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20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 1/28 Segurança do Trabalho Planejamento de treinamentos, formulários e custos Um planejamento adequado das ações educativas em saúde e segurança do trabalhador é fundamental, pois é somente através do processo de treinamento que as pessoas poderão se aperfeiçoar. Com o passar dos anos, algumas máquinas se tornam ineficazes e já não podem mais ser utilizadas, já que a tecnologia e os processos estão em constante aperfeiçoamento e isso resulta no descarte destas, diferentemente do ser humano que, por ser pensante e inteligível, poderá ser treinado para agir de maneiras diferentes, adequando-se às necessidades do processo e das questões de saúde e segurança no ambiente laboral. Os cursos, os treinamentos e as capacitações são necessários de acordo com as obrigações e as necessidades dos profissionais e principalmente com o tipo de atividade desenvolvida, podendo ocorrer conforme atividade exercida, riscos, função, formação de grupos de trabalho, ações ou campanhas específicas que necessariamente requerem atender a um público-alvo. Para que essas ações tenham êxito, entretanto, elas devem ser estrategicamente pensadas, estruturadas e planejadas de modo que permitam estabelecer quais são as prioridades e as responsabilidades dos envolvidos nas ações de saúde e segurança do trabalho, e logo será indispensável estimar e providenciar os recursos humanos, financeiros, físicos e materiais para todo e qualquer evento relacionado à segurança e à saúde do trabalhador, proporcionando que estes recursos sejam aplicados sem desperdício ou que o retorno seja duvidoso. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 2/28 Ao planejar estes cursos e/ou treinamentos, conseguiremos delinear nossos objetivos, etapas, cronogramas, procedimentos e recursos didáticos necessários para o êxito e um eficiente trabalho de capacitação, permitindo o aprendizado e a reflexão sobre a teoria e a prática dos profissionais e seus processos. Mas ao desenvolver e planejar essas ações necessariamente devemos construir um instrumento de avaliação que permita mensurar e verificar se os treinamentos realmente atingiram os objetivos ou se precisam ser reformulados e adequados à realidade identificada. Planejamento de treinamentos Inicialmente, devemos estabelecer a definição das necessidades de treinamento e em seguida criar o projeto e o planejamento do treinamento. A seguir, ocorre execução do treinamento, e o ciclo finaliza com a avaliação do treinamento que por sua vez alimenta a definição de novas necessidades, reiniciando o ciclo. Observe que em todas essas etapas o monitoramento está presente. Na figura 1, a seguir, identificamos as etapas envolvidas no ciclo do treinamento. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 3/28 Figura 1 – Ciclo do treinamento Fonte: NBR ISO 10015. Antes de prosseguir, é importante compreender esse ciclo e suas etapas citadas anteriormente na figura 01. É fundamental reforçar o conceito de cada uma dessas etapas para que o objetivo final seja alcançado. Quanto à definição das necessidades de treinamento, a principal questão é: O que é preciso saber para a execução dessa atividade? Para responder, muitas são as variáveis, como complexidade, variabilidade e capacidade. Imagine uma tarefa simples: lavar a louça. De quantas maneiras diferentes se pode lavar a louça? Se houver copos de cristais, o nível de cuidado é o mesmo? E se for utilizado um produto de limpeza mais agressivo à gordura, com que frequência isso é feito? Que nível de atenção é requerido? 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 4/28 Agora, analise uma grande indústria, com máquinas complexas e sistemas de produção extremamente aprimorados. Como informar (educar) esses trabalhadores para que executem suas atividades da melhor maneira possível e com o maior nível de segurança (definido pela organização)? Afinal, não se quer que o trabalhador adoeça ou sofra algum acidente. Dessa forma, é necessário avaliar, segundo a legislação, se a realização de determinadas atividades não requer capacitação e treinamento. Por exemplo, para executar um trabalho em altura ou para operar um trator e seus respectivos implementos, o funcionário precisa de treinamento especializado. A etapa de projeto e planejamento deve fornecer a especificação do programa de treinamento, seja o projeto e planejamento das ações que devem ser adotadas para eliminar as necessidades para as competências necessárias; e, a definição dos critérios de avaliação dos resultados do treinamento e para a monitoração do processo de treinamento. Sendo assim, essa etapa deve responder adequadamente às necessidades verificadas anteriormente Na etapa de projeto e planejamento poderão surgir restrições, então determine e liste os itens relevantes que restrinjam o processo de treinamento. Veja alguns exemplos: requisitos impostos pela legislação; questões financeiras; prazo e programação; disponibilidade, motivação e capacidade da pessoa a ser treinada; disponibilidade de recursos internos para a promoção do treinamento, disponibilidade de entidades de treinamento credenciadas (é possível neste momento destacar o seguinte exemplo: muitas vezes, há apenas um ou dois operadores de empilhadeira na organização, e contratar um treinamento in company se tornará muito oneroso para a empresa, a qual buscará alguma instituição que tenha turma aberta para capacitar os operadores. E ainda há o fato de que pode não haver turmas abertas naquela ocasião, o que fará com que a empresa demore ainda mais para treinar seus colaboradores). 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 5/28 Essa lista de restrições deve ser usada para a seleção dos métodos de treinamento (cursos e seminários no local ou fora do local de trabalho, estágios, treinamento no local de trabalho – on the job, autotreinamento e educação a distância) e do fornecedor do treinamento (interno ou externo), bem como para a elaboração da especificação do programa de treinamento (o que e como vai ser ensinado). Vamos refletir sobre o que é preciso para este planejamento Que capacidade a equipe precisa ter? Quais são as suas atividades? Quais as suas funções? Quais os seus cargos? Em que tipo de atividade as pessoas devem ser treinadas? Quais são os recursos que posso utilizar? Será necessário atender uma legislação? Em que data devem ser treinados? Antes de iniciar ou durante? Quem deve ser treinado? Onde deve ser treinado? Quem vai fazer o treinamento? Que tipo de treinamento será executado? Estas são algumas perguntas que podemos fazer quando estivermos planejando os treinamentos de ações educativas em saúde e segurança do trabalho. Muito mais do que cobrar resultados ou entregar equipamentos de proteção, temos a responsabilidade de orientar e capacitar nossos colegas trabalhadores. Temos que 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 6/28 ter certeza de que eles entenderam o que lhes foi ensinado, para que, durante o trabalho, cumpram suas funções de maneira a não se colocarem em risco nem exporem algum colega de maneira desnecessária ou descumprirem regras, entre outros. Para tanto, alguns passos são essenciais para que tenhamos êxito no desenvolvimento e no planejamento dos treinamentos. Clique ou toque para visualizar o conteúdo. Ao traçarmos e delimitarmos os objetivos, podemos descrever e orientar o caminho para se chegar a determinado lugar, elemento estruturante por onde percorre a ação pedagógica e organiza as condições que favorecem o aprendizado. Assim, os procedimentos didáticos têm o intuito de promover a interação entre o instrutor e os participantes e destes entre si e desenvolver as atividades de ensino e aprendizagem, que, além da exposição interativa e participativa, deverão contemplar diferentes dinâmicas que comportem a construção individual, mas também a coletiva de novos conhecimentos, permitindo aos participantesuma reflexão e compreensão teórica e prática das relações de produção, trabalho, saúde e doença necessárias ao enfrentamento da sua vida profissional e da realidade do processo de trabalho. O que se quer com aquele evento de treinamento deve estar claro para quem ministrará, mas, principalmente, para quem será treinado. Quantas vezes você já foi convocado para um treinamento do qual não conseguiu adquirir nenhum conhecimento? É fundamental que o objetivo do treinamento seja alcançado. Um trabalhador que executa atividades em eletricidade deve receber treinamento de segurança para esse tema, não podendo ter dúvidas quanto a procedimentos seguros, equipamentos de proteção individual – EPIs e equipamentos de proteção coletiva – EPCs utilizados por eles. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 7/28 Outro elemento importante para um adequado planejamento dos treinamentos é o cronograma, que nada mais é que uma representação esquemática de uma sequência de ações a serem desenvolvidas em intervalos de tempo bem determinados. O cronograma deve levar em consideração o formato do treinamento e a disponibilidade das pessoas para executá-lo. Isso, em alguns casos, é bem complexo. Seguindo o exemplo do profissional eletricista, seu treinamento mínimo é de 40 horas (de acordo com a NR-10). Se o cronograma fosse montado tendo em vista apenas o custo do treinamento seriam cinco encontros de 8 horas. Nesse formato, porém, a empresa não poderia contar com esse grupo de trabalhadores. Para minimizar isso, poderiam ser 10 encontros de 4 horas, mas, ainda poderia causar transtorno caso a empresa funcionasse com turnos de trabalho. Aproxime-se da equipe de recursos humanos para obter ajuda quanto a esses impasses. Depois disso, é necessário modular os conteúdos programáticos de acordo com o tempo disponível de treinamento, para que o resultado seja satisfatório. A partir do momento em que conhecemos o processo de trabalho e as atividades laborais do público-alvo, temos um objetivo a ser seguido e, assim, as condições de estipular assuntos teórico-práticos dentro de um tempo determinado. Todos os treinamentos, que serão desenvolvidos no ambiente de trabalho ou fora dele, podem ser inseridos em um Cronograma de Treinamentos Anuais. Tal cronograma pode delimitar os prazos (vencimentos) e os conteúdos desenvolvidos em um treinamento específico. Podendo, inclusive, analisar custos de treinamento (mensal ou anual) para planejamentos de orçamento. Temos muito a desenvolver e apresentar nesse item, pois os recursos dependem do nosso público, da infraestrutura disponível, da nossa criatividade e do nosso objetivo com o treinamento. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 8/28 É fundamental que durante o planejamento fique claro quais serão os recursos disponíveis para tal capacitação ou treinamento. Será necessário indicar quais os recursos didáticos que se pretende utilizar, tais como: quadro de giz, flipchart, datashow, internet, revistas, retroprojetor, tela para projeção, televisão, vídeo, aparelho de som, microfone, CD, DVD, material impresso, cartazes, fotografias, equipamentos de laboratório, entre outros tantos materiais que permitem um adequado processo de ensino. Devem ser incluídos nos materiais didáticos todos os equipamentos de proteção individual e coletiva, além dos materiais utilizados para as atividades práticas; no caso do trabalho com eletricidade, a inclusão é dos componentes elétricos, das ferramentas isoladas e dos demais equipamentos que são essenciais para o trabalho das pessoas envolvidas. Lembre-se de que escadas são necessárias para treinamento de trabalho em altura e simuladores de espaço confinado para que o treinamento não seja apenas conceitual. É importante frisar que as atividades práticas sempre são mais efetivas no processo de aprendizagem do que as teóricas, então pense sempre nos recursos necessários para tal. Vamos praticar! Para apresentar os elementos necessários para o planejamento, vamos colocar em prática uma norma regulamentadora que prevê inúmeras capacitações de acordo com as atividades e o tipo de exposição do trabalhador. A NR-20, que trata sobre os aspectos de segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis, estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. (exemplo1.html) (exemplo2.html) https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/exemplo1.html https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/exemplo2.html 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 9/28 Exemplo 1 Maria do Rosário foi admitida para trabalhar na loja de conveniência de um posto de combustível e agora precisa ser treinada e capacitada para exercer sua função. Critérios para capacitação Este é um exemplo de trabalhador que adentra na área e não mantém contato direto com o processo ou o processamento de inflamáveis e combustíveis e atua em uma instalação classe I. Este trabalhador precisa realizar um Curso de Iniciação sobre Inflamáveis e Combustíveis, com uma duração de três horas teóricas. Conteúdo programático Curso de Iniciação sobre Inflamáveis e Combustíveis Carga horária: 3 horas 1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos 2. Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis 3. Fontes de ignição e seu controle 4. Procedimentos básicos em situações de emergência com inflamáveis Após sistematizarmos todas estas informações, precisamos agora planejar e delinear o nosso treinamento. Ressaltamos que trata-se de uma simulação, já que vamos apenas fazer um exercício para podermos identificar na prática as ações necessárias em cada etapa do planejamento. Programa: neste item, descrevemos o propósito do treinamento, que neste caso é a admissão de um trabalhador na empresa. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 10/28 Data: o prazo que ocorrerá o treinamento serve também para identificar nos registros o período que ocorreu o treinamento. Horário: descrição detalhada do tempo e dos intervalos do treinamento. Objetivo geral: define uma visão global e abrangente do tema abordado e está relacionado ao conteúdo. Objetivos específicos: este item tem aspecto menos abrangente, mais direto e focado no tema do treinamento, deve ser proposto de maneira a interligar o objetivo geral com situações particulares e específicas. Legislação envolvida: citar quais legislações serão apresentadas e se o treinamento atende a uma legislação específica. Público-alvo: é o público que queremos atingir com esse treinamento, lembrando sempre das atividades, da escolarização, dos conhecimentos e da função de cada trabalhador. Metodologia: determina as etapas e a forma como esse treinamento será desenvolvido, incluindo a parte teórica e prática. Conteúdo programático: devem constar neste item todos conhecimentos que serão transmitidos durante o treinamento. Recursos necessários: citar os materiais necessários para o desenvolvimento do treinamento desde a sala de aula, laboratórios, até canetas e impressões de materiais (cartilhas, manuais, apostilas). Instrutor: citar o profissional habilitado e capacitado para desenvolver esse treinamento. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 11/28 Avaliações: instrumento que permite avaliar e mensurar a abordagem do treinamento. Responsabilidade da coordenação do treinamento: quem são os responsáveis pelo desenvolvimento deste treinamento ou até mesmo o setor que é responsável. Orçamento: os custos dos recursos necessários para o desenvolvimento e a execução do planejamento. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 12/28 Planejamentodo treinamento Programa: Admissão do trabalhador: Data 05/05/2020 Horário: das 8h45 às 10h Intervalo de 15 minutos 10h15 às 12h Carga horária total: 3 horas Objetivo geral Capacitar e orientar os trabalhadores sobre os riscos presentes em seu ambiente de trabalho Objetivos específicos Orientar sobre as formas de proteção individual e coletiva Apresentar como identificar e controlar as fontes de riscos Apresentar os procedimentos em caso de emergência Legislação envolvida NR-20 Público-alvo Trabalhadores que adentram na área e não mantêm contato direto com o processo ou o processamento de inflamáveis e combustíveis Metodologia Serão ministradas três horas de aula expositiva teórica e reflexiva, utilizando- se PowerPoint para apresentar o conteúdo. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 13/28 Conteúdo programático Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis Fontes de ignição e seu controle Procedimentos básicos em situações de emergência com inflamáveis Recursos necessários Uma sala para desenvolver a capacitação Computador/notebook Multimídia PPCI – Plano de Prevenção de Combate a Incêndio Equipamentos de emergência do estabelecimento Instrutor O curso de Iniciação sobre Inflamáveis e Combustíveis deve ter um responsável por sua organização técnica, devendo ser um dos instrutores com proficiência(*) no assunto. Avaliações Prova teórica – Instrumento de avaliação para verificar a eficiência e a produtividade do treinamento Responsabilidade da coordenação do treinamento Departamento de recursos humanos do posto de combustível 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 14/28 Orçamento Esse treinamento é ofertado por uma empresa especializada em educação profissional e continuada, adquirido pelo valor de R$ 400,00. Custos de locomoção Custos das horas da funcionária (*) A comprovada proficiência no assunto não significa formação em curso específico, mas habilidades, experiência e conhecimentos capazes de ministrar os ensinamentos referentes aos tópicos abordados nos treinamentos. O treinamento, porém, deve estar sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho. Exemplo 2 Eduardo Rabelho é operador de processos da refinaria do Rio de Janeiro. Ele atua em uma instalação classe III e, dentre suas atividades, está a operação e atendimentos a emergências. Critérios para capacitação Neste exemplo, o trabalhador adentra a área e mantém contato direto com o processo ou o processamento de inflamáveis e combustíveis e necessita realizar um curso avançado II, perfazendo uma carga horária de 32 horas entre teoria e prática. Conteúdo programático teórico 1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos 2. Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 15/28 3. Fontes de ignição e seu controle 4. Proteção contra incêndio com inflamáveis 5. Procedimentos em situações de emergência com inflamáveis 6. Estudo da NR-20 7. Metodologias de análise de riscos: conceitos e exercícios práticos 8. Permissão para trabalho com inflamáveis 9. Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas preventivas 10. Planejamento de resposta a emergências com inflamáveis 11. Noções básicas de segurança de processo da instalação 12. Noções básicas de gestão de mudanças Conteúdo programático prático: conhecimentos e utilização dos sistemas de segurança contra incêndio com inflamáveis. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 16/28 Planejamento de treinamento Programa Treinamento e capacitação profissional Período de 04/05/2020 a 13/05/2020 Horário: das 8h às 12h Carga horária total: 32 horas Objetivo geral Capacitar e preparar os trabalhadores para agirem em situações de risco e emergência Objetivos específicos Informar sobre as características do ambiente de trabalho Orientar sobre a identificação dos riscos Orientar sobre as formas de proteção individual e coletiva Apresentar como identificar e controlar as fontes de riscos Compreender os acidentes com inflamáveis e como evitá-los Promover simulados que estimulem a reflexão teórico-prática Orientar como utilizar os sistemas de segurança contra incêndio com inflamáveis Legislação envolvida NR-20 Público-alvo Profissionais que adentram nas áreas e mantêm contato direto com o processo ou o processamento de inflamáveis e combustíveis Metodologia Será desenvolvido em dois momentos: 20 horas de conteúdo teórico e expositivo em que será possível apresentar a legislação, as características e as propriedades dos riscos presentes nas atividades desenvolvidas por esse trabalhador; e 12 horas de ações práticas, estimulando a reflexão do conteúdo teórico ministrado no próprio ambiente de trabalho. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 17/28 Conteúdo programático Teórico: 1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos 2. Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis 3. Fontes de ignição e seu controle 4. Proteção contra incêndio com inflamáveis 5. Procedimentos em situações de emergência com inflamáveis 6. Estudo da NR-20 7. Metodologias de análise de riscos: conceitos e exercícios práticos 8. Permissão para trabalho com inflamáveis 9. Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas preventivas 10. Planejamento de resposta a emergências com inflamáveis 11. Noções básicas de segurança de processo da instalação 12. Noções básicas de gestão de mudanças Prático: Conhecimentos e utilização dos sistemas de segurança contra incêndio com inflamáveis. Recursos necessários Uma sala para desenvolver a parte teórica do treinamento Campo de treinamento específico para combate a incêndio – equipado para o desenvolvimento da prática Computador/notebook Multimídia Equipamentos de proteção individual 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 18/28 Instrutor Este curso deve ter um profissional habilitado como responsável técnico, seus instrutores devem ter proficiência no assunto. Avaliações Prova teórica – Instrumento de avaliação para verificar a eficiência e a produtividade do treinamento Avaliação prática – Instrumento de avaliação para verificar o aprendizado na prática Responsabilidade da coordenação do treinamento Departamento de recursos humanos do posto de combustível Esse curso deve ter um profissional habilitado como responsável técnico. Orçamento Instrutores internos – Custos das horas dos funcionários destacados para darem o treinamento Equipamentos de proteção individual Recarga de extintores Combustível para a atividade prática 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 19/28 Custos do treinamento Investir no treinamento da equipe, para a área da segurança e saúde do trabalho, pode parecer uma opção cara, mas é fundamental para a segurança dos trabalhadores expostos aos diferentes riscos presentes no ambiente de trabalho. O impacto de uma ação como essa pode ser extremamente positivo na prática profissional de cada funcionário e também da equipe em geral. Valorizar o profissional, preservar sua saúde e investir em sua carreira deixa o funcionário muito mais motivado e engajado com o propósito da organização. Funcionários motivados produzem mais e colaboram mais uns com os outros, o que certamente facilita a maioria dos processos que exigem fluidez e boa comunicação. É fundamental planejar os custos do treinamento de acordo com os recursos disponíveis e aqui vamos fazer uma pequena diferenciação dos custos necessários: os custos diretos de um treinamento são aqueles gastos consumidos diretamente na execução do treinamento, ou seja, com instrutores, materiais, recursos audiovisuais e despesas gerais do treinamento, não havendo necessidade de rateio (JERICO; CASTILHO, 2004). Já o custo indireto não se refere ao treinamento especificamente, e sim às condições necessáriaspara a execução do treinamento, representado pela estrutura (energia elétrica, custo administrativo em geral, depreciação e outros) (JERICO; CASTILHO, 2004). Modelo de planilha de composição dos custos de treinamento (objetos/tabela.pdf) As empresas investem muito para capacitar seus funcionários e, apesar de esses investimentos serem significativos, ainda há muito desperdício. Em muitos casos, as ações educativas não apresentam foco, estando distanciadas da realidade e das necessidades das organizações ou aplicando teorias alternativas difíceis de serem mensuradas e de retorno duvidoso. Além disso, segundo Chiavenato (1999), “de nada adianta gastar rios de dinheiro se a empresa não dá espaço ou https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/objetos/tabela.pdf 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 20/28 oportunidades para as pessoas aplicarem suas competências adquiridas”. Isso é ainda mais importante em treinamentos de saúde e segurança do trabalho, nos quais eles (os funcionários) são os principais protagonistas, afinal é para a saúde e segurança destes. Como mencionado anteriormente, outro aspecto a destacar é que todas as ações educativas têm custos com material, tempo do instrutor e perdas na produção enquanto os colaboradores estão sendo treinados, pois estão afastados de seus postos de trabalho. Diante disso, todo o investimento em treinamento e desenvolvimento de competências profissionais deve ter retorno. Identificar e mensurar os benefícios de uma ação educativa não é uma tarefa fácil, pois, na maioria das empresas, o treinamento ainda continua sendo tratado como despesa e não como investimento. Recomenda-se que, para fazer uma avaliação do retorno sobre o investimento (ROI), deve-se: Calcular os benefícios do treinamento Calcular os custos Subtrair os custos dos benefícios Dividir o benefício líquido pelo custo Ainda mais importante do que o custo de um treinamento, para um técnico em segurança do trabalho, é como orçar uma demanda de treinamento de que sua empresa necessita. Deve-se ter muita atenção a alguns requisitos básicos: Carga horária definida em norma é inquestionável 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 21/28 “CIPA (20 horas) – Podemos fazer em dois dias”. Não aceite isso. Além de não ser ético, imagine um trabalhador recebendo um certificado de 20 horas, sabendo que em dois dias poderia ter feito, no máximo, 16 horas. Solicite a proficiência dos instrutores “Nossos instrutores são renomados”. Solicite antecipadamente os documentos que demonstram a proficiência no determinado assunto e registre que apenas aqueles poderão acessar a unidade para o treinamento. Por vezes, profissionais com pouca experiência são colocados em sala de aula com materiais didáticos ótimos, mas inserem um vídeo depois do outro. Esse tipo de treinamento pode ser encontrado em plataformas de vídeo da Internet, o que não é o objetivo. Compare os seus instrutores Não convém equalizar todos os instrutores, cada um carrega sua essência, sua experiência, e, muitas vezes, isso faz toda a diferença. Se você conhece seu público, se mais questionador, é necessário que o instrutor seja tecnicista; se o público for mais prático, a experiência do dia a dia é primordial para que o treinamento atenda às expectativas. Compare os seus instrutores Não convém equalizar todos os instrutores, cada um carrega sua essência, sua experiência, e, muitas vezes, isso faz toda a diferença. Se você conhece seu público, se mais questionador, é necessário que o instrutor seja tecnicista; se o público for mais prático, a experiência do dia a dia é primordial para que o treinamento atenda às expectativas. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 22/28 Defina o material didático Reúna-se com o responsável pelo treinamento e definam juntos o conteúdo a ser divulgado, preferencialmente elaborado para a sua empresa, com exemplos práticos. Cuidado com os “Cursos de Prateleira” Cursos de prateleira são bons, mas depende do público e, principalmente, do assunto. Um exemplo clássico é o Curso de Espaço Confinado. Apesar de os riscos deste tipo de espaço serem os mesmos, os tipos e o que há dentro deles têm uma grande variedade. Portanto, esse curso deve levar ao trabalhador exemplos práticos dos espaços confinados que ele irá adentrar, o modelo de análise preliminar de risco – APR que ele vai elaborar/assinar e a permissão de entrada e trabalho – PET que o liberará a entrar naquele espaço. Portanto, ao orçar um treinamento para sua empresa, você precisa ter definidas as necessidades de treinamento, conhecer seu público, analisar possíveis cronogramas (pois isso irá influenciar diretamente no custo) e selecionar os tipos de instrutores (comparar instrutores com certificação internacional com iniciantes de carreira não é adequado, além de apresentar discrepâncias enormes nas cifras). Cronogramas Conforme verificarmos anteriormente, o cronograma representa todas as etapas, ações e conteúdos a serem tratados no treinamento e é por meio dele que é possível ter o domínio de todas as ações que precisam ser realizadas no decorrer do treinamento, ou seja, qual será o treinamento, a forma e o tempo necessários. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 23/28 O cronograma requer datas, dia de início e previsão de término. Muitos treinamentos de saúde e segurança do trabalho apresentam conteúdos programáticos (definidos por Normas Regulamentadoras) já divididos em teóricos e práticos. Essa divisão impacta diretamente os cronogramas, que devem ser elaborados para otimizar todos os recursos, além de objetivar o melhor aprendizado dos alunos. Outro dado pertinente para a elaboração de cronogramas são os trabalhos em turnos. Normalmente os participantes são distribuídos para reduzir a quantidade deles nas turmas, mas isso eleva o custo per capta do treinamento. Vamos colocar em prática mais uma etapa que representa esquematicamente a sequência de ações que necessitam ser desenvolvidas em intervalos de tempo bem determinados, tendo em vista atingir certas metas, dentro de um tempo determinado. Para isso, montaremos o cronograma do curso Avançado II da NR-20, com carga horária de 32 horas. Para tal treinamento, teremos disponibilidade dos funcionários de metade das suas jornadas de trabalho, ou seja, módulos de 4 horas. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 24/28 Cronograma Conteúdo programático Teoria(Horas) Prática (Horas) 1º Dia 1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos 2 2. Controles coletivo e individual para trabalhos com inflamáveis 2 2º Dia 3. Fontes de ignição e seu controle 2 4. Proteção contra incêndio com inflamáveis 1 1 3º Dia 5. Procedimentos em situações de emergência com inflamáveis 2 9. Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas preventivas 1 10. Planejamento de resposta a emergências com inflamáveis 1 4° Dia 6. Estudo da NR-20 4 5° Dia 7. Metodologias de análise de riscos: conceitos e exercícios práticos 2 1 8. Permissão para trabalho com inflamáveis 1 6º Dia 11. Noções básicas de segurança de processo da instalação 2 12. Noções básicas de gestão de mudanças 2 7 e 8° Dias Conhecimentos e utilização dos sistemas de segurança contra incêndio com inflamáveis 4 4 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 25/28 Total 24 8 Total (Teoria +Prática) 32 horas Avaliação de treinamento A etapa final de um programa de treinamento é a avaliação. A avaliação tem o objetivo de verificar se o treinamento atendeu às necessidades da organização, dos colaboradores e dos clientes (CHIAVENATO, 1999). Temos duas maneiras de avaliar a eficácia e a eficiência de um treinamento. Uma delas é por meio de uma avaliação em curto prazo, que tem o propósito de verificar a opinião sobre o curso – instrutor, os métodos e os recursos adotados e sobre os conhecimentose as habilidades adquiridas como resultado do treinamento. A outra maneira é realizar uma avaliação em longo prazo, de modo a verificar a melhoria da produtividade e do desempenho no trabalho, reconhecendo seu papel naquela atividade a partir dos conhecimentos e das habilidades desenvolvidos durante o treinamento. Muitas empresas não fazem nenhum tipo de verificação de longo prazo, mas é aqui que verificamos se realmente houve aprendizado e como o funcionário conseguiu colocar em prática o que aprendeu. Deve-se atentar para a legislação de Saúde e Segurança quando se trata de avaliação de treinamento, pois algumas delas requerem elaboração instrumentos específicos de avaliação para verificar a compreensão do conteúdo. Já que falamos até aqui da NR-20, seu item 20.11.17 menciona que a emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após “avaliação”, tenham obtido aproveitamento satisfatório. Até esse momento sempre tivemos o cuidado de realizar um adequado planejamento do treinamento, e na avaliação não pode ser diferente, precisamos ter clareza do que deve ser avaliado no treinamento e o que realmente interessa avaliar, ou seja, definir o foco da avaliação a partir do objetivo do treinamento. 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 26/28 Em outras etapas detalhamos qual seria o objetivo do treinamento e aqui não podemos nos distanciar deste, pois corremos o risco de perder o foco. Essa etapa é fundamental para que possamos mensurar a eficiência deste treinamento e nos certificarmos de que temos profissionais habilitados e conhecedores do treinamento proposto. Modelo de ficha de verificação de conhecimento da Norma Regulamentadora 20 (objetos/tabela2.pdf) Modelo de ficha avaliação de treinamento (objetos/tabela3.pdf) Lista de presença Aqui apresentamos um modelo de lista de presença. Este instrumento faz parte dos registros necessários para comprovar a participação do público presente na capacitação, bem como manter o registro junto às informações da saúde ocupacional para futuras auditorias e fiscalizações. Modelo de lista de presença (objetos/tabela4.pdf) Certificados Os certificados são documentos comprobatórios da participação dos funcionários nos treinamentos. Esses documentos são de propriedade do aluno, cabendo à empresa realizar cópias físicas ou digitais para arquivamento na empresa. É importante revisitar as legislações pertinentes a cada Norma Regulamentadora, pois elas foram promulgadas em momentos diferentes, sendo assim, contemplam requisitos específicos para a confecção dos certificados. Exemplos: NR-20 https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/objetos/tabela2.pdf https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/objetos/tabela3.pdf https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/objetos/tabela4.pdf 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 27/28 O certificado deve conter o nome do trabalhador, o conteúdo programático, a carga horária, a data, o local, o nome do(s) instrutor(es), o nome e a assinatura do responsável técnico ou do responsável pela organização técnica do curso. O certificado deve ser fornecido ao trabalhador, mediante recibo, e uma cópia arquivada na empresa. NR-33 Ao término do treinamento, deve-se emitir um certificado contendo o nome do trabalhador, o conteúdo programático, a carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, a data e o local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa. NR-35 Ao término do treinamento, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador, o conteúdo programático, a carga horária, a data, o local de realização do treinamento, o nome e a qualificação dos instrutores e a assinatura do responsável. O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia arquivada na empresa. Nota-se que muitas informações se repetem nos certificados aqui listados como exemplos (atentar que tais legislações podem sofrer alterações, sendo que, nesse contexto, servem apenas para comparação). Para finalizar e formalizarmos a participação dos trabalhadores, devemos confeccionar um certificado que contenha alguns itens fundamentais. Modelo de certificado de presença (objetos/Modelo-Certificado.pdf) https://senac.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Senac%20RS/_cursos_tecnicos/TST/UC10/conteudo/08_planejamento/objetos/Modelo-Certificado.pdf 20/04/2023 18:41 Versão para impressão about:blank 28/28 Neste estudo podemos compreender e identificar a importância de um adequado planejamento dos treinamentos. Estes requerem um comprometimento e empenho ao planejar e desenvolver todas as etapas do ciclo de treinamento para que possa atender às expectativas do empregado e do empregador Para melhor ilustrar o desenvolvimento desta etapa, utilizamos situações fictícias que norteiam a prática e o planejamento de objetivos, etapas, cronogramas, procedimentos e recursos didáticos, avaliação de treinamento, lista de presença e certificados.