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Apostila-Professor-Ensino-Fundamental-Prefeitura-de-Campo-Verde-MT-2023

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APOSTILA 
CAMPO VERDE MT 
 
 
 
 
 
 
 
Cargo: Professor Ensino Fundamental 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revenda proibida. Todos os direitos reservados meritoapostilas.com.br 
https://meritoapostilas.com.br/
 
 
OBRIGADO POR ADQUIRIR UMA APOSTILA 
MÉRITO APOSTILAS 
 
Missão 
Oferecer educação inovadora, que promova a excelência humana e acadêmica e o desenvol-
vimento de uma sociedade sustentável. 
 
Visão 
Sermos reconhecidos como empresa de referência, dinâmica, integrada e comprometida com 
a formação de concurseiros, éticos e conscientes do compromisso com a responsabilidade do 
serviço público. 
 
Valores 
• Comprometimento 
• Respeito 
• Inovação 
• Criatividade 
• Melhoramento contínuo 
 
 
 
 
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Língua Portuguesa
LÍNGUA PORTUGUESA
1MÉRITOApostilas
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Leitura, compreensão e 
interpretação de textos
1MÉRITOApostilas
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de texto são duas ações que estão relacionadas, 
uma vez que quando se compreende corretamente um texto e seu propósito 
comunicativo chegamos a determinadas conclusões (interpretação).
A compreensão de um texto é a análise e decodificação do que está realmente 
escrito, seja das frases ou das ideias presentes.
Já a interpretação de texto, está ligada às conclusões que podemos chegar ao 
conectar as ideias do texto com a realidade. É o entendimento subjetivo que o 
leitor teve sobre o texto.
É possível compreender um texto sem interpretá-lo, porém não é possível
interpretá-lo sem compreendê-lo.
Compreensão de texto
A compreensão de texto significa decodificá-lo para entender o que foi dito. É a 
análise objetiva e a assimilação das palavras e ideias presentes no texto.
As expressões que geralmente se relacionam com a compreensão são:
• Segundo o texto…
• De acordo com o autor…
• No texto…
• O texto informa que...
• O autor sugere…
Interpretação de texto
A interpretação do texto é o que podemos concluir sobre ele, após estabelecer 
conexões entre o que está escrito e a realidade. São as conclusões que podemos 
2
Leitura, compreensão e interpretação de textos
tirar com base nas ideias do autor. Essa análise ocorre de modo subjetivo e está 
relacionada com a dedução do leitor.
Na interpretação de texto, as expressões geralmente utilizadas são:
• Diante do que foi exposto, podemos concluir…
• Infere-se do texto que…
• O texto nos permite deduzir que…
• Conclui-se do texto que...
• O texto possibilita o entendimento de...
Item Compreensão Interpretação
Definição
Análise objetiva do conteúdo, 
compreendendo frases, ideias e 
dados presentes no texto.
A conclusão subjetiva do texto. É o que o leitor entende 
que o texto quis dizer.
Informação
As informações necessárias estão
dispostas no texto.
A informação vai além do que está no texto, embora 
tenha uma relação direta com ele.
Análise Objetiva. Ligada mais aos fatos. Subjetiva. Pode estar relacionada a uma opinião.
 A Importância da Leitura 
Tanto a leitura quanto a escrita são práticas sociais de importância fundamental 
para o desenvolvimento da cognição humana. Ambas asseguram o 
desenvolvimento do intelecto e da imaginação e conduzem à aquisição de 
conhecimentos.
Quando lemos, existem várias conexões no cérebro que nos permitem desenvolver
nosso raciocínio. Além disso, por meio dessa atividade, aprimoramos nosso senso 
crítico por meio da capacidade de interpretar.
Nesse sentido, vale lembrar que a “interpretação” dos textos é uma das chaves 
básicas da leitura. Afinal, não basta ler ou decodificar códigos de linguagem, é 
preciso entender e interpretar essa leitura.
3
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Exercícios
1 - (Enem-2012)
O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações 
visuais e recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre 
à:
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para 
transmitir a ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população 
pobre e o espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira 
de descanso da família.
4
Figura 1: Fonte: www.ivancabral.com.
Leitura, compreensão e interpretação de textos
2. (Enem-2019)
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no 
Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, 
religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos 
podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar 
no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas 
na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da 
China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas 
políticas em período pré-eleitoral.
Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução 
Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma 
ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, 
serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos 
de publicidade. VASCONCELOS, Y. Fonte: https://mundoestranho.abril.com.br.
A função sociocomunicativa desse texto é
a) ilustrar como uma famosa figura dos EUA foi criada para incentivar jovens a se 
alistar no exército.
b) explicar como é feita a publicidade na forma de anúncios para venda de carros, 
bebidas ou roupas.
c) convencer o público sobre a importância do consumo.
d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
e) divulgar atividades associadas à disseminação de ideias.
5
Leitura, compreensão e interpretação de textos
Gabarito
1 - (Enem-2012)
Resposta correta: a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão 
“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
A questão é um bom exemplo de compreensão e interpretação de texto visual.
O humor gerado pela charge advém da polissemia da palavra "rede", ou seja, dos 
diferentes significados que ela carrega.
Na cultura indígena, a rede é um objeto utilizado para dormir. Já rede social, termo 
que surgiu por meio do avanço da internet, representa espaços virtuais de 
interação entre grupos de pessoas ou de empresas.
Uma interpretação que podemos obter com a observação da charge é sobre a 
desigualdade social que atinge muitas pessoas as quais não possuem condições 
financeiras de ter acesso à internet.
2. (Enem-2019)Resposta correta: d) esclarecer dois conceitos usados no senso comum.
Essa é uma questão de compreensão e interpretação de um texto escrito.
Depois da leitura atenta do texto, fica claro entender qual sua finalidade: 
esclarecer sobre dois conceitos que são utilizados como sinônimos pelo senso 
comum.
Assim, trata-se de um tipo de texto explicativo que utiliza alguns exemplos para 
ilustrar os conceitos de publicidade e propaganda.
6
 Tipologia textual 
 Tipologia textual 
1MÉRITOApostilas
 Tipologia textual 
Tipo textual é a forma como um texto se apresenta. Em outras palavras, tipos
textuais são segmentos de diferentes características que constituem um texto;
segmentos esses que podem ser reconhecidos pelas regularidades no emprego de
determinados recursos linguísticos.
Os tipos textuais podem ser encontrados articulados entre si, ou seja, é possí -
vel encontrar textos pertencentes a determinados gêneros que se compõem de
um ou mais tipos. Por exemplo, podemos nos deparar com contos em que o tipo
textual predominante é o narrativo, mas que também possui o tipo descritivo.
As tipologias mais usadas são: narração, descrição, dissertação (ou exposi -
ção), argumentação, informação e injunção. É importante que não se confunda
tipo textual com gênero textual.
Gêneros textuais são modelos de texto que circulam na vida social, pois aten-
dem às necessidades comunicativas da humanidade, se renovando ao longo do
tempo e podendo surgir novos gêneros a qualquer instante. Os tipos textuais, por
sua vez, "são atitudes enunciativas que acarretam modos característicos de em-
prego dos recursos linguísticos presentes em um texto ou sequência de texto."
(VAL, 2007, p.20).
Tipologia narrativa (narração)
A narração significa contar uma história, acontecimentos e ações de persona-
gens dentro de um espaço e um tempo determinado.
Através de um enredo (história) é relatado por um narrador os acontecimen-
tos e ações de maneira linear ou não linear.
Assim, se o enredo seguir uma sequência cronológica, trata-se de um enredo
linear. Do contrário, se existir uma mistura entre o passado, o presente e o futuro,
estamos diante de um enredo não linear.
Para facilitar o entendimento, podemos resumir os elementos da narrativa da
seguinte forma:
O quê? - revela a história, o assunto central da trama.
Quem? - são as personagens envolvidas na trama e que podem ser principais
(protagonistas) e secundárias (coadjuvantes).
Quando? - indica o momento em que a história se passa.
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 Tipologia textual 
Onde? - representa o local (espaço) onde a narrativa ocorre, que podem ser
ambientes físicos ou psicológicos.
Por quem? - aquele que conta a história é o narrador (foco narrativo). Ele
pode fazer parte da história (narrador personagem) ou não participar dela (narra-
dor observador ou narrador onisciente).
Características da tipologia narrativa
- revela a sequência de acontecimentos de uma história;
- os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco narrativo) que parti -
cipa ou não da trama;
- presença de personagens principais (protagonistas), que aparecem com mai-
or frequência e são mais importantes na história, e personagens secundários (co-
adjuvantes);
- marcação de tempo (tempo cronológico) através de datas e momentos his-
tóricos, ou o tempo individual de cada personagem (tempo psicológico);
- indicação do local onde se desenvolve a história e que podem ser físicos (re-
ais ou imaginários) ou psicológicos (na mente das personagens).
Exemplos de textos da tipologia narrativa
Os principais exemplos de textos narrativos são:
- crônicas
- contos
- romances
- fábulas
- novelas
Esses tipos de narração contém todos os elementos da narrativa: um enredo
contado por alguém (narrador), um espaço e um tempo definido, além de incluir
personagens na trama.
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 Tipologia textual 
Tipologia descritiva (descrição)
A descrição representa o ato de descrever algo e que pode ser uma pessoa,
um objeto, uma paisagem, um local.
Quando utilizamos a tipologia descritiva, buscamos apresentar as principais
características de algo, e isso pode ser feito de duas maneiras: descrição objetiva
e descrição subjetiva.
Na descrição objetiva não há um juízo de valor, uma opinião, ou mesmo im-
pressões subjetivas sobre o que está sendo observado. A imparcialidade (visão
neutra) é uma das principais características desse tipo de descrição. Ela busca
apontar de maneira muito realista e verossímil os atributos de algo (alto, baixo,
claro, escuro, longo, curto).
Já na descrição subjetiva, a opinião, as apreciações e as emoções de quem
está descrevendo aparece de forma muito nítida, que pode surgir pelo uso de mui-
tos adjetivos. Nesse caso, o objetivo é valorizar a forma do texto com o intuito de
influenciar os leitores através de um juízo de valor sobre o que está sendo obser -
vado.
Exemplos das descrições objetiva e subjetiva:
Descrição objetiva: A Basílica de São Marcos, localizada em Veneza, é reple-
ta de mosaicos. (não há uma opinião sobre o que está sendo observado)
Descrição subjetiva: A deslumbrante Basílica de São Marcos, localizada em
Veneza, é repleta de belíssimos mosaicos. (pelo uso dos adjetivos, nota-se as im-
pressões do autor)
Características da tipologia descritiva
- aponta os principais atributos e aspectos de algo;
- realiza um retrato verbal sobre algo;
- valoriza os detalhes, os pormenores e as minúcias;
- utiliza muitos adjetivos para detalhar o objeto descrito;
- usa verbos de ligação (ser, estar, parecer) para demostrar o objeto descrito;
- presença de verbos no pretérito imperfeito e no presente do indicativo para
descrever cenas;
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 Tipologia textual 
- recorre às metáforas e comparações que permitem uma melhor imagem
mental do que está sendo descrito.
Exemplos de textos da tipologia descritiva
Os principais exemplos de textos descritivos são:
- manuais de instruções
- retratos falados
- diários
- notícias
- biografias
Todos eles são textos descritivos, em que há um retrato verbal realizado pelo
autor (emissor).
Tipologia dissertativa (dissertação)
A dissertação é, de maneira geral, um tipo textual opinativo e argumentativo.
Além disso, pode ser persuasivo, já que tem como intuito defender uma ideia ou
um conceito sobre determinado assunto através de argumentações pautadas em
dados, estatísticas e exemplos concretos.
Os autores que fazem uso dessa tipologia textual, pretendem convencer seus
leitores a partir de suas opiniões e juízos de valor fundamentados em pesquisas
que realizaram ou em conhecimentos que possuem sobre o tema.
Vale ressaltar que a opinião deve ser apresentada na terceira pessoa do plural
(nós, eles) e não na primeira pessoa do singular (eu).
Embora em sua maioria os textos dissertativos sejam argumentativos, há
também outra subcategoria denominada de textos dissertativos-expositivos. Nes-
se caso, as ideias, conclusões e conceitos apresentados são expostos de maneira
neutra e imparcial, sem que o autor se posicione mostrando sua opinião.
5
 Tipologia textual 
Características da tipologia dissertativa
- textos escritos na terceira pessoa do plural (nós, eles);
- presença de apreciações, opiniões e juízos de valor do autor do texto;
- foco na formação da opinião do leitor, persuadindo-o;
- uso da norma culta (linguagem formal);
- recorre à coerência e à coesão para criar uma argumentação lógica e bem
conectada pelos elementos coesivos;
- utilização de dados, exemplos e estatísticas de outras pesquisas para corro-
borar suas ideias;
- explicações fundamentadas em outros autores, por exemplo, para a defesa
do tema com mais propriedade.
Exemplos de textos da tipologia dissertativa
Os principais exemplos da textos dissertativos são:
- artigos
- monografias
- resenhas
- ensaios
- editoriais
Todos eles são escritos com uma linguagem formal e pretendem apresentar
(textos dissertativos-expositivos) ou defender uma ideia sobre determinado assun-
to, convencendo o leitor (textos dissertativos-argumentativos).6
 Tipologia textual 
Tipologia expositiva (exposição)
A exposição é um tipo textual que apresenta informações sobre determinado
assunto. Diferente dos textos argumentativos, que utiliza opiniões e juízos de va-
lor para defender uma ideia, essa tipologia foca em reunir informações e apresen-
tar de maneira coerente e imparcial, sem opiniões que convençam o leitor.
Esse tipo textual pode ser produzido de duas maneiras: textualmente (através
de um texto) ou oralmente (através da fala).
Para entender melhor, vamos pensar no seminário da escola em que as duas
modalidades da tipologia expositiva são utilizadas (escrita e oral). A apresentação
projetada no PowerPoint é um texto expositivo escrito, e a explicação do tema pe-
los alunos é feita através da fala das pessoas, configurando um texto expositivo
oral.
Características da tipologia expositiva
- textos escritos ou orais sem opiniões do autor;
- uso de uma linguagem clara e direta;
- produções textuais informativas e objetivas, sem juízo de valor;
- uso de informações, dados e referências para expor o tema;
- recorre à conceituação e definição para explicar os temas;
- utiliza comparações e enumerações para facilitar o entendimento.
Exemplos de textos da tipologia expositiva
Os principais exemplos de textos expositivos são:
- palestras
- entrevistas
- seminários
- verbetes de dicionários
- verbetes enciclopédicos
7
 Tipologia textual 
Todos eles apresentam informações objetivas, ou seja, isentas de subjetivida-
des e duplas interpretações.
Tipologia injuntiva (injunção)
A injunção é um tipo textual que pretende instruir ou ensinar alguém a fazer
algo, por isso, apresenta uma sucessão de informações que podem estar organiza-
das em pequenos parágrafos ou numerada em passos. A ideia central é levar a
uma ação por parte do receptor (ou leitor) que recebe a mensagem.
Esses textos precisam ser claros e objetivos para não gerar dúvidas ou duplas
interpretações em quem está lendo. Pense, por exemplo, no manual de instruções
de um móvel. O objetivo é indicar um passo a passo de tudo o que deve ser feito,
como deve ser feito e quais ferramentas serão necessárias para realizar essa tare-
fa.
Características da tipologia injuntiva
- visam instruir ou ensinar algo à alguém;
- foco na explicação e no método para a realização de algo;
- textos objetivos, sem espaço para outras interpretações;
- uso da linguagem simples e objetiva, e, por vezes, técnica;
- presença da linguagem formal, baseada na norma culta;
- utilização de verbos no imperativo, que denotam ordem.
Exemplos de textos da tipologia injuntiva
Os principais exemplos de textos injuntivos são:
- propagandas
- manuais de instruções
- bulas de remédios
- receitas culinárias
8
 Tipologia textual 
- regulamentos
A grande semelhança entre eles é que todos oferecem instruções, dando in-
formações e indicações sobre algum procedimento.
Diferença entre tipologia textual e gêneros textuais
As tipologias textuais são textos orais ou escritos que possuem uma estrutura
fixa e objetivos bem definidos: relatar um acontecimento, descrever uma pessoa,
defender ou apresentar uma ideia, ensinar a fazer algo. Elas são classificadas em
cinco tipos: narração, descrição, dissertação, exposição e injunção.
Já os gêneros textuais são textos orais ou escritos mais específicos determina-
dos pela intenção comunicativa e o contexto em que são utilizados. Considerando
as principais características e estrutura das tipologias existentes, eles surgem dos
cinco tipos de texto.
- Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela.
- Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia.
- Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha.
- Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.
- Exemplos de gêneros textuais injuntivos: receitas, propagandas e manuais.
Para entender melhor essa diferenciação, veja um exemplo:
“Receita de bolo de nozes
Ingredientes:
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de óleo
1/5 xícara de leite
3 ovos
1 colher de chá de fermento
9
 Tipologia textual 
1 xícara de nozes picadas”
Modo de preparo: bata todos os ingredientes no liquidificador por 3 minutos
na velocidade máxima. Unte uma forma retangular com manteiga e farinha, e
leve ao forno aquecido a 180.º por 30 minutos.”
De acordo com o exemplo acima, temos:
- Tipologia textual utilizada: injunção
- Gênero textual utilizado: receita culinária
10
 Tipologia textual 
Anotações: 
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Figuras de linguagem
Figuras de linguagem
1MÉRITOApostilas
Figuras de linguagem
Figuras de linguagem são formas de expressão que destoam da linguagem comum 
ou denotativa. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal, 
portanto permitem uma plurissignificação do enunciado.
Figuras de linguagem consistem em “fugas” discursivas da língua, uma vez que nem
sempre uma ideia pode (ou precisa) ser comunicada literalmente.
Exemplo: “A pedra chorou de tristeza.”
Nesse exemplo, o sentido denotativo (original) é que uma pedra verteu lágrimas de
seus olhos porque estava triste. Porém, sabemos que pedras não têm olhos e, 
portanto, não podem chorar. Assim, essa expressão afasta-se das regras da 
linguagem denotativapara assumir outro sentido.
Figuras de palavras ou semântica
C omparação 
Uma relação de comparação explícita entre dois termos, marcada pela presença de
conjunção comparativa.
Exemplo: O pensamento é tal qual um diamante bruto.
Uso da comparação por meio do conectivo "como": "o amor é como uma flor" e "o 
amor é como o motor do carro".
2
Figuras de linguagem
Metáfora
Representa uma comparação de palavras com significados diferentes e cujo termo 
comparativo fica subentendido na frase. Comparação implícita.
Muito utilizada em textos poéticos, ela pode tornar o discurso mais elegante.
Uso da metáfora em "meu amor é uma caravana de rosas vagando num deserto 
inefável"
Outros exemplos:
Gabriel é um gato. (subentende-se beleza felina)
Lucas é um touro. (subentende-se a força do touro)
Fernando é um anjo. (subentende-se a bondade dos anjos)
Metonímia
Substituição de um termo por outro, desde que haja uma relação entre eles.
Uso da metonímia que substitui o vocábulo boi por "cabeças de gado".
3
Figuras de linguagem
Catacrese
Emprego inadequado de um termo devido à perda de seu sentido original.
Exemplo: Embarcou há pouco no avião.
Embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico
para o avião, embarcar é o utilizado.
O uso da expressão "bala perdida" é utilizada por não ter outra mais específica.
Perífrase ou antonomásia
É a substituição de um termo por outro que o caracterize, como se fosse uma 
espécie de apelido.
O rei das selvas ainda não é uma espécie em extinção.
O Boca do Inferno não tinha papas na língua.
No primeiro exemplo, “rei das selvas” é uma expressão que se refere ao leão. Já 
“Boca do Inferno”, no segundo exemplo, era como o poeta barroco Gregório de 
Matos (1636-1695) era chamado.
É importante fazer uma distinção: a perífrase refere-se a coisas ou animais, já a 
antonomásia refere-se a pessoas. Nessa perspectiva, o primeiro exemplo é uma 
perífrase; e o segundo, uma antonomásia.
4
Figuras de linguagem
Sinestesia
Combinação de dois ou mais sentidos, ou seja, visão, olfato, audição, paladar e 
tato.
No doce caminho que percorri, ouvi cantarem os pássaros no calor da manhã.
Perceba que a palavra “doce” aciona o paladar; o verbo “cantarem”, a audição; e o 
substantivo “calor”, o tato.
Figuras de sintaxe ou construção
Elipse
Ocultação de palavra ou expressão na estrutura do enunciado.
— Vou te ligar. Qual o seu número?
Nesse exemplo, foi omitida a expressão “de telefone”: Qual o seu número de 
telefone?
Zeugma
Um tipo de elipse caracterizado pela omissão de um termo mencionado 
anteriormente.
Preferia os caminhos difíceis aos fáceis.
Ou seja: Preferia os caminhos difíceis aos (caminhos) fáceis.
Anáfora
Repetição de uma ou mais palavras no início dos versos ou orações.
Eu não devo ter medo. Eu não devo parar. Eu não devo retroceder.
5
Figuras de linguagem
Pleonasmo
É o uso de algum termo dispensável, repetitivo, com o objetivo de enfatizar 
determinada ideia.
— Vi a abdução com meus próprios olhos — ele afirmou. — Você precisa acreditar 
em mim!
Atenção! Esse tipo de ênfase é aceitável quando utilizado para melhor expressar 
uma ideia; do contrário, é apenas uma redundância, um vício de linguagem.
Anacoluto
Falta de conexão sintática entre o início de uma frase e a sequência de ideias.
Aquela atriz não sei de quem você está falando.
Silepse
Concordância ideológica, ou seja, com a ideia, e não com o termo expresso.
• Silepse de gênero:
A gente ficou chocado com o que aconteceu ontem.
Nesse caso, o enunciador é masculino e refere-se a pessoas do gênero 
masculino, então faz a concordância com a ideia, e não com o sujeito “A 
gente”: A gente ficou chocada com o que aconteceu ontem.
• Silepse de número:
O povo exigiu uma satisfação, pois não suportavam mais aquele silêncio.
Nesse exemplo, o verbo “suportavam” tem como sujeito “eles/ elas” (não 
expresso no período), pois o enunciador pensa em povo como uma 
quantidade de pessoas. Assim, em vez de fazer a concordância com a 
palavra, no singular, “povo” (O povo não suportava mais aquele silêncio), o 
6
Figuras de linguagem
enunciador faz a concordância com a ideia, ou seja, “eles/ elas”, uma 
quantidade de pessoas chamadas de “povo”, portanto no plural.
• Silepse de pessoa:
Os ciclistas corremos grande perigo no trânsito.
Ao conjugar o verbo “correr” na primeira pessoa do plural (nós), o enunciador
coloca-se na categoria de ciclista, o que não ficaria evidente se ele fizesse a 
concordância gramaticalmente esperada: Os ciclistas correm grande perigo 
no trânsito.
Hipérbato
Inversão da ordem direta dos elementos de uma oração ou período.
A ordem direta é composta de sujeito, verbo, complemento ou predicativo:
“As manifestações culturais brasileiras são muito valorizadas no exterior.”
Sujeito: As manifestações culturais brasileiras.
Verbo: são.
Predicativo: valorizadas.
Se ocorrer o hipérbato, a inversão, temos:
“Muito valorizadas são as manifestações culturais brasileiras no exterior.”
Polissíndeto
Repetição da conjunção “e”.
“E o cachorro latia, e corria, e babava em tudo que via pela frente.”
7
Figuras de linguagem
Figuras de pensamento
Hipérbole
Exagero na declaração.
“Estava com tanta fome que podia comer um boi inteiro.”
Comer um boi inteiro, de uma só vez, por ser humanamente impossível, é um 
exagero.
Litotes
Afirmação realizada pela negação do contrário.
“Ariosto não é nada bonito, mas gosto dele mesmo assim.”
Nesse exemplo, o enunciador afirma que Ariosto é feio a partir da negação do 
adjetivo contrário a feio, ou seja, bonito: não é nada bonito. 
Eufemismo
Palavras ou expressões agradáveis para amenizar a declaração.
“Segundo o juiz, a deputada faltou à verdade em seu depoimento.”
Note que, em vez de dizer que a deputada mentiu, é usada a expressão “faltou à 
verdade”, o que torna a afirmação menos desagradável.
Ironia
Sugerir o contrário do que se afirma.
“A pontualidade daquele médico é britânica. Só esperei duas horas para ser 
atendido.”
8
Figuras de linguagem
A ironia depende muito de um contexto, ou seja, da situação em que é inserida, do
conhecimento do interlocutor sobre o fato ironizado, além de outros elementos, 
como gestos (na linguagem oral).
Prosopopeia
Personificação, atribuição de características humanas a seres irracionais ou a 
coisas.
“O lobo conversou com Chapeuzinho, e decidiram fazer as pazes.”
Antítese
Oposição entre palavras, expressões ou ideias.
“O bem e o mal caminham de mãos dadas no coração humano.”
Paradoxo ou oximoro
Antítese que expressa uma contradição.
“Ninguém parecia ouvir, mas a menina gritava em silêncio.”
Note que é contraditório alguém gritar em silêncio, já que o grito se configura em 
um som.
Apóstrofe
Interrupção da frase para interpelar ou invocar.
“Não podia acreditar, ó céus, que aquilo acontecera.”
Gradação
Sequência de ideias.
9
Figuras de linguagem
“Ele era um porco, um jumento, um dinossauro. Impossível lidar com alguém 
assim.”
Figuras de som ou harmonia
Aliteração
Repetição de consoantes ou sílabas.
“Minha mãe me mandou fazer o meu melhor.”
É importante lembrar que essa é uma figura usada em textos literários. Em uma 
linguagem objetiva, ela é considerada um vício de linguagem.
Assonância
Repetição de vogais.
“Por onde andam o amor e a dor do trovador?”
Onomatopeia
Palavra cuja sonoridade está associada à coisa representada.
“O cocoricó se faz ouvir toda manhã.”
“O bem-te-vi estava mais triste naquele dia.”
No primeiro exemplo, “cocoricó” é um substantivo que, em sua sonoridade, 
representa aquilo a que se refere, ou seja, imita o canto do galo. Já no segundo 
exemplo, o substantivo “bem-te-vi” refere-se a um pássaro cujo canto tem essa 
sonoridade.
10
Figuras de linguagem
Paronomásia
Uso de palavras parecidas, mas com grafia, som e significado distintos.
“Depois que fiz a descrição do meu chefe, pedi discrição aos meus colegas de 
trabalho.”
Anotações: 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________________________
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_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
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Figuras de linguagem
Exercícios
Exercício 1 - (Enem)
Amor é fogo que arde sem se ver;
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões.
12
Figuras de linguagem
O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, 
relação de oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que essa oposição 
se faz claramente presente.
a) “Amor é fogo que arde sem se ver.”
b) “É um contentamento descontente.”
c) “É servir a quem vence, o vencedor.”
d) “Mas como causar pode seu favor.”
e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Exercício 2 – (Enem)
Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de 
linguagem para:
a) condenar a prática de exercícios físicos.
b) valorizar aspectos da vida moderna.
c) desestimular o uso das bicicletas.
d) caracterizar o diálogo entre gerações.
e) criticar a falta de perspectiva do pai.
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Figuras de linguagem
Gabarito
Exercício 1
Resposta: Alternativa B.
Em “É um contentamento descontente”, é possível verificar que a palavra 
“contentamento” tem sentido oposto a “descontente”.
Exercício 2
Resposta: Alternativa E.
Na tirinha, a existência do pai do enunciador é comparada ao ato de pedalar uma 
bicicleta e não chegar a lugar nenhum, portanto a vida do pai não teria perspectiva.
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Ortografia 2.0 
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Ortografia 2.0 
Mau ou mal 
Alguns questionamentos são bem insistentes (ou será que nós é quem insistimos em errar?), entre 
eles, o uso correto de mau e mal. Quem nunca se perguntou quando e como usar cada um dos termos, 
não é mesmo? Essa é certamente uma das perguntas que sondam nosso particular universo linguístico, 
mas nada como pensar um pouquinho para chegar a uma resposta. Se você ainda não sabe qual é o 
correto, mau ou mal, fique atento às dicas para nunca mais errar. 
Em primeiro lugar, devemos deixar bem claro que as duas formas existem, mau com “u” e mal 
com “l”. Apesar de serem foneticamente idênticas, semanticamente são bem diferentes, o que facilita 
na hora de escolher a grafia correta. Para usarmos corretamente essas duas palavrinhas-problema, 
basta fazer a oposição entre seus antônimos. Observe: 
Mal é advérbio, antônimo de bem. 
Mau é um adjetivo, antônimo de bom. 
 
Exemplos: 
Os governantes fizeram mau uso do dinheiro público. (mau ≠ bom) 
O aluno foi embora porque estava sentindo-se mal. (mal ≠ bem)" 
 
Quando se usa há? 
A palavra há é uma conjugação do verbo “haver” quando este é impessoal, por isso seus 
significados mais comuns são no sentido de “existir” (nesse sentido, “ter”) ou, no caso de tempo 
decorrido, “fazer”. Se você substituir o verbo há por um dos verbos citados acima e isso não alterar o 
sentido da frase, você já sabe qual a forma correta de escrever. 
Veja alguns exemplos: 
A meteorologista disse que há muita probabilidade de chuva amanhã. 
(A meteorologista disse que existe muita probabilidade de chuva amanhã.) 
Há vários livros no meu quarto. 
(Tem vários livros no meu quarto.) 
 
Ortografia 2.0 
3 
Não nos vemos há muitos anos. 
(Não nos vemos faz muitos anos.) 
O uso de “há” e “a” pode gerar muitas dúvidas. 
 
Quando se usa a? 
A palavra “a” pode ter diversas classificações dependendo do contexto. Costuma estar em várias 
locuções e, por isso, seu uso é muito versátil. 
Usamos “a” como artigo definido feminino singular, ou seja, para especificar um substantivo 
feminino em determinado contexto. Já as preposições conectam uma palavra a outra, gerando sentido 
e estabelecendo uma relação de dependência entre elas. A preposição “a” costuma ser regida por 
alguns verbos, isto é, eles necessitam dessa preposição para que o enunciado tenha sentido. 
Além dos verbos, muitas vezes a preposição “a” aparece em locuções, que são duas ou mais 
palavras com a mesma função, cujo sentido surge a partir da junção desses termos, e não da palavra 
isolada. 
Quando não há sentido de “existir” ou de tempo passado, use a palavra “a”. 
Observe os exemplos a seguir: 
Estivemos em consulta com a pediatra. 
(Artigo) 
Eu disse a ela que estava tudo bem. 
(Preposição) 
Daqui a pouco vai chover. 
(Locução adverbial)" 
 
Diferenças entre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” 
As expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” costumam causar dúvidas por causa da 
sua semelhança. Porém, elas significam coisas totalmente distintas. Vejamos, então, quando usá -las e 
o significado de cada uma. 
 
Ortografia 2.0 
4 
Quando se usa “acerca de”? 
A expressão “acerca de” é o que chamamos locução prepositiva, situação em que duas ou mais 
palavras têm valor morfológico de preposição. Essa expressão tem o significado de “sobre”, “quanto a”, 
“a respeito de”. Observe os exemplos: 
Na reunião de ontem, foi falado acerca do comportamento dos funcionários. 
Assim, conforme o exemplo, na reunião foi falado sobre o comportamento dos funcionários. 
Quero tratar acerca dos lucros da empresa. / Quero tratar a respeito dos lucros da empresa. 
Atenção: Ressalta-se que, nesse caso, é possível a contração da preposição “de” com o artigo, ou 
seja, acerca do — de + o / acerca da — de + a, de modo a concordar com o substantivo posterior. 
 
Quando se usa “a cerca de”? 
Primeiramente, é importante lembrar que existe, na língua portuguesa, a expressão “cerca de”, 
que significa “perto”, “aproximado”, “junto”, “nas aproximações”. Essa expressão, quando 
preposicionada, torna-se “a cerca de”, que mantém o seu significado original. Dessa forma, “a cerca 
de” marca distância aproximada no espaço e no tempo futuro. 
Exemplos: 
O mercado está a cerca de três quilômetros de distância. / O mercado está aproximadamente a 
três quilômetros de distância. 
A cerca de dois quilômetros, você terá que virar à direita./ Mais ou menos em dois quilômetros, 
você terá que virar à direita. 
 
Quando se usa “há cerca de”? 
Em “há cerca de”, percebemos a presença do verbo haver na sua forma impessoal: há. Isso faz 
com que a expressão ganhe a conotação de tempo passado, como em “há dois anos” = “faz dois anos”, 
ou seja, dois anos atrás. Por isso, a expressão marca algum evento acontecido próximo a determinado 
tempo passado. 
Exemplos: 
Há cerca de quatro anos, retornei à cidade. / Aproximadamente há quatro anos, retornei à cidade. 
Essa guerra aconteceu há cerca de 200 anos. / Essa guerra aconteceu aproximadamente há 200 
anos. 
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Atenção: Vale lembrar que quando ocorre o uso de “há”, este já estabelece a marcação de um 
tempo passado, dispensando o uso de “atrás”. Logo, utilizar a expressão “há cerca de dois anos atrás” 
configura pleonasmo ou redundância, uma vez que é desnecessário marcar o tempo passado duas 
vezes. 
 
Quando se usa “onde”? 
“Onde” é um advérbio de lugar e também pode exercer a função de pronome relativo (quando se 
refere a um lugar mencionado anteriormente na frase). 
 
Exemplo 
“Onde há fumaça, há fogo. ” 
Nessa expressão popular, a palavra “onde” indica o lugar em que há fumaça e fogo. 
 
Exemplo 
Onde coloquei a minha carteira? 
Nessa frase interrogativa, a palavra “onde” indica o lugar (ainda desconhecido) em que o 
enunciador colocou sua carteira. 
Já na próxima frase, perceba que o pronome relativo “onde” retoma o substantivo “país”: 
Angola foi o país onde vivi durante os anos 90. 
Portanto, “onde”, nesse exemplo, refere-se ao país Angola, mencionado anteriormente. 
Angola é um país onde há belas paisagens. 
Mas atenção! Não confunda lugar com tempo. É comum algumas pessoas usarem “onde” 
equivocadamente, como em: 
Estávamos todos tristes naquele dia, foi onde percebi que ele fazia falta. 
Note que o uso da palavra “onde”, nessa frase, não faz sentido, pois essa palavra indica lugar. A 
que lugar o enunciador ou enunciadora se refere então? Na verdade, a sua intenção era esta: 
Estávamos todos tristes naquele dia, foi quando percebi que ele fazia falta. 
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Agora sim, o termo “quando” se refere ao dia (portanto, indica tempo) em que todos estavam 
tristes. 
 
Quando se usa aonde? 
A bicicleta é o lugar onde os ciclistas estão, para ir aonde eles querem. 
A palavra “aonde” é formada pela união da preposição “a” e do advérbio ou pronome relativo 
“onde”. Portanto, só usamos esse termo quando ele vem acompanhado de outro termo que exija a 
preposição “a”, como é o caso do verbo “chegar” no exemplo seguinte: 
Aonde você quer chegar com essa atitude? 
Desse modo, quem chega, chega a algum lugar: chegar aonde. 
Ou ainda este exemplo: 
Vou aonde você quiser. 
Nessa frase, o verbo “ir” exige a preposição “a”; portanto, quem vai, vai a algum lugar: vou aonde." 
 
5 hábitos para escrever melhor e não errar mais a fim de ou afim 
1. Leia mais 
A leitura estimula o cérebro e contribui com o aprendizado. 
Embora seja fundamental conhecer as regras da língua portuguesa, a compreensão delas pode 
ser facilitada ao assimilar os exemplos aplicados. 
 
2. Troque a ligação por uma mensagem 
A ideia aqui é fazer com que a escrita seja mais presente na sua vida. 
 
Você não precisa se concentrar apenas em construir textos longos. 
 
Ao redigir mensagens, e-mails ou cartas, por exemplo, você acaba treinando, além da ortografia, 
a sua capacidade criativa. 
Ortografia 2.0 
7 
3. Dê uma folga para o corretor ortográfico 
Você é daqueles que vive com o corretor sempre ligado? 
Então, que tal desativá-lo um pouco? 
A ferramenta é, de fato, uma aliada do mundo moderno, mas você não pode ficar refém dela. 
 
4. Pesquise sempre que houver dúvidas 
Na hora de escrever, incertezas sempre vão surgir. 
Por isso, nesses casos, não hesite em fazer algumas pesquisas para descobrir a escrita correta. 
Você pode consultar, por exemplo, o sistema de busca do Vocabulário Ortográfico da Língua 
Portuguesa. 
Lá, é possível digitar uma palavra e verificar se ela, realmente, existe no nosso idioma e se está 
com a grafia certa. 
 
5. Continue estudando 
Para melhorar o aprendizado em qualquer área, é fundamental se manter sempre atualizado, 
buscando novos conhecimentos. 
A educação continuada é uma alternativa excelente para desenvolver habilidades como o 
vocabulário, a comunicação, a criatividade e a visão estratégica, dentre outras. 
 
Mais ou Mas? 
O “mais” e o “mas” são duas palavras que tem um som parecido, no entanto, são utilizadas em 
contextos distintos. Confira abaixo a diferença entre elas e suas regras de uso. 
 
Mais 
A palavra “mais” possui como antônimo o “menos”. Nesse caso, ela indica a soma ou o aumento 
da quantidade de algo. 
 
Ortografia 2.0 
8 
Embora seja mais utilizada como advérbio de intensidade, dependendo da função que exerce na 
frase, o “mais” pode ser substantivo, preposição, pronome indefinido ou conjunção. 
Exemplos: 
Quero ir mais vezes para a Europa. 
Hoje vivemos num mundo melhor e mais justo. 
Jonatas foi à festa com seu amigo mais sua namorada. 
Dica: Uma maneira de saber se você está usando a palavra corretamente é trocar pelo seu 
antônimo “menos”. 
 
Mas 
A palavra, “mas” pode desempenhar o papel de substantivo, conjunção ou advérbio. 
 
1. Como substantivo, o, “mas” está associado a algum defeito. 
Exemplo: Nem, mas, nem meio, mas, faça já seus deveres de casa. 
 
2. Como conjunção adversativa, o, “mas” é utilizado quando o locutor quer expor uma ideia 
contrária a que foi dita anteriormente. 
Exemplo: Sou muito calmo, mas estou muito nervoso agora. 
Nesse caso, ela possui o mesmo sentido de: porém, todavia, contudo, entretanto, contanto que, 
etc. 
 
3. Como advérbio, o “mas” é empregado para enfatizar alguma informação. 
Exemplo: Ela é muito dedicada, mas tão dedicada, que trabalhou anos vendendo doces. 
Não confunda! 
A palavra "más" com acento é o plural de "má", ou seja, é um adjetivo sinônimo de ruim, por 
exemplo: 
Nesse semestre suas notas estão muito más. 
Ortografia 2.0 
9 
Exercícios 
Mais ou Mas 
1. (Cesgranrio) para estar de acordo com a norma-padrão, a frase abaixo deve ser completada. 
Esperamos que, daqui ____ alguns anos, não tenhamos de lidar ____ com os mesmos problemas 
que enfrentamos já ____ duas décadas no Brasil. 
A sequência de palavras que completa as lacunas acima de acordo com a norma-padrão é: 
a) a – mas – há 
b) a – mais – a 
c) a – mais – há 
d) há – mas – há 
e) há – mais – a 
 
Alternativa c: a – mais – há 
 
 
Exercícios resolvidos sobre “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” 
Questão 1 
Analise o uso das expressões “acerca de”, “a cerca de” e “há cerca de” nas proposições a seguir e 
marque a alternativa correta: 
I - Meu carro está estacionado a cerca de 100 metros daqui. 
II - Conversamos muito acerca do divórcio. 
III - A cerca de 300 anos, iniciou-se a jornada do grande homem. 
 
Onde ou aonde 
"Questão 1 - Todas as orações a seguir apresentam o uso correto dos termos “onde” e “aonde”, 
exceto: 
Ortografia 2.0 
10 
 
a) Não sei onde está o meu caderno e nem onde coloquei meu lápis. 
b) Não se esqueça de que aonde você estiver, eu estarei com você. 
c) O mundo onde você vive é mais do que especial, é fantasioso. 
d) Levarei o dinheiro aonde você quiser, mas só quando eu puder. 
e) Na cidade onde moro, não tenho segurança para ir aonde quero. 
 
Resolução 
Alternativa “b”. Nesse período, o verbo “estar” não exige preposição. Portanto, o correto, segundo 
a norma-padrão, é “onde você estiver”, ou seja, o lugar em que “você estiver”." 
 
a) Apenas a proposição I está correta. 
b) Apenas a proposição II está correta. 
c) Apenas a proposição III está correta. 
d) Estão corretas as proposições I e II. 
e) Estão corretas as proposições I e III. 
 
Resolução: 
Alternativa correta: letra D 
A proposição I apresentauma conotação de proximidade. Isso justifica o uso da expressão “a cerca 
de”. 
A proposição II apresenta o significado “conversar sobre algo”, por isso “acerca de” é a proposição 
correta. 
A proposição III está incorreta, uma vez que referencia tempo passado. Assim, “há cerca de” seria 
a opção correta. 
 
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2. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que as formas mal ou mau estão utilizadas de acordo com a 
norma culta: 
 
a) Mau agradecidas, as juízas se postaram diante do procurador, a exigir recompensas. 
b) Seu mal humor ultrapassa os limites do suportável. 
c) Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe. 
d) As respostas estavam mau dispostas sobre a mesa, de forma que ninguém sabia a sequência 
correta. 
e) Então, mau ajeitada, desceu triste para o salão, sem perceber que alguém a observava. 
 
Alternativa c: Mal chegou a dizer isso, e tomou um sopapo que o lançou longe. 
 
A ou há 
1 – Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas: 
Explicamos ___ ela que não seria possível ___ devolução hoje, pois fecharíamos dali ___ cinco 
minutos. Mas vamos avisar que ___ possibilidade de devolução amanhã. 
a) a; a; há; há. 
b) há; a; a; a. 
c) a; a; há; a. 
d) a; a; a; há. 
 
2 – Assinale a alternativa que apresenta uso correto do termo “há” de acordo com a norma-padrão 
da língua portuguesa: 
a) Há tempos que queria fazer isso. 
b) Demos presentes há várias crianças. 
c) Esperava há entrega por muito tempo. 
d) Há dez horas atrás, ocorreu um acidente. 
Ortografia 2.0 
12 
 
Respostas 
 
1 – d) 
Explicamos a ela = preposição 
Não seria possível a devolução = artigo 
Dali a cinco minutos = preposição, tempo futuro 
Avisar que há possibilidade = verbo haver no presente do indicativo 
 
2 – a) 
No item b), o correto seria a, pois trata-se de preposição. 
No item c), o correto seria a, pois trata-se de artigo. 
No item d), o correto de fato é há, porém, a construção “há ... atrás” não está de acordo com a 
norma-padrão da língua portuguesa." 
 
 
 
 
 
 
Acentuação gráfica
Acentuação gráfica
1MÉRITOApostilas
Acentuação gráfica
O acento gráfico é um sinal de escrita. A acentuação gráfica consiste na colocação 
de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba 
tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:
Acento agudo (´)
Esse sinal, inclinado para a direita (´), indica que a tônica tem som aberto e recebe 
o nome de acento agudo.
Acento grave (`)
O acento grave, inclinado para a esquerda (`), possui outra função, que é assinalar 
uma fusão, a crase.
Acento circunflexo (^)
Se a sílaba tônica é fechada, temos o acento circunflexo (^): avô.
O acento gráfico não deve ser confundido com o acento tônico. O acento tônico 
tem maior intensidade de voz apresentada por uma sílaba quando pronunciamos 
determinadas palavras:
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
Acentuação das palavras oxítonas
As palavras oxítonas são aquelas em que a última sílaba é tônica (mais forte). Elas 
podem ser acentuadas com o acento agudo e com o acento circunflexo.
Oxítonas que recebem acento agudo
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
Recebem acento agudo as palavras oxítonas está, estás, já, olá; até, é, és, olé, 
2
Acentuação gráfica
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
terminadas em vogais tônicas abertas -a, -e 
ou -o seguidas ou não de -s.
pontapé(s); vó(s), dominó(s), 
paletó(s), só(s)
No caso de palavras derivadas do francês e 
terminadas com a vogal -e, são admitidos 
tanto o acento agudo quanto o circunflexo.
bebé ou bebê; bidé ou bidê; canapé
ou canapê; croché ou crochê; 
matiné ou matinê
Quando conjugadas com os pronomes -lo(s) 
ou -la(s) terminando com a vogal tônica 
aberta -a após a perda do -r, -s, ou -z.
adorá-lo (de adorar + lo) ou adorá-
los (de adorar + los); fá-lo (de faz + 
lo) ou fá-los (de faz + los)
dá-la (de dar + la) ou dá-las (de dar 
+ las)
Recebem acento as palavras oxítonas com 
mais de uma sílaba terminadas no ditongo 
nasal grafado -em e -ens.
acém, detém, deténs, entretém, 
entreténs, harém, haréns, porém, 
provém, provéns, também
São acentuadas as palavras oxítonas com os 
ditongos abertos grafados -éu, éi ou -ói, 
seguidos ou não de -s.
anéis, batéis, fiéis, papéis, 
chapéu(s), ilhéu(s), véu(s); herói(s), 
remói
Obs.: há exceção nas formas da terceira pessoa do plural do presente do indicativo 
dos derivados de "ter" e "vir". Nesse caso, elas recebem acento circunflexo (retêm, 
sustêm; advêm, provêm).
Oxítonas que recebem acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
São acentuadas as palavras oxítonas terminadas nas 
vogais tônicas fechadas grafadas -e ou -o, seguidas ou 
não de -s.
cortês, dê, dês (de dar), lê, 
lês (de ler), português, 
você(s); avô(s), pôs (de 
pôr), robô(s)
As formas verbais oxítonas, quando conjugadas com 
os pronomes clíticos -lo(s) ou -la(s) terminadas com as
vogais tônicas fechadas -e ou -o após a perda da 
consoantes final -r, -s ou -z, são acentuadas.
detê -lo(s); fazê -la(s); vê -
la(s); compô-la(s); repô-
la(s); pô-la(s)
3
Acentuação gráfica
Obs.: usa-se, ainda, o acento circunflexo para diferenciar a forma verbal "pôr" da 
preposição "por".
Acentuação das palavras paroxítonas
As palavras paroxítonas são aquelas em que a penúltima sílaba é tônica (mais 
forte).
Paroxítonas que recebem acento agudo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
Recebem acento agudo as paroxítonas que 
apresentam, na sílaba tônica, as vogais abertas 
grafadas -a, -e, -o, -i e -u e que terminam em -l, -n,
-r, -x e -s, e algumas formas do plural, que passam
a proparoxítonas.
dócil, dóceis; fóssil, fósseis; 
réptil, répteis; córtex, córtices; 
tórax; líquen, líquenes; ímpar, 
ímpares
É admitida dupla grafia em alguns casos.*
fêmur e fémur; ónix e ônix; 
pónei e pônei; ténis e tênis; 
bónus e bônus; ónus e ônus; 
tónus e tônus
Palavras paroxítonas que apresentam, na sílaba 
tônica, as vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u,
e que terminam em -ã, -ão, -ei, -um ou -uns são 
acentuadas nas formas singular e plural das 
palavras.
órfã, órfãs; órfão, órfãos; órgão,
órgãos; sótão, sótãos; jóquei, 
jóqueis; fáceis, fácil; bílis, íris, 
júri, oásis, álbum, fórum, húmus
e vírus
Obs.: não se acentuam graficamente os ditongos representados por -ei e -oi da 
sílaba tônica das paroxítonas:
assembleia, boleia, ideia, onomatopeico, proteico, alcaloide, apoio (do verbo 
apoiar), tal como apoio (substantivo), boia, heroico, jiboia, moina, paranoico, zoina.
4
Acentuação gráfica
Exemplos de palavras paroxítonas não acentuadas: enjoo, grave, homem, mesa, 
Tejo, vejo, velho, voo, avanço, floresta; abençoo, angolano, brasileiro, 
descobrimento, graficamente e moçambicano.
*Atenção! Quando duas formas são indicadas como válidas, embora sejam ambas 
corretas, não são necessariamente recomendadas em todos os países.
Paroxítonas e o uso do acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
Palavras paroxítonas que contêm, na sílaba tônica, 
as vogais fechadas com a grafia -a, -e e -o, e que 
terminam em -l, -n, -r ou -x, assim como as 
respetivas formas do plural, algumas das quais se 
tornam proparoxítonas.
cônsul, cônsules; têxtil, 
têxteis; plâncton, plânctons
Também recebem acento circunflexo as palavras 
que contêm, na sílaba tônica, vogais fechadas com 
a grafia -a, -e e -o, e que terminam em -ão(s), -eis ou
-us.
Estêvão, zângão, 
escrevêsseis, ânus
São grafadas com acento circunflexo as formas dos 
verbos "ter" e "vir", na terceira pessoa do plural do 
presente do indicativo ("têm" e "vêm"). O mesmo é 
aplicado algumas formas verbais derivadas.
abstêm, advêm, contêm, 
convêm, desconvêm, detêm, 
entretêm, intervêm, mantêm,
obtêm, provêm,sobrevêm
Não é usado o acento circunflexo nas palavras 
paroxítonas que contêm um tônico oral fechado em
hiato com terminação -em, da terceira pessoa do 
plural do presente do indicativo.
creem, deem, descreem, 
desdeem, leem, preveem, 
redeem, releem, reveem, 
veem
Não é usado o acento circunflexo com objetivo de 
assinalar a vogal tônica fechada na grafia das 
palavras paroxítonas.
enjoo – substantivo e flexão 
de enjoar
povoo – flexão de povoar
voo – substantivo e flexão de 
voar
Não são usados os acentos circunflexo e agudo 
para distinguir as palavras paroxítonas quando têm
a vogal tônica aberta ou fechada em palavras 
homógrafas de palavras proclíticas no singular e 
para – flexão de parar.
pela/pelo – preposição de 
pela, quando substantivo de 
pelar.
5
Acentuação gráfica
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras com
acento
plural.
pelo – substantivo de per + 
lo.
polo – combinação de per + 
lo e na combinação de por + 
lo
Atenção! O acento circunflexo é obrigatório na palavra pôde na terceira pessoa do
singular do pretérito perfeito do indicativo. Isso acontece para distingui-la da 
forma verbal correspondente do presente do indicativo: pode.
O acento circunflexo é facultativo no verbo demos, conjugado na primeira pessoa 
do presente do indicativo. Isso ocorre para estabelecer distinção da forma 
correspondente no pretérito perfeito do indicativo: demos.
Também é facultativo o uso de acento circunflexo no substantivo fôrma como 
distinção do verbo formar na segunda pessoa do singular imperativo: forma.
Vogais tônicas
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas 
recebem acento quando são 
antecedidas de uma vogal com a qual 
não formam ditongo e desde que não 
constituam sílaba com a consoante 
seguinte.
Adaís – plural de Adail, aí, atraí (de atrair), 
baú, caís (de cair), Esaú, jacuí, Luís, país, 
alaúde, amiúde, Araújo, Ataíde, atraíam (de
atrair), atraísse (id.), baía, balaústre, 
cafeína, ciúme, egoísmo, faísca, faúlha, 
graúdo, influíste (de influir), juízes, Luísa, 
miúdo, paraíso, raízes, recaída, ruína, saída 
e sanduíche
Recebem acento agudo as vogais 
tônicas grafadas com -i e -u, quando 
precedidas de ditongo na posição 
final ou seguidas de -s.
Piauí
teiú – teiús
tuiuiú – tuiuiús
Recebe acento agudo a vogal tônica 
grafada -i das palavras oxítonas 
atraí-lo(s), atraí-lo(s) –ia, possuí-la(s), 
6
Acentuação gráfica
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
terminadas em -r dos verbos 
terminados em -air e -uir, quando 
combinadas com -lo(s), -la(s) 
considerando a assimilação e perda 
do -r nas palavras.
possuí-la(s)-ia – de possuir-la(s)-ia
As vogais tônicas grafadas (i) e (u) das
palavras oxítonas e paroxítonas não 
recebem acento quando são 
antecedidas de uma vogal com a qual 
não formam ditongo, e desde que não 
constituam sílaba com a consoante 
seguinte nos casos de -nh, -l, -m, -n, -r 
e -z.
bainha, moinho, rainha, Adail, Coimbra, 
ruim, ainda, constituinte, oriundo, ruins, 
triunfo, atrair,influir, influirmos, juiz e raiz
Não recebem acento agudo as vogais 
tônicas das palavras paroxítonas nas 
formas rizotônicas de alguns verbos.
arguir, redarguir, aguar, apaniguar, 
apaziguar, apropinquar, averiguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir
Não recebem acento agudo os 
ditongos tônicos grafados -iu e -ui, 
quando precedidos de vogal.
distraiu; instruiu
Não é utilizado acento agudo nas 
vogais tônicas grafadas em -i e -u das 
palavras paroxítonas quando 
precedidas de ditongo.
baiuca; boiuno; cheinho; sainha
Acentuação das palavras proparoxítonas
As palavras proparoxítonas são aquelas em que a antepenúltima sílaba é a tônica 
(mais forte), sendo que todas são acentuadas.
Proparoxítonas que recebem acento agudo
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas que
apresentam na sílaba tônica as vogais abertas grafadas 
árabe, cáustico, 
Cleópatra, esquálido, 
7
Acentuação gráfica
Regras de acentuação gráfica
Exemplos de palavras
com acento
-a, -e, -i, -o e -u começando com ditongo oral ou vogal 
aberta.
exército, hidráulico, 
líquido, míope, músico, 
plástico, prosélito, 
público, rústico, tétrico, 
último
Recebem acento agudo as palavras proparoxítonas 
aparentes quando apresentam na sílaba tônica as 
vogais abertas grafadas -a, -e, -i, -o e -u ou ditongo oral 
começado por vogal aberta, e que terminam por 
sequências vocálicas pós-tônicas praticamente 
consideradas como ditongos crescentes -ea, -eo, -ia, -
ie, -io, -oa, -ua e -uo).
Álea, náusea; etéreo, 
níveo; enciclopédia, 
glória; barbárie, série; 
lírio, prélio; mágoa, 
nódoa; exígua; exíguo, 
vácuo
Proparoxítonas que recebem acento circunflexo
Regras de acentuação gráfica Exemplos de palavras com acento
Recebem acento circunflexo as 
palavras proparoxítonas que 
apresentam na sílaba tônica vogal 
fechada ou ditongo com a vogal básica 
fechada e as chamadas proparoxítonas
aparentes.
anacreôntico, cânfora, cômputo, 
devêramos (de dever), dinâmico, êmbolo, 
excêntrico, fôssemos (de ser e ir), 
Grândola, hermenêutica, lâmpada, 
lôbrego, nêspera, plêiade, sôfrego, 
sonâmbulo, trôpego. Amêndoa, argênteo, 
côdea, Islândia, Mântua e serôdio
Recebem acento circunflexo as 
palavras proparoxítonas, reais ou 
aparentes, quando as vogais tônicas 
são grafadas e/ou estão em final de 
sílaba e são seguidas das consoantes 
nasais grafadas -m ou -n obedecendo 
ao timbre.
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo, 
fenômeno, gênero, topônimo, Amazônia, 
Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio e
tênue
Atenção! Palavras derivadas de advérbios ou adjetivos não são acentuadas.
Avidamente - de ávido
Debilmente - de débil
8
Acentuação gráfica
Crase
A crase é usada na contração da preposição a com as formas femininas do artigo 
ou pronome demonstrativo a: à (de a + a), às (de a + as).
Também é usada a crase na contração da preposição "a" com os pronomes 
demonstrativos:
àquele(s)
àquela(s)
àquilo
Trema
O sinal de trema (¨) é inteiramente suprimido em palavras da língua portuguesa e 
só é utilizado nas palavras derivadas de nomes próprios.
Exemplo: Müller - de mülleriano
9
Acentuação gráfica
Exercícios
Exercício 1
(IFSC) Assinale a alternativa CORRETA quanto à acentuação gráfica.
a) Aquí dá muito cajú de maio a setembro.
b) No rítmo em que andavamos, levaríamos toda a manhã para percorrer duas 
léguas.
c) Para mantê-los saudáveis é melhor alimentá-los com legumes crus.
d) Joel tinha os biceps mal definidos e o tórax exagerado para alguem tão baixo.
e) O juíz condenou-o a devolver com juros aos cófres publicos todo o dinheiro 
desviado.
Exercício 2
(UFPR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por 
serem oxítonos:
a) paletó, avô, pajé, café, jiló
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua
d) amém, amável, filó, porém, além
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó
10
Acentuação gráfica
Exercício 3
(Cesgranrio) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro 
no que diz respeito à acentuação gráfica:
a) pegada - sinonímia
b) êxodo - aperfeiçoe
c) álbuns - atraí-lo
d) ritmo - itens
e) redimí-la – grátis
Exercício 4
(PUC-Campinas) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:
a) hífen
b) ítem
c) ítens
d) rítmo
e) n.d.a
11
Acentuação gráfica
Exercício 5
(UFF) Só numa série abaixo estão todas as palavras acentuadas corretamente. 
Assinale-a:
a) rápido, séde, côrte
b) ananás, ínterim, espécime
c) corôa, vatapá, automóvel
d) cometi, pêssegozinho, viúvo
e) lápis, raínha, côr
Exercício 6
(UFSCar) Estas revistas que eles ___ , ___ artigos curtos e manchetes que todos ___ .
a) leem - tem - vêem
b) lêm - têem - vêm
c) leem - têm - veem
d) lêem - têm - vêm
e) lêm - tem - vêem
12
Acentuação gráfica
Gabarito
Exercício 1
Alternativa c: Para mantê-los saudáveis émelhor alimentá-los com legumes crus.
Mantê-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: man-tê) e, de 
acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam em 
vogal fechada “e” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica 
neste caso, elas levam acento circunflexo;
Saudáveis, porque é uma palavra paroxítona (penúltima sílaba é tônica: sau-dá-
veis) e, de acordo com a regra de acentuação das paroxítonas, são acentuadas as 
palavras cuja sílaba tônicas contenham vogal aberta “a” e terminem em “l” (sau-dá-
vel), sendo que o mesmo acontece quando elas passam para o plural (sau-dá-veis);
Alimentá-los, porque é uma palavra oxítona (última sílaba é tônica: a-li-men-tá) e, 
de acordo com a regra de acentuação das oxítonas, quando as palavras terminam 
em vogal aberta “a” e são conjugadas com os pronomes -lo(s), la(s), como se verifica
neste caso, elas levam acento agudo.
Exercício 2
Alternativa a: paletó, avô, pajé, café, jiló.
Todas as palavras acima são oxítonas, ou seja, a sílaba tônica de todas elas é a 
última: pa-le-tó, a-vô, pa-jé, ca-fé, ji-ló. De acordo com as regras de acentuação das
oxítonas, recebem acento agudo as palavras oxítonas terminadas em vogais 
abertas “a, e, o” (pa-le-tó, pa-jé, ca-fé, ji-ló), enquanto recebem acento circunflexo 
as palavras oxítonas terminadas em vogais fechadas “e, o” (a-vô).
Exercício 3
Alternativa e: redimí-la - grátis.
Redimi-la (re-di-mi-la) não é acentuada, porque as palavras oxítonas (última sílaba 
tônica) que são acentuadas quando conjugadas com os pronomes -lo(s), -la(s) são 
as que terminam em vogal “a”, e neste caso, a palavra termina em “i”.
13
Acentuação gráfica
Grátis (grá-tis) está acentuada de forma correta, porque é uma palavra paroxítona 
(penúltima sílaba tônica) que tem na sílaba tônica a vogal aberta “a” termina em -s.
Exercício 4
Alternativa a: hífen.
A palavra “hífen” é paroxítona, o que significa que a sua sílaba tônica é a penúltima 
(hí-fen). Assim, de acordo com a regra, são acentuadas as palavras paroxítonas que 
contenham na sílaba tônicas as vogais abertas “a, e, i, o, u” e terminam em “l, n, r, x, 
s”. É o caso de “grátis”, que tem vogal aberta “a” e termina em “s”.
Exercício 5
Alternativa b: ananás, ínterim, espécime.
Ananás (a-na-nás), porque é uma oxítona, ou seja, palavra cuja última sílaba é 
tônica. De acordo com a regra, as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta “a,
e, o”, seguidas ou não de “s” são acentuadas, como acontece neste caso.
Ínterim (ín-te-rim) e espécime (es-pé-ci-me), porque são proparoxítonas, ou seja, 
palavras cuja antepenúltima sílaba é tônica. De acordo com as regras, todas as 
palavras proparoxítonas - sem exceção - são acentuadas.
Exercício 6
Alternativa c: leem - têm - veem.
Leem (le-em) e veem (ve-em) não são acentuadas porque não se usa acento 
circunflexo nas palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica) que na sua sílaba 
tônica têm um hiato fechado (encontro vocálico que se separa) e que terminem 
com "em".
Têm é acentuada, porque as formas dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoal do 
plural do presente do indicativo levam acento circunflexo.
14
Crase
Crase
1MÉRITOApostilas
Crase
A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao 
emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente 
aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” 
pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se 
encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às 
quais.
Quando usar crase
Antes de palavras femininas
 Fui à escola.
 Fomos à praça.
Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)
 Vou à padaria.
 Fomos à praia.
Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas
 Saímos à noite.
 À medida que o tempo passa as amizades aumentam.
Exemplos de locuções: à medida que, à noite, à tarde, às pressas, às vezes, em 
frente a, à moda de.
2
Crase
Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele
 No verão, voltamos àquela praia.
 Refere-se àquilo que aconteceu ontem na festa.
Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida
 Veste roupas à (moda de) Luís XV.
 Dribla à (moda de) Pelé.
Uso da crase na indicação das horas
Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:
 Termino meu trabalho às cinco horas da tarde.
 Saio da escola às 12h30.
Por outro lado, quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, 
com), não se utiliza a crase, por exemplo:
 Ficamos na reunião desde as 12h.
 Chegamos após as 18h.
 O congresso está marcado para as 15h.
Quando não usar crase
Antes de palavras masculinas
 Jorge tem um carro a álcool.
 Samuel comprou um jipe a diesel.
3
Crase
Antes de verbos que não indiquem destino
 Estava disposto a salvar a menina.
 Passava o dia a cantar.
Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo
 Falamos a ela sobre o ocorrido
 Ofereceram a mim as entradas para o cinema.
Os pronomes do caso reto são: eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Os pronomes do caso oblíquo são: me, mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe.
Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa
 Era a isso que nos referíamos.
 Quando aderir a esse plano, a internet ficará mais barata.
Crase facultativa
1. Depois da preposição “até”
Exemplos:
 Vou até a faculdade agora. OU Vou até à faculdade agora.
 Vamos até a feira? OU Vamos até à feira?
 Fui até a loja de manhã. OU Fui até à loja de manhã.
Explicação:
4
Crase
A crase é a junção da preposição "a" com o artigo "a". Para não escrever “Vou a a 
praia”, usamos o acento grave para indicar essa soma (a + a).
Bem, “até” é preposição e, sendo assim, não há soma de “a + a”: Vou até a faculdade.
Mas, também podemos dizer “até a”. “Até a” é uma locução prepositiva e, neste 
caso, há a soma de “a + a”: “Vou até a a faculdade” é o mesmo que “Vou até à 
faculdade”.
Por isso, as duas formas estão corretas: “até a” ou “até à”.
1.1. “Até” antes de horas
Antes da indicação de um horário usamos crase, mas se antes das horas vier a 
preposição “até”, o seu uso é facultativo.
Exemplos:
 Chegarei ao restaurante até as 20h. OU Chegarei ao restaurante até às 20h.
 O médico atenderá o paciente até as 14h. OU O médico atenderá o paciente 
até às 14h.
 Até as 11h devo ligar para você. OU Até às 11h devo ligar para você.
2. Antes dos nomes próprios femininos
Exemplos:
 Custa a Maria ver o filho sofrer. OU Custa à Maria ver o filho sofrer.
 Obedeça a Joana! OU Obedeça à Joana!
 Informou a Ana. OU Informou à Ana.
Explicação:
O uso do artigo é facultativo antes de nomes próprios femininos:
 Maria é uma simpatia. OU A Maria é uma simpatia.
5
Crase
 Joana é inglesa. OU A Joana é inglesa.
 Ana está atrasada. OU A Ana está atrasada.
Uma vez que não haja artigo “a” haverá apenas a presença da preposição “a”, logo, 
não há crase.
No entanto, se considerarmos a preposição e o artigo (a + a), então há crase. 
Ambas opções estão corretas.
3. Antes dos pronomes possessivos
Exemplos:
 Não iremos a tua casa. OU Não iremos à tua casa.
 Querem assistir a nossa reportagem? OU Querem assistir à nossa reportagem?
 Vamos a minha casa! OU Vamos à minha casa!
Explicação:
O uso do artigo também é facultativo antes dos pronomes possessivos. É por isso 
que antes deles o uso ou não da crase está correto:
 Tua casa é bonita. OU A tua casa é bonita.
 Nossa reportagem está ótima. OU A nossa reportagem está ótima.
 Minha casa está uma bagunça! OU A minha casa está uma bagunça!
Para lembrar: os pronomes possessivos femininos são: minha(s), tua(s), sua(s), 
nossa(s), vossa(s).
6
Crase
Anotações: 
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Crase
Exercícios
Exercício 1 
(ESAN - Escola Superior de Administração de Negócios de São Paulo) Das frases 
abaixo, apenas uma está correta, quanto à crase. Assinale-a:
a) Devemos aliar a teoria à prática.
b) Daqui à duas semanas ele estará de volta.
c) Dia à dia, a empresa foi crescendo.
d Ele parecia entregue à tristes cogitações.
e) Puseram-se à discutir em voz alta.
Exercício 2
(FCC - Fundação Carlos Chagas) É preciso suprimir um ou mais sinais de crase em:
a) À falta de coisa melhor para fazer, muita gente assiste à televisão sem sequer 
atentar para o que está vendo.
b) Cabe à juventude de hoje dedicar-se à substituição dos apelos do mercado por 
impulsos que, em sua verdade natural, façam jus à capacidade humana de sonhar.
c) Os sonhos não se adquirem à vista: custa tempo para se elaborar dentro de nós a
matéria de que são feitos, às vezes à revelia de nós mesmos.
d) Compreenda-se quem aspira à estabilidade de um emprego, mas prestem-se 
todas as homenagens àquele que cultiva seus sonhos.
e) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu pragmatismo 
não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma geração.
8
Crase
Gabarito
Exercício 1
Alternativa A) Devemos aliar a teoria à prática.
Exercício 2
Alternativa E) Quem acha que agracia à juventude de hoje com elogios ao seu 
pragmatismo não está à salvo de ser o responsável pela frustração de toda uma 
geração.
9
Sintaxe da oração 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintaxe da oração 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintaxe da oração 
2 
Sintaxe da oração 
A sintaxe é a parte da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as 
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda 
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período. 
Estudo da relação entre os termos da oração 
Segundo uma análise sintática, a oração se encontra dividida em: 
• termos essenciais; 
• termos integrantes; 
• termos acessórios. 
Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. 
Os termos integrantes da oração são o objeto direto, o objeto indireto, o predicativo do sujeito, o 
predicativo do objeto, o complemento nominal e o agente da passiva. 
Os termos acessórios da oração são o adjunto adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. 
Exemplos de análise sintática 
Amanhã, a Madalena pagará suas dívidas ao banco. 
Sujeito: a Madalena 
Predicado: pagará suas dívidas ao banco 
Objeto direto: suas dívidas 
Objeto indireto: ao banco 
Adjunto adverbial: amanhã 
Adjunto adnominal: a, suas 
O diretor está livre de compromissos. 
Sujeito: o diretor 
Predicado: está livre de compromissos 
Predicativo do sujeito: livre 
Complemento nominal: compromissos 
A roupa foi passada pela vizinha, uma senhora trabalhadora. 
Sujeito: a roupa 
Predicado: foi passada pela vizinha 
Agente da passiva: vizinha 
Aposto: uma senhora trabalhadora 
Ela acusou-a de fofoqueira. 
Sintaxe da oração 
3 
Sujeito: ela 
Predicado: acusou-a de fofoqueira 
Objeto direto: a 
Predicativo do objeto: fofoqueira 
 
 
Período Simples e Composto 
O período pode ser caracterizado pela presença de uma ou de mais orações, por isso, pode ser 
simples ou composto. 
Período Simples - apresenta apenas uma oração, a qual é chamada de oração absoluta. 
Exemplos: 
• Já acordamos. 
• Hoje está tão quente! 
• Preciso disto. 
Período Composto - apresenta duas ou mais orações. 
Exemplos: 
• Conversamos quando eu voltar. 
• É sua obrigação explicar o que aconteceu. 
• Descansou, passeou e fez o que mais quis nas férias. 
O número de orações depende do número de verbos presentes num enunciado. 
 
Período simples e composto - Coordenação e subordinação 
1) Composto por coordenação, com orações “sócias” (coordenadas), que possuem autonomia, mas se 
unem para tornar a informação mais completa e significativa; 
Exemplo: 
Ele sabia a verdade, mas ela negou tudo. 
Sintaxe da oração 
4 
2) Composto por subordinação, com orações “funcionárias” (subordinadas), que servem para comple-
tar uma oração principal, exercendo ou a função de um substantivo, ou a de um adjetivo, ou a de um 
advérbio; 
Exemplos: 
Ele sabia que ela negaria tudo. O crime que ela cometeu ainda não apareceu na mídia. Quando 
ela chegasse, ele deixaria a sala. 
3) Composto por coordenação e subordinação, com a mescla dos tipos anteriores (coordenadas e su-
bordinadas). 
Exemplo: 
Quando ela chega 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintaxe da oração 
5 
Anotações: 
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
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