Tectonica de Placas

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Tempo Profundo
Wilson Teixeira
A DANÇA GLOBAL DOS
 CONTINENTES E 
OCEANOS
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TECTÔNICA DE PLACAS
• Paradigma moderno das Geociências.
• O conceito explica questões que têm sido 
especuladas por séculos, tais como: 
o Porque e as erupções vulcânicas ocorrem em áreas 
específicas ao redor do mundo.
o Como e porque cadeias de montanhas gigantes, como 
os Alpes, os Himalaias e a Mesoatlântica, se formaram.
o Porque ocorrem terremotos e tsunamis em regiões 
preferenciais do planeta.
o A evolução da atmosfera e da vida ao longo do tempo 
geológico.
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A Terra é dinâmica
A Terra sólida: convecção no manto
induz movimentos das placas tectônicas
A Terra fluida: os oceanos, a atmosfera, movem-se devido ao 
rotação do planeta e à ação de agentes externos, como o 
Sol e a Lua. Assim se originam as marés, os ciclones e 
outros fenômenos superficiais
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Estrutura da Terra
Litosfera (rígida): 12 placas que se movem sobre a 
astenosfera. Os continentes encravados na litosfera 
migram junto com as placas em movimento
Sob os oceanos (80-100km);
Nos continentes (100-400 km).
Astenosfera (dúctil): fonte principal dos magmas. 
Domínio onde ocorrem as correntes de 
convecção.
Debate atual: tamanho das células convectivas (manto 
inteiro; manto superior vs. manto inferior; base do 
manto superior e fluxo ascendente estacionário).
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Teoria da Tectônica Global
Revolucionou as Geociências, do mesmo modo que a 
Seleção Natural modificou as Biociências e 
as Teorias da Relatividade e Gravitação Universal 
unificaram as leis físicas que governam o espaço, 
tempo, massa e movimento.
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EXPANSÃO DO
ASSOALHO 
OCEÂNICO
SUBDUCÇÃO
Processos 
fundamentais 
na evolução da 
Terra, 
induzidos pela 
convecção da 
matéria interna
“destruição e 
renovação”
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Continentes em movimento?
Em 1620 Francis Bacon mostrou o encaixe entre 
As linhas de costa da América do Sul e África. 
Foi o primeiro a levantar a hipótese de
que os continentes estiveram unidos no passado. 
A ciência é benéfíca para o Homem!
Fundador da ciência moderna: 
(metodologia científica e empirismo)
Final do século XIX: Eduard Suess (geólogo) 
postulou que o conjunto dos continentes meridionais 
atuais teriam formado um continente gigante 
no passado: Gondwana. 
1831-1914
1561-1626
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HISTÓRICO
TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL
Alfred Wegener cientista alemão (estudos de 
meteorologia, geofísica, astronomia etc.) : contornos 
similares dos continentes, em evidências 
paleontológicas e comparação de registros glaciais para 
propor (~ 1912), que os continentes estiveram outrora 
aglutinados em um megacontinente (Pangeia).
A Pangeia teria se 
quebrado em dois 
supercontinentes 
ao longo de 
milhões de anos 
até atingir a 
configuração atual: 
Gondwana 
(América do Sul, 
África, Índia, 
Austrália e 
Antártica) e 
Laurásia (América 
do Norte e Euro-
Ásia)
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Alfred Wegener e a revolução “coperniana”
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iiiiiii
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EVIDÊNCIAS DA TEORIA DA DERIVA 
CONTINENTAL 
Semelhança entre as 
costas da África e da
América do Sul.
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EVIDÊNCIAS PALEONTOLÓGICAS
Fósseis de répteis de águas rasas em rochas dos dois continentes:
tais animais não seriam capazes de terem cruzado o Atlântico!
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Evidências paleontológicas
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Glaciação
Permo-Carbonífera 
(360-250 Ma), na 
parte meridional.
Evidência da 
aglutinação 
continental no 
passado.
REGISTROS GLACIAIS EM ROCHAS DO HEMISFÉRIO 
SUL
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TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL (1915)
Alfred Wegener
Mecanismo proposto: os continentes (massas gigantes) “boiavam” 
sobre o mar e o movimento ocorreria por deslizamento sobre a 
água dos oceanos.
A Teoria foi chamada de “Geopoesia”, pois não explicava como as 
massas continentais se movimentavam, nem a razão de feições 
morfológicas (montanhas, vales) peculiares dos continentes.
Quais forças poderiam mover massas gigantes por grandes 
distâncias?
Importante: Naquela época não se conhecia as propriedades 
plásticas das rochas da astenosfera!
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HISTÓRICO (final de 1950) :
Ressurge a Teoria da Deriva Continental
Novas evidências a partir de dados e coletas de testemunhos
em expedições oceanográficas
Esses estudos permitiram 
conhecer a morfologia do 
fundo oceânico (por dados 
sísmicos).
Revelaram que o assoalho 
apresenta feições 
surpreendentes, tais como: 
cordilheiras submarinas 
imensgas e montanhas isoladas, 
vales alinhados, depressões 
topográficas profundas, falhas, 
etc.
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TOPOGRAFIA DA PLACA PACÍFICA
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FEIÇÃO MORFOLÓGICA MARCANTE DO ASSOALHO 
OCEÂNICO: 
Cordilheira Mesoceânica (Dorsal Oceânica) = Montanhas submarinas 
globais, vulcões, sismos, etc.
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OUTRAS SURPRESAS:
IDADES DAS ROCHAS DO ASSOALHO 
OCEÂNICO
As rochas do fundo oceânico são 
jovens e a maioria delas vulcânica! 
(idades < que 200 milhões de anos).
As idades das rochas em relação ao 
eixo das Dorsais aumentam 
simetricamente em relação ao eixo 
delas.
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MAIS EVIDÊNCIAS: ANOMALIAS MAGNÉTICAS 
(padrão zebrado simétrico; alternâncias magnéticas nas rochas)
~1950; magnetômetros adaptados para 
aviões. As anomalias magnéticas foram 
interpretadas como inversão de 
polaridades registradas nas rochas, ao se 
consolidarem. 
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HISTÓRICO (1960):
TEORIA DA EXPANSÃO DO ASSOALHO 
OCEÂNICOHess  teoria que evoluiu para a Tectônica de Placas. Ponto 
decisivo para o estabelecimento da teoria, com base no 
Paleomagnetismo de rochas do assoalho oceânico
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PLACAS E SUAS FEIÇÕES MAIORES
As placas se chocam (colidem) nos limites convergentes (1).
As placas se afastam nos limites divergentes (2) = dorsais mesoceânicas. 
As placas se tocam (deslizam) ao longo de limites conservativos (3): as falhas 
transformantes.
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ATIVIDADE TECTÔNICA RECICLA A CROSTA
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OS TRÊS TIPOS DE LIMITES CONVERGENTES
A. Destruição da crosta por 
colisão de placas. Sismos e 
tsunamis podem ocorrer.
B. Formação de fossas 
(depressões topográficas).
C. Produção de magmas (por 
fusão da placa) que invadem 
a crosta, edificando o relevo 
continental, ou da ilha 
oceânica.
D. Construção de cordilheiras 
de montanhas.
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Tempo total = 50 milhões de 
anos
Formação dos Himalaias
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2. LIMITE DIVERGENTE:
ZONA DE ORIGEM DAS ROCHAS NO MOSAICO ATUAL 
DAS PLACAS 
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2. LIMITE DIVERGENTE
2.1 DORSAL MESOCEÂNICA
(zonas onde há geração do assoalho oceânico)
2.2. RIFTS CONTINENTAIS 
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ATIVIDADE TECTÔNICA RECICLA A CROSTA
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O processo moderno de 
expansão do assoalho 
oceânico já separou a 
Arábia Saudita do 
resto do continente 
Africano, formando o 
Mar Vermelho. 
Uma ruptura tríplice 
ocorre onde o Mar 
Vermelho encontra o 
Golfo de Ádem. 
Presença da vulcanismo 
atual em função da 
ruptura incipiente do 
Leste Africano.
Ruptura continental do Leste 
Africano
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3. LIMITE CONSERVATIVO = FALHAS 
TRANSFORMANTES
Não há geração de crosta – as placas deslizam ao longo dessas falhas e 
ocorre quebra das rochas da litosfera com terremotos. 
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HOT SPOTS – PLUMAS TERMAIS ORIGINADAS
NO MANTO INFERIOR
J . Tuzo Wilson (1963) elaborou 
a teoria das plumas termais 
(hot spots).
Elas ocorrem abaixo das placas 
e são estacionárias. Promovem 
fluxo termal ascendente muito 
quente que alimenta o 
vulcanismo, enquanto a placa se 
desloca.
Os hot spots se originam em 
grandes profundidades do 
manto. 
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PLUMAS DO MANTO
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3. LIMITES CONSERVATIVOS
(ou transformantes)
As placas deslizam uma em relação à outra. Ex: Falha de San Andreas 
(Califórnia). Zonas de altorisco sísmico.
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TERREMOTOS 
(ASSOCIADOS À FALHA DE SAN ANDREAS)
1906, São Francisco, EUA.
1984, California
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DISTRIBUIÇÃO DE VULCÕES E SISMOS 
ACOMPANHA OS LIMITES DAS PLACAS
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A Terra Viva: evidência sísmica
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Sismos no 
Brasil
1700-2001
magnitudes 
> 3,0
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O PLANETA E A DISPOSIÇÃO ATUAL DAS 
PLACAS
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DINÂMICA DAS PLACAS
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PERMIANO 
248 milhões de anos
PERMIANO 
248 milhões de anos
TRIÁSSICO 
205 milhões de anos
JURÁSSICO 
142 milhões de anos
CRETÁCEO 
35 milhões de anos
ATUAL
SUPERCICLOS 
GEOLÓGICOS
DA PANGEIA 
AOS DIAS DE 
HOJE
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A DANÇA GLOBAL
 DOS CONTINENTES E OCEANOS
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TERRA E VIDA EVOLUEM JUNTAS
540-500 
milhões de anos atrás
250
milhões de anos atrás
180 
milhões de anos atrás
Fauna 
ediacarana
Trilobita
Lystrosaurous Cavalo
750 
milhões de anos atrás
750-550 
milhões de anos atrás
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A VIDA EVOLUI COM OS CICLOS CLIMÁTICOS
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Tomografia sísmica do Manto Terrestre (profundidade de 350 km). Coloração vermelha 
(falsa cor): rocha quente ascendente/ menos densa, comparativamente à rocha mais 
fria, estática ou descendente (coloração azul – falsa cor)
Tomografia sísmica (3D): 
detecção do fluxo do manto
(fluido muito denso e viscoso)
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Sistema de Posicionamento 
Global (GPS; 24 satélites): 
monitoração do movimento das 
placas
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Amásia, o futuro supercontinente (Nature, 9/02/2012)
A disposição dos grandes blocos da Terra será muito diferente no 
futuro (previsões de um novo estudo da Universidade Yale).
Daqui a cerca de 100 milhões de anos, a América do Sul vai cruzar 
a linha do equador e se fundir com a América do Norte, 
“fechando” o mar do Caribe e o oceano Ártico. 
Essa nova América unificada vai se juntar à Ásia perto do polo 
Norte e dar origem ao próximo supercontinente: a Amásia; a 
Austrália também vai migrar para o norte e encostar na Ásia. 
O próximo supercontinente: a Amásia.
O modelo foi defendido pelo geofísico Ross Mitchell (Yale), fundamentado no mecanismo responsável pela formação dos 
supercontinentes. Segundo análise de dados sobre o magnetismo de rochas geradas no passado remoto, um supercontinente se 
origina a intervalos de 300-500 milhões de anos numa região que forma um ângulo de aproximadamente 90°com o centro do 
supercontinente que o antecedeu (Pangeia). Se vier a existir mesmo, a Amásia será o sucessor do Pangeia. 
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	TECTÔNICA DE PLACAS
	A Terra é dinâmica
	Estrutura da Terra
	Teoria da Tectônica Global
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