outras referências para estar atualizado.
A mamografia é o único método de rastreamento de câncer de mama, 
por isso, é um exame de grande importância para a sociedade. Podemos 
evidenciar várias campanhas de combate ao câncer de mama durante o 
ano inteiro, e tudo isso porque, segundo o Inca (2019), o câncer de mama 
é o primeiro no ranking nacional de causas de morte entre as mulheres, e a 
prevenção e o diagnóstico precoce devem andar juntos.
Acadêmico, para melhor conduzir os seus estudos, este livro está 
dividido em três unidades. Na Unidade 1, abordaremos a parte que dará a 
introdução à mamografia. Falaremos dos aspectos históricos e do câncer de 
mama. Nesta unidade, você conhecerá o equipamento de mamografia e a 
formação da imagem mamográfica, podendo entender melhor a diferença 
dos métodos de aquisição de imagens analógica e digital e os processos de 
controle de qualidade na mamografia.
Em seguida, na Unidade 2, daremos início ao conteúdo principal, 
que trata da anatomia da mama, assim como as principais patologias que 
a acometem. Essa é uma unidade de grande importância para os estudos 
nesta disciplina, pois, aqui, falaremos das técnicas e dos posicionamentos 
mamográficos e outros procedimentos, importantes para o seu conhecimento. 
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos acerca do exame de densitometria 
óssea e das particularidades. Nesta unidade, você tomará conhecimento de 
assuntos, como a osteoporose e o crescimento e o remodelamento ósseos.
Com os assuntos abordados nessas três unidades, você poderá 
desenvolver habilidades técnicas para as suas vidas acadêmica e profissional, 
podendo exercer os processos aqui descritos com segurança.
Desejamos, a você, uma ótima leitura! Bons estudos!
 
Profᵃ. Pamela Cristina Fagundes
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA ...................................................................... 1
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA .......................................... 3
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 3
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA MAMOGRAFIA ......................................................................... 3
3 O CÂNCER DE MAMA ...................................................................................................................... 7
3.1 FATORES DE RISCO ...................................................................................................................... 8
4 PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA ............................................. 11
4.1 PREVENÇÃO DO CÂNCER DE MAMA ................................................................................. 11
4.1.1 Autoexame das mamas ....................................................................................................... 12
4.1.2 Exame clínico ........................................................................................................................ 12
4.1.3 Mamografia de rastreamento e diagnóstico .................................................................... 12
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 15
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 16
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM .................... 19
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 19
2 ACESSÓRIOS DO MAMÓGRAFO ............................................................................................... 20
3 FORMAÇÃO DA IMAGEM ........................................................................................................... 27
3.1 ETAPAS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM ................................................................................. 28
3.1.1 Efeito anódico na mamografia ........................................................................................... 29
3.2 REQUISITOS TÉCNICOS E DEFINIÇÕES DA IMAGEM ...................................................... 29
3.3 QUALIDADE DA IMAGEM ....................................................................................................... 32
3.3.1 Critérios médicos de qualidade da imagem .................................................................... 33
RESUMO DO TÓPICO 2.....................................................................................................................35
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 36
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO ............................ 39
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 39
2 MAMOGRAFIA ANALÓGICA ..................................................................................................... 39
2.1 COMPOSIÇÃO DO FILME RADIOGRÁFICO ....................................................................... 40
2.2 FORMAÇÃO DA IMAGEM LATENTE .................................................................................... 41
2.3 PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO ................................................................ 42
2.3.1 Etapas do processo de revelação do filme ........................................................................ 43
2.4 CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS DA MAMOGRAFIA ANALÓGICA....................... 44
3 MAMOGRAFIA DIGITAL .............................................................................................................. 45
3.1 CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DIGITAL ........................................................................ 46
3.1.1 Diferenças entre a mamografia convencional e a digital ............................................... 47
3.2 SISTEMA DE MAMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CR ................................................. 47
3.2.1 Vantagens e desvantagens da utilização do CR .............................................................. 48
3.2.2 Formação da imagem no CR .............................................................................................. 49
3.2.3 Funcionamento da leitora CR ............................................................................................ 49
3.3 SISTEMA DE MAMOGRAFIA DIGITAL DR ........................................................................... 50
3.3.1 Formação indireta ................................................................................................................ 51
3.3.2 Formação direta ................................................................................................................... 52
3.3.3 Vantagens e desvantagens da utilização do DR .............................................................. 52
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 54
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 55
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA.......................................... 57
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 57
2 TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE ................................................................................ 57
2.1 RESPONSABILIDADES DA EQUIPE NO CONTROLE DE QUALIDADE ........................ 61
3 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA O CONTROLE DE QUALIDADE ..................... 62
3.1 SIMULADOR RADIOGRÁFICO DE MAMA “PHANTOM” ................................................ 64
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 68
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 72
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 73
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 75
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS ............................................... 77
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA ........................................................................................... 79
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 79
2 ANATOMIA EXTERNA DA MAMA ............................................................................................. 80
2.1 ANATOMIA INTERNA DA MAMA ......................................................................................... 82
2.1.1 Histologia da mama ............................................................................................................ 84
3 COMPOSIÇÃO GERAL DA MAMA ............................................................................................ 87
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 90
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 91
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS ............................... 93
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 93
2 ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA MAMA ........................................................... 93
3 DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA ............................................................................................. 94
4 DOENÇAS MALIGNAS DA MAMA ............................................................................................ 95
4.1 CARCINOMA DUCTAL IN SITU E INVASIVO ...................................................................... 96
4.2 TIPOS HISTOLÓGICOS DE CARCINOMAS ........................................................................... 96
4.3 SINAIS RADIOLÓGICOS DO CÂNCER DE MAMA, DE ACORDO
 COM O BI-RADS .......................................................................................................................... 98
5 CLASSIFICAÇÃO BI-RADS ......................................................................................................... 106
5.1 CATEGORIAS DA CLASSIFICAÇÃO BI-RADS .................................................................... 107
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 111
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 112
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA .................................................................................. 115
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 115
2 FATORES ESSENCIAIS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA MAMOGRAFIA ................... 115
2.1 INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO ................................................................... 116
2.2 TIPOS DE MAMOGRAFIA ...................................................................................................... 118
2.3 PROCEDIMENTOS QUE PODEM CONSTAR NA ANAMNESE ..................................... 118
2.4 IDENTIFICAÇÃO MAMOGRÁFICA ..................................................................................... 120
3 POSICIONAMENTO E COMPRESSÃO .................................................................................... 121
3.1 CONTROLE DE EXPOSIÇÃO AUTOMÁTICO (CAE) ......................................................... 122
3.1.1 Escolha do receptor de imagem ...................................................................................... 123
3.2 QUADRANTES E REGIÕES DA MAMA ............................................................................... 123
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 126
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................127
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS ...................................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 129
2 INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS BÁSICAS ......................................................................... 129
2.1 CRANIOCAUDAL (CC) ............................................................................................................ 129
2.2 MEDIOLATERAL OBLÍQUA (MLO) ...................................................................................... 131
3 INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS ADICIONAIS OU COMPLEMENTARES ............... 135
3.1 CRANIOCAUDAL LATERALMENTE EXAGERADA (XCCL) ........................................... 135
3.2 CRANIOCAUDAL MEDIALMENTE EXAGERADA XCCM OU
 (CLEAVAGE – CV) ..................................................................................................................... 136
3.3 CAUDOCRANIAL (REVERSE CRANIOCAUDAL – RCC) ............................................... 137
3.4 MEDIOLATERAL (ML ou P) ................................................................................................... 138
3.5 LATEROMEDIAL (LM) ............................................................................................................ 138
3.6 AXILAR ....................................................................................................................................... 139
4 MANOBRAS E COMPRESSÕES ................................................................................................. 140
4.1 MANOBRA DE COMPRESSÃO SELETIVA ........................................................................... 140
4.2 MANOBRA DE AMPLIAÇÃO GEOMÉTRICA OU AMPLIAÇÃO
 VERDADEIRA ............................................................................................................................ 141
4.3 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPRESSÃO SELETIVA E AMPLIAÇÃO
 GEOMÉTRICA ............................................................................................................................ 142
4.4 MANOBRA ANGULAR ............................................................................................................ 142
4.5 OBLÍQUAS PROGRESSIVAS .................................................................................................... 143
4.6 MANOBRA ROTACIONAL OU ROLADA ............................................................................ 144
4.7 MANOBRA TANGENCIAL ..................................................................................................... 146
4.8 MANOBRA DE EKLUND ......................................................................................................... 147
5 POSICIONAMENTO DA MAMA MASCULINA ................................................................... 149
6 RADIOGRAFIA DE PEÇA CIRÚRGICA ................................................................................... 150
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 152
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 153
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 155
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 157
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM,
 NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA .............................. 159
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR
 IMAGEM NA MAMA .............................................................................................. 161
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 161
2 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA ............................................................................................ 161
2.1 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: MÉTODO BIPLANAR .............................................. 162
2.2 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: MÉTODO ESTEREOTÁXICO .................................. 163
2.3 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA ORIENTADA PELA ULTRASSONOGRAFIA ............ 165
2.4 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: RESSONÂNCIA MAGNÉTICA .............................. 165
3 TIPOS DE BIÓPSIA ........................................................................................................................ 166
3.1 PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) ....................................................... 166
3.2 BIÓPSIA PERCUTÂNEA DE FRAGMENTOS COM PISTOLA
 AUTOMÁTICA (CORE BIOPSY) ............................................................................................. 167
3.3 BIÓPSIA PERCUTÂNEA DE FRAGMENTOS ASSISTIDA A
 VÁCUO (MAMOTOMIA) ......................................................................................................... 167
3.4 SISTEMA DE ESTEREOTAXIA NO AUXÍLIO DOS PROCEDIMENTOS
 INVASIVOS DA MAMA ........................................................................................................... 169
4 DUCTOGRAFIA OU GALACTOGRAFIA................................................................................. 170
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 172
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 173
TÓPICO 2 — NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA ................................................. 175
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 175
2 TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA ...................................................................................................... 175
3 MAMOGRAFIA COM CONTRASTE ......................................................................................... 178
4 ESTUDO DA MAMA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ................................................. 180
5 IMAGEM MOLECULAR MAMÁRIA ........................................................................................ 182
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 183
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 184
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA .................................................. 187
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 187
2 TECIDO ÓSSEO .............................................................................................................................. 187
2.1 ORGANIZAÇÃO MACROSCÓPICA ...................................................................................... 187
2.2 ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA ....................................................................................... 189
2.2.1 Osteócitos ............................................................................................................................ 189
2.2.2 Osteoblastos ........................................................................................................................ 189
2.2.3 Osteoclastos ........................................................................................................................ 190
2.3 REMODELAMENTO ÓSSEO .................................................................................................. 190
2.3.1 Ativação ...............................................................................................................................191
2.3.2 Reabsorção .......................................................................................................................... 191
2.3.3 Formação ............................................................................................................................. 191
2.3.4 Mineralização ..................................................................................................................... 191
2.3.5 Repouso ............................................................................................................................... 191
3 OSTEOPOROSE............................................................................................................................... 192
3.1 SUBSTÂNCIAS QUE INFLUENCIAM NA REGULAÇÃO DO
 METABOLISMO ÓSSEO ........................................................................................................... 194
3.1.1 Vitamina D .......................................................................................................................... 194
3.1.2 Estrógenos e testosterona ................................................................................................. 194
3.1.3 Hormônio da paratireoide ................................................................................................ 194
3.1.4 Calcitonina ......................................................................................................................... 194
3.2 DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE ..................................................................................... 195
3.2.1 Medidas quantitativas ....................................................................................................... 196
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 199
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 200
TÓPICO 4 — MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA ................... 201
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 201
2 EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE........................ 201
2.1 TÉCNICAS DE ABSORCIOMETRIA ....................................................................................... 202
2.1.1 Single Photon Absorptiometry (SPA) ................................................................................ 202
2.1.2 Dual Photon Absorptiometry (DPA) ................................................................................... 203
3 ABSORCIOMETRIA POR DUPLA EMISSÃO DE RAIOS X (DXA) .................................... 204
3.1 FORMAÇÃO DA IMAGEM NO DXA .................................................................................... 205
3.1.1 Aparelhos com feixe penil bam e fan bam ......................................................................... 206
3.2 COMPONENTES PRINCIPAIS DO EQUIPAMENTO DXA ................................................ 206
4 OUTRAS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA DENSIDADE ÓSSEA ..................................... 208
4.1 ULTRASSOM QUANTITATIVO DE CALCÂNEO (QUS) .................................................... 208
4.2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA (QCT).................................... 208
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 210
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 211
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA............................................................... 213
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 213
2 CONTROLE DE QUALIDADE ..................................................................................................... 213
2.1 CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO ................................................................................... 215
3 EXAME DE DENSIOMETRIA ÓSSEA ....................................................................................... 216
3.1 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA O EXAME DE
 DENSITOMETRIA ÓSSEA ........................................................................................................ 216
3.1.1 Indicações clínicas.............................................................................................................. 217
3.1.2 Contraindicações................................................................................................................ 218
3.2 SÍTIOS DE INTERESSE OU ROIs ............................................................................................. 218
3.3 REALIZANDO O EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA ................................................ 220
3.3.1 Posicionamento .................................................................................................................. 222
3.3.2 Posicionamento de coluna lombar .................................................................................. 222
3.3.3 Fêmur proximal .................................................................................................................. 225
3.3.4 Antebraço ............................................................................................................................ 227
3.3.5 Corpo total .......................................................................................................................... 228
4 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM DENSITOMETRIA ÓSSEA E MAMOGRAFIA ......... 230
4.1 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM DENSITOMETRIA ÓSSEA ........................................... 230
4.2 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA NA MAMOGRAFIA ............................................................. 231
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 233
RESUMO DO TÓPICO 5................................................................................................................... 235
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 236
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 237
1
UNIDADE 1 — 
INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender os aspectos históricos da mamografia, a importância e o 
desenvolvimento ao longo do tempo;
• saber a respeito do câncer de mama, da taxa de incidência, como preve-
nir e diagnosticar precocemente;
• conhecer os princípios físicos e básicos de formação da imagem mamo-
gráfica, assim como o equipamento de mamografia e os acessórios;
• saber a diferença entre os métodos de aquisição das imagens mamográ-
ficas analógica e digital.
• compreender os processos e os objetivos do controle de qualidade em 
mamografia.
 Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da 
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
TÓPICO 2 – EQUPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA 
 IMAGEM
TÓPICO 3 – SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
TÓPICO 4 – CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — UNIDADE 1
ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
1 INTRODUÇÃO 
A mamografia é um método de diagnóstico por imagem que vem se 
destacando, desde o início, como um método muito importante para questões de 
saúde pública. Ao contráriodo que algumas pessoas pensam, a mamografia não 
é um método que trata ou que evita o aparecimento de doenças na mama, pois é 
utilizada para diagnósticos precoces de câncer de mama.
Como é uma área que está em constantes crescimento e desenvolvimento, 
é importante que os profissionais estejam sempre atualizados em questão de 
novas tecnologias e devem estar sempre buscando informações de qualidade 
nos posicionamentos e no atendimento aos clientes, pois, nesse meio, é comum 
atendermos pessoas com o estado psicológico mais fragilizado, e o profissional 
precisa saber lidar com cada situação.
Acadêmico, além dos aspectos históricos da mamografia e dos breves 
relatos de câncer de mama, abordaremos muitos outros assuntos que darão base 
de estudos necessária para que você possa seguir para as outras unidades, como 
os princípios básicos de formação da imagem mamográfica, os equipamentos 
e os acessórios utilizados na mamografia e, também, as mamografias digital e 
analógica, além do controle de qualidade.
 
2 ASPECTOS HISTÓRICOS DA MAMOGRAFIA
Os estudos relacionados ao método da mamografia tiveram início em 
1913, com os estudos radiográficos da mama realizados pelo médico-cirurgião 
Albert Salomon, da Alemanha. Salomon avaliou mais de três mil amostras de 
tecidos de mamas mastectomizadas e comparou os achados macroscópicos nas 
imagens com os sinais microscópicos das doenças mamárias (INCA, 2019). 
Logo em seguida, foram desenvolvidos outros trabalhos de vulto, com 
Kleinschmidt, Warren, Vogel, Seabold, Gerson-Cohen, Leborgne, Egan, Gallagher, 
Martin, Dodd, Strax e seus colegas.
 
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
4
A década de 1920 já se iniciou com novas pesquisas e aplicações. Foi, 
nesse período, que se começou a tentar diagnosticar doenças na mama por meio 
de radiografias, mas, somente 40 anos depois, o diagnóstico do câncer de mama 
por meio de radiografias foi estabelecido (INCA, 2019).
Acadêmico, a seguir, você poderá visualizar uma figura datada de 1927. 
Representa a imagem de uma radiografia da mama.
FIGURA 1 – RADIOGRAFIA DA MAMA ADQUIRIDA EM MEADOS DE 1927
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021.
Um nome muito importante nessa história foi o de Leborgene, que, em 
1949, começou a dar um novo rumo para os estudos da mamografia, chamando 
a atenção para a necessidade de qualificação técnica para o posicionamento e os 
parâmetros radiológicos utilizados. Foi um dos grandes precursores em relação 
à qualidade da imagem, dando a importância adequada para o diagnóstico 
diferencial entre calcificações benignas e malignas. Foi ele quem descobriu 
a importância e a necessidade da compressão da mama, concluindo que a 
compressão gera uma melhor qualidade da imagem.
Quem, também, fez grandes contribuições nessa área foi Robert Egan, 
o qual ajudou a desenvolver e a padronizar técnicas de alta miliamperagem, 
com baixa quilovoltagem, além do desenvolvimento de filmes especiais para 
mamografia pela Kodak. Nessa mesma época, por volta de 1960 e 1970, segundo 
o Inca (2019), os equipamentos e as técnicas mamográficas começaram a evoluir. 
Isso trouxe, como resultado, padronizações dos parâmetros técnicos de exposição, 
além do posicionamento dos pacientes, chegando a obter imagens com qualidade 
para o diagnóstico.
Em 1965, na França, Charles Gross desenvolveu a primeira unidade, 
especialmente para a mamografia. Era um aparelho com um tubo de raios-X 
de molibdênio, com 0,7 mm de ponto focal. Com ele, era possível adquirir alto 
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
5
contraste e diferencial entre parênquima, gordura e microcalcificações, sendo 
que possuía sistema de compressão. Gross trabalhou com grande dedicação e 
sempre chamando a atenção para o grande potencial da mamografia na detecção 
de câncer oculto.
Price e Butler, em 1970, utilizaram écrans de alta definição e filmes 
industriais e, como resultado, obtiveram muito sucesso na redução dos níveis de 
radiação, tudo isso com a ajuda da Kodak e da Dupont.
Em 1974, Myron Moskowitz e seus colaboradores apresentaram 
resultados preliminares do rastreamento mamográfico e chamaram a atenção 
da comunidade médica a respeito da capacidade da mamografia de diagnosticar 
câncer minimante invasivo.
Em 1977, Sickles, Kunio Doi e Genant conseguiram publicar trabalhos 
acerca da magnificação mamográfica, deixando evidente que eram necessários 
novos acessórios para os equipamentos de mamografia. Sickles viu as necessidades 
de capacitação e de aprimoramento da parte técnica. Enfatizou o diagnóstico de 
tumores malignos não só pelos sinais já conhecidos, mas, também, por sinais 
indiretos e menos evidentes. Nessa mesma época, ficou popular o conceito da 
unidade móvel de mamografia.
Em 1976, Frank, Ferris e Steer apresentaram a marcação pré-operatória 
com agulhamento metálico de lesões não palpáveis na mamografia e, em 1980, 
Kopans e DeLuca deixaram o método mais simples, aprimorando-o. Atualmente, 
as agulhas utilizadas recebem o nome de agulhas de Kopans. 
László Tabár e colaboradores, em 1985, obtiveram resultados com 
rastreamento de 134.867 mulheres entre 40 e 79 anos com a execução do 
posicionamento oblíqua-mediolateral, verificando redução de 31% de mortalidade. 
A mamografia passou a ser conhecida como o melhor método de exame de 
imagem para rastreamento do câncer de mama no início de 1970, quando surgiram 
os primeiros equipamentos de raios-X dedicados para o exame radiográfico da 
mama (INCA, 2019).
Acadêmico, a seguir, você verá ilustrações dos mamógrafos das fases 
supracitadas. Primeiramente, o mamógrafo. Protótipo de 1965 chamado de 
Treipied, primeiro modelo comercial do Senographe, lançado em 1966
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
6
FIGURA 2 – (A) PRIMEIRO MAMÓGRAFO - PROTÓTIPO DE 1965, CHAMADO DE TREIPIED; (B) 
PRIMEIRO MODELO COMERCIAL DO SENOGRAPHE, LANÇADO EM 1966
FONTE: < https://bit.ly/3gQT6MJ >. Acesso em: 18 abr. 2021. 
 
Acadêmico, como você pode perceber, o uso da mamografia como método 
de diagnóstico por imagem só evoluiu com o passar dos anos. Veremos como foi 
essa evolução nas décadas seguintes.
A utilização da mamografia para rastreamento do câncer de mama 
aconteceu na década de 1980, com vários outros programas. Segundo o Inca 
(2019), o resultado obtido foi mais que satisfatório. Logo após cinco a sete anos, 
houve uma redução da taxa de mortalidade em cerca de 20% a 35% em mulheres 
de 50 a 69 anos, e um pouco menos nas mulheres na faixa etária entre 40 e 49 anos.
Já por volta de 1990, tivemos um grande avanço na tecnologia utilizada para 
aquisição de imagens mamográficas que eram adquiridas de forma convencional 
no sistema tela-filme, passando a ser estudado um novo método, já utilizado na 
radiologia digital. Essa tecnologia passou a se chamar de mamografia digital de 
campo total (FFDM, do inglês, Full-Field Digital Mammography).
Nos anos 2000, a mamografia digital começou a ser utilizada no 
rastreamento mamográfico para mulheres assintomáticas e para mulheres com 
sinais e sintomas da doença como método de diagnóstico. Esse foi um grande 
avanço para a mamografia, que trouxe um benefício em questão da qualidade das 
imagens e, concomitantemente, resultados mais precisos.
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
7
3 O CÂNCER DE MAMA
Segundo o Inca (2019), o câncer de mama é uma doença causada pela 
multiplicação desordenada de células da mama que, no fim, formam um tumor. 
Existem vários tipos de tumores de mama, sendo que cada um pode se desenvolver 
de formas diferentes. Alguns com crescimento/desenvolvimento mais rápido e, 
outros, mais lentos. Isso ocorre de acordo com cada célula que compõe o tumor.
O câncer de mama é o tipo de neoplasia que mais acomete as mulheres no 
Brasil e no mundo, sendo, de acordo com o Inca (2020), a causa mais frequente de 
morte por câncer nas mulheres, representando 29,7% em relação a todos os tipos 
de câncer que mais as acometem. O câncer de mama também pode acometer a 
classemasculina, mas a incidência nem se compara com a população feminina. 
Nos homens, a doença representa apenas 1% do total dos casos. 
Neste ponto, paramos para nos perguntar: por que a incidência de câncer 
de mama entre as mulheres só aumenta? Alguns especialistas explicam que os 
fatores de riscos são as causas mais prováveis e, dentre eles, está o envelhecimento 
da população, pois a expectativa de vida tem aumentado muito. A estimativa da 
OMS é a de que ocorre mais de um milhão de casos novos de câncer ao ano no 
mundo.
Nas últimas décadas, foi evidenciado um aumento na taxa de detecção 
do câncer de mama, principalmente, em países europeus e norte-americanos, 
sendo acompanhado pela redução da taxa de mortalidade. Esse episódio tem 
sido explicado pela mamografia, por ser um ótimo método de rastreamento. Isso, 
alienado à detecção precoce da doença, trouxe um grande benefício em relação à 
eficiência dos tratamentos. Contudo, no Brasil, esse panorama se apresentou um 
pouco diferente. O aumento da incidência do câncer de mama veio acompanhado 
pelo aumento da taxa de mortalidade em, aproximadamente, 20%, entre 1995 e 
2005 (INCA, 2019).
Acadêmico, você pode aprofundar um pouco mais os estudos a respeito 
desses aspectos históricos e da contribuição que cada um teve na evolução da mamografia, 
acessando o link a seguir, de um artigo muito importante: https://www.scielo.br/pdf/rb/
v47n4/0100-3984-rb-47-04-0VII.pdf.
DICAS
https://www.scielo.br/pdf/rb/v47n4/0100-3984-rb-47-04-0VII.pdf.
https://www.scielo.br/pdf/rb/v47n4/0100-3984-rb-47-04-0VII.pdf.
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
8
De acordo com o Inca (2020), segue a estimativa de novos casos: 66.280 
(2020 - INCA).
Número de mortes: 17.763, sendo 17.572 mulheres e 189 homens (2018 - Atlas de Mortalidade 
por Câncer - SIM).
NOTA
De acordo com o Inca (2020), a incidência do câncer de mama tende a 
crescer, progressivamente, a partir dos 40 anos de idade, assim como a mortalidade 
por essa neoplasia. Na população feminina abaixo de 40 anos, ocorrem menos de 
10 óbitos a cada 100 mil mulheres, já na faixa etária a partir de 60 anos, o risco é 
10 vezes maior.
FIGURA 3 – TAXAS DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE MAMA FEMININAS, ESPECÍFICAS POR 
FAIXAS ETÁRIAS, POR 100.000 MULHERES - BRASIL, 1990 A 2018
FONTE: <https://bit.ly/2Rhcrf8>. Acesso em: 18 abr. 2021.
3.1 FATORES DE RISCO
Os fatores de risco são baseados em estudos realizados de acordo com a 
parte da população mais acometida pela doença que, nesse caso, estamos falando 
do câncer de mama. Existem vários fatores que podem aumentar as chances de 
um indivíduo ser acometido por essa neoplasia, fazendo com que possamos 
compreender melhor o desenvolvimento.
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
9
De acordo com o Inca (2020), a idade é um dos grandes fatores de risco 
para o câncer de mama, sendo que, a cada cinco casos, quatro deles ocorrem após 
os 50 anos.
Acadêmico, a seguir, você verá um quadro que evidenciará os fatores de 
riscos em relação ao câncer de mama. Você também pode ver um pouco mais 
desse assunto em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama e 
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude.
FIGURA 4 – CLASSIFICAÇÃO DOS FATORES DE RISCO PARA O CÂNCER DE MAMA
FONTE: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama>. Acesso em: 18 abr. 2021.
Precisamos lembrar de alguns pontos importantes quando falamos dos 
fatores de risco, por exemplo: não é porque uma mulher possui um ou mais 
fatores de risco supracitados que ela deve ter o câncer de mama, mas, com certeza, 
as chances são mais elevadas de ter a doença.
Acadêmico, é importante que você saiba que o fato de não ter amamentado 
não é um fator de risco, mas as mulheres que amamentam por mais tempo possuem um 
fator de proteção. Assim, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, 
sendo diferente de representar um fator de risco (INCA, 2020).
IMPORTANT
E
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
10
Agora, falaremos um pouco de alguns dos fatores citados anteriormente, 
e outros, que ainda não foram abordados, de acordo com Dronkers (2003):
• Envelhecimento: O avanço da idade é um dos maiores fatores de risco para as 
neoplasias de mama que não possuem relação com a hereditariedade. Após 
os 25 anos, a taxa de incidência aumenta significativamente.
• Diagnóstico prévio de câncer de mama: Para mulheres com histórico anterior 
de câncer de mama, o risco de ter um segundo tumor primário na mama 
contralateral ou na mama afetada, após cirurgia conservadora, aumenta em 
torno de três a quatro vezes.
• Predisposição genética: Esse, possivelmente, é um dos fatores que mais 
assusta as mulheres, e com toda a razão, pois a hereditariedade é um 
componente que está presente em cerca de 10% de todos os casos de câncer 
de mama, sendo ainda mais presente em 25% dos casos diagnosticados antes 
dos 40 anos de idade. A predisposição genética aumenta, significativamente, 
para indivíduos com histórico familiar de câncer de mama em mulheres 
com parentesco de primeiro grau, sendo, esse risco, aumentado, em torno de 
quatro a seis vezes quando há duas ou mais mulheres na família que tiveram 
a neoplasia, (contando sempre com parentes de primeiro grau).
A maior parte dos casos genéticos é atribuída a mutações nas linhas 
germinativas dos genes supressores de tumor BRCA1 e BRCA2.
• Dominância do estrogênio: Existem fatores que estão associados à estimulação 
hormonal do tecido glandular mamário, ou seja, à dominância do estrogênio. 
Menarca prematura e menopausa tardia também aumentam os riscos. A 
nuliparidade e a primeira gestação tardia também aumentam as chances de 
neoplasias na mama, assim como o uso de contraceptivos orais (estrogênio-
progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa.
• Fatores psicológicos: Existe uma pequena correlação entre o desenvolvimento 
do câncer de mama e a perda do comportamento emocional adequado, mas 
não se tem evidência da correlação do aparecimento da doença com eventos 
estressantes na vida.
• Fatores ambientais e comportamentais: Segundo o Inca (2019), os fatores 
comportamentais/ambientais bem estabelecidos incluem ingestão de bebida 
alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, e exposição à radiação 
ionizante. Já o tabagismo, fator estudado ao longo dos anos com resultados 
contraditórios, é, atualmente, reconhecido, pela International Agency for 
Research on Cancer (IARC), como agente carcinogênico com limitada 
evidência de aumento do risco de câncer de mama em humanos. O risco de 
câncer de mama, devido à exposição à radiação ionizante, é proporcional à 
dose e à frequência. Doses altas ou moderadas de radiação ionizante (como as 
que ocorrem nas mulheres expostas a tratamento de radioterapia no tórax em 
idade jovem) ou, até mesmo, doses baixas e frequentes (como as que ocorrem 
em mulheres expostas a dezenas de exames de mamografia) aumentam o 
risco de desenvolvimento do câncer de mama.
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
11
4 PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA 
Já está comprovado que o melhor método para se prevenir o câncer 
de mama é evitar ou eliminar os fatores de risco, além de adotar um estilo de 
vida melhor e mais saudável, com hábitos alimentares mais “adequados”. Já 
foi evidenciado que o excesso de gordura na alimentação aumenta os riscos da 
doença. 
Nos dias atuais, percebemos que as campanhas de prevenção têm sido 
adotadas e aceitas pela população, pois o câncer de mama se tornou um grande 
problema de saúde pública. Infelizmente, mesmo com todos os programas que 
giram em torno da prevenção da doença, os médicos, hoje, têm passado mais 
tempo tratando do que prevenindo. É claro que sabemos que a prevenção do 
câncer de mama não é algo fácil de se fazer, por ser uma doença baseada em 
múltiplos fatores etiológicos (de origem), como ambientais e endógenos.
4.1 PREVENÇÃODO CÂNCER DE MAMA
Para Santos (2010), existem três tipos de prevenção das doenças ou da 
morte:
• Primária: eliminamos a causa, evitando que a doença aconteça.
• Secundária: impedimos a evolução da doença com o diagnóstico precoce.
• Terciária: prevenimos, reduzimos ou eliminamos as complicações, 
aumentando a qualidade e o tempo de vida.
Na prevenção primária, o principal objetivo é identificar, além de remover 
os fatores de risco ou, até mesmo, inibir a ação. Essa prevenção pode ser realizada 
com quimiopreventivos ou cirurgias redutoras de risco.
Acadêmico, neste momento, focaremos nas prevenções primária e secundária, 
pois a terciária será abordada mais adiante, como tratamento do câncer de mama.
ESTUDOS FU
TUROS
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
12
Como já citado, o principal objetivo da prevenção secundária é impedir 
a evolução da doença com o diagnóstico precoce, como exames mamográficos 
de rastreamento, e acompanhamento clínico. Esses métodos não impedem que a 
doença aconteça, mas o diagnóstico precoce do câncer na fase in situ (fase inicial) é 
essencial para a aplicação de um tratamento eficaz, assim, há a chance de impedir 
a evolução do câncer e, possivelmente, a cura do paciente.
4.1.1 Autoexame das mamas
Atualmente, o autoexame das mamas não é recomendado como técnica 
a ser ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama. Os estudos 
a respeito desse assunto demonstraram baixa efetividade e possíveis danos 
associados a essa prática. Contudo, as mulheres devem ter conhecimento do 
próprio corpo e reconhecer alterações suspeitas, procurando um serviço de 
saúde o mais breve possível, mantendo a conscientização acerca do assunto e que 
essa prática continua sendo importante para o diagnóstico precoce do câncer de 
mama. Toda mulher deve ser incentivada a conhecer o próprio corpo e, através da 
observação e da palpação, poder identificar qualquer alteração suspeita que fuja 
à normalidade, sem a necessidade de periodicidade e de técnicas padronizadas, 
como acontecia com o método do autoexame das mamas, que já não é mais 
indicado pelo Ministério da Saúde (INCA, 2019).
4.1.2 Exame clínico
O exame clínico é a inspeção e a palpação da mama realizado por um 
profissional capacitado, mastologistas, ginecologistas, enfermeiros etc., mas 
nunca excluindo a realização de exames, como a mamografia, utilizada para o 
rastreamento do câncer de mama. 
Você sabe o que são quimiopreventivos? São compostos naturais ou sintéticos 
utilizados para prevenir, inibir, desacelerar ou reverter a carcinogênese, antes mesmo que o 
evento clínico aconteça (SANTOS, 2010).
NOTA
TÓPICO 1 — ASPECTOS HISTÓRICOS E O CÂNCER DE MAMA
13
4.1.3 Mamografia de rastreamento e diagnóstico
A mamografia, para rastreamento e para diagnóstico, ainda é considerada 
o melhor método para detecção precoce do câncer de mama. Tem a capacidade de 
identificar lesões que não são palpáveis em exames clínicos, aumentando as chances 
de um ou de mais tratamentos eficazes, assim, reduzindo, significativamente, a 
taxa de mortalidade pela doença.
Como qualquer outro método, a mamografia também possui limitações. 
Nem todas as lesões suspeitas de malignidade podem ser detectadas em um 
primeiro momento, apenas pela mamografia, principalmente, quando falamos 
de pacientes com a mama mais densa. Exames complementares também têm um 
papel muito importante na avaliação de pacientes de alto risco para câncer de 
mama, com mutação no gene supressor do câncer mamário BRCA1 e 2. Por esse 
motivo, a ultrassonografia e a ressonância das mamas têm sido utilizadas como 
métodos complementares em casos específicos, para um diagnóstico mais preciso. 
Para o Inca (2019), os fundamentos para o controle do câncer de mama se 
baseiam na prevenção, na detecção precoce e no tratamento. Para que isso aconteça, 
é necessário que sejam realizadas estratégias de conscientização da população, 
como realizar exames clínicos e obter imagens com técnicas adequadas, de modo 
que não venham a interferir no diagnóstico do paciente.
• Mamografia para diagnóstico: É utilizada em pacientes com sinais e sintomas 
do câncer de mama, com os objetivos de diagnosticar e de investigar a doença.
• Mamografia para rastreamento: Esta é utilizada em pacientes assintomáticas, 
como método de diagnóstico precoce do câncer de mama.
O rastreamento mamográfico tem, como principal objetivo, reduzir 
a incidência de mortes pelo câncer de mama, em mulheres entre 40 e 74 anos. 
De acordo com o CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia), os estudos realizados 
mostram uma redução de 10% a 35% na taxa de mortalidade de pacientes 
rastreadas. O rastreamento é realizado em pacientes assintomáticas, com 
mamografias periódicas. Além da redução da taxa de mortalidade pela doença, 
objetiva, também, diminuir a probabilidade de mastectomias, quimioterapias, 
aumentando a taxa de sobrevida.
Existe uma grande discussão em relação à idade do início do rastreamento 
mamográfico. A indicação, como já citado anteriormente, é que seja realizado a 
partir dos 40 anos de idade, mas vários estudos foram realizados e comparam 
a relação dos efeitos adversos que podem ser causados pela mamografia e a 
redução da taxa de mortalidade em pacientes entre 40 e 49 anos. 
Mesmo ainda não sendo comprovado, estudos mostram que, em muitos 
casos, os efeitos adversos, como exposições à radiação, resultados falso-positivos 
e overdiagnosis (tratamentos sem qualquer benefício), podem ser maiores nessa 
faixa etária, entre 40 e 49 anos. 
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
14
Observe o que o CBR menciona acerca do rastreamento mamográfico:
As principais sociedades médicas no Brasil e no mundo são unânimes em recomendar 
o rastreamento mamográfico para as mulheres assintomáticas, iniciando a partir dos 40 
anos ou 50 anos (dependendo do país), com uma periodicidade anual ou bienal (também 
variando em alguns países). No Brasil, as sociedades médicas recomendam o rastreamento 
mamográfico anual para as mulheres entre 40 a 75 anos. A ultrassonografia e a ressonância 
magnética são utilizadas para o rastreamento complementar, sempre após a mamografia, 
devendo ser reservadas para alguns grupos específicos de mulheres, como as de alto risco 
ou com mamas densas. 
FONTE: https://bit.ly/3ubaiAr. Acesso em: 18 abr. 2021.
NOTA
Acabamos de ver o que o CBR fala do rastreamento mamográfico. Aqui, 
no Brasil, o INCA (Instituto Nacional do Câncer), com o Ministério da Saúde, 
recomenda a realização do rastreamento mamográfico para mulheres de 50 a 69 
anos com a periodicidade a cada dois anos.
As informações acerca do rastreamento do câncer de mama são de fontes 
atualizadas, CBR (2020) e Inca (2019).
• Mesmo que a dose de radiação nos exames mamográficos seja extremamente 
baixa, o risco aumenta, relativamente, com o número de exposições, levando 
a uma preocupação maior em relação ao risco da indução do câncer de mama 
pela radiação. 
• Para os resultados falso-positivos, o risco se refere, principalmente, à paciente 
com a mama mais densa, existindo um número maior de reconvocações para 
realização de exames adicionais, como ultrassom, levando, muitas vezes, à 
realização de biopsias com um resultado benigno.
• Em questão da overdiagnosis, esses estudos mostram que os tratamentos 
que não dão resultados podem ocorrer em qualquer faixa etária. De acordo 
com o InRad (2017), isso pode acontecer quando o câncer diagnosticado não 
é progressivo ou apresenta progressão lenta, e o paciente pode morrer por 
outras causas. Em outros casos, a doença poderia regredir sozinha.
Todos esses estudos ainda geram diversas discussões, pois tratar um 
câncer envolve identificar a função e o comportamento biológico. É evidente que 
não se discute a realização do rastreamento mamográfico, mas existe um intenso 
questionamento em relação à idade de início, término e periodicidade.
15
Acabamos de ver o que o CBR fala do rastreamento mamográfico. Aqui, 
no Brasil, o INCA (Instituto Nacional do Câncer),com o Ministério da Saúde, 
recomenda a realização do rastreamento mamográfico para mulheres de 50 a 69 
anos com a periodicidade a cada dois anos.
As informações acerca do rastreamento do câncer de mama são de fontes 
atualizadas, CBR (2020) e Inca (2019).
Para saber um pouco mais acerca das recomendações de rastreamento 
mamográfico, leia a nota de esclarecimento do Colégio Brasileiro de Radiologia e a nota 
publicada pelo INCA e o Ministério da Saúde: https://bit.ly/3ubhlZz.
DICAS
16
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A história da mamografia teve início em 1913, e, nesse período, não existiam 
mamógrafos, então, eram realizadas radiografias da mama.
• Com o passar do tempo, médicos e estudiosos começaram a se preocupar 
mais com as técnicas mamográficas, padronizando os posicionamentos e 
adquirindo imagens com potencial de diagnóstico do câncer de mama.
• O câncer de mama é o tipo de neoplasia que mais acomete as mulheres no 
Brasil e no mundo, sendo a causa mais frequente de morte por câncer nas 
mulheres.
• Atualmente, o autoexame das mamas não é recomendado como técnica a ser 
ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama.
• O rastreamento mamográfico tem, como principal objetivo, reduzir a 
incidência de mortes pelo câncer de mama em mulheres entre 40 e 74 anos, de 
acordo com o CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia).
• No Brasil, o Inca (Instituto Nacional do Câncer), com o Ministério da Saúde, 
recomenda a realização do rastreamento mamográfico para mulheres de 50 a 
69 anos a cada dois anos.
RESUMO DO TÓPICO 1
17
1 Os estudos relacionados ao método da mamografia tiveram início em 1913, 
com os estudos radiográficos da mama realizados pelo médico-cirurgião 
Albert Salomon, da Alemanha. Salomon avaliou mais de três mil amostras 
de tecidos de mamas mastectomizadas, e comparou os seus achados em 
microscópio com os sinais radiográficos das imagens. Contudo, não foi 
apenas ele que contribuiu para o crescimento e o desenvolvimento da 
mamografia. De acordo com esse assunto, assinale a alternativa CORRETA, 
acerca das principais contribuições de Leborgene:
a) ( ) Padronizou as técnicas de alta miliamperagem, com baixa 
quilovoltagem, com a Kodak
b) ( ) Revitalizou o interesse pela mamografia, chamando a atenção para 
a necessidade de qualificação técnica para o posicionamento e os 
parâmetros radiológicos utilizados.
c) ( ) Incluiu avaliação da mama e variações, de acordo com a idade e o estado 
menstrual, além das correlações radiológicas micro e macroscópica, 
com técnica de cortes histológicos seccionais da mama.
d) ( ) Descreveu o aprimoramento de imagem obtido com a técnica de 
xeromamografia.
2 Os fatores de riscos são baseados em estudos realizados de acordo com 
a parte da população mais acometida pela doença, nesse caso, estamos 
falando do câncer de mama. Existem vários fatores que podem aumentar 
as chances de um indivíduo ser acometido por essa neoplasia, fazendo com 
que possamos compreender melhor o desenvolvimento. De acordo com 
esse assunto, analise as sentenças a seguir, acerca dos corretos fatores de 
risco para o desenvolvimento do câncer de mama:
I- Alteração nos genes BRCA 3 e BRCA4, uso contínuo de anabolizantes;
II- Obesidade, sedentarismo, não ter tido filhos.
III- Exposições à radiação, menarca precoce, menopausa tardia.
IV- Histórico familiar de câncer de mama em mulheres, com grau de paren-
tesco de primeiro e segundo graus. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
AUTOATIVIDADE
18
3 Nos dias atuais, percebemos que as campanhas de prevenção têm sido 
adotadas e aceitas pela população, pois o câncer de mama se tornou um 
grande problema de saúde pública. Infelizmente, mesmo com todos os 
programas que giram em torno da prevenção da doença, os médicos, hoje, 
têm passado mais tempo tratando do que prevenindo. Acerca desse assunto 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças falsas:
( ) Primária: impedimos a evolução da doença, com o diagnóstico precoce.
( ) Secundária: eliminamos a causa, evitando que a doença aconteça.
( ) Terciária: prevenimos, reduzimos ou eliminamos as complicações, 
aumentando a qualidade e o tempo de vida.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 A mamografia, para rastreamento e para diagnóstico, ainda é considerada 
o melhor método para a detecção precoce do câncer de mama, detectando 
lesões que não são palpáveis em exames clínicos. O aumento das chances de 
um tratamento mais eficaz reduz, significativamente, a taxa de mortalidade 
pela doença. De acordo com esse assunto, descreva o principal objetivo da 
mamografia para o rastreamento, e a classificação utilizada no Brasil.
5 Já sabemos que a prevenção é o principal foco e o objetivo dos órgãos 
públicos e privados para a redução da taxa de mortalidade pelo câncer 
de mama, apesar de sabermos que essa prevenção não é algo fácil, pois 
existem fatores que não podem ser controlados. Acerca desse assunto, 
descreva quais são as recomendações feitas para a realização do autoexame 
das mamas.
19
TÓPICO 2 — UNIDADE 1
EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E 
FORMAÇÃO DA IMAGEM
1 INTRODUÇÃO 
A introdução da mamografia com emissão de raios-X foi aceita para uso 
clínico quando o alvo e o filtro de molibdênio foram introduzidos em 1966, e 
com a chegada do sistema tela-filme com emulsão em apenas um lado do filme, 
em 1972. Alguns acessórios e técnicas introduzidos em 1990 fizeram com que 
o exame de mamografia se tornasse uma técnica considerada excelente. São o 
estabelecimento da compressão mamaria, as técnicas mais estabelecidas, os 
geradores de alta frequência e o Controle Automático de Exposição (CAE) 
(BUSHONG, 2010).
Por ser um exame desconfortável, os equipamentos de mamografia são 
projetados de forma que possamos posicionar os pacientes de maneira adequada, 
realizando a compressão necessária.
 
FIGURA 5 – EXEMPLOS DE MAMÓGRAFOS - A, SENOGRAPH, DA GENERAL ELECTRICS; B, 
MAMMOMAT, DA SIEMENS
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
Acadêmico, além de falarmos dos acessórios do equipamento de 
mamografia, neste tópico, abordaremos o assunto de formação da imagem e 
algumas definições que nos ajudam a estabelecer a qualidade da imagem que 
adquirimos, pois, na mamografia, qualquer detalhe pode interferir nos resultados.
20
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
2 ACESSÓRIOS DO MAMÓGRAFO
Acadêmico, no decorrer deste tópico, você verá os principais componentes 
e acessórios do aparelho de mamografia, mas, para que possamos entender como 
esses acessórios ficam dispostos no equipamento, veremos um breve resumo.
De acordo com o Inca (2019), o mamógrafo possui um gerador de alta 
tensão; uma torre mecânica ou estativa, com um braço em forma de arco em 
“C”; e um painel de controle. Na extremidade superior do arco, fica alocado o 
cabeçote blindado com o tubo de raio-X. Na extremidade inferior, há o bucky, 
dentro dele, fica alocada a grade antidifusora, e, na parte inferior do bucky, há 
o CAE. No centro do braço em “C”, entre o tubo e o bucky, surge a bandeja de 
compressão da mama. O braço pode ser rotacionado sobre um eixo horizontal, 
permitindo a realização das diversas incidências. A altura do braço também pode 
ser ajustada para acomodar pacientes de diferentes alturas.
FIGURA 6 – EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E PRINCIPAIS COMPONENTES
FONTE: <https://bit.ly/3vzI9Do>. Acesso em: 18 abr. 2021.
 
Os equipamentos de radiografia convencional são desenhados para que 
o campo de imagem seja centralizado abaixo da fonte de raios-X. Contudo, na 
mamografia, isso precisa ser diferente. Então, para os mamógrafos, a geometria 
do sistema é montada de forma que uma linha vertical imaginária saia da fonte 
de raios-X, passe rente à parede torácicae cruze, ortogonalmente, a borda do 
receptor de imagem mais próxima do paciente. Se deixássemos o feixe de raios-X 
centralizado sobre a mama, alguma parte do tecido próximo à parede torácica 
poderia ser projetada para o interior do corpo da paciente, não podendo ser 
registrada (INCA, 2019).
https://docplayer.com.br/83894866-Avaliacao-da-dose-glandular-e-qualidade-da-imagem-de-pacientes-submetidas-a-mamografias-com-processamento-de-imagem-digital-marcio-alves-de-oliveira.html%3e. Acessado
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
21
FIGURA 7 – GEOMETRIA BÁSICA DO FEIXE DE RAIOS-X - EM A, GEOMETRIA PARA MAMOGRA-
FIA; EM B, GEOMETRIA NÃO ADEQUADA PARA MAMOGRAFIA, POIS PODE CAUSAR PERDA DA 
PORÇÃO POSTERIOR DA MAMA
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021. 
A seguir, você verá os principais componentes e acessórios que compõem 
um mamógrafo, além das funções:
• Gerador de Alta Tensão: De acordo com Bushong (2010), o gerador de 
alta tensão está presente em todos os mamógrafos. Aceita uma entrada 
monofásica, que é retificada e suavizada por um capacitor para produzir uma 
forma de onda de tensão de corrente contínua (DC). A energia DC alimenta 
um circuito inversor, que converte a energia em um sinal de alta frequência 
(em geral, entre 5 e 10 kHz), que é novamente suavizado por um capacitor. A 
oscilação na voltagem aplicada ao tubo de raios-X é de, aproximadamente, 1% 
– um potencial praticamente constante. Quando comparados aos geradores 
antigos monofásicos e trifásicos, os geradores de alta frequência são menores 
e possuem um custo de produção menor. Conseguem fazer uma real 
reprodução da exposição, contribuindo para a aquisição de uma imagem de 
boa qualidade. O limite máximo de 600 mAs foi padronizado para prevenir 
doses de radiação excessivas para muitos pacientes.
• Tubo de Raio-X: Conhecido, também, como ampola, possui um invólucro de 
vidro ou alumínio com vácuo. No interior, de um lado, há o ânodo, que é o lado 
positivo do tubo, chamado, também, de alvo, e, no outro lado, o cátodo, lado 
negativo do tubo que contém o filamento. Diferentemente dos aparelhos de 
raios-X convencionais, o mamógrafo possui um tubo projetado especialmente 
22
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
para esse tipo de exame. De acordo com o INCA (2019), na parte interior do 
tubo, existe um filamento aquecido, que permite que elétrons sejam emitidos 
e acelerados por um campo elétrico e focados para atingir um alvo carregado 
positivamente, chamado de ânodo.
FIGURA 8 – PRODUÇÃO DE FÓTONS DE RAIOS-X NO TUBO
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021. 
• Composição do alvo: O alvo do tubo de mamografia é feito de tungstênio 
(W), molibdênio (Mo) ou ródio (Rh). Segundo Bushong (2010), os mamógrafos 
produzidos atualmente têm combinações alvo/filtro de Mo/Mo. Alguns, 
também, são equipados com Mo/Rh e Rh/Rh. Os raios-X incidem na parte 
do ânodo que chamamos de alvo ou ponto focal. De acordo com o material 
escolhido (molibdênio, ródio ou tungstênio), é obtido um espectro de raios-X 
diferente. O espectro é composto de radiações-características (específicas do 
material-alvo) e de freamento (bremsstrahlung). No espectro, os fótons, que 
fazem parte da distribuição contínua de energia (radiação de freamento), 
e os que formam os picos monoenergéticos (radiação-característica), são 
denominados de fótons de raios-X. O alvo de molibdênio produz grande 
quantidade de raios-X com energias entre 18 e 20 keV, e, de ródio, entre 20 e 
22 keV (INCA, 2019).
• Ponto focal: Na mamografia, necessitamos de alta resolução espacial, 
principalmente, quando falamos de visualizar microcalcificações. Para que 
esse objetivo seja alcançado, é necessário que os mamógrafos tenham um 
ponto focal menor. Quanto menor o ponto focal, melhor a qualidade da 
imagem. Normalmente, os tubos de raios-X dos equipamentos de mamografia 
possuem pontos focais entre 0,1 e 0,3 mm de diâmetro. O formato do ponto 
focal também é muito importante. É preferível um ponto focal circular, mas 
podemos encontrar retangulares também. 
Para que tenhamos uma intensidade ideal de raios-X em toda a mama e 
um ponto focal pequeno, de acordo com o Bushong (2010), os fabricantes utilizam 
o princípio foco-linha e inclinam o tubo de raios-X para se obter um ponto focal 
efetivo, entre 0,1 e 0,3 mm. É necessário um ângulo de, aproximadamente, 23° 
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
23
para o anodo e de 6° de inclinação para o tubo de raios-X. Normalmente, o catodo 
é posicionado do lado da parede torácica, para facilitar o posicionamento do 
paciente, além da utilização do efeito anódico.
FIGURA 9 – QUANDO SE INCLINA O TUBO DE RAIOS-X NO CABEÇOTE, O PONTO FOCAL 
EFICAZ É PEQUENO, A INTENSIDADE DE RAIOS-X É MAIS UNIFORME E O TECIDO DA PAREDE 
TORÁCICA APARECE
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
• Filtro: Na mamografia, utilizamos baixo kVp, por isso, precisamos que a janela 
do tubo de raios-X não atenue o feixe de raios-X significativamente. Por esse 
motivo, os tubos de raios-X, para mamógrafos, têm uma janela de berílio (Z=4) 
ou uma fina janela de vidro de borosilicato. A maioria dos tubos de raios-X, 
para a mamografia, tem uma filtração inerente na janela equivalente a 0,1 mm 
de Al. Além da janela, deve-se instalar filtros de raios-X de tipo e espessura 
apropriados. Quando utilizamos um tubo de raios-X com alvo de tungstênio, 
é necessário ter um filtro de molibdênio ou de ródio, pois os filtros reduzem 
a emissão de radiação bremsstrahlung de alta energia. As combinações 
recomendadas de alvo/filtro são Rh/Rh, Mo/Mo ou Mo/Rh. O uso do Rh como 
alvo ou filtro é indicado para mamas mais densas e mais espessas, quando 
o alvo for de tungstênio. É importante que o tecnólogo em radiologia saiba 
fazer a escolha mais apropriada, de acordo com as características da mama 
do paciente.
• Estativa: A estativa está presente nos equipamentos de raio-X convencional 
e nos mamógrafos. O objetivo dessa parte do equipamento é servir de 
suporte para o braço em “C”. Possibilita que o braço deslize para cima e para 
baixo, podendo ajustar a altura de acordo com o paciente, fazendo rotações 
de -180° a +180°. A estativa traz mobilidade para o sistema tubo-detector, 
o que possibilita realizar, com facilidade, todas as incidências exigidas na 
mamografia.
24
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
• Controle Automático de Exposição (CAE): É muito difícil que um técnico ou 
tecnólogo consiga calcular a dose de exposição exata para a mama apenas pela 
inspeção visual, até mesmo porque depois de comprimida, a mama adquire 
outras espessuras. Por isso, o CAE foi criado para diminuir as chances de 
hipo, ou de hiperexposição. 
Esse é um dispositivo que se localiza abaixo do receptor de imagem e tem 
a capacidade de medir a radiação que atravessa a mama e o chassis. Assim que 
a quantidade suficiente de fótons atinge o sensor, a exposição é interrompida. 
A principal finalidade do CAE é garantir exposição uniforme e reprodutível 
e penetração dos tecidos mamários, independentemente da espessura ou da 
composição.
FIGURA 10 – POSICIONAMENTO DO DISPOSITIVO PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE 
EXPOSIÇÃO (CAE)
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
• Dispositivo de ampliação: O objetivo da ampliação é aumentar o tamanho 
da estrutura a ser analisada para melhorar a identificação de pequenos 
detalhes e lesões que são registrados na imagem. Essa ampliação é realizada 
com a distância da mama do receptor de imagem, podendo ser feita com ou 
sem compressão localizada. Obtemos essa distância com a utilização de um 
espaçador radiotransparente, chamado de dispositivo de ampliação. 
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
25
Com a ampliação da estrutura, causamos um borramento das bordas da 
mama, perdendo resolução espacial, mas conseguimos compensar esse efeito 
com um ponto focal de 0,1 mm (para exames, utiliza-se ponto focal de 0,3 mm). 
O que chamamos de tamanho real do pontofocal, normalmente, é maior do que 
o definido pelos fabricantes, que é chamado de tamanho nominal do ponto focal 
(INCA, 2019).
FIGURA 11 – DISPOSITIVO DE AMPLIAÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021.
• Grades antidifusoras: Apesar do contraste das imagens mamográficas ser 
bom por causa da utilização de baixo kVp, a grade antidifusora ajuda a 
melhorar um pouco mais essa situação. A maior parte dos mamógrafos possui 
uma grade móvel com razão de grade entre 4:1 e 5:1, focalizada na DFR, para 
aumentar o contraste da imagem. Isso pode aumentar a dose para o paciente, 
mas ainda é aceitável, e a melhora no contraste é significativa. 
A (GCAT), Grade Celular de Alta Transmissão, é desenvolvida, 
especificamente, para a mamografia. As grades cruzadas reduzem a radiação 
espalhada em duas direções em vez de apenas uma, como no caso das grades de 
linhas paralelas. As linhas da GCAT são feitas de cobre, não há qualquer material 
nos espaços intermediários, e as dimensões físicas geram uma razão de grade de 
3, 8:1 (BUSHONG, 2010).
26
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
• Receptor de imagem: Na mamografia, existem filmes de exposição direta, 
tela-filme e detectores digitais. Os filmes e as telas intensificadoras são 
desenvolvidos especialmente para a mamografia. Os filmes possuem emulsão 
em apenas um dos lados, que fica emparelhado com a tela intensificadora.
• Dispositivo de compressão: A compressão mamária é necessária para que 
possamos garantir a qualidade do exame de mamografia. A compressão pode 
trazer um certo desconforto para a paciente na hora de realizar o exame, por 
esse motivo, vários profissionais acabam não realizando a compressão da 
forma correta, o que gera a perda da qualidade do exame, e borramento da 
imagem, muitas vezes, causado pelo movimento do paciente.
De acordo com o Inca (2019), a força de compressão aplicada na mama 
deve ser de 11 kgf e 18 kgf (108 N e 177 N). Podemos observar que a compressão 
é realizada de forma correta quando o tecido mamário está bem espalhado, firme 
e uniforme.
Segundo o Inca (2019), o objetivo de realizarmos a compressão da mama é:
• Imobilizar a mama, reduzindo o movimento da paciente. 
• Reduzir a espessura da mama, contribuindo para a redução da dose. 
• Aproximar a mama do filme, contribuindo para aumentar o contraste e a 
nitidez, assim como reduzir a radiação espalhada. 
• Diminuir a superposição de estruturas da mama, reduzindo a possibilidade 
de lesões falsas e permitindo que lesões suspeitas sejam detectadas com mais 
facilidade.
Acadêmico, mais adiante, abordaremos os tipos de sistemas e a aquisição de 
imagem, analógica e digital.
ESTUDOS FU
TUROS
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
27
FIGURA 12 – PLACA OU BANDEJA DE COMPRESSÃO USADA PARA A REALIZAÇÃO DA 
MAMOGRAFIA
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021.
 
3 FORMAÇÃO DA IMAGEM 
A formação da imagem na mamografia acontece como na radiografia 
convencional, a única diferença que temos é o tipo de estrutura que pretendemos 
radiografar. No geral, sabemos que o feixe de raios-X proveniente do tubo 
incide sobre a estrutura. Parte desse feixe atravessa a estrutura, registrando as 
informações no receptor de imagem, outra parte se torna radiação secundária e o 
restante é absorvido pelo tecido. 
FIGURA 13 – PROCESSO DE PRODUÇÃO DA IMAGEM NA MAMOGRAFIA
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021.
28
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
3.1 ETAPAS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM
A mama é composta por estruturas de densidades e espessuras diferentes. 
Esse tecido sofre atuação diferenciada da radiação no momento da interação do 
feixe de raio-X e, com esse processo, temos a formação da imagem.
• Formação dos raios-X: A produção dos raios-X ocorre dentro do tubo, após 
ser aplicada uma voltagem entre o catodo e o ânodo. A voltagem do tubo, o 
material do ânodo e o tipo de espessura do filtro determinam a transparência 
do tecido mamário na imagem. As configurações geométricas, o tamanho e 
o formato do ponto focal determinam a resolução da imagem (DRONKERS, 
2003).
• Formação da imagem pela radiação: A imagem é formada após sofrer 
interação com o tecido mamário. Como citado anteriormente, alguns fótons 
interagem com a estrutura e a atravessam, carregando as informações, 
registradas no receptor. 
• Papel da grade antidifusora: O objetivo da grade antidifusora é absorver ou 
modificar o feixe de radiação secundário antes que ele atinja o receptor de 
imagem, fazendo com que apenas os feixes primários ou mais energéticos 
cheguem no receptor. Como consequência, há uma imagem com mais 
qualidade e contraste.
• Absorção da radiação no detector: O receptor de imagem absorve o quanta 
dos raios-X de forma parcial, e transfere as informações da imagem para 
uma tela intensificadora, que emite a luz quanta em forma de luminescência, 
podendo ser detectada por um filme ou chip (CCD), enquanto alguns 
detectores digitais diretos emitem elétrons. Quanto mais luz quanta nas telas 
intensificadoras ou elétrons nos dispositivos digitais diretos, maior a cadeia 
de informações gerada da imagem (DRONKERS, 2003).
• Transformação da imagem no detector: Neste processo, possuímos a 
“imagem latente ou imagem não visível”. As informações geradas precisam 
ser transferidas ou processadas para tornarmos estas em uma “imagem 
visível”. Nos dispositivos tela-filme, é necessária a distribuição dos grãos 
ativos na emulsão do filme, que acontece no processo de revelação. Nas 
imagens digitais, precisa ocorrer a distribuição dos valores numéricos para 
cada pixel na memória do processador de dados (DRONKERS, 2003).
• Processamento da imagem: No sistema tela-filme, para que possamos adquirir 
a imagem visível, é necessário o processo de revelação na processadora. Nos 
sistemas digitais, a imagem latente precisa ser armazenada na memória do 
computador, antes de ser exibida no monitor. Após esse processo, podemos 
visualizar a imagem no negatoscópico (tela-filme), ou na tela do computador 
(digital).
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
29
3.1.1 Efeito anódico na mamografia
A mama possui um formato cônico, o que faz com que seja necessária 
uma intensidade de radiação maior próxima à parede torácica do que do lado no 
qual fica o mamilo e, por esse motivo, o efeito anódico gera um bom resultado na 
mamografia, para que possamos ter uma exposição radiográfica uniforme.
De acordo com Bushong (2010), o efeito anódico pode ser realizado 
posicionando o catodo na direção da parede torácica, mas isso não seria totalmente 
necessário, porque a compressão mamária garante que o tecido fique em uma 
espessura uniforme.
FIGURA 14 – EFEITO ANÓDICO APLICADO POR MEIO DO POSICIONAMENTO DO CATODO 
DO LADO DA PAREDE TORÁCICA
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
3.2 REQUISITOS TÉCNICOS E DEFINIÇÕES DA IMAGEM
Todos os exames de imagem que realizamos necessitam de alguns 
requisitos que devem estabelecer se uma imagem está dentro dos padrões 
necessários para se ter um laudo adequado. Assim, existem fatores físicos e 
técnicos que devem ser avaliados para que possamos considerar se uma imagem 
possui uma boa qualidade: contraste, ruído, resolução espacial e nitidez.
• Contraste: Podemos avaliar o contraste da imagem mamográfica como sendo 
a diferença de atenuação do feixe de raios-X entre os diferentes tipos de 
tecidos que compõem a mama, que possuem densidades diferentes, como 
tecido adiposo e em relação ao tecido glandular. Quanto maior for o contraste 
30
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
na imagem, mais evidentes são as áreas escuras e claras. De acordo com 
Dronkers (2003), o contraste é influenciado pela gradação do sistema tela-
filme e pelo ajuste do nível da janela e largura da imagem digital.
FIGURA 15 – ESCALAS DE CONTRASTE
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 18 abr. 2021. 
• Ruído: O ruído é um dos componentes da densidade óptica ou brilho da 
imagem que possui informaçõesindesejadas e que não são úteis. Podemos 
reconhecer o ruído em tecidos homogêneos pelas flutuações estatísticas na 
densidade óptica ou no brilho. 
O ruído é considerado a fonte de degradação de uma imagem, podendo 
ser causado por várias fontes. Na imagem radiográfica, é causado pelos próprios 
raios-X. Não uniformidade ou mosqueamento na imagem é uma função da 
qualidade do feixe de raios-X (kVp e mA) que influencia na quantidade de fótons 
de raios-X que atinge o detector (mosqueamento quântico).
A imagem radiográfica pode ser interpretada como se fosse pintada 
por uma série de pontos, cada um produzido por um fóton de raios-X. Quando 
temos uma quantidade insuficiente desses fótons, a imagem fica “ruidosa”, com 
heterogeneidades e baixa definição das estruturas. Quanto maior for o número 
de fótons que constitui a imagem e quanto mais próximos estiverem, mais nítida 
esta deve ser.
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
31
FIGURA 16 – EXEMPLO DE RUÍDO NA IMAGEM POR REDUÇÃO DO NÚMERO DE FÓTONS
FONTE: A autora
• Resolução espacial: De acordo com Bushong (2010), a resolução espacial se 
refere à habilidade de mostrar a imagem de pequenos objetos que possuem 
alto contraste, como interface osso-tecido, microcalcificações nos seios ou 
calcificações no pulmão. Menciona, ainda, que a resolução em espaço é a 
medida de como um pequeno objeto pode ser visto em uma imagem. Nas 
imagens radiográficas, pode significar a “frequência espacial” (O conceito 
fundamental de frequência espacial não se refere a classificar segundo o 
tamanho, mas por pares de linhas) (BUSHONG, 2010).
FIGURA 17 – INTERPRETAÇÃO DA RESOLUÇÃO ESPACIAL DOS PONTOS PRETOS NO QUADRO 
BEGE
FONTE: Adaptada de Bushong (2010) 
32
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
• Borramento: O borramento da imagem pode ser causado por diversos fatores, 
mas o mais importante é quando falamos da movimentação do paciente, 
principalmente, por falta de compressão da mama. Outro fator que pode 
ajudar a reduzir o borramento é o tempo de exposição. Sabemos que, quanto 
menor o tempo, menores são as chances de captar o movimento, mas, como 
na mamografia utilizamos kVp baixo e mAs alto, temos que cuidar muito 
no posicionamento e na compressão da mama para evitar movimentos do 
paciente.
A distância do objeto para o detector também interfere no grau do 
borramento da imagem, assim como também pode existir borramento relacionado 
com a espessura do fósforo do écran, que converte os fótons de raios-X em luz. 
O tamanho das partículas do fósforo e o contato entre o filme e o écran também 
podem interferir. O grau de barramento interfere na capacidade de detectar 
detalhes finos.
3.3 QUALIDADE DA IMAGEM
As informações que compõem a imagem são determinadas pela 
visibilidade dos detalhes dos tecidos representados que são importantes para 
que tenhamos um diagnóstico preciso. Na mamografia, podemos considerar 
esses detalhes, como sendo microcalcificações, nódulos, assimetrias, e outras 
patologias que devem ser possíveis de visualizar.
Acadêmico, é preciso entender como os fatores interferem na imagem 
que adquirimos, para que possam ser trabalhados de forma correta, e em casos 
em que não conseguimos chegar no resultado esperado, é necessário saber como 
reverter o processo.
• Para visualizar as microcalcificações, precisamos de imagens com alto 
contraste. Devem aparecer como pontos brilhantes no plano de fundo para 
serem visíveis.
TÓPICO 2 — EQUIPAMENTO DE MAMOGRAFIA E FORMAÇÃO DA IMAGEM
33
FONTE: <https://bit.ly/3ubIADw>. Acesso em: 18 abr. 2021.
Algumas estruturas, como massas e detalhes com baixo contraste, 
precisam ser adquiridas com resolução de contraste menor, para que possam ser 
visíveis no plano de fundo da imagem.
3.3.1 Critérios médicos de qualidade da imagem
De acordo com Dronkers (2003), os critérios da imagem são baseados 
nas estruturas anatômicas que precisam ser visualizadas em uma mamografia 
para que se obtenha um diagnóstico preciso. Esses critérios dependem do 
posicionamento correto e da cooperação do paciente, assim como do desempenho 
técnico do sistema para a aquisição da imagem.
Alguns detalhes são de grande importância e fornecem informações 
quantitativas do tamanho mínimo de estruturas anatômicas de grande relevância 
e que devem ser detectáveis ou diferenciadas na imagem.
De acordo com InRad (2017), listamos alguns critérios para a avaliação da 
qualidade das imagens mamográficas:
• Presença de identificação do paciente, da data do exame e da lateralidade.
• Imagens simétricas.
• Ausência de dobras cutâneas.
• Ausência de artefatos de movimento.
• Papila mamária vista em perfil.
• Prega inframamária deve aparecer aberta.
FIGURA 18 – FIGURA DE ALTO CONTRASTE NA QUAL É POSSIVEL VISUALIZAR AS 
MICROCALCIFICAÇÕES
34
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
• A medida do comprimento de uma linha imaginária perpendicular entre a 
papila e o músculo peitoral deve variar, no máximo, 1 cm entre as incidências 
craniocaudal e mediolateral oblíqua.
• O músculo peitoral deve ser visto em cerca de 30% dos exames na incidência 
craniocaudal; na incidência mediolateral oblíqua, deve ser visto sempre, no 
mínimo, até a altura da papila.
• A gordura retromamária deve ser vista em todos os exames, em ambas as 
incidências, demonstrando que toda a parte glandular da mama é radiografada.
35
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Nos mamógrafos, a geometria do sistema é montada de forma que uma linha 
vertical imaginária saia da fonte de raios-X, passe rente à parede torácica e 
cruze, ortogonalmente, a borda do receptor de imagem mais próxima do 
paciente.
 
• A principal finalidade do CAE é garantir exposição uniforme, reprodutível e 
a penetração dos tecidos mamários, independentemente da espessura ou da 
composição.
• Na mamografia, existem filmes de exposição direta, tela-filme e detectores 
digitais. Os filmes e as telas intensificadoras são desenvolvidos especialmente 
para a mamografia. Os filmes possuem emulsão em apenas um dos lados, que 
fica emparelhado com a tela intensificadora.
• A compressão mamária é necessária para que possamos garantir a qualidade 
do exame de mamografia. A compressão pode trazer um certo desconforto 
para a paciente na hora de realizar o exame e, por esse motivo, vários 
profissionais acabam não realizando da forma correta, o que gera a perda da 
qualidade do exame, e o borramento da imagem, muitas vezes, causado pelo 
movimento do paciente.
• Na mamografia, a formação da imagem acontece como na radiografia 
convencional, a única diferença é o tipo de estrutura que pretendemos 
radiografar.
• A mama é composta por estruturas de densidades e espessuras diferentes. 
Esse tecido sofre atuação diferenciada da radiação no momento da interação 
do feixe de raio-X. Com esse processo, há a formação da imagem.
• Existem fatores físicos e técnicos que devem ser avaliados para que possamos 
considerar se uma imagem possui uma boa qualidade, como contraste, ruído, 
resolução espacial e nitidez.
• As informações que compõem a imagem são determinadas pela visibilidade 
dos detalhes dos tecidos representados que são importantes para que 
tenhamos um diagnóstico preciso. Na mamografia, podemos considerar esses 
detalhes como microcalcificações, nódulos, assimetrias e outras patologias 
que devem ser possíveis de serem visualizadas.
36
1 A introdução da mamografia com emissão de raios-X foi aceita para uso 
clínico, quando o alvo e o filtro de molibdênio foram introduzidos em 1966, 
além da chegada do sistema tela-filme com emulsão em apenas um lado do 
filme, em 1972. Com base nos estudos que realizamos dos acessórios que 
pertencem ao mamógrafo, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) CAE, grade antidifusora, bandeja de compressão, gerador de alta 
tensão, bucky.
b) ( ) Bobina de gradiente, grade antidifusora, braço em C, CAE.
c) ( ) Gerador de alta tensão, pedais de posicionamento, gantry, bucky.
d) ( ) Braço em C, bobina dealta frequência, gerador de alta tensão.
2 O mamógrafo é um equipamento desenhado de uma forma totalmente 
diferente dos equipamentos de raio-X convencionais, mas a base de 
funcionamento e a aquisição de imagens são as mesmas. Acerca dos 
acessórios que compõem o mamógrafo e as funções, analise as sentenças a 
seguir:
I- O CAE foi criado para diminuir as chances de hiperexposição na mama. 
Esse é um dispositivo que se localiza abaixo do bucky e em cima do 
receptor, e tem a capacidade de medir a radiação que atravessa a mama e 
o chassi.
II- A estativa está presente nos equipamentos de raio-X convencional e nos 
mamógrafos. O objetivo dessa parte do equipamento é servir de suporte 
para o braço em “C”.
III- Apesar do contraste das imagens mamográficas ser bom por causa 
da utilização de baixo kVp, a grade antidifusora ajuda a melhorar um 
pouco mais essa situação. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Todos os exames de imagem que realizamos necessitam de alguns requisitos, 
que devem estabelecer se uma imagem está dentro dos padrões necessários 
para se ter um laudo adequado. Assim, existem fatores físicos e técnicos que 
devem ser avaliados para que possamos considerar se uma imagem possui 
uma boa qualidade, como contraste, ruído, resolução espacial e nitidez. A 
respeito desse assunto, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para 
as sentenças falsas:
AUTOATIVIDADE
37
( ) Podemos avaliar o contraste da imagem mamográfica como sendo a 
diferença de atenuação do feixe de raio-X entre os diferentes tipos de 
tecidos que compõem a mama, que possuem densidades diferentes, 
como tecido adiposo e em relação ao tecido glandular. Quanto maior for 
o contraste na imagem, mais evidentes são as áreas escuras e claras da 
imagem.
( ) O ruído é interferido apenas pelo brilho da imagem, que possui 
informações indesejadas e que não são úteis. Podemos reconhecer o ruído 
em tecidos homogêneos pelas flutuações estatísticas na densidade óptica 
ou no brilho. 
( ) A resolução espacial se refere à habilidade de mostrar a imagem de 
pequenos objetos que possuem alto contraste de objeto, como interface 
osso-tecido, microcalcificações nos seios ou calcificações no pulmão.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 A mama é composta por estruturas de densidades e espessuras diferentes. 
Esse tecido sofre atuação diferenciada da radiação, no momento da interação 
do feixe de raio-X. Com esse processo, surge a formação da imagem. O efeito 
anódico é um importante fator que pode ajudar na formação da imagem de 
mamografia. Nesse contexto, explique a função e o objetivo desse efeito nos 
exames mamográficos.
5 Os critérios da imagem são baseados nas estruturas anatômicas que 
precisam ser visualizadas em uma mamografia, para que se obtenha um 
diagnóstico preciso. Esses critérios dependem do posicionamento correto e 
da cooperação do paciente, assim como do desempenho técnico do sistema 
para a aquisição da imagem. De acordo com esse assunto, descreva esses 
critérios médicos para a avaliação da qualidade da imagem.
38
39
TÓPICO 3 — UNIDADE 1
SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
1 INTRODUÇÃO 
Acadêmico, como você pode ver até aqui, os equipamentos de mamografia 
só evoluíram e, com isso, trouxeram grandes benefícios para a população, como 
imagens com mais qualidade e diagnósticos mais precisos e equipamentos 
modernos de alta performance que só facilitaram o trabalho dos técnicos e dos 
tecnólogos.
Neste tópico, você poderá compreender um pouco mais acerca de todos os 
sistemas de aquisição de imagem disponíveis para a mamografia e que também 
são utilizados na radiologia convencional.
Além de abordarmos as etapas que pertencem a cada um desses processos, 
falaremos das vantagens e das desvantagens de se trabalhar com cada tipo de 
tecnologia.
2 MAMOGRAFIA ANALÓGICA 
O sistema analógico de aquisição de imagens, na mamografia, é composto 
por um sistema filme-écran. É utilizada a combinação de um chassi ou cassete 
com um écran intensificador de tela única que fica em contato com um filme 
radiográfico de emulsão única.
Segundo Bushong (2010), inicialmente, os filmes de mamografia eram 
iguais aos de classe industrial, possuíam dupla emulsão e exposição direta. 
Contudo, as doses de radiação acabavam sendo muito elevadas pelo emprego 
dessa técnica e, por esse motivo, foram desenvolvidos filmes especiais. Por isso, o 
filme de mamografia possui uma única emulsão, projetado para ser exposto com 
tela intensificadora única. Toda mamografia, atualmente disponível, usa sistemas 
de tela de oxidossulfídio de gadolínio dopado com térbio e filme sensível à luz 
verde.
O écran é responsável pela absorção das radiações e pela conversão em 
luz visível. Já o filme fica responsável pela formação da imagem latente que, após 
todo o processo físico-químico (processamento), torna a imagem visível.
40
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
Para o sistema analógico de aquisição de imagem, o filme radiográfico é 
responsável por capturar, registrar e armazenar a imagem, passando a ser objeto 
de exibição a longo prazo. Quando bem processado, o filme radiográfico pode 
durar de 20 a 30 anos (SANTOS, 2010).
O sistema analógico possui um alcance dinâmico menor, pois não oferece 
uma resposta linear à exposição recebida. Isso significa que existe um limite entre 
as diferenças de contraste por causa da baixa latitude do filme, mostrando menos 
tons de cinza. Em comparação com o sistema digital, oferece uma resposta mais 
linear dos fótons e mostra uma densidade uniforme em todo o filme, que vai 
desde a pele até a parede torácica (SANTOS, 2010).
2.1 COMPOSIÇÃO DO FILME RADIOGRÁFICO 
De acordo com Santos (2010), o filme radiográfico é constituído por uma 
folha plástica flexível de poliéster, transparente e com tom azulado, que serve de 
suporte para a emulsão de gelatina. A transparência é uma característica muito 
importante, pois deve ser capaz de transmitir a luz.
• Base: A base do filme radiográfico é feita de poliéster e dá a estrutura rígida 
do filme radiográfico para que possa ser colocada a emulsão. Também é 
resistente e flexível, possibilitando o manuseio fácil, porém, rigidez adequada 
para ser colocada no negatoscópio (BUSHONG, 2010).
• Emulsão: Segundo Bushong (2010), é o material com o qual os raios-x ou 
fótons de luz das telas intensificadoras interagem e transferem a informação. 
A emulsão é formada por uma mistura homogênea de gelatina e cristais de 
haletos de prata, possuindo uma camada de 3-5 μm de espessura. Precisa 
ser clara e transmitir luz suficiente para que as substâncias químicas do 
processamento consigam penetrar nos cristais de haletos de prata, que são 
componentes ativos da emulsão. A emulsão também deve fornecer apoio 
mecânico para suporte e distribuição uniforme dos cristais de haletos de 
prata. Na emulsão típica, 98% do haleto de prata está na forma de brometo de 
prata, o restante é, usualmente, iodeto de prata. A interação dos raios-X e dos 
fótons de luz com esses átomos de elevado Z, finalmente, gera a formação de 
imagem latente na radiografia (BUSHONG, 2010).
• Camada adesiva: Essa camada fica alocada entre a base e a emulsão e garante 
adesão uniforme da emulsão à base do filme. A camada adesiva permite 
que a emulsão e a base mantenham um contato e fiquem íntegras durante o 
processamento (BUSHONG, 2010).
• Camada de revestimento: Segundo Bushong (2010), essa é a camada que 
cobre a emulsão e que é feita de gelatina. Serve para proteger a emulsão 
de arranhões, pressão e contaminação durante manuseio, processamento e 
armazenagem.
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
41
2.2 FORMAÇÃO DA IMAGEM LATENTE
Os raios-x, que emergem do pacientepara formar a imagem e incidem 
na tela intensificadora, depositam a energia da luz visível na emulsão. Como 
efeito primário, temos a interação fotoelétrica com átomos do cristal de haletos de 
prata. A energia é depositada em uma configuração representativa do objeto ou 
parte anatômica que está sendo radiografada. Após esse processo, não podemos 
visualizar nem uma imagem, pois já temos a imagem latente. Somente após o 
processamento químico, temos a imagem visível (BUSHONG, 2010).
De acordo com Santos (2010), a primeira etapa na formação da imagem 
latente é a exposição do filme pelos fótons de raios-X. Esses fótons provocam a 
cintilação do fósforo do écran, que deve emitir luz de forma intensificada, ativando 
os íons de brometo de prata. As interações que acontecem no filme, após este ser 
exposto, fazem com que os fótons interajam com o brometo de prata, que faz a 
expulsão dos elétrons, deixando o átomo ionizado e liberando os íons de bromo.
Quando a luz atinge os microcristais de haletos de prata, a energia retira 
um elétron do átomo do cristal de brometo de prata e decompõe as moléculas 
de haletos, ioniza os cristais em diferentes intensidades, forma um íon de prata 
e um átomo de brometo e libera elétrons. O elétron, por ter carga negativa, é 
atraído para a parte central, na qual existe um excesso de carga positiva. Durante 
o processamento, os átomos de prata, que perderam elétrons, recapturam esses 
e formam a prata metálica, tornando o filme escuro. Então, os sais de prata ficam 
depositados no filme com pontos pretos, formando a imagem latente (SANTOS, 
2010).
De acordo com Bushog (2010), a formação da imagem latente e a conversão 
da imagem latente em imagem visível requerem vários passos simultâneos: 
• A, A interação da radiação libera elétrons. 
• B, Esses elétrons migram até centros de sensibilidade. 
• C, No centro de sensibilidade, a prata atômica é formada pela atração de íon 
intersticial de prata. 
• D, Esse processo é repetido várias vezes, gerando o crescimento dos átomos 
de prata. 
• E, O haleto de prata restante é convertido em prata durante o processamento. 
• F, O resultado é um grão de prata.
42
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
FIGURA 19 – PROCESSO DE FORMAÇÃO E CONVERSÃO DA IMAGEM LATENTE
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
2.3 PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO
De acordo com o Inca (2019), o processamento deve ser realizado em 
processadora automática, específica para mamografia. Esse processo inicia 
com a revelação, após, o filme passa por um processo de fixação da imagem e, 
depois, por lavagem e secagem. É necessário fazer a troca adequada dos químicos 
para manter a estabilidade da revelação ao longo do tempo. Em processadoras 
automáticas, o tempo entre a entrada do filme exposto e a saída do filme revelado 
varia entre 90 e 120 segundos, dependendo das características operacionais.
FIGURA 20 – ETAPAS DO PROCESSAMENTO DO FILME RADIOGRÁFICO
FONTE: <https://bit.ly/3gQT6MJ>. Acesso em: 11 abr. 2021.
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
43
2.3.1 Etapas do processo de revelação do filme
O processo de revelação do filme radiográfico é composto, basicamente, 
por quatro etapas: revelação, fixação, lavagem e secagem. Agora, veremos o passo 
a passo desse processo.
Revelação: De acordo com o Inca (2019), a revelação possui cinco etapas:
• Primeiramente, o filme é imerso no tanque com uma solução química que 
chamamos de revelador, para tornar visível a imagem latente contida na 
emulsão do filme, formando, assim, a imagem radiográfica. 
• No segundo passo, a solução reveladora possui agentes redutores, que 
convertem os cristais de prata sensibilizados em prata metálica enegrecida.
• No terceiro passo, o agente ativador incha e amolece a emulsão, para que os 
agentes redutores tenham melhor acesso aos cristais de prata. 
• No quarto passo, essa solução contém, ainda, um agente, para moderar a ação 
dos redutores, e outro preservativo, para evitar a oxidação. É muito importante 
observar a temperatura do revelador e o tempo que o filme permanece no 
tanque com a solução reveladora, essencial para assegurar a qualidade da 
imagem e evitar uma super ou uma sub-revelação.
• Por último, no quinto passo, após a revelação, o filme é transferido 
automaticamente para um tanque, que contém a solução fixadora.
Fixação: De acordo com o Inca (2019):
• O fixador possui um agente neutralizador, que interrompe o processo de 
revelação (impedindo o velamento do filme) e um agente fixador, que remove 
os grãos de prata que não sofrem a ação do revelador do filme para fixar a 
imagem radiográfica na película. 
• A prata acumulada na solução fixadora pode ser recuperada posteriormente, 
antes de alcançar o meio ambiente. 
• O revelador e o fixador usam água como solvente.
• O fixador possui um agente que impede a oxidação e um que recupera a 
rigidez da película. 
• A concentração e a atividade do fixador, além do tempo de fixação, também 
devem ser controladas. Quando são insuficientes, os cristais de prata não 
revelados, não sendo removidos na totalidade. Quando estão em excesso, os 
grãos de prata revelados são removidos da emulsão. Nos dois casos, há uma 
degradação da qualidade da imagem.
Lavagem e secagem: De acordo com o Inca (2019):
• Após a fixação, o filme precisa passar pela lavagem, que tem, como função, 
remover todos os resíduos químicos do fixador, que ainda permanecem na 
emulsão, para impedir a degradação da imagem ao longo do tempo (semanas/
meses). Nas processadoras automáticas, após a lavagem, o filme é submetido 
a um processo de secagem com ar quente, para possibilitar, rapidamente, o 
manuseio.
44
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
2.4 CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS DA MAMOGRAFIA 
ANALÓGICA
Mesmo com os avanços tecnológicos, a mamografia analógica ainda é 
muito utilizada, principalmente, em regiões do país que são menos desenvolvidas 
e em instituições que possuem poucos recursos financeiros, mas, como toda 
técnica, possui vantagens e desvantagens. É isso que veremos a seguir.
Vantagens do sistema analógico de imagem, de acordo com o Inca (2019): 
• Grande resolução espacial de até 12 pares de linhas por milímetro, que permite 
mostrar estruturas finas espiculares e microcalcificações.
• Alto contraste, permitindo a visualização de tecidos com diferenças muito 
sutis de densidades.
• Negatoscópios de alta luminosidade que melhoram a visualização de áreas 
de alta DO (escuras) da imagem.
• Facilidade para a visualização dos filmes no negatoscópio, possibilitando a 
apresentação simultânea de imagens das incidências básicas e adicionais. 
• Filmes de 18 cm x 24 cm e 24 cm x 30 cm, utilizados de acordo com o tamanho 
da mama a ser radiografada.
• Tecnologia de baixo custo, firmemente consolidada na prática da mamografia 
há mais de 30 anos. 
• Meio duradouro de armazenamento da imagem, também, com custo baixo.
Limitações do sistema analógico de imagem, de acordo com o inca (2019):
• Faixa de tons de cinza ou intervalo dinâmico reduzido (intervalo dinâmico – 
número de tons de cinza para uma mesma faixa de exposição).
• Balanço entre o intervalo dinâmico e a resolução de contraste para as regiões 
do filme que recebem exposições intermediárias do contraste é alto; e baixo 
para as regiões que recebem pouca ou muita exposição. Por esse motivo, para 
as regiões muito densas, a pele e a camada adiposa são representadas com 
baixo contraste na imagem. Se o sistema for otimizado para a região densa da 
mama, posicionando-se o sensor do CAE sob a região da glândula, as áreas 
adiposas e a pele devem ter DO (enegrecimento) na parte superior da curva 
de resposta do filme (tons de cinza mais escuros), dificultando a visualização 
das regiões.
• Perda da qualidade de imagem causada por processamento inadequado do 
filme e artefatos de imagem: a impossibilidade de modificar a imagem após 
o processamento inadequado do filme ou a apresentação de artefatos, muitas 
vezes, pode levar à repetição dealgumas incidências ou de todo o exame. Isso 
gera exposições desnecessárias da paciente aos raios-X.
• Ruído em razão da granulosidade da combinação SFT, pois o filme atua como 
o único meio para aquisição, apresentação e armazenamento da imagem. 
Se a tela intensificadora não for adequada ao tipo de filme utilizado (filme e 
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
45
tela intensificadora do mesmo fabricante), pode ocorrer aumento do ruído, 
que prejudica a qualidade da imagem e, consequentemente, o objetivo da 
mamografia.
3 MAMOGRAFIA DIGITAL
Na mamografia, a introdução de tecnologia digital de aquisição direta teve 
início em 1995. Primeiramente, foram utilizados detectores com campos de visão 
(FOV) menores para procedimentos intervencionistas guiados por mamografia, 
como biópsias e localizações pré-cirúrgicas. De acordo com Santos (2010), era 
utilizado um sistema de chips com base em CCD (dispositivo de carga acoplada), 
e possuía alta resolução, muito bom para campos menores, mas, na mamografia, 
era necessária uma tecnologia de campo total.
Contudo, não demorou muito para que esse sistema evoluísse. Em 2000, 
foi aprovada a primeira mamografia digital de campo total FFDM Full Field 
Digital Mammograby (Senographe 2000D GE). Possui detector de césio que fornece 
uma imagem digital panorâmica totalmente digitalizada, com mais detalhes 
e qualidade. Com essa tecnologia, os monitores utilizados também foram 
substituídos por monitores de alta resolução.
 
Segundo Santos (2010), ainda em 2000, o FDA aprovou a mamografia 
digital para o exame de rastreamento. Nesse mesmo ano, foi lançado o CAD 
receptor de painel plano e, logo depois, o LCD monitores de cristal líquido.
A mamografia digital obteve grandes resultados pelo Processo de Estudo 
da Imagem da Mamografia Digital (PEIMD) – (Digital Mammography Imaging 
Study Trial – DMIST), publicados no fim de 2005. Essa investigação envolveu 
a imagem mamográfica de quase 50.000 mulheres com sistemas convencionais 
e MDs, interpretadas por meio de uma estação de visualização devidamente 
projetada. O objetivo do PEIMD era determinar se a mamografia digital era tão 
boa quanto a mamografia convencional. Ainda, tinham-se muitas dúvidas porque 
a resolução espacial da MD (5 pl/mm) era muito menor do que a mamografia 
convencional (15 pl/mm). Com base nas interpretações dos radiologistas, os 
resultados mostraram que a mamografia digital não só foi igual à mamografia 
Acadêmico, na unidade seguinte, abordaremos, de forma mais detalhada, o 
que são as biópsias e as localizações pré-cirúrgicas.
ESTUDOS FU
TUROS
46
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
convencional para todos os pacientes, mas foi melhor para imagem densa e 
para o tecido glandular mamário. Essa descoberta sugere que a resolução de 
contraste seja mais importante do que a resolução espacial para mamografia e, 
possivelmente, para todas as imagens médicas (BUSHONG, 2010).
Existem dois tipos de mamografia digital, o DR (digital direto) e o CR 
(digital indireto). Nesse método digital, o sistema SFT, usado como receptor da 
imagem na mamografia convencional, é substituído por um detector eletrônico 
(sistema DR), ou uma placa de imagem (IP, image plate) de fósforo fotoestimulável 
(sistema CR) (INCA, 2019).
3.1 CARACTERÍSTICAS DA IMAGEM DIGITAL 
De acordo com o Inca (2019), aquisição, apresentação, interpretação e 
armazenamento da imagem digital são processos independentes, o que permite 
otimizá-los. A formação da imagem digital é constituída por uma matriz 
bidimensional de elementos de imagem (pixels) de tamanho fixo, da ordem de 
40 μm a 100 μm. Por esse motivo, a mamografia digital é uma representação do 
padrão de transmissão dos raios-X através da mama, por meio de uma matriz 
de elementos de imagem. Em cada pixel, a imagem tem um único valor que 
representa o brilho nesse ponto, obtido por meio da intensidade dos raios-X na 
área da mama representada por esse pixel.
A intensidade dos raios-X, no sistema DR, ou a intensidade da 
luminescência, no sistema CR, em cada pixel da imagem, é transformada por 
um conversor analógico-digital em um número finito (2n) de níveis, em que n é 
o número de bits com o qual a imagem é digitalizada. Normalmente, é usada a 
digitalização de 12 a 14 bits, produzindo de 4.096 a 16.384 níveis de intensidade 
ou de tons de cinza. Depois de ser armazenada na memória do computador, 
a imagem digital pode ser apresentada para visualização com um contraste 
independente das características do detector e que pode ser ajustado pelo 
médico. Essa é uma vantagem da imagem digital que supera a maior limitação 
da mamografia convencional, como a escala de tons de cinza definida pela curva-
característica da resposta do filme, a técnica radiográfica, a composição da mama 
e o processamento (INCA, 2019).
Acadêmico, abordaremos cada um dos sistemas de imagem digital de forma 
mais detalhada nos tópicos a seguir.
ESTUDOS FU
TUROS
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
47
3.1.1 Diferenças entre a mamografia convencional e a 
digital
Na mamografia convencional, a quantidade de radiação usada 
para produzir a imagem é totalmente influenciada pela capacidade da tela 
intensificadora de absorver energia do feixe de raios-X, suficiente para transformá-
la em luz e expor o filme, alcançando a DO desejada. 
Na mamografia digital, o sistema de aquisição da imagem pode ser 
controlado eletronicamente, o que permite que a quantidade de radiação seja 
ajustada em função da razão contraste-ruído mais adequada ao exame. Esse é 
um fator que se refere à otimização na seleção das técnicas radiográficas que 
fornece possibilidade de melhoria da qualidade da imagem e de redução da dose 
de radiação, quando comparada com a mamografia convencional (INCA, 2019).
Vantagens importantes da mamografia digital quando comparada com o 
sistema analógico, de acordo com o INCA (2019):
• Resposta linear em faixa ampla de intensidades de raios-X e baixo ruído do 
sistema. 
• Alcance dinâmico da ordem de 1.000:1 comparado com o da mamografia 
convencional, da ordem de 40:1. 
• Desacoplamento das etapas de aquisição, apresentação e armazenamento da 
imagem.
• Possibilidade de manipulação no pós-processamento da imagem, que 
permite aumentar a visualização dos achados radiológicos de interesse. Além 
de serem impressos em filmes, a interpretação da imagem em monitor (soft-
copy) e o diagnóstico, auxiliado por computador, são outras possibilidades de 
melhorar todo o processo da mamografia.
• Eliminação do processamento da imagem em câmara escura e utilização de 
químicos.
• Possibilidade de armazenamento das imagens no Sistema Digital de 
Armazenamento e Comunicação (PACS).
• Possibilidade de telerradiologia por causa do armazenamento de imagens em 
formato DICOM, permitindo a transferência e a visualização das imagens em 
sistemas iguais ou diferentes daqueles em que as imagens foram adquiridas. 
3.2 SISTEMA DE MAMOGRAFIA COMPUTADORIZADA CR
A tecnologia CR é um dos métodos mais utilizados, pois não é necessária 
a implementação de equipamentos de mamografia novos, apenas a aquisição 
de cassetes novos para a substituição dos chassis, leitora CR e uma impressora 
Dry View para impressão dos exames. Como não é necessário fazer a troca dos 
equipamentos, torna-se um investimento com ótimo custo-benefício em relação à 
tecnologia digital direta.
48
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
O CR é um sistema de conversão indireto, que é composto por uma 
placa de fósforo fotoestimulável, uma leitora para a placa e um monitor de 
alta resolução. É um método de formação indireta da imagem, obtendo uma 
radiografia computadorizada pela sensibilização de uma película de fósforo 
especial que é inserida no chassi. Esse método trabalha com uma imagem analógica 
que é convertida em imagem digital por um conversor analógico-digital, para 
ser lida pelo processador, que só faz a leitura das informações digitais. Depois 
de processadas, as informaçõessão armazenadas no computador em forma de 
números, com base no sistema binário. O computador só é capaz de armazenar 
bits com um valor de 0 ou 1 (SANTOS, 2010).
FIGURA 21 – MODELOS DE LEITORAS MONO E MULTICASSETES
FONTE: <http://www.medinstall.com.br/crs.html>. Acesso em: 29 dez. 2020.
3.2.1 Vantagens e desvantagens da utilização do CR
Para a utilização de qualquer tecnologia, podemos observar alguns 
benefícios e desvantagens que cada instituição deve avaliar, de acordo com as 
necessidades e a demanda.
Vantagens:
• Geração de uma imagem digital, dispensando o uso de químicos de 
processamento, facilitando o transporte e o armazenamento e permitindo o 
pós-processamento das imagens.
Desvantagens:
• Doses de radiação mais altas para a realização do exame e o aumento do ruído 
da imagem, quando os parâmetros de operação do mamógrafo e da leitora 
não estão perfeitamente ajustados.
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
49
3.2.2 Formação da imagem no CR
Para a detecção da imagem no CR, utilizamos o IP image plate, que pode 
ser chamada de PAF - Placa de Armazenamento em Fósforo. Essa placa é composta 
de fósforo fotoestimulável e haletos de flúor brometo de bário, com pequenas 
quantidades de európio como ativador (BaFBr:Eu ou BaFI:Eu).
Quando realizada a incidência mamográfica, ocorrem interações compton 
e fotoelétrica com elétrons das camadas externas, dos átomos de flúor brometo de 
bário, enviando-os para um estado de excitação definido como estado metaestável. 
Quando esses elétrons retornam ao estado fundamental, uma luz visível é emitida. 
Os elétrons metaestáveis vão retornando ao estado fundamental, sendo que esse 
retorno pode ser acelerado ou estimulado, expondo o fósforo à luz infravermelha 
intensa de um laser, por isso, o termo luminescência fotoestimulável para o 
fósforo fotoestimulável (FFE) (BUSHONG, 2010).
A presença do európio, misturado em pequenas quantidades no cristal, 
é uma impureza que serve como “armadilha”, sendo o ativador que mantém os 
elétrons “presos” no estado metaestável por mais tempo, até que haja colocação 
na leitora do CR. Os ativadores de európio do IP fazem o papel dos centros 
de sensibilidade (F-centros) da emulsão da película radiográfica, sendo que a 
imagem latente do sistema CR é formada nesses ativadores. Quando o cassete 
é inserido na leitora do CR, é aberto, e ventosas puxam o IP para dentro da 
leitora, na qual a imagem latente é transformada em imagem visível e, depois, 
digitalizada. A leitora do CR age como um escâner, sendo, o CR, considerado um 
método indireto de obtenção de imagem digital.
3.2.3 Funcionamento da leitora CR
A leitora possui fendas para entrada de cassetes de vários tamanhos, 
podendo ser utilizada para mamografia e raios-x. O cassete exposto é introduzido 
em uma das fendas, e a leitora puxa o IP e faz a leitura por meio do laser 
infravermelho.
A energia armazenada dos elétrons excitados, contidos na estrutura do 
IP, é liberada, ponto a ponto, por meio de estimulação a laser, produzindo uma 
luminescência proporcional à intensidade dos raios-X que atingiram cada ponto. 
A luminescência emitida é detectada e amplificada por um tubo fotomultiplicador 
que produz um sinal elétrico de saída proporcional à luminescência emitida 
pelo ponto estimulado da IP. Do mesmo modo, em comparação ao sistema 
DR, esse sinal é convertido em um formato digital e armazenado em memória 
de computador para formar a imagem por meio de um programa. Durante o 
processo de escaneamento da IP na unidade digitalizadora, a imagem registrada, 
até então, de modo contínuo, é convertida para o formato digital na forma de um 
mapa de pixels (INCA, 2019).
50
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
Após a leitura do IP, é feito um processamento, no qual a imagem residual 
é apagada e o cassete já está pronto para ser utilizado novamente.
FIGURA 22 – LEITURA DA IMAGEM ANALÓGICA PELO SISTEMA CR
FONTE: Adaptada de Santos (2010)
3.3 SISTEMA DE MAMOGRAFIA DIGITAL DR
A radiologia digital faz a utilização de um detector eletrônico de painel 
plano, que recebe um sinal digital direto da fonte emissora pelo feixe de 
raios-x, ultrapassando o objeto radiografado, com a geração de uma imagem, 
primeiramente, digital. Contudo, com a introdução dessa tecnologia, existe a 
necessidade da utilização de um bucky próprio por causa dos detectores, o que 
faz com que o custo de implementação seja muito mais alto e, para instituições 
menores, muitas vezes, inviável.
Dentro do sistema de aquisição de imagens DR, existem dois tipos de 
aquisição de imagem, na qual todos são digitais, mas alguns diretos (selênio 
amorfo- a-Se) e/ou indiretos (iodeto de césio (CsI), o oxissulfeto de gadolínio). Em 
todos os métodos, a imagem aparece diretamente na tela do computador, mas o 
método de transformação do sinal em imagem muda.
• Segundo Bushog (2010), são três os processos que compõem o sistema para 
adquirir as imagens no DR: elemento de captura, elemento de acoplamento e 
elemento de detecção. 
• O elemento de captura é aquele a partir do qual os raios-X são capturados. Na 
RD, o elemento de captura pode ser o iodeto de césio (CsI), o oxissulfeto de 
gadolínio (GdOS) ou o selênio amorfo (a-Se).
• O elemento de acoplamento é aquele que transfere o sinal gerado pelos raios-X 
para o elemento de detecção. O elemento de acoplamento pode ser uma lente, 
uma montagem com fibra óptica, uma camada de contato ou a-Se.
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
51
• O elemento de detecção pode ser um fotodiodo, um Dispositivo De Carga 
Acoplada (DCA), ou um Transistor De Filme Fino (TFF). O fotodiodo e o DCA 
são dispositivos sensíveis à luz que detectam fótons. O TFF é um dispositivo 
sensível à carga, que coleta elétrons.
3.3.1 Formação indireta
Os receptores digitais indiretos são constituídos por uma fina camada de 
fósforo cintilador à base de iodeto de césio, colocada na superfície de uma placa 
de silício, considerado um tipo de painel plano. A luz visível que o fósforo emite é 
convertida em sinal elétrico através dos milhares de transistores finos, ou diodos 
de silicone amorfo (TFT). Ainda, com fibras óticas no CCD (dispositivo de carga 
acoplada), formando a imagem digital (SANTOS, 2010).
Esse silicone amorfo é um detector sensível à luz que, quando recebe 
o feixe elétrico, fornece um sinal para cada pixel da imagem. Segundo Santos 
(2010), os raios-X são capturados pelo cintilador de césio (fósforo) e convertidos 
em luz visível, que se espalha no interior do detector. O detector TFT, ou CCD, 
transforma essa luz em sinal elétrico. Esse sinal é processado pelo computador, 
que gera uma imagem digital de alta qualidade.
Esse é um processo considerado indireto pois, apesar da imagem ser 
adquirida de forma digital, passa pelo processo intermediário, formando a luz 
visível.
 
FIGURA 23 – CONVERSÃO INDIRETA COM FORMAÇÃO DE LUZ
FONTE: Adaptada de Santos (2010)
52
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
3.3.2 Formação direta
No método direto de formação da imagem, o processo é realizado em 
apenas uma única etapa, sendo utilizada uma placa de selênio amorfo como 
fotocondutor que converte os fótons de raios-X diretamente em sinal eletrônico, 
com processamento e formação da imagem.
De acordo com Santos (2010), o receptor de selênio amorfo é um tipo de 
conversão direta com campo de visão de 25X29cm, munido por um flat panel, 
sendo revestido por uma camada fina de selênio amorfo, que absorve os raios-X, 
gerando um sinal elétrico direto por meio de transistores.
Essa conversão direta é baseada no arranjo de finas camadas de transistores 
na matriz TFT, que faz a captura dos fótons. Esse sinal eletrônico é processado e 
forma uma imagem digital, que é apresentada no monitor de alta resolução. As 
funções, como aquisição, armazenamento, e exibição, são executadas por fontes 
independentes, que permitem o manuseio da imagem, alterando parâmetros de 
brilho e contraste de forma individual (SANTOS, 2010).
O selênioamorfo é um detector direto que oferece alguns benefícios, como 
baixo nível de ruído e menor dose, aumentando a precisão do diagnóstico, pois 
também melhora a visibilidade de estruturas menores, fornecendo alta resolução 
espacial.
FIGURA 24 – AQUISIÇÃO DIRETA COM DETECTOR DE SELÊNIO AMORFO
FONTE: Adaptada de Santos (2010)
3.3.3 Vantagens e desvantagens da utilização do DR
Vantagens: 
• Otimização do tempo de exame, pois não temos mais a necessidade de utilizar 
chassis e as imagens aparecem no computador em segundos.
• Não é mais necessário o processamento da imagem na câmara escura, o que 
também deixa o trabalho do técnico mais rápido.
TÓPICO 3 — SISTEMAS DE MAMOGRAFIA DIGITAL E ANALÓGICO
53
• Segundo o INCA (2019), o sistema DR supera o sistema convencional e o 
sistema CR por causa da menor dose de radiação para a paciente. Isso acontece 
por causa da utilização de detectores mais eficientes, mantendo a qualidade 
da imagem. 
• O sistema DR também tem grande capacidade de melhorar a relação contraste-
ruído, muito melhor do que no sistema CR. 
Desvantagens:
 
• A maior desvantagem que podemos observar no sistema DR em relação aos 
outros é o alto custo de instalação, pois é necessário fazer a substituição do 
mamógrafo. 
• O sistema de detectores é muito sensível, assim, é necessário manter a sala 
refrigerada para evitar possíveis danos, pois a troca dos detectores tem um 
custo muito elevado.
54
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você aprendeu que:
• O sistema analógico de aquisição de imagens é composto por um sistema 
filme-écran, utilizada a combinação de chassis ou cassete com um écran 
intensificador de tela única ou dupla, que fica em contato com um filme 
radiográfico de emulsão única ou dupla.
• O filme radiográfico é constituído por uma folha plástica flexível de poliéster 
transparente e com tom azulado, que serve de suporte para a emulsão de 
gelatina. A transparência é uma característica muito importante, pois deve ser 
capaz de transmitir a luz.
• Os raios-x, que emergem do paciente para formar a imagem e incidem na tela 
intensificadora, depositam a energia da luz visível na emulsão. Como efeito 
primário, há a interação fotoelétrica com átomos do cristal de haletos de prata.
• O processo de revelação do filme radiográfico é composto, basicamente, por 
quatro etapas: revelação, fixação, lavagem e secagem.
• Existem dois tipos de mamografia digital, o DR (digital direto) e o CR 
(digital indireto). Nesse método digital, o sistema SFT, usado como receptor 
da imagem na mamografia convencional, é substituído por um detector 
eletrônico (sistema DR), ou uma placa de imagem (IP, image plate) de fósforo 
fotoestimulável (sistema CR).
• Na mamografia convencional, a quantidade de radiação usada para produzir 
a imagem é totalmente influenciada pela capacidade da tela intensificadora 
de absorver energia do feixe de raios-X suficiente para transformá-la em luz e 
expor o filme, alcançando a DO desejada. 
• A tecnologia CR é um dos métodos mais utilizados, pois não é necessária a 
implementação de equipamentos de mamografia novos, apenas a aquisição 
de cassetes novos para a substituição dos chassis, leitora CR e uma impressora 
Dry View para impressão dos exames.
• Dentro do sistema de aquisição de imagens DR, existem dois tipos de 
aquisição de imagem. Todos são digitais, mas alguns diretos (selênio amorfo- 
a-Se) e/ou indiretos (iodeto de césio (CsI), oxissulfeto de gadolínio). Em todos 
os métodos, a imagem deve aparecer diretamente na tela do computador, 
mas o método de transformação do sinal em imagem muda.
55
1 O sistema analógico de aquisição de imagens na mamografia é composto 
por um sistema filme- écran, utilizada a combinação de um chassi ou 
cassete com um écran intensificador de tela única, que fica em contato 
com um filme radiográfico de emulsão única. De acordo com esse assunto, 
assinale a alternativa CORRETA, em relação à função do écran no processo 
de formação da imagem:
a) ( ) O écran é responsável pela formação da imagem latente.
b) ( ) O écran é responsável por armazenar a imagem.
c) ( ) O écran é responsável pela absorção das radiações e conversão em luz 
visível.
d) ( ) O écran é responsável por capturar e registrar a imagem.
2 De acordo com Santos (2010), o filme radiográfico é constituído por uma 
folha plástica flexível de poliéster, transparente e com tom azulado que serve 
de suporte para a emulsão de gelatina. A transparência é uma característica 
muito importante, pois deve ser capaz de transmitir a luz. De acordo com 
esse assunto, analise as sentenças a seguir:
I- Base: a base do filme radiográfico é feita de poliéster, dá a estrutura rígida 
do filme radiográfico, para que possa ser colocada a emulsão.
II- Camada adesiva: é formada por uma mistura homogênea de gelatina 
e cristais de haletos de prata, possuindo uma camada de 3-5 μm de 
espessura.
III- Emulsão: é o material com o qual os raios-x ou fótons de luz das telas 
intensificadoras interagem e transferem a informação.
IV- Camada de revestimento: cobre a emulsão, que é feita de gelatina. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença IV está correta.
c) ( ) As sentenças I, III e IV estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Existem dois tipos de mamografia digital, o DR (digital direto) e o CR 
(digital indireto). Nesse método digital, o sistema SFT, usado como 
receptor da imagem na mamografia convencional, é substituído por um 
detector eletrônico (sistema DR) ou uma placa de imagem (IP, image plate) 
de fósforo fotoestimulável (sistema CR). Acerca dessas duas modalidades, 
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças falsas:
AUTOATIVIDADE
56
( ) A tecnologia DR é um dos métodos mais utilizados, pois não é necessária 
a implementação de equipamentos de mamografia novos, apenas a 
aquisição de cassetes novos para a substituição dos chassis, leitora CR e 
uma impressora Dry View para a impressão dos exames.
( ) A intensidade dos raios-X, no sistema CR, ou a intensidade da 
luminescência, no sistema CR, em cada pixel da imagem, é transformada 
por um conversor analógico-digital em um número finito (2n) de níveis, 
em que n é o número de bits com o qual a imagem é digitalizada.
( ) O CR é um sistema de conversão indireta, composto por uma placa de 
fósforo fotoestimulável, uma leitora para a placa e um monitor de alta 
resolução.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 A radiologia digital é uma tecnologia avançada, e que permite obter imagens 
de alta qualidade, sem que tenhamos que fazer todo o processamento 
de imagem, que acontece no sistema analógico. São várias as vantagens 
que podemos observar na implementação desse sistema. De acordo com 
esse assunto, descreva as vantagens e as desvantagens do sistema DR de 
aquisição de imagens.
5 Existem dois tipos de mamografia digital, o DR digital direto e o CR digital 
indireto. Cada modalidade possui vantagens, mesmo assim, não podemos 
deixar de observar que a maior vantagem vista nesses dois métodos é a 
aquisição de uma imagem digital. Acerca da tecnologia CR, descreva por 
que é um dos métodos mais utilizados.
57
TÓPICO 4 — UNIDADE 1
CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
1 INTRODUÇÃO 
Em todas as áreas que utilizam equipamentos com tecnologia mais 
avançada, faz-se necessário um controle de qualidade que garanta que o 
equipamento trabalhe obtendo resultados desejáveis. Na mamografia, não seria 
diferente, pois, para que tenhamos imagens com qualidade, os equipamentos 
devem estar funcionando adequadamente.
De acordo com o Inca (2019), o Programa de Qualidade em Mamografia 
(PQM) foi iniciado com um projeto desenvolvido pelo INCA, em parceria com 
a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Colégio Brasileiro de 
Radiologia (CBR). De março de 2007 a agostode 2008, foram avaliados 53 serviços 
de mamografia do SUS no estado da Paraíba (11 serviços) e nas cidades de Belo 
Horizonte (18), Goiânia (13) e Porto Alegre (11). Nas visitas de avaliação aos polos 
do projeto, foram capacitados 126 técnicos em radiologia e 57 radiologistas, além 
da capacitação dos técnicos das vigilâncias sanitárias locais. No fim do projeto, 
foi identificada a necessidade de seguir com as ações realizadas de controle da 
qualidade da mamografia em todo o país, como um programa nacional. Assim, 
foi instituído, em 2012, o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia 
(PNQM), através de uma Portaria do GM/MS, atualizada em 2013.
Simultaneamente ao (PQM), a Portaria n° 453/98 trazia alguns requisitos 
que deveriam ser seguidos também, mas, com a desatualização, tínhamos a DIVS 
nº 002, de 2015, que era vigente no estado de Santa Catarina.
No cenário atual, temos a nova legislação da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), que revogou a antiga Portaria 453/98, a RDC 
n° 330, que está vigente desde 20/12/2019. Essa legislação trouxe informações e 
diretrizes mais atualizadas para a área do radiodiagnóstico. Com a RDC n° 330, 
foram criadas IN (Instruções Normativas), publicadas separadamente, uma para 
cada área do radiodiagnóstico. Para a mamografia, há a IN nº 54.
2 TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE
O controle de qualidade nada mais é que uma série de testes que devem 
ser realizados para que se mantenha a eficácia do equipamento utilizado, de 
acordo com os padrões de qualidade de imagem necessários. 
58
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
O objetivo desse programa é obter imagens de qualidade para um 
diagnóstico preciso, reduzindo a dose desnecessária nos pacientes com a redução 
do número de repetições dos exames.
Para que esse programa seja implementado de forma eficaz, são necessários 
alguns requisitos a serem seguidos por toda a equipe, como:
• A equipe de profissionais técnicos deve ser treinada e especializada para 
atuar na área e, também, deve ser conscientizada quanto ao papel dentro 
desse programa.
• As responsabilidades devem ser definidas e formalizadas para a participação 
da equipe envolvida.
• Realizar auditoria médica para coleta de dados, avaliando taxas de acertos e 
erros.
• É necessária a contratação de um físico especializado para assegurar que os 
equipamentos estejam em condições perfeitas para uso e, também, para fazer 
os testes de qualidade necessários.
O Art. 1º, da IN n° 54, estabelece os requisitos sanitários para a garantia 
da qualidade e da segurança de sistemas de mamografia, assim como a relação 
mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser realizados 
pelos serviços de saúde, determinando respectivas periodicidades, tolerâncias 
e níveis de restrição. Também estabelece a periodicidade, de acordo com os 
testes que devem ser realizados e o tipo de equipamento, como: C: Mamografia 
Convencional; CR: Mamografia CR; DR: Mamografia DR; G: Geral. Para fins de 
avaliação da força de compressão, deve ser considerado 9,8 N = 1 kgf. Os testes 
de qualidade dos receptores de imagem devem ser realizados para todos os 
dispositivos disponíveis. 
QUADRO 1 – TESTES DE ACEITAÇÃO E DE CONTROLE DE QUALIDADE PARA SERVIÇOS DE 
MAMOGRAFIA
APLICABI-
LIDADE* TESTES
PERIODICIDA-
DE TOLERÂNCIA
NÍVEL DE 
RESTRIÇÃO
C
Sensitometria 
da 
processadora
Teste de 
aceitação, diário 
ou após reparos
Base + véu £ 0,25 DO
Desvio do valor 
de referência para 
cada passo de 
densidade£0,1 DO
Gradiente total > 2,8 
DO
-
C
Temperatura 
do sistema de 
processamento
Teste de 
aceitação, diário 
ou após reparos
Conforme 
recomendação do 
fabricante
-
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
59
G Qualidade da imagem
Teste de 
aceitação, 
mensal ou após 
reparos
Fibra £ 0,75 mm;
Microcalcificação£0,32 
mm;
Massa£0,75 mm;
Avaliados com ferra-
menta de teste especí-
fica para mamografia
Não cumprir 
os requisitos
C/CR
Integridade 
dos chassis e 
cassetes
Teste de 
aceitação e 
semestral
Chassis e cassetes 
íntegros -
G
Valor 
representativo 
de dose 
glandular 
média
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Anexo II desta 
Instrução Normativa -
G
Exatidão do 
indicador da 
tensão do tubo
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 2 kV > 4 kV
G
Reprodutibili-
dade da tensão 
do tubo
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 1 kV > 2 kV
G Tempo de exposição
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 1,5 s para um 
simulador de 4,5 cm 
de PMMA
> 2 s
G
Reprodu-
tibilidade 
do Controle 
Automático 
de Exposição 
(CAE)
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 10 % > 15%
G
Compensação 
do CAE para 
diferentes 
espessuras
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 15% > 20%
G Rendimento do tubo
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
³100 mGy/mAs a 50 
cm, medido a 28 kV 
com combinação Mo/
Mo
-
G
Camada 
Semirredutora 
(CSR)
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
(kVp/100)+0,03 
£ CSR(mmAl) £ 
(kVp/100) + c
c é igual a: 0,12 para 
Mo/Mo; 0,19 para Mo/
Rh; 0,22 para Rh/Rh; 
0,30 para W/Rh; 0,32 
para W/Ag; 0,25 para 
W/Al
CSR(mmAl) £ 
(kVp/100)
60
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
G Resolução espacial
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
³ 12 pl/mm < 10 pl/mm
G
Exatidão do 
sistema de 
colimação
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 5 mm > 10 mm
G
Sistema de 
compressão 
automático
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
110 N* £ Força de 
compressão £ 180 N
> 300 N ou < 
90 N
G
Alinhamento 
da bandeja de 
compressão
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 5 mm > 10 mm
G
Indicação da 
espessura 
da mama 
comprimida
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 5 mm > 10 mm
C Contato tela-filme
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Sem perda de 
uniformidade -
G Artefatos na imagem
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Imagens sem artefatos -
C Vedação da câmara escura
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Sem entrada de luz 
externa Velando filme
CR/DR Uniformidade da imagem
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Desvio máximo do 
valor médio do pixel 
£ 15%
> 25%
CR
Diferença de 
sensibilidade 
entre as placas 
de fósforo
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 10% > 15%
CR/DR Razão contraste ruído (CNR)
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Anexo III desta 
Instrução Normativa -
CR/DR
Efetividade 
do ciclo de 
apagamento
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Ausência de imagem 
residual -
G
Integridade dos 
acessórios e 
equipamentos 
de proteção 
individual
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Íntegros -
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
61
C Luminância do negatoscópio
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
Luminância ³ 3000 cd/
m2 £ 2500 cd/m2
CR/DR
Luminância 
dos monitores 
para 
diagnóstico
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
³ 350 cd/m2 -
G Uniformidade da luminância
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 20% -
G Iluminância da sala de laudos
Teste de 
aceitação, anual 
ou após reparos
£ 50 lx > 100 lx
G Levantamento radiométrico
Teste de 
aceitação, 
quadrienal 
ou após 
modificações 
nas salas, 
equipamentos 
ou 
procedimentos
Área Livre: £ 0,5 mSv/
ano;
Área Controlada:£5,0 
mSv/ano
Área Livre: > 
1,0 mSv / ano;
Área 
Controlada: 
> 10,0 mSv / 
ano.
G
Radiação 
de fuga do 
cabeçote
Teste de 
aceitação, 
quadrienal 
ou após 
modificações nos 
equipamentos
£ 1,0 mGy/h a 1m > 2,0 mGy/h a 1m
FONTE: <https://bit.ly/2SfdDQB>. Acesso em: 4 fev. 2021.
2.1 RESPONSABILIDADES DA EQUIPE NO CONTROLE DE 
QUALIDADE
A equipe responsável pelo controle de qualidade do serviço de mamografia 
é composta pelo tecnólogo em radiologia, médico radiologista e físico médico.
O tecnólogo em radiologia tem um papel importante no programa de 
controle de qualidade, pois deve cuidar diariamente dos mamógrafos, manter os 
outros equipamentos da sala emdia, assim como a limpeza, mesmo sabendo que 
algumas tarefas não estão ao seu alcance, mas deve ter a sensibilidade de sempre 
reportar ao supervisor.
62
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
Compete, ao tecnólogo em radiologia:
• Limpeza diária da câmara escura para evitar artefatos nas imagens, assim 
como a limpeza e a organização da câmara clara.
• Avaliação de entrada de luz na câmara escura.
• Controle da processadora, verificação do químico e da temperatura em casos 
de equipamentos analógicos.
• Limpeza semanal dos écrans ou sempre que tiver algum artefato.
• Cuidar dos EPIs, vestimentas plumbíferas.
• Avaliação da imagem do simulador de mama, avaliando as propriedades 
fotográficas da imagem, como densidade, contraste e definição da imagem. 
• Análise mensal de filmes rejeitados, avaliando a quantidade e as causas das 
repetições.
• Teste da bandeja de compressão.
Compete, ao médico radiologista:
• De acordo com Bushong (2010), a principal função do médico radiologista é 
supervisionar todo o programa de controle de qualidade.
• Responsável por toda equipe técnica e pelas atividades exercidas.
Compete, ao físico médico, de acordo com Bushong (2010):
• Visita ao serviço para avaliação anual do equipamento
• Inspeção do mamógrafo, avaliação da colimação.
• Avaliação da resolução espacial, acurácia da reprodutibilidade do kVp.
• Avaliação da qualidade do feixe, avaliação de desempenho e reprodutibilidade 
do controle automático de exposição.
• Uniformidade da velocidade da tela intensificadora.
• Dose de entrada na mama, dose média glandular.
• Avaliação da qualidade da imagem e dos artefatos.
• Intensidade da saída de radiação e medidas das condições de visualização.
3 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA O CONTROLE DE 
QUALIDADE
Existem alguns acessórios/equipamentos que são necessários para a 
realização dos testes de controle de qualidade dos mamógrafos, principalmente, 
no que diz respeito a equipamentos analógicos, pois demandam um cuidado 
maior por causa da câmara escura, processadora, químicos, velamentos de filmes 
e artefatos gerados pelo manuseio inadequado dentro da câmara escura ou, até 
mesmo, por falta de limpeza do ambiente.
Abordaremos, de forma breve, a função de cada acessório, focando um 
pouco mais no simulador radiográfico de mama, o Phantom.
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
63
• Sensitômetro: Este equipamento digital controla o sistema de processamento 
dos filmes radiológicos e avalia o contraste da imagem. De acordo com Santos 
(2010), o sensitômetro expõe o filme com diferentes intensidades de luz, já 
conhecido em várias áreas de um filme, permitindo medir a densidade óptica 
e obter a curva-característica do filme.
• Funcionamento: O sensitômetro emite uma luz que possui o mesmo 
comprimento de onda da luz que é emitida pelo écran. Segundo Santos (2010), 
possui 21 áreas pequenas retangulares com fontes luminosas, que possuem 
filtros que modulam, de forma crescente, a intensidade de luz que chega 
no filme. O primeiro degrau não recebe nenhuma luz e, o último, recebe a 
luz máxima, gerando 21 degraus de tons de cinza diferentes, que, de forma 
gráfica, formam uma curva que vai do branco quase que total até o preto 
absoluto, passando por uma escala de tonalidades de cinza.
FIGURA 25 – SENSITÔMETRO, E A CURVA SENSITOMÉTRICA, SENDO A RELAÇÃO ENTRE A 
EXPOSIÇÃO RECEBIDA PELO FILME E A DENSIDADE ÓPTICA
FONTE: Adaptada de Inca (2019) e Santos (2010)
• Densitômetro: É um equipamento digital ou eletrônico que serve para medir a 
densidade óptica ou o grau de enegrecimento dos filmes radiográficos. Possui 
uma luz na parte inferior e um sensor na parte de cima. O objetivo é comparar 
a quantidade de luz que entra com a intensidade de luz que sai, medindo, 
também, a quantidade de luz que atravessa o filme (SANTOS, 2010).
Após ser exposto a um sensitômetro de luz, o filme é revelado e levado a 
um densitômetro, a partir do qual podemos medir a densidade óptica ou o grau 
de enegrecimento em cada degrau.
64
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
FIGURA 26 – DENSITÔMETRO
FONTE: <https://bit.ly/3e6kYKR>. Acesso em: 4 fev. 2021.
• Termômetro digital: Serve para avaliar a temperatura do revelador; não 
se deve usar termômetro de mercúrio, pois pode estourar e danificar a 
processadora.
• Fotômetro: É um dispositivo que serve para avaliar a intensidade de luz 
emitida pela superfície do negatoscópio ou da luz-ambiente.
• Lupa: Deve ter um aumento de cinco a oito vezes para avaliar a resolução 
espacial.
• Espuma de alta densidade: Para avaliar o alinhamento da placa de compressão.
• Tela ou malha de cobre: Para avaliar o contato do filme com o écran.
• Balança de piso: Para poder avaliar a força de compressão do mamógrafo.
• Cronômetro digital: Para avaliar, com exatidão, a reprodutibilidade do tempo 
de exposição, e medir o tempo de processamento do filme.
• Negatoscópio: Para visualizar as estruturas do simulador.
• Conjunto de cassetes com caixa de filmes virgens: Para reprodução dos 
testes.
3.1 SIMULADOR RADIOGRÁFICO DE MAMA “PHANTOM”
Na mamografia, a qualidade da imagem deve ser avaliada pelo simulador 
radiográfico, o “Phantom”, sendo determinado pelo Colégio Brasileiro de 
Radiologia (CBR). O principal objetivo desse teste é avaliar o contraste e a 
definição da imagem. De acordo com Aguillar (2009), simula a mama comprimida 
entre quatro e cinco cm, possuindo, no interior, detalhes que produzem imagens 
radiograficamente semelhantes a estruturas normais e anormais presentes na 
mama (microcalcificações, fibras, áreas de baixo contraste e massas tumorais). 
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
65
FIGURA 27 – A, O SIMULADOR DE ACREDITAÇÃO DO COLÉGIO AMERICANO DE RADIOLOGIA 
(ACR); B, RADIOGRAFIA DO SIMULADOR
FONTE: Adaptada de Bushong (2010)
Segundo Aguillar (2009), para se realizar esse teste, o mamógrafo deve ser 
ajustado nas seguintes condições:
 
• Kilovoltagem no tubo de raios-X: 28 kY. 
• Bandeja de compressão: em contato com o simulador de mama. 
• Simulador de mama: 50 mm de espessura e posicionado como uma mama.
• Grade antidifusora: presente. 
• Controle automático de exposição (A EC): ligado. 
• Câmara sensora do AEC: na 2ª posição mais próxima da parede torácica. 
• Controle da densidade óptica: posição central. 
Nesse estudo de qualidade da imagem, devem ser avaliados, na imagem 
obtida do simulador radiográfico: definição da imagem ou resolução espacial, 
detalhes de alto contraste, limiar de baixo contraste, detalhes lineares de baixo 
contraste ou tecido fibroso, massas tumorais e densidade óptica de fundo, com 
frequência mensal. 
66
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
FIGURA 28 – SIMULADOR RADIOGRÁFICO PARA MAMA, CONTENDO AS ESTRUTURAS: MASSAS 
(A), MICROCALCIFICAÇÕES (B), DISCOS DE BAIXO CONTRASTE (C), FIBRAS (O), ESCALA DE 
CONTRASTE (E) E GRADES METÁLICAS DE ALTO CONTRASTE (F)
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Método de realização do teste, de acordo com Aguillar (2009):
 
• Deve-se expor o simulador com a técnica de 28 kV, usando o controle 
automático de exposição. Revelar e posicionar o filme no negatoscópio. 
• Utilizar a lupa de ampliação de oito vezes, observando se as quatro grades 
metálicas com as resoluções espaciais aproximadas de 4,6,8 e 12 pares de 
linhas por milímetro (pl/mm) são vistas com definição. Observar, também, se 
são vistos os quatro grupos de microcalcificações de 0,45 mm, 0,35 mm, 0,30 
mm e 0,25 mm de diâmetro. 
• Devem ser vistos os sete discos de poliéster com diâmetro de 6,0 mm e 
espessuras de 0,8 mm, 0,7 mm, 0,6 mm, 0,5 mm, 0,4 mm, 0,3 mm e 0,2 mm, 
que simulam áreas ou lesões com baixo contraste em relação à região vizinha. 
• Devem ser vistos quatro fios de nylon com 1 cm de comprimento e diâmetros 
de 1,4 mm, 1,2 mm, 0,8 mm e 0,7 mm, que simulam extensões do tecido fibroso. 
Devem ser vistas quatro calotas esféricas de nylon de diferentes diâmetros e 
espessuras, com 0 10,0 x 2,0 mm, 08,0 x 1,5 mm, 0 7,0 x 1,0 mm e 0 6,0 x 0,75 
mm,que simulam massas tumorais. 
• Deve-se fazer a leitura das densidades ópticas das cinco regiões da escala de 
contraste, além de construir um gráfico das leituras da densidade óptica de 
cada degrau em função do número do degrau. 
• Medir a densidade óptica de fundo em um ponto da imagem do Phantom, 
situado a 6 cm da parede torácica e centrado lateralmente no filme. Verificar 
se o valor da densidade óptica está entre 1,30 e 1,80.
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
67
FIGURA 29 – LIMITES DE ACEITAÇÃO PARA VISIBILIZAÇÃO DOS OBJETOS DE TESTE NO PHAN-
TOM PARA AVALIAÇÃO DOS LIMIARES DE DEFINIÇÃO E CONTRASTE DA IMAGEM
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
68
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
LEITURA COMPLEMENTAR
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 54, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019
Ministério da Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Diretoria 
Colegiada
INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 54, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019
Dispõe sobre requisitos sanitários para a garantia da qualidade e da 
segurança de sistemas de mamografia, e dá outras providências.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no 
uso das atribuições que confere o Art. 15, III e IV, aliado ao Art. 7º, III e IV, da Lei 
nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, e ao Art. 53, VI, nos §§ 1º e 3º do Regimento 
Interno aprovado pela Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 255, de 10 de 
dezembro de 2018, em reunião realizada em 17 de dezembro de 2019, resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º Esta Instrução Normativa estabelece requisitos sanitários para 
a garantia da qualidade e da segurança de sistemas de mamografia, além da 
relação mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser 
realizados pelos serviços de saúde, determinando respectivas periodicidades, 
tolerâncias e níveis de restrição, conforme Anexo I desta Instrução Normativa.
Parágrafo único. O rol de testes do Anexo I desta Instrução Normativa 
deve ser complementado pelos testes de aceitação e de controle de qualidade 
estabelecidos pelo fabricante do sistema avaliado e pelas demais normativas 
aplicáveis.
Seção I
Das características dos equipamentos
Art. 2º Todo equipamento de mamografia deve possuir:
I - blindagem no cabeçote, de modo a garantir nível mínimo de radiação 
de fuga, restringida à taxa de kerma no ar de 1 mGy/h (um miligray por hora) a 
1 (um) metro do ponto focal, quando operado em condições de ensaio de fuga, 
comprovada com certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação 
do tubo de raios-X;
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
69
II - o requisito de que trata o inciso I deste artigo se aplica à radiação de 
fuga através do sistema de colimação;
III - filtração total permanente mínima do feixe útil de radiação equivalente 
a 0,03 mm (três centésimos de milímetro) de molibdênio;
IV - dispositivo para manter compressão firme na mama para assegurar 
espessura uniforme na porção radiografada, de modo que:
a) a placa de compressão produza atenuação de, no máximo, o equivalente 
a 2 mm (dois milímetros) de Polimetil-Meta-Acrilato (PMMA), comprovada com 
certificado de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios-X;
b) o sistema automático garanta força de compressão do dispositivo 
entre 110 (cento e dez) e 180 (cento e oitenta) Newtons (N), indicando o valor da 
compressão.
V - suporte de receptor de imagem com transmissão menor que 1mGy (um 
microgray) por exposição a 5 cm (cinco centímetros), sem a presença da mama, 
para valores máximos de kVp e mAs empregados, comprovado com certificado 
de adequação emitido pelo fabricante na instalação do tubo de raios-X;
VI - tubo de raios-X especificamente projetado para mamografia;
VII - gerador de alta frequência;
VIII - controle automático de exposição;
IX - distância foco-pele não inferior a 50 cm (cinquenta centímetros);
X - tamanho nominal do ponto focal não superior a 0,4 mm (quatro 
décimos de milímetro); e
XI - sistema para indicar a espessura da mama comprimida, para 
equipamentos comercializados após a publicação desta Instrução Normativa.
Art. 3º O painel de controle deve possuir indicação clara de quando se 
utiliza o controle automático de exposição.
Art. 4º No painel de controle do equipamento, a terminologia e os valores 
dos parâmetros de operação devem estar exibidos em linguagem ou simbologia 
internacionalmente aceita, compreensível para o usuário.
Art. 5º A emissão de raios-X, enquanto durar a exposição, deve ser 
indicada por sinal sonoro e luminoso no painel de controle do aparelho.
Seção II
Dos requisitos de desempenho e aceitação
Art. 6º São condições dos procedimentos e equipamentos de mamografia 
que inabilitam seu uso:
I - equipamento sem sistema de colimação ou sistema sem funcionar;
II - equipamento sem filtração adicional;
III - equipamento sem indicação, no painel de controle, dos parâmetros 
básicos (Tensão (kVp), Corrente (mA) e Tempo (s) ou o produto corrente x tempo 
(mAs));
70
UNIDADE 1 — INTRODUÇÃO À MAMOGRAFIA
IV - equipamento sem sistema automático de compressão;
V - equipamento sem bandeja de compressão, com bandeja danificada ou 
sem fixação;
VI - equipamento sem Controle Automático de Exposição (CAE) ou com 
CAE sem funcionar;
VII - equipamento com distância foco-pele menor que 50 cm (cinquenta 
centímetros);
VIII - suporte de receptor de imagem (bucky) sem grade antidifusora, 
exceto sistemas de magnificação;
IX - revelação manual;
X - mais de 1 (um) equipamento instalado na mesma sala;
XI - utilizar negatoscópios que não sejam específicos para mamografia, 
quando o serviço realizar diagnóstico e laudo por meio de filme;
XII - utilizar monitor para diagnóstico e laudos que não sejam específicos 
para mamografia; e
XIII - utilizar processadora não específica e exclusiva para mamografia 
convencional, quando o serviço utilizar essa modalidade.
Art. 7º Os testes de controle de qualidade devem ser realizados com as 
respectivas periodicidades, tolerâncias e níveis de restrição estabelecidos no 
Anexo I desta Instrução Normativa, e em conformidade com as demais normativas 
aplicáveis.
§ 1º Para serviços de mamografia em unidades itinerantes, os testes 
do Anexo I desta Instrução Normativa devem ser realizados, no máximo, 
semestralmente, com exceção da avaliação da qualidade da imagem, que deve 
ser realizada diariamente.
§ 2º A avaliação diária da qualidade da imagem pode ser realizada por 
profissionais do próprio serviço, desde que treinados e legalmente habilitados 
para tais funções.
CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 8º Os serviços de saúde abrangidos por esta Instrução Normativa terão 
o prazo de 12 (doze) meses contados da data da sua publicação para adequação 
ao disposto nesta Instrução Normativa.
Art. 9º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
WILLIAM DIB
Diretor-Presidente
ANEXO I (Disponível na apostila pg.61 da apostila)
ANEXO II
TÓPICO 4 — CONTROLE DE QUALIDADE EM MAMOGRAFIA
71
DOSE GLANDULAR MÉDIA (DGM) PARA MAMOGRAFIA
ANEXO III
RAZÃO CONTRASTE RUÍDO (CNR)
Espessura (cm) DGM (mGy)
PMMA Mama equivalente Referência Tolerância
2 2,1 0,6 < 1,0
3 3,2 1,0 < 1,5
4 4,5 1,6 < 2,0
4,5 5,3 2,0 < 2,5
5 6 2,4 < 3,0
6 7,5 3,6 < 4,5
Espessura de 
PMMA (cm)
Níveis de tolerância 
de CNRrel (%)
Níveis de restrição 
CNRrel (%)
2 ³ 115 < 105
3 ³ 110 < 100
4 ³ 105 < 95
4,5 ³ 103 < 93
5 ³ 100 < 90
6 ³ 95 < 85
7 ³ 90 < 80
72
RESUMO DO TÓPICO 4
 Neste tópico, você aprendeu que:
• O controle de qualidade nada mais é que uma série de testes que devem ser 
realizados para que se mantenha a eficácia do equipamento utilizado, de 
acordo com os padrões de qualidade de imagem necessários.
 
• O objetivo do programa de controle de qualidade é obter imagens de qualidade 
para um diagnóstico preciso, reduzindo a dose desnecessária nos pacientes 
com a redução do número de repetições dos exames. 
• Na mamografia, a qualidade da imagem deve ser avaliada pelo simulador 
radiográfico,o “Phantom”, sendo determinado pelo Colégio Brasileiro de 
Radiologia (CBR). O principal objetivo desse teste é avaliar o contraste e a 
definição da imagem.
• O Art. 1º, da IN 54, estabelece os requisitos sanitários para a garantia da 
qualidade e da segurança de sistemas de mamografia, assim como a relação 
mínima de testes de aceitação e de controle de qualidade que devem ser 
realizados pelos serviços de saúde, determinando respectivas periodicidades, 
tolerâncias e níveis de restrição.
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AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
73
1 A equipe responsável pelo controle de qualidade do serviço de mamografia 
é composta pelo técnico ou tecnólogo em radiologia, médico radiologista 
e físico médico. Cada um possui responsabilidades diferentes dentro do 
programa. De acordo com esse assunto, assinale a alternativa CORRETA, 
acerca da responsabilidade que compete ao técnico em radiologia: 
a) ( ) A principal função do técnico em radiologia é supervisionar todo o 
programa de controle de qualidade.
b) ( ) Avaliação da resolução espacial, acurácia da reprodutibilidade do kVp.
c) ( ) Avaliação da imagem do simulador de mama, avaliando as 
propriedades fotográficas da imagem, como densidade, contraste e 
definição da imagem. 
d) ( ) Avaliação da qualidade do feixe, avaliação de desempenho e 
reprodutibilidade do controle automático de exposição.
2 Em todas as áreas que utilizam equipamentos com tecnologia mais 
avançada, faz-se necessário um controle de qualidade, que garante que 
o equipamento trabalhe obtendo resultados desejáveis. Na mamografia, 
não seria diferente, pois, para que tenhamos imagens com qualidade, os 
equipamentos devem estar funcionando adequadamente. Para que tudo 
isso aconteça, existem normativas vigentes, para que todos os serviços 
possam se basear. De acordo com esse assunto, analise as sentenças a seguir:
I- O Art. 1º, da IN 54, estabelece os requisitos sanitários para a garantia da 
qualidade e da segurança de sistemas de mamografia.
II- O Art. 1º, da IN 54, também estabelece a periodicidade, de acordo com os 
testes que devem ser realizados, e tipo de equipamento.
III- O Art. 1º, da IN 54, estabelece a relação mínima de testes de aceitação 
e de controle de qualidade que devem ser realizados pelos serviços de 
saúde, determinando respectivas periodicidades, tolerâncias e níveis de 
restrição.
IV- O Art. 1º, da IN 54, estabelece requisitos sanitários para a garantia 
da qualidade e da segurança em sistemas de densitometria óssea 
médica, além da relação mínima de testes de aceitação e de controle 
de qualidade, que devem ser realizados pelos serviços de saúde. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença IV está correta.
c) ( ) As sentenças I, II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
AUTOATIVIDADE
74
3 Existem alguns acessórios/equipamentos que são necessários para a reali-
zação dos teste de controle de qualidade dos mamógrafos, principalmente, 
no que diz respeito a equipamentos analógicos, pois demandam um cuida-
do maior por causa da câmara escura, processadora, químicos, velamentos 
de filmes e artefatos gerados pelo manuseio inadequado dentro da câmara 
escura, ou, até mesmo, por falta de limpeza do ambiente. O Phantom é um 
dos acessórios utilizados em todos os tipos de equipamentos, assim, a res-
peito dele, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as sentenças 
falsas:
( ) O Phantom é um equipamento digital ou eletrônico que serve para medir 
a densidade óptica ou o grau de enegrecimento dos filmes radiográficos.
( ) O Phantom serve para avaliar o alinhamento da placa de compressão.
( ) O principal objetivo do Phantom é avaliar o contraste e a definição da 
imagem.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Em todas as áreas que utilizam equipamentos com tecnologia mais 
avançada, faz-se necessário um controle de qualidade, que garante que 
o equipamento trabalhe, obtendo resultados desejáveis. Na mamografia, 
não seria diferente, pois, para que tenhamos imagens com qualidade, os 
equipamentos devem estar funcionando adequadamente. Para que esse 
programa seja implementado de forma eficaz, são necessários alguns 
requisitos a serem seguidos por toda equipe, cite-os.
5 Para realizar os testes de controle de qualidade dos equipamentos de 
mamografia, são necessários alguns dispositivos, o principal seria o 
Phantom, ou simulador radiográfico de mama. Na mamografia, a qualidade 
da imagem deve ser avaliada por esse simulador, sendo determinado pelo 
Colégio Brasileiro de Radiologia. De acordo com esse assunto, descreva o 
principal objetivo e a função desse simulador.
75
REFERÊNCIAS
AGUILLAR, V. L. N. Diagnóstico por imagem: mamografia, ultrassonografia, 
ressonância magnética. Rio de Janeiro: Ed. Revinter,2009.
BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e prote-
ção. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BRASIL. Colégio Brasileiro de Radiologia. Nota de esclarecimento do CBR, 
SBM e FEBRASGO sobre publicações falsas a respeito da mamografia. São 
Paulo: Ed. CBR, 2020. Disponível em: https://cbr.org.br/wp-content/uplo-
ads/2020/09/Nota-de-esclarecimento-do-CBR-SBM-e-FEBRASGO-sobre-publi-
ca%C3%A7%C3%B5es-falsas-a-respeito-da-mamografia.pdf. Acesso em: 15 dez. 
2020.
BRASIL. Resolução RDC nº 330. 2019. Disponí-
vel em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolu-
cao-rdc-n-330-de-20-de-dezembro-de-2019-235414748?inheritRedirect=true. 
Acesso em: 15 dez. 2020.
BRASIL. Instrução Normativa n°54. 2019. Disponível em: https://www.in.gov.
br/web/dou/-/instrucao-normativa-n-54-de-20-de-dezembro-de-2019-235414431. 
Acesso em: 15 dez. 2020.
DRONKERS, D. J. Mamografia prática: patologia, técnicas, interpretação e mé-
todos complementares. Rio Grande do Sul: Ed. Revinter, 2003.
INCA. Conceito e magnitude do câncer de mama. Rio de Janeiro: Ministério da 
Saúde, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-ma-
ma/conceito-e-magnitude. Acesso em: 15 dez. 2020.
INCA. Programa de qualidade em mamografia. Rio de Janeiro: Ministério da 
Saúde, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/programa-qualidade-em-
-mamografia. Acesso em: 15 dez. 2020.
INRAD, Tratado de radiologia volume 3. São Paulo: Ed. Manole, 2017.
KALAF, J. M. Mamografia: uma história de sucesso e de entusiasmo científico. 
2014. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rb/v47n4/0100-3984-rb-47-04-
0VII.pdf. Acesso em: 15 dez. 2020.
SANTOS, A. F. Física médica em mamografia. Rio de Janeiro: Ed. Revinter, 
2010.
https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Nota-de-esclarecimento-do-CBR-SBM-e-FEBRASGO-sobre-publica%C3%A7%C3%B5es-falsas-a-respeito-da-mamografia.pdf
https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Nota-de-esclarecimento-do-CBR-SBM-e-FEBRASGO-sobre-publica%C3%A7%C3%B5es-falsas-a-respeito-da-mamografia.pdf
https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2020/09/Nota-de-esclarecimento-do-CBR-SBM-e-FEBRASGO-sobre-publica%C3%A7%C3%B5es-falsas-a-respeito-da-mamografia.pdf
https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-rdc-n-330-de-20-de-dezembro-de-2019-235414748?inheritRedirect=true
https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-rdc-n-330-de-20-de-dezembro-de-2019-235414748?inheritRedirect=true
https://www.in.gov.br/web/dou/-/instrucao-normativa-n-54-de-20-de-dezembro-de-2019-235414431
https://www.in.gov.br/web/dou/-/instrucao-normativa-n-54-de-20-de-dezembro-de-2019-235414431
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude
https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude
76
77
UNIDADE 2 — 
ANATOMIA E TÉCNICAS 
MAMOGRÁFICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:• compreender as estruturas que fazem parte das anatomias interna e ex-
terna da mama;
• diferenciar as patologias benignas e malignas da mama, além de saber 
das alterações de desenvolvimento;
• conhecer, interpretar e aplicar corretamente as técnicas e as incidências 
básicas e adicionais da mama;
• diferenciar as técnicas de procedimentos invasivos;
• saber das novas tecnologias que estão no mercado, referentes à mamo-
grafia.
	 Esta	 unidade	 está	 dividida	 em	 quatro	 tópicos.	 No	 decorrer	 da	
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdo	apresentado.
TÓPICO	1	–	ANATOMIA	MAMÁRIA
TÓPICO	2	–	PATOLOGIAS	DA	MAMA	E	CLASSIFICAÇÃO	BI-RADS
TÓPICO	3	–	EXAME	DE	MAMOGRAFIA
TÓPICO	4	–	INCIDÊNCIAS	MAMOGRÁFICAS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
78
79
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO 
Prezado acadêmico, iniciaremos este tópico com uma breve introdução 
acerca	da	anatomia	da	mama,	que	será	o	nosso	foco	principal.	Esse	estudo	é	de	
grande importância, pois não temos como entender técnicas e patologias sem 
conhecer	a	estrutura	básica	da	mama.
A	 mama	 é	 uma	 glândula	 sudorípara	 modificada,	 formada	 por	 parte	
glandular,	gordura,	elementos	fibrosos	e	uma	rede	vascular.	Elas	são	responsáveis	
pela	produção	de	leite	e	são	consideradas	órgãos	sexuais	assessórios.	Desenvolvem-
se a partir da crista mamária no embrião e têm, como principal função, a secreção 
de	leite,	para	nutrir	o	recém-nascido.
A mama é envolvida por uma rede de nódulos linfáticos que faz parte 
do	sistema	imunológico.	Os	linfonodos	axilares	atuam	como	uma	série	de	filtros	
entre	a	mama	e	a	circulação	venosa.
A glândula mamária é, também, chamada de parênquima, e possui ductos 
e	 lobos	 que	 não	 são	 diferenciados	 na	mamografia.	A	 gordura	 recobre	 toda	 a	
mama	e	é	dividida	em	camada	adiposa	anterior	e	camada	adiposa	posterior.	Os	
elementos	fibrosos	sustentam	a	mama	e,	para	 isso,	circundam	e	atravessam-na	
(INCA,	2019).
O desenvolvimento mamário começa na 5º semana do período 
embrionário.	 Entre	 a	 7º	 e	 8º	 semana,	 ocorre	uma	 invaginação	do	mesênquima	
da	 parede	 torácica.	 Na	 16º	 semana,	 desenvolvem-se	 e	 se	 ramificam	 os	 ramos	
epiteliais.	Da	20º	a	32º	semana,	os	hormônios	sexuais	placentários,	que	entram	na	
TÓPICO 1 — 
ANATOMIA MAMÁRIA
Acadêmico, a glândula sudorípara é um tipo de glândula exócrina, ou seja, 
libera a secreção por meio de ductos na superfície livre do corpo (superfície do corpo ou 
luz de órgãos).
NOTA
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
80
circulação fetal, induzem à canalização das gemas epiteliais, formando os ductos 
mamários.	Entre	a	32º	e	a	40º	semana,	há	a	diferenciação	do	parênquima,	com	a	
formação	dos	lóbulos.
Ao nascer, a mama está completa e as glândulas mamárias rudimentares 
de ambos os sexos são idênticas, permanecendo subdesenvolvidas até a puber-
dade.
Nas	 meninas,	 a	 mama	 começa	 a	 crescer	 entre	 9	 e	 11	 anos,	 devido	 ao	
desenvolvimento	glandular	 e	 ao	acúmulo	de	gordura.	O	estrógeno	estimula	o	
crescimento	do	sistema	ductal,	cujo	desenvolvimento	se	completa	por	volta	dos	20	
anos.	Nos	meninos,	durante	a	puberdade,	também	pode	ocorrer	desenvolvimento	
com aumento da mama, mas é temporário, e deve desaparecer em um ou dois 
anos.
2 ANATOMIA EXTERNA DA MAMA
A mama está situada na porção anterior do tórax, sobre o músculo 
peitoral	e	se	origina	na	altura	da	clavícula,	entre	o	2º	e	3º	arco	costal.	Tem,	como	
limite medial, a margem lateral do esterno e, lateralmente, a linha axilar anterior 
(AGUILLAR,	2009).
A junção da porção inferior da mama e da parede anterior do tórax é 
chamada de prega ou de sulco inframamário, e o conjunto de tecidos, envolvendo 
a lateral do músculo peitoral, é denominado de cauda ou prolongamento axilar 
(BONTRAGER,	2015).
Veja, a seguir, cada uma das limitações:
• Lateral:	linha	axilar	anterior.
• Medial:	borda	lateral	do	esterno.
• Superior:	terceiro	arco	costal,	próximo	à	clavícula.
• Inferior:	sexto	e	sétimo	arcos	costais.
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA
81
FIGURA 1 – ESTRUTURAS EXTERNAS, LIMITES E DIÂMETRO DA MAMA
FONTE: O autor
Na	maioria	das	mulheres,	o	diâmetro	mediolateral	do	tórax	é	maior	do	
que o diâmetro craniocaudal e pode variar entre 12 e 15 centímetros na parede 
da	mama.	O	tecido	mamário	se	sobrepõe	à	cartilagem	costal	próxima	ao	esterno,	
estendendo-se	até	a	axila.
Na	 porção	 central	 da	mama,	 encontramos	 o	 mamilo	 ou	 a	 papila,	 que	
apresenta	uma	forma	cilíndrica	e	contém	de	15	a	20	aberturas	correspondentes	a	
ductos	lactíferos	de	glândulas	secretoras	presentes	no	interior	da	mama.	O	corpo	
da	papila	é	formado	por	fibras	de	músculo	liso,	organizadas	de	forma	circular	e	
longitudinal.	Quando	elas	se	contraem,	provocam	a	ereção	da	papila,	causando	o	
esvaziamento	dos	duetos	galactóforos.	
Em	volta	do	mamilo,	fica	a	aréola,	que	corresponde	a	uma	área	circular	
de	pigmentação	escura	e	apresenta	de	10	a	15	pequenos	nódulos	subcutâneos,	
chamados	de	 tubérculos	de	Morgagni.	Durante	o	período	de	 lactação,	passam	
a	se	chamar	de	tubérculos	de	Montgomery	e	atuam,	aumentando	a	lubrificação	
e	facilitando	a	sucção	do	leite.	A	aréola	se	torna	mais	escura	durante	a	gestação,	
servindo	de	guia	visual	para	o	recém-nascido.
Acadêmico, a maior mobilidade da mama é inferior para superior e lateral para 
medial (Consideração essencial no posicionamento da mama para o exame).
NOTA
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
82
A pigmentação da aréola e da papila está relacionada com o nível 
de	 estrógenos.	 Esses	 hormônios	 estão	 presentes	 de	 forma	 mais	 acentuada	
em mulheres jovens e, por isso, a pigmentação pode se tornar mais clara na 
menopausa, assim como pode se tornar mais intensa com a administração de 
estrógenos	em	qualquer	idade	(AGUILLAR,	2009).	
FIGURA 2 – PAPILA, ARÉOLA MAMÁRIA E ESTRUTURAS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
2.1 ANATOMIA INTERNA DA MAMA
Acadêmico,	segue	um	corte	sagital.	Podemos	avaliar	a	parte	 interna	da	
mama com as estruturas macroscópicas e a relação da glândula mamária com as 
estruturas	subjacentes	da	parede	do	tórax.
FIGURA 3 – CORTE SAGITAL DA MAMA, COM VISUALIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS 
MACROSCÓPICAS
FONTE: O autor
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA
83
Conseguimos observar o músculo peitoral maior sobrepondo a parede 
torácica	e	uma	camada	de	tecido	fibroso	recobrindo,	e	se	estendendo	até	abaixo	
da	superfície	da	pele,	envolvendo	o	tecido	mamário.	A	área	que	separa	o	músculo	
peitoral	da	glândula	mamária	é	chamada	de	espaço	retromamário.
Na	figura	anterior,	 também	podemos	visualizar	a	 localização	do	 tecido	
glandular	e	adiposo.	As	quantidades	dos	tecidos	glandular	e	adiposo	variam	de	
pessoa	para	pessoa,	tendo,	como	fatores	determinantes,	a	genética	e	a	idade.	
Sabemos	 que	 a	mama	 é	 uma	 estrutura	 glandular	 com	 tecidos	 fibrosos	
que	 estão	 em	 sua	volta	 e	 a	 atravessam.	 Segundo	Aguillar	 (2009),	 é	 totalmente	
envolvida por uma fáscia, a qual se origina da fáscia subcutânea e que, na 
mama,	divide-se	em	fáscias	superficial	e	profunda.	É	responsável	por	envolver	
os	 elementos	 estromais,	 epiteliais	 e	glandulares.	O	 tecido	 conjuntivo	 entra	 em	
cada	lobo,	dividindo-o	em	lóbulos	e	envolvendo	cada	unidade	secretora.	Assim,	
o	 tecido	mamário	 é	 formado	de	 estromas	fibroso	e	 adiposo,	que	 sustentam	as	
unidades	secretórias	fisiológicas	da	mama	e	os	condutos,	os	lóbulos	e	os	ductos.
Esse	 tecido	 estromal	fibroso	 envelopa	 estruturas	 que	 são	denominadas	
de	 ligamento	 de	 Cooper.	 Esses	 ligamentos,	 quando	 estão	 no	 espaço	 adiposo	
subcutâneo,	fixam	as	estruturas	à	subderme,	passando	a	ser	chamados	de	cristas	
de	Duret.	De	acordo	com	Aguillar	(2009),	o	tecido	mamário,	por	estar	fixado	à	
pele pelas cristas de Duret, não apresenta separação completa de pele pelo espaço 
adiposo	subcutâneo,	sendo	que	o	epitélio	ductal	pode	ser	encontrado	logo	abaixo.Isso impede que a mastectomia subcutânea possa ser completa, não eliminando, 
totalmente,	o	risco	de	câncer.
	Isso	também	acontece	com	o	espaço	retromamário.	Ele	é	composto	por	
tecido adiposo que separa a glândula mamária do plano muscular na parede 
anterior	do	tórax.	É,	também,	denominado	de	bolsa	adiposa	de	Schassagnac.	A	
fáscia peitoral não isola a mama do músculo peitoral e o câncer pode se estender 
através	dos	linfáticos	e	penetrar	na	parede	torácica	(AGUILLAR,	2009).
Acadêmico, elementos estromais são tecidos adiposos e tecidos conjuntivos 
que envolvem ductos e lobos, vasos sanguíneos e vasos linfáticos.
NOTA
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
84
Acadêmico, no subtópico a seguir, você entenderá um pouco mais a respeito 
da subdivisão e da função dessas estruturas menores da mama e que fazem parte do estudo 
histológico e que muitas vezes não podem ser diferenciadas nos exames de mamografia.
ESTUDOS FU
TUROS
Antes	de	seguirmos	para	o	próximo	subtópico,	veja	figuras	que	apresentam	
cada	uma	das	estruturas	citadas.
FIGURA 4 – ESTRUTURAS INTERNAS DA MAMA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
A	primeira	figura	corresponde	a	uma	vista	 lateral,	que	mostra	o	 tecido	
adiposo	retromamário	e	a	musculatura	peitoral.	A	segunda	apresenta	a	arquitetura	
normal da mama, e os lobos se estendem da papila em um padrão radial e os 
ductos	seguem	esse	mesmo	padrão.
2.1.1 Histologia da mama
A mama é formada por ductos, ácinos ou dúctulos que formam os 
lóbulos, elementos de sustentação, tecido adiposo, vasos sanguíneos, nervos e 
vasos	linfáticos.	
Acadêmico, a partir de agora, entenderemos como se dão a formação e a 
localização	das	estruturas	que	formam	a	mama.
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA
85
Iniciaremos entrando na mama através da papila: estamos na papila, 
entrando	em	um	ducto	principal.	Esse	ducto	apresenta,	próximo	à	papila,	uma	
dilatação, chamada de ampola ou seio lactífero, que é recoberto por epitélio 
escamoso.	Quando	a	mama	está	em	repouso,	a	ampola	está	preenchida	por	restos	
epiteliais que obstruem a abertura dos ductos na superfície da papila, prevenindo 
a saída de pequenas quantidades de líquidos produzidos pelos ductos e lóbulos, 
o que ajuda a prevenir, também, a entrada de material externo dentro das 
estruturas	(AGUILLAR,	2009).
Depois	 da	 ampola,	 os	 ductos	 começam	 a	 se	 ramificar	 em	 ramos	 de	
comprimentos diversos que se estendem, posteriormente, na mama, em ductos 
menores,	e	terminam	em	dúctulos	ou	ácinos.	De	acordo	com	Aguillar	(2009),	o	
ramo	final	do	segmento	do	ducto,	antes	de	entrar	no	lóbulo,	é	chamado	de	ducto	
terminal	 extralobular,	 assim	 como	a	porção	final	do	ducto	dentro	do	 lóbulo	 é	
chamada	de	ducto	terminal	intralobular.	
O ducto terminal extralobular e o lóbulo correspondente, com o ducto 
terminal intralobular, são chamados de Unidade Ductal Lobular Terminal 
(UDLT),	considerada	a	estrutura	mais	importante	da	mama.	Para	Aguillar	(2009),	
o	conjunto	de	ductos,	que	se	ramifica	da	papila	até	a	UDTL,	define	um	território	
de	drenagem.	O	volume	drenado	por	cada	grupo	de	ramificações	é	considerado	
lobo	ou	segmento	da	mama.	O	lobo	é	composto	por	10	a	100	lóbulos.	O	número	
e o tamanho dos lóbulos variam muito, e, normalmente, são maiores e mais 
numerosos	na	juventude.	Podemos	observar	algumas	das	estruturas	já	citadas	a	
seguir:
FIGURA 5 – ESTRUTURAS E UNIDADES INTERNAS DA MAMA
FONTE: O autor
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
86
Agora,	falaremos	dos	ácinos,	que	são	as	unidades	secretórias	da	mama.	
Durante	a	gestação,	essas	unidades	ficam	dilatadas	e	ocupam	uma	grande	parte	
da	mama,	secretando	leite,	o	qual	é	levado	aos	ductos	maiores.	Após	a	gestação	
e a lactação, voltam ao tamanho normal e sofrem apenas alterações sutis, 
dependendo	da	fase	dos	ciclos	menstruais.	
Os ductos e os lóbulos são revestidos por uma única camada de células 
epiteliais	cuboides	ou	cilíndricas,	ductais	ou	lobulares.	Envolvendo-as,	há	uma	
camada de células mioepiteliais, que têm a função de se contrair para facilitar a 
mobilização	de	secreções.	
De	acordo	com	Aguillar	(2009),	o	revestimento	mioepitelial	é	envolvido	
por	 uma	 fina	 camada	 de	 colágeno	 ou	 membrana	 basal.	 O	 tecido	 conjuntivo	
intralobular	 é	 composto	 por	muitas	 células	 e	 contém	 poucas	 fibras	 colágenas	
e	 um	 pouco	 de	 gordura.	 Apesar	 de	 ter	 origem	 fibrosa,	 é	 considerado	 uma	
porção	do	parênquima,	pois	se	distende	quando	ocorre	a	hipertrofia	do	epitélio	
glandular durante a gestação e a lactação, apresentando variação, de acordo com 
as	alterações	hormonais.	
A	 divisão	 anatômica	 que	 temos	 entre	 o	 estroma	 e	 o	 parênquima	 é	 a	
membrana basal, porém, como o tecido conjuntivo intralobular acompanha as 
alterações	hormonais,	é	considerado	parênquima.	O	estroma	consiste	no	tecido	
colagenoso denso interlobular e possui grandes vasos sanguíneos, nervos, vasos 
linfáticos e quantidades variadas dos tecidos adiposo e conjuntivo, produzindo as 
limitações	pouco	definidas	entre	os	lóbulos	e	os	lobos	da	glândula	(AGUILLAR,	
2009).
FIGURA 6 – UNIDADE TERMINAL DUCTO-LOBULAR
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA
87
O	ducto	principal	se	ramifica	em	ductos	menores	e	os	ductos	terminais	
extra e intralobular terminam em "dedos de luva", constituindo os dúctulos ou 
ácinos.	
3 COMPOSIÇÃO GERAL DA MAMA
A descrição da composição geral da mama é uma avaliação geral do volume 
do	tecido	(epitelial	e	conjuntivo)	que	atenua	os	feixes	de	raios-X.	A	composição	
mamária	 sugere	 a	possibilidade	de	uma	 lesão	ficar	 oculta	pelo	 tecido	normal.	
A	densidade	do	tecido	mamário	pode	comprometer	a	sensibilidade	do	exame.	
Algumas áreas menores de concentração de tecido denso podem estar presentes 
em	mamas	adiposas,	e	também	podemos	evidenciar	10%	de	tecido	adiposo	em	
uma	mama	com	90%	de	tecido	denso	(COLÉGIO	BRASILEIRO	DE	RADIOLOGIA,	
2016).	Como	já	citado	na	unidade	anterior,	os	achados	mamográficos	não	devem	
ser	ignorados	e	devem	ser	avaliados,	com	mais	cautela,	em	mamas	densas.
Existem	quatro	tipos	de	categorias	para	classificarmos	o	tecido	mamário,	
de	acordo	com	o	sistema	BI-RADS	e	o	ACR	(Colégio	Americano	de	Radiologia),	
sendo	 determinados	 pela	 quantidade	 de	 tecido	 fibroglandular	 estimado	
visualmente	nas	mamas.	Essas	categorias	são	listadas	em	A, B, C e D, para que 
não	sejam	confundidas	com	o	sistema	de	categorias	de	avaliação	do	BI-RADS,	
que	veremos	no	tópico	a	seguir,	com	representação	por	números.
Segundo	 o	 BI-RADS	 (2016),	 nos	 casos	 em	 que	 as	 mamas	 da	 mesma	
paciente possuírem densidades diferentes, a mama mais densa deve ser utilizada 
para	a	classificação.	De	acordo	com	esse	sistema	de	condutas,	a	sensibilidade	da	
mamografia	em	detectar	lesões	não	calcificadas	diminui,	à	medida	que	a	categoria	
da	densidade	da	mama	aumenta.	Quanto	mais	densa	a	mama,	maiores	 são	as	
chances	de	não	ser	detectada	uma	lesão	oculta.
Vejamos,	 a	 seguir,	 a	 classificação	do	 tecido	mamário	e	as	 categorias	de	
composição	da	mama,	de	acordo	com	o	BI-RADS	(2016):
• A-	Mamas	predominantemente	adiposas.
• B-	Mamas	com	densidades	fibroglandulares	esparsas.
• C-	Mamas	heterogeneamente	densas,	o	que	pode	ocultar	pequenos	nódulos.
• D-	Mamas	extremamente	densas,	o	que	diminui	a	sensibilidade	da	mamografia.
• A- Mamas predominantemente adiposas:	 Nessa	 ocasião,	 a	 mamografia	
é extremamente sensível, a menos que uma área contendo lesão não esteja 
incluída	no	campo	de	imagem.
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
88
FIGURA 7 – MAMA PREDOMINANTEMENTE ADIPOSA
FONTE: Adaptada de Colégio Brasileiro de Radiologia (2016)
• B- Mamas com densidades fibroglandulares esparsas: Podem ser úteis para 
distinguir as mamas que apresentam poucas áreas de tecido com densidades 
fibroglandulares	 daquelas	 que	 apresentam	 um	 número	 moderado	 dessas	
áreas.	
FIGURA 8 – MAMA COM DENSIDADES FIBROGLANDULARES ESPARSAS
FONTE: Adaptada de Colégio Brasileiro de Radiologia (2016)
• C- Mamas heterogeneamente densas, o quepode ocultar pequenos nódulos: 
Não	é	raro	que	algumas	áreas,	nesse	tipo	de	mama,	sejam	relativamente	densas,	
enquanto	outras	sejam,	principalmente,	adiposas.	Quando	isso	ocorre,	pode	
TÓPICO 1 — ANATOMIA MAMÁRIA
89
ser útil que os médicos radiologistas possam descrever os locais de tecido 
mais	densos	 em	uma	 segunda	 leitura,	 para	 que	 o	médico	 solicitante	 fique	
informado	de	que	essas	são	áreas	nas	quais	pequenas	lesões	não	calcificadas	
podem	estar	ocultas.
FIGURA 9 – MAMA HETEROGENEAMENTE DENSA, O QUE PODE OCULTAR PEQUENOS 
NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Colégio Brasileiro de Radiologia (2016)
• D- Mamas extremamente densas, o que diminui a sensibilidade da 
mamografia:	 A	 sensibilidade	 da	 mamografia	 é	 menor	 nessa	 categoria	 de	
densidade.
FIGURA 10 – MAMA EXTREMAMENTE DENSA, O QUE DIMINUI A SENSIBILIDADE DA 
MAMOGRAFIA
FONTE: Adaptada de Colégio Brasileiro de Radiologia (2016)
90
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A	mama	é	uma	glândula	sudorípara	modificada,	formada	por	parte	glandular,	
gordura,	elementos	fibrosos	e	uma	rede	vascular.	Desenvolvem-se	a	partir	da	
crista mamária no embrião e têm, como principal função, a secreção de leite, 
para	nutrir	o	recém-nascido.
• A glândula mamária é, também, chamada de parênquima, e possui ductos e 
lobos,	 que	 não	 são	diferenciados	 na	mamografia.	A	 gordura	 recobre	 toda	 a	
mama	e	é	dividida	em	camada	adiposa	anterior	e	camada	adiposa	posterior.	Os	
elementos	fibrosos	sustentam	a	mama	e,	por	isso,	circundam	e	atravessam-na.
• A mama está situada na porção anterior do tórax, sobre o músculo peitoral e 
se	origina	na	altura	da	clavícula,	entre	o	2º	e	3º	arcos	costais.	Apresenta,	como	
limite medial, a margem lateral do esterno e, como limite lateral, a linha axilar 
anterior.
• A	mama	é	uma	estrutura	glandular	com	tecidos	fibrosos	que	estão	em	sua	
volta	 e	 a	 atravessam.	 Ela	 é	 totalmente	 envolvida	 por	 uma	 fáscia,	 que	 se	
origina	da	fáscia	subcutânea	e	que	se	divide	em	fáscias	superficial	e	profunda,	
envolvendo	os	elementos	estromais,	epiteliais	e	glandulares.
• Histologicamente, a mama é formada por ductos, ácinos ou dúctulos, que 
formam lóbulos, elementos de sustentação, tecido adiposo, vasos sanguíneos, 
nervos	e	vasos	linfáticos.	
• Existem	quatro	tipos	de	categorias	para	classificarmos	o	tecido	mamário,	de	
acordo	com	o	sistema	BI-	RADS	e	o	ACR	(Colégio	Americano	de	Radiologia),	
sendo	 determinados	 pela	 quantidade	 de	 tecido	 fibroglandular	 estimado,	
visualmente,	dentro	das	mamas.
RESUMO DO TÓPICO 1
91
1 A glândula mamária é, também, chamada de parênquima, formada por 
ductos	e	lobos,	que	não	são	diferenciados	na	mamografia.	A	gordura	recobre	
toda a mama e é dividida em camada adiposa anterior e camada adiposa 
posterior.	Os	elementos	fibrosos	sustentam	a	mama	e,	por	isso,	circundam	
e	 atravessam-na.	Além	das	 estruturas	 citadas,	 a	mama	 é	 composta	 por?	
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 parte	glandular,	gordura,	elementos	fibrosos	e	uma	rede	vascular.
b)	(			)	 parte	 fibrosa,	 gordura,	 elementos	 cartilaginosos	 e	 uma	 rede	
extralobular.
c)	(			)	 parte	de	gordura,	elementos	fibrosos	e	uma	rede	vascular	de	gordura.
2	 A	mama	é	uma	estrutura	muito	sensível	e	que	faz	parte	do	corpo	humano.	
Nas	mulheres,	além	de	servir	para	amamentação,	também	é	considerada	
um	órgão	 sexual	 acessório.	De	acordo	 com	a	 função	ou	a	 localização	de	
algumas estruturas presentes na mama, analise as sentenças a seguir:
I- A área que separa o músculo peitoral da glândula mamária é chamada de 
espaço	extramamário.
II-	 Os	 tubérculos	 de	 Montgomery	 atuam,	 aumentando	 a	 lubrificação	 e	
facilitando	a	sucção	do	leite.	
III- A pigmentação da aréola e da papila está relacionada com o nível de 
estrógenos,	hormônio	que	está	presente,	de	forma	mais	acentuada,	em	
mulheres	jovens. 
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
b)	(			)	 Somente	a	sentença	II	está	correta.
c)	(			)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
d)	(			)	 Somente	a	sentença	III	está	correta.
3	 Podemos	 considerar	 que	 a	mama	 possui	 alguns	 limites	 anatômicos	 que	
nos ajudam na hora de avaliá-la externamente, além de auxiliar nos 
posicionamentos	mamográficos.	De	acordo	com	o	que	vimos	acerca	desses	
limites	da	mama,	classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	
sentenças falsas:
(			)	Medial:	linha	axilar	anterior.
(			)	 Lateral:	borda	lateral	do	esterno.
(			)	 Superior:	do	segundo	ao	terceiro	arco	costal,	próximo	à	clavícula.	
(			)	 Inferior:	sexto	e	sétimo	arcos	costais.
AUTOATIVIDADE
92
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	 V	–	V	–	F	–	F.
b)	(			)	 V	–	F	–	F	–	V.
c)	(			)	 F	–	V	–	F	-		F.
d)	(			)	 F	–	F	–	V	–	V.
4 A descrição da composição geral da mama é uma avaliação geral do 
volume	de	tecido	que	atenua	os	feixes	de	raios-X	(epitelial	e	conjuntivo),	
e	isso	sugere	a	possibilidade	de	uma	lesão	ficar	oculta	pelo	tecido	normal.	
De	acordo	com	as	classificações	do	BI-RADS,	cite	as	quatro	categorias	de	
classificação	do	tecido	mamário.
93
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO 
 
Patologias podem acometer a mama de várias formas, algumas vezes, com 
lesões	benignas	e	malignas.	Além	das	doenças,	há,	também,	algumas	alterações	
de desenvolvimento da mama que podem ser visualizadas desde o nascimento, e 
outras	que	acontecem	durante	a	puberdade.	 
2 ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DA MAMA
As	mamas	podem	apresentar	uma	gama	de	anomalias	de	desenvolvimento.	
Essas variações são alterações individuais e que não representam, necessariamente, 
uma	doença.	Vamos	conferir	alguns	exemplos	de	anomalias	de	desenvolvimento,	
de	acordo	com	o	Inca	(2019):	
• Hipoplasia:	 Nesse	 caso,	 a	 mama	 é	 menor	 e	 mais	 leve,	 pela	 redução	 da	
atividade	formadora	dos	órgãos	e	dos	tecidos.
• Agenesia da musculatura peitoral (síndrome de Poland): É	 a	 ausência	
completa	ou	parcial	da	musculatura	peitoral.	Observe,	a	seguir,	um	caso	de	
agenesia da musculatura peitoral à direita, caracterizando a síndrome de 
Poland.
FIGURA 11 – SÍNDROME DE POLAND
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
TÓPICO 2 — 
PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
94
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
• Parênquima mamário ectópico: Também chamado de mamas acessórias, 
são	frequentemente	consideradas	como	um	problema	estético.	Por	conterem	
glândulas mamárias, podem ser alvo de algumas alterações benignas 
ou	 malignas.	 Até	 mesmo,	 porque	 respondem	 às	 variações	 hormonais	
fisiológicas,	estando	sujeitas	aos	mesmos	agentes	carcinógenos.	Um	dos	locais	
mais	 comuns	do	parênquima	mamário	 acessório	 é	 a	 região	 axilar.	Pode	 se	
apresentar como massa palpável, mas de consistência amolecida, assim como 
a	mama.	A	 localização	 do	 parênquima	 ectópico,	 no	 sulco	 inframamário,	 é	
menos	 frequente.	É	comum	o	parênquima	ectópico	aparecer	na	puberdade	
e	aumentar	durante	a	gestação.	Segue	um	exemplo	de	parênquima	ectópico:
FIGURA 12 – EXEMPLO DE PARÊNQUIMA ECTÓPICO NA REGIÃO AXILAR
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
• Amastia:	Quando	é	evidenciada	uma	ausência	completa	da	mama,	que	pode	
ser	congênita	ou	por	cirurgia.
• Assimetria da mama:	Nessa	condição,	as	mamas	se	desenvolvem	de	maneira	
desigual,	gerando	uma	importante	diferença	de	tamanho.
• Politelia: É	caracterizada	pela	presença	de	papilas	em	número	maior	do	que	
o	de	glândulas	mamárias.	A	incidência	da	politelia,	na	população	geral,	varia	
entre	0,4%	e	6%.
3 DOENÇAS BENIGNAS DA MAMA
 
Acadêmico, neste momento, abordaremos as lesões benignas que 
mais acometem a mama e que se apresentam de várias formas nos exames de 
imagem.	A	maior	parte	dessas	lesões	está	relacionada	com	o	estímulo	hormonal	
e com o período pré-menopausa, e não está associada ao aumento do risco de 
desenvolvimento	de	câncer	de	mama	subsequente.
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
95
De	 acordo	 com	 o	 Inrad	 (2017),	 o	 objetivo	 principal	 da	 mamografia	 é	
diagnosticar o câncer de mama e, por esse motivo,o assunto de lesões benignas 
não	é	tão	abordado.	O	importante	é	que	o	médico	radiologista	saiba	diferenciá-
las de lesões malignas, para que possa evitar exames complementares e biópsias 
desnecessárias.
Veremos, a seguir, alguns exemplos de doenças que são consideradas 
benignas,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Alterações fibrocísticas: Caracterizadas pelo aparecimento de cistos nas 
mamas,	muitas	vezes,	múltiplos	e	de	tamanhos	variados.	
• Doenças inflamatórias e infecciosas: Dentre as doenças infecciosas e 
inflamatórias	mamárias,	destacam-se	a	mastite	e	os	abscessos	que,	no	geral,	são	
causadas por uma ruptura da interface do epitélio do complexo areolopapilar, 
com	disseminação	retrógrada	de	microrganismos.	Clinicamente,	apresentam-
se como vermelhidão e aumento da mama, podendo cursar com febre e dor 
intensa.	No	caso	de	abscesso,	pode	haver	drenagem	espontânea	de	coleção	
purulenta.	
Alterações neoplásicas benignas representam proliferações celulares sem 
atipias, ou seja, com as mesmas características genéticas das encontradas nas 
células	sadias	da	mama.	De	acordo	com	o	Inca	(2019),	são	exemplos	de	neoplasias	
benignas da mama:
 
• Fibroadenoma: tumor benigno, caracterizado por proliferação de elementos 
estromais	e	glandulares.	É	um	tumor	muito	comum	na	mulher	jovem.
• Fibroadenolipoma: proliferação benigna, contendo glândula, elementos 
fibrosos	e	adiposos.	É	um	tumor	encapsulado	por	fina	camada	conectiva	e	
tem	consistência	macia.	
• Adenose: alteração benigna representada pela mudança das características 
histológicas	de	um	determinado	tecido.	No	caso	da	mama,	corresponde	ao	
aumento do volume dos lóbulos mamários pelo aumento do número de 
ácinos.
• Lesão esclerosante radial:	 constituída	de	 elemento	fibroso	 circundado	por	
elementos	 epiteliais	 (dúctulos	 ou	 túbulos).	 Também	 pode	 ser	 chamada	 de	
cicatriz	radial.
4 DOENÇAS MALIGNAS DA MAMA
O carcinoma de mama é uma neoplasia multifatorial genética, pois se inicia 
com a mutação de uma única célula da unidade ductulobular e, a partir dessa 
alteração	inicial,	a	mama	fica	mais	susceptível	a	novos	danos	no	material	genético	
e	a	alterações	nos	mecanismos	de	reparo	dessas	modificações.	É	um	processo	de	
alta complexidade e que se desenvolve gradualmente, podendo sofrer interação 
de	fatores	endócrinos,	nutricionais	e	ambientais	(INCA,	2017).
96
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
4.1 CARCINOMA DUCTAL IN SITU E INVASIVO
Segundo	Aguillar	(2009),	o	carcinoma	ductal	in	situ	ou	não	infiltrativo	é	
considerado um carcinoma pré-invasivo, sendo caracterizado como uma etapa 
da	sequência	de	eventos	que	precede	o	aparecimento	do	carcinoma	invasivo.	É	
importante	sabermos	que	nem	sempre	esse	processo	é	contínuo.	Isso	significa	que	
nem	todo	carcinoma	in	situ	deve	evoluir	para	a	forma	invasiva.	Temos	que	ter	em	
mente que o diagnóstico de carcinoma in situ é um grande indicador para o risco 
de	câncer	de	mama.
O	Carcinoma	Ductal	 In	 Situ	 (CDIS)	 se	 caracteriza	 pela	 proliferação	 de	
células com características malignas encontradas em ductos ou em lóbulos, 
sem sinais de ultrapassagem da membrana basal (membrana-base do ducto ou 
lóbulo),	com	risco	de	progressão	para	o	carcinoma	invasor.	
O carcinoma ductal invasivo apresenta células tumorais que se proliferam 
além	dos	ductos	 e	 do	 tecido	 que	 os	 circunda.	Algumas	 características	 clínicas	
e radiológicas estão mais relacionadas a esse tipo de tumor, como nódulos 
espiculados,	retração	da	pele	ou	do	mamilo	e	microcalcificações	dentro	ou	fora	do	
nódulo.	Os	fatores	que	caracterizam	o	grau	das	lesões	são:	o	comprometimento	
axilar, o tamanho do tumor, o grau histológico, o grau nuclear, o comprometimento 
vascular	e	os	receptores	hormonais	(AGUILLAR,	2009).
4.2 TIPOS HISTOLÓGICOS DE CARCINOMAS
De	acordo	com	Aguillar	 (2009),	a	classificação	histológica	de	uma	lesão	
deve ser baseada em características celulares e padrão de crescimento das 
células	neoplásicas,	para	isso,	não	é	considerado	o	local	de	origem	da	neoplasia.	
Referências,	 como	 ductal	 ou	 lobular,	 não	 se	 referem	 ao	 local	 de	 origem	 da	
neoplasia,	mas	definem	os	padrões	de	 apresentação	morfológica	 com	critérios	
definidos	 pela	 Organização	 Mundial	 da	 Saúde	 e	 pelo	 College	 of	 American	
Pathologists.
A maior parte dos carcinomas mamários é do tipo ductal, seguido pelo 
carcinoma	lobular.	Esses	dois	tipos	juntos	somam	mais	de	70%	dos	carcinomas.	
Mesmo	 que	 alguns	 tipos	 histológicos	 mais	 raros	 estejam	 associados	 a	 um	
comportamento biológico distinto e, consequentemente, necessitem de uma 
abordagem terapêutica especial, outras características morfológicas devem 
ser adicionadas à tipagem para melhorar a caracterização da evolução, como a 
graduação	histológica	(AGUILLAR,	2009).
Dentre os tipos histológicos especiais, alguns possuem um comportamento 
biológico mais favorável em relação ao tipo ductal, como os carcinomas tubular, 
mucinoso	 do	 tipo	 coloide,	 cribriforme	 infiltrativo,	 secretor	 e	 adenocístico,	
enquanto outros possuem um comportamento mais agressivo, como o 
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
97
metaplásico	 e	 o	micropapilar	 invasivo.	Os	 carcinomas	medular,	 lobular	 forma	
clássica e papilífero invasivo têm comportamento intermediário em questão do 
prognóstico	e	o	carcinoma	ductal,	que	é	similar	aos	lobulares	não	clássicos.
Acadêmico, agora, veremos alguns tipos histológicos de carcinomas, 
segundo	Aguillar	(2009):
• Carcinoma Lobular In Situ:	Manifesta-se	pela	proliferação	em	um	ou	mais	
ductos terminais ou ácinos de uma população de células frouxamente 
aderidas.	Pode	progredir	para	um	câncer	invasivo	em	25%	a	35%	dos	casos.	
Ambas	as	mamas	apresentam	igual	risco.	
• Carcinoma Lobular Invasivo:	 Representa	 cerca	 de	 5%	 a	 15%	 de	 todos	 os	
cânceres	invasivos,	sendo	o	segundo	carcinoma	mais	frequente.	É	um	tumor	
que	preserva	a	arquitetura	original	da	mama	e	se	infiltra	em	cordões	finos	ao	
longo	dos	ductos	e	vasos	dentro	do	estroma	mamário.	
• Carcinoma Medular:	Ocorre	 em	mulheres	mais	 jovens	 do	 que	 a	média.	 É	
responsável	por	0,5%	dos	carcinomas	mamários.	O	tamanho	típico	é	de	dois	
a três centímetros de diâmetro, porém, alguns produzem grandes massas 
tumorais	de	cinco	centímetros	ou	mais.	São	mais	acessíveis	à	palpação	externa.	
• Carcinoma Coloide (Mucinoso):	 Essa	 variante	 incomum	 (1%	 de	 todos	 os	
carcinomas)	 tende	a	ocorrer	em	mulheres	de	 idade	mais	avançada	e	cresce	
lentamente,	 no	 decorrer	 de	 muitos	 anos.	 O	 tumor	 é	 extremamente	 mole,	
possui consistência e o aspecto gelatinoso, é bem circunscrito e pode imitar 
lesões	benignas	no	exame	físico	e	na	mamografia.	
• Carcinoma Tubular: São neoplasias pequenas com menos de um centímetro de 
diâmetro.	Em	geral,	são	detectados	como	massas	espiculadas	na	mamografia.	
O	desenvolvimento	 tende	a	ocorrer	na	quarta	década	de	vida.	Os	 tumores	
são	multifocais	no	interior	de	uma	mama	em	20%	dos	casos,	ou	bilaterais,	em	
9%	a	38%.	Esses	 tumores,	que	 consistem,	exclusivamente,	 em	 túbulos	bem	
formados,	são,	algumas	vezes,	confundidos	com	lesão	esclerosante	benigna.	
• Carcinoma Papilar Invasivo:	 São	 raros	 e	 representam	 cerca	 de	 2%	 dos	
carcinomas	 invasivos.	 A	 apresentação	 clínica	 se	 assemelha	 àquela	 dos	
carcinomas	sem	tipo	especial,	porém,	o	prognóstico	global	é	mais	satisfatório.	
• Tumor Filoides: Podem ocorrer em qualquer idade, mas, geralmente, 
aparecem	10	a	20	anos	após	o	surgimento	do	fibroadenoma.	É	maligno,	de	baixo	
grau,	sofre	recidivas	locais,	com	raros	casos	de	metastatizar.	Cistossarcoma	
Filoidese	é,	alguma	vezes,	utilizado	para	se	referir	a	essas	lesões,	entretanto,	a	
maioria	dos	tumores	se	comporta	de	modo	relativamente	benigno.
• Sarcomas:	Manifestam-se	da	mesma	maneira	no	restante	do	corpo.	Ocorre,	
também,	 diferenciação	 dos	 sarcomas	 em	 tumores	 filoides	 (estroma	 tecido	
conjuntivo)	 e	 carcinomas.	 Em	 geral,	 manifestam-se	 na	 forma	 de	 massas	
volumosas	palpáveis.
• Tumores Epiteliaisou Papiloma de Grandes Ductos: São, geralmente, lesões 
solitárias	 e	 se	 encontram	nos	 ductos	 principais	 lactíferos.	 São	 classificadas	
como verdadeiras neoplasias, pois representam a proliferação clonal papilar 
de	células	epiteliais	ductais.	Mais	de	80%	delas	se	manifestam	na	forma	de	
secreção sanguinolenta ou serosa unilateral espontânea, através do mamilo 
98
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
(em	7%	das	mulheres,	essa	característica	está	associada	ao	carcinoma,	e	não	
mais	 ao	 papiloma	 benigno),	 enquanto	 o	 restante	 aparece	 como	 pequenas	
massas	palpáveis	ou	densidades	mamográficas.
• Doença de Paget: Câncer de mama raro que se desenvolve no mamilo, 
iniciando nos ductos mamários e se disseminando para a pele do mamilo e 
auréola.	Representa	de	1	a	3%	de	todos	os	cânceres	mamários.
4.3 SINAIS RADIOLÓGICOS DO CÂNCER DE MAMA, DE 
ACORDO COM O BI-RADS
Existem alguns sinais radiológicos que podem sugerir grande probabi-
lidade	de	uma	 lesão	ser	maligna.	Por	esse	motivo,	a	presença	de	calcificações,	
nódulos, assimetrias, distorção arquitetural e dilatação ductal isolada deve ser 
avaliada	com	atenção.	A	seguir,	falaremos	um	pouco	de	cada	um	desses	achados	
e	das	características	mais	importantes	a	serem	observadas.
Calcificações:
A	 presença	 de	 calcificações	 na	 mamografia	 pode	 ser	 um	 sinal	 de	
benignidade	ou	um	sinal	suspeito	para	malignidade.	Tudo	depende	da	avaliação	
das	 características.	 As	 calcificações	 benignas,	 normalmente,	 são	 grandes,	
grosseiras	e	fáceis	de	identificar.	Já	as	associadas	a	lesões	malignas,	são	menores	
e necessitam de incidências adicionais com ampliação ou o uso da lupa para 
avaliação.	
As	calcificações	podem	ser	classificadas	de	acordo	com	a	morfologia	e	a	
distribuição.	Iniciaremos	destacando	as	características	morfológicas	relacionadas	
à	benignidade	e	as	relacionadas	aos	achados	suspeitos.
Morfologia: Calcificações benignas
• Calcificações	 cutâneas:	 são	 calcificações	 que	 podem	 estar	 relacionadas	
a	 glândulas	 sebáceas	 e	 verrugas.	 A	 incidência	 adicional	 tangencial	 ou	
tomossíntese	pode	confirmar	a	localização	na	pele.
• Calcificações	 vasculares:	 estão	 presentes	 na	 camada	 íntimas	 das	 artérias.	
Cuidado	para	não	confundir	com	as	calcificações	lineares,	as	quais	estão	mais	
relacionadas	a	achados	suspeitos.
• Calcificações	grosseiras	ou	semelhantes	a	uma	“pipoca”:	apresentam	grande	
relação	com	o	fibroadenoma	no	processo	de	involução.
• Calcificações	em	bastão	ou	secretórias:	são	formadas	na	luz	do	ducto	e	são	
secundárias	à	mastite	de	células	plasmocitárias.
• Calcificações	 anelares:	 também	 podem	 ser	 conhecidas	 como	 “em	 casca	 de	
ovo”	e	apresentam	centro	radiotransparente.
• Calcificações	 em	 leite	 de	 cálcio:	 alteram	 a	 morfologia,	 de	 acordo	 com	 a	
incidência	(craniocaudal	x	perfil).	Representam	cálcio	sedimentado	no	interior	
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
99
de	cistos	que	se	depositam	na	incidência	em	perfil.
• Calcificações	fios	de	sutura:	muitas	vezes,	apresentam	o	próprio	 formato	e	
aspecto	do	fio	de	sutura.
• Calcificações	distróficas:	são	secundárias	a	cirurgias,	traumas	ou,	até	mesmo,	
radioterapia.
FIGURA 13 – EXEMPLO DE MICROCALCIFICAÇÕES BENIGNAS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Morfologia: calcificações suspeitas
• Calcificações	 redondas	 e	 puntiformes:	 podem	 ter	 características	 benignas,	
como	 suspeitas.	 O	 determinante	 do	 BI-RADS	 é	 a	 distribuição.	 Exemplo:	
Calcificações	redondas	e	puntiformes	com	distribuição	difusa	são	consideradas	
benignas.	Calcificações	redondas	e	puntiformes	com	distribuição	segmentar	
são	consideradas	suspeitas.
• Calcificações	 amorfas:	 apresentam	densidade	 tão	 baixa	 que	 não	 é	 possível	
determinar	a	morfologia.	
• Calcificações	 heterogêneas	 grosseiras:	 estão	 associadas,	 frequentemente,	
a	 áreas	 de	 fibrose,	 calcificações	 distróficas	 em	 desenvolvimento	 ou	
fibroadenomas.
• Calcificações	pleomórficas	finas:	são,	geralmente,	uma	diferente	da	outra,	têm	
menos	de	0,5	mm	de	diâmetro	e	alta	probabilidade	de	malignidade.
• Calcificações	 lineares	 finas	 ou	 lineares	 finas	 ramificadas:	 a	 forma	 sugere	 o	
preenchimento da luz de um ducto acometido, de maneira irregular, pelo 
câncer	de	mama.
100
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 14 – EXEMPLOS DE MICROCALCIFICAÇÕES SUSPEITAS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Distribuição
A	distribuição,	assim	como	a	morfologia	das	calcificações,	pode	nos	dar	
pistas	importantes	da	probabilidade	de	malignidade.	Descreve	o	arranjo	espacial	
das	calcificações	na	mama.
• Difusa:	Calcificações	distribuídas	aleatoriamente	ao	longo	da	mama.	Denota	
benignidade.
• Regional:	São	calcificações	dispersas	em	grande	volume	de	tecido	mamário,	
envolvendo mais que dois centímetros, que não correspondem à distribuição 
ductal.
• Agrupada:	 Quando,	 pelo	 menos,	 cinco	 calcificações	 estão	 agrupadas	 com	
menos	de	1	cm	entre	si	ou	quando	um	padrão	é	identificado.
• Linear:	 Calcificações	 dispostas	 em	 linha	 fina,	 sugerindo	 que	 estão	 em	 um	
ducto.
• Segmentar:	São	calcificações	preocupantes,	pois	 sugerem	depósitos	em	um	
ou mais ductos e ramos com disseminação em direção à papila, podendo ter 
a disposição linear ou forma tubular ou triangular, com ápice voltado para a 
papila,	levando	à	possibilidade	de	um	câncer	mais	extenso	ou	multifocal.
FIGURA 15 – DISTRIBUIÇÃO DAS CALCIFICAÇÕES NA MAMA
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
101
FIGURA 16 – EXEMPLO DE DISTRIBUÇÃO DE MICROCALCIFICAÇÕES
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Nódulo: O nódulo de mama é uma lesão expansiva, tridimensional e 
deve	ser	identificada	nas	duas	incidências	mamográficas.	Os	nódulos	podem	ser	
avaliados	de	acordo	com	a	forma,	margem	e	densidade.
• Forma:	os	nódulos	podem	ser	classificados	de	acordo	com	a	forma:	redondo	
(forma	 circular),	 oval	 (em	 forma	 de	 elipse)	 e	 irregular.	 Se	 eles	 não	 forem	
redondos	ou	ovais,	são	classificados	como	irregulares.
FIGURA 17 – EXEMPLOS DE FORMAS DE NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
FIGURA 18 – EXEMPLOS DE FIGURAS DE NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
102
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
• Margem:
• Circunscrita:	quando,	pelo	menos,	75%	da	superfície	do	nódulo	se	apresenta	
com	boa	definição,	ou	seja,	apresentando	uma	transição	abrupta	entre	a	lesão	
e	o	tecido	mamário	circunjacente.
• Obscurecida:	quando	menos	de	75%	das	margens	são	bem	definidas,	devido	
ao	parênquima	mamário	adjacente,	que	atrapalha	a	visualização	das	margens.
• Indistinta: quando, mesmo sem parênquima adjacente ao nódulo, as margens 
são	de	difícil	delimitação.
• Microlobulada:	apresenta	pequenas	ondulações	circulares.
• Espiculada:	linhas	que	se	irradiam	a	partir	do	nódulo.	Esse	achado	indica	alta	
suspeição	de	malignidade.
FIGURA 19 – EXEMPLOS DE MARGENS DE NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
FIGURA 20 – EXEMPLOS DE MARGENS DE NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
• Densidade: os nódulos podem ser isodensos (densidade igual ao tecido 
fibroglandular),	hipodensos	(densidade	menor	do	que	o	tecido	fibroglandular)	
e	hiperdensos	(densidade	maior	em	relação	ao	tecido	fibroglandular).
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
103
FIGURA 21 – EXEMPLOS DE DENSIDADES DE NÓDULOS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Assimetria:	 as	 assimetrias	 são	 classificadas	 em	 assimetria,	 assimetria	
focal,	 assimetria	 global	 e	 assimetria	 em	 desenvolvimento.	 Podem	 representar	
superposição	de	tecido,	tecido	mamário	assimétrico	ou	outras	lesões.
• Assimetria: achado com densidade de partes moles e com gordura 
entremeada, visualizada em apenas uma incidência, sem correspondência na 
mama	contralateral	e	não	palpável.
• Assimetria focal: corresponde a uma lesão que pode ser localizada nas duas 
incidências, sem margens convexas, entremeada de gordura e que ocupa 
menos	de	um	quadrante.
• Assimetria	global:	ocupa	áreamaior	do	que	um	quadrante.	Torna-se	suspeita	
quando acompanhada de sinais clínicos, como descarga papilar, espessamento 
cutâneo,	 distorção	 arquitetural,	 calcificações	 suspeitas	 ou,	 então,	 quando	 é	
palpável.
• Assimetria em desenvolvimento: corresponde a uma assimetria focal nova 
ou,	então,	mais	densa,	ainda,	maior	na	comparação	com	exame	prévio.
FIGURA 22 – EXEMPLOS DE ASSIMETRIAS
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
104
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
Distorção arquitetural: uma distorção arquitetural é caracterizada, na 
mamografia,	por	espículas	divergentes	partindo	de	um	ponto	na	forma	clássica,	
sem efeito de massa, mas pode também se apresentar como a perda do contorno 
do	parênquima	ou	a	retificação	da	camada	adiposa	posterior	(sinal	da	tenda).	Em	
geral,	a	distorção	focal	é	um	achado	sutil,	só	identificável	se	a	imagem	for	de	ótima	
qualidade e o radiologista tiver treinamento e larga experiência na interpretação 
da	mamografia.	As	cicatrizes	cirúrgicas,	muitas	vezes,	causam	pequena	distorção,	
que pode ser confundida com uma lesão se a cirurgia não for informada pela 
paciente.	Utilizar	marcadores	cutâneos	nas	cicatrizes	e	incidências	adicionais	da	
mama	operada	auxilia	no	diagnóstico	diferencial.
FIGURA 23 – EXEMPLOS DE DISTORÇÃO ARQUITETURAL
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Dilatação ductal isolada: é um único ducto com calibre aumentado na 
região	retroareolar.	É	uma	lesão	pouco	comum,	mas	que	deve	ser	investigada.
FIGURA 24 – EXEMPLO DE DILATAÇÃO DUCTAL ISOLADA
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
105
Espessamento e retração da pele: representam, também, um sinal de 
malignidade, geralmente, encontrado nos casos de tumor localmente avançado, 
associado	com	outras	lesões.
FIGURA 25 – EXEMPLO DE RETRAÇÃO DE PELE APÓS CIRURGIA
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Alteração dos linfonodos axilares: os linfonodos axilares são ovalados 
ou	reniformes,	com	hilo	adiposo.	Quando	alterados,	podem	exibir	aumento	de	
tamanho,	aumento	de	densidade,	forma	arredondada	e	perda	do	hilo	adiposo.	A	
alteração dos linfonodos axilares pode ser um sinal inicial de câncer de mama, mas, 
também, pode representar um sinal de câncer de origem não mamária (linfoma 
e	 leucemia),	 ou	 doença	 infecciosa	 (tuberculose,	 síndrome	da	 imunodeficiência	
adquirida).
106
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 26 – EXEMPLO DE ALTERAÇÃO NOS LINFONODOS AXILARES
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
5 CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
O	 BI-RADS	 é	 o	 Sistema	 de	 Laudos	 e	 Registros	 de	 Dados	 de	 Imagens	
da	 Mama,	 desenvolvido	 pelo	 Colégio	 Americano	 de	 Radiologia.	 Tem,	 como	
objetivos,	garantir	a	qualidade	e	padronizar	os	laudos	de	mamografia,	reduzindo	
a confusão nas interpretações de imagens da mama, recomendando condutas e 
facilitando	o	monitoramento	dos	resultados.
Caro acadêmico, já citamos, na primeira unidade, acerca do exame de 
rastreamento	e	diagnóstico.	Sabemos,	então,	que	o	papel	principal	da	mamografia	
é	diagnosticar	o	câncer	de	mama	em	mulheres	assintomáticas.	Contudo,	nesse	
contexto,	 não	 abordamos	 os	 papéis	 da	 ultrassonografia	 (US)	 e	 da	 ressonância	
magnética	(RM).
	Mesmo	que	a	mamografia	possa	diagnosticar	a	maior	parte	dos	cânceres	
de mama, existem alguns casos que acabam não sendo detectados, mesmo que 
se	tenha	um	achado	clínico	relevante.	Nesses	casos,	a	US	e	a	RM	entram	como	
exames	complementares.	Pacientes	com	achados	clínicos	sem	correlação	com	a	
mamografia	são	encaminhadas	para	a	realização	de	exames	complementares.
De	acordo	com	o	INCA	(2018),	a	ultrassonografia	e	a	ressonância	magnética	
mamária são utilizadas como complemento, conforme os casos a seguir: 
TÓPICO 2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
107
Ultrassonografia:
 
• Diagnóstico diferencial entre lesão sólida e lesão cística nos nódulos detectados 
no	exame	físico	e/ou	na	mamografia.
• Avaliação	de	lesão	palpável	sem	expressão	na	mamografia.
• Avaliação	de	lesão	palpável	nas	pacientes	jovens,	abaixo	de	30	anos.
• Doença	inflamatória	e	no	abscesso.
• Estudo,	drenagem	e	acompanhamento	das	coleções.
• Alterações	da	mama	no	ciclo	gravido-puerperal.
• Avaliação	de	linfonodos	alterados	no	exame	físico.	
Ressonância	magnética:
 
• Situações	 não	 conclusivas	 quando	 o	 exame	 clínico,	 a	 mamografia	 e/ou	 a	
ultrassonografia	não	conseguem	esclarecer	o	problema.
• Carcinoma oculto: situação em que a primeira manifestação do câncer de 
mama	é	a	alteração	do	linfonodo	axilar.
• Planejamento terapêutico: após o diagnóstico de malignidade na biópsia, para 
planejamento	cirúrgico,	em	especial,	nas	lesões	pequenas.
• Resposta	à	quimioterapia	neoadjuvante:	nos	tumores	localmente	avançados,	
realizada	antes	e	após	a	quimioterapia	neoadjuvante,	com	as	finalidades	de	
medir	o	tumor	e	avaliar	a	redução,	respectivamente.
• Suspeita de recidiva: nas mulheres já tratadas de câncer de mama, quando o 
exame	físico,	a	mamografia	e/ou	a	ultrassonografia	mostram	lesão	que	pode	
representar	recidiva.
• Complicações de implantes mamários: se houver suspeita de deslocamento, 
ruptura	ou	coleção	nos	implantes	mamários.
5.1 CATEGORIAS DA CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
A falta de padronização do laudo para diagnóstico e detecção do câncer de 
mama pode levar a alguns problemas de interpretação e no processo de escolha 
da	conduta	médica.	De	acordo	com	a	FIOCRUZ,	a	padronização	dos	laudos	e	a	
utilização	de	sistemas	de	classificação	trazem,	como	principais	benefícios:
 
• Obrigam-se a emitir uma impressão diagnóstica, tornando o laudo mais 
objetivo.
• Aumentam	a	confiabilidade	na	interpretação	das	imagens	e	na	transmissão	
das	informações.
• Facilitam	o	 acompanhamento	das	pacientes,	 assim	 como	uma	 comparação	
objetiva	 entre	 os	 achados	 do	 exame	 clínico,	 da	 mamografia	 e	 do	 exame	
anatomopatológico;
• Melhoram	o	diálogo	entre	radiologistas	e	clínicos.
• Criam	uma	ferramenta	para	a	auditoria	dos	serviços	de	radiologia	mamária.
• Permitem a formação de um banco de dados para a elaboração de estudos 
epidemiológicos	e	de	estudos	retrospectivos.
108
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
• Possibilitam	a	avaliação	da	sensibilidade,	a	especificidade	do	método	e	uma	
autoavaliação.	
Os	laudos	elaborados	no	sistema	BI-RADS	devem	conter	a	identificação	
da	paciente,	a	descrição	do	exame,	uma	conclusão	e	a	sugestão	de	conduta.	
De	acordo	com	a	FIOCRUZ,	o	laudo	deve	ser	estruturado	em	quatro	fases:
1	-	Fase	Clínica:	Anamnese	e	exame	clínico	(não	precisam	constar	no	laudo).	
2	-	Fase	Descritiva:	Baseada	no	vocabulário	do	BI-RADS.																																																																																																		
3	-	Fase	Diagnóstica:	Conclusão	diagnóstica,	sem	correlação	histológica:
 
• Categoria	0	–	Avaliação	incompleta.
• Categoria	1	–	Normal.
• Categoria	2	–	Achados	benignos.
• Categoria	3	–	Achados	provavelmente	benignos.
• Categoria	4	–	Achados	suspeitos.
• Categoria	5	–	Achados	altamente	sugestivos	de	malignidade.
• Categoria	6	–	Malignidade	conhecida	e	comprovada	por	biópsia.
4	-	Fase	de	Recomendação	de	Conduta:	conforme	as	categorias:
• Categoria	 0:	 Necessita	 de	 exames	 complementares	 ou	 comparação	 com	
exames	prévios.
• Categorias	1	e	2:	Acompanhamento	anual	ou	bianual.	
• Categoria	3:	Acompanhamento	em	seis	meses.
• Categorias	4	e	5:	Sugestão/Indicação	de	investigação	cito-histológica.
FIGURA 27 – ESQUEMA DE ACOMPANHAMENTO DE LESÕES
FONTE: Adaptada de Inrad (2017)
Mamografia de rastreamento
Categoria 0
Reconvocar paciente para avaliação adicional (incidências 
memográficas adicionais, ultrassonografia ou exames anteriores)
Categoria 2
Rastreamento 
de rotina
Lesão alterada-biópsia 
Categoria 4 ou 5
Lesão alterada-biópsia 
Categoria 4 ou 5
Estável – Categoria 3
Mamografia bilateral em 6 meses
Estável
Mamografia bilateral 
Categoria 3 por 2
Mamografia em 12 meses
Categoria 3
Mamografia em 6 meses 
da mama envolvida
Categoria 3
Biópsia
Categoria 4 ou 5
TÓPICO2 — PATOLOGIAS DA MAMA E CLASSIFICAÇÃO BI-RADS
109
Categorias	de	avaliação	e	condutas,	de	acordo	com	a	FIOCRUZ:
 
• Categoria	0:	Incompleta.	Requer	avaliação	por	imagem	adicional	e/ou	imagens	
anteriores	 para	 comparação.	 Por	 exemplo,	 nódulo	 visto	 pela	 primeira	 vez	
na	 mamografia	 sem	 correlação	 com	 ultrassonografia	 ou	 comparação	 com	
mamografias	anteriores;	diferenciação	entre	cicatriz	cirúrgica	e	recorrência	da	
doença em pacientes com cirurgia prévia de câncer de mama, situação na qual 
a	 ressonância	magnética	 poderia	 definir	melhor	 a	 conduta.	A	 comparação	
com exames anteriores da mesma modalidade de imagem é necessária para 
avaliar	estabilidade	ou	identificação	de	nova	lesão.	Após	os	novos	exames,	a	
imagem	deve	ser	classificada	em	uma	dentre	as	seis	categorias	seguintes.
• Categoria	 1:	 Negativa.	 Nenhuma	 lesão	 encontrada.	 O	 exame	 é	 normal.	
Seguimento	de	rotina,	com	rastreio	mamográfico	anual,	a	partir	dos	40	anos.	
• Categoria	2:	Achado	benigno.	Nenhuma	característica	maligna.	Seguimento	
de	rotina	ou	a	critério	clínico.	Alguns	exemplos	são	cistos	simples,	linfonodos	
intramamários, coleções líquidas pós-cirúrgicas, implantes mamários, cicatriz 
pós-cirúrgica	 estável,	 e	 cistos	 complicados/prováveis	 fibroadenomas	 sem	
modificações	por,	pelo	menos,	dois	ou	três	anos.
• Categoria	3:	Provavelmente	benigno.	Seguimento	em	curto	prazo	é	sugerido	
(controle	em	6,	12,	24	e	36	meses).	Não	deve	ser	usada	nos	exames	de	rastreio.	
Após	24	ou	36	meses,	não	havendo	modificação	da	imagem,	pode-se	classificar	
a	lesão	como	Categoria	2.	Um	exemplo	seria	o	achado	de	um	nódulo	sólido	
oval, palpável ou não, com margem circunscrita, orientação horizontal 
(paralela	 à	 pele),	 sugestivo	 de	 fibroadenoma,	 cisto	 complicado	 isolado	 ou	
microcistos	agrupados,	com	menos	de	2%	de	malignidade.	
• Categoria	 4:	 Achado	 suspeito.	 Achados	 que	 não	 têm	 aparência	 clássica	
de	 malignidade,	 mas	 são	 suficientemente	 suspeitos	 para	 justificar	 uma	
recomendação	 de	 biópsia.	 Probabilidade	 intermediária	 de	 câncer	 de	 3%	 a	
94%.	Uma	opção	descrita	é	estratificar	essas	lesões	em	baixo,	intermediário	ou	
moderado	grau	de	suspeição,	classificadas	como	4A,	4B	e	4C,	respectivamente.	
• Categoria	5:	Achado	altamente	sugestivo	de	malignidade.	Probabilidade	de	
malignidade	maior	que	95%.	Realizar	biópsia	na	ausência	de	contraindicação	
clínica.	
• Categoria	6:	Malignidade	comprovada	por	biópsia.	Exames	realizados	após	
comprovação de malignidade por biópsia (exame de imagem após biópsia, 
mas	 antes	 da	 excisão	 cirúrgica),	 em	 que	 não	 há	 anormalidade	 que	 possa	
necessitar	 de	 avaliação	 adicional,	 exceto	 o	 câncer	 conhecido.	 Por	 exemplo,	
pacientes submetidas à quimioterapia neoadjuvante, que realizam novas 
ultrassonografias	ou	ressonância	magnética	para	avaliar	a	regressão	tumoral.
A	 utilização	 correta	 das	 classificações	 aumenta	 as	 chances	 de	 um	
diagnóstico	correto	e	o	mais	precoce	possível.
110
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
QUADRO 1 – CLASSIFICAÇÃO RADIOLÓGICA DO BI-RADS
FONTE: Adaptado de Inca (2019)
111
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Patologias podem acometer a mama de várias formas, algumas vezes, 
com	 lesões	 benignas	 e	malignas.	Além	das	 doenças,	 há,	 também,	 algumas	
alterações de desenvolvimento da mama, que podem ser visualizadas desde 
o nascimento e outras que acontecem durante a puberdade, o que não 
caracteriza	uma	patologia.
 
• As	mamas	podem	apresentar	uma	gama	de	anomalias	de	desenvolvimento.	
Essas	variações	são	alterações	individuais	e	que	não	representam	uma	doença.	
• Parênquima mamário ectópico ou, também, chamado de mamas acessórias, 
são	frequentemente	consideradas	como	um	problema	estético.	Por	conterem	
glândulas mamárias, podem ser alvo de algumas alterações benignas ou 
malignas.
• A maior parte das lesões benignas da mama está relacionada com o estímulo 
hormonal e com o período pré-menopausa, e não está associada ao aumento 
do	risco	de	desenvolvimento	de	câncer	de	mama	subsequente.	
• Alterações neoplásicas benignas representam proliferações celulares sem 
atipias, ou seja, com as mesmas características genéticas das encontradas nas 
células	sadias	da	mama.
• O carcinoma de mama é uma neoplasia multifatorial genética, pois se inicia 
com a mutação de uma única célula da unidade ductulobular e, a partir dessa 
alteração	 inicial,	 a	mama	 fica	mais	 susceptível	 a	 novos	 danos	 no	material	
genético	e	a	alterações	nos	mecanismos	de	reparo	dessas	modificações.	É	um	
processo de alta complexidade e que se desenvolve gradualmente, podendo 
sofrer	interação	de	fatores	endócrinos,	nutricionais	e	ambientais.
• O	BI-RADS	é	o	Sistema	de	Laudos	e	Registros	de	Dados	de	Imagens	da	Mama,	
desenvolvido	pelo	Colégio	Americano	de	Radiologia.	Tem,	como	objetivos,	
garantir	 a	 qualidade	 e	 padronizar	 os	 laudos	 de	mamografia,	 reduzindo	 a	
confusão nas interpretações de imagens da mama, recomendando condutas e 
facilitando	o	monitoramento	dos	resultados.
112
1 Além das doenças benignas e malignas da mama, há, também, algumas 
alterações de desenvolvimento, que podem ser visualizadas desde o 
nascimento, e outras, que acontecem durante a puberdade, o que não 
caracteriza	 uma	 patologia.	 As	 mamas	 podem	 apresentar	 uma	 gama	 de	
anomalias	de	desenvolvimento.	Essas	variações	são	alterações	individuais,	
e	que	não	representam	uma	doença.	De	acordo	com	esse	assunto,	assinale	
a	alternativa	CORRETA,	que	corresponde	a	anomalias	de	desenvolvimento	
da mama:
a)	(			)	 Adenose,	sarcoma,	fibroadenoma,	hipoplasia,		politelia,	amastia.
b)	(			)	 Fibroadenoma,	 agenesia	 do	músculo	 peitoral,	 parênquima	mamário	
ectópico.
c)	(			)	 Hipoplasia,	 agenesia	 do	 músculo	 peitoral,	 parênquima	 mamário	
ectópico,	amastia,	politelia,	assimetria	da	mama.
d)	(			)	 Sarcomas,	 doença	 de	 Paget,	 politelia,	 assimetria	 da	 mama,	
fibroadenoma.
2 A maior parte dessas lesões está relacionada com o estímulo hormonal e 
com o período pré-menopausa, e não está associada ao aumento do risco 
de	desenvolvimento	de	 câncer	de	mama	 subsequente.	Acerca	das	 lesões	
BENIGNAS	da	mama,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- Alterações neoplásicas benignas representam proliferações celulares com 
atipias, ou seja, com as mesmas características genéticas das encontradas 
nas	células	sadias	da	mama.
II-	 Dentre	 as	 doenças	 infecciosas	 e	 inflamatórias	 mamárias,	 destacam-se	
a mastite e os abscessos, que, no geral, são causadas por uma ruptura 
da interface do epitélio do complexo areolopapilar, com disseminação 
retrógrada	de	microrganismos.
III-	 Lesão	esclerosante	radial	é	constituída	de	elemento	fibroso	circundado	
por	elementos	epiteliais	(dúctulos	ou	túbulos).	Também	pode	ser	
chamada	de	cicatriz	radial. 
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
b)	(			)	 Somente	a	sentença	I	está	correta.
c)	(			)	 As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
d)	(			)	 Somente	a	sentença	III	está	correta.
3 O carcinoma de mama é uma neoplasia multifatorial genética, pois se inicia 
com a mutação de uma única célula da unidade ductulobular e, a partir dessa 
alteração	inicial,	a	mama	fica	mais	susceptível	a	novos	danos	no	material	
genético	 e	 a	 alterações	 nos	 mecanismos	 de	 reparo	 dessas	 modificações.	
AUTOATIVIDADE
113
É	um	processo	de	alta	complexidade	e	que	se	desenvolve	gradualmente,	
podendo	sofrer	interação	de	fatores	endócrinos,	nutricionais	e	ambientais.	
Classifique	V	para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	sentenças	falsas:
(			)	O	 Carcinoma	 Ductal	 in	 Situ,	 ou	 não	 infiltrativo,	 é	 considerado	 um	
carcinoma pré-invasivo, sendo caracterizado como uma etapa da 
sequência	de	eventos	que	precede	o	aparecimento	do	carcinoma	invasivo.	
(			)	O	Carcinoma	Ductal	 in	 Situ	 (CDIS)	 se	 caracteriza	 pela	 proliferação	 de	
células com características benignas encontradas apenas em ductos, sem 
sinais de ultrapassagem da membrana basal(membrana-base do ducto 
ou	lóbulo),	com	risco	de	progressão	para	o	carcinoma	invasor.	
(			)	O	carcinoma	ductal	invasivo	apresenta	células	tumorais	que	se	proliferam	
além	 dos	 ductos	 e	 do	 tecido	 que	 os	 circunda.	Algumas	 características	
clínicas e radiológicas estão mais relacionadas a esse tipo de tumor, como 
nódulos	espiculados,	retração	da	pele	ou	do	mamilo,	e	microcalcificações	
dentro	ou	fora	do	nódulo.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	 V	–	F	–	F.
b)	(			)	 V	–	V	–	F.
c)	(			)	 F	–	V	–	F.
d)	(			)	 V	–	F	–	V.
4	 A	presença	de	calcificações	na	mamografia	pode	ser	um	sinal	de	benignidade	
ou um sinal suspeito para malignidade, tudo depende da avaliação das 
características.	 As	 calcificações	 benignas,	 normalmente,	 são	 grandes,	
grosseiras	 e	 fáceis	 de	 identificar.	 Já	 as	 associadas	 a	 lesões	malignas,	 são	
menores e necessitam de incidências adicionais, com a ampliação ou o 
uso	da	lupa	para	avaliação.	De	acordo	com	esse	assunto,	cite	e	descreva	a	
categoria	morfológica	das	microcalcificações	suspeitas.
5	 O	BI-RADS	é	o	Sistema	de	Laudos	e	Registros	de	Dados	de	Imagens	da	Mama,	
desenvolvido	pelo	Colégio	Americano	de	Radiologia.	Tem,	como	objetivos,	
garantir	a	qualidade	e	padronizar	os	laudos	de	mamografia,	reduzindo	a	
confusão nas interpretações de imagens da mama, recomendando condutas 
e	facilitando	o	monitoramento	dos	resultados.	De	acordo	com	esse	assunto,	
descreva	como	é	categorizado	o	BI-RADS	de	0	a	6,	na	fase	diagnóstica	e	na	
fase	de	conduta.
114
115
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO 
Prezado acadêmico, o objetivo deste tópico é fazer com que possamos 
reconhecer a importância do papel do tecnólogo em radiologia no processo 
de	 produção	 da	 mamografia,	 identificar	 o	 comportamento	 adequado	 e	 as	
responsabilidades, discriminar a dimensão técnica e a dimensão humana do 
trabalho	do	técnico	e	apontar	os	procedimentos	que	fazem	parte	da	rotina.	
A	 dimensão	 técnica	 diz	 respeito	 à	 habilidade	 do	 profissional	 e	 ao	
conhecimento pleno do funcionamento, da operação, dos aspectos de segurança 
dos	equipamentos	e	dos	acessórios	utilizados	no	exame	(INCA,	2019).
Dimensão humana corresponde à postura e à conduta do técnico ao 
receber	a	paciente	e	ao	conduzir	o	exame.	O	técnico	deve	empregar	as	técnicas	
de forma correta para que possa produzir imagens de ótima qualidade, uma 
vez	que,	na	mamografia,	qualquer	erro	de	posicionamento	pode	fazer	com	que	
uma	 lesão	passe	despercebida.	Outro	 fator	de	grande	 importância	 é	 realizar	o	
posicionamento e a compressão mamária, de acordo com a maneira tolerada pela 
paciente,	tentando	sempre	seguir	os	conceitos	básicos	para	compressão	da	mama.	
A equipe de técnicos e de tecnólogos em radiologia deve ser treinada e 
especializada	na	área	de	mamografia	para	que	as	imagens	produzidas	sejam	de	
ótima	qualidade.	A	boa	comunicação	é	um	quesito	muito	importante	para	quem	
pretende atuar nessa área, pois ter um bom diálogo com a paciente, antes e durante 
o	exame,	faz	com	que	todo	o	processo	seja	mais	fácil.	Contar	com	a	colaboração	
da paciente também gera um relaxamento e, por consequência, uma diminuição 
do	desconforto	durante	a	compressão	da	mama.	Explicar	o	procedimento	e	tirar	
as	dúvidas	das	pacientes	geram	uma	confiança	maior	durante	o	exame	e	deixam	
a	paciente	mais	tranquila	e	informada	acerca	do	que	deve	acontecer.	
2 FATORES ESSENCIAIS PARA A REALIZAÇÃO DE UMA 
MAMOGRAFIA
 
Existem	alguns	fatores	que	influenciam	muito	na	realização	de	um	exame	
de qualidade e, quando falamos disso, não estamos citando apenas fatores 
técnicos, mas, também, fatores relacionados a um bom atendimento e à empatia 
com	a	paciente.	A	seguir,	falaremos	um	pouco	mais	desses	fatores:
TÓPICO 3 — 
EXAME DE MAMOGRAFIA
116
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
• O tecnólogo em radiologia deve receber a paciente sempre com simpatia e 
educação, respeitando o momento e estado emocional, com o objetivo de fazer 
a paciente se sentir mais relaxada e, consequentemente, obter uma diminuição 
da	tensão	muscular	e	do	desconforto,	facilitando	o	posicionamento	correto.
• Durante a anamnese, coletar o maior número de informações essenciais 
para	um	laudo	correto,	como:	histórico	familiar,	uso	de	hormônios,	cirurgias	
mamárias	prévias,	história	clínica	etc.	
• Estar	atento	às	limitações	físicas	de	cada	paciente,	como	deficiências	físicas,	
acentuação da cifose, bursites, e outras particularidades, procurando a melhor 
forma	de	realizar	a	técnica.
• Orientar a paciente corretamente acerca do exame e das particularidades, da 
eventual necessidade de incidências complementares, explicando que essas 
exposições adicionais não representam, necessariamente, a presença ou a 
suspeita de um câncer, mas há a possibilidade de desfazer imagens sobrepostas 
ou	 de	 um	 estudo	 mais	 detalhado	 de	 área	 específica	 não	 visualizada	 na	
incidência	básica.
• O tecnólogo em radiologia deve ser bem treinado e dominar as técnicas e as 
etapas do exame, conhecendo o equipamento, demonstrando conhecimento 
e domínio durante a realização para que a paciente se sinta segura e colabore 
durante	o	processo.	
• Informar a paciente que a compressão adequada gera uma imagem de 
qualidade,	aumentando	as	chances	de	um	diagnóstico	preciso.	
• Manter	a	porta	da	sala	de	exames	fechada	durante	o	procedimento,	a	fim	de	
manter	a	privacidade	da	paciente.
• Manter	uma	boa	higiene	da	sala,	do	equipamento	e	das	peças	adicionais	e,	
se possível, realizar a higienização com pano e produto adequados na frente 
da	paciente.	Outro	fator	importante	é	a	lavagem	das	mãos	antes	e	após	cada	
exame.	
• Conforme	 NR	 32,	 manter	 uma	 boa	 aparência	 com	 o	 uso	 de	 vestimenta	
adequada para a área de trabalho, evitando saias e vestidos que podem 
atrapalhar	 durante	 o	 exame.	 Evitar	 adornos,	 principalmente,	 anéis,	 que	
podem	machucar	a	paciente.	Manter	as	unhas	curtas	e	limpas,	maquiagens	
leves	e	sapatos	sem	salto	(ou	baixos).	Cabelos	longos	devem	estar	presos.
2.1 INTRODUÇÃO AO EXAME MAMOGRÁFICO
Acadêmico, como você pode perceber, no tópico anterior, existem vários 
fatores que devem ser colocados em prática durante a realização do exame de 
mamografia.	A	seguir,	veremos	a	sequência	de	passos	que	deve	ser	realizada	no	
exame	desde	a	chegada	da	paciente.	
Ao receber a paciente, a tecnóloga em radiologia deve se apresentar com 
gentileza	e	simpatia,	iniciando	a	anamnese.	Geralmente,	já	existe	uma	anamnese	
padrão	 dos	 serviços	 de	 mamografias,	 mas	 algumas	 perguntas	 são	 essenciais,	
como:
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA
117
• 	Idade,	suspeita	de	gravidez,	condição	menstrual,	uso	de	hormônios.
• Data	da	última	menstruação.
• Menopausa:	se	afirmativo,	anotar	a	idade	que	iniciou.
• Primeiro exame: caso não seja, solicitar o último exame realizado para 
comparação.
• Ponto	doloroso	ou	nódulo	palpável:	em	caso	afirmativo,	deve-se	desenhar,	no	
questionário,	a	localização	(quadrante),	fazendo	uso	dos	símbolos,	de	acordo	
com	o	tipo	de	lesão.	Veja	a	seguir:
FIGURA 28 – SÍMBOLOS PARA ANOTAÇÃO DO ESQUEMA DE MAMA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
• Histórico de câncer de mama na família: se positivo, anotar o grau de 
parentesco.
• Alguma alteração ou doença prévia da mama e se há acompanhamento no 
momento.
• No	caso	de	 tumores	 conhecidos,	período	do	diagnóstico	e	 localização	 com	
registro	no	questionário.	Nesse	caso,	também	é	importante	solicitar	exames	
anteriores.
• Biópsia,	cirurgia	ou	radioterapia	prévia	ou	atual.
• Perguntar se a paciente faz uso de desodorantes que podem simular falsas 
lesões	na	mama	ou	utiliza	cremes	que	podem	fazer	com	que	a	mama	fique	
lisa,	dificultando	o	posicionamento	e	causando	desconforto	na	pele.
• Questionar	 retração	do	mamilo	 e,	 se	 presente,	 investigar	 se	 corresponde	 a	
achado	de	longa	data,	uma	vez	que	retração	mamilar	pode	significar	algum	
tipo	de	lesão.	
• Orientar as etapas do procedimento, necessidade de compressão adequada 
para	a	qualidade	do	exame	e	eventualnecessidade	de	incidências	adicionais.	
• A tecnóloga em radiologia deve inspecionar a mama da paciente antes de 
realizar as incidências, buscando a presença de cicatrizes ou hematomas, 
secreções,	retração	da	pele	ou	verrugas.	As	verrugas	podem	representar	um	
falso nódulo no exame e, se grosseiras, devem ser marcadas na mama com 
chumbinhos,	 para	 evitar	 interpretação	 errônea	 por	 parte	 do	 radiologista.	
Qualquer	 secreção	 que	 ocorra	 durante	 a	 realização	 do	 exame	 deve	 ser	
anotada	e	informada	com	cor.	É	importante	que	a	técnica	revise	mamografias	
anteriores,	quando	presentes,	buscando	o	melhor	posicionamento	possível.	
118
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
2.2 TIPOS DE MAMOGRAFIA 
Veremos,	 agora,	 como	 são	 classificados	 os	 tipos	 de	 mamografia,	 que	
podem	 constar	 na	 anamnese	do	paciente,	 de	 acordo	 com	 as	 especificações	 do	
Inca	(2019):
• Rastreamento:	é	a	mamografia	de	rotina	realizada	em	mulheres	sem	sinais	ou	
sintomas	de	câncer	de	mama.
• Avaliação	antes	do	início	da	terapia	hormonal:	também	é	uma	mamografia	de	
rastreamento,	específica	para	a	paciente	que	deve	iniciar	terapia	de	reposição	
hormonal.
• Pré-operatório de mamoplastia ou implantes mamários: também é uma 
mamografia	 de	 rastreamento,	 específica	 para	 a	 paciente	 que	 deve	 fazer	
cirurgia	plástica	(redução	ou	aumento).
• Seguimento:	também	é	uma	mamografia	de	rastreamento,	porém,	esse	termo	
é	utilizado	para	as	pacientes	que	já	fizeram	algum	tratamento	para	câncer	de	
mama	(cirurgia,	radioterapia,	quimioterapia).
• Diagnóstica:	é	a	mamografia	realizada	nas	mulheres	com	sinais	e	sintomas	
sugestivos	de	 câncer	de	mama	 como	nódulo,	 “espessamento”	ou	descarga	
papilar.
• Controle	 radiológico:	 é	 um	 tipo	 de	 mamografia	 diagnóstica,	 realizada	 na	
paciente	que	já	tem	uma	lesão	detectada	em	mamografia	anterior	(controle	de	
seis	meses	ou	de	um	ano).
• Mama	 masculina:	 geralmente,	 a	 mamografia	 é	 diagnóstica	 por	 alteração	
palpável.
2.3 PROCEDIMENTOS QUE PODEM CONSTAR NA 
ANAMNESE 
	Muitas	das	pacientes	que	vêm	ao	serviço	para	a	realização	do	exame	já	
passaram	por	algum	tipo	de	procedimento	invasivo	nas	mamas.	Por	esse	motivo,	
o	profissional	tecnólogo	em	radiologia	deve	conhecer	os	aspectos	principais	de	
cada	procedimento	para	compreender	como	podem	ser	refletidos	nas	 imagens	
radiográficas.	De	acordo	com	o	Inca	(2019),	são	procedimentos	que	podem	constar	
na anamnese:
Acadêmico, é sempre bom lembrarmos que a queixa de dor não caracteriza 
sintoma sugestivo de câncer de mama, e, nas pacientes com essa queixa, é preciso 
caracterizar como mamografia de rastreamento.
NOTA
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA
119
• Core biópsia: representa um tipo de biópsia que retira pequenos fragmentos 
da	mama	através	de	um	dispositivo	de	disparo.
• Biópsia	 de	 fragmentos	 com	 dispositivo	 a	 vácuo:	 também	 chamada	 de	
mamotomia, adquire fragmentos maiores e é realizada com inserção única da 
agulha,	com	obtenção	dos	fragmentos	de	maneira	contínua.
• Biópsia	 cirúrgica:	 retirada	 de	 um	 nódulo	 ou	 de	 um	 fragmento	 da	mama,	
através	de	uma	incisão.	Geralmente,	é	realizada	em	centro	cirúrgico.	No	caso	
de	lesão	não	palpável,	é	precedida	de	marcação,	que	pode	ser	um	fio	ou	um	
roll	(localização	de	lesões	com	radiofármaco).
• Segmentectomia:	 retirada	 de	 parte	 da	 mama	 (quadrante/segmento),	
representando	a	cirurgia	conservadora	para	tratamento	do	câncer	de	mama.
• Adenectomia subcutânea: é a retirada da mama, preservando a pele e o 
complexo	 areolopapilar.	 É	 utilizada	 para	 reduzir	 as	 chances	 de	 câncer	 de	
mama nas pacientes de alto risco e, geralmente, associada com inclusão de 
implante.
• Mastectomia	 radical:	 consiste	 na	 retirada	 da	 mama,	 de	 toda	 a	 pele,	 do	
complexo areolopapilar, dos linfonodos axilares e, em algumas técnicas, toda 
ou	 parte	 da	musculatura	 peitoral.	 Nesse	 tipo	 de	mastectomia,	 existe	 uma	
grande	incisão.
• Mastectomia	 simples:	 consiste	 na	 retirada	 da	 mama,	 de	 toda	 a	 pele,	 do	
complexo	areolopapilar.
• Mastectomia	poupadora	de	pele:	consiste	na	retirada	da	mama	e	do	complexo	
areolopapilar,	 deixando	 a	 pele.	 Nesse	 tipo	 de	 mastectomia,	 existe	 uma	
pequena	incisão	em	torno	do	complexo	areolopapilar.
• Mastectomia	 poupadora	 de	 pele	 e	 complexo:	 variação	 da	 adenectomia	
subcutânea e consiste na retirada da mama, preservando a pele e o complexo 
areolopapilar.
• Linfadenectomia	axilar:	esvaziamento	da	axila,	retirando	todos	os	linfonodos.	
Pode	ser	feita	isoladamente	ou	associada	com	segmentectomia	ou	mastectomia.
• Biópsia	do	linfonodo	sentinela	negativo:	consiste	na	retirada	de	apenas	um	ou	
dois linfonodos da axila (linfonodo sentinela representa o primeiro linfonodo 
acometido	 pelo	 câncer	 de	mama,	 que	 é	 identificado	 por	meio	 de	 técnicas	
especiais	durante	o	ato	cirúrgico).	Se	negativo,	não	há	esvaziamento	axilar	e,	
se	positivo,	é	realizado	esvaziamento	da	axila.
• Reconstrução	 imediata:	 representa	a	reconstrução	da	mama	feita	no	dia	da	
mastectomia.	 Pode	 ser	 realizada	 com	 expansor,	 com	 implante	 e/ou	 com	
retalhos	(reto	abdominal,	grande	dorsal).
• Reconstrução	tardia:	realizada	após	a	mastectomia,	em	outra	data,	utilizando	
as	mesmas	técnicas	descritas	anteriormente.
• Retalho	reto	abdominal:	retalho	do	abdome,	utilizado	para	reconstrução	da	
mama.	Pode	ser	colocado	com	a	pele	para	fazer	a	neomama	ou	sem	a	pele,	nos	
casos	de	reconstrução	após	a	mastectomia	poupadora	de	pele.
• Retalho	 grande	 dorsal:	 retalho	 da	 musculatura	 das	 costas,	 utilizado	 para	
reconstrução	da	mama.	Geralmente,	associado	ao	implante.
• Implante:	pode	ser	utilizado	em	cirurgias	reconstrutoras	ou	estéticas.
• Mastoplastia	redutora:	cirurgia	plástica,	para	reduzir	a	mama.
120
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
Acadêmico, algumas das técnicas citadas serão abordadas com mais detalhes 
no tópico de procedimentos invasivos.
ESTUDOS FU
TUROS
2.4 IDENTIFICAÇÃO MAMOGRÁFICA 
Uma	questão	de	grande	importância	durante	a	realização	da	mamografia	
por	 parte	 do	 tecnólogo	 é	 a	 identificação	 dos	 chassis	 ou	 cassetes.	 Após	 a	
anamnese,	o	próximo	passo	seria	a	identificação	da	placa,	para	não	correr	o	risco	
de	ser	identificada	incorretamente.	Na	mamografia	digital,	a	identificação	é	feita	
diretamente no computador, após a aquisição das imagens, e deve ser colocada 
o	mais	longe	possível	da	mama.	De	acordo	com	o	Inca	(2019),	essa	identificação	
deve incluir algumas informações mínimas, como:
• Nome	da	instituição	em	que	é	realizado	o	exame.	
• Nome	completo	da	paciente.
• Número	específico	de	identificação	da	paciente.
• Data	do	exame.	
• Incidência	mamográfica	(por	exemplo,	CC,	MLO).	
• Mama	exposta	à	radiação	(direita	ou	esquerda).
• Técnica	radiográfica	usada	(quantidade	de	kV,	mAs,	combinação	alvo-filtro).	
• Ângulo	de	obliquidade,	espessura	da	mama	comprimida,	força	de	compressão.
• Iniciais	 do	 nome	 do	 tecnólogo	 que	 realiza	 o	 exame.	 Na	 mamografia	
convencional	(analógica),	os	marcadores	radiopacos	de	identificação	devem	
ser colocados em correspondência com os quadrantes laterais nas incidências 
axiais	e	com	os	quadrantes	superiores	nas	incidências	laterais.
FIGURA 29 – IDENTIFICAÇÃO MAMOGRÁFICA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA
121
3 POSICIONAMENTO E COMPRESSÃO
O	 posicionamento	 mamográfico	 adequado	 é,	 definitivamente,	 o	 fator	
que	mais	influencia	no	diagnóstico	correto.	A	realização	de	um	posicionamento	
e de exposição corretos requer conhecimento, longo treinamento, motivação e 
comprometimento.	 Deve	 ser	 realizado	 por	 um	 tecnólogo	 especializado,	 com	
consciência	da	sua	importância	(AGUILLAR,	2009).	
Além do posicionamento, a compressão da mama interfere, de forma 
importante,	no	resultado	e	na	qualidade	da	 imagem.	A	placa	de	compressão	é	
confeccionada em material radiotransparente, sendo, a principal função, a de 
comprimir	a	mama.	A	força	de	compressão	da	mama	deve	ser	definida	por	algunsfatores: quantidade de compressão suportada pela paciente e tipo de mama, 
buscando	expor	o	tecido	mamário	de	maneira	uniforme.
De acordo com a nossa legislação nacional, a força que deve ser aplicada 
na	mama	é	de	11	a	 18	kgf	 (108	 e	 117	N).	É	 importante	que	a	 compressão	não	
seja exagerada, para não causar dor na paciente e rejeição aos exames periódicos 
futuros,	e	nem	mínima,	para	não	interferir	na	qualidade	da	imagem.	O	profissional	
deve compreender a necessidade da compressão da mama, pois deve ser realizada 
de	forma	ideal,	para	obtermos	um	resultado	confiável.	
A compressão tem os objetivos de:
 
• Diminuir a espessura da mama, deixando-a mais uniforme e reduzindo o 
fator	de	exposição	no	tecido.
• Diminuir a radiação secundária e, consequentemente, melhorar o contraste e 
a	nitidez	na	imagem.
• Diminuir	a	sobreposição	de	estruturas	e	de	tecidos.	
• Fixar	a	mama,	evitando	que	a	paciente	mexa	e	a	imagem	apresente	artefatos	
de	movimento.
FIGURA 30 – PLACA DE COMPRESSÃO UTILIZADA NA MAMOGRAFIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
122
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
3.1 CONTROLE DE EXPOSIÇÃO AUTOMÁTICO (CAE)
Prezado acadêmico, este assunto já foi abordado na Unidade 1 e, agora, 
relacionaremos	o	assunto	com	o	posicionamento	mamográfico.
O	CAE	está	presente	nos	equipamentos	de	mamografia	com	dispositivo	
automático	 ou	 semiautomático	 de	 exposição.	Consiste	 em	uma	 fotocélula	 que	
se	 encontra	 abaixo	 do	 receptor	 de	 imagem.	 Mede	 a	 quantidade	 de	 radiação	
emitida	 pelo	 receptor	 e	 finaliza	 a	 exposição	 quando	 a	 dose	 atinge	 o	 valor	
preestabelecido	correspondente	à	densidade	óptica	desejada	no	filme.	Então,	é	o	
CAE que determina a dose de radiação quando a técnica manual não é utilizada 
(AGUILLAR,	2009).
Segundo	 o	 Inca	 (2019),	 o	 posicionamento	 da	 fotocélula	 fica	 localizado	
abaixo	 do	 bucky.	 A	 maioria	 dos	 mamógrafos	 apresenta	 três	 ou	 mais	 opções	
de	 posicionamento	 da	 fotocélula.	 As	 meias-luas,	 na	 bandeja	 de	 compressão,	
representam	 as	 possibilidades	 de	 posicionamento	 da	 fotocélula.	 Para	 uma	
exposição ideal, a fotocélula deve ser posicionada sob uma parte representativa da 
mama,	que,	geralmente,	fica	no	terço	anterior.	Nessa	parte,	costuma	existir	grande	
concentração de tecido glandular, pois a variação na distribuição do componente 
glandular	e	do	gorduroso	é	maior	nas	áreas	próximas	da	parede	 torácica.	 Isso	
aumenta	o	risco	de	a	fotocélula	ficar	sob	uma	área	não	representativa	da	mama.	
Posicione a fotocélula de modo que a mama a cubra completamente, 
caso contrário, a fotocélula recebe uma dose de radiação bem maior do que a 
adequada, e corta a exposição muito precocemente, produzindo uma imagem 
subexposta.	O	posicionamento	 impróprio	da	 fotocélula	 é	 a	 fonte	de	 erro	mais	
frequente	das	exposições	incorretas.
FIGURA 31 – POSIÇÃO DA FOTOCÉLULA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA
123
Em	equipamentos	mais	antigos,	o	CAE	é	ajustado	manualmente.	Já	nos	
equipamentos atuais, o ajuste é feito automaticamente, pelo sistema, porém, todos 
os	equipamentos	devem	permitir	o	ajuste	manual.	Em	casos	de	pacientes	com	
implante de silicone, a técnica deve ser ajustada manualmente, caso contrário, a 
fotocélula	faz	uma	leitura	errônea,	devido	à	alta	densidade	do	implante,	fazendo	
com	que	o	parênquima	mamário	fique	superexposto.
 Ao ajustar, manualmente, a exposição, o técnico seleciona o mAs, de 
acordo	 com	a	 espessura	da	mama	e	 a	 radiodensidade	estimada.	 Se	 a	paciente	
ainda	não	fez	mamografia,	o	tecnólogo	estima,	essencialmente,	a	radiodensidade,	
de	acordo	com	a	consistência	do	tecido.	Isso	requer	experiência.	É	útil	a	verificação,	
nos	 registros,	 dos	 valores	 de	 exposição	 dos	 exames	 precedentes.	 Por	 isso,	 é	
importante registrar a espessura e o grau de compressão, o produto mAs, o ajuste 
de	kV	e	a	combinação	de	alvo-filtro	em	cada	exame	mamográfico	(INCA,	2019).	
Para	o	cálculo	do	kV,	utiliza-se	a	equação	kV	=	(espessura	da	mama	comprimida	
x	2)	+	constante	do	aparelho	(geralmente,	20	nos	mamógrafos).
3.1.1 Escolha do receptor de imagem 
Antes de iniciarmos o posicionamento, deve ser feita a escolha do receptor 
de	 imagem	 adequado	 para	 o	 tamanho	 da	mama.	 Na	mamografia,	 utilizamos	
receptores	18	x	24	e	24	x	30	cm.	
Quando	selecionamos	um	receptor	menor	do	que	a	mama,	as	partes	axilar	
e	 inferior	da	mama	podem	ser	excluídas	da	 imagem.	No	caso	de	um	receptor	
maior do que a mama, pode acontecer sobreposição de outros tecidos do corpo 
entre o chassi, a grade e a mama, além de pouca separação das estruturas, artefatos 
de	movimento,	dificuldade	de	compressão	adequada	por	causa	da	curvatura	da	
mama	na	incidência	MLO	e	exposição	inadequada.	
Em	mamógrafos	de	campo	total	(digital),	não	é	necessário	determinar	o	
receptor	que	deve	ser	utilizado,	pois	apresentam	um	único	receptor	fixo	no	braço	
do	mamógrafo	(AGUILLAR,	2009).
3.2 QUADRANTES E REGIÕES DA MAMA
A mama é dividida em quadrantes e essa divisão facilita o posicionamento 
e	a	 localização	de	 lesões.	Podemos	utilizar	dois	métodos	para	a	 localização	de	
lesões	na	mama.	O	método	mais	utilizado	é	o	sistema	de	quadrantes	e,	o	outro,	
utiliza	o	mostrador	de	relógio	como	base	de	localização.
124
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
Quadrantes	da	mama:
 
• QSE:	quadrante	superior	externo/QSL:	quadrante	súperolateral.	
• QSI:	quadrante	superior	interno/QSM:	quadrante	superomedial.
• QIE:	quadrante	inferior	externo/QIL:	quadrante	inferolateral.
• QII:	quadrante	inferior	interno/QIM:	quadrante	inferomedial.
FIGURA 32 – SISTEMA DE QUADRANTES E SISTEMA DE RELÓGIO
FONTE: O autor
Ainda, existem as regiões da mama denominadas de retroareolar, central 
e	prolongamento	axilar.	De	acordo	com	o	INCA	(2019),	por	definição,	a	região	
retroareolar está abaixo do complexo areolopapilar, com extensão entre dois 
e	 três	 centímetros.	A	 continuação	 da	 região	 retroareolar,	 na	 profundidade	 da	
mama,	chama-se	de	região	central.	Ambas	são	bem	identificadas	na	visão	lateral	
da	mama.	O	prolongamento	axilar	representa	uma	região	entre	o	fim	da	mama	e	
a	axila.
FIGURA 33 – REGIÕES DA MAMA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
TÓPICO 3 — EXAME DE MAMOGRAFIA
125
A	 seguir,	 veremos	 uma	 figura	 produzida	 pelo	 INCA,	 demonstrando	 a	
localização das lesões na mama direita e na mama esquerda, de acordo com as 
regiões.
FIGURA 34 – LOCALIZAÇÃO DAS LESÕES NA MAMA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
126
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem	alguns	 fatores	 que	 influenciam	muito	 na	 realização	de	um	 exame	
de qualidade, e, quando falamos disso, não estamos citando apenas fatores 
técnicos,	mas,	também,	bom	atendimento	e	empatia	com	o	paciente.
• Ao receber a paciente, a tecnóloga em radiologia deve se apresentar com 
gentileza	 e	 simpatia,	 iniciando	 a	 anamnese.	 Geralmente,	 já	 existe	 uma	
anamnese	padrão	dos	serviços	de	mamografias,	mas	algumas	perguntas	são	
essenciais.
• A tecnóloga deve inspecionar a mama da paciente antes de realizar as 
incidências, buscando a presença de cicatrizes ou hematomas, secreções, 
retração	da	pele	ou	verrugas.	As	verrugas	podem	representar	um	falso	nódulo	
no exame e, se grosseiras, devem ser marcadas na mama com chumbinhos, 
para	evitar	interpretação	errônea	por	parte	do	radiologista.
• Os	tipos	de	mamografia	podem	ser	classificados	de	acordo	com	o	que	pode	
constar na anamnese do paciente, como rastreamento, avaliação antes do 
início da terapia hormonal, pré-operatório de mamoplastia ou implantes 
mamários,	seguimento,	diagnóstico,	controle	radiológico	e	mama	masculina.
• Muitas	 das	 pacientes	 que	 vêm	 ao	 serviço	 para	 a	 realização	 do	 exame	 já	
passaram	 por	 algum	 tipo	 de	 procedimento	 invasivo	 nas	mamas.	 Por	 esse	
motivo,	 o	 profissional	 tecnólogo	 em	 radiologia	 deve	 conhecer	 os	 aspectos	
principais de cada procedimento, para compreender como podem ser 
refletidos	nas	imagens	radiográficas.• De	 acordo	 com	 a	 nossa	 legislação	 nacional	 (BRASIL,	 1998),	 a	 força	 de	
compressão	que	deve	ser	aplicada	na	mama	é	de	11	a	18	kgf	(108	e	117	N).	É	
importante que a compressão não seja exagerada, para não causar dor a uma 
paciente e rejeição aos exames periódicos futuros, e nem mínima, para não 
interferir	na	qualidade	da	imagem.
• Após	a	anamnese,	o	próximo	passo	seria	a	 identificação	da	placa	para	não	
correr	 o	 risco	 de	 ser	 identificada	 incorretamente.	 Na	 mamografia	 digital,	
a	 identificação	 é	 feita	 diretamente	 no	 computador,	 após	 a	 aquisição	 das	
imagens,	e	deve	ser	colocada	o	mais	longe	possível	da	mama.
127
1 Além do posicionamento, a compressão da mama interfere, de forma 
importante,	no	resultado	e	na	qualidade	da	imagem.	A	placa	de	compressão	
é confeccionada em material radiotransparente, sendo, a principal função, 
a	de	comprimir	a	mama.	A	força	de	compressão	da	mama	deve	ser	definida	
por alguns fatores: quantidade de compressão suportada pela paciente e 
tipo	de	mama,	buscando	expor	o	tecido	mamário	de	maneira	uniforme.	De	
acordo	com	esse	assunto,	assinale	a	alternativa	CORRETA,	acerca	da	força	
de compressão da mama:
a)	(			)	 De	acordo	com	a	nossa	legislação	nacional,	a	força	que	deve	ser	aplicada	
na	mama	é	de	11	a	18	kgf	(108	e	117	N).
b)	(			)	 De	acordo	com	a	nossa	legislação	nacional,	a	força	que	deve	ser	aplicada	
na	mama	é	de	10	a	20	kgf	(110	e	120	N).
c)	(			)	 De	acordo	com	a	nossa	legislação	nacional,	a	força	que	deve	ser	aplicada	
na	mama	é	de	9	a	21	kgf	(109	e	121	N).
d)	(			)	 De	acordo	com	a	nossa	legislação	nacional,	a	força	que	deve	ser	aplicada	
na	mama	é	de	13	a	19	kgf	(113	e	119	N).
2	 Existem	alguns	fatores	que	influenciam	muito	na	realização	de	um	exame	
de qualidade, e, quando falamos disso, não estamos citando apenas fatores 
técnicos,	mas,	 também,	um	bom	atendimento	e	empatia	 com	o	paciente.	
Acerca desse assunto, analise as sentenças a seguir:
I- Durante a anamnese, coletar o maior número de informações essenciais 
para	 um	 laudo	 correto,	 como	 histórico	 familiar,	 uso	 de	 hormônios,	
cirurgias	mamárias	prévias,	história	clínica	etc.
II-	 Estar	atento	às	limitações	físicas	de	cada	paciente,	como	deficiências	físicas,	
acentuação da cifose, bursites, e outras particularidades, procurando a 
melhor	forma	de	realizar	a	técnica.
III- O técnico não deve fazer muitas perguntas ao paciente, pois pode se 
sentir desconfortável, e, de maneira alguma, deve palpar a mama do 
paciente	para	a	análise	antes	do	exame. 
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
b)	(			)	 Somente	a	sentença	I	está	correta.
c)	(			)	 As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
d)	(			)	 Somente	a	sentença	III	está	correta.
3	 O	CAE	está	presente	nos	 equipamentos	de	mamografia	 com	dispositivo	
automático	 ou	 semiautomático	 de	 exposição.	 Mede	 a	 quantidade	 de	
radiação	emitida	pelo	receptor	e	finaliza	a	exposição	quando	a	dose	atinge	
o valor preestabelecido, correspondente à densidade óptica desejada no 
AUTOATIVIDADE
128
filme.	Então,	o	CAE	determina	a	dose	de	radiação	quando	a	técnica	manual	
não	é	utilizada.	De	acordo	com	esse	assunto,	classifique	V	para	as	sentenças	
verdadeiras	e	F	para	as	sentenças	falsas:
(			)	O	posicionamento	da	fotocélula	fica	localizado	abaixo	do	bucky.	A	maioria	
dos mamógrafos apresenta apenas uma opção de posicionamento da 
fotocélula.
(			)	As	meias-luas,	na	bandeja	de	compressão,	representam	as	possibilidades	
de	posicionamento	da	fotocélula.
(			)	 Para	 uma	 exposição	 ideal,	 a	 fotocélula	 deve	 ser	 posicionada	 sob	 uma	
parte	representativa	da	mama,	que,	geralmente,	fica	no	terço	anterior.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)	(			)	 V	–	F	–	F.
b)	(			)	 V	–	V	–	F.
c)	(			)	 F	–	V	–	V.
d)	(			)	 V	–	F	–	V.
4 A mama é dividida em quadrantes, e essa divisão facilita o posicionamento 
e	a	localização	de	lesões.	Podemos	utilizar	dois	métodos	para	a	localização	
de	lesões	na	mama.	O	método	mais	utilizado	é	o	sistema	de	quadrantes	e,	
o	outro,	utiliza	o	mostrador	de	relógio	como	base	de	localização.	De	acordo	
com esse assunto, cite e descreva as siglas e as nomenclaturas do sistema de 
quadrantes.
5	 Na	 mamografia,	 são	 utilizados	 dois	 tamanhos	 de	 receptores,	 18	 x	 24	 e	
24	x	30	cm.	A	escolha	de	um	receptor	de	imagem	adequado,	nos	exames	
mamográficos,	 é	 de	 suma	 importância,	 pois	 interfere	 na	 qualidade	 da	
imagem	que	adquirimos.	De	acordo	com	esse	assunto,	descreva	o	que	pode	
acontecer	caso	façamos	a	escolha	inadequada	dos	receptores	de	imagem.
129
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Assim	 como	 na	 radiologia	 convencional,	 para	 o	 exame	 mamográfico,	
também	 temos	 incidências	 básicas	 e	 adicionais.	 As	 básicas	 são	 aquelas	 que	
realizamos em todas as ocasiões, enquanto as adicionais são realizadas de acordo 
com	a	necessidade	de	cada	paciente.
A	seguir,	veremos	cada	uma	dessas	incidências	e	os	posicionamentos.
2 INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS BÁSICAS
Existem incidências básicas que devem ser realizadas nos estudos 
mamográficos	para	estudos	de	rastreamento	e	para	diagnóstico.	As	incidências	
básicas	são	a	craniocaudal	(CC)	e	a	mediolateral	oblíqua	(MLO),	sempre	realizadas	
bilateralmente.	
2.1 CRANIOCAUDAL (CC)
Essa incidência inclui toda a glândula mamária desde a porção lateral até 
a	medial,	não	incluindo	a	porção	axilar.	A	mama	é	radiografada	com	o	feixe	de	
raios-X,	indo	da	cabeça	em	direção	aos	pés.
 
• O	tubo	deve	estar	em	posição	vertical,	com	o	feixe	perpendicular	à	mama.
• A tecnóloga em radiologia deve se posicionar na face medial da mama a ser 
examinada	para	ter	contato	visual	com	a	paciente.
• Posicionar a paciente de frente para o receptor, com a cabeça virada para o 
lado	oposto	ao	exame.
• No	lado	examinado,	o	ombro	é	posicionado	para	trás	e	em	rotação	externa	
com	o	braço	ao	longo	do	corpo	(ajuda	a	retirar	as	dobras	de	pele).
• Elevar o sulco inframamário para permitir melhor exposição da porção 
superior	da	mama,	próxima	ao	tórax.
• Centralizar	a	mama	no	bucky	com	o	mamilo	paralelo	ao	filme.
• Posicionar	as	mamas	de	forma	simétrica.
• Para melhorar a exposição dos quadrantes laterais, tracionar levemente a 
parte	lateral	da	mama	antes	de	aplicar	a	compressão.
TÓPICO 4 — 
INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
130
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
• Tracionar	a	mama	e,	sem	soltá-la,	efetuar	a	compressão.
• Fazer	a	suspensão	e	a	tração	com	a	mão	espalmada,	nunca	com	a	ponta	dos	
dedos,	pois	podem	aparecer	pregas	inadequadas	na	imagem.
• Se aparecerem pregas, puxar a pele para desfazer as dobras, mas sem soltar 
a	mama.
FIGURA 35 – POSICIONAMENTO PARA INCIDÊNCIA CRANIOCAUDAL
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Dicas	para	a	realização	da	incidência	CC,	segundo	o	Inca	(2019):
• Não	 deixe	 os	 pés	 da	 paciente	 fora	 da	 linha	 do	 aparelho,	 para	 evitar	 que	
apareçam	dobras	e	a	papila	fique	invertida.
• Posicione	a	cabeça	da	paciente	para	trás,	ao	longo	do	tubo.
• Se possível, coloque o braço da paciente do lado não radiografado para frente, 
segurando	na	alça	do	braço	do	aparelho.
• Suspenda a mama até o ponto de mobilidade máxima antes de efetuar a tração 
para	frente	e	a	compressão.
Critérios	de	qualidade	do	posicionamento	na	incidência	CC	(AGUILLAR,	
2009):
 
• Porção	lateral	e	porção	medial	da	mama	incluídas	na	radiografia,	sem	“cortar”	
a	parte	glandular.
• Inclusão	da	camada	adiposa	posterior.
• Inclusão	do	músculo	grande	peitoral	(pode	ocorrer	em	30%	a	40%	das	imagens,	
em	virtude	das	diferenças	anatômicas	entre	as	pacientes).
• Radiografias	simétricas.
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
131
FIGURA 36 – INCIDÊNCIA CC BEM POSICIONADA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
Quando	o	músculo	peitoral	não	estiver	presente	na	incidência	CC,	deve-
se	 realizar	uma	comparação	com	a	 incidência	MLO	para	 saber	 se	é	necessário	
repetir	 a	 incidência.	A	distância	do	mamilo	para	 a	porção	posterior	da	mama	
na	MLO,	menos	 o	 valor	da	mesma	distância	 na	CC,	deve	 ser	menorou	 igual	
a	um	centímetro.	A	medida	é	obtida	com	a	distância	da	papila	até	o	vértice	da	
musculatura	peitoral	na	MLO,	sendo	comparada	com	a	distância	da	papila	até	o	
ponto	mais	posterior	do	filme	na	incidência	CC,	como	demonstrado	a	seguir.
FIGURA 37 – ILUSTRAÇÃO DA DISTÂNCIA MAMILO-PORÇÃO POSTERIOR
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
2.2 MEDIOLATERAL OBLÍQUA (MLO)
No	 posicionamento	 mamográfico,	 quando	 falamos	 de	 obliquidade,	
estamos	 citando	 o	 ângulo	 do	 equipamento,	 e	 não	 do	 paciente	 (INCA,	 2019).	
Na	incidência	MLO,	o	tecido,	a	parede	do	tórax	e	a	cauda	axilar	são	mais	bem	
132
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
visualizados.	As	chances	de	visualização	de	todo	o	tecido	mamário	são	maiores	
nessa	incidência.	O	quadrante	com	grande	probabilidade	de	não	ser	visualizado	
nessa	incidência	é	o	inferomedial.
Passo	a	passo	para	o	posicionamento	da	incidência	MLO:
 
• Deve-se iniciar o processo, girando o tubo de raios-X e deixando o receptor 
paralelo	ao	músculo	grande	peitoral.	Esse	ângulo	pode	variar,	de	acordo	com	
as	características	físicas	de	cada	paciente,	de	30º	a	60º.	A	maioria	dos	serviços	
trabalha	com	um	ângulo	de	45º	para	um	posicionamento	padronizado	(INCA,	
2019).
• O	ponto	certo	da	axila	deve	ser	posicionado	no	canto	do	bucky.	Para	isso,	deve	
ser feita uma divisão da axila em três partes, localizando o terço posterior e, 
assim,	apoiá-lo	no	canto	do	bucky.	Prestar	atenção	na	altura	do	bucky,	pois,	
se	muito	alta,	pode	dificultar	a	tração	da	mama	(INCA,	2019).	Elevar	o	braço	
da	paciente	sem	deixar	que	o	ombro	fique	mais	alto	do	que	o	braço,	para	que	
apoie	a	mão	na	lateral	do	aparelho,	mantendo	a	musculatura	relaxada.
FIGURA 38 – POSIÇÃO DO BRAÇO NA INCIDÊNCIA MLO
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
• O próximo passo consiste em tracionar a mama da paciente para frente, com 
a	mão	espalmada	e	nunca	com	a	ponta	dos	dedos,	pois	podem	ficar	dobras	
de	pele.	Caso	apareçam	pregas	na	região	da	axila,	deve-se	puxar	a	pele	para	
desfazer	a	dobra	sem	soltar	a	mama.	Manter	a	outra	mão	no	ombro	da	paciente	
para	que	ela	mantenha	o	braço	relaxado	sobre	o	bucky.	O	bucky	deve	ficar	
encostado	nos	quadrantes	laterais	(INCA,	2019).
• Abra o sulco inframamário, localizado entre o vértice da mama e o abdome, 
e	efetue	a	compressão.
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
133
FIGURA 39 – POSIÇÃO DA MAMA E DA REGIÃO AXILAR NA INCIDÊNCIA MLO
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Critérios	 de	 qualidade	 do	 posicionamento	 na	 incidência	MLO	 (INCA,	
2019):
 
• O músculo peitoral maior deve ser visto, pelo menos, no nível da papila ou 
abaixo.	Para	verificação,	traça-se	uma	linha	imaginária	da	papila	até	o	vértice	
do músculo peitoral, com um ângulo perpendicular ao músculo ou à borda 
do	filme,	o	que	atingir	primeiro.
• Os elementos posteriores e anteriores da mama devem estar bem separados, 
com	boa	identificação	das	estruturas	adjacentes	ao	grande	peitoral.
• A	prega	inframamária	deve	ser	incluída	inferiormente.
• A	papila	deve	ficar	paralela	ao	filme,	sem	se	sobrepor	à	imagem.
• Uma	boa	inspeção	não	deve	mostrar	evidência	de	borramento	por	movimento.	
• A	angulação	deve	ser	simétrica.
• O	músculo	pequeno	peitoral	não	deve	estar	incluído	na	imagem.	
FIGURA 40 – POSICIONAMENTO ADEQUADO DA INCIDÊNCIA MLO
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
134
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
Cuidados importantes durante o posicionamento das pacientes 
(AGUILLAR,	2009):	
• Cuidar	para	que	a	papila	não	fique	rodada	para	cima	ou	para	baixo.
FIGURA 41 – ERRO DE POSICIONAMENTO DA PAPILA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
• Os	pés	da	paciente	devem	ficar	voltados	para	frente	do	aparelho.
• Não	deixar	que	a	paciente	fique	de	lado	ou	com	os	joelhos	flexionados,	quadril	
torto,	pés	afastados	do	aparelho	e	calcanhar	elevado.
FIGURA 42 – ERRO DE POSICIONAMENTO DAS PERNAS
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
135
• O abdome da paciente pode interferir no posicionamento correto da prega 
inframamária, assim, nesse caso, deve-se solicitar que a paciente encolha um 
pouco	a	barriga	durante	o	posicionamento.
• Observar alguns adornos que podem interferir no exame, como brincos 
grandes,	cabelo	comprido	e	solto,	correntes	etc.
3 INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS ADICIONAIS OU 
COMPLEMENTARES 
Sabemos	que,		ao	realizar	uma	incidência	adicional,	a	paciente	pode	ficar	
um	 pouco	 ansiosa,	 mas	 essas	 incidências	 não	 significam,	 necessariamente,	 a	
suspeita	de	alguma	lesão	ou	câncer	de	mama.	Muitas	vezes	são	realizadas,	pois	
alguma	parte	da	mama	não	foi	incluída	nas	incidências	básicas.	De	acordo	com	
o	Inca	(2019),	as	principais	incidências	complementares	são:	CC	exagerada,	CC	
medialmente	 exagerada	 (cleavage),	 caudocranial,	 mediolateral	 ou	 perfil	 (ML),	
lateromedial	(ou	contact)	e	axilar.
3.1 CRANIOCAUDAL LATERALMENTE EXAGERADA (XCCL)
Incidência	 conhecida	 como	 craniocaudal	 exagerada.	 É	 uma	 incidência	
indicada para a inclusão do quadrante lateral da mama, incluindo cauda de 
Spence	(glândula	mamária	que	“invade”	a	axila,	lateralmente	à	borda	lateral	do	
músculo	grande	peitoral)	(INCA,	2019).	
Posicionamento	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
• Rotação	do	tubo	de	5º	a	10º,	feixe	de	cima	para	baixo	(os	quadrantes	laterais	
ficam	um	pouco	mais	altos).
• Paciente posicionada como na CC, com ligeira rotação para centralizar os 
quadrantes	laterais	no	bucky.
• Elevar	o	sulco	inframamário	e	manter	o	mamilo	paralelo	ao	bucky.
• Bucky	próximo	dos	quadrantes	inferiores.
• Cleópatra: representa variação da XCCL, sendo realizada com o tubo vertical, 
feixe	perpendicular	à	mama	e	a	paciente	bem	inclinada	sobre	o	bucky.	A	opção	
entre realizar a incidência XCCL ou Cleópatra depende apenas da facilidade 
de posicionamento da paciente, pois ambas as incidências possuem o mesmo 
objetivo	e	o	mesmo	resultado	radiográfico.	Como	critério	de	avaliação	para	
essa incidência, deve-se incluir uma pequena porção do músculo peitoral, 
conforme	mostra	a	figura	a	seguir.
136
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 43 – POSICIONAMENTO DA TÉCNICA XCCL
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
3.2 CRANIOCAUDAL MEDIALMENTE EXAGERADA XCCM 
OU (CLEAVAGE – CV) 
Essa incidência serve para exposição adicional dos quadrantes mediais, 
sendo	realizada	com	o	feixe	em	craniocaudal.	As	duas	mamas	devem	ser	colocadas	
sobre	o	bucky.	
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Tubo	vertical,	feixe	perpendicular	à	mama.
• Posição da paciente é a mesma da CC, com os quadrantes mediais da mama 
a	 ser	 examinada	 centralizados	 no	 bucky	 (o	 sulco	 intermamário	 e	 a	mama	
oposta	também	ficam	sobre	o	bucky).
• Elevar	o	sulco	inframamário.
• Mamilo	paralelo	ao	filme.
• Bucky	 próximo	 dos	 quadrantes	 inferiores.	 Uma	 incidência	 bem	 realizada	
deve	incluir	o	sulco	intermamário	e	parte	da	mama	oposta	na	imagem.
FIGURA 44 – POSICIONAMENTO DA MAMA NA INCIDÊNCIA CV
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
137
3.3 CAUDOCRANIAL (REVERSE CRANIOCAUDAL – RCC) 
É	uma	variação	da	incidência	CC,	com	o	feixe	incidindo	na	parte	caudal	
e	saindo	na	parte	cranial.	É	utilizado	o	aparelho	de	mamografia	invertido,	com	
o	tubo	para	baixo	e	o	bucky	em	cima.	Deve-se	incluir	a	maior	parte	possível	da	
mama	na	radiografia.	Essa	incidência	é	indicada,	no	exame	da	mama	masculina	
ou	 feminina,	muito	 pequena	 (se	 houver	 dificuldade	 de	 realizar	 a	 CC,	 face	 ao	
pequeno volume da mama, pois, como a placa de compressão vem de baixo, essa 
incidência	não	exclui	os	tecidos	fixos	na	região	superior	e	pode	mostrar	mais	o	
tecido	posterior).
Indicações	(INCA,	2019):
 
• Para	pacientes	com	marca-passo	ou	com	cifose	acentuada.
• Pacientes	gestantes:	nos	raros	casos,	em	que	há	indicação	de	mamografia	em	
gestantes,	o	exame	deve	ser	realizado	com	avental	de	chumbo	no	abdome.	As	
incidências	básicas	CC	e	MLO	são	realizadas,	podendo,	a	CC,	ser	substituída	
pela	RCC	se	o	volume	do	útero	gravídico	permitir.
• Para marcação pré-cirúrgica delesões não palpáveis da mama, se a lesão 
estiver	nos	quadrantes	inferiores	e	for	a	menor	distância	pele-lesão.
• Essa incidência não é recomendada para pacientes com ascite ou abdome 
volumoso,	independentemente	do	sexo.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Rotação	do	tubo	a	180º,	feixe	perpendicular	à	mama.
• Paciente	de	frente	para	o	bucky,	ligeiramente	inclinada	sobre	o	tubo.
• Elevar	o	sulco	inframamário	além	do	limite	normal.
• Centralizar	a	mama,	comprimir	de	baixo	para	cima.
• Bucky	próximo	dos	quadrantes	superiores.
FIGURA 45 – POSICIONAMENTO DA TÉCNICA REVERSE CRANIOCAUDAL – RCC
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
138
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
3.4 MEDIOLATERAL (ML ou P) 
É	 a	 incidência	 de	 perfil	 da	mama.	Nela,	 deve	 ser	 visualizada	 parte	 do	
prolongamento	 axilar.	 Essa	 incidência	 é	 indicada	 na	 manobra	 angular	 e	 na	
verificação	do	posicionamento	do	fio	metálico	 após	marcação	pré-cirúrgica	de	
lesões	não	palpáveis.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
• Rotação	do	tubo	a	90º,	feixe	perpendicular	à	mama.
• Paciente	de	frente	para	o	bucky,	braço	do	lado	do	exame	relaxado	e	cotovelo	
dobrado.
• Levantar e colocar a mama para frente; o ângulo superior do receptor atrás da 
margem	lateral	do	grande	peitoral.
• Centralizar	a	mama	e	manter	o	mamilo	paralelo	ao	filme.
• Bucky	próximo	dos	quadrantes	externos.
• Parte	do	músculo	grande	peitoral	deve	estar	na	radiografia.
FIGURA 46 – POSICIONAMENTO DA MEDIOLATERAL ML OU P
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
3.5 LATEROMEDIAL (LM) 
Essa	 incidência,	 também	 chamada	 de	 perfil	 interno	 ou	 contact,	 deve	
incluir	 toda	a	parte	do	prolongamento	axilar.	É	 indicada	em	estudos	de	 lesões	
nos	quadrantes	mediais,	principalmente,	nas	localizadas	próximas	do	esterno.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Rotação	do	tubo	a	90º,	feixe	perpendicular	à	mama.
• Paciente	de	frente	para	o	bucky,	braço	do	lado	examinado	elevado,	fazendo	
90º	com	o	tórax	e	apoiado	no	bucky.
• Centralizar	a	mama,	manter	o	mamilo	paralelo	ao	filme.
• Bucky	próximo	dos	quadrantes	mediais.
• Comprimir	a	partir	da	linha	axilar	posterior	em	direção	à	mama.
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
139
FIGURA 47 – POSICIONAMENTO DA TÉCNICA LATEROMEDIAL
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
3.6 AXILAR 
Representa	a	radiografia	direcionada	para	a	região	axilar	e	é	indicada	para	
avaliação	de	lesões	na	região	correspondente.	Nessa	incidência,	deve	ser	feita	a	
inclusão de grande parte do músculo grande peitoral, parte do músculo pequeno 
peitoral	e	linfonodos	axilares.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
• Deve-se	rotacionar	o	tubo	a	90º.	O	feixe	deve	estar	perpendicular	à	axila.
• Posicionar	o	bucky	próximo	aos	quadrantes	laterais.
• Incluir	maior	porção	da	axila,	sem	necessidade	de	incluir	toda	a	mama.
• Incluir	parte	do	músculo	pequeno	peitoral.
FIGURA 48 – POSICIONAMENTO DA TÉCNICA AXILAR
FONTE: Inca (2019, p. 106)
140
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
4 MANOBRAS E COMPRESSÕES
De	acordo	com	o	Inca	(2019),	manobras	são	posicionamentos	especiais	que	
podem	ser	feitos	em	qualquer	incidência	com	a	finalidade	de	resolver	problemas	
específicos,	 porém,	 algumas	 combinações	 têm	 resultados	 mais	 eficientes	 em	
determinados	 casos.	 São	manobras	 adicionais:	 compressão	 seletiva,	 ampliação	
geométrica ou verdadeira, associação compressão seletiva e ampliação, angular, 
oblíquas	progressivas,	rotacional,	tangencial	e	Eklund.	
4.1 MANOBRA DE COMPRESSÃO SELETIVA
A manobra de compressão seletiva tem, como objetivo, tirar a sobreposição 
de	estruturas	com	densidades	semelhantes.	Essa	manobra	também	é	conhecida	
como compressão focal e pode ser utilizada como complemento de qualquer 
incidência.	É	indicada	para	estudos	de	assimetrias	e	distorções	focais	(áreas	mais	
densas).
FIGURA 49 – DIFERENÇA DA COMPRESSÃO PADRÃO PARA A COMPRESSÃO SELETIVA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):	
• Encaixar	 o	 compressor	 pequeno	 (redondo	 ou	 retangular)	 para	 comprimir	
somente	a	área	de	interesse,	com	o	feixe	colimado	nessa	pequena	área.	Pode	
ser	executada	em	qualquer	plano	de	imagem.
• Primeiramente,	localize	a	imagem	na	mamografia.
• Usando	os	dedos	(ou	medida	com	régua),	meça	a	distância	da	imagem	até	a	
papila	e	transfira	a	medida	para	a	mama	da	paciente,	marcando	o	local	com	
caneta.
• Comprima	a	área	marcada.
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
141
FIGURA 50 – ESQUEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE LESÃO PARA COMPRESSÃO SELETIVA
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
4.2 MANOBRA DE AMPLIAÇÃO GEOMÉTRICA OU 
AMPLIAÇÃO VERDADEIRA 
Esta incidência representa uma ampliação de qualquer parte da mama, 
podendo	 ser	 realizada	 como	 complemento	 de	 qualquer	 incidência.	 Deve-se	
cuidar para não confundir com ampliações feitas no monitor após a realização 
de	uma	incidência.	É	 indicada	para	avaliar	áreas	suspeitas,	principalmente,	no	
estudo	das	microcalcificações.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
• Usar	o	dispositivo	para	a	ampliação,	de	acordo	com	o	aumento	desejado.
• Colocar	o	compressor	para	a	ampliação.
• Mudar	para	o	foco	fino	(0,1	mm):	em	alguns	aparelhos,	quando	a	bandeja	de	
ampliação	é	colocada,	ocorre	a	mudança	automática	para	o	foco	fino.
FIGURA 51 – TÉCNICA DE AMPLIAÇÃO
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
142
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
4.3 ASSOCIAÇÃO ENTRE COMPRESSÃO SELETIVA E 
AMPLIAÇÃO GEOMÉTRICA
A ampliação geométrica é utilizada, simultaneamente, com a compressão 
seletiva, permitindo obter os benefícios das duas manobras e a racionalização do 
uso	de	materiais.	Pode	ser	feita	em	qualquer	incidência	e	é	indicada	para	avaliar	
detalhes	de	estruturas	e	dissociar	áreas	densas.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Usar	o	dispositivo	para	a	ampliação.
• Encaixar o compressor para a compressão seletiva e a ampliação (o braço do 
compressor	é	diferente	do	compressor	focal	simples).
• Medir	o	local	da	lesão:	mesmos	passos	da	compressão	seletiva.
FIGURA 52 – TÉCNICA DE COMPRESSÃO SELETIVA COM AMPLIAÇÃO
FONTE: <radioinmama.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2021.
4.4 MANOBRA ANGULAR
 
Esta manobra é mais empregada quando a imagem a ser estudada 
é	 visualizada	 na	MLO	 e	 o	 tubo	 é	 angulado	 diretamente	 para	 90º	 (ML),	 para	
permitir	 completa	dissociação	de	estruturas.	É	 indicada	para	estudos	de	áreas	
densas	 identificadas	na	 incidência	MLO,	que	podem	representar	 superposição	
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
143
de	 estruturas.	 É	 uma	 técnica	 mamográfica	 complementar	 à	 incidência	 MLO,	
aplicada quando não for possível a realização da compressão seletiva de forma 
satisfatória.
4.5 OBLÍQUAS PROGRESSIVAS
Esta	técnica	tem,	como	objetivo,	determinar	se	um	achado	mamográfico,	
visto, a princípio, em uma incidência padrão (craniocaudal ou mediolateral 
oblíqua),		persiste	em	projeções	anguladas,	e,	a	partir	daí,	diferenciar	a	sobreposição	
de	imagens	de	uma	lesão	real.	É	uma	forma	adequada	de	resolver	os	problemas	
de sobreposição, pois dissocia a lesão de alguma estrutura normal ou duas lesões 
distintas	que	apareçam	sobrepostas.
FIGURA 53 – TÉCNICA DE OBLÍQUAS PROGRESSIVAS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Indicações: 
• Presença	 de	 assimetria	 não	 calcificada,	 identificada,	 primeiramente,	 em	
apenas uma projeção padrão para diferenciar sobreposição de tecidos de 
lesão	real.
• Ajuda	a	identificar	a	verdadeira	posição	de	uma	lesão.
• Ocasionalmente, é útil para indicar a localização de mais de uma lesão na 
mesma	mama,	 especialmente,	 se	 tais	 lesões	 exibem	achados	mamográficos	
semelhantes	e	apresentam	distâncias	equivalentes	até	a	papila.	
144
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
Posicionamento,	de	acordo	com	Aguillar	(2009):
 
• Oblíquas progressivas envolvem imagens adicionais com aumentos 
sequenciais	de	15°	em	obliquidade.
• Inicia-se	a	projeção,	com	a	identificação	do	achado	mamográfico,	direcionando-
se	para	a	projeção,	na	qual	o	achadoem	questão	não	é	visível.
• Todas	as	imagens	devem	ser	obtidas	com	a	mama	na	mesma	orientação.
• Evitar	rodar	a	papila	sobre	a	mama.
• A paciente deve permanecer em pé, sem se curvar, já que o tubo de raios-X 
está	angulado	e	pode	levar	a	erros.
FIGURA 54 – POSICIONAMENTO PARA OBLÍQUAS PROGRESSIVAS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
4.6 MANOBRA ROTACIONAL OU ROLADA
 
Esta incidência consiste em realizar a rotação da mama no próprio eixo, 
com	a	finalidade	de	dissociar	estruturas.	Também	pode	ser	chamada	de	“rolada”	
e pode ser uma alternativa para substituir a compressão seletiva, quando esta 
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
145
última	 não	 puder	 ser	 realizada	 de	 forma	 satisfatória.	 A	 manobra	 rotacional	
original consistia em mover os quadrantes superiores para um lado (lateral ou 
medial)	e	os	quadrantes	inferiores	para	o	lado	oposto.
Atualmente, para facilitar a execução, utiliza-se apenas a rotação dos 
quadrantes	 que	não	 estão	 em	 contato	 com	o	filme,	 antes	de	 aplicar	 a	 bandeja	
de	 compressão.	 Essa	 incidência	 é	 indicada	 para	 a	 avaliação	 de	 áreas	 densas	
identificadas	 na	 incidência	 craniocaudal	 ou	 perfil,	 que	 podem	 representar	
superposição	de	estruturas	(INCA,	2019).
FIGURA 55 – TÉCNICA DA MANOBRA ROLADA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Algumas siglas utilizadas nessa manobra: 
• RM:	rotação	medial	–	na	CC,	rotação	dos	quadrantes	superiores	medialmente.
• RL:	rotação	lateral	–	na	CC,	rotação	dos	quadrantes	superiores	lateralmente.
• RS:	rotação	superior	–	no	P,	rotação	dos	quadrantes	mediais	superiormente.
• RI:	rotação	inferior	–	no	P,	rotação	dos	quadrantes	mediais	inferiormente.
 
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Na	CC,	deslocar,	suavemente	(em	torno	de	um	cm),	os	quadrantes	superiores	
lateral	ou	medialmente.
• No	P,	 deslocar,	 suavemente	 (em	 torno	 de	 um	 cm),	 os	 quadrantes	mediais	
superior	ou	inferiormente.
• A	escolha	do	sentido	da	rotação	(lateral,	medial,	superior,	inferior)	depende	
da	localização	da	lesão	e,	principalmente,	do	tipo	de	mama.	
• Essa manobra deve ser evitada nas mamas densas e predominantemente 
densas,	uma	vez	que	a	glândula	densa	pode	“esconder”	a	lesão.
146
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 56 – POSICIONAMENTO DA MANOBRA ROLADA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
4.7 MANOBRA TANGENCIAL 
É	a	incidência	que	consiste	em	fazer	o	feixe	de	raios-X	tangenciar	(passar	
apenas	 em	 um	ponto)	 a	 região	 da	mama	 onde	 está	 a	 lesão	 a	 ser	 estudada.	 É	
indicada para diagnóstico diferencial entre lesões cutâneas (cicatrizes cirúrgicas, 
verrugas,	calcificações,	cistos	sebáceos,	cosméticos	contendo	sais	opacos)	e	lesões	
mamárias.
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
 
• Para realizar a manobra tangencial, é necessário dispor de marcadores 
metálicos, representados por chumbinhos (encontrados dentro de projétil de 
arma	de	fogo),	miçangas	e	fios	metálicos.
• Os	 marcadores	 são	 colocados	 na	 pele	 com	 fita	 adesiva	 transparente	 (não	
utilizar	esparadrapo	comum,	pois	é	visualizado	na	radiografia).
FIGURA 57 – EXEMPLO DE MARCADORES METÁLICOS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
147
• Posicione a mama de maneira que o feixe de raios-X tangencie a marcação 
(pode-se realizar qualquer incidência, mesmo que não sejam padronizadas, 
desde	que	o	 feixe	de	 raios-X	 tangencie	 a	 área	 com	o	marcador)	 e	 efetue	 a	
compressão.
FIGURA 58 – MANOBRA TANGENCIAL
FONTE: Adaptada de Inca (2019)
4.8 MANOBRA DE EKLUND
Para	mamas	com	implantes	(normalmente,	silicone),	é	necessário	realizar	
incidências adicionais para deslocar o parênquima mamário e possibilitar a 
avaliação.	Essa	manobra	é	indicada	como	complementação	do	exame	de	pacientes	
com	implantes.	
Posicionamento,	de	acordo	com	o	Inca	(2019):
• Desloque o implante contra a parede torácica enquanto traciona o tecido 
mamário.
• Posteriormente,	aplique	a	compressão.
• Realize	a	manobra	nas	incidências	CC	e	MLO.
• A	realização	é	mais	fácil	nos	implantes	de	localização	retropeitoral.
148
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 59 – MANOBRA DE EKLUND
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Não realizar manobra de Eklund nas pacientes com contratura capsular 
(implantes endurecidos) ou nas pacientes com implantes volumosos, que ocupam grande 
extensão das mamas.
NOTA
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
149
FIGURA 60 – TÉCNICA DE POSICIONAMENTO DA MANOBRA DE EKLUND
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
5 POSICIONAMENTO DA MAMA MASCULINA 
A	mama	masculina	 deve	 ser	 posicionada	 como	 a	mama	 feminina.	 Na	
prática	 diária,	 pode-se	 obter	 incidência	 mamográfica	 mediolateral	 a	 90°	 em	
substituição	à	mediolateral	oblíqua.
Ao realizar a mediolateral oblíqua, a fotocélula lê a musculatura peitoral, 
que, no sexo masculino, é muito proeminente, podendo deixar o tecido mamário 
(área	de	interesse)	superexposto.	Outra	opção	é	obter	a	caudocranial	ao	invés	da	
craniocaudal,	com	o	objetivo	de	expor	grande	quantidade	de	tecido.	As	mesmas	
incidências complementares utilizadas para pacientes femininas podem ser 
indicadas para o sexo masculino, caso alguma anormalidade seja detectada nas 
incidências	básicas	(AGUILLAR,	2009).
150
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
FIGURA 61 – POSICIONAMENTO DA MAMA MASCULINA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
6 RADIOGRAFIA DE PEÇA CIRÚRGICA
 
As	lesões	não	palpáveis,	identificadas	na	mamografia,	e	que	necessitam	
de	cirurgia,	são	localizadas	no	pré-operatório.	Após	o	procedimento	cirúrgico,	as	
radiografias	da	peça	são	obtidas	para	confirmar	a	retirada	da	lesão	para	a	análise	
histológica.	 Caso	 a	 lesão	 seja	 maligna	 (diagnóstico	 prévio	 através	 da	 biópsia	
percutânea),	e	com	extensão	até	a	margem	da	peça,	ou	com	uma	margem	tumoral	
livre	 inferior	 a	 10	 mm,	 é	 necessário	 solicitar,	 ao	 cirurgião,	 excisão	 cirúrgica	
adicional	na	margem	comprometida	(AGUILLAR,	2009).
São	 realizadas	 duas	 radiografias	 da	 peça	 cirúrgica	 com	 compressão	
seletiva	 ampliada	 (ampliada	 para	 peças	 com	 microcalcificações)	 em	 planos	
ortogonais,	de	frente	e	de	lado.	Compressão	deve	ser	aplicada	para	diminuir	a	
espessura, reduzindo a radiação espalhada e separando as estruturas sobrepostas 
(AGUILLAR,	2009).
Como	técnica	mamográfica	mais	adequada,	com	base	em	instruções	do	
INCA	(2019),	é	recomendado	que	o	profissional	das	técnicas	radiológicas	utilize	
uma	ampliação.	Se	estiver	utilizando	um	mamógrafo	digital,	a	ampliação	pode	
ser	desnecessária	e	o	médico	utilizar	a	ampliação	computacional.
Deve ser utilizada a compressão para uma imagem mais uniforme da peça 
e	aplicar	parâmetros	de	exposição	manual,	em	torno	de	22kV,	com	40mAs.	Pode	
ser	utilizada	grade	de	acrílico	específica,	com	marcação	alfa	numérica	(radiopaca)	
para	acomodar	a	peça	e	facilitar	o	trabalho	do	médico	patologista.
TÓPICO 4 — INCIDÊNCIAS MAMOGRÁFICAS
151
FIGURA 62 – MAMOGRAFIA DE PEÇA CIRÚRGICA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
152
UNIDADE 2 — ANATOMIA E TÉCNICAS MAMOGRÁFICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
LESÕES MAMÁRIAS INCOMUNS: ENSAIO ICONOGRÁFICO
Rogério	Duarte	et	al.
As	 lesões	 mamárias	 incomuns	 podem	 representar	 um	 desafio	
diagnóstico, sendo importantes para o radiologista estar familiarizado com o 
aspecto	 radiológico.	 Essas	 lesões	 incluem	doenças	 sistêmicas	 (doença	vascular	
do	 colágeno,	 vasculite,	 hiperparatireoidismo),	 tumores	 benignos	 (hamartoma,	
fibromatose,	 tumor	 de	 células	 granulares	 e	 tumor	 filoide),	 doenças	 malignas	
(linfoma,	 sarcoma,	 carcinossarcoma,	 carcinoma	 adenoide	 cístico)	 ou	 doenças	
metastáticas	 (melanoma,	 linfoma,	 sarcoma,	 carcinoma	 do	 pulmão,	 estômago,	
ovário	e	células	renais)	etc.
O objetivo deste trabalho é demonstrar os aspectos radiológicos que 
são	 característicos	 das	 principais	 lesões	 mamárias	 incomuns.	 Analisamos,	
retrospectivamente, casos incomuns de lesões mamárias com e sem manifestação 
clínica,	 como	 hamartoma,	 lipoma	 retromamário,tumores	 filoides	 benigno	 e	
maligno,	 fibroadenoma	 atípico,	 ectasia	 ductal	 gigante,	 doença	 de	 Mondor,	
rabdomiossarcoma,	carcinoma	adenoide	cístico	e	linfoma.	Realizamos,	em	alguns	
desses	 casos,	 mamografia,	 ultrassonografia,	 tomografia	 computadorizada,	
ressonância	magnética	e	investigação	histológica.	[...]
Leia	mais	em:	https://bit.ly/3vP8fm3
153
RESUMO DO TÓPICO 4
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem incidências básicas que devem ser realizadas nos estudos 
mamográficos,	para	rastreamento	e	para	diagnóstico.	As	incidências	básicas	
são	a	craniocaudal	(CC)		e	a	mediolateral	oblíqua	(MLO),	sempre	realizadas	
bilateralmente.
 
• A incidência CC inclui toda a glândula mamária, desde a porção lateral até a 
medial,	não	incluindo	a	porção	axilar.	A	mama	é	radiografada	com	o	feixe	de	
raios-X,	indo	da	cabeça	em	direção	aos	pés.
• Quando	o	músculo	peitoral	não	estiver	presente	na	 incidência	CC,	deve-se	
realizar	uma	comparação	com	a	incidência	MLO,	para	saber	se	é	necessário	
repetir	a	incidência.	A	distância	do	mamilo	para	a	porção	posterior	da	mama	
na	MLO,	menos	o	valor	da	mesma	distância	na	CC,	deve	ser	menor	ou	igual	
a	um	centímetro.
• No	posicionamento	mamográfico,	quando	falamos	da	obliquidade,	estamos	
citando	o	ângulo	do	equipamento,	 e	não	da	paciente.	Na	 incidência	MLO,	
o	 tecido,	 a	 parede	 do	 tórax	 e	 a	 cauda	 axilar	 são	 mais	 bem	 visualizados.	
As chances de visualização de todo o tecido mamário são maiores nessa 
incidência.	 O	 quadrante	 com	maior	 probabilidade	 de	 não	 ser	 visualizado,	
nessa	incidência,	é	o	inferomedial.	
• Para	 mamas	 com	 implantes	 (normalmente,	 silicone),	 é	 necessário	 realizar	
incidências adicionais para deslocar o parênquima mamário e possibilitar 
a	avaliação.	Essa	manobra	 é	 indicada	 como	complementação	do	 exame	de	
pacientes	com	implantes.	
• A	 mama	 masculina	 deve	 ser	 posicionada	 como	 a	 mama	 feminina.	 Na	
prática	diária,	pode-se	obter	incidência	mamográfica	mediolateral	a	90°,	em	
substituição	à	mediolateral	oblíqua.	
154
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pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
• As	lesões	não	palpáveis,	 identificadas	na	mamografia,	e	que	necessitam	de	
cirurgia,	são	localizadas	no	pré-operatório.	Após	o	procedimento	cirúrgico,	
as	radiografias	da	peça	são	obtidas	para	confirmar	a	retirada	da	lesão	para	
a	análise	histológica.	Caso	a	 lesão	seja	maligna	 (diagnóstico	prévio	através	
da	biópsia	percutânea),	e	com	extensão	até	a	margem	da	peça,	ou	com	uma	
margem	tumoral	livre	inferior	a	10	mm,	é	necessário	solicitar,	ao	cirurgião,	
excisão	cirúrgica	adicional	na	margem	comprometida.
155
1 Leia o texto a seguir para responder a uma pergunta: 
Essa incidência inclui toda a glândula mamária, desde a porção lateral até a 
medial,	não	incluindo	a	porção	axilar.	A	mama	é	radiografada	com	o	feixe	de	
raios-X,	indo	da	cabeça	em	direção	aos	pés.
De	que	incidência	o	texto	está	se	referindo?	Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 Incidência	CC.	
b)	(			)	 Incidência	MLO.
c)	(			)	 Incidência	XCCL.
d)	(			)	 Incidência	P.
2	 Para	mamas	com	implantes	(normalmente,	silicone),	é	necessário	realizar	
incidências adicionais, para deslocar o parênquima mamário e possibilitar 
a	avaliação.	Essa	manobra	é	indicada	como	complementação	do	exame	de	
pacientes	com	 implantes.	De	acordo	com	o	assunto	abordado,	assinale	a	
alternativa que representa a manobra que deve ser realizada em pacientes 
com	implante	mamário.	Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 Manobra	de	Eklund.
b)	(			)	 Manobra	de	Cleópatra.
c)	(			)	 Manobra	angular.
d)	(			)	 Manobra	rolada.
3	 No	posicionamento	mamográfico,	quando	falamos	da	obliquidade,	estamos	
citando	o	ângulo	do	equipamento,	e	não	da	paciente.	Na	incidência	MLO,	
o	 tecido,	 a	parede	do	 tórax	 e	 a	 cauda	 axilar	 são	mais	 bem	visualizados.	
As chances de visualização de todo o tecido mamário são maiores nessa 
incidência.	De	acordo	com	esse	assunto,	analise	as	sentenças	a	seguir:
I- O quadrante com maior probabilidade de não ser visualizado, nessa 
incidência,	é	o	inferomedial.	
II- Deve-se iniciar o processo girando o tubo de raios-X, deixando o receptor 
paralelo	ao	músculo	grande	peitoral.	Esse	ângulo	pode	variar,	de	acordo	
com	as	características	físicas	de	cada	paciente,	de	30º	a	60º.
III- A maior parte dos serviços trabalha com ângulos de 35º, pois encontramos 
a	mama	paralela	ao	bucky.
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	 As	sentenças	II	e	III	estão	corretas.
b)	(			)	 Somente	a	sentença	I	está	correta.
c)	(			)	 As	sentenças	I	e	II	estão	corretas.
d)	(			)	 Somente	a	sentença	III	está	correta.
AUTOATIVIDADE
156
4 A manobra tangencial é uma incidência que consiste em fazer o feixe 
de	 raios-X	 tangenciar	 (passar	 apenas	 em	 um	 ponto)	 a	 região	 da	mama,	
onde	está	a	 lesão	a	ser	estudada.	É	 indicada	para	diagnóstico	diferencial	
entre	 lesões	 cutâneas	 (cicatrizes	 cirúrgicas,	 verrugas,	 calcificações,	 cistos	
sebáceos,	cosméticos	contendo	sais	opacos)	e	lesões	mamárias.	De	acordo	
com esse assunto descreva o passo a passo do posicionamento correto dessa 
manobra.
5 A técnica de oblíquas progressivas tem, como objetivo, determinar se 
um	 achado	mamográfico,	 visto,	 a	 princípio,	 em	 uma	 incidência	 padrão	
(craniocaudal	ou	mediolateral	oblíqua),	persiste	em	projeções	anguladas	e,	
a	partir	daí,	diferenciar	a	sobreposição	de	imagens	de	uma	lesão	real.	É	uma	
forma adequada de resolver os problemas de sobreposição, dissociação à 
lesão de alguma estrutura normal ou duas lesões distintas que apareçam 
sobrepostas.	De	 acordo	 com	 esse	 assunto,	 descreva	 as	 indicações	para	 a	
realização	dessa	técnica.
157
REFERÊNCIAS
AGUILLAR,	V.	L.	N.	Diagnóstico por imagem:	mamografia,	ultrassonografia,	
ressonância	magnética.	Rio	de	Janeiro:	Ed.	Revinter,	2009.
BUSHONG,	S.	C.	Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e prote-
ção.	9.	ed.	Rio	de	Janeiro:	Elsevier,	2010.
COLÉGIO	BRASILEIRO	DE	RADIOLOGIA.	Atlas BI-RADS.	São	Paulo:	Ed	2.	
Manole,	2016.
DRONKERS,	D.	J.	Mamografia prática: patologia, técnicas, interpretação e mé-
todos	complementares. Rio	Grande	do	Sul:	Ed.	Revinter,	2003.
DUARTE,	R.	Lesões mamárias incomuns: ensaio iconográfico. 2005. Disponível 
em:	file:///D:/APOSTILA%20MAMO%20UNIASSELVI/LIVROS%20E%20APOS-
TILAS/les%C3%B5es%20mam%C3%A1rias%20artigo.pdf.	Acesso	em:	21	fev.	
2021.
INCA.	Atualização em mamografia para técnicos em radiologia. Rio	de	Janeiro:	
Ed.	Ministério	da	Saúde,	2019.
INRAD.	Tratado de radiologia volume 3.	São	Paulo:	Ed.	Manole,	2017.
MINISTÉRIO	DA	SAÚDE.	Sistema BI-RADS: condutas.	2018.	Disponível	em:	
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/.	Acesso	em:	21	fev.	2021.
MINISTÉRIO	DO	TRABALHO	E	EMPREGO.	NR 32 - Segurança e saúde no tra-
balho em serviços de saúde.	2005.	Disponível	em:	https://enit.trabalho.gov.br/
portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-32.pdf.	Acesso	em:	21	fev.	2021.
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/
158
159
UNIDADE 3 — 
PROCEDIMENTOS INVASIVOS 
GUIADOS POR IMAGEM, 
NOVAS TECNOLOGIAS E 
DENSITOMETRIA ÓSSEA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender o que são os procedimentos invasivos guiados por ima-
gem;
• conhecer as novas tecnologias referentes à área da mamografia;
• entender os objetivos e os princípios físicos do exame de densitometria 
óssea;
• compreender as técnicas de posicionamento do exame de densitometria 
óssea.
 Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da 
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o 
conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM 
 NA MAMA
TÓPICO 2 – NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA 
TÓPICO 3 – INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
TÓPICO 4 – MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA
TÓPICO 5 – EXAME DE DENSITOMETRIAÓSSEA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
160
161
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO 
Acadêmico, o exame de mamografia é uma tecnologia única e que 
ainda não foi substituída, apesar da busca incansável por uma técnica menos 
desconfortável para as pacientes. 
Existem vários procedimentos e tecnologias que auxiliam e complemen-
tam o exame de mamografia, mas não o substituem. Os procedimentos invasivos, 
como as biópsias, servem para retirada de lesões para possíveis avaliações anato-
mopatológicas. Esses procedimentos podem ser guiados por vários métodos de 
imagem e serão abordados nesta unidade.
2 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA
O objetivo do método é direcionar o cirurgião para a lesão não palpável 
de interesse, de modo que essa lesão seja devidamente removida pela biópsia 
cirúrgica. A biópsia cirúrgica de uma lesão não palpável não deve ser realizada 
sem o conhecimento exato da localização na mama. Pode ser guiada por imagem 
mamográfica, ultrassonográfica ou pela ressonância magnética (AGUILLAR, 
2009). 
De acordo com Aguillar (2009), o procedimento pode ser feito de três 
formas:
 
• Colocação de um fio-guia metálico.
• Radiofármaco tecnécio-99 associado a uma substância coloide (dextran ou 
fitato).
• Injeção de carvão vegetal.
Quando for guiada por mamografia, deve ser determinada por duas 
incidências ortogonais: craniocaudal e perfil em 90 graus (mediolateral ou 
lateromedial). Pode ser realizada pelo método biplanar ou pelo método 
estereotáxico (método que abordaremos mais à frente). Quando guiada pela 
ultrassonografia, é feita através da visualização da lesão pelo ultrassom em tempo 
real. Se realizada através da ressonância magnética, requer o uso de agulha sem 
propriedades ferromagnéticas e a injeção de meio de contraste paramagnético.
TÓPICO 1 — 
PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR 
IMAGEM NA MAMA
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
162
2.1 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: MÉTODO BIPLANAR
Preferencialmente, as pacientes devem ser posicionadas sentadas em 
uma posição confortável. Utilizando um compressor fenestrado e com marcação 
alfanumérica nas bordas, posiciona-se a lesão de interesse centralizada na 
fenestra. A compressão realizada deve ser a mínima necessária para manter a 
mama firme, sem desencadear dor.
O fio utilizado para marcação deve percorrer a menor distância possível 
no interior da mama e, para isso acontecer, deve-se localizar a menor distância 
entre a lesão e a pele para a inserção da agulha.
Como um exemplo prático, se tivermos uma lesão com calcificações 
localizadas no quadrante superolateral da mama esquerda, claramente, são mais 
“laterais” do que superiores, ou seja, estão mais próximas da pele do aspecto 
lateral da mama. Dessa forma, o menor percurso do fio, no interior da mama, se 
dá inserindo a agulha por via lateral. Para tanto, a mama deve ser posicionada em 
perfil lateromedial, ou seja, com o compressor fenestrado em contato com a pele 
lateral da mama. 
Com o posicionamento correto, é realizada a antissepsia local e, após 
traçar a posição alfanumérica exata da lesão, é feita a anestesia local nessa posição. 
A agulha é inserida nesse local, perpendicular ao plano do compressor. Após a 
inserção, uma nova incidência, ainda nessa posição, confirma a correta inserção 
da agulha na mama (sem dobras ou desvios). Alivia-se, então, a compressão 
com cuidado, para que a agulha não seja deslocada. O compressor fenestrado 
é trocado por um habitual e a paciente é reposicionada na incidência ortogonal. 
Uma nova imagem é adquirida, comprovando que a agulha está passando por 
meio da lesão e é realizada a ancoragem do fio. A incidência com o fio ancorado 
é usada para guiar o cirurgião.
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM NA MAMA
163
FIGURA 1 – PROCEDIMENTO DE LOCALIZAÇÃO COM A PLACA FENESTRADA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
2.2 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: MÉTODO 
ESTEREOTÁXICO
A localização pré-cirúrgica pelo método estereotáxico consiste no princípio 
da triangulação, em que o cálculo da quantidade de desvio de uma lesão em duas 
projeções, tomadas com angulação de 15 graus positivos e negativos, permite a 
localização precisa em três dimensões. Para a localização pré-cirúrgica da lesão 
não palpável, podem ser utilizados um ou mais fios-guia metálicos, o carvão 
vegetal (pouco comum now nosso meio) ou o radiomarcador (Tc-99), conforme 
a experiência dos profissionais envolvidos e a disponibilidade do material a ser 
utilizado (AGUILLAR, 2009). 
A primeira imagem é realizada com centralização da lesão na placa de 
compressão (scout) e, posteriormente, são obtidas imagens esterotáxicas. Para 
localizações esterotáxicas com aparelho adaptado ao mamógrafo, a paciente 
deve estar sentada, iniciando com uma angulação de -15º. Caso seja realizada 
na mesa dedicada ao procedimento, a paciente deve estar em posição prona, 
iniciando com a angulação de +15º. Após a obtenção das imagens, são obtidas 
as coordenadas x, y, e z, que fornecem a localização exata da lesão. É informado, 
ao equipamento, o comprimento da agulha para ajustar a profundidade (índice 
z). A agulha é introduzida a partir da superfície da mama, transfixando a lesão, 
de forma que a ultrapasse, não devendo estar mais de 1,0 cm distante da lesão. 
São realizadas duas incidências com o fio-guia, servindo como orientação para o 
cirurgião escolher a melhor via para acessar a lesão (AGUILLAR, 2009).
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
164
FIGURA 2 – DEMONSTRAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE LOCALIZAÇÃO POR ESTEREOTAXIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
FIGURA 3 – FIGURA MAMOGRÁFICA DA ESTEREOTAXIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM NA MAMA
165
2.3 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA ORIENTADA PELA 
ULTRASSONOGRAFIA
Primeiramente, é realizada a localização da lesão pela ultrassonografia. 
Através dessa avaliação, é escolhido o menor trajeto até a lesão. Realiza-se a 
inserção da agulha paralelamente ao tórax. Faz-se necessário monitorar todo o 
procedimento através das imagens ultrassonográficas, visualizando a agulha no 
interior da lesão em cortes transversais e longitudinais. 
Quando a localização pré-cirúrgica é feita com o fio metálico, a agulha 
deve transfixar a lesão. Após a retirada da agulha, o fio-guia permanece na lesão, 
sendo removido apenas no momento da cirurgia. Durante o procedimento, só se 
deve retirar a agulha soltando o fio-guia após ser certificada a localização correta 
(AGUILLAR, 2009).
FIGURA 4 – LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA PELO ULTRASSOM
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
2.4 LOCALIZAÇÃO PRÉ-CIRÚRGICA: RESSONÂNCIA 
MAGNÉTICA
Para este procedimento, é necessária uma bobina com abertura lateral e 
uma agulha de calibre 18G ou 20G, sem propriedades ferromagnéticas. Pode ser 
realizado por dois métodos, grade com coordenadas ou método à mão livre.
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
166
É realizada a fase com contraste para a localização correta da lesão. A 
velocidade do procedimento é muito importante, pois as lesões não realçam mais 
de 5 a 10 minutos após a injeção. É importante fazer uma mamografia em duas 
incidências ortogonais após o agulhamento orientado pela ressonância magnética, 
para auxiliar a orientação do cirurgião quanto à localização da lesão. Além disso, 
essas radiografias podem demonstrar uma lesão que não havia sido vista antes 
da ressonância e podem orientar no seguimento da paciente (AGUILLAR, 2009).
3 TIPOS DE BIÓPSIA
Qualquer lesão mamária, palpável ou não, que possa ser alcançada 
com segurança por agulha, pode ser submetida à biópsia percutânea. Quando 
se detecta uma lesão suspeita não palpável através dos métodos de imagem da 
mama, temosum aumento do número e das possibilidades de realização de 
procedimentos invasivos mamários (AGUILLAR, 2009).
 
Prezado acadêmico, entenderemos um pouquinho mais a respeito desses 
procedimentos a seguir.
3.1 PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF)
Essa técnica consiste em introduzir agulhas finas (18G, 20G ou 22G) no 
interior da lesão, com o principal objetivo de obterem células para determinar o 
diagnóstico citológico. É uma técnica simples, rápida e de custo reduzido, que não 
causa trauma e é bem tolerada pelas pacientes, virtualmente, sem complicações.
FIGURA 5 – SISTEMA PARA PUNÇÃO ASPIRATIVA PAAF
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM NA MAMA
167
3.2 BIÓPSIA PERCUTÂNEA DE FRAGMENTOS COM PISTOLA 
AUTOMÁTICA (CORE BIOPSY)
A biópsia percutânea mamária de fragmentos guiada por estereotaxia, 
pela ultrassonografia ou pela ressonância magnética, é um procedimento pouco 
invasivo, usado para o diagnóstico de lesões não palpáveis e suspeitas. É realizada 
quando o fragmento do tecido mamário tem tamanho e consistência suficientes 
para permitir a análise histológica. É um procedimento realizado com pistola 
automática e disparos curtos e longos (15 e 22 mm) (AGUILLAR, 2009).
FIGURA 6 – SISTEMA PARA CORE BIOPSY
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009); <policlinicaitapua.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2021.
3.3 BIÓPSIA PERCUTÂNEA DE FRAGMENTOS ASSISTIDA A 
VÁCUO (MAMOTOMIA)
A mamotomia foi criada em 1994, por Parker, com o intuito de superar 
as limitações da biópsia percutânea com pistola automática, obtendo uma 
quantidade maior de tecido, minimizando os casos de concordância parcial na 
hiperplasia ductal atípica e no carcinoma ductal in situ diagnosticados com a 
biópsia com pistola automática. 
Esse método proporciona a excisão total de lesões com até 1,5 centímetro, 
podendo ser guiado por estereotaxia, ultrassom e ressonância magnética. O 
procedimento é realizado com cânula de calibre 11 ou 8, acoplada a um dispositivo 
https://policlinicaitapua.com.br/artigo-inter/core-biopsy
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
168
a vácuo. Atualmente, existem outros equipamentos de biópsia de fragmentos 
auxiliada pelo vácuo, com agulhas de calibre 9 e 12, com aberturas maior e menor 
da cânula, dependendo da espessura da mama (AGUILLAR, 2009). 
Alguns benefícios desse método são:
• Obtenção de fragmentos maiores e por contiguidade.
• Menos hemorragia.
• Agilidade do procedimento.
• Possibilidade de deixar, no local biopsiado, um clipe metálico para eventual 
retirada total da lesão com diagnóstico de malignidade. 
Contudo, esse método também possui desvantagens, pois não elimina 
os resultados histológicos "subestimados" e apresenta custo operacional 
significativamente mais elevado do que a core biopsy. 
FIGURA 7 – PROCEDIMENTO DE MAMOTOMIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
Vantagens da biópsia por fragmentos: Core-biopsy/Mamotomia 
(AGUILLAR, 2009):
• As biópsias de fragmentos são vantajosas pois são procedimentos pouco 
invasivos. 
• As cicatrizes e as lesões menores do que na biópsia cirúrgica.
• São procedimentos rápidos e com recuperações quase que imediatas.
• Não interfere na arquitetura do parênquima, não afetando a interpretação de 
mamografias futuras.
• Há custo financeiro mais baixo do que uma biópsia cirúrgica.
• Não há necessidade de internação hospitalar.
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM NA MAMA
169
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
3.4 SISTEMA DE ESTEREOTAXIA NO AUXÍLIO DOS 
PROCEDIMENTOS INVASIVOS DA MAMA
O equipamento de estereotaxia pode ser analógico ou digital, sendo, 
o digital, mais vantajoso, com todas as vantagens de um sistema digital. O 
equipamento de estereotaxia pode ser acoplado ao mamógrafo, assim, a paciente 
precisa realizar o procedimento sentada. O ideal é que o sistema tenha uma mesa 
de procedimentos intervencionistas, na qual a paciente fique posicionada em 
decúbito ventral. 
A seguir, será possível observar o procedimento com a paciente em 
decúbito lateral em um sistema adaptado em um mamógrafo. Na figura que 
vem depois, visualizaremos o procedimento em uma mesa específica para 
procedimentos intervencionistas na mama (AGUILLAR, 2009).
FIGURA 9 – BIÓPSIA COM SISTEMA ESTEROTÁXICO ADAPTADO EM MAMÓGRAFO
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
FIGURA 8 – PROCEDIMENTO DE MAMOTOMIA
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
170
FIGURA 10 – BIÓPSIA COM SISTEMA ESTEROTÁXICO DEDICADO COM MESA DE 
PROCEDIMENTOS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
No sistema dedicado, usa-se anestesia e é utilizada uma pistola automá-
tica (core biopsy) para retirar, pelo menos, cinco fragmentos, sendo um central 
e outros quatro fragmentos nas posições 3h, 6h, 9h e 12h. Nos casos de calcifica-
ções, pode ser necessário um maior número de fragmentos (AGUILLAR, 2009).
4 DUCTOGRAFIA OU GALACTOGRAFIA
O procedimento define causas de fluxo papilar espontâneo unilateral de 
ducto único. A maior parte de fluxos papilares espontâneos pode ser causada 
por tumores benignos, como papilomas ou por carcinomas ductais in situ. Por 
isso, torna-se importante identificar as etiologias das anormalidades intraductais. 
Apesar de ser um procedimento deixado, muitas vezes, em segundo plano, a 
ductografia diagnóstica e a pré-operatória auxiliam a guiar intervenções cirúrgicas, 
evitando que excisões ductais centrais não removam o sistema ductal anormal 
ou removam somente uma parte dele. Quando os princípios fundamentais da 
ductografia são aprendidos, torna-se um procedimento fácil de ser realizado 
(AGUILLAR, 2009). 
TÓPICO 1 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM NA MAMA
171
FIGURA 11 – MATERIAIS E MÉTODO DA DUCTOGRAFIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
FIGURA 12 – REALIZAÇÃO DO EXAME DE DUCTOGRAFIA
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
FIGURA 13 – FIGURAS MAMOGRÁFICAS EM PERFIL APÓS INJEÇÃO DO MEIO DE CONTRASTE
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
172
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A localização pré-cirúrgica tem, como objetivo, direcionar o cirurgião para 
a lesão não palpável de interesse, de modo que essa lesão seja devidamente 
removida pela biópsia cirúrgica.
• A localização pré-cirúrgica pelo método estereotáxico consiste no princípio 
da triangulação, no qual o cálculo da quantidade de desvio de uma lesão em 
duas projeções, tomadas com angulação de 15 graus positivos e negativos, 
permite a localização precisa em três dimensões.
• Quando a localização pré-cirúrgica é feita com o fio metálico, a agulha deve 
transfixar a lesão. Após a retirada da agulha, o fio-guia permanece na lesão, 
sendo removido apenas no momento da cirurgia. 
• Qualquer lesão mamária, palpável ou não, que possa ser alcançada com 
segurança por agulha, pode ser submetida à biópsia percutânea.
• A mamotomia foi criada em 1994, por Parker, com o intuito de superar as 
limitações da biópsia percutânea com pistola automática, obtendo uma 
quantidade maior de tecido, minimizando os casos de concordância parcial 
na hiperplasia ductal atípica e no carcinoma ductal in situ diagnosticados 
com a biópsia com pistola automática.
• A ductografia é um procedimento que define causas de fluxo papilar 
espontâneo unilateral de ducto único. A maior parte de fluxos papilares 
espontâneos pode ser causada por tumores benignos, como papilomas, ou 
por carcinomas ductais in situ.
RESUMO DO TÓPICO 1
173
1 A localização pré-cirúrgica tem o objetivo de direcionar o cirurgião para a 
lesão não palpável de interesse, de modo que essa lesão seja devidamente 
removida pela biópsia cirúrgica. A biópsia cirúrgica de uma lesão não 
palpável não deve ser realizada sem o conhecimento exato da localização 
na mama. Acerca da localização pré-cirúrgica, assinale a alternativa 
CORRETA:
( ) Quando for guiada por mamografia, deve ser determinada por duas 
incidências ortogonais: craniocaudal e perfilem 90 graus (mediolateral ou 
lateromedial). Pode ser realizada pelo método biplanar ou pelo método 
estereotáxico.
( ) Este método proporciona a excisão total de lesões com até 1,5 centímetro, 
podendo ser guiado por estereotaxia, ultrassom e ressonância magnética.
( ) Este procedimento define causas de fluxo papilar espontâneo unilateral 
de ducto único.
( ) Esta técnica consiste em introduzir agulhas finas (18, 20 ou 22G) no interior 
da lesão, com o principal objetivo de obter células para determinar o 
diagnóstico citológico.
2 Este método proporciona a excisão total de lesões com até 1,5 centímetro, 
podendo ser guiado por estereotaxia, ultrassom e ressonância magnética. 
O procedimento é realizado com cânula de calibre 11 ou 8, acoplada a um 
dispositivo a vácuo. Atualmente, existem outros equipamentos de biópsia 
de fragmentos auxiliada pelo vácuo, com agulhas de calibre 9 e 12, com 
aberturas maior e menor da cânula, dependendo da espessura da mama. 
Assinale a alternativa que representa o método a que o texto se refere:
 
a) ( ) Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF)
b) ( ) Biópsia Percutânea de Fragmentos com Pistola Automática (CORE 
BIOPSY)
c) ( ) Ductografia ou Galactografia
d) ( ) Biópsia Percutânea de Fragmentos Assistida a Vácuo (MAMOTOMIA).
3 Qualquer lesão mamária, palpável ou não, que possa ser alcançada com 
segurança por agulha, pode ser submetida à biópsia percutânea. Quando 
se detecta uma lesão suspeita não palpável através dos métodos de imagem 
da mama, há um aumento do número e das possibilidades de realização de 
procedimentos invasivos mamários. De acordo com esse assunto, descreva 
o método de biópsia PAAF.
4 A localização pré-cirúrgica pelo método estereotáxico consiste no princípio 
da triangulação, no qual o cálculo da quantidade de desvio de uma lesão 
em duas projeções, tomadas com angulação de 15 graus positivos e 
negativos, permite a localização precisa em três dimensões. De acordo com 
esse assunto, descreva como deve ser realizado esse método.
AUTOATIVIDADE
175
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO 
A gravidade das doenças mamárias está relacionada com o tamanho, o 
grau histológico e a extensão da invasão tumoral no momento do diagnóstico. 
Por isso, imagens de alta qualidade são essenciais para o diagnóstico precoce, 
melhorando o prognóstico dessas pacientes. Nos últimos anos, percebemos uma 
grande preocupação com a melhora na tecnologia que envolve a qualidade da 
imagem em mamografia.
Prezado acadêmico, por esse motivo, no Tópico 2, falaremos das novas 
tecnologias que estão disponíveis no mercado. Os profissionais que pretendem 
trabalhar com a mamografia precisam estar sempre se atualizando e saber quais 
são as técnicas e os equipamentos disponíveis.
 
2 TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA
A tomossíntese mamária digital (DBT - Digital Breast Tomosynthesis), 
também chamada de mamografia 3D, é uma tecnologia atual, lançada no 
mercado há pouco tempo. Esse método foi desenvolvido a partir dos avanços da 
mamografia digital de campo total, combinada com as técnicas de reconstrução 
tridimensional de imagens (INCA, 2018). 
De acordo com o Inca (2018), na DBT, utiliza-se um mamógrafo digital 
em que o tubo de raios-X faz uma trajetória em forma de arco sobre a mama 
comprimida em um ângulo que pode variar de acordo com o fabricante, variando 
de -7,5° a +7,5° até -25° a +25°, obtendo-se projeções mamográficas com baixa 
dose de radiação. Essas projeções mamográficas são reconstruídas, utilizando a 
tecnologia digital similar à tomografia, exibindo a mama em cortes de 1,0 mm de 
espessura. 
Essas imagens são enviadas para monitores de alta resolução chamados 
de estação de trabalho, nos quais o radiologista pode:
 
• Obter as incidências tradicionais em 2D. 
• Ver as imagens em cortes (“fatias”) de 1,0 mm de espessura.
• Analisar as imagens de modo dinâmico cinematográfico em 3D. 
TÓPICO 2 — 
NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA
176
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
Essa ferramenta não tem o intuito de substituir ou alterar a maneira 
com que o tecnólogo e o radiologista realizam ou interpretam os achados 
mamográficos, mas acrescentar informações positivas para elevar a sensibilidade 
e a especificidade da mamografia como método de rastreamento e diagnóstico do 
câncer de mama (INCA, 2018). 
FIGURA 14 – FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA DE TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA
FONTE: Adaptada de Santos (2010)
O equipamento de tomossíntese realiza as incidências mamográficas 
tradicionais 2D, então, pode ser utilizado na rotina de rastreamento do serviço 
de diagnóstico por imagem. A compressão da mama ocorre do mesmo modo 
praticado no exame de mamografia normal. A mama permanece estática durante 
todo procedimento, o que se movimenta é o tubo em ângulos determinados. 
O tubo se movimenta até 20º, produzindo uma imagem a cada 1º de 
movimentação, ou seja, durante o exame de tomossíntese, até 20 imagens podem 
ser produzidas. O tempo médio de aquisição é de cinco segundos e as imagens 
demoram um pouco mais para aparecer na tela, pois passam por um processo de 
reconstrução e tratamento para remoção de possíveis distorções ocasionadas pelo 
movimento do tubo. 
Quando se pensa em uma aquisição de cinco segundos, relaciona-se com 
a alta dose de radiação na paciente, mas não no sistema de tomossíntese. Nesse 
caso, estima-se que cada aquisição emita uma dose com cerca de 10% de radiação 
do total que seria utilizado em uma incidência de mamografia. Assim, um exame 
de tomossíntese 3D tem, na dose total da mama, o equivalente a duas incidências 
do exame mamográfico tradicional 2D.
A imagem da tomossíntese vai do plano craniocaudal até o mediolateral 
obliquo. Mesmo avaliando a imagem em workstation com ferramentas de pós-
processamento, não é possível fazer reconstruções multiplanares (axial, sagital 
TÓPICO 2 — NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA
177
e coronal). Ao contrário da TC, apesar da tomossíntese produzir imagens 
tridimensionais com cerca de 1mm de espessura, estas não são adquiridas com o 
tubo girando 360º em torno da mama da paciente.
FIGURA 15 – FIGURAS ADQUIRIDAS EM UM EQUIPAMENTO DE TOMOSSÍNTESE
FONTE: <radioinmama.com.br>. Acesso em: 18 abr. 2021.
QUADRO 1 – COMPARATIVO DAS VANTAGENS E DAS DESVANTAGENS DA TOMOSSÍNTESE
FONTE: <https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/atualizacao-em-mamografia-para-tecni-
cos-em-radiologia>. Acesso em: 18 abr. 2021.
http://www.radioinmama.com.br/tomossintese.html
178
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3 MAMOGRAFIA COM CONTRASTE
A mamografia com contraste iodado endovenoso é um método que vem 
sendo lentamente introduzido na prática clínica fora do Brasil, com resultados 
iniciais comparáveis aos da ressonância magnética para detecção e avaliação 
da extensão do câncer de mama. É um método com potencial de crescimento, 
uma vez que a ressonância magnética é um procedimento de alto custo e alguns 
pacientes apresentam contraindicações. 
Esse método ajuda a confirmar a localização de uma lesão conhecida ou 
suspeita quando os resultados da triagem não são conclusivos. Pode ser realizada 
em menos de sete minutos, usando o mesmo equipamento de mamografia, na 
mesma sala, com a mesma equipe. É utilizado contraste iodado na mesma dose da 
tomografia (1 a 2 ml/kg), preferencialmente, com a bomba injetora, a um fluxo de 
3ml/s. As contraindicações e os riscos são os mesmos da tomografia, necessitando 
de preparo semelhante (BARRA; BARRA; SOBRINHO, 2012).
De acordo com o Barra e colaboradores (2012), a mamografia com contraste 
com técnica temporal é semelhante à angiografia. Uma imagem pré-contraste é 
adquirida, servindo como máscara para a subtração das imagens pós-contraste 
subsequentes. O agente de contraste iodado é administrado com a paciente 
sentada sem as mamas estarem comprimidas. Um par de imagens com baixa e 
alta energias é obtido em cada incidência, com duração médiade 10 segundos 
por incidência. 
As imagens são adquiridas entre dois e sete minutos, tomando, como base, 
os conhecimentos prévios da ressonância magnética, sendo que a prática dos 
profissionais de aplicação tem recomendado o tempo de cinco minutos depois da 
injeção do meio de contraste.
A dose de radiação da imagem de alta energia equivale a cerca de 20% da 
obtida na mamografia convencional, assim, há um incremento total de apenas 
20% na dose final do exame. Tem, como vantagem, a possibilidade de obtenção de 
imagens em diferentes planos, além de compressões e magnificações de ambas as 
mamas com uma única injeção de contraste. Comparando-se com a mamografia 
digital, a mamografia com contraste apresenta grande sensibilidade (93% vs. 
78%) e boa especificidade (83%).
TÓPICO 2 — NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA
179
FIGURA 16 – TEMPO ENTRE A INJEÇÃO DE CONTRASTE E A AQUISIÇÃO DAS IMAGENS
FONTE: O autor
Seguem dois casos descritos no artigo de revisão de Martins et al. (2014), 
apresentando algumas imagens mamográficas pré e pós-contraste, evidenciando 
lesões, demonstrando a acurácia do método de exame com o uso do meio de 
contraste.
FIGURA 17 – EXAME MAMOGRÁFICO COM USO DE MEIO DE CONTRASTE - CASO 01
FONTE: Adaptada de Martins et al. (2014)
180
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
FIGURA 18 – EXAME MAMOGRÁFICO COM USO DE MEIO DE CONTRASTE – CASO 02
FONTE: Adaptada de Martins et al. (2014)
4 ESTUDO DA MAMA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
A utilização da ressonância magnética (RM) tem, como grande vantagem, 
não utilizar radiação ionizante, além de não sofrer influência de mamas densas. 
As imagens da RM são resultado da interação de ondas de radiofrequência com o 
núcleo do átomo do hidrogênio. É necessária a administração venosa de contraste 
paramagnético (gadolínio) para a completa avaliação das lesões da mama (INCA, 
2018).
A ressonância magnética não está indicada como primeira opção para 
todas as pacientes. É indicada para o rastreamento em mulheres de alto risco 
e pode auxiliar na caracterização de lesões duvidosas, particularmente, quando 
não há possibilidade de biópsia.
Mesmo que represente um papel importante no diagnóstico, sempre é 
utilizada com a mamografia. De acordo com o Inca (2018), a RM é indicada nos 
seguintes casos:
 
• Situações não conclusivas: quando o exame clínico, a mamografia e/ou 
ultrassonografia não conseguem esclarecer o problema.
• Carcinoma oculto: situação em que a primeira manifestação do câncer de 
mama é a alteração do linfonodo axilar.
• Planejamento terapêutico: após o diagnóstico de malignidade na biópsia, para 
planejamento cirúrgico, em especial, nas lesões pequenas.
• Resposta à quimioterapia neoadjuvante: nos tumores localmente avançados, 
TÓPICO 2 — NOVAS TECNOLOGIAS NA MAMOGRAFIA
181
realizada antes e após a quimioterapia neoadjuvante, com as finalidades de 
medir o tumor e avaliar a redução, respectivamente.
• Suspeita de recidiva: nas mulheres já tratadas de câncer de mama, quando o 
exame físico, a mamografia e/ou a ultrassonografia mostram lesão que pode 
representar recidiva. 
• Complicações de implantes mamários: se houver suspeita de deslocamento, 
ruptura ou coleção nos implantes mamários. 
A RM permite o estudo detalhado da anatomia da mama, pois apresenta 
um ótimo resultado no contraste tecidual com as partes moles, versatilidade 
na geometria e obtém imagens nos planos axial, sagital e coronal, permitindo a 
diferenciação das diversas estruturas (AGUILLAR, 2009).
Existem algumas contraindicações usuais da RM, que também se aplicam 
ao estudo da mama, como marca-passo cardíaco, clipe de aneurisma cerebral 
ferromagnético, válvula cardíaca do tipo Starr-Edwards e prótese coclear. 
Pacientes que utilizam dispositivo intrauterino (DIU) podem ser 
submetidas ao exame. Gestantes também podem realizar o exame com segurança, 
porém, nessas pacientes, não se utiliza o gadolínio (contraste paramagnético), 
devido à possibilidade remota de efeito teratogênico (AGUILLAR, 2009).
Ao realizar a RM de mamas, é importante que a paciente seja tranquilizada 
para reduzir os efeitos de artefatos de movimento, como respiração e batimentos 
cardíacos. A paciente é posicionada em decúbito ventral, com apoio para a cabeça 
e os pés. O posicionamento dos braços pode variar, sendo mais confortável, 
na maioria dos casos, o posicionamento acima da cabeça. A bobina utilizada é 
específica para mamas.
FIGURA 19 – POSICIONAMENTO E BOBINA PARA REALIZAR RM DE MAMAS
FONTE: Adaptada de Aguillar (2009)
182
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
5 IMAGEM MOLECULAR MAMÁRIA 
A cintilografia mamária vem sendo utilizada desde os anos 90, quando 
iniciaram observações da captação em lesões mamárias pelo traçador Sestamibi, 
marcado com tecnécio, marcador utilizado em exames de cintilografia 
miocárdica. É um método que avalia muito bem lesões mamárias benignas e 
malignas, não sofrendo influência da densidade mamária. Contudo, apresenta 
uma desvantagem, pois existe uma grande distância entre o detector e a mama, 
diminuindo a sensibilidade para lesões próximas à parede torácica e em lesões 
menores que 10 mm (BARRA; BARRA; SOBRINHO, 2012).
O procedimento é realizado com a paciente sentada e a mama imobilizada, 
com leve compressão, cerca de um terço a menos do que na mamografia. Podem 
ser obtidas imagens em qualquer incidência mamográfica, mas devem ser feitas 
as incidências de rotina craniocaudal e mediolateral oblíqua para que sejam 
correlacionadas com as imagens de mamografia. O exame pode ser realizado com 
a aquisição das imagens com cerca de 5 a 10 mm.
A dose de radiação, na cintilografia, é diferente do exame de mamografia. 
Na mamografia, a radiação é apenas mamária e, na cintilografia, a dose é corporal, 
encontrando-se, principalmente, nos sistemas urinário e intestinal. Na maior 
parte das pesquisas, a dose de tecnécio utilizada é de 20-30 mCi, correspondente 
a cerca de 7 mSv (dose corporal), 2-7 vezes a radiação da mamografia (1-3 mSv). 
Exames com doses menores estão sendo realizados (8 mCi até 4 mCi) para se 
chegar à radiação final próxima à da mamografia.
FIGURA 20 – CINTILOGRAFIA MAMÁRIA
FONTE: Adaptada de Barra, Barra e Sobrinho (2012)
Mama direita
Craniocaudal
Média dois detectores
Mama esquerda
Craniocaudal
Média dois detectores
Mama direita
Obríqua mediolateral
Média dois detectores
Mama esquerda
Obríqua mediolateral
Média dois detectores
183
RESUMO DO TÓPICO 2
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A tomossíntese mamária digital (DBT - Digital Breast Tomosynthesis), 
também chamada de mamografia 3D, é uma tecnologia atual, lançada 
no mercado há pouco tempo. Esse método foi desenvolvido a partir dos 
avanços da mamografia digital de campo total, combinada com as técnicas de 
reconstrução tridimensional de imagens.
• O equipamento de tomossíntese realiza as incidências mamográficas 
tradicionais 2D, então, pode ser utilizado na rotina de rastreamento do serviço 
de diagnóstico por imagem.
• A mamografia com contraste iodado endovenoso é um método que vem 
sendo lentamente introduzido na prática clínica fora do Brasil, com resultados 
iniciais comparáveis aos da ressonância magnética para detecção e avaliação 
da extensão do câncer de mama.
• A utilização da ressonância magnética (RM) tem, como grandes vantagens, 
não utilizar radiação ionizante e não sofrer influência de mamas densas. As 
imagens da RM são resultado da interação de ondas de radiofrequência com 
o núcleo do átomo do hidrogênio.
• A cintilografia mamária vem sendo utilizada desde os anos 90, quando 
iniciaram observações da captação em lesões mamárias pelo traçador 
Sestamibi, marcado com tecnécio, marcador utilizado em exames de 
cintilografia miocárdica.
184
1 Um método que foi desenvolvido a partir dos avanços da mamografia digital 
de campo total, combinado com as técnicas de reconstrução tridimensionalde imagens, na DBT, utiliza-se um mamógrafo digital, em que o tubo de 
raios-X faz uma trajetória em forma de arco sobre a mama comprimida 
em um ângulo que pode variar, de acordo com o fabricante. De acordo 
com o enunciado, de que técnica estamos falando? Assinale a alternativa 
CORRETA:
a) ( ) Mamotomia.
b) ( ) Core biopysia.
c) ( ) Tomossíntese mamária.
d) ( ) Mamografia contrastada.
2 As imagens da RM são resultado da interação de ondas de radiofrequência 
com o núcleo do átomo do hidrogênio. É necessária a administração venosa 
de contraste paramagnético (gadolínio) para a completa avaliação das 
lesões de mama. Acerca da ressonância de mama, analise as sentenças a 
seguir:
I- A utilização da ressonância magnética (RM) tem, como grandes vantagens, 
não utilizar radiação ionizante e não sofrer influência de mamas densas
II- A ressonância magnética não está indicada como primeira opção para 
todas as pacientes. É indicada como rastreamento em mulheres de alto risco 
e pode auxiliar na caracterização de lesões duvidosas, particularmente, 
quando não há possibilidade de biópsia.
III- O procedimento é realizado com a paciente sentada e a mama imobilizada, 
com leve compressão, cerca de um terço a menos do que na mamografia. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 A cintilografia mamária vem sendo utilizada desde os anos 90, quando 
iniciaram observações da captação em lesões mamárias pelo traçador 
Sestamibi, marcado com tecnécio, marcador utilizado em exames de 
cintilografia miocárdica. É um método que avalia muito bem lesões 
mamárias benignas e malignas, não sofrendo influência da densidade 
mamária. De acordo com esse assunto, descreva como esse procedimento 
deve ser realizado.
AUTOATIVIDADE
185
4 A mamografia com contraste iodado endovenoso é um método que 
vem sendo lentamente introduzido na prática clínica fora do Brasil, com 
resultados iniciais comparáveis aos da ressonância magnética para detecção 
e avaliação da extensão do câncer de mama. É um método com potencial 
de crescimento, uma vez que a ressonância magnética é um procedimento 
de alto custo e alguns pacientes apresentam contraindicações. Acerca desse 
assunto, descreva como deve ser realizado esse método de imagem.
186
187
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO 
A densitometria óssea é um método de diagnóstico por imagem que 
determina a densidade mineral óssea e que permite o diagnóstico de doenças 
ósseas metabólicas e endócrinas que envolvem alterações da regulação dos sais 
inorgânicos, cálcio e fósforo no corpo humano. A osteoporose é um exemplo de 
doença metabólica e, independentemente da causa, pode ser diagnosticada na 
densitometria. Esse método de diagnóstico ainda permite avaliar a resposta do 
tratamento de um paciente (ANIJAR, 2003).
2 TECIDO ÓSSEO
 
O tecido ósseo é um tecido conectivo especializado e, com a cartilagem 
e o tecido muscular, forma o sistema esquelético. De acordo com Anijar (2003), 
possui três funções básicas:
• Mecânica: sustentação e serve como local de inserção dos músculos para 
locomoção
• Protetora: protege os órgãos vitais e a medula óssea.
• Metabólica: serve como reserva de íons, principalmente, cálcio e fósforo, para 
a manutenção da homeostase sérica, essencial para a vida.
2.1 ORGANIZAÇÃO MACROSCÓPICA
Podemos diferenciar os ossos que compõem o esqueleto humano de duas 
formas:
TÓPICO 3 — 
INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
A principal indicação do exame de densitometria óssea é a avaliação da 
osteoporose e esse assunto será abordado mais à frente.
ESTUDOS FU
TUROS
188
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
• Ossos planos (crânio, escápula, mandíbula e esterno).
• Ossos longos (tíbia, fêmur, úmero etc.).
Derivam de duas fontes diferentes durante os desenvolvimentos 
intramembranoso e endocondral, respectivamente, embora os ossos longos 
intervenham dos dois processos (ANIJAR, 2003).
Em um osso longo em crescimento, as epífises e as metáfises se originam em 
dois centros de ossificação independentes. Estão separadas por um revestimento 
cartilaginoso, a cartilagem epifisária (placa de crescimento). Desse revestimento 
de células proliferativas e da matriz cartilaginosa em expansão, provém o 
crescimento longitudinal do osso, que, até o fim do crescimento, calcifica-se por 
completo, sendo remodelado (ANIJAR, 2003).
A parte externa do osso é denominada de cortical (osso compacto), densa, 
formada por tecido calcificado. Na diáfise, contém a cavidade medular, na qual 
se aloja a medula óssea hematopoiética. A cortical óssea é formada por lâminas 
ósseas paralelas e extremamente próximas entre si, constituindo uma substância 
dura e compacta que confere resistência ao osso e, também, pelo periósteo.
Em direção à metáfise e à epífise, a cortical diminui progressivamente, 
e o espaço interno é ocupado por uma rede de trabéculas calcificadas e finas, 
denominada de osso esponjoso ou trabecular. 
O osso trabecular é muito menos espesso e é formado por lâminas ósseas 
irregulares e dispostas em vários sentidos, com espaços livres entre si, ocupados 
pela medula óssea, encarregada de elaborar as células sanguíneas.
FIGURA 21 – CORTICAL ÓSSEA E OSSO TRABECULAR.
FONTE: <https://bit.ly/3nGHXPL>. Acesso em: 18 abr. 2021.
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
189
2.2 ORGANIZAÇÃO MICROSCÓPICA
O tecido ósseo é constituído pela matriz extracelular e pelas células que 
interferem na formação e na reabsorção óssea. A matriz celular é calcificada 
por cristais de hidroxiapatita, associados à fibra de colágeno tipo 1 (90%) e às 
proteínas não colágenas.
As células ósseas são: osteoblastos, osteoclastos e osteócitos. Veremos as 
funções a seguir.
2.2.1 Osteócitos
Essa célula está localizada na profundidade do osso, em pequenas lacunas 
osteocíticas. Os osteócitos são células osteogênicas, os (osteoblastos) que ficam 
presos na matriz óssea que eles mesmo produzem, e que, mais tarde, calcificam-se.
Ao fim de um período de vida ativa, os osteoblastos são envolvidos por uma 
matriz orgânica, sofrendo uma transformação das características morfológicas 
e funcionais, passando, então, a se chamar de osteócitos. Essas células novas 
mantêm contato entre si através de prolongamentos do citoplasma, formando 
uma verdadeira rede viva na qual as substâncias proteicas e minerais trafegam 
pelo interior dos ossos, promovendo trocas e sinalizações que são indispensáveis 
para o funcionamento dos ossos (ANIJAR, 2003).
2.2.2 Osteoblastos
 É a célula responsável pela produção dos componentes da matriz 
(colágeno e substância fundamental). Origina-se da célula-mãe mesenquimal 
local. São células pequenas, destinadas à síntese proteica (fabricação de proteínas), 
responsáveis pela síntese de colágeno tipo 1 e dos cristais de hidroxiapatita.
Hidroxiapatita
É a forma mineral organizada mais abundante now nosso organismo, fixada na matriz 
orgânica e produzida pelos osteoblastos. Esses cristais conferem, ao tecido ósseo, a dureza 
necessária para as funções, além de serem, em última análise, a forma de armazenamento 
de cálcio e de fósforo que o nosso organismo utiliza.
NOTA
190
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
Nos ossos de adultos, após a destruição do tecido velho, realizada pelos 
osteoclastos, os osteoblastos promovem a substituição do osso removido por 
tecido novo, restaurando as propriedades naturais (ANIJAR, 2003).
2.2.3 Osteoclastos
 Também é uma célula de revestimento ósseo que é responsável pela 
reabsorção óssea. Fica em contato com a superfície óssea calcificada e dentro de 
lacunas, resultado da própria atividade reabsortiva (ANIJAR, 2003).
São células grandes, multinucleadas, que possuem atividade proteolítica 
(destruição de proteínas), responsáveis peladestruição do tecido ósseo velho 
para possibilitar a renovação.
2.3 REMODELAMENTO ÓSSEO 
O crescimento ósseo acontece como modelamento ósseo (crianças), 
renovação da massa óssea e alteração no tamanho e na forma dos ossos. A 
saúde óssea é mantida pelo remodelamento ósseo, consistindo na substituição 
do osso velho pelo novo. Esse remodelamento é uma sequência coordenada de 
ativação, reabsorção e formação. As células responsáveis por esse processo são os 
osteoblastos e os osteoclastos, que já abordamos anteriormente.
O osso consiste em células embutidas em uma matriz de fibras de colágeno 
e minerais. Alguns sinais estimulam as células precursoras mononucleadas, 
provenientes da medula óssea, a migrarem ao local de remodelação, e essas 
células se fundem, para formar osteoclastos (ANIJAR, 2003).
De acordo com Anijar (2003), o processo de remodelação óssea consiste 
em cinco estágios:
• Fase de ativação.
• Fase de reabsorção.
• Fase de formação.
Os ossos, então, dependem da atividade dos osteoclastos, que identificam 
regiões de tecido velho e as destroem, iniciando o processo de renovação.
NOTA
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
191
• Fase de mineralização.
• Fase de repouso.
2.3.1 Ativação
A superfície do osso passa do estado de repouso para o estado ativado. 
Embora não se saiba, exatamente, como isso acontece, sabe-se que locais onde 
ocorrem danos microscópicos são selecionados para iniciar o processo de 
remodelação.
2.3.2 Reabsorção
Os osteoclastos se unem, firmemente, à superfície óssea, e secretam 
enzimas e ácidos que degradam o osso. A atividade dos osteoclastos cria cavidades 
na superfície óssea.
Na medida que o osso é reabsorvido, pequenas quantidades de cálcio são 
liberadas na corrente sanguínea e essa fase reflete o período de transição, a partir 
da qual ocorre o acoplamento crítico entre a reabsorção e a formação óssea. Os 
osteoclastos morrem e criam uma linha de cimento com cola, que liga o osso novo 
ao osso velho.
2.3.3 Formação
A fase de formação dura, em média, três meses. Nessa fase, os osteoblastos 
reconstroem o osso, preenchendo as cavidades deixadas pelos osteoclastos.
2.3.4 Mineralização
Na fase de mineralização, o cálcio e o fósforo se fixam às fibras deixadas 
pelos osteoblastos, iniciando a mineralização, o que faz com que o osso retorne 
ao estado pré-corrosão.
2.3.5 Repouso
Nessa fase, a atividade celular, na superfície óssea, é interrompida até que 
o próximo ciclo de remodelação seja iniciado. Os osteoblastos ficam retidos no 
osso para formar os osteócitos. Assim, o osso é remodelado para garantir a força 
óssea continuamente.
192
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
FIGURA 22 – PROCESSO DE REMODELAMENTO ÓSSEO
FONTE: <https://bit.ly/3e9dOWa>. Acesso em: 18 abr. 2021.
3 OSTEOPOROSE
A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de 
massa óssea. É uma doença crônica e multifatorial que ocorre devido à destruição 
microarquitetural do tecido ósseo e tem, como consequência, a fragilidade óssea 
e o aumento da susceptibilidade à ocorrência de fraturas (ANIJAR, 2003).
De acordo com Anijar (2003), a osteoporose representa um grande problema 
de saúde pública, apresentando um aumento cada vez maior, devido à melhora 
da expectativa de vida da população, uma vez que é uma doença relacionada 
ao envelhecimento e à diminuição do hormônio estrogênio, principalmente, nas 
mulheres. 
É interessante sabermos que, quando o equilíbrio se rompe na doença, ou 
como consequência normal do envelhecimento, há um aumento da reabsorção 
óssea, além de uma redução na formação de osso novo. Isso leva às perdas ósseas 
quantitativa e qualitativa, gerando a OSTEOPOROSE.
De acordo com Anijar (2003), a osteoporose, de forma geral, pode ocorrer 
na forma primária ou associada a outras doenças:
• Primária: quando não há uma patologia subjacente que justifique ocorrência. 
Resulta, a princípio, da diminuição de estrogênios após a menopausa e/ou 
da aquisição insuficiente de massa óssea durante a fase de crescimento do 
indivíduo.
• Secundária: quando a perda óssea é secundária a uma doença, a um distúrbio 
alimentar ou à medicação, principalmente, corticoides.
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
193
QUADRO 2 – FATORES DE RISCO PARA OSTEOPOROSE
FONTE: <https://bit.ly/3eL2qiA>. Acesso em: 18 abr. 2021.
Normalmente, as formas primárias da osteoporose evoluem de forma 
silenciosa, não se manifestando de forma clínica específica. Um dos primeiros 
achados da osteoporose é a fratura, que já representa um estágio mais avançado 
da doença.
FIGURA 23 – FATORES PRECIPITANTES PARA FRATURAS
FONTE: Adaptada de Anijar (2003)
194
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3.1 SUBSTÂNCIAS QUE INFLUENCIAM NA REGULAÇÃO DO 
METABOLISMO ÓSSEO
O organismo humano depende de vários fatores para se manter em 
equilíbrio, sejam eles externos ou internos. Para mantermos o sistema esquelético, 
não é diferente e, por isso, a seguir, veremos algumas substâncias que interferem 
no metabolismo e na saúde dos ossos.
3.1.1 Vitamina D
Além dos osteoclastos e dos osteoblastos se regularem entre si, mantendo 
o equilíbrio da saúde óssea, há várias outras substâncias que ajudam nesse 
processo.
A vitamina D exerce um papel fundamental na regulação do metabolismo 
ósseo. A ação favorece a absorção do cálcio no intestino para a luz dos vasos 
sanguíneos, para os ossos e outros órgãos, sendo uma das substâncias mais 
importantes nesse processo.
3.1.2 Estrógenos e testosterona
Os estrógenos estimulam diretamente os osteoblastos, assim como a 
produção de calcitonina, hormônio que controla a atividade dos osteoclastos, 
reduzindo a reabsorção óssea. A testosterona exerce papel fundamental sobre os 
osteoblastos, porém, de forma indireta. Os hormônios sexuais exercem importante 
papel sobre o tônus muscular, que estimula, positivamente, os osteoblastos.
3.1.3 Hormônio da paratireoide
O PTH possui papel hipercalceminante, aumentando a taxa de cálcio no 
sangue. Quando não fazemos a ingestão de cálcio, a paratireoide se encarrega de 
produzir mais quantidade desse hormônio, que estimula os osteoclastos.
3.1.4 Calcitonina 
Hormônio produzido pela tireoide que tem atividade hipocalceminante. 
Quando a taxa de cálcio está alta no nosso organismo, além do normal, esse 
hormônio determina uma verdadeira “repressão” nos osteoclastos, fazendo com 
que parem de reabsorver osso.
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
195
Além dos citados, existem outras substâncias que são importantes na 
regulação do metabolismo ósseo:
• Vitamina K.
• Fósforo.
• Hormônio do Crescimento (hipófise). 
• Corticosteroides (esteroides produzidos pelas glândulas suprarrenais).
• Outros.
3.2 DIAGNÓSTICO DA OSTEOPOROSE
As radiografias simples não constituem uma técnica adequada para a 
avaliação da osteoporose, pois só conseguimos avaliar a doença em radiografias, 
de forma mais tardia.
Para avaliação e diagnóstico precoces da osteoporose, temos a densitome-
tria (DXA) e a tomografia computadorizada quantitativa (QCT), principalmen-
te, a volumétrica (vQCT), sendo que o método de diagnóstico mais utilizado, 
considerado o mais preciso e validado em grandes estudos populacionais, é a 
densitometria óssea pelo método DXA, que permite diagnosticar a doença preco-
cemente, avaliar o risco de fratura e monitorar o tratamento (BONNICK, 2012).
Clinicamente, a doença é diagnosticada pela presença de fraturas de 
baixo impacto, sem causas secundárias, o que comprova a redução da resistência 
óssea, mesmo sem a baixa massa óssea evidente ou avaliada. A tomografia 
computadorizada quantitativa volumétrica (vQCT), a CT de alta resolução (hrCT) 
e a ressonância magnética de alta resolução (hrMR) podem ser realizadas para se 
estudar a microestrutura, principalmente, na área de pesquisa (BONNICK, 2012).
A patogênese da osteoporose gira em torno da remodelaçãoóssea. As 
principais células do osso são:
• OSTEOCLASTOS: responsáveis pela reabsorção óssea.
• OSTEOBLASTOS: responsáveis pela formação óssea.
NOTA
196
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3.2.1 Medidas quantitativas
O diagnóstico da osteoporose é realizado mediante a ocorrência de fraturas 
que estão associadas à fragilidade óssea. O exame de densitometria óssea fornece 
a medida quantitativa da massa óssea, que é responsável por mais de dois terços 
da variação da resistência óssea. As medidas quantitativas da densidade óssea 
da coluna lombar, antebraço, quadril e calcanhar, de acordo com os estudos, 
mostraram ser eficientes para prever o risco de fratura (ANIJAR, 2003).
As grandezas de Conteúdo Mineral Ósseo – BMC (do inglês, Bone Mineral 
Content), dado em g ou g/cm, e de Densidade Mineral Óssea – BMD (do inglês, 
Bone Mineral Density), dada em g/cm2, são os parâmetros medidos para a análise 
quantitativa da massa óssea presente. Esses valores são utilizados para monitorar 
as mudanças da massa óssea com o tempo. No entanto, a medida isolada da 
densidade mineral óssea de um indivíduo não oferece um diagnóstico específico 
de osteoporose. A BMD de um paciente deve ser comparada com valores normais 
de jovens do mesmo sexo e com indivíduos normais de mesmos sexo e idade e, em 
alguns casos, mesma etnia e peso. Os valores são expressos como porcentagem 
ou desvio padrão em relação a essa população. Para isso, são usados os índices 
T-score e Z-score.
FIGURA 24 – ÍNDICES DE BMD
FONTE: <https://bit.ly/3aZsXaO>. Acesso em: 18 abr. 2021.
O índice T-score mede a diferença entre o BMD do paciente e o BMD 
médio da população jovem normal, calculado pela equação apresentada a seguir: 
FIGURA 25 – CÁLCULO EQUAÇÃO T-score
FONTE: <https://bit.ly/3aZsXaO>. Acesso em: 18 abr. 2021.
TÓPICO 3 — INTRODUÇÃO À DENSITOMETRIA ÓSSEA
197
BMDpaciente é o BMD medido no paciente; BMDjovem é o valor médio 
de BMD da população jovem de mesmo sexo; e SDjovem é o desvio padrão. 
Os critérios de diagnóstico de osteoporose, usando o resultado de T-score, 
foram propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1994, e serão 
apresentados a seguir:
FIGURA 26 – CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO PROPOSTOS PELA OMS
FONTE: <https://bit.ly/3u8YnTw>. Acesso em: 18 abr. 2021.
Já o índice Z-score mede a diferença entre o BMD do paciente e o BMD 
médio da população de mesma idade, sexo e etnia, calculado pela equação 
demonstrada a seguir:
FIGURA 27 – CÁLCULO DA EQUAÇÃO Z-SCORE
FONTE: <https://bit.ly/3aZsXaO>. Acesso em: 18 abr. 2021.
BMDpaciente é o BMD medido no paciente; BMDpares é o valor médio de 
BMD da população de mesma idade e sexo; e Sd pares é o desvio padrão.
Resultados de Z-score iguais ou abaixo de -2,0 podem sugerir causas 
secundárias de osteoporose. Em crianças, o Z-score é usado para avaliação da 
massa óssea.
 Para mulheres na transição menopausal e menopausadas, assim como 
para homens com idade a partir de 50 anos, é utilizada a classificação T score. O 
diagnóstico de osteoporose pode ser feito se houver um T-score igual ou inferior 
a −2,5 (ANIJAR, 2003).
198
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
A osteoporose não pode ser diagnosticada em pacientes jovens saudáveis 
(homens com menos de 50 anos ou mulheres na pré-menopausa), utilizando 
apenas os dados de DMO. Z-score igual ou inferior a −2.0 de desvio-padrão é 
definido, nesses grupos populacionais, como “abaixo da faixa esperada para 
a idade”. Contudo, caso haja uma causa secundária, os termos osteoporose e 
osteopenia podem ser utilizados.
199
RESUMO DO TÓPICO 3
 Neste tópico, você aprendeu que:
• A densitometria óssea é um método de diagnóstico por imagem que determina 
a densidade mineral óssea do paciente e que permite o diagnóstico de doenças 
ósseas metabólicas e endócrinas que envolvem alterações da regulação dos 
sais inorgânicos, cálcio e fósforo no corpo humano.
• Em um osso longo em crescimento, as epífises e as metáfises se originam 
em dois centros de ossificação independentes e estão separadas por um 
revestimento cartilaginoso, a cartilagem epifisária (placa de crescimento).
• O tecido ósseo é constituído pela matriz extracelular, pelas células que 
interferem na formação e pela reabsorção óssea. A matriz celular é calcificada 
por cristais de hidroxiapatita, associados à fibra de colágeno tipo 1 (90%) e às 
proteínas não colágenas.
• A osteoporose é uma doença caracterizada pela perda progressiva de massa 
óssea. É uma doença crônica e multifatorial, que ocorre devido à destruição 
microarquitetural do tecido ósseo e tem, como consequências, a fragilidade 
óssea e o aumento da susceptibilidade à ocorrência de fraturas.
• Clinicamente, a osteoporose é diagnosticada pela presença de fraturas de baixo 
impacto, sem causas secundárias, o que comprova a redução da resistência 
óssea, mesmo sem a baixa massa óssea evidente ou avaliada.
• O índice T-score mede a diferença entre o BMD do paciente e o BMD médio 
da população jovem normal.
• O índice Z-score mede a diferença entre o BMD do paciente e o BMD médio 
da população de mesma idade, sexo e etnia.
200
1 A densitometria óssea é um método diagnóstico que permite o diagnóstico 
de doenças ósseas metabólicas e endócrinas, que envolvem alterações 
da regulação dos sais inorgânicos, cálcio e fósforo no corpo humano. De 
acordo com esse assunto, assinale a alternativa CORRETA, que define o 
objetivo da densitometria óssea:
a) ( ) Determinar a densidade cortical óssea.
b) ( ) Determinar a densidade osteoporótica.
c) ( ) Determinar a densidade mineral óssea do paciente.
d) ( ) Determinar a densidade da massa cortical do osso. 
2 O tecido ósseo é constituído pela matriz extracelular e pelas células que 
interferem na formação e na reabsorção óssea. A matriz celular é calcificada 
por cristais de hidroxiapatita, associados à fibra de colágeno tipo 1 (90%) e 
às proteínas não colágenas. As células ósseas são osteoblastos, osteoclastos 
e osteócitos. De acordo com esse assunto, analise as sentenças a seguir:
I- Os osteoclastos estão localizados na profundidade do osso, em pequenas 
lacunas osteocíticas. 
II- Os osteoblastos são células de revestimento ósseo e produzem 
componentes da matriz (colágeno e substância fundamental).
III- Os osteoclastos também são células de revestimento ósseo, responsáveis 
pela reabsorção óssea. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) As sentenças II e III estão corretas
c) ( ) Somente a sentença I está correta.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 A BMD de um paciente deve ser comparada com valores normais de 
jovens do mesmo sexo e com indivíduos normais de mesmo sexo e idade 
e, em alguns casos, mesma etnia e peso. Os valores são expressos como 
porcentagem ou desvio padrão em relação a essa população. Para isso, são 
usados os índices T-score e Z-score. De acordo com esse assunto, descreva 
os índices de T-score e Z-escore.
4 O organismo humano depende de vários fatores para se manter em 
equilíbrio, sejam eles externos ou internos. Para mantermos o sistema 
esquelético, não é diferente. De acordo com esse assunto, cite as substâncias 
que interferem no metabolismo e na saúde dos ossos.
AUTOATIVIDADE
201
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO 
O diagnóstico da osteoporose é baseado na avaliação da densidade (massa) 
óssea. Atualmente, o método DXA é uma técnica considerada “padrão ouro” 
para avaliar a medida de massa óssea, sendo um meio não invasivo para avaliar 
pacientes com osteoporose, possibilitando um diagnóstico e um seguimento. Com 
esse método, é mensurado o conteúdo mineral ósseo ou a densidade mineral por 
área, que nada mais é que a quantidade mineral dividida pela área óssea estudada 
(ANIJAR, 2003).
De acordo com Bonnick (2012), DXA significa Dual Emission X-Ray 
Absoptiometry, sendo a medida de absorção da radiação pelo corpo,que está sendo 
atingido por feixes de raios-X com duas energias diferentes, de 70 e 140 KeV.
O princípio do DXA é baseado no fato de as características de atenuação 
dos tecidos ósseos e moles serem diferentes e, portanto, o emprego de dois feixes 
de energias distintas permite o estabelecimento desse diferencial. 
2 EVOLUÇÃO DAS TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO DA 
OSTEOPOROSE
De acordo com Bonnick (2012), as tentativas mais antigas para tentar 
diagnosticar a osteoporose eram realizadas com radiografias simples. Contudo, 
esse método é limitado para esse tipo de diagnóstico, pois a desmineralização 
do osso só se torna evidente nas radiografias após a perda de 40% ou mais da 
densidade óssea, por isso, é considerado um método ultrapassado. 
Características da radiografia simples na avaliação da osteoporose, de 
acordo com Bonnick (2012):
• Com a baixa sensibilidade, podemos avaliar a perda de massa óssea apenas 
quando esta já for superior a 40%.
• Há visualização do trabeculado vertical das vértebras, devido ao 
desaparecimento das trabéculas horizontais.
• Ocorre diminuição do contraste da imagem radiográfica entre o interior do 
corpo vertebral e os tecidos moles adjacentes.
• Existe acentuação dos contornos ou das molduras vertebrais.
TÓPICO 4 — 
MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA 
DENSITOMETRIA ÓSSEA
202
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
• Deformidades vertebrais podem ser totais ou colapsos, anteriores, 
acunhamentos ou, ainda, bicôncavos.
• Há nódulos de Schmorl, que são hérnias do núcleo pulposo para dentro do 
corpo vertebral.
2.1 TÉCNICAS DE ABSORCIOMETRIA
De acordo com Bonnick (2012), na radiologia, a atenuação se refere à 
redução do número e da energia de fótons em um feixe de raios-X. Nesse caso, 
a atenuação é a redução da intensidade do feixe de raios-X em grande escala, 
e essa atenuação é determinada pela densidade do tecido. Essas diferenças 
de densidades dos tecidos são responsáveis pela criação das imagens que 
visualizamos nos raios-X.
As diferenças nas atenuações das energias dos fótons de raios-X pelos 
tecidos diferentes do nosso corpo são responsáveis pelo contraste, que permite 
que as imagens possam ser visualizadas. Se podemos quantificar o grau de 
atenuação, também podemos quantificar a densidade do tecido. Essa premissa 
fundamenta a medida da densidade óssea com técnicas de absorciometria 
fotônica (BONNICK, 2012).
2.1.1 Single Photon Absorptiometry (SPA) 
A absorciometria fotônica única foi criada em 1963, com o objetivo de 
determinar a densidade óssea, incidindo um feixe de fóton com energia única 
através dos ossos e das partes moles. A quantidade de mineral encontrada 
pelo feixe poderia ser quantificada, subtraindo a intensidade do feixe após a 
passagem do próprio feixe na região de interesse com a intensidade inicial. Após 
a quantificação da atenuação do fóton, era feita uma comparação com a atenuação 
do fóton, observada com um padrão da calibragem advindo do osso com padrões 
já conhecidos (BONNICK, 2012).
Os feixes eram bem colimados e, originalmente, era utilizado iodo- 125 a 
23 KeV ou amerício- 241 a 59,6 KeV. Essa técnica era considerada precisa, apesar 
dos parâmetros variarem discretamente, de acordo com o sítio (região) a ser 
avaliado (BONNICK, 2012).
Observações da técnica SPA:
• Criada em 1963.
• Primeira técnica com uso da absormetria.
• Utilização de fótons-gama de uma única energia I¹²5 e Am ¹4¹.
• Muito artefato na imagem gerada, devido à atenuação, causada pelas partes 
moles.
TÓPICO 4 — MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA
203
FIGURA 28 – EQUIPAMENTO SPA
FONTE: <https://radiologykey.com/densitometry-techniques/>. Acesso em: 18 abr. 2021.
2.1.2 Dual Photon Absorptiometry (DPA)
O princípio da absorciometria fotônica dupla é o mesmo da fotônica 
única. A diferença é que, nesse método com emissão de fótons duplos, é utilizado 
um isótopo com emissão de energia fotônica em dois picos fotoelétricos distintos, 
ou dois isótopos, emitindo energias fotônicas em picos fotoelétricos separados e 
distintos (BONNICK, 2012).
Segundo Bonnick (2012), quando o feixe atravessa uma região do corpo, 
contendo osso e tecido mole, a atenuação do feixe de fótons ocorre nos dois picos 
de energia. Contudo, se um pico de energia for atenuado, com preferência, pelo 
osso, as contribuições das partes moles para a atenuação do feixe podem ser 
matematicamente subtraídas.
A DPA permite quantificar a densidade óssea em regiões do corpo com 
maior quantidade de massa e partes moles. Essa técnica também é utilizada para 
quantificar a densidade óssea do corpo total. Utiliza o isótopo gadolínio-153, que 
emite energia fotônica em dois picos fotoelétricos de forma natural, 44 e 100KeV. 
Os feixes são detectados por detectores de cintilação NaI.
A DPA foi considerada um avanço importante para a SPA, pois permitiu 
quantificar a densidade óssea da coluna vertebral e fêmur proximal. Ainda, 
possuía limitações.
204
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
Limitações da técnica DPA, de acordo com Bonnick (2012):
• Manutenção de alto custo.
• Fonte de gadolínio-153 trocada anualmente, com o valor em torno de 
US$5.000,00.
• Com a decomposição da fonte, aumento dos valores obtidos em 0,6% ao mês, 
mesmo com cálculos feitos para compensação dos efeitos da decomposição 
da fonte.
• Menor atenuação com os tecidos moles adjacentes.
FIGURA 29 – EQUIPAMENTO DPA
FONTE: <https://radiologykey.com/densitometry-techniques/>. Acesso em: 18 fev. 2021.
3 ABSORCIOMETRIA POR DUPLA EMISSÃO DE RAIOS X 
(DXA)
Acadêmico, como já citado anteriormente, o DXA é um equipamento com 
duplo feixe de raios-X, utilizado, especificamente, para densitometria óssea e 
considerado “padrão ouro” no diagnóstico da osteoporose.
Os princípios básicos do DXA são os mesmos da DPA, a diferença, aqui, é 
que substituímos a fonte de radioisótopo por um tubo de raios-X. De acordo com 
Bonnick (2012), nessa técnica, quanto maior a intensidade dos feixes produzidos 
pelo tubo, e quanto menor o diâmetro do foco, melhor a colimação do feixe, com 
pouca superposição da dose entre as linhas da imagem e, consequentemente, alta 
resolução.
TÓPICO 4 — MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA
205
Vantagens do DXA em relação ao DPA, de acordo com Bonnick (2012):
• Não há mais desgaste da fonte.
• Não há oscilação nos valores de DMO por desgaste da fonte.
• Ocorre menor atenuação dos tecidos moles.
• São gerados exames mais rápidos e mais precisos.
• Há baixa dose de radiação.
FIGURA 30 – EQUIPAMENTO DXA
FONTE: <https://bit.ly/3eSHaHL>. Acesso em: 18 abr. 2021.
De acordo com Bonnick (2012), os tubos de raios-X produzem um feixe 
com ampla faixa de energia fotônica e, por isso, o feixe precisa ser estreitado para 
produzir os dois picos fotoelétricos necessários para separar o osso das partes 
moles. Atualmente, os principais fabricantes desse equipamento realizam isso de 
duas formas. A GE utiliza filtros de terras raras com limiar K para produzir dois 
picos fotoelétricos distintos. A Hológic utiliza uma fonte pulsátil de energia para 
o tubo de raios-X, criando o mesmo efeito.
3.1 FORMAÇÃO DA IMAGEM NO DXA
Um tubo de raios-X emite fótons que são colimados em um feixe. Esse 
feixe de fótons passa através do paciente, assim, alguns fótons sofrem os efeitos 
de atenuação com a matéria, reduzindo a intensidade até alcançar o detector, 
sendo registrada a intensidade do feixe transmitido.
O sistema fonte-colimador-detector é alinhado. O mecanismo se 
movimenta de um lado para o outro, formando as linhas de varredura que devem 
compor a imagem. Uma vez obtida a imagem, regiões de interesse (ROI – Region 
of Interest) são selecionadas, conforme a anatomia examinada, e os valores de 
BMD são calculados, assim como os índices T-score e Z-score.
206
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3.1.1 Aparelhoscom feixe penil bam e fan bam
Nos equipamentos com feixe tipo pencil beam, um colimador, a forma de 
orifício, é colocado na saída da fonte emissora, produzindo um feixe na forma 
de lápis, transmitindo de forma que os movimentos do sistema fonte-detector 
precisem ser lineares de um lado para o outro (sentido lateral), seguidos por um 
movimento para frente (sentido longitudinal).
Nos equipamentos que emitem um feixe no formato de leque (fan beam), 
o colimador tem a forma de uma fenda, e o sistema detector é composto por um 
arranjo de multielementos detectores, de forma que é possível fazer a varredura 
com o sistema se movendo em uma única direção (longitudinal), permitindo 
aquisições com tempos muito menores.
FIGURA 31 – FEIXE PENCIL BEAM E FEIXE FAN BEAM
FONTE: <https://bit.ly/3nHoGhg>. Acesso em: 18 abr. 2021.
3.2 COMPONENTES PRINCIPAIS DO EQUIPAMENTO DXA
O DXA é composto da seguinte forma:
• Há braço do aparelho com um conjunto tubo-detector e o feixe de laser.
• Painel de controle manual de movimentos do scanner, que pode se localizar 
no braço do aparelho ou na mesa de exame. Os botões de posicionamento 
servem para mover o scanner até que o feixe do laser atinja a posição inicial 
para a aquisição do exame. 
• Tubo de raios-X e colimador, responsáveis pela formação e pelo controle do 
feixe de raios-x. Normalmente, localizam-se na parte inferior do braço do 
aparelho, sob a mesa de exame.
• Trilhos para dar suporte e deslocar o braço do aparelho. 
• Mesa de exame para posicionamento do paciente. Possui, também, algumas 
ligações da fonte de raios-X e outros componentes eletrônicos.
• Detector, responsável por detectar a radiação não absorvida que passa pelo 
paciente. Fica localizado na parte superior do braço do aparelho. 
TÓPICO 4 — MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA
207
• Feixe de laser, que ajuda a localizar a posição inicial da estrutura avaliada. O 
laser é emitido através de uma abertura no braço do scanner.
• Estabilizador de voltagem, que protege o aparelho de oscilações na corrente 
elétrica. 
• Central de comando com computador, visor, teclado e mouse, para haver 
controle do aparelho.
FIGURA 32 – COMPONENTES DO DXA
FONTE: <https://bit.ly/3aZsXaO>. Acesso em: 18 abr. 2021.
FIGURA 33 – COMPONENTES DO DXA
FONTE: <https://bit.ly/3gXYYUm>. Acesso em: 18 abr. 2021.
208
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
4 OUTRAS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DA DENSIDADE ÓSSEA
De acordo com Bonnick (2012), todas as técnicas de diagnóstico precoce 
da osteoporose que vimos e que veremos a seguir, além do DXA, que é o mais 
utilizado, continuam sendo consideradas válidas, mas, algumas, como citamos, 
são consideradas ultrapassadas.
A seguir, tomaremos conhecimento de duas técnicas que são utilizadas na 
atualidade, mas cada uma delas possui as próprias particularidades.
4.1 ULTRASSOM QUANTITATIVO DE CALCÂNEO (QUS)
QUS avalia elasticidade e conectividade de trabéculas, enquanto o DXA 
estuda, principalmente, a massa. Funciona transmitindo ondas sonoras de alta 
frequência através dos ossos. A principal vantagem é a ausência de radiação 
ionizante, o que permite que os exames possam ser realizados em, praticamente, 
qualquer lugar, e por qualquer pessoa (com treinamento operacional mínimo) 
(BONNICK, 2012).
FIGURA 34 – TÉCNICA DE ULTRASSOM QUANTITATIVA DE CALCÂNEO
FONTE: <https://bit.ly/335Vg2Z>. Acesso em: 18 abr. 2021.
4.2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA QUANTITATIVA 
(QCT)
Essa é a única técnica de avaliação de densidade mineral volumétrica 
(g/cm³) tridimensional e o único método que visualiza, isoladamente, a DMO 
cortical e trabecular. A técnica inicial utilizava Iodo-125 para obter medidas do 
rádio. Logo depois, a técnica foi aprimorada, possibilitando avaliação da coluna 
e, posteriormente, do fêmur proximal (BONNICK, 2012).
TÓPICO 4 — MÉTODO DXA E EVOLUÇÃO DA DENSITOMETRIA ÓSSEA
209
De acordo com Bonnick (2012), a exatidão da QCT, para medidas de 
densidade mineral óssea da coluna vertebral, pode ser afetada pela presença de 
gordura medular. Essa gordura aumenta com a idade, diminuindo, cada vez mais, 
a acurácia do exame. Posteriormente, foi desenvolvido um método que utilizava 
dupla energia DEQCT, reduzindo o erro, causado pela gordura medular.
A QCT transforma a escala de HU em BMD, e, para isso, é necessário que o 
sistema tenha conhecimento da concentração do material de referência, somando 
com a medida da atenuação no scan do tomógrafo, gerando uma medida de 
atenuação que ocorre no osso trabecular e cortical, podendo ser convertida em 
BMD.
FIGURA 35 – AVALIAÇÃO DO COLO FEMURAL PELA QCT
FONTE: O autor
210
RESUMO DO TÓPICO 4
 Neste tópico, você aprendeu que:
• O diagnóstico da osteoporose é baseado na avaliação da densidade (massa) 
óssea. Atualmente, o método DXA é uma técnica considerada “padrão 
ouro” para avaliar a medida de massa óssea, sendo um meio não invasivo 
para avaliar pacientes com osteoporose, possibilitando um diagnóstico e um 
seguimento.
• De acordo com Bonnick (2012), as tentativas mais antigas para tentar 
diagnosticar a osteoporose eram realizadas com radiografias simples. Contudo, 
esse método é limitado para esse tipo de diagnóstico, pois a desmineralização 
do osso só se torna evidente nas radiografias após a perda de 40% ou mais da 
densidade óssea, por isso, é considerado um método ultrapassado.
• As diferenças nas atenuações das energias dos fótons de raios-X pelos tecidos 
diferentes do nosso corpo são responsáveis pelo contraste, que permite 
que as imagens possam ser visualizadas. Se podemos quantificar o grau de 
atenuação, também podemos quantificar a densidade do tecido. Essa premissa 
fundamenta a medida da densidade óssea com técnicas de absorciometria 
fotônica.
• A absorciometria fotônica única foi criada em 1963, com o objetivo de 
determinar a densidade óssea, incidindo um feixe de fóton com energia única 
através dos ossos e das partes moles. A quantidade de mineral encontrada 
pelo feixe poderia ser quantificada, subtraindo a intensidade do feixe após a 
passagem do próprio feixe na região de interesse com a intensidade inicial.
• Os princípios básicos do DXA são os mesmos da DPA, a diferença, aqui, 
é que substituímos a fonte de radioisótopo por um tubo de raios-X. De 
acordo com Bonnick (2012), nessa técnica, quanto maior a intensidade dos 
feixes produzidos pelo tubo, e quanto menor o diâmetro do foco, melhor 
a colimação do feixe, com pouca superposição da dose entre as linhas da 
imagem, consequentemente, há alta resolução.
211
1 A DPA permite quantificar a densidade óssea em regiões do corpo com 
maior quantidade de massa e de partes moles. Essa técnica também é 
utilizada para quantificar a densidade óssea de corpo total, com o uso do 
isótopo gadolínio-153. Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com as 
características corretas observadas no DPA:
a) ( ) Nesse método com emissão de fótons duplos, é utilizado um isótopo 
com emissão de energia fotônica em dois picos fotoelétricos distintos, 
ou dois isótopos, emitindo energias fotônicas em picos fotoelétricos 
separados e distintos.
b) ( ) Nesse método, substituímos a fonte de radioisótopo por um tubo de 
raios-X.
c) ( ) Esse método é limitado para esse tipo de diagnóstico, pois a 
desmineralização do osso só se torna evidente, nas radiografias, após a 
perda de 40% ou mais da densidade óssea
d) ( ) Um tubo de raios-X emite fótons que são colimados em um feixe. Esse 
feixe de fótons passa através do paciente, assim, alguns fótons sofrem 
os efeitos de atenuação com a matéria, reduzindo a intensidade até o 
alcance do detector.
2 Na técnica DXA, quanto maior a intensidade dos feixes produzidos pelo 
tubo, e quanto menor o diâmetro do foco, melhor a colimação do fixe, com 
pouca superposição da dose entre as linhas da imagem, consequentemente, 
alta resolução. De acordo com esse assunto, analise as sentenças a seguir, 
de acordo com as vantagens do DXA:I- Utilização de fontes de iodo-125.
II- Menor atenuação dos tecidos moles.
III- Exames mais rápidos e mais precisos.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças II e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Acerca da QCT e da QUS, classifique V para as sentenças verdadeiras e F 
para as sentenças falsas:
( ) QUS avalia elasticidade e conectividade de trabéculas, enquanto o DXA 
estuda, principalmente, a massa.
( ) A QCT funciona transmitindo ondas sonoras de alta frequência, através 
dos ossos.
AUTOATIVIDADE
212
( ) A exatidão da QCT, para medidas de densidade mineral óssea da coluna 
vertebral, pode ser afetada pela presença de gordura medular.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 O DXA é um equipamento com duplo feixe de raios-X, utilizado, 
especificamente, para a densitometria óssea, considerado “padrão ouro” no 
diagnóstico da osteoporose. Os princípios básicos do DXA são os mesmos 
da DPA, a diferença, aqui, é que substituímos a fonte de radioisótopo por 
um tubo de raios-X. De acordo com esse assunto, cite os componentes que 
pertencem ao DXA.
213
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, como já citamos anteriormente, a técnica DXA é considerada 
padrão ouro no diagnóstico precoce da osteoporose e é considerada uma técnica 
muito importante, pois se trata de um meio diagnóstico não invasivo. Com ela, 
podemos mensurar a densidade mineral óssea por área estudada.
Neste tópico, além de falarmos do exame de densitometria óssea e das 
particularidades, abordaremos o controle de qualidade, os cuidados que devemos 
ter com o equipamento e as particularidades a respeito da proteção radiológica 
nos exames de mamografia e de densitometria óssea.
2 CONTROLE DE QUALIDADE
Para manter o equipamento de densitometria óssea em ótimas condições, 
é necessário realizar uma rotina de cuidados, que inclui conhecimentos de 
contraindicações e limitações do equipamento, além de uma manutenção diária. 
Além da calibração inicial efetuada pelo fabricante, deve-se realizar testes diários 
para monitorar a performance do equipamento pontualmente, e, ao longo do 
tempo, outros testes com periodicidade semanal.
Esses testes de controle de qualidade são necessários para que possamos 
monitorar, também, se o equipamento está calibrado, gerando valores de DMO 
corretos. A maior parte dos fabricantes de equipamentos de densitometria 
disponibiliza, com a máquina, dois phantoms. Um com o objetivo de garantir 
a exatidão dos testes de controle de qualidade diários e, o outro, com o intuito 
de simular uma região do esqueleto, geralmente, a coluna, para realizar os teste 
de controle de qualidade, com a finalidade de verificar flutuações nos valores 
medidos da densidade mineral óssea (BONNICK, 2012).
Objetivos do phanton:
• Verificar o desempenho geral do sistema.
• Permitir a monitorização, em longo prazo, de desvios no desempenho.
• Efetuar, pelo menos, uma vez por semana.
TÓPICO 5 — 
EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
214
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
• Verificar diferenças de atenuação máxima no osso e nos tecidos moles.
• Verificar feixes de energia (alta e baixa energias).
• Determinar contornos ósseos e espaços intervertebrais.
FIGURA 36 – BLOCO DE TESTE DIÁRIO
FONTE: O autor
FIGURA 37 – PHANTOM SIMULADOR DE ESTRUTURA
FONTE: O autor
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
215
FIGURA 38 – MODELO DE PHANTOM COM ÁGUA
FONTE: O autor
Esses objetos simuladores são posicionados no equipamento e 
uma varredura é efetuada. Valores de BMD da aquisição são computados, 
automaticamente, pelo equipamento, e o valor obtido é comparado com o valor 
esperado, determinado, previamente, pelo fabricante no momento da instalação. 
Se o valor obtido diferir em mais de 1,5% do valor esperado, deve-se repetir a 
medida e, mantendo a diferença, deve-se interromper o uso do equipamento, 
além de acionar a assistência técnica (ANIJAR, 2003).
2.1 CUIDADOS COM O EQUIPAMENTO
A durabilidade e o funcionamento do equipamento dependem dos 
cuidados no manuseio e do ambiente de instalação.
Para garantir o bom estado do equipamento, é recomendado:
 
• Adequar a voltagem às especificações do aparelho, ficar atento às tomadas e 
à utilização do estabilizador compatível.
• Evitar traumas na mesa e no braço do exame.
• Controlar a temperatura-ambiente. O ideal de temperatura é de 18°- 27° C 
para os aparelhos GE-Lunar, e de 15°-32°C para aparelhos Hologic. 
• Controlar a umidade do ambiente, pois o excesso pode danificar o aparelho. 
Manter sempre de 20 a 80% de umidade relativa do ar. 
• Manter a limpeza do aparelho e do ambiente.
216
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3 EXAME DE DENSIOMETRIA ÓSSEA
Antes de entrarmos no assunto de posicionamento, veremos outros fatores 
que podem interferir na realização deste e as indicações clínicas.
Como já citado anteriormente, o objetivo do exame, de acordo com Anijar 
(2003), é:
• Mensurar a DMO.
• Estabelecer o diagnóstico de osteoporose.
• Avaliar o grau de osteoporose.
• Indicar a probabilidade de fraturas.
• Detectar perdas mínimas de massa óssea, mesmo antes de a osteoporose se 
instalar.
É uma técnica que possui muitas vantagens, como:
• É um exame rápido e sensível.
• Há alta precisão.
• É moderno.
• É o único método reconhecido pela OMS que permite o diagnóstico de 
osteoporose.
• Ocorre baixa exposição à radiação.
Como toda técnica, também possui limitações:
• Avaliação de área e não volume: mais sensível a alterações degenerativas.
• Artefatos na coluna lombar: calcificações de aorta, implantes cirúrgicos, 
fraturas vertebrais, osteófitos, escoliose.
• Artefatos no fêmur proximal: fratura, parafuso, prótese de quadril.
• Posicionamento e aquisição de imagem inadequados.
• Obesidade ou estaturas extremas.
3.1 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA O EXAME 
DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
Veremos, agora, algumas indicações e contraindicações para o exame de 
densitometria óssea.
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
217
3.1.1 Indicações clínicas
• Indicação do exame para mulheres, de acordo com Anijar (2003):
• Todas as mulheres com idade superior a 65 anos.
• Presença de um ou de mais fatores de risco para osteoporose em mulheres 
com idade inferior a 65 anos.
• História prévia de fratura pós-menopausa com idade superior a 45 anos.
• Mulheres com amenorreia secundária prolongada (por mais de um ano).
• Mulheres com influência da realização na tomada de decisão terapêutica.
• Mulheres com índice de massa corporal baixo (menor que 19 kg/m2).
Indicação do exame para homens, de acordo com Anijar (2003):
• Todos os homens com idade superior a 70 anos.
• Homens com história prévia de fratura por fragilidade.
• Homens com condições reconhecidas com risco de desenvolvimento 
de osteoporose, como uso de corticoides, etilismo, hipogonadismo, 
hiperparatireoidismo, gastrectomia prévia e uso de anticonvulsivante.
Outras indicações, para Anijar (2003):
• Todos os indivíduos com fratura por trauma mínimo ou atraumática.
• Indivíduos com evidências radiográficas de osteopenia ou fraturas vertebrais.
• Indivíduos com perda de estatura (maior que 2,5 cm) ou hipercifose torácica.
• Indivíduos em uso de corticoides por três meses ou mais (doses maiores que 
5mg de prednisona).
• Portadores de doenças ou uso de medicações associadas à perda de massa 
óssea.
• Para monitoramento de mudança de massa óssea decorrente da evolução de 
uma doença e dos diferentes tratamentos.
Indicações do exame para crianças, conforme Anijar (2003):
• Problemas com hormônio do crescimento.
• Osteogênese imperfeita.
• Doenças metabólicas.
• Obesidade infantil.
• Monitoramento de dieta alimentar.
A Portaria nº 1.327, do Ministérioda Saúde (novembro de 1999), passou 
a incluir a densitometria óssea no âmbito do Sistema Único de Saúde/SUS, 
estabelecendo, para a indicação, os seguintes critérios:
• Evidências radiológicas de osteopenia ou fraturas vertebrais.
• Diminuição de estatura, cifose torácica.
• Fratura prévia por trauma mínimo ou sem trauma.
• Uso prolongado de corticoides.
218
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
• Hipogonadismo em homens, incluindo mulheres na pós-menopausa, que 
apresentem fatores de risco.
• História materna de osteoporose ou fratura de colo femoral.
• Índice de massa corporal menor que 19, passado de estados prolongados de 
baixa ingestão de cálcio.
• Monitoramento das mudanças da massa óssea decorrente da evolução da 
doença e dos diferentes tratamentos disponíveis da osteoporose.
3.1.2 Contraindicações
As contraindicações para o exame de densitometria óssea, na maior parte 
das vezes, são consideradas temporárias. O paciente fica impossibilitado de 
realizar o exame por um período. São algumas contraindicações:
• Ingestão de suplemento de cálcio no dia do exame.
• Exame de medicina nuclear recente (cintilografia óssea, mapeamento de 
tiroide etc.). Recomenda-se um intervalo de, pelo menos, duas semanas.
• Gravidez.
• Ingestão recente de meio de contraste oral.
• Impossibilidade da posição decúbito dorsal na mesa de exames sem 
movimentos. Alguns equipamentos com a opção de modos de scan rápidos 
(fast scan), com redução do tempo de aquisição.
• Em casos de artefatos, como próteses e deformidades no sítio de interesse, 
realizado o lado contrário, ou sítio alternativo.
3.2 SÍTIOS DE INTERESSE OU ROIs
Os sítios de interesse ou ROIs são as áreas a serem avaliadas. Na 
densitometria óssea, para avaliar pacientes adultos, a partir de 20 anos, os sítios 
avaliados são a coluna lombar e o fêmur proximal. Na coluna lombar em PA, 
devem ser utilizados os segmentos de L1-L4, com todas as vértebras avaliadas. 
Se for necessário, pode-se excluir uma ou mais vértebras que estejam afetadas 
por alterações estruturais focais (fraturas, cirurgias etc.) ou artefatos, porém, se 
restar apenas uma vértebra lombar para avaliação após excluídas as demais, o 
diagnóstico deve ser baseado em outro sítio de interesse válido (ANIJAR, 2003). 
No fêmur proximal, é recomendado o uso do colo femoral ou o fêmur total, 
e sempre se deve escolher o que apresentar Tscore mais baixo para o diagnóstico. 
A área de Ward (triângulo de Ward) não deve ser usada para diagnóstico ou 
monitoramento.
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
219
FIGURA 39 – ILUSTRAÇÃO DO TRIÂNGULO DE WARD
FONTE: O autor
No antebraço, o rádio 33% (Rádio 1/3) deve ser avaliado no antebraço 
não dominante. Esse sítio de interesse é avaliado quando as outras áreas não 
podem ser avaliadas por causa de artefatos ou alterações estruturais. Das regiões 
de escolha para o diagnóstico, o rádio 33% é o que tem mais baixa precisão, sendo 
menos adequado para o monitoramento.
 
De acordo com Bonnick (2012), a avaliação de corpo total é realizada 
em crianças e em adultos para avaliação da composição corporal. Trata-se da 
avaliação de distribuição de tecido adiposo e magro no corpo.
FIGURA 40 – SÍTIOS DE INTERESSE
FONTE: O autor
220
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
FIGURA 41 – SÍTIOS DE INTERESSE
FONTE: O autor
3.3 REALIZANDO O EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA 
Ao receber o paciente, após a troca de vestuário, deve-se realizar o 
questionário, que tem o papel de o conhecer melhor, identificando contraindicações 
possíveis e comorbidades que possam interferir na densidade mineral óssea.
Com relação aos cuidados com o vestuário, deve-se solicitar, ao paciente, 
para retirar qualquer vestimenta ou acessórios que possam causar artefatos na 
imagem, como:
• Zíper.
• Botões.
• Enfeites em calça jeans.
• Objetos em bolsos.
Antes do questionário, é necessário (SILVA, s.d.):
• Checar o pedido médico.
• Verificar se a altura e o peso do paciente estão dentro dos limites do 
equipamento.
• Não realizar a densitometria óssea depois de exames com contrastes 
radiográficos, pois gera artefatos no exame, alterando os valores de referência.
• Verificar se o paciente ingeriu cálcio no dia do exame.
• Na densitometria de corpo inteiro, é aconselhável o paciente suspender a 
ingestão de água três horas antes do exame.
• Pacientes grávidas não devem realizar o procedimento.
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
221
Checadas essas informações, podemos realizar o questionário. As 
informações contidas nele são de extrema importância para o médico radiologista, 
por isso, deve ser realizado com muito cuidado.
• Indicar nome e idade.
• Citar peso, altura e sexo.
• Falar o motivo da realização do exame.
• Se já fez algum exame de densitometria óssea. Se sim, no mesmo local (clínica) 
ou outro? Deixar os resultados anteriores, em caso positivo. 
• Tem hiperparatireoidismo ou exame com níveis de cálcio elevado no sangue? 
• Tem prótese de quadril? Se sim, em qual lado (direito ou esquerdo)? 
• Já se submeteu a alguma cirurgia? Qual? 
• Realizou algum exame com bário ou algum exame de medicina nuclear nas 
últimas duas semanas? Se sim, qual?
• Informar as medicações em uso, atualmente, especialmente, hormônios da 
tireoide, anticoncepcionais orais e cálcio. 
Para pacientes do sexo feminino, acrescentar, ainda, as questões a seguir: 
• Há suspeita de gravidez? 
• Está na menopausa? Se sim, com que idade? Se não, informar a data da última 
menstruação. 
• Retirou, cirurgicamente, um ou dois ovários? Se sim, com qual idade? 
Questões relacionadas a fatores de risco, de acordo com SILVA (s.d.):
• Já teve fratura óssea? Se sim, informar o local e se foi fratura espontânea ou 
por trauma. 
• Os pais já tiveram fratura espontânea de quadril? 
• É fumante? Se já foi tabagista, mas parou, informar há quanto tempo parou. 
• Já fez uso de corticoides? Se usa ou já fez uso, informar por quanto tempo, a 
dose diária (mg/dia) e o nome do medicamento. 
• Tem artrite reumatoide? Se sim, há quanto tempo foi diagnosticada (meses/
anos)? 
• Tem o hábito de ingerir bebida alcoólica diariamente? Se sim, informar as 
doses ao dia que costuma ingerir.
O paciente tem alguma dessas patologias associadas à osteoporose 
secundária?
 
• Diabetes tipo I (insulinodependente). 
• Osteogênese imperfeita (do adulto). 
• Hipertireoidismo (de longa data). 
• Menopausa precoce (<45 anos) ou deficiência de testosterona.
• Deficiência nutricional (distúrbio de alimentação).
• Síndrome de má absorção (doenças intestinais).
• Insuficiência hepática crônica.
222
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3.3.1 Posicionamento
Na densitometria, assim como em qualquer outro exame de imagem, 
o posicionamento do paciente é essencial. Por isso, a seguir, veremos os 
posicionamentos de cada sítio de avaliação.
3.3.2 Posicionamento de coluna lombar
Paciente deve estar em posição supina na mesa de exame e com a parte 
inferior das pernas apoiadas em um suporte.
 
O apoio das pernas tem a finalidade de:
• Reduzir a lordose.
• Alinhar os espaços entre os discos vertebrais com o feixe de raios-X.
• Melhorar a visualização da separação das vértebras individuais na imagem.
FIGURA 42 – POSICIONAMENTO INICIAL PARA COLUNA LOMBAR
FONTE: O autor
Puxar as pernas do paciente para ajudar a retificar a coluna (quando 
possível), ou levantar o quadril do paciente e ir alinhando a coluna. Ajustar a 
almofada, fazendo com que a coluna encoste bem na mesa.
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
223
FIGURA 43 – APÓS O ALINHAMENTO DO PACIENTE, COLOCAR O APOIO DAS PERNAS
FONTE: O autor
De acordo com Silva (s.d.), deve-se posicionar o laser corretamente onde a 
varredura é iniciada e, além disso, a coluna deve ficar perfeitamente centralizada 
no campo de visão. A área de varredura deve iniciar 2,5-5,0 cmabaixo das margens 
anteriores da crista ilíaca, até cerca de 4 cm acima do processo xifoide.
FIGURA 44 – ILUSTRAÇÃO DO POSICIONAMENTO DO LASER
FONTE: O autor
A espessura abdominal deve ser medida caso o paciente seja obeso ou 
excessivamente magro, quando a população sob estudo mostrar variação na 
composição corporal entre os exames (exemplo: pacientes com doença hepática, 
apresentando ou não ascite), e em pacientes seguindo dietas para reduzir peso. 
224
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
Durante a varredura, a imagem formada vai sendo mostrada no monitor 
do equipamento e o operador deve interromper a varredura se os pontos de 
referência anatômicos não estiverem aparecendo ou se a coluna estiver fora de 
centro. Se isso ocorrer, o operador deve reposicionar o paciente e reiniciar a 
varredura.
Ao término da aquisição, o software identifica as Regiões de Interesse 
(ROIs) que devem ser analisadas e apresenta os valores para essas regiões. Deve-
se evitar alterar esses ROIs, mas, em alguns casos, podem ser necessários alguns 
ajustes.
FIGURA 45 – EXEMPLO DE DOIS EXAMES ADQUIRIDOS
FONTE: O autor
FIGURA 46 – EXEMPLO DE EXAME COM FRATURA E ACHATAMENTO DE VÉRTEBRA
FONTE: O autor
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
225
3.3.3 Fêmur proximal
A avaliação do fêmur proximal é uma das mais comuns, devido à alta taxa 
de mortalidade associada à fratura nessa região anatômica. Na determinação do 
BMD do quadril, o correto posicionamento do paciente e, principalmente, dos 
membros inferiores, é de extrema importância para se obter uma medida de alta 
precisão (SILVA, s.d.).
Paciente na posição supina com os membros inferiores esticados. O pé 
deve ser firmemente preso ao suporte específico.
FIGURA 47 – POSICIONAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES
FONTE: O autor
O suporte é necessário para que possamos garantir a rotação ideal 
da perna e a reprodutibilidade do posicionamento. É importante que todo o 
membro inferior do paciente seja rotacionado. O paciente deve ser alinhado com 
a linha média da mesa, assim como o centro do suporte de pé, para garantir a 
reprodutibilidade do ângulo nos exames (SILVA, s.d.).
FIGURA 48 – POSICIONAMENTO DOS MEMBROS INFERIORES
FONTE: O autor
226
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
A região de varredura deve incluir toda a cabeça femoral, o trocânter 
maior e a extremidade proximal da haste femoral, pelo menos, 1,5 cm abaixo do 
trocânter pequeno.
FIGURA 49 – ILUSTRANDO O COLO FEMORAL
FONTE: O autor
As regiões de interesse quantificadas são: fêmur total, colo do fêmur, 
trocânter, região intertrocantérica e região de Ward. As regiões de fêmur total 
e colo do fêmur são as mais usadas no diagnóstico. As regiões do trocânter e do 
triângulo de Ward são mais usadas para fins de pesquisa (SILVA, s.d.).
FIGURA 50 – ILUSTRAÇÃO DA REGIÃO DE COLO FEMORAL A SER AVALIADA
FONTE: O autor
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
227
3.3.4 Antebraço
A varredura do antebraço é utilizada quando não temos a possibilidade 
de utilizar o fêmur proximal ou a coluna por algum motivo específico. Nesse 
caso, fazemos a escolha do antebraço não dominante.
Antes de iniciar o exame, é necessário medir o tamanho do antebraço, 
além de anotar no software do equipamento. Esse dado é utilizado na análise dos 
resultados. O laser deve ser centralizado entre o rádio e a ulna. A posição inicial 
da varredura depende de qual braço deve ser avaliado e do sentido de varredura 
do equipamento. É necessário que o paciente mantenha o punho relaxado e que 
fique com a mão fechada. 
FIGURA 51 – POSICIONAMENTO DO ANTEBRAÇO
FONTE: <https://bit.ly/3ec8Xn4>. Acesso em: 18 abr. 2021.
As regiões de interesse (ROIs), no exame de antebraço, são, tipicamente: 
ultradistal (UD), distal (rádio médio -MID) e um terço do rádio (1/3).
FIGURA 52 – EXEMPLO DAS REGIÕES DE INTERESSE DO ANTEBRAÇO
FONTE: O autor
228
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
3.3.5 Corpo total
O exame de corpo total é solicitado quando se pretende determinar o 
conteúdo mineral total do corpo. Essa informação pode ser útil para estudos de 
balanceamento de cálcio e estudos pediátricos (SILVA, s.d.).
Posicionamos o paciente deitado em posição supina na mesa de exames, 
incluindo todas as partes do corpo dentro do campo de varredura do equipamento. 
Os pés devem estar ligeiramente rodados para dentro, e é aconselhável prendê-
los com uma fita, para que não ocorra movimentação durante a varredura. As 
mãos podem estar pronadas ou a 90 graus (SILVA, s.d.).
FIGURA 53 – EXEMPLO DE POSICIONAMENTO DE CORPO INTEIRO
FONTE: O autor
Os valores de BMC e de BMD médios são obtidos para todo o esqueleto, 
assim como de algumas sub-regiões, como crânio, braços, costelas, colunas lombar 
e torácica, pelve, abdome, tórax e membros inferiores. Além disso, a composição 
do tecido mole é quantificada em termos de gordura e tecido magro, a partir de 
medidas em áreas que não contêm osso (SILVA, s.d.). 
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
229
FIGURA 54 – EXEMPLO DE AQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO INTEIRO EM ADULTO
FONTE: O autor
Para a realização de exames pediátricos, devem ser avaliadas algumas 
situações, como:
• Se o equipamento possui um software específico.
• Se a criança necessita de sedação prévia.
• Se é necessário realizar uma imobilização.
• As roupas devem ser livres de botões e enfeites.
• Deve haver sala com luz e ventilação direcionadas para aquecimento do RN.
• Pode ter acompanhante (mãe) ou enfermeira presente na unidade.
230
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
FIGURA 55 – EXEMPLO DE AQUISIÇÃO DE EXAME DE CORPO INTEIRO EM CRIANÇA
FONTE: O autor
4 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM DENSITOMETRIA ÓSSEA E 
MAMOGRAFIA
O objetivo de abordarmos a proteção radiológica na mamografia e 
densitometria óssea é somente para entendermos as diferenças que esses dois 
métodos possuem em relação à exposição dos profissionais e das pacientes. De 
maneira geral, já sabemos que toda a sala que possui um equipamento emissor de 
radiação precisa ser planejada, de acordo com a legislação vigente.
4.1 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM DENSITOMETRIA ÓSSEA
No método DXA, a radiação espalhada é tão pequena que pode ser difícil 
de ser detectada. Em distâncias maiores que um metro da mesa do equipamento, 
a dose de radiação é, normalmente, insignificante (indiferente da radiação de 
fundo ambiental). As doses são pequenas se comparadas com a dose máxima de 
exposição ocupacional permitida, que é de 50mSv (50.000 µSv)/ano para o corpo 
inteiro, não ultrapassando 20mSv em cinco anos consecutivos (ANIJAR, 2003). 
Por esse motivo, na densitometria, o técnico fica dentro da sala de exames, com o 
comando posicionado a 1m de distância.
 
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
231
Na paciente e nos operadores, a dose de exposição é muito menor quando 
comparada com os procedimentos radiológicos. Veja alguns riscos comparáveis 
a um estudo DXA do tipo pencil beam, levando em consideração que o paciente 
recebe uma dose efetiva de 1mili Sv:
• Haver exposição média à radiação natural por 4h.
• Fumar um décimo de cigarro.
• Viajar 5km de carro.
• Viajar 24km de avião.
Comparando todos esses fatores, o risco da exposição à radiação tende a 
ser muito menor. Isso não significa que as exposições à radiação não precisam ser 
controladas.
4.2 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA NA MAMOGRAFIA
Na mamografia, o desenho da sala tem que permitir que o técnico se 
movimente livremente e que tenha acesso ao paciente, por todos os lados do 
equipamento, durante o exame mamográfico. Essa distância, normalmente, é de, 
no mínimo, dois metros de distância do centro de rotação do braço em “C” do 
mamógrafo à parede mais próxima, permitindo uma folga adequada durante a 
projeção MLO. O comando, atrás do biombo, também precisa ter um espaçopara 
um tecnólogo e um observador (por exemplo: estagiário).
De acordo com o Inca (2018), no sistema de mamografia convencional, a 
dose absorvida na mama sofre influência da quantidade de radiação necessária 
para se produzir a densidade óptica (DO) desejada.
 
Dentre os fatores que afetam a dose absorvida na mamografia convencional, 
tem-se (INCA, 2018): 
 
• A eficiência na detecção de radiação da tela intensificadora.
• A eficiência de conversão do material fosforescente da tela.
• A sensibilidade do filme.
• O processamento do filme (tempo, temperatura e atividade dos produtos 
químicos).
• O nível de DO selecionado.
• A composição do tecido mamário e a espessura. 
• O material do alvo do tubo de raios-X.
• A filtração do feixe de raios-X.
• A diferença de potencial (kVp) selecionada. 
• A eficiência da grade antidifusora.
• O grau de ampliação da imagem.
232
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
Ainda, de acordo com o Inca (2018), na mamografia digital, o nível de dose 
é estabelecido para se obter uma razão sinal/ruído adequada para a imagem. Por 
exemplo, deve ser possível detectar, de um modo confiável, microcalcificações 
em um fundo glandular. 
Dentre os fatores que afetam a dose na mamografia digital, tem-se:
• A eficiência do detector digital na detecção da radiação. 
• A composição do tecido mamário e a espessura. 
• O material do alvo do tubo de raios-X.
• A filtração do feixe de raios-X. 
• A diferença de potencial (kVp) selecionada.
• A eficiência da grade antidifusora.
• O grau de ampliação da imagem.
TÓPICO 5 — EXAME DE DENSITOMETRIA ÓSSEA
233
OSTEOPOROSE E DENSIDADE MINERAL ÓSSEA
CBR, Harry K. G. et al.
Resumo da Revisão da Literatura 
A densidade mineral óssea não invasiva (DMO) é uma técnica subutilizada 
que beneficia o paciente (como na mamografia, o exame de pressão sanguínea 
e a medição de colesterol) e a sociedade, devido ao potencial de redução da 
morbidade, mortalidade e custo da osteoporose, pela detecção e tratamento 
precoces. 
A densitometria óssea é a única tecnologia disponível para medição acurada 
da massa óssea ou predição do risco de fratura. As medições ósseas mostraram a 
capacidade de prever o risco de fratura da mesma forma, ou melhor, que a medição 
das taxas de colesterol prevê o risco de uma doença cardíaca (1) ou a medição 
da pressão sanguínea prevê o risco de um acidente vascular cerebral (2). Essa 
capacidade única da DMO, de prever o risco de fratura, faz, dela, uma importante 
ferramenta para a prevenção de doenças. Antes do advento, o diagnóstico 
de osteoporose dependia da presença de uma fratura por fragilidade. Com a 
capacidade de medir a massa óssea e o reconhecimento da relação entre redução 
da massa óssea e aumentos do risco de fratura, o diagnóstico da osteoporose pode 
e deve ser feito de acordo com o nível de massa óssea determinado pela DMO 
antes que a fratura ocorra. Então, etiologias apropriadas podem ser investigadas, 
intervenções adequadas podem ser aplicadas e o monitoramento adequado, ao 
longo do tempo, pode ser iniciado. 
A avaliação completa do risco de fratura e uma estimativa do benefício 
das intervenções planejadas para reduzi-lo devem ser baseadas no risco de 
fratura atual do paciente, determinado pela medida da densidade óssea e pela 
probabilidade de fratura no tempo de vida restante, o qual é influenciado não 
apenas pela massa óssea, mas, também, pela idade e pela expectativa de vida (3). 
Um quadro de graduação do risco, mostrando o risco atual de fratura no tempo de 
vida restante, baseado na idade, sexo, massa óssea e duração da exposição à baixa 
massa óssea, permite, ao clínico, estimar o benefício esperado das intervenções 
recomendadas em termos de redução de fraturas.
Em circunstâncias clínicas específicas, a DMO pode fornecer informações 
necessárias ao processo clínico de tomada de decisões, que, de outra forma, 
não poderiam ser obtidas. Em 1989, um subcomitê do Corpo de Consultores 
Científicos da National Osteoporosis Foundation – NOF descreveu quatro 
situações clínicas, nas quais o conhecimento da massa óssea do paciente ou do 
LEITURA COMPLEMENTAR
234
UNIDADE 3 — PROCEDIMENTOS INVASIVOS GUIADOS POR IMAGEM, NOVAS TECNOLOGIAS E DENSITOMETRIA ÓSSEA
risco de fratura poderia afetar as decisões clínicas de tratamento (4,5). Estas 
incluíam a deficiência de estrogênio, anormalidades vertebrais ou suspeita de 
osteopenia em radiografia simples, hiperparatireoidismo primário assintomático 
e corticoterapia prolongada. Um ajuste na dosagem poderia ser feito ou outro 
tratamento poderia ser iniciado para prevenir a perda óssea.
Leia mais em: https://cbr.org.br/wp-content/uploads/2017/06/04_18.pdf.
235
RESUMO DO TÓPICO 5
 Neste tópico, você aprendeu que:
• Os testes de controle de qualidade são necessários para que possamos 
monitorar, também, se o equipamento está calibrado, gerando valores de 
DMO corretos. 
• A maior parte dos fabricantes de equipamentos de densitometria disponibili-
za, com a máquina, dois phantoms. Um com o objetivo de garantir a exatidão 
dos testes de controle de qualidade diários e, o outro, com o intuito de simu-
lar uma região do esqueleto, geralmente, a coluna. Ainda, para realizar os 
testes de controle de qualidade, com a finalidade de verificar flutuações nos 
valores medidos de densidade mineral óssea.
• Os sítios de interesse, ou ROIs, são as áreas a serem avaliadas. Na densitometria 
óssea, para avaliar pacientes adultos a partir de 20 anos, os sítios avaliados 
são de coluna lombar e fêmur proximal. Na coluna lombar em PA, devem ser 
utilizados os segmentos de L1-L4, com todas as vértebras avaliadas.
• O exame de fêmur proximal é um dos mais comuns, por causa da alta taxa 
de mortalidade associada à fratura nessa região anatômica. Na determinação 
do BMD do quadril, o correto posicionamento do paciente e, principalmente, 
dos membros inferiores, é de extrema importância para se obter uma medida 
de alta precisão.
• O exame de corpo total é solicitado quando se pretende determinar o 
conteúdo mineral total do corpo. Essa informação pode ser útil para estudos 
de balanceamento de cálcio e estudos pediátricos.
Ficou alguma dúvida? Construímos uma trilha de aprendizagem 
pensando em facilitar sua compreensão. Acesse o QR Code, que levará ao 
AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
CHAMADA
236
1 O correto posicionamento do paciente é imprescindível em qualquer 
exame de diagnóstico por imagem, e na densitometria não seria diferente. 
Para adquirirmos exames de qualidade, é necessário alinharmos algumas 
estruturas. De acordo com esse assunto, assinale a alternativa CORRETA, 
acerca do início da varredura no exame de coluna lombar:
a) ( ) Iniciar 2,5-5cm abaixo das margens anteriores da crista ilíaca até cerca 
de 4 cm acima do processo xifoide.
b) ( ) Iniciar 5cm abaixo das margens anteriores da crista ilíaca até cerca de 
8 cm acima do processo xifoide.
c) ( ) Iniciar 7cm abaixo das margens anteriores da crista ilíaca até cerca de 
3 cm acima do processo xifoide.
d) ( ) Iniciar 3,5cm abaixo das margens anteriores da crista ilíaca até cerca de 
5 cm acima do processo xifoide.
2 Para manter o equipamento de densitometria óssea em ótimas condições, 
é necessário realizar uma rotina de cuidados, que inclui conhecimentos 
de contraindicações e limitações do equipamento, assim como uma 
manutenção diária. De acordo com esse assunto, analise as sentenças a 
seguir, acerca das funções do phantom:
I- Verificar as diferenças de atenuação máxima no osso e nos tecidos moles.
II- Permitir a monitorização, em longo prazo, de desvios no desempenho.
III- Avaliar a atenuação do tecido mole com a gordura. 
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 Assim como qualquer outra técnica ouexame de diagnóstico por imagem, 
a densitometria óssea também possui vantagens e limitações. De acordo 
com esse assunto, descreva as vantagens e as limitações do equipamento de 
densitometria.
4 O exame de corpo total é solicitado quando se pretende determinar o 
conteúdo mineral total do corpo. Essa informação pode ser útil para 
estudos de balanceamento de cálcio e estudos pediátricos. De acordo com 
essa informação, descreva como deve ser realizado o posicionamento do 
paciente em densitometria de corpo inteiro.
AUTOATIVIDADE
237
REFERÊNCIAS
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ressonância magnética. Rio de Janeiro: Ed. Revinter,2009
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BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e prote-
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DRONKERS, D. J. Mamografia prática: patologia, técnicas, interpretação e mé-
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dade-mineral-ossea-conforme-o-consenso-brasileiro-de-osteoporose-2012.html. 
Acesso em: 18 abr. 2021.

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