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Deusa Martins – VET 436 
 
 
SITUAÇÃO DA 
PECUÁRIA DE LEITE 
MERCADO NACIONAL E 
INTERNACIONAL 
“10% dos empregos no Brasil advém do leite ou 
tem parte da renda constituída pelo leite. O 
Brasil possui 1 milhão de fazendas leiteiras, que 
empregam em média, 3 pessoas por fazenda, 
sendo assim, 3 milhões de pessoas. Contudo, a 
cadeia de leite é bem ampla, considerando o 
transporte, insumos e o processamento do leite 
assistência técnica, etc. Juntando tudo isso, há 
por volta de 10 milhões de pessoas que vivem 
diretamente do leite ou parte da sua renda 
constituído pelo Leite. Sendo assim, é a atividade 
agropecuária que mais emprega no Brasil. Em 
termos de empregabilidade, essa cadeia 
empata com a construção civil. 
10 bilhões de litro são comercializados no Brasil 
sem inspeção, isso é um problema sério em 
ração do risco de geração e propagação de 
doenças que esse alimento representa. A 
disponibilidade é a soma da produção nacional 
com a importação. Das várias commodities 
agrícolas, o leite é uma das poucas que possui 
balança comercial negativa, isso mostra uma 
oportunidade nacional de produção, a grande 
questão é ser competitivo. Boa parte do Leite é 
importado vem da Argentina e Uruguai e boa 
parte dele é importado sob forma de pó e não 
necessariamente está disponível ao mercado 
consumidor direto, sendo utilizado na confecção 
de produtos industrializados. O leite desses países 
é competitivo por ser barato, já que ele é 
produzido a pasto e o pasto desses países é 
melhor. 
Em 2020 e 2021 houve uma queda na produção 
de leitem que se deve à perca de cerca de 
200mil produtores, à pandemia e o aumento dos 
custos. Em 2021, pela primeira vez o sul passou o 
sudeste em volume de produção. O Sudeste, por 
anos, foi o maior produtor do país, liderado pelo 
estado Minas Gerais, que tem tradição na 
produção de leite. Contudo, muitas regiões de 
Minas Gerais são atrasadas em termos de 
tecnificação. A região sul, por sua vez, tem uma 
base cultural diferente que acredita na 
assistência técnica, possui maior produção de 
milho de soja, tem gramíneas de melhor 
qualidade. Na região centro-oeste, o Goiás é um 
destaque. No Nordeste vem crescendo 
produção de leite com grandes projetos. No 
Norte, o estado de Rondônia. Minas Gerais está 
em uma região muito boa por ter mercado 
consumidor” 
Créditos: Mendonça, Tiago. 2023 
 
 
Em 2022 a pecuária de leite passou por diversos 
desafios, que culminou no incremento dos custos 
da produção de leite demanda enfraquecida e 
aperto de margens. A produção de leite recuo, 
a importação diminuiu e a disponibilidade de 
leite caiu. 
 
Em resumo, com consumo mais fraco e custos 
de produção em alta, a rentabilidade da 
atividade caiu, derrubando também a 
produção. Na produção por região, o Sul liderou 
esta estatística, com cerca de 9,8 bilhões de 
litros adquiridos pelos laticínios, seguido pela 
região Sudeste, com 9,5 bilhões de litros. Juntas, 
estas duas regiões representaram 77% do leite 
inspecionado no Brasil, em 2021. 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, 
produzindo quase 2x mais que o segundo 
colocado (Paraná). Após MG, vêm os três 
estados da região sul do país: Paraná, Rio 
Grande do Sul e Santa Catarinas, seguidos pelo 
o estado de São Paulo. 
CONSUMO DE LEITE 
Em 2021 ocorreu uma queda na produção e no 
consumo de leite. O principal motivo para isto foi 
o aumento do custo da matéria prima 
necessária para a produção de leite no campo, 
clima desfavorável durante boa parte do ano e 
o agravamento da pandemia. 
O maior consumo lácteo do Brasil é liderado 
pelo Leite UHT, Queijo, Leite em Pó, Iogurte, Leite 
condensado, leite resfriado e outros. 
“Em relação ao consumo per capta, o brasileiro 
toma a metade do volume de leite que um 
europeu toma. Por outro lado, a China toma 1/ 
do leite que o brasileiro consome. Curiosamente, 
a produção desse país tem muitos problemas de 
intolerância à lactose 
Alguns pontos fazem com que pessoas não 
consumam leite, são: alergia (muito presente em 
crianças), intolerância à lactose, cultural e 
éticos. Para contornar as alergias há o leite 
A2A2, que possui a proteína beta caseína 
diferente. O leite A2A2 te, um valor de 10 a 20% 
maior por ser um diferencial e por, geralmente, 
serem produtos de alta marcas presentes no 
mercado são marcas próprias das fazendas. EM 
relação ao processamento e em termos de 
rendimento lácteos, não há diferença do leite 
A2A3 para o outro tipo de leite no mercado” 
Crédito: Mendonça, Tiago. 2023 
FAZENDAS DE LEITE NO BRASIL 
Grande parte do Leite produzido no Brasil é 
produzido por uma quantidade pequena de 
fazenda. Os grandes produtores de leite 
(possuem uma produção maior que 500L de 
leite, representam menos de 2% das fazendas 
produtoras de leite do Brasil). 
“A maioria dos pequenos produtores estão em 
MG, questão de tradição. 
O número de vacas vem diminuindo, 
atualmente está em cerca de 16 milhões de 
cabeças. Essas quedas geralmente acontecem 
quando a arroba do boi esta alta, período no 
qual os produtores tendem a vender os animais 
velhos. Também, vale ressaltar que boa parte 
dos animais hoje em dia são abatidos de forma 
clandestina e ilegal. 
Na contramão a produtividade dos animais 
brasileiros vem crescendo. Atualmente, esses 
mais produzem cerca de 2000L em uma 
lactação de 305 dias. A média de litros por dia 
por vaca no Brasil é muito baixa, em torno de 78L 
de vacas. 
No mundo inteiro, há queda de produtores de 
leite. Das 5 maiores fazendas de leite no Brasil, há 
apenas uma de MG, a Sekita. Das 100 maiores 
fazendas, 40 estão em MG. Nem todas as 
fazendas do Brasil informa seus dados. Contudo, 
a lista é representativa pois são poucos os que 
informam. 
Atualmente, a média de produção das fazendas 
top 100 no Brasil é de 30L. Das top 100 75% utiliza 
a raça holandesa e 20% utilizam a raça 
girolando.” 
Créditos: Mendonça, Tiago. 2023 
PRODUTORES DE LEITE NO MUNDO 
O maior produtor de leite no mundo é o Estados 
Unidos, o Clima do país favorece para a criação 
da melhor raça de vaca do ramo (holandesa), 
EUA é seguido por Brasil e depois pela 
Alemanha, Nova Zelândia e Argentina. 
FAZENDAS TOP 100 
A raça mais utilizada nas fazendas top 100 é a 
Holandesa, logo, elas adotam o sistema de 
confinamento e a segunda raça mais utilizada é 
a Girolando. O maior laticínio do Brasil é o Bela 
Vista (Piracanjuba) 
PREÇO DO LEITE 
“O preço do leite não é o produtor que define. 
Outro ponto é o fato de que os laticínios levam 
muito tempo para pagar pelo leite captado. Isso 
é explicado porque sendo assim, é necessário 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
que o produtor tenha reservas, seja capitalizado. 
O preço do leite pode ser definido por vários 
índices. Em MG e em outros estados, é o 
CONSELEITE, o CPEA (índice da ESALQ que avalia 
os preços do Brasil inteiro), o leite spot (leite 
comercializado entro os latícinios). O SPOT se dá 
a cada 15 dias e os outros índices são mensais. 
Quando o SPOT sobe, é um indicativo de que o 
produtor irá receber mais. O brasil usa menos o 
GDT (Global Trade Transport) porque importa e 
exporta pouco. 
 
RAÇAS DE 
BOVIDO DE LEITE 
OBJETIVOS DO MELHORAMENTO 
Quando a gente fala de raças estamos 
atrelando ao melhoramento genético, isso 
porque quando a gente opta por uma raça ou 
vai até o catálogo de touros para escolher um 
touro para comprar o sêmen o objetivo sempre 
vai ser melhorar a genética do gado. 
Essa melhora de genética pode-se melhorada 
pela produção de leite. Nós temos fazendas que 
o foco é aumentar a produção de leite, nos 
vimos na primeira aula que a média de 
produção de leite no Brasil é de 2000L/ano (que 
é uma lactação), isso da uma média de 6L por 
dia (quando a gente compara com o EUA que é 
o nº1 no ramo, eles produzem uma média de 35Lpor dia/vaca). Então sempre vamos ter como o 
objetivo melhorar a produção de leite no 
rebanho. 
Depois podemos pensar em vida produtiva, em 
crias que nascem mais viáveis, em crias que 
nasce com mais vitalidade. Nos podemos olhar 
isso no catálogo de touro reprodutor, isso 
importante porque hoje a vaca de leite em 
sistema confinado, sistema muito intensivo, ela 
não vive muitos anos, ela dura 3-4 lactações, isso 
quer dizer que ela vai ser descartada em algum 
momento com 7-8 anos e ela vai parir com 2 
anos de idade. 
O que a gente busca? Vacas mais longevas, 
vacas que vivem mais, que tenha mais saúde. 
Quando você tem uma fazenda e vai escolher o 
sêmen que você vai comprar, você vai olhar o 
catálogo de touro e há opção de olhar também 
a vida produtiva. A gente pode também 
escolher algumas características voltadas para o 
fenótipo dessa vaca, podemos ter um rebanho 
que a vaca tem problemas de patas, problemas 
de úber, um rebanho muito descartável, mas eu 
posso colocar um touro melhorador, um touro 
que tenha características favoráveis para 
melhorar esses pontos nas minhas gerações 
futuras. 
Hoje a gente busca Inseminação artificiais, por 
mais que algumas fazendas ainda tenha touros, 
esses touros não são melhoradores. Eles podem 
ser touros pioradores, vamos ter 1 touro ou 2 para 
cruzar com todas as vacas, isso facilita a vida de 
produtor (em termos de manejo porque ele não 
vai precisar fazer um protocolo de IATF, ele não 
vai precisar fazer inseminação). 
O que é um protocolo de IATF? A Inseminação 
Artificial em Tempo Fixo (IATF) consiste em uma 
ferramenta reprodutiva capaz de fornecer 
condições para que vacas e novilhas sejam 
inseminadas em uma data pré-determinada. 
Do ponto de vista genético as crias que vão 
nascer não necessariamente são melhores que a 
mãe, elas podem ser piores. Muitas vezes esses 
touros são velhos e vão cruzar as suas filhas, as 
suas mães, a ter consanguinidade e a gente 
começar a ter mais refugos (um rebanho com 
mais descartes com o objetivo de eliminar ou 
separar animais que apresentam problemas). 
Touro na fazenda de leite não é recomendado, 
você pode até ter um touro de repasse, para 
aquelas vacas que têm dificuldade de 
emprenhar. Mesmo assim nas fazendas mais 
modernas não há mais touros de repasses, tenta-
se emprenhar a vaca 5 vezes, ou seja, dá 5 
chances para vaca, se ela não pegou não se 
tenta mais e ela será descartada quando ela 
parar a lactação. 
No gado de corte é diferente, você encontra 
touros mellorys que podem cobrir muitas vacas, 
mas também o próprio gado de corte passa 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
pela estação de monta, de inseminação para 
poder ter animais sempre melhores do que as 
suas mães. 
Então, o gado de corte é até mais evoluído por 
causa da estação de monta, o gado de leite 
não, todo dia tem inseminação para fazer, todo 
dia tem vaca parindo em uma fazenda grande, 
logo, têm muito mais serviço, muito mais manejo 
e um desses manejos é identificação de cio, é 
você fazer um protocolo de ATF para sincronizar 
o momento correto de você inseminar essa 
vaca, logo, você vai utilizar um sêmen que nem 
mora no Brasil (EUA, Canadá, Holanda) e esse 
sêmen convencional que a gente chama, que 
pode ter uma cria tanto do sexo feminino 
quanto do masculino, ele pode custar uma dose 
de R$20 até R$200. Também é possível a gente 
comprar o sêmen sexado. que é aquele que 
passa por um processo de separação de quem 
é cromossomo X e quem é cromossomo Y, ou 
seja, tem 90% de chance de nascer uma fêmea. 
Muitos produtores médios e pequenos usam 
touro e a gente chama de pioramento genético. 
então o que explica as vacas no Brasil 
Produzirem menos? Uma das explicações é 
porque a genética não é refinada. 
Em resumo, o objetivo principal é aumentar a 
produção de leite, após isso, o próximo critério 
pode ser aumentar o número de crias viáveis e 
aumentar a vida produtivo da vaca (a vaca 
precisa ficar mais de 3 anos produzindo leite 
para pagar o investimento que foi feita na 
mesma). 
Com o melhoramento também é visado diminuir 
o descarte involuntário (por exemplo por 
problemas no casco), obter animais pequenos, 
sem doenças podais, mastite, dente outros 
fatores. 
RAÇAS PURAS DE CLIMA TEMPERADO 
Elas necessitam de condições adequadas de 
manejo. Por exemplo, a principal Raça de 
produção de leite é a Holandesa e no brasil 
essa raça é sinônimo de confinamento. O 
manejo adequado da mesma sai em torno 
de R$2.000.000,00 (em uma região mais cara 
esse valor pode chegar até a 5.000.000,00. A 
terra que vai pesar neste custo) investidos em 
terra, animais, instalações e equipamentos 
para produzir 1000 L/dia. 
É necessário comprar muito terra porque o 
produtor de leite também é agricultor, a 
produção de leite é único ramo que é 
obrigatório o plantio da silagem (o 
volumoso). 
Um dos problemas da Vaca Holandesa é 
que ela tem baixa resistência a carrapatos 
(tristeza parasitária), baixa adaptabilidade 
ao clima (no confinamento nos ventiladores, 
elas tomam banho o tempo todo) e baixa 
fertilidade em condições não adaptadas 
(em estresse térmico a vaca não emprenha). 
A vaca não fica o tempo todo prenha, ela 
tem o primeiro parto, produz leite por 8 meses 
e fica de férias por dois meses antes de ficar 
prenha novamente. 
VACA HOLANDESA 
A raça mais difundida no mundo, ela é 
conhecida como uma raça cosmopolita porque 
ela esta presente no mundo inteiro e é a raça 
principal. 
O melhor para a vaca holandesa é o 
confinamento, no pasto ela sofre com 
ectoparasitas (carrapato= tristeza parasitária), 
estresse térmico e vai se alimentar menos (não 
adianta colocar esse animal para comer 
braquiara, porque essa gramínea tem baixa 
digestibilidade, então tem que ter silagem de 
milho, fubá, farelo de soja que são alimentos 
nobres e mais caros), consequentemente, 
produzir menos leite. 
Precisa olhar para essas raças e pensar que é 
necessário ter um confinamento, ventiladores, 
uma sala de resfriamento aonde vai molhar essa 
vaca e vai secá-la com ventilador, porque ela é 
muito exigente, ela vem de uma região fria, para 
ela a temperatura de conforto é de 5ºC a 15ºC. 
Aqui no Brasil em alguns meses do ano faz essas 
temperaturas aqui em MG. 
Problemas: resistência a carrapato, a questão de 
não adaptar ao clima quente do Brasil e se a 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
gente não der conforto térmico, essas vacas 
também não emprenham, podem ter baixa 
fertilidade. 
Questão de prova: Considere no Rio Grande do 
Sul um produtor que deseje iniciar a atividade, 
qual raça você recomenda para ele e qual 
sistema você vai recomendar que essa vaca 
fique. 
No sul do Brasil é a região mais fria eles têm um 
certo preconceito com raças zebuínas. 
Algumas características da vaca holandesa: Ela 
é uma raça de grande porte, quando ela chega 
na fase adulta ela chega a pesar até 800kg, mas 
na média 600-650KG. É a raça mais 
especializada em produção de leite, ela tem um 
úbere, que geneticamente é muito bem inserido 
e vascularizado, você consegue ver as veias. A 
zona de conforto térmico é de 5ºC-15ºC e de 
todas as raças ela é a que possui menos sólidos 
(gordura e proteína). Ela é uma vaca que produz 
mais leite em relação as outras vacas, no Brasil 
varia de 6000L-10000L em uma lactação (305 
dias). 
 
É um animal que tem dois tipos de pelagem: a 
preta e a branca e a vermelha e branca, em 
termos de genética a preta e branca é superior, 
porque quando foi se escolher uma raça e um 
padrão para evoluir geneticamente a escolhida 
foi a preta e branco. 
 
As opções de alelos que podem levar ao 
vermelho branco, a gente vê que de todos os 
possíveis, a gente vê que apenas esses três, 
quando tem o E+ ou e é que vão resultar na 
coloração vermelho branco, ou seja, é muito 
mais fácil que o animal seja preto e branco. 
Geralmente o produtorpaga muito bem pelo 
vermelho e branco, porque é muito raro, não é 
questão de produção, é muito mais de estética. 
Em resumo: Raça de grande porte variando de 
600 a 800 kg, especializada em produção de 
leite, úbere bem inserido e verticalizado, 
conforto térmico de 5°C a 15°C. O leite da 
mesma possui baixos valores de gordura e 
proteína e produz de 6 a 10 mil de leite em 305 
dias de lactação. (pensando para o produtor de 
leite os baixos valores de gordura e proteína não 
são ruins, uma vez que ele ganha em cima do 
volume de leite produzido. Já para o laticínio isso 
é uma desvantagem). 
Quando mais alto o úbere tiver melhor e quanto 
mais inserido ele estiver melhor. 
ESTRESSE TERMICO 
O que mais interfere na questão de conforto 
térmico e temperatura é a produção de leite da 
vaca. Ex: A girolando (raça obtida através do 
cruzamento da Gir + Holandesa) se ela produz 
muito leite 25-40L, ela vai ter o mesmo estresse 
térmico de uma vaca holandesa com produção 
parecida, porque a produção de calor interno 
da vaca é em função da produção de leite e 
do sangue que está passando para a glândula 
mamária, então se essa vaca tiverem a mesma 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
produção de leite, elas terão o mesmo estresse 
térmico. 
A girolando produz bem menos que a 
holandesa, logo, por esse motivo ela produz 
menos calor interno e é menos susceptível ao 
estresse térmico. 
VACA JERSEY 
São raças de pequeno porte, pesam na fase 
adulta de 400-450kg. De todas as raças é a que 
tem o leite com maior quantidade sólidos, 
principalmente gordura (é uma raça que a 
genética dela permite que a produção de 
gordura seja maior, não é uma questão de 
diluição: ela produz menos leite, então vai ter 
mais gordura concentrada). A produção dela 
chega a 5000L por lactação (metade da 
produção da holandesa, mas ela é pequena, 
logo, come menos. Então se você faz uma 
avaliação do custo benefício, se você for fazer o 
queijo... ela interessante porque ela produz 
muitos sólidos). 
• Em MG nunca foi visto um rebanho de 
Jersey que tenha dado certo, o pessoal 
esquece que ela é uma vaca de clima 
temperado e que produzir ela no pasto. 
Então aqui em MG, o povo comprou 
muita Jersey do povo do sul 
(principalmente SC), mas não quis fazer 
confinamento, logo, não deu certo. 
É uma vaca que por ser pequena tem menos 
problema de pernas e pés, ela é leve. Ela é mais 
precoce para emprenhar, a holandesa 
emprenha com 14-15 meses e a Jersey 
emprenha com 11-12 meses. Tem facilidade de 
parto, comparado com a holandesa ela tem 
uma rusticidade maior. Ela tem uma pelagem 
parda e sempre os machos são mais escuros e 
ela tem sempre as extremidades pretas. 
 
*O consumo dela é 60% do consumo da 
holandesa. 
Um Problema da Jersey é que não é possível 
aproveitar a carne dela. O rendimento da 
carcaça é de 45%, já a Jersey vai de 30-35%, ela 
possui pouco músculo e pouca gordura e ela 
tem uma grande longevidade (ela vive cerca de 
10 anos, ou seja, o produtor cria uma afinidade 
com o animal) 
PARDO SUIÇO 
O pessoal confunde muito com a Jersey, mas a 
pardo suíço é de grande porte, ao redor dos 
olhos é esbranquiçado, enquanto na Jersey é 
mais escura. 
 
De todas as três temperadas, a pardo suíço é a 
que tem ainda mais rusticidade, porque ela foi 
uma raça que ficou esquecida, o pessoal não 
fez melhoramento genético nela, logo, é uma 
raça que não produz tanto leite. Ela é grande e 
produz quase a mesma quantidade que a 
Jersey. 
Ela é uma raça de dupla aptidão, o que não é 
bom, o ideal é ser especializada, mas no 
momento de descarte a carcaça dela rende 
bem. 
Por ano, é comum no sistema de confinamento, 
25% do rebanho é descartado (entra novilhas no 
lugar), a Jersey não rende bem (a carcaça) e a 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
holandesa mais ou menos. A Jersey produz por 
muito tempo (+- 10-15 anos porque ela 
emprenha muito fácil, ela quase não tem 
problema nenhum, é pequeno). 
Em resumo a pardo suíço é um animal de 
grande porte, alta rusticidade e precocidade, 
produz de 4500 – 6200 kg por lactação, a 
gordura varia de 3,5% a 4%, considerada de 
dupla aptidão com bons ganhos de peso, possui 
pele escura e solta, pele de cor cinza variando 
em tons. 
É uma raça que não vingou no Brasil, uma vez 
que ela é grande porte, consome muito 
alimento e produz menos leite que uma vaca 
holandesa. 
RAÇAS PURAS DE CLIMA TROPICAL 
São as raças que possuem o famoso cupim, 
raças zebuínas que vieram principalmente da 
região da índia para o brasil. São animais 
rústicos, vai para o pasto não morre, não pega 
carrapato e se pega não morre, se está fazendo 
muito calor, ela continua pastejando está se 
alimentando. 
É resistente a endo e ectoparasitas, mas tudo 
tem um preço: baixa produção de leite e a 
lactação é mais curta. Então aqueles 305 dias 
que a vaca precisa estar produzindo leite, 
dificilmente uma vaca zebuína irá conseguir, 
logo, você terá que secar essa vaca, terá que 
aplicar um antibiótico no teto dessa vaca para 
que ela fique seca e não fique com mastite, não 
apareça algum tipo de infecção. 
Essas raças tem menor produção de leite no 
pico de lactação e são mais férteis, uma vez que 
não está com a imunidade baixa e não produz 
muito leite, se não produz muito leite sobra 
nutrientes para a imunidade e para fertilidade 
(para a produção de hormônios relacionados a 
fertilidade). 
Em resumo, vacas de clima tropical são animais 
considerados mais rústicos e adaptados ao clima 
tropical, são resistentes a endoparasitas e 
ectoparasitas e ao clima. No entanto, menor 
produção de leite, lactação mais curta, menor 
produção no pico de leite e maior fertilidade. 
Quando a vaca produz muito leite ela tem mais 
dificuldade de emprenhar, uma vez que os 
hormônios vão para a produção de leite. 
GIR LEITEIRO 
A primeira coisa a ser observada é úbere, 
quando uma vai se observar uma vaca, olhe 
primeiro para o úbere. 
 
O úbere não possui um bom ligamento (esta 
caído), a teta é muito grossa, o que é prejudicial 
para a ordenha mecânica, uma vez que o 
tamanho da teteira é produzido tendo como 
referência a vaca holandesa. É uma vaca que 
precisa de estímulo para descer o leite, é preciso 
estar o bezerro perto dela ou aplicar o hormônio 
ocitocina. 
 
É uma vaca importante para produzir o 
girolando. Você vai em uma fazenda de Gir 
leiteiro puro, o objetivo da fazenda não é leite, 
geralmente é genética: Fêmea Gir e Macho 
Holandês. 
Existem mais de 34 padrões de pelagem, os tetos 
são cumpridos, a gente tem uma lactação de 
no máximo 290 dias, e produz de 1600L a 3600L 
de por lactação (isso tendo como base as 
melhores vacas). 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
 
Nesta imagem vemos um touro e duas fêmeas. 
Observando a cabeça é larga e vai afunilando, 
possui orelhas bem cumpridas e caídas, o chifre 
é virado para trás, cupim (que é a marca dos 
zebuínos), tetos muito grossos e sustentação não 
muito boa. O macho geralmente é sempre mais 
escurecido. 
Em resumo, é uma raça de porte médio, orelhas 
predominantemente de comprimento médio, 
pele preta ou escura com maior, conferindo 
maior resistência a incidência solar. Possui 34 
tipos de pelagem, tetos com comprimento de 5 
a 7 cm, produção variando de 1600 a 3600L de 
leite na lactação com gordura em torno de 4,5% 
e sua lactação dura menos (230 dias). 
*Possui um cupim (nos machos é mais 
proeminente) 
*Não existe fazenda de leite de Gir, as fazendas 
de Gir vende genética para fazer o Girolando. 
Geralmente a fêmea é Gir e o macho é 
holandês. 
GUZERÁ 
 
Dupla aptidão, possui chifres longos e curvados 
para cima, úbere muito pequeno de volume 
médio com tetos pequenos e médio. 2500L de 
leite na lactação, menor duração de lactação 
(280 dias) e há um maior intervalo entre partos. 
É um animal tardio, a idade ao primeiro parto é 
48 meses, já de uma holandesaé de 24 meses, 
de uma Jersey 22 meses, Girolando 30 meses. 
A Guzerá fica 4 anos na fazenda para parir e ela 
teria que ficar 20 anos na fazenda para se 
pagar. 
O pessoal utiliza para fazer o Guzolando. O 
girolando é melhor, as pessoas que usam o 
Guzerá por questão de gosto pessoal, similar a 
discussão de cavalos da raça Manga Larga e 
Criolo. 
SINDI 
Porte médio, vermelha, dupla aptidão, são super 
adaptados ao clima extremamente seco, é 
utilizada no Nordeste, pode faltar 3 dias de água 
e ela vai continuar produzindo. Ela vai produzir 
menos leite das outras, de forma geral, mas ela é 
muito pequena. 
CRUZAMENTO 
Cruzamento é diferente de mestiçagem. 
Quando eu vou acasalar uma fêmea e um 
macho, esse acasalamento pode se chamar 
cruzamento se uma das raças for pura. Caso 
nenhuma das raças seja pura, é chamado de 
mestiçagem. 
O objetivo é explorar a complementaridade das 
raças. 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
Toda vez que tem uma raça pura tem um ganho 
de heterose, por exemplo, eu vou cruzar uma 
vaca que potencial para 10L com um touro que 
tem potencial para 30 litros, cada um vai passar 
metade para a sua filha. A filha terá potencial 
para produzir 20L, heterose é quando ela não vai 
produzir 20L e sim 22L, então, heterose é quando 
eu trago um gene ali de um animal puro e eu 
tenho um ganho além daquele 
matematicamente calculado. Se eu tivesse 
animais mestiços, não teríamos heteroses. 
Na mestiçagem nos podemos ter animais 
refugos, que vão produzir menos que o 
esperado. 
Melhoramento genético: A filha vai ter uma 
produção melhor que as anteriores. Incorpora 
genes desejáveis na produção. 
 
Esse tipo é mais simples e o mais comum, é 
quando a gente que limpar e ligar a raça 
holandesa, até chegar um momento que eu 
tenho um animal 31/32 e que depois eu posso 
registrá-lo como puro por cruza na sucessão, ter 
um registro que vai valorizar mais ainda esse 
animal. Esse um cruzamento 
continuo/absorvente. 
Macete de cálculo de cruzamento 
contínuo/absorvente 
 
CRUZAMENTO SIMPLES 
Há o cruzamento de duas raças simples 
 
O exemplo clássico são as fazendas com vaca 
gir. Nasce F1 que é o girolando meio sangue, 
que é hoje um dos mais valorizados, os meio 
sangue as vezes sai mais caro que a holandesa. 
CRUZZAMENTO CONTÍNUO/ABSORVENTE 
Vai continuamente cruzando com uma raça 
pura até absorver as características da outra 
raça. Não busca a heterose, produz animais 
puros por cruza (PC). 
 
CRUZAMENTO ALTERNADO 
Vai alternando o cruzamento entre duas raças, 
hora vai ser, por exemplo, zebu e hora vai ser 
holandês. Tem como objetivo manter o grau de 
sangue próximo a ½. 
Quando a fazenda quer manter um meio 
sangue ela vai ter que fazer FIV (Fertilização em 
vitro). É mais fácil a vaca emprenhar com 
inseminação do que com FIV, então elas 
emprenham de forma mais tardia. As meio 
sangue dessa fazenda vão servir de barriga de 
aluguel (coloca-se um embrião de uma vaca 
meio sangue de outra fazenda e de um macho, 
essa FIV é feita da escolha de animais muito 
superiores e geneticamente muito bons). 
 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
Uma fazenda que trabalhar somente com meio 
sangue, ela tem as filhas meio sangue e o 
macho tem que ser meio sangue, vai nascer um 
meio sangue. Isso foi uma mestiçagem e não 
ganho de heterose. 
Não se encontra animal meio sangue para se 
comprar no catálogo, so se encontra ¾ e 5/8, 
logo, você terá que comprar esse meio sangue 
de alguém esse touro, você não vai saber a 
genética dele, o potencial de produção. Não é 
fácil trabalhar somente com meio sangue. 
CRUZAMENTO ALTERNADO TRIPLO 
É quando você começa a fazer uma bagunça 
com três raças, esse tipo de sistema é muito 
utilizado na Bahia por um pessoal da Nova 
Zeelandia para produzir um leite chamado 
leitíssimo, que é marca de gordura mais alta no 
leite e é só da fazenda e as vacas estão a pasto. 
 
 
GIROLANDO 
 
Temos o touro holandês e a vaca gir, nasceu um 
meio sangue. 
 
 O próximo acasalamento é novamente um 
touro holandês, nasce uma vaca ¾ HOL.
 
 Essa ¾ agora é acasalada com um touro 5/8 e 
nasce um 5/8H (por aproximação). 
 
 O símbolo ≅ significa aproximação. 
Quando eu fiz esse acasalamento eu fiz uma 
mestiçagem, eu posso ter anu encontro animais 
muito bons e muitos ruins. O mais comum é 
encontrar animais ¾ e 1/2. 
É o tipo de cruzamento mais comum, resultado 
do cruzamento de uma Gir (que geralmente é 
fêmea) com um touro Holandês. 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
• Raça Pura sintética (5/8): Potencia 
genética, máxima produção. Ele é 
responsável por 80% da produção do 
leite do Brasil. O ministério da agricultura, 
em 1996, resolveu oficializar a raça 
Girolando propriamente dita, em 5/8 de 
sangue holandês e 3/8 de Gir. 
 
As vacas mais azebuadas são mais resistentes a 
ectoparasitas e quanto mais holandês, o 
rebanho mais exigente em trato, mais susceptível 
a carrapato, mais sensível a calor, etc 
 
COMPOSIÇÃO DO LEITE 
 
Uma tabela comparando a composição de leite 
entre as raças, deu-se destaque a Jersey, a raça 
que tem mais proteína e mais gordura, e a 
holandesa, raça que tem menos proteína e 
menos gordura. Se a Jersey estiver em conforto 
térmico e tendo uma dieta adequada, ela 
chega até 5% de gordura. 
CARACTERÍSTICAS DE TIPO 
Quando se escolhe um touro no catálogo, pode-
se escolher um touro bom de tipo. Tipo são as 
características fenotípicas que serão transmitidas 
para as filhas. (abaixo há o padrão da 
sociedade de holandês, então este padrão só 
serve para holandês). 
PROFUNDIDADE DO CORPO 
 
A vaca que vai produzir mais leite é a mais 
profunda, vai caber mais comida no rúmen, 
retículo, omaso e abomaso, vai ter pulmões 
maiores para respirar e ter toda a ventilação 
necessária para produzir leite. Se ela for 
profunda demais é ruim, porque o úbere pode 
cair junto com o corpo. Então o ideal é nota 7. 
LARGURA DOS ÍSQUIOS 
 
O ideal é o largo (nota 9) por causa da 
facilidade de parto, então busca-se um touro 
que vai passar a capacidade para suas filhas de 
ter o ísquios largos, para que suas filhas tenham 
facilidade no parto. 
ÂNGULO DO CASCO 
 
Um ângulo muito baixo chamam-se de 
sapatado e um ângulo muito alto chamam-se 
de encastelado. O ideal pensando em 
longevidade é que o casco seja de 
intermediário a encastelado (nota 7). Quem dá 
essas notas é um técnico especializado da 
associação, que faz a avaliação do rebanho. 
INSERÇÃO DE ÚBERE 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
 
O ideal é um 9, bem inserido, caso contrário o 
úbere pode cair. 
ALTURA DO ÚBERE 
 
Pega-se um jarrete e faz-se uma linha até a 
vagina dessa vaca e úbere tem que estar acima 
dessa linha, quanto mais alto melhor (ideal 9), 
porque quer dizer que vai ter mais alvéolo e vai 
caber leite. 
PROFUNDIDADE DE ÚBERE 
 
Se pegar uma vaca muito velha, de 5-6 crias, vai 
estar diferente se pegar uma vaca de primeira 
segunda cria, então precisa-se entender o 
momento de fazer isso. Pode-se ter s avaliação 
da primípara e a de terceira lactação. Tem-se 
como referente a linha do jarrete, o ideal é 
quando a tenta da vaca esteja acima da linha 
do jarrete, mas não muito acima (porque se 
estiver o úbere é pequeno). Nota ideal: 5. 
LIGAMENTO SUSPENSÓRIO MEDIANO 
 
Você vê a vaca por trás e vai ter que ter um 
ligamento que sustenta, o que sustenta melhor é 
o máximo (nota 9). 
COLACAÇÃO DE TETOS 
 
Anteriores para fora é ruim na hora de colocar a 
tetera, quando a ordenha é robótica, o robô 
não identifica a teta, então essa vaca seria 
descartada. Quando as tentas anteriores são 
muito juntas também é ruim, porque as vezes um 
teto contaminado pode contaminar o outro, o 
ideal é que seja no meio e a associação coloca 
valores diferentes para o anterior e posterior, 
nota 6 e 5 respectivamente. Então ela quer que 
o anterior seja um pouco mais aberto,isso para o 
padrão da raça, de forma geral, tetas mais 
centralizadas. 
COMPRIMENTO DOS TETOS 
 
Teto muito curto, coloca a tetera não dá, teto 
muito longo coloca tetera pode até não cair, 
mas se tem o esfíncter do teto mais fraco, sem 
falar que é feio. Então o ideal é que seja de 5 
(de 5 a 7cm) 
CATÁLOGO DE TOUROS 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
 
Pegou-se o exemplo do AltaGOPRO assim que 
ele foi lançado. 
PRODUÇÃO DE LEITE 
 
Tem-se leite “+2.312”, significa que ele produz 
2,312 libras a mais do que a média americana. 
(A base americana é usada como referência). 
Hoje essa média americana está por volta de 
11.000L, se passar 2.300 libras para litros, vai dar 
+- 1500L. Então esse touro tem a capacidade de 
passar 13.000L em uma lactação. 
É um touro bom? É excelente. 
Vai-se acasalar com uma vaca do Brasil (2.000L), 
cada um vai passar metade (o touro vai passar 
6.750L e a vaca 1.000L), então a filha vai produzir 
7.750L. Você saiu de uma mãe que produzia 
2.000L para uma filha que pode produzir 4x mais. 
Para ela alcançar essa produção depende de 
vários fatores, alimentação, conforto térmico, 
dentre outros fatores. 
Nessa tabela há outra informação importante, 
que é o conf, de confiabilidade, que estão 80%, 
então, aquela informação da produção dele é 
80% confiável, então pode ser que aconteça 
80% das vezes e outras 20% ela pode ser menor 
ou maior. Este touro não tem nenhuma filha 
neste momento, porque com o avanço do 
genoma, hoje um tourinho nasce e já se faz o 
genoma dele, ou seja, não é necessário esperar 
ele chegar a fase adulta, emprenhar um 
momente de vaca, nascer as filhas, para ver que 
elas vão produzir. Houve um ganho de 7-10 anos. 
Depois que ele teve filhas e comprovou-se a 
produção, a confiabilidade passou para 95%. 
 
SAÚDE 
 
A vida produtiva da filha também pode ser 
observada, DPR (taxa de prenhez da filha), ali 
está levemente negativa, o que quer dizer que 
as filhas não irão se emprenhar tão fácil quando 
se compara com um touro de DPR positiva. 
Quando se avança nos estudos, você tem que 
esse valor é negativo, mas é quase zero e a 
herdabilidade é muito baixa, porque para você 
emprenhar uma vaca há muitos fatores, a 
genética interfere pouco. 
TIPO 
Deusa Martins – VET 436 
 
 
 
Você tem força, estatura, profundidade 
corporal, etc. Há várias características onde 
mostra que ele é um touro melhorador de tipo, 
porque a maioria das características estão 
positivas. Quando você observa o PTA tipo (que 
é uma combinação de todas as características) 
ele é um touro destaque. 
Obs: tudo que está em amarelo é porque ele é 
destaque em relação a outros touros. 
 
Aqui temos um touro que é 99% confiável porque 
ele já tem 3.791 filhas, filhas que viraram vacas e 
que oficialmente mensurou-se a produção delas. 
Este touro passa uma produção de leite menor 
que o outro.

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