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MORFOSSINTAXE-DA-LÍNGUA-INGLESA

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MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA INGLESA 
 
 
 
2 
Sumário 
 
ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA ................................................................................................... 4 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4 
ALGUNS TÓPICOS EM MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA ........................................... 4 
WORD FORMATION ............................................................................................. 7 
INFLECTION .......................................................................................................... 16 
ANÁLISE MORFOLÓGICA EM LÍNGUA INGLESA ................................................................ 19 
SINTAXE DA LÍNGUA INGLESA ................................................................................................ 22 
PHRASES ................................................................................................................. 23 
CLAUSES ................................................................................................................ 27 
SENTENCES ........................................................................................................... 28 
RESUMO ............................................................................................................................. 29 
Neste tópico, você viu que: ....................................................................................... 29 
NORMA CULTA, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E PRECONCEITO LINGUÍSTICO.............................. 31 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 31 
INGLÊS PADRÃO E INGLÊS NÃO PADRÃO (STANDARD ENGLISH AND NON-
STANDARD ENGLISH) ......................................................................................................... 31 
VARIAÇÃOLINGUÍSTICA: A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA
 ............................................................................................................................................ 35 
VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA LÍNGUA INGLESA .......................... 37 
RESUMO ............................................................................................................................. 41 
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender 
à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado 
a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, 
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da 
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de 
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa 
forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, 
primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço 
oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA 
 
INTRODUÇÃO 
Na Unidade 1 estudamos a análise linguística no nível fonológico, ou seja, analisamos os 
sons da língua e os aspectos da oralidade a ela relacionados. Na Unidade 2 trataremos da língua 
no âmbito de sua estrutura, de sua forma e das variações dessas formas. Neste tópico, 
especificamente, estudaremos a análise linguística no nível morfológico e sintático. 
A morfologia e a sintaxe são as áreas de estudo que se relacionam, por isso optamos por 
abordá-las no mesmo tópico. A seguir, vejamos as contribuições de cada um desses campos do 
conhecimento e como a análise nesse nível linguístico auxilia o usuário da língua a desenvolver 
habilidades comunicativas e refletir sobre os usos e funções dos termos nas sentenças. 
ALGUNS TÓPICOS EM MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA 
Para se fazer uma análise linguística no nível morfológico, primeiramente é preciso 
compreender o que é morfologia e qual seu objeto de análise. Vejamos uma definição para 
morfologia encontrada no Dicionário Caldas Aulete: 
QUADRO 9 – MORFOLOGIA (AULETE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 morfologia (mor.fo.lo. gi. 
a) sf. 
1. Estudo da forma, estrutura, aparência etc. da matéria. 
2. Biol. Estudo das formas e estruturas dos seres vivos. 
3. Gram. Parte da gramática que descreve os processos de formação e de flexão 
das palavras [F.: morf(o)- + -logia. Ver tb. sintaxe.] 
Morfologia derivacional 
1 Ling. Parte da morfologia (3) que trata da formação de palavras por derivação. 
Morfologia flexional 
1 Ling. Parte da morfologia (3) que trata dos paradigmas de formação de flexões das 
palavras. 
Morfologia social 
1 Soc. Estudo comparativo das estruturas e funcionamento de diferentes 
sistemas sociais. 
Morfologia vegetal 
1 Bot. O estudo das formas e estruturas dos organismos vegetais. 
 
 
 
 
5 
 
FONTE: Aulete Digital. Disponível em: <http://www.aulete.com.br/morfologia>. Acesso em: 30 jun. 
2017. 
 
 
Veja agora o verbete morphology no dicionário Merriam-Webster: 
 
QUADRO 10 – MORPHOLOGY (MERRIAM-WEBSTER) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Merriam Webster. Disponível em: <https://www.merriam-webster.com/dictionary/ morphology>. Acesso em: 
30 jun. 2017. 
 
Em comum nas definições encontradas nos dois dicionários está o fato de que a 
morfologia, em diversos campos do conhecimento, se refere ao estudo da forma e estrutura do 
objeto de estudo. No caso da morfologia nos estudos linguísticos, trata-se, portanto, do 
estudo da forma e da estrutura das palavras, ou seja, como as palavras são formadas e quais 
as estruturas que as compõem. A morfologia estuda a palavra isoladamente, sem se atentar 
para sua participação na frase. 
 morphology 
noun mor·phol·o·gy \mo-r-fä-lə-jē\ 
 
Definition of MORPHOLOGY 
1 a : a branch of biology that deals with the form and structure of animals and plants 
b : the form and structure of an organism or any of its parts * amphibian 
morphology * external and internal eye morphology 
 
2 a : a study and description of word formation (such as inflection, derivation, 
and compounding) in language 
b : the system of word-forming elements and processes in a language * According to 
English morphology, the third person singular present tense of a verb is formed by 
adding -s. 
 
3 a : a study of structure or form 
b : STRUCTURE, FORM 
* the unique morphology of the city — H. J. Nelson 
 
 
4 the external structure of rocks in relation to the development of erosional 
forms or topographic features 
 
http://www.aulete.com.br/morfologia
http://www.merriam-webster.com/dictionary/
http://www.merriam-webster.com/dictionary/
 
 
 
6 
Quando você procura no dicionário uma palavra, por exemplo, o verbo walk, você 
encontrará apenas essa forma do verbo, no infinitivo. Você não encontrará walks, walked, 
walking, por exemplo. Em alguns dicionários você até encontra essas formas, mas dentro do 
verbete walk. Em outros, elas não aparecerão, pois subentende-se que o usuário da língua já 
 
 
conheça essas formas, visto que outras palavras seguem o mesmo padrão de flexões 
(inflections). Assim, temos o lexema (lexeme), que é a noção de palavra em um sentido abstrato, 
e as palavras concretas, como usadas nas sentenças – walk, walks, walking, walked – do lexema 
walk.Essas palavras concretas são chamadas word forms (BOOIJ, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Booij (2005) descreve a relação entre as palavras, ou seja, as word forms walk, walks, 
walking e walked seguem um padrão de flexões que pode ser observado em outras palavras 
dessa categoria. Assim, esse padrão de flexões que as palavras seguem tem natureza 
sistemática e relaciona as palavras em suas formas e significados. A subdisciplina da linguística 
que estuda esses padrões, como denomina Booij (2005), é a morfologia. A morfologia também 
lida com os constituintes internos das palavras, ou seja, as partes em que uma palavra pode ser 
segmentada. Por exemplo: walked – walk (lexema) + -ed (partícula que indica que o verbo está no 
passado). 
Uma palavra pode ser segmentada em partículas menores, que chamamos de morfemas 
(morphemes). Morfemas são as unidades mínimas linguísticas que contenham algum 
significado semântico ou gramatical (BOOIJ, 2005). Por exemplo, consideremos a palavra 
painter. Temos o lexema paint (que será representado por V, por ser um verbo) + o morfema -er 
(um sufixo que indica “a pessoa que V”, ou seja, a pessoa que pratica a ação expressa pelo V – 
No decorrer da unidade, termos como inflections, word forms, Standard English 
podem ser utilizados ora em inglês, ora em português. No entanto, ao citarmos um termo 
pela primeira vez, as duas formas serão apresentadas. 
ATEN
CAO 
 
 
 
7 
verbo – neste caso, paint, ou pintar). 
Na seção a seguir trataremos dos processos de formação das palavras na língua inglesa 
(word formation). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WORD FORMATION 
As palavras em inglês, assim como em português, são formadas por um lexema e por 
partículas mínimas de significados, as quais chamamos de morfemas. Os processos de formação 
das palavras podem ser por derivação (derivation) ou composição (compounding) (BOOIJ, 2005). 
Nos processos de composição, as palavras são formadas pela junção de dois lexemas (por 
exemplo: girlfriend – girl + friend), que pode resultar ou não em alterações na grafia da palavra. Já 
nos processos de derivação, são acrescentados afixos às palavras (prefixos e/ou sufixos). 
 
Derivation 
 
Nos processos de derivação, acrescentam-se afixos no início da palavra (prefixes, ou 
prefixos) ou no final (sufixes, ou sufixos). Conhecer os afixos auxilia o usuário da língua a 
compreender com mais facilidade palavras que ele esteja ouvindo ou lendo pela primeira vez, ou 
seja, melhora sua performance como leitor ou ouvinte. Uma vez que você conhece o significado 
da raiz da palavra (root), você consegue compreender a palavra derivada conforme o uso de 
afixos e seus significados e funções. 
 
 
Veja esta apresentação no Prezi, de Sara Montoya e Catalina Franco, sobre 
Morfologia. É um conteúdo sucinto, ilustrado e muito útil para você fazer anotações sobre 
essa área de estudos. Acesse: <https://prezi.com/6lki9sdvfcxq/morphology/>. 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Prefixes 
Os prefixos são afixos acrescidos no início de alguma palavra e que 
modificam ou complementam seu significado. Este processo normalmente não 
altera a classe gramatical da palavra (como acontece em muitos casos com os 
sufixos, conforme veremos adiante). Os prefixos podem expressar diversos 
sentidos, conforme o quadro a seguir: 
 
QUADRO 11 – PREFIXOS MAIS COMUNS DA LÍNGUA INGLESA 
 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
anti- against/opposed to anti-government, anti-racist, anti-war 
auto- self autobiography, automobile 
de- reverse or change de-classify, decontaminate, demotivate 
dis- reverse or remove disagree, displeasure, disqualify 
down- reduce or lower downgrade, downhearted 
extra- beyond extraordinary, extraterrestrial 
hyper- extreme hyperactive, hypertension 
il-, im-, in-, ir- not illegal, impossible, insecure, irregular 
 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
inter- between interactive, international 
mega- very big, important megabyte, mega-deal, megaton 
mid- middle midday, midnight, mid-October 
mis- incorrectly, badly misaligned, mislead, misspelt 
non- not non-payment, non-smoking 
over- too much overcook, overcharge, overrate 
out- go beyond outdoor, out-perform, outrun 
post- after post-election, post-war 
pre- before prehistoric, pre-war 
pro- in favour of pro-communist, pro-democracy 
re- again reconsider, redo, rewrite 
semi- half semicircle, semi-retired 
sub- under, below submarine, sub-Saharan 
super- above, beyond super-hero, supermodel 
 
 
 
10 
tele- at a distance television, telepathic 
trans- across transatlantic, transfer 
ultra- extremely ultra-compact, ultrasound 
un- remove, reverse, not undo, unpack, unhappy 
under- less than, beneath undercook, underestimate 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
up- make or move higher upgrade, uphill 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word- 
formation/prefixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com o Cambridge Dictionary, não há regras para o uso de hifens em 
palavras com prefixos. Use um bom dicionário caso tenha dúvidas na escrita de alguma palavra! 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/ 
word-formation/prefixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/
 
 
 
11 
Quanto ao uso de prefixos, veja a tirinha a seguir: 
 
FIGURA 12 – USO DE PREFIXOS 
FONTE: Disponível em: <https://image.slidesharecdn.com/morphologypresentation-
122548067 1855909-8/95/morphology-presentation-3-728.jpg?cb=1225455811>. Acesso em: 
13 jun. 2017. 
 
 
Como você pôde perceber, nem sempre é tão simples utilizar os 
prefixos, visto que, por exemplo, para indicar negação, temos mais de uma 
possibilidade de prefixos. Quando você tiver dúvidas sobre qual prefixo utilizar 
com alguma palavra, pesquise em um dicionário, para garantir que você não 
está utilizando uma palavra que ainda não existe, ou seja, criando um 
neologismo. Em alguns casos, outra solução é procurar uma palavra sinônima, 
pois nem todas as palavras admitem afixos. 
Suffixes 
 
Os afixos acrescidos no final das palavras são chamados de sufixos e 
formam novas palavras. Em inglês, os sufixos, geralmente, alteram a classe 
gramatical da palavra original. Em muitos casos, há alterações na grafia das 
palavras. Por exemplo, analisemos a palavra ability. Esta palavra é formada 
pelo adjetivo able + o sufixo -ity. Na junção dos dois, a terminação -le altera 
para -ity. Além disso, houve alteração na classe gramatical, que passou de um 
adjetivo (able) para um substantivo (ability). 
Vejamos alguns exemplos de sufixos na língua inglesa, organizados 
conforme a classe gramatical que determinam. O Quadro 12 apresenta sufixos 
que originam substantivos, ou noun sufixes: 
 
 
 
 
 
 
 
12 
QUADRO 12 – SUFIXOS QUE ORIGINAM SUBSTANTIVOS (NOUN SUFFIXES) 
 
SUFFIX EXAMPLES OF NOUNS 
-age baggage, village, postage 
-al arrival, burial, deferral 
-ance/-ence reliance, defence, insistence 
-dom boredom, freedom, kingdom 
-ee employee, payee, trainee 
-er/-or driver, writer, director 
-hood brotherhood, childhood, neighbourhood 
-ism capitalism, Marxism, socialism (philosophies) 
-ist capitalist, Marxist, socialist (followers of 
philosophies) 
-ity/-ty brutality, equality, cruelty 
SUFFIX EXAMPLES OF NOUNS 
-ment amazement, disappointment, parliament 
-ness happiness, kindness, usefulness 
-ry entry, ministry, robbery 
-ship friendship, membership, workmanship 
-sion/-tion/-
xion 
expression, population, complexion 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word- 
formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-13 
No Quadro 13 podemos encontrar sufixos que originam adjetivos: 
 
QUADRO 13 – SUFIXOS QUE ORIGINAM ADJETIVOS (ADJECTIVE SUFFIXES) 
 
SUFFIX EXAMPLES OF ADJECTIVES 
-able/-ible drinkable, portable, flexible 
-al brutal, formal, postal 
-en broken, golden, wooden 
-ese Chinese, Japanese, Vietnamese 
-ful forgetful, helpful, useful 
-i Iraqi, Pakistani, Yemeni 
-ic classic, Islamic, poetic 
SUFFIX EXAMPLES OF ADJECTIVES 
-ish British, childish, Spanish 
-ive active, passive, productive 
-ian Canadian, Malaysian, Peruvian 
-less homeless, hopeless, useless 
-ly daily, monthly, yearly 
-ous cautious, famous, nervous 
-y cloudy, rainy, windy 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- 
formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
 
 
 
14 
Os sufixos que originam verbos são apresentados no Quadro 14: 
 
QUADRO 14 – SUFIXOS QUE ORIGINAM VERBOS 
 
SUFFIX EXAMPLES OF VERBS 
-ate complicate, dominate, irritate 
-en harden, soften, shorten 
-ify beautify, clarify, identify 
-ise/-ize economise, realise, industrialize (-ise is most common in British 
English; -ize is most common in American English). 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
Por fim, os sufixos que originam alguns advérbios são os seguintes: 
 
 
QUADRO 15 – SUFIXOS QUE ORIGINAM ADVÉRBIOS 
 
SUFFIX EXAMPLES OF ADVERBS 
-ly calmly, easily, quickly 
-ward(s) downwards, homeward(s), upwards 
-wise anti-clockwise, clockwise, edgewise 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
Os sufixos, portanto, nos dão pistas da classe gramatical da palavra e 
nos auxiliam, assim, a compreender com mais eficiência seu sentido. 
 
Na seção a seguir trataremos de outro processo: a formação das 
palavras compostas (compound words). 
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
 
 
 
15 
 
 
Compound words 
Compound words referem-se a combinações de dois ou mais lexemas. 
Em várias línguas, esse processo de formação de palavras é utilizado por 
causa de sua clareza de significado e versatilidade (BOOIJ, 2005). Essa 
composição resulta em uma nova palavra, com um novo significado. Na língua 
inglesa, algumas dessas palavras são grafadas ligadas, como toothbrush, 
outras são separadas, como car park. 
 
Podemos encontrar palavras compostas em várias classes gramaticais, 
conforme apresenta o Cambridge Dictionary: 
 
QUADRO 16 – COMPOUND WORDS 
 
nouns: car park, soap opera pronouns: anyone, everything, nobody 
adjectives: environmentally-friendly, fat-free numerals: twenty-seven, three-quarters 
verbs: daydream, dry-clean prepositions: into, onto 
adverbs: nevertheless, nowadays conjunctions: although, however 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/compounds>. Acesso em: 15 jun. 2017. 
 
 
Na seção a seguir estudaremos as flexões das palavras (inflections), 
abrangendo, entre outras, as flexões de número dos substantivos e as flexões 
verbais. 
 
 
 
 
 
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word-
 
 
 
16 
 INFLECTION 
São as variações das palavras, ou as flexões delas de acordo com o 
contexto gramatical (CARSTAIRS-MCCARTHY, 2002). Por exemplo, as flexões 
de número (singular e plural, no caso dos substantivos – book/books) e as 
flexões dos verbos (passado, terceira pessoa do singular, gerúndio – 
love/loved/loves/loving). Carstairs- McCarthy (2002) postula, no entanto, que o 
número de flexões possíveis no inglês não é demasiado grande, conforme 
podemos observar no quadro a seguir: 
 
QUADRO 17 – INFLECTION 
 
Part of speech Number of inflections Examples 
Nouns 2 Cat, cats 
Verbs 5 Gives, gave, giving, 
given, give 
Adjectives 3 Green, greener, greenest 
Adverbs 3 Soon, sooner, soonest 
FONTE: Adaptado de Carstairs-McCarthy (2002, p. 42) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com as informações obtidas pelo quadro, podemos inferir 
que os substantivos (nouns) possuem apenas duas flexões quanto ao número 
(como ocorre no português): singular (cat) e plural (cats). Alguns substantivos, 
no entanto, apresentam plural irregular, como nos exemplos a seguir: 
 
Part of speech = 
classe gramatical. 
 
 
 
17 
• Child – children 
• Man – men 
• Person – people 
• Foot – feet 
• Tooth – teeth 
• Mouse – mice 
 
Já os verbos (verbs), quanto aos tempos verbais, possuem menos 
flexões do que as possíveis no português. Carstairs-McCarthy (2002) 
apresenta cinco: terceira pessoa do singular (gives), passado simples (gave), 
gerúndio (giving), passado particípio (given) e infinitivo (give). Lembramos que 
cada uma dessas formas participa na formação de outros tempos verbais, 
como a forma give, que é usada no presente (I give), no futuro (I will give), no 
infinitivo (to give) etc. Veja alguns exemplos de verbos com formas irregulares 
no passado: 
 
• Break – broke – broken 
• Lie – lay – lain 
• Lose – lost – lost 
• Ride – rode – ridden 
• Tell – told – told 
 
O verbo to give também é irregular no passado. As formas no passado 
de um verbo regular fariam a terminação com -ed, como é o caso do verbo to 
love: love – loved – loved. 
 
Os adjetivos, quanto ao grau, podem apresentar três formas: grau normal 
(green), comparativo de superioridade (greener) e superlativo (greenest). Estas 
flexões dos adjetivos em inglês somente serão possíveis quando o adjetivo 
possuir uma sílaba, ou quando for dissílabo terminado em -le, -ow e -er. Nos 
demais casos, o grau é indicado como nos exemplos a seguir: 
 
 
 
 
18 
John is more intelligent than Richard. (comparativo de superioridade) 
This is the most beautiful picture I've ever seen. (superlativo) 
 
Por fim, os advérbios também possuem três formas: grau normal (soon), 
comparativo de superioridade (sooner) e superlativo (soonest). Veja outros 
casos em que o advérbio é flexionado: 
 
QUADRO 18 – FLEXÃO DOS ADVÉRBIOS 
 
Adverb Comparative Superlative 
well better best 
badly worse worst 
far farther / further farthest / furthest 
little less least 
much more most 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/adverbio12.php>. Acesso em: 30 jun. 2017 
 
 
O grau de grande parte dos advérbios pode ser indicado utilizando as 
expressões more than e the most , como exemplificamos com os 
adjetivos. 
 
Agora que estudamos as partes que compõem uma palavra, vamos 
conferir, na próxima seção, como fazer uma análise morfológica em língua 
inglesa. 
 
http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/adverbio12.php
 
 
 
19 
 
ANÁLISE MORFOLÓGICA EM LÍNGUA INGLESA 
 
Como estudamos na seção anterior, a morfologia é o estudo da 
formação das palavras – como as palavras são formadas a partir de pedaços 
menores, os morfemas. Para fazer uma análise morfológica, precisamos 
responder a perguntas como: quais morfemas formam essa palavra? O que 
eles significam? Como são combinados? É possível encontrar padrões nessas 
combinações? 
Assim, fazer uma análise morfológica em linguística significa analisar a 
estrutura das palavras, considerando os processos de formação das palavras 
e/ ou a classe gramatical a que pertencem. Na análise morfológica, 
diferentemente da análise sintática,que veremos na seção a seguir, a palavra 
é considerada isoladamente, sem considerar sua função na sentença. 
Veja este roteiro para se fazer uma árvore morfológica, uma maneira de 
se representar a análise morfológica de uma palavra: 
 
FIGURA 13 – MORPHOLOGY TREE - REPRIVATISE 
 
 
 
1 2 3 
Re privat ( e ) ise 
 
Break word down 
into morphemes 
 
 
 
 
 
Private 
(Root) 
Identify the root 
and label it 
 
 
 
20 
V 
 
Privat ( e ) ise 
 
Root s 
Base 
Join the suffix to the 
root to form the base 
V 
 
Re V 
 
Privat ( e ) ise 
 
P Root s 
Join the prefix to 
the base 
FONTE: Disponível em: <http://all-about-linguistics.group.shef.ac.uk/wp-content/ 
uploads/2016/03/outline.png>. Acesso em: 15 jun. 2017. 
 
Seguindo este roteiro, inicialmente precisamos segmentar a palavra em 
morfemas. A palavra utilizada no exemplo foi reprivatise, portanto, teríamos re/ 
privat(e)/ise. O próximo passo é identificar a raiz (root), que neste caso é 
privat(e). Em seguida, é preciso juntar o sufixo à raiz para formar a base (veja 
na figura: o “s” abaixo de “ise” significa suffixe; o “V” acima da árvore indica que 
esta base formou um verbo). Por fim, junta-se o prefixo à base, e temos a 
palavra analisada por completo. Assim, as informações que representamos 
foram: 
 
Reprivatise - Verb Re – preffixe (P) Privat(e) – root (R) Ise – suffixe (S) 
 
Cada um desses morfemas nos auxilia a compreender o significado da 
palavra e sua classe gramatical. Privat(e), a raiz da palavra, é um substantivo 
(noun), que significa privado. No entanto, ao utilizarmos o sufixo -ise a 
transformamos em um verbo, privatise, que em português significa privatizar. 
Além do sufixo, foi acrescentado também um prefixo: re-, que indica repetição, 
portanto, a palavra passa a significar privatizar novamente, ou reprivatizar. 
 
 
http://all-about-linguistics.group.shef.ac.uk/wp-content/
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos analisar mais um exemplo? A palavra a ser analisada 
agora é denationalisation. 
Nesta palavra, temos uma raiz, três sufixos e um prefixo. Portanto, 
temos vários morfemas a analisar para compreender o processo de formação 
desta palavra. Lembremos que os sufixos geralmente alteram a classe 
gramatical da palavra (verbo, substantivo, adjetivo etc.) e os prefixos alteram o 
significado. Vejamos detalhadamente como ocorreu esse processo: 
 
1) Raiz da palavra: nation (substantivo). 
2) Acréscimo do sufixo -al: national (adjetivo). 
3) Acréscimo do sufixo -is(e): nationalise (verbo). 
4) Acréscimo do prefixo de-: denationalise (verbo). Alteração no 
significado da palavra, este prefixo tem o significado de “reverter” ou 
“mudar”. Portanto, denationalise significa desnacionalizar, ou seja, 
reverter a ação de nacionalizar. 
5) Acréscimo do sufixo -ation: denationalisation (substantivo). 
 
Esta é uma palavra com muitos afixos e não tão comum de se ouvir na 
língua inglesa, não é mesmo? No entanto, escolhemos essa palavra 
justamente para ilustrar que, ao conhecer os processos de formação das 
palavras e as funções e significados dos afixos, aprimoramos nossa capacidade 
de compreender palavras que nunca havíamos ouvido ou lido antes. Desta 
forma, desenvolvemos nossa performance no uso da língua. 
Algumas palavras são formadas por afixos e também por morfemas 
flexionais (morfemas que indicam a flexão de verbos, por exemplo). Nestes 
A letra (e), na raiz da palavra analisada foi representada entre parênteses, pois 
com o acréscimo do sufixo ela foi suprimida. 
 
 
 
22 
casos, existe uma hierarquia para a formação de palavras. Os afixos 
derivacionais atacam antes dos morfemas flexionais, portanto, na análise, os 
afixos devem ser identificados antes. Vejamos, como exemplo, o verbo 
misunderstands. Nesta palavra, temos a raiz understand, que significa 
compreender, entender. A ela foi acrescido inicialmente o prefixo mis-, que 
significa incorretamente, de maneira errada. Assim, formou-se o verbo 
misunderstand, que significa compreender de maneira equivocada, ou não 
compreender. Somente depois de se ter formado esse verbo é que ele pôde ser 
conjugado, no caso do nosso exemplo, acrescentando o morfema flexional -s, 
que indica que o verbo está na terceira pessoa do singular do presente, 
misunderstands. 
A invenção de novas palavras acontece muitas vezes para 
preenchimento lexical, ou seja, às vezes não existe palavra para a ideia que o 
usuário da língua quer expressar, ou não corresponde tão precisamente a ela. 
Assim, ele combina palavras, acrescenta morfemas para se expressar com 
mais precisão. Algumas dessas palavras, com o tempo, passam a ser tão 
utilizadas que podem até ser incluídas nos dicionários. Outras, no entanto, têm 
o papel apenas de cumprir alguma lacuna na comunicação em determinado 
momento, não sendo o seu uso disseminado entre a comunidade de falantes. 
Nesta seção estudamos a morfologia, considerando as palavras 
isoladamente. Agora, vamos analisar, a partir da sintaxe, o papel que as 
palavras desempenham em uma frase e como se relacionam. 
 
SINTAXE DA LÍNGUA INGLESA 
 
 
Huddleston (1984) diferencia morfologia e sintaxe da seguinte maneira: 
morfologia estuda a forma das palavras, enquanto a sintaxe estuda a maneira 
como as palavras se combinam para formar sentenças. Na seção anterior 
tratamos da morfologia, estudando a estrutura e a forma das palavras, os 
processos de formação que as originam, além de estudarmos a análise 
morfológica. Na seção que iniciamos aqui trataremos da sintaxe, ou seja, de 
 
 
 
23 
acordo com a definição de Huddleston (1984) apresentada anteriormente, 
estudaremos a relação que as palavras estabelecem entre si e as funções dos 
termos na sentença. 
Morfologia e sintaxe são áreas de conhecimento linguístico que têm uma 
estreita relação e podem servir de base para uma análise única, que chamamos 
de análise morfossintática. Vejamos um exemplo apresentado por Huddleston 
(1984). O fato de que teeth é a forma plural de tooth é de interesse da 
morfologia. Já para a sintaxe, se tooth vier acompanhado do pronome this, 
deve haver concordância de número, ou seja, ou ambos devem estar no 
singular (this tooth) ou ambos no plural (these teeth). 
Burton-Roberts (2011) postula que para compreender sintaxe é 
fundamental compreender o termo estrutura. De acordo com o autor, estrutura 
é um conceito muito amplo e que pode ser aplicado a vários itens complexos, 
como uma bicicleta, uma empresa, ou uma molécula de carbono. Aqui 
compreende- se complexo, de acordo com Burton-Roberts (2011), como algo 
que pode ser dividido em partes, denominadas constituintes. Essas partes 
possuem diversos tipos ou categorias. Os constituintes dessas partes são 
organizados de maneiras específicas e cada constituinte tem uma função na 
estrutura como um todo. 
Algo que apresente essas características pode ser descrito como algo que 
tenha estrutura. Nesse caso, cada constituinte também é complexo e também 
pode ser dividido em partes menores, o que significa ainda que a estrutura 
obedece a uma hierarquia. Ainda é necessário analisar as funções dos 
constituintes na sentença. 
Mas o que é uma sentença? Em inglês existem os termos phrase, 
sentence e clause. Antes de continuarmos a discutir a estrutura das sentenças, 
vamos esclarecer esses termos nas seções a seguir. 
PHRASES 
Phrases são um pequeno grupo de palavras que formam uma unidade 
significativa em uma oração (OXFORD DICTIONARY, 2017a). Poderíamos 
chamá-las, em português, de locuções. Há várias categorias de phrases, que 
são descritas por Carter et al. (2011): 
 
 
 
24 
Noun phrases: são formadas em torno de um substantivo (noun) ou 
pronome (pronoun), que se constituem em núcleos (head). Podem exercer a 
função de sujeito ou objeto. Alguns termos podem ser ligados a eles para dar 
uma descrição mais detalhada (determiners), comoartigos, pronomes 
demonstrativos ou possessivos etc. 
 
Exemplo: The telephone is 
ringing. Noun phrase: The 
telephone Determiner: The 
(article) 
Head: telephone (noun) 
 
Verb phrases: são formadas por um verbo, ou um verbo principal mais 
verbos auxiliares ou modais. O verbo principal sempre é o último a aparecer. 
As verb phrases, por conterem verbos, exercem a função de predicado 
(predicate). 
Veja, no quadro a seguir, a ordem em que os verbos devem aparecer: 
 
QUADRO 19 – VERB PHRASES 
 
 1 2 3 4 5 
SUBJECT MODAL 
VERB 
PERFECT 
HAVE 
CONTINUOUS BE PASSIVE BE MAIN VERB 
 must be 
followed 
by base 
form 
must be 
followed 
by -ed form 
 
must be followed 
by - ing form 
must be 
followed by - 
ed form 
 
Prices rose. 
 1 2 3 4 5 
SUBJECT MODAL 
VERB 
PERFECT 
HAVE 
CONTINUOUS BE PASSIVE BE MAIN VERB 
 
 
 
25 
 must be 
followed 
by base 
form 
must be 
followed 
by -ed form 
 
must be followed 
by - ing form 
must be 
followed by - 
ed form 
 
She will understand. 
The builders had arrived. 
The show is starting. 
Four people were arrested. 
Seats cannot be reserved. 
The printer should be working. 
He must Have forgotten. 
Temperatures 
 Have 
been 
 
rising. 
William has been promoted. 
You could have been killed! 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/grammar/british-grammar/about-verbs/ 
verb-phrases>. Acesso em: 2 jul. 2017. 
 
 
Adjective phrases: são phrases em que obrigatoriamente o adjetivo 
(adjective) será o núcleo (head). Podem ou não ser acompanhados de palavras 
que o modificam. Veja o exemplo: 
 
That’s a lovely cake. 
Adjective phrase: lovely (head) 
That soup is pretty cold. 
Adjective phrase: pretty cold. 
Pretty: modifier 
Cold: head 
 
Adverb phrases: o núcleo das adverb phrases é um advérbio (adverb), 
que pode estar sozinho ou acompanhado por um modifier. Veja os exemplos a 
seguir: 
http://dictionary.cambridge.org/grammar/british-grammar/about-verbs/
 
 
 
26 
 
We usually have dinner 
together. Adverb phrase: 
usually 
 
Time goes very 
quickly. Adverb 
phrase: very quickly 
 Head: quickly Modifier: very 
 
Prepositional phrases: de acordo com Cartel et al. (2011), são phrases 
compostas por uma preposição (preposition) mais um complemento. Assim, as 
prepositional phrases podem ser compostas da seguinte maneira, de acordo 
com o autor: 
 
Preposition + noun phrase: Mary and Samantha first 
met at a party. 
at: preposition 
noun phrase: a party 
 
Preposition + pronoun: Would you like to come with 
me? 
with: preposition 
me: pronoun 
 
Preposition + adverb: From here you can almost see 
the sea. 
From: preposition 
here: adverb 
 
 
 
27 
 
Preposition + adverb phrase: Until quite recently, no one 
knew about his paintings. 
Until: preposition 
Quite recently: adverb phrase 
 
 
Preposition + -ing clause: It´s a machine for making ice-
cream. 
for: preposition 
making ice-cream: -ing clause 
 
Preposition + wh-clause: They were surprised at what we 
said. 
at: preposition 
what we said: wh-clause 
 
 
CLAUSES 
Clause é a unidade básica da gramática. Geralmente, a 
clause possui um subject (noun phrase) e uma verb phrase, que pode 
ou não ser seguida por complementos. Podemos dizer que a clause é o 
equivalente à oração, em português. 
 
Exemplo: I missed the bus yesterday. (clause) 
 
Subject: I 
Verb phrase: missed the buss 
 
 
 
28 
Complement: yesterday 
 
SENTENCES 
Uma sentença não é apenas uma sequência de palavras soltas. Ela é 
constituída por palavras, mas que são ordenadas de uma determinada maneira 
e que desempenham funções específicas. Sentence, de acordo com o Oxford 
Dictionary (2017b), é um grupo de palavras que tem sentido completo, contém 
um verbo principal e começam com letra maiúscula. É uma unidade gramatical, 
que pode ser de três tipos: simple, compound ou complex. Vejamos a descrição 
e exemplos de cada uma delas de acordo com Carter et al. (2011): 
 
Simple: sentences que têm apenas uma main clause (oração principal). 
Exemplo: They are going to the party this Saturday. 
Compound: são sentences compostas por duas ou mais clauses e são 
unidas por uma conjunção coordenativa. 
 
Exemplo: I invited them for the party, but they didn’t come. 
 
Clause 1: I invited them for 
the party onjunção 
coordenativa: but Clause 2: 
they didn’t come. 
 
Complex: são sentences que têm uma main clause e também uma ou 
mais subordinate clause (oração subordinada). As subordinate clauses iniciam 
com uma conjunção subordinativa. 
 
Exemplo: You can call me if you have any problems. 
 
Main clause: You can call me 
 
 
 
29 
Subordinate clause: if you have any problems. 
 
Agora que discutimos os termos phrase, clause e sentence, 
estudaremos o que são os constituents (constituintes) nas sentenças em 
inglês. 
 
RESUMO 
Neste tópico, você viu que: 
 
A morfologia, em diversos campos do conhecimento, se refere ao estudo 
da forma e estrutura do objeto de estudo. No caso da morfologia nos estudos 
linguísticos, trata-se, portanto, do estudo da forma e da estrutura das palavras, 
ou seja, como as palavras são formadas e quais as estruturas que as 
compõem. 
Uma palavra pode ser segmentada em partículas menores, que 
chamamos de morfemas (morphemes). Morfemas são as unidades mínimas 
linguísticas que contenham algum significado semântico ou gramatical (BOOIJ, 
2005). 
Os prefixos são afixos acrescidos no início de alguma palavra e que 
modificam ou complementam seu significado. 
Os sufixos são afixos acrescidos no final das palavras, formando novas 
palavras. Em inglês, os sufixos, geralmente, alteram a classe gramatical da 
palavra original. Em muitos casos, há alterações na grafia das palavras. 
Inflections são as variações das palavras, ou as flexões delas de acordo 
com o contexto gramatical (CARSTAIRS-MCCARTHY, 2002). 
Compounds referem-se a combinações de dois ou mais lexemas. Em 
várias línguas, esse processo de formação de palavras é utilizado por sua 
clareza de significado e versatilidade (BOOIJ, 2005). Essa composição resulta 
em uma nova palavra, com um novo significado. 
 
 
 
30 
Fazer uma análise morfológica em linguística significa analisar a 
estrutura das palavras, considerando os processos de formação das palavras 
e/ou a classe gramatical a que pertencem. Na análise morfológica, 
diferentemente da análise sintática, a palavra é considerada isoladamente, sem 
considerar sua função na sentença. 
Huddleston (1984) diferencia morfologia e sintaxe da seguinte maneira: 
morfologia estuda a forma das palavras, enquanto a sintaxe estuda a maneira 
como as palavras se combinam para formar sentenças. 
 
Morfologia e sintaxe são áreas de conhecimento linguístico que têm uma 
estreita relação e podem servir de base para uma análise única, que chamamos 
de análise morfossintática. 
Phrases são um pequeno grupo de palavras que formam uma unidade 
significativa em uma clause (OXFORD DICTIONARY, 2017a). 
Há vários tipos de phrases em língua inglesa: noun phrase, verb phrase, 
adjective phrase, adverb phrase, prepositional phrase. 
Clause é a unidade básica da gramática. Geralmente, a clause possui 
um subject (noun phrase) e uma verb phrase, que pode ou não ser seguida por 
complementos. Podemos dizer que a clause é o equivalente à oração, em 
português. 
Sentence, de acordo com o Oxford Dictionary (2017b), é um grupo de 
palavras que tem sentido completo, contém um verbo principal e começa com 
letra maiúscula. Sentence é uma unidade gramatical, que pode ser de três 
tipos: simple, compound e complex. 
Constituent structure: para analisar a sentença, existem partes que a 
compõem que são maiores que a palavra e menores que a sentença num todo. 
Isso quer dizer que não partimos da sentença diretamente para a palavra, 
mas há unidades intermediáriasem que a sentença pode ser segmentada. 
Essas unidades são as constituent structures. 
 
 
 
 
31 
 
NORMA CULTA, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E PRECONCEITO LINGUÍSTICO 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
No tópico anterior estudamos a estrutura da língua, conforme as normas gramaticais 
(morfológicas e sintáticas) determinam. No entanto, nos usos efetivos da língua em situações 
reais de interação, nem sempre esses padrões são seguidos. Existem diferentes formas de se 
utilizar uma mesma língua, que variam de acordo com o contexto em que os interlocutores se 
encontram e também de acordo com a identidade social e cultural dos falantes. A essas 
diferentes formas que uma língua pode assumir chamamos variedades linguísticas. 
A linguagem culta e a linguagem coloquial são expressões de uma mesma língua que 
servem a necessidades e situações próprias de comunicação. Compreender essas diferenças 
e as situações em que cada uma é requerida é o que pretendemos neste tópico. Ademais, 
vamos refletir também sobre o preconceito linguístico a que são sujeitos os falantes de 
algumas variedades da língua. 
 
INGLÊS PADRÃO E INGLÊS NÃO PADRÃO (STANDARD ENGLISH AND NON-
STANDARD ENGLISH) 
Imagine que você está na sua casa, preparando uma refeição e sentiu falta de um 
ingrediente. Você precisa deste item, portanto, vai ao supermercado mais próximo para 
adquiri-lo. Agora, imagine outra situação: você recebeu um convite para assistir à premiação 
do Oscar ao vivo no local do evento. Como você se vestiria para cada um destes eventos? 
Provavelmente, de maneira bem diferente em cada um deles, não é mesmo? Isso porque 
escolhemos a maneira de nos vestir de acordo com o ambiente em que estaremos, com as 
pessoas que encontraremos neste lugar e com o grau de formalidade que a situação 
compreenda. 
 
 
 
 
 
32 
 
 
 
Esta adequação e transição de estilo também perpassa o uso da linguagem. Modulamos 
a maneira de nos comunicarmos levando em consideração determinados fatores, com maior 
ou menor monitoramento da língua. 
As línguas são dinâmicas, moldadas conforme a situação em que necessitamos utilizá-
las, conforme nossos interlocutores e ainda conforme quem somos e de onde viemos. Assim 
como na língua portuguesa, na língua inglesa também existem diferenças entre a língua 
padrão (Standard English) e a língua não padrão (Non-Standard English). O contexto de 
interação e fatores sociais, como nível de escolarização e classe social, são fatores que 
determinam o uso de uma variedade ou outra. Apesar de denominarmos cada uma de “língua”, 
ambas são variedades de uma mesma língua: o inglês. 
A língua padrão segue os preceitos da gramática normativa, é uma língua “modelo”. 
Trata-se de uma língua utilizada em certo momento da história e em determinada sociedade, 
tida como a língua que deve servir de referência para os usuários. Tendo em vista a 
dinamicidade da língua, algumas formas de se utilizar a linguagem que não eram aceitas 
podem passar a sê-las, e outras caem em desuso (SANTOMAURO, 2009). 
Oliveira (2003, s. p.) atenta para uma necessária distinção entre língua padrão e língua 
culta: 
 
A língua padrão, que na sociolinguística anglófona se 
denomina standard language, é a variedade culta formal do idioma. Há 
quem tome o termo norma culta, indevidamente, como sinônimo de língua 
padrão. Ocorre que a língua culta, isto é, a das pessoas com nível elevado 
de instrução, pode ser formal ou informal. A língua padrão é a culta, sim, 
mas limitada à sua vertente formal. É, pois, necessário distinguir os dois 
conceitos. 
Língua culta é um termo mais amplo que língua padrão, uma vez 
que abrange não só o padrão, que é suprarregional, mas também as 
variedades cultas informais de cada região. Entendam-se como cultos 
os dialetos sociais das pessoas acima de determinado grau de 
escolaridade. Desse modo o termo adquire objetividade e nos 
desvencilhamos do ranço de preconceito de que está impregnado. 
 
 
 
33 
 
 
A língua culta informal, portanto, não é padrão. A variedade 
padrão da língua “lidera” um conjunto de códigos que se influenciam 
mutuamente, a saber: (a) as variedades orais cultas informais das diversas 
áreas geográficas; (b) a língua escrita culta informal; (c) as variedades 
literárias do idioma, que se baseiam no padrão, mas, no caso do Brasil, nem 
sempre correspondem fielmente a ele. 
 
A linguagem culta formal é utilizada nas situações formais de comunicação, 
especialmente na modalidade escrita. No entanto, também é requerida em situações da 
oralidade, como discursos, apresentações acadêmicas, entrevistas de emprego etc. Ao utilizar 
esta variedade, o falante segue as normas gramaticais da língua (a língua padrão) e utiliza um 
léxico característico desta modalidade. Os documentos oficiais e institucionais são redigidos 
utilizando-se essa variedade. 
É a linguagem utilizada por grupos de prestígio da sociedade, como governantes, 
comunidade acadêmica e científica em produções orais ou escritas inerentes a suas funções. 
O Standard English é a variedade da língua ensinada nas escolas de países em que se fala 
inglês e também a variedade ensinada aos estudantes de inglês como língua estrangeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Carter et al. (2011), existem várias formas do Standard English no mundo, 
como inglês norte-americano, inglês australiano, inglês britânico etc. Cada uma dessas 
diferentes formas de inglês representa a linguagem culta utilizada oficial e institucionalmente 
em determinado país. Variam em alguns aspectos na pronúncia, mas não há muita variação 
nos aspectos gramaticais. 
A linguagem culta informal, ou coloquial, é espontânea, utilizada por muitos falantes, 
especialmente nas comunicações orais. É a linguagem do dia a dia, que utilizamos para 
Assista a esse vídeo, com o professor David Crystal, sobre Standard 
English e 
Non-Standard English. 
Acesse: <https://www.youtube.com/watch?v=hGg-2MQVReQ>. 
http://www.youtube.com/watch?v=hGg-2MQVReQ
http://www.youtube.com/watch?v=hGg-2MQVReQ
http://www.youtube.com/watch?v=hGg-2MQVReQ
http://www.youtube.com/watch?v=hGg-2MQVReQ
 
 
 
34 
 
conversas informais em nosso cotidiano, seja na modalidade oral, ou ainda na escrita, 
em mensagens de celular, por exemplo, ou outras formas de comunicação em que a norma 
culta não seja requerida. Tanto a linguagem culta formal quanto a informal são formas 
legítimas de comunicação, uma vez que ambas são reconhecidas pelos usuários e 
possibilitam a interação dos interlocutores. 
Os falantes, em geral, podem transitar entre a linguagem formal e a informal de acordo 
com o que é esperado em determinados contextos. No entanto, alguns falantes, por diversos 
motivos, entre eles, nível de escolaridade, classe social, ou outros, não têm acesso à língua 
culta formal. Além disso, não existem somente duas variedades da língua, a formal e a 
informal. Cada uma delas pode apresentar diversas outras variações, conforme veremos na 
seção a seguir. 
 
Apesar de o foco das aulas de língua inglesa nas escolas normalmente ser a 
linguagem padrão, você também pode explorar a linguagem culta informal com seus alunos. 
Afinal, a linguagem coloquial é largamente utilizada nas interações de diversas naturezas, por 
exemplo, em filmes, em vídeos do YouTube, em chats, blogs, músicas, determinadas revistas 
etc., além de contribuir para a fluência no idioma. Leia este artigo da Revista Nova Escola, 
escrito por Caroline Ferreira. Nele é descrita uma atividade realizada com alunos dos anos 
finais do Ensino Fundamental sobre coloquialismos em inglês. Confira! 
Acesse: <https://novaescola.org.br/conteudo/2149/expressoes-coloquiais-em-ingles>. 
 
 
 
35 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA 
 
Como vimos na seção anterior, a língua apresenta variações que podem ser 
determinadas por diversos fatores. A língua está relacionada com a identidade dos povos,portanto, as variações da língua também representam traços identitários de comunidades de 
fala, que são observados em grupos que partilham uma mesma cultura, seja um grupo social, 
um grupo regional ou diversas outras segmentações possíveis. 
A Sociolinguística é uma área de estudos da Linguística que se ocupa da língua em 
uso, em situações reais de fala e que considera o contexto social de produção. Variação 
linguística, bilinguismo, políticas linguísticas são algumas das questões de estudo da 
Sociolinguística. É a partir desta área de conhecimento que estudamos as variedades 
linguísticas. 
Bagno (2007, p. 36) assim descreve a concepção de língua na Sociolinguística: 
 
Ao contrário da norma-padrão, que é tradicionalmente como um produto 
homogêneo, [...] a língua, na concepção dos sociolinguistas, é intrinsecamente 
heterogênea, múltipla, variável, instável e está sempre em desconstrução e em 
reconstrução. Ao contrário de um produto pronto e acabado, de um monumento 
histórico feito de pedra e cimento, a língua é um processo, um fazer-se permanente e 
nunca concluído. A língua é uma atividade social, um trabalho coletivo, empreendido 
por todos os seus falantes, cada vez que eles se põem a interagir por meio da fala ou 
da escrita (grifos do autor). 
 
As línguas são dinâmicas, evoluem, modificam-se, todas elas, no mundo todo. Essas 
mudanças são impulsionadas por diversos fatores: sociais, regionais, históricos, culturais, e 
podem afetar diferentes níveis linguísticos: fonológicos, semânticos, sintáticos ou outros. Veja 
o caso do /r/ em posição de coda, descrito por Alves e Battisti (2014, p. 294-295): 
[...] a não realização preponderante de /r/ em coda silábica é um dos traços 
de variedades do inglês britânico, a realização preponderante de /r/ é um dos traços 
de variedades do inglês americano. [...] no inglês americano, o /r/ tende a ser 
realizado em comunidades de fala cujos membros pertencem a estratos 
socioeconômicos mais altos, e a não ser realizado na fala de grupos pertencentes a 
classes sociais mais baixas. No primeiro caso, a variação na realização do /r/ é um 
dos traços que distinguem variedades geográficas ou regionais. No segundo caso, o 
processo distingue variedades ou dialetos sociais. 
 
 
 
36 
 
Neste caso apresentado pelos autores, a mesma variação na produção do fonema foi 
motivada por fatores diversos e denota traços que diferenciam, no primeiro caso (de falantes 
do inglês britânico e de falantes do inglês americano) grupos de usuários da língua separados 
geograficamente, ou seja, neste caso a evolução da língua ocorreu de forma diversa em 
regiões diversas. Já no segundo caso (variação presente em grupos sociais diversos), o traço 
de variação diferencia os usuários de acordo com o grupo social ao qual pertencem. Ora, se a 
língua é parte da identidade de um povo, como afirmamos na Unidade 1, nada mais natural 
de que cada grupo social, geográfico, histórico, produza e utilize sua própria variedade, 
moldada de acordo com suas necessidades e características. Ter consciência de que essas 
variedades existem e saber lidar com elas é importante para o falante se comunicar em 
diferentes situações e contextos. Para tanto, Rajagopalan (2009, p. 45-46) postula que, como 
professores de língua inglesa, 
[...] é nosso dever preparar nossos alunos para serem cidadãos do mundo 
novo que se descortina diante dos nossos olhos. [...] Para atuar nesse admirável 
mundo novo, os nossos alunos têm de aprender a lidar com todas as formas de falar 
inglês. Isso requer um bom “jogo de cintura”, ou seja, uma habilidade de se adaptar 
às maneiras mais diferentes de falar inglês. [...] Cabe ao professor do World English 
expor a seus alunos a um grande número de variedades de ritmos e sotaques, pouco 
importando se eles são “nativos” ou não. 
 
Alguns denominam essas variedades de dialeto, mas optamos por não utilizar 
esse termo, tendo em vista as representações que o acompanham. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Precisamos lembrar que as variedades não são línguas diferentes, mas formas 
diferentes de se utilizar uma mesma língua. As variedades, em geral, não impossibilitam a 
Utilizamos o termo variedades e não o termo dialeto, pois esse último, conforme 
pontua Calvet (2002), carrega uma visão pejorativa, que qualifica de forma inferior algum modo 
de falar. Já o termo variedades refere-se a um “sistema de expressão linguística que pode ser 
identificado pelo cruzamento de variáveis linguísticas (fonéticas, morfológicas, sintáticas etc.) e 
de variáveis sociais (idade, sexo, região de origem, grau de escolarização etc.)” (CALVET, 2002, 
p. 157). Acreditamos que nenhuma variedade é inferior a outra, todas têm igual valor. 
Sabemos, no entanto, que algumas são variedades de prestígio e outras são variedades 
utilizadas por minorias (não no sentido numérico da palavra minoria, mas no sentido social). 
 
 
 
37 
 
 
comunicação entre os falantes de uma língua, seja qual for a variedade que utilizam no 
seu cotidiano. No entanto, socialmente, é atribuída uma carga valorativa diferente a cada 
variedade, e assim como a roupa que usamos, a variedade linguística da qual fazemos uso 
está sujeita a avaliações positivas ou negativas. Assim, o falante que utiliza uma variedade de 
menor prestígio sofre o que chamamos em sociolinguística de preconceito linguístico, termo 
do qual trataremos na seção a seguir. 
VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA LÍNGUA INGLESA 
Todas as variedades de uma língua são sistemas complexos e completos que permitem 
a comunicação eficiente entre seus falantes. Essas variedades caracterizam a identidade de 
seus falantes e atendem às suas necessidades de comunicação. Assim, todas são legítimas e 
têm igual valor. Para Bagno (2005, p. 124): 
Todo falante nativo de uma língua é um falante plenamente competente dessa 
língua, capaz de discernir intuitivamente a gramaticalidade ou agramaticalidade de 
um enunciado, isto é, se um enunciado obedece ou não às normas de funcionamento 
da língua. Ninguém comete erros ao falar sua própria língua materna, assim como 
ninguém comete erros ao andar ou respirar. 
 
 
Nesse sentido, não existe correto ou incorreto quando se descreve a língua materna de 
um falante. A variedade utilizada por um falante em sua comunidade cumpre suas funções de 
comunicação e apresenta uma organização gramatical e lógica, ainda que difira em alguns 
aspectos da língua padrão, seja em aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos, lexicais ou 
outros ainda. Essa diferença pode ser vista por alguns como errada, como variedade 
incorreta. 
Quanto ao aprendiz de uma língua estrangeira, como o aprendiz de língua inglesa, é 
comum que, por interferência de sua língua materna, produza alguns desvios na sua fala ou 
escrita. Sua produção, assim como qualquer variedade da língua, está sujeita a avaliações, 
que podem ser negativas ou positivas. 
Como acontece com a Língua Portuguesa, as variedades na Língua Inglesa também 
sofrem preconceito, são discriminadas. É preciso considerar o contexto social de produção pelos 
 
 
 
 
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falantes de cada variedade. Como qualquer tipo de preconceito, o linguístico é decorrente 
de um pré-julgamento e de um desejo de unificar algo que sempre será diverso, por acreditar que 
uma variedade é superior às demais e mais importante que elas. Nos Estados Unidos existe um 
grupo de pessoas conhecido como language mavens (ou especialistas da linguagem), que 
apontam um declínio do “bom inglês” no linguajar de jornais e outras publicações que não utilizam 
o inglês que denominam de “real”. 
Diante disso, podemos nos perguntar: o que é o “inglês real” para estas pessoas? E o que 
é um “bom inglês”? Para este grupo, apenas a variedade padrão da língua é a correta, sendo as 
demais variedades formas ilegítimas de se utilizar a língua inglesa. Esta concepção, porém, não 
considera a diversidade decorrentede fatores geográficos, sociais, culturais, identitários e tantos 
outros que influenciam no surgimento e utilização de uma variedade linguística. 
Mediante os pontos apresentados, qual o papel da escola com relação ao preconceito 
linguístico? Como devemos lidar com essas diferenças na sala de aula e buscar sensibilizar 
os alunos para combater este preconceito? De acordo com Cagliari (1996, p. 83), é preciso 
explorar as variedades linguísticas na sala de aula, seu funcionamento e os valores sociais 
que são atribuídos a elas: 
A escola deve respeitar os dialetos, entendê-los e até mesmo ensinar como essas 
variedades da língua funcionam, comparando-as entre si; entre eles deve estar incluído o 
próprio dialeto de prestígio, em condições de igualdade linguística. A escola também deve 
mostrar aos alunos que a sociedade atribui valores sociais diferentes aos diferentes modos de 
falar a língua e que esses valores, embora se baseiem em preconceitos e falsas 
interpretações do certo e do errado linguísticos, têm consequências econômicas, políticas e 
sociais muito sérias para as pessoas. 
O preconceito linguístico está associado ao preconceito social. As variedades 
consideradas “bonitas”, “corretas” são justamente aquelas utilizadas pelas elites de um país. 
As demais são consideradas “menores”, “incorretas”. O preconceito não é somente contra as 
variedades que as pessoas falam, mas contra as pessoas em si, que geralmente são pessoas 
que vivem à margem da sociedade de elite. As variedades utilizadas pelas camadas mais 
pobres da população geralmente são alvo de preconceito, assim como as pessoas que as 
utilizam. Conhecer as variedades, compreender por que elas existem e qual função 
desempenham na sociedade auxilia a combater o preconceito linguístico. 
 
 
 
 
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Assista ao filme “My Fair Lady”, de George Cukor, que aborda, entre outros 
aspectos, a questão da variação linguística, especialmente a variação decorrente de classes 
sociais diferentes. O filme, de 1964, é um clássico dos cinemas e nos faz pensar sobre 
preconceito linguístico e outras questões, abordadas já na década de 1960. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://cinema10.com.br/upload/filmes/filmes_5960_Dama.jpg>. Acesso em: 21 jun. 2017. 
Veja a sinopse: 
 
Audrey Hepburn nunca esteve tão maravilhosa quanto neste show musical de tirar 
o fôlego, que ganhou oito Oscars da Academia em 1964, incluindo Melhor Filme. Nesta 
adorável adaptação do sucesso da Broadway, Hepburn interpreta uma espevitada 
vendedora de rua em Londres, a qual um arrogante professor (Rex Harrison) tenta 
transformar em uma dama sofisticada, depois de um rigoroso treinamento. Mas, quando a 
humilde florista conquista a elite londrina, seu professor vai aprender mais do que uma lição. 
A atuação de Hepburn, com seu estilo doce e espirituoso, fez de My Fair Lady um clássico 
de todos os tempos. 
 
FONTE: Disponível em: <http://cinema10.com.br/filme/my-fair-lady>. Acesso em: 21 
jun. 2017. 
Trailer disponível em: <https://youtu.be/C0xhzA78u4Q>. Acesso em: 21 jun. 2017. 
 
 
http://cinema10.com.br/upload/filmes/filmes_5960_Dama.jpg
http://cinema10.com.br/filme/my-fair-lady
 
 
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RESUMO 
 
A linguagem culta e a linguagem coloquial são expressões de uma mesma 
língua que servem a necessidades e situações próprias de comunicação. 
As línguas são dinâmicas, moldadas conforme a situação em que 
necessitamos utilizá-las, conforme nossos interlocutores e ainda conforme quem 
somos e de onde viemos. Assim como na língua portuguesa, na língua inglesa 
também existem diferenças entre a língua padrão (Standard English) e a língua não 
padrão (Non-Standard English). 
A língua padrão segue os preceitos da gramática normativa, é uma língua 
“modelo”. Trata-se de uma língua utilizada em certo momento da história e em 
determinada sociedade, tida como a língua que deve servir de referência para os 
usuários. 
A linguagem culta informal, ou coloquial, é espontânea, utilizada por muitos 
falantes, especialmente nas comunicações orais. É a linguagem do dia a dia, que 
utilizamos para conversas informais em nosso cotidiano, seja na modalidade oral, 
ou ainda na escrita, em mensagens de celular, por exemplo, ou outras formas de 
comunicação em que a norma culta não seja requerida. 
As línguas são dinâmicas, evoluem, modificam-se, todas elas, no mundo 
todo. Essas mudanças são impulsionadas por diversos fatores: sociais, regionais, 
históricos, culturais, e podem afetar diferentes níveis linguísticos: fonológicos, 
semânticos, sintáticos ou outros. 
Ter consciência de que as variedades linguísticas existem e saber lidar com 
elas é importante para o falante se comunicar em diferentes situações e contextos. 
As variedades não são línguas diferentes, mas formas diferentes de se 
utilizar uma mesma língua. As variedades, em geral, não impossibilitam a 
comunicação entre os falantes de uma língua, seja qual for a variedade que utilizam 
no seu cotidiano. 
 
 
 
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Todas as variedades de uma língua são sistemas complexos e completos 
que permitem a comunicação eficiente entre seus falantes. Essas variedades 
caracterizam a identidade de seus falantes e atendem às suas necessidades de 
comunicação. Como acontece com a Língua Portuguesa, as variedades na Língua 
Inglesa também sofrem preconceito, são discriminadas. É preciso considerar o 
contexto social de produção pelos falantes de cada variedade. Como qualquer tipo 
de preconceito, o linguístico é decorrente de um pré-julgamento e de um desejo de 
unificar algo que sempre será diverso, por acreditar que uma variedade é superior 
às demais e mais importante que elas. 
O preconceito linguístico está associado ao preconceito social. As variedades 
consideradas “bonitas”, “corretas” são justamente aquelas utilizadas pelas elites de um 
país. As demais são consideradas “menores”, “incorretas”. O preconceito não é 
somente contra as variedades que as pessoas falam, mas contra as pessoas em si, 
que geralmente são pessoas que vivem à margem da sociedade de elite. As variedades 
utilizadas pelas camadas mais pobres da população geralmente são alvo de 
preconceito, assim como as pessoas que as utilizam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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