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1 
 
 
PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO ...................................... ................................................................ 4 
 
1 DADOS DA INSTITUIÇÃO ............................ .......................................................... 6 
1.1 Mantenedora ..................................................................................................... 6 
1.2 Mantida ............................................................................................................. 6 
1.2.1 Breve histórico da IES .................................................................................... 6 
1.2.2 Missão ............................................................................................................ 9 
1.2.3 Princípios e objetivos da Instituição ............................................................... 9 
1.2.4 Dirigentes da FAPEPE ................................................................................... 9 
1.2.5 Responsabilidade sócio ambiental ............................................................... 10 
1.2.6 Inserção Regional – Presidente Prudente .................................................... 15 
1.2.7 Relevância social do curso para a cidade e região ...................................... 18 
 
2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................. ....................................... 22 
2.1 Organização Acadêmico-Administrativa ......................................................... 23 
2.2 Políticas Institucionais ..................................................................................... 24 
 
3 DO PROJETO PEDAGÓGICO ........................... ................................................... 27 
3.1 Características Gerais do Curso ..................................................................... 27 
3.2 Concepção do Curso ...................................................................................... 27 
3.2.1 A construção do curso de Serviço Social na FAPEPE ................................. 31 
3.3 Missão do Curso de Serviço Social ................................................................. 34 
3.4 Objetivo Geral e Específicos ........................................................................... 34 
3.5 Perfil dos Egressos ......................................................................................... 35 
3.6 Metodologia do Curso ..................................................................................... 37 
3.7 Bases Institucionais ........................................................................................ 38 
3.8 Flexibilidade Curricular .................................................................................... 41 
3.9 Matriz Curricular .............................................................................................. 42 
3.9.1 Integralização final ....................................................................................... 45 
3.10 Ementário e Bibliografia ................................................................................ 45 
3.11 Coerência Curricular ..................................................................................... 69 
3.11.1 Com os objetivos do curso ......................................................................... 69 
3.11.2 Com o perfil do egresso ............................................................................. 70 
3.11.3 Com às diretrizes curriculares nacionais .................................................... 71 
3.11.4 Adequação da Metodologia do Processo do Ensino e da Aprendizagem .. 71 
3.12 Sistemas de Avaliação .................................................................................. 72 
3.12.1 Ensino X Aprendizagem ............................................................................. 72 
3.12.2 Sistemas de auto avaliação do curso ......................................................... 74 
3.12.3 Avaliação institucional ................................................................................ 77 
3.12.4 Articulação da auto avaliação do curso com a auto avaliação institucional 79 
3.12.5 Ações decorrentes dos processos de avaliação ........................................ 80 
3.13 Atividades Acadêmicas Articuladas ao Ensino .............................................. 80 
3.13.1 Estágio supervisionado .............................................................................. 80 
3.13.2 Trabalho de conclusão de curso – TCC e outros Trabalhos Científicos .... 81 
3.13.3 Atividades complementares ....................................................................... 82 
3.14 Coordenação e Colegiado de Curso ............................................................. 83 
3.15 Núcleo Docente Estruturante - NDE ............................................................. 83 
3 
 
 
3.16 Apoio aos Discentes ..................................................................................... 84 
3.16.1 Pedagógico ................................................................................................ 84 
3.16.2 Nivelamento ............................................................................................... 84 
3.16.3 Monitorias e Iniciação Científica ................................................................. 85 
3.16.4 Revista “Saber Acadêmico”: publicação de trabalho de conclusão de curso 
e outros trabalhos científicos................................................................................. 86 
3.16.5 Participação de alunos em atividades de extensão ................................... 87 
3.16.6 Apoio psicológico e didático pedagógico ................................................... 88 
3.16.7 Apoio técnico-administrativo ...................................................................... 88 
3.16.8 Departamento de Comunicação Interna e Representação Estudantil ........ 89 
3.16.9 Acompanhamento de egressos .................................................................. 90 
3.16.10 Núcleo de Estágio Acadêmico Supervisionado ........................................ 90 
3.17 Atenção Docente ........................................................................................... 91 
3.17.1 Implementação das políticas de capacitação no âmbito do curso ............. 91 
 
4 INFRAESTRUTURA .................................. ............................................................ 92 
4.1 Institucional ..................................................................................................... 92 
4.2 Infraestrutura Planejada Para Pessoas com Deficência ................................. 93 
4.3 Biblioteca ......................................................................................................... 93 
4.4 FAPEPE Junior ............................................................................................... 94 
4.5 Recursos Audiovisuais .................................................................................... 94 
4.6 Laboratórios Específicos ................................................................................. 94 
4.7 Laboratórios de informática ............................................................................. 95 
 
ANEXOS ................................................................................................................... 96 
Anexo I - Regulamento do Estágio Supervisionado .............................................. 97 
Anexo II - Regulamento de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC ................. 109 
Anexo III – Regulamento de Atividades Complementares .................................. 115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O movimento histórico que se assiste na contemporaneidade, assinalado 
pelo processo de globalização e inovações tecnológicas, concomitantemente, o 
aumento de situaçõesde desigualdade social, exploração social, pobreza, etc., 
coloca novos desafios à educação, à função social do ensino superior e ao processo 
de socialização dos conhecimentos. 
O curso de Serviço Social da Faculdade de Presidente Prudente – 
FAPEPE, face às Políticas Sociais Públicas, às demandas sociais locais e regionais, 
tomando por horizonte a missão da faculdade, as características, o perfil dos 
ingressantes, sinaliza para um redimensionamento do ensino superior, cumprindo o 
papel de um agente de transformação social, pautado, principalmente, por princípios 
éticos. 
Diante disso, o Projeto Pedagógico é documento primordial para a 
construção de ações - a partir do tripé, ensino-pesquisa-extensão – para a 
consolidação dos objetivos do curso, visando uma formação profissional com 
qualidade. Nesse sentido, o Projeto Pedagógico cumpre uma função para além da 
formalidade, possibilitando uma reflexão, monitoramento e avaliação do processo 
acadêmico, formativo dos profissionais. 
A partir dessa premissa, o curso de Serviço Social da FAPEPE oferece 
aos alunos uma formação profissional pautada na competência teórico-
metodológica, ético-política e técnico-operativa, tornando-os aptos à inserção no 
mercado de trabalho. 
O curso de Serviço Social da FAPEPE tem como diretriz o processo de 
construção e consolidação do projeto ético-político do assistente social, 
vislumbrando a formação de um profissional generalista, crítico e comprometido com 
os princípios e valores dessa profissão. 
O profissional que se pretende graduar deve estar apto às demandas 
sociais postas à profissão. Dessa forma, a re-elaboração do Projeto Pedagógico do 
curso de Serviço Social, visa a inclusão de disciplinas, ementas, perfil do 
ingressante, atendendo à Resolução CNE/CES nº 15, de 13 de Março de 2002, que 
estabelece as Diretrizes Curriculares para os cursos de Serviço Social. 
Com base nas considerações acima, o Projeto Pedagógico do curso de 
Serviço Social da FAPEPE é concebido a partir das características dos alunos e das 
5 
 
 
demandas sociais local e regional. Portanto, o presente Projeto Pedagógico deve ser 
apreendido como o começo de uma jornada, que deverá ser refletida, estudada a 
partir do movimento sócio histórico, num processo de (re)construção. 
Cabe ao NDE – Núcleo Docente Estruturante do Curso de Serviço Social 
da FAPEPE a tarefa de acompanhar/monitorar a implementação e o 
desenvolvimento deste Projeto Pedagógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1 DADOS DA INSTITUIÇÃO 
 
1.1 Mantenedora 
 
A Faculdade de Presidente Prudente – FAPEPE, é mantida pelo Instituto 
Educacional do Estado de São Paulo – IESP, com sede na Rua Conselheiro 
Crispiniano, 116 – complemento 120/124 – Centro, São Paulo-SP, inscrito no 
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ sob n° 63.083.869/0001-67, 
registrado no 1º Cartório Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de 
Pessoa Jurídica. 
O Instituto Educacional do Estado de São Paulo - IESP foi fundado em 
20/09/1969, assumiu a mantenedora da Faculdade de Presidente Prudente em 
16/11/2009, por meio do processo de transferência de mantença autorizado pela 
Portaria nº 1.620 de 13 de novembro de 2009. 
Presidente: José Fernando Pinto da Costa 
Vice-Presidente: Cláudia Aparecida Pereira 
 
1.2 Mantida 
 
1.2.1 Breve histórico da IES 
 
A FAPEPE – Faculdade de Presidente Prudente (Figura 1) é uma 
Instituição Isolada Particular de Ensino Superior, com sede e dependências 
administrativas à Avenida Presidente Prudente, n° 6093 – Jardim Aeroporto. Fone: 
(18) 3918-4700, CEP 19053-210, Presidente Prudente/SP. 
A IES foi criada em 08 de maio de 2000. Nasceu da iniciativa de contribuir 
para a formação de profissionais e especialistas nas diferentes áreas de 
conhecimento, oferecendo cursos com diferencial que agreguem dinâmica ao 
mercado de trabalho e atendam às necessidades da sociedade, iniciando suas 
atividades com o curso de MBA Executivo, em outubro de 2000, sob a coordenação 
do Prof. Dr. Takeshy Tachizawa (USP). 
Em maio de 2001 foi autorizada a Faculdade de Presidente Prudente - 
FAPEPE, criada para proporcionar a formação profissional com atendimento às 
7 
 
 
demandas do mercado de trabalho, objetivando um conjunto de princípios em 
direção à qualidade do ensino superior. 
 
Figura 1 - FAPEPE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Arquivo próprio (2012) 
 
A Faculdade de Presidente Prudente foi credenciada pela Portaria nº 911 
(17/05/2001, publicada no DOU em 21/05/2001) e recredenciada pela Portaria nº 
359 (05/004/2012, publicada no DOU em 10/04/2012). 
Da sua criação até os dias atuais oferece à comunidade de Presidente 
Prudente e região os cursos de: 
 
CURSO SITUAÇÃO 
Administração Reconhecido 
Ciências Biológicas Autorizado 
Ciências Contábeis Reconhecido 
8 
 
Comunicação Social – Jornalismo Reconhecido 
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda Reconhecido 
Design de Moda Reconhecido 
Direito Reconhecido 
Educação Física Reconhecido 
Enfermagem Autorizado 
Engenharia Ambiental e Sanitária Autorizado 
Engenharia Civil Autorizado 
Engenharia de Produção Autorizado 
Física Autorizado 
Letras Reconhecido 
Matemática Autorizado 
Pedagogia Reconhecido 
Química Autorizado 
Secretariado Executivo Reconhecido 
Serviço Social Reconhecido 
Sistemas de Informação Reconhecido 
Turismo Reconhecido 
 
Oferece ainda à comunidade acadêmica, os Núcleos de Apoio: 
 
NUCLEOS DE APOIO 
Pesquisa e Extensão 
Didático Pedagógico 
Psicológico 
Prática Jurídica 
Projetos e Pesquisas Ambientais 
Empresa Junior 
Revista “Saber Acadêmico” 
Estágio e Atividades Complementares 
Representação Estudantil 
 
 
9 
 
 
1.2.2 Missão 
 
“Formar profissionais, objetivando a inserção social, com valores e 
princípios éticos, senso de justiça e igualdade, capazes de exercer a cidadania em 
sua plenitude”. 
 
1.2.3 Princípios e objetivos da Instituição 
 
A Faculdade de Presidente Prudente estabeleceu quatro grandes 
objetivos relacionados à Instituição, ao Corpo Docente, ao Corpo Discente e à 
Comunidade, para o cumprimento de sua missão: 
- Instituição: Proporcionar o desenvolvimento sustentável da instituição 
através de um sistema de ensino competitivo, planejando, 
coordenando, acompanhando e avaliando suas ações administrativas 
e pedagógicas. 
- Docentes: Investir na qualificação do corpo docente, através de uma 
política de recursos humanos que garanta o seu aprimoramento 
contínuo e sua satisfação profissional. 
- Discentes: Oferecer aos alunos um ensino de qualidade garantindo-
lhes a sua inserção na sociedade, profissional e culturalmente. 
- Comunidade: Fortalecer a política sócio educacional voltada ao 
contínuo relacionamento da instituição para com a sociedade. 
 
1.2.4 Dirigentes da FAPEPE 
 
DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL 
Diretoria Geral Maria Helena de Carvalho e Silva Bueno 
Assistente de Diretoria Lizete Vara de Aquino Servantes 
Pesquisadora Institucional Fabiana Alessandra Sueko Tsunoda 
Secretaria Acadêmica Dayara Cristina Bobatto Demarchi 
Tesouraria Junior Cesar Silva 
Projetos Sociais Daniele Cano das Neves 
Biblioteca Silvia Cristiane de Paiva 
10 
 
Informática Rodrigo Ferreira Capistano 
Comunicação Lilian Regina Moreira Gualda 
Recursos Humanos Rosangela Aparecida Coelho de Oliveira 
Apoio Coordenadores Ana Lucia Ávila Augusto 
 
1.2.5 Responsabilidade sócio ambiental 
 
A FAPEPE considera o ensino superior como o grande responsável pela 
construção do conhecimento, que incita a crítica da realidade e que, 
consequentemente, por despertar o aluno para os problemas da sociedade o 
incentiva ao exercício da cidadania. Portanto, não só preparar o acadêmico para o 
exercício profissional, mas para a formação de um cidadão atuante em todos os 
âmbitos da sociedade. 
Sem perder de vistaos objetivos que norteiam a formação de 
profissionais cidadãos, a linha metodológica da Instituição procura formar 
profissionais capazes do exercício pleno de todas as atribuições que lhe são 
conferidas pela legislação e pela própria evolução social e tecnológica. 
O profissional, que se pretende graduar, deverá ser imbuído de 
capacidade e iniciativa de buscar soluções inovadoras, estar aberto a mudanças, 
sendo articulador e líder dos ambientes em que atuará, participando e auxiliando na 
tomada de decisões. Para isso, precisa estar apto ao ato de comunicar, possuir 
aptidão analítica e numérica, possuir comportamento equilibrado, alto senso crítico e 
ético, e atenção e disponibilidade para ações de responsabilidade social. 
Nesse sentido, além da formação profissional, a IES, desde 2006 
complementa dentro de sua área de atuação de responsabilidade social o campo da 
responsabilidade ambiental, como um conjunto de atitudes da Instituição e de seus 
alunos, voltado para o desenvolvimento sustentável do planeta. Ou seja, estas 
atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do 
meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a 
sustentabilidade. 
Para isso implantou o projeto de Revitalização Ambiental do Córrego do 
Cedro, onde para cada aluno da Faculdade é plantada uma árvore para cada ano de 
sua vida acadêmica, nas áreas verdes compreendidas pela bacia hidrográfica onde 
se encontra a FAPEPE. 
11 
 
 
Criou ainda, uma parceria com a COOPERLIX – Cooperativa de 
Reciclagem de Presidente Prudente visando à reciclagem de lixo (resíduos sólidos). 
Implantou-se também a campanha intitulada de “Não jogue óleo de 
cozinha no sistema de esgoto” coletando dos alunos e encaminhando este material 
para a reciclagem. 
A IES segue o preceito de nunca adotar ações que possam provocar 
danos ao meio ambiente como, por exemplo, poluição de rios e desmatamento em 
sua área de atuação a nível regional. Objetivando com sua conduta ambiental 
sensibilizar seus discentes, docentes e comunidade em geral à preservação 
ambiental. 
Isto posto, a FAPEPE proporciona ao aluno a oportunidade de exercer a 
plena cidadania, contribuindo com sua parcela de esforço para a solução dos 
problemas sociais e ambientais da comunidade na qual está inserida. 
Ciente que as instituições são por excelência o veículo natural de 
disseminação de responsabilidade social, pois são as responsáveis pela formação 
do cidadão, a Faculdade de Presidente Prudente proporciona aos jovens carentes a 
possibilidade de ingresso ao ensino superior, e para tanto ao longo da sua existência 
firmou parcerias Órgãos Governamentais, Instituições e com a UNIESP SOLIDÁRIA, 
através da qual oferece à comunidade projetos sociais, programas facilitadores para 
o acesso de jovens e adultos carentes no Ensino Superior, concedendo bolsas de 
estudos de até 100%. 
A UNIESP SOLIDARIA é uma instituição, filantrópica, de cunho social e 
educacional, constituída em 1999 e que é consciente de que o fator embrionário da 
pobreza, da exclusão social e da criminalidade se encontra na falta ou escassez da 
educação. 
Acreditando que, em Responsabilidade social, na área educacional, não 
pode existir doação e sim reciprocidade, a Faculdade exige dos alunos 
contemplados bom desempenho acadêmico e contrapartida social através da 
prestação de serviços em creches, asilos, hospitais, associação de produtores 
rurais, escolas municipais e estaduais e Instituições beneficentes. 
Dentro dos Projetos Sociais da UNIESP Solidaria firmou convênios com 
prefeituras, sindicatos, empresas, associações, fundações, cooperativas, entre 
outras. 
12 
 
Para os mais de 150 parceiros, os convênios promovem a valorização do 
funcionário associado por proporcionar um elemento facilitador para ingresso no 
ensino superior. Além disso, esse incentivo acarreta na melhoria da motivação do 
funcionário, e, consequentemente, no aumento da produtividade. Com isso, este 
passa a aplicar o conhecimento adquirido na faculdade em seu dia-dia, o que pode 
representar um trabalho de maior qualidade, visto que há um maior conhecimento. 
Nesse sentido, apresentamos uma síntese dos Projetos Sociais, e ainda 
as parcerias com os Governos Federais e Estaduais. 
 
FAPEPE E UNIESP SOLIDÁRIA 
 
 A UNIESP Solidária, instituição filantrópica constituída em 1999 e de 
cunho social e educacional, é consciente de que o fator embrionário 
da pobreza, da exclusão social e da criminalidade encontra-se na falta 
ou na escassez da Educação, único meio de evolução intelectual, social, cultural e 
social do indivíduo, do cidadão e do profissional que coabita o ser humano. 
 A Educação gera qualificação para o mercado de trabalho, que gera 
desenvolvimento, que promove a melhoria na qualidade de vida. Tudo isso 
possibilitará às novas gerações habitar um espaço, uma cidade, um País e um 
planeta muito melhores. 
 Com a missão de oferecer Ensino Superior de qualidade a todas as 
classes sociais, principalmente às classes populares, promovemos a inclusão por 
intermédio da oferta de programas de bolsas resultantes de Projetos Sociais 
próprios e de parcerias com empresas, órgãos públicos, organizações e com os 
Governos Federal, Estadual e Municipal. Há anos, a UNIESP Solidária vem 
realizando o sonho de muitas pessoas de cursar uma faculdade e mudar a sua vida 
e a de sua comunidade. 
 Desde sua fundação, a UNIESP Solidária tem proporcionado à 
população, por meio das instituições parceiras, ações sociais como instrumentos de 
apoio às iniciativas de promoção do desenvolvimento social e econômico, o que 
consequentemente elevará o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). 
 Por meio de tais projetos, milhares de jovens foram inseridos no ensino 
superior e no tão nobre serviço voluntário, e muitos outros, das escolas estaduais e 
municipais, melhoraram o desempenho nos estudos, reduzindo o índice de 
13 
 
 
repetência e ampliando o índice de frequência. Com isso, contribuíram para a 
diminuição da violência e promoveram a integração da comunidade na participação 
dos eventos culturais, educacionais e lazer. 
 Com o objetivo de inserir um número maior de jovens no ensino superior, 
capacitando-os para o Mercado de Trabalho e os transformando em cidadãos, a 
 UNIESP Solidária – que hoje já pode comemorar a chegada de mais de 20 mil 
alunos economicamente desfavorecidos ao Ensino Superior – lança este guia de 
informações para que muitos outros jovens e instituições também possam ser 
beneficiados por estes projetos. 
 
INSTITUIÇÕES PARCERIAS 
 
ASSOCIAÇÕES 
AAFC Associação dos Aposentados da Fundação Cesp 
ACCIP Associação Comercial e Industrial de Presidente Prudente 
AFITESP Associação dos Funcionários do Instituto de Terras do Estado de São Paulo 
AFPESP Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo 
AMVET Associação dos Médicos Veterinários de Presidente Prudente e Região 
ACIASA Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Santo Anastácio 
ARSEF Associação Regional dos Servidores da Polícia Federal do Oeste Paulista 
ASSPM Associação dos Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar do Estado de São Paulo; 
ATEFFA 
Associação dos Técnicos de Fiscalização Federal Agropecuária do Estado de São 
Paulo; 
AVIESP 
Associação das Agências de Viagens Independentes do Interior do Estado de São 
Paulo; 
CORREIOS Associação Recreativa Funcionários etc. Interior Estado de São Paulo 
CPP Centro do Professorado Paulista de Presidente Prudente 
 
CLUBE DE SERVIÇOS 
Rotary Clube de Martinópolis 
Rotary Clube de Presidente Prudente Leste 
Rotary Clube de Presidente Prudente Sudoeste 
 
COOPERATIVAS 
COOPERTE
L 
Cooperativa de Economia e Crédito Mútuos dos Empregados do grupo Telefônica 
COOPMIL 
Cooperativa de Economia e Créditos Mútuo dos Policiais Militares e Servidores da 
Secretaria dos Negócios da Segurança Pública do Estado de SãoPaulo 
 
EMPRESAS 
Andorinha Cargas Bebidas Wilson 
14 
 
Casas Pernambucanas Fraternidade São Damião 
Grupo Rede Energia Grupo Segurança 
Jandaia Transporte e Turismo Rosa Cruz Presidente Prudente 
Regina Festas SEST-SENAT 
UNIMED X X X X X 
 
ENTIDADES 
GOSP Grande Oriente Loja Maçônica do Estado de São Paulo 
VICENTINOS Sociedade São Vicente de Paula de Presidente Prudente 
 
FUNDAÇÕES 
Fundação Mirim 
Fundação Mirim de Desenvolvimento Social, Educacional e Profissional 
do Adolescente de Presidente Prudente 
FUNDAP Fundação de Desenvolvimento Administrativo 
 
HOSPITAL 
Hospital Yamada 
 
IGREJAS 
Assembléia de Deus Igreja Batista no Mario Amato 
Igreja Cristã Presbiteriana X X X X X X 
 
ÓRGÃOS PÚBLICOS 
DER - 12° Divisão do Estado de São Paulo 
UNSP - União Nacional dos Servidores Públicos 
do Brasil 
Aeronáutica Marinha do Brasil 
Polícia Civil Polícia Federal 
Polícia Militar X X X X X 
 
PREFEITURAS 
Alfredo Marcondes Álvares Machado 
Alvorada do Sul Anhumas 
Bataguassu Caiabú 
Centenário do Sul Emilianópolis 
Estrela do Norte Euclides da Cunha 
Iepê Indiana 
João Ramalho Marabá Paulista 
Martinópolis Mirante do Paranapanema 
Nantes Narandiba 
Piacatu Piquerobi 
Pirapozinho Presidente Bernardes 
Presidente Prudente Presidente Venceslau 
Rancharia Regente Feijó 
Ribeirão dos Índios Sandovalina 
15 
 
 
Santo Anastácio Santo Expedito 
Santo Inácio Taciba 
Tarabai Teodoro Sampaio 
 
1.2.6 Inserção Regional – Presidente Prudente 
 
Presidente Prudente é a cidade que abriga o Campus da FAPEPE – 
Faculdade de Presidente Prudente, e localiza-se no Estado de São Paulo, um dos 
mais industrializados da região Sudeste do Brasil. 
A população de Presidente Prudente, segundo o Censo 2010 do 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, é de 207.605 habitantes. A 
taxa de alfabetização é de 80,81% e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-
M) é de 0,846, Dessa forma, Presidente Prudente possui o IDH – Ranking dos 
Municípios: 14º lugar (PNUD, 2000). 
A região administrativa de Presidente Prudente é composta por 53 
municípios que corresponde a 8,22% dos municípios do Estado de São Paulo. 
Segundo da Fundação Seade (2010), a população total dos municípios da região 
de Presidente Prudente é de 833.120 habitantes. Os municípios que compõem a 
região e as características destes podem ser visualizados no mapa e na tabela 
abaixo: 
 
Figura 2 - Municípios que compõem a região de Presi dente Prudente – SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Fundação SEADE, Informações dos Municípios Paulistas. 
16 
 
 
Figura 3 - Características da região de Presidente Prudente - SP. 
 
Variáveis 
RA de Presidente 
Prudente 
Estado de São Paulo % 
Municípios 53 645 8,22 
População (2010) 833.120 41.223.683 2,02 
PIB (2010) (R$ milhões) 14.340,18 1.247.595,93 1,15 
PIB (per capita) 17.212,62 30.264,06 - 
IPRS - dimensão de riqueza (2010) 34 45 - 
IPRS - dimensão de escolaridade (2010) 52 69 - 
IPRS - dimensão de longevidade (2010) 69 48 - 
Fonte: Fundação SEADE, Informações dos Municípios Paulistas. 
 
Traçando as características socioeconômicas da região, é possível 
observar que a região administrativa de Presidente Prudente conta com 1.561 
estabelecimentos industriais (Fundação Seade, 2010), gerando um total de 
42.212 vínculos empregatícios na indústria e um total de 178.398 vínculos 
empregatício entre os trabalhadores da agropecuária, serviços, funcionários 
públicos municipais, entre outros. Ou seja, considerando a população idosa, 
crianças, adolescentes, enfermos, a população em idade ativa que não consta no 
total de pessoas com vínculo empregatício na região de Presidente Prudente, 
estão desempregados e/ou no trabalho informal. 
Presidente Prudente é o maior e mais desenvolvido município da 
região, a dependência dos municípios próximos sobrecarrega os serviços 
ofertados recebendo uma demanda muito maior do que sua capacidade de 
atendimento, especialmente nos serviços de saúde. 
Atrelado a essas situações, outro fator que contribui para o contexto 
socioeconômico da região, é a ocorrência da região abrigar cerca de quarenta 
unidades Prisionais da Coordenadoria da Região Oeste - conforme dados da 
Secretaria Estadual da Administração Penitenciária - entre presídios de 
segurança máxima, centros de ressocialização e regime semiaberto. 
Concomitante a esta situação, verifica-se a migração das famílias dos 
sentenciados para o local onde estes se encontram, modificando o cenário social 
local. 
17 
 
 
Diante deste cenário foram desenvolvidos por docentes e discentes do 
curso de Serviço Social dois projetos de pesquisa e extensão universitária: 1) 
“Descortinando a realidade do egresso e família na expectativa da reinserção 
social pelo trabalho”, realizado em parceria com a Central de Atenção ao Egresso 
e Família – CAEFI de Presidente Prudente, com intuito de analisar a efetivação do 
objetivo do Programa Estadual Pró-Egresso; 2) “Acompanhando o prestador”, 
este em parceria com a Central de Penas e Medidas Alternativas de Presidente 
Prudente, com o objetivo de conhecer a realidade vivenciada pelos prestadores 
de serviços a comunidade e as dificuldades enfrentadas no percurso da pena. 
Em relação aos dados sociais do município e região, segundo a 
Secretaria da Assistência Social de Presidente Prudente, o município atende 
15.000 crianças e adolescentes, através dos projetos sociais desenvolvidos; e, 
6.000 famílias são contempladas pelos programas de transferência de renda. O 
município conta ainda com a colaboração da UNESP (Universidade do Estado de 
São Paulo) que, em 2002, elaborou o mapa da exclusão social no município, que 
tem sido atualizado sistematicamente e utilizado na área social, identificando 
cinco bolsões de pobreza, caracterizados por uma população de baixa renda e 
escolaridade dos chefes de família; ainda, ausência de trabalho e a maioria 
mulheres chefes de família. Hoje estas mesmas regiões compõem os territórios 
de alta vulnerabilidade social, concentrando as famílias beneficiárias do Programa 
Bolsa Família. 
Outro fator de extrema relevância social é que nesta região, o chamado 
Pontal do Paranapanema, abriga situações de conflito agrário, segundo dados da 
Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo – Itesp, entre 2007 e 2008, 
o Itesp investiu mais de R$ 5 milhões no Pontal do Paranapanema. Atualmente a 
região possui 91 assentamentos estaduais distribuídos em 13 municípios, que 
contemplam diretamente mais de 5,5 mil famílias. Podendo concluir que a região 
abriga problemas latifundiários, que culminam em conflitos agrários, e na falta de 
investimentos econômicos na região. 
Uma das possíveis soluções para os problemas sociais citados acima é 
o investimento em educação. Pois, a educação desperta a criança e o jovem para 
o conhecimento, para o estudo, para o trabalho, desenvolvendo valores pessoais 
e sociais. Ocupados em desenvolver suas atividades escolares, ou até mesmo 
em atividades extraclasses, muitas delas oferecidas nas próprias escolas, como 
18 
 
cursos de línguas, artes, xadrez, atividades físicas, entre outros, o aluno ocupa o 
tempo que tem disponível afastando-se dos apelos das ruas, como drogas, álcool 
e a ilusão do “dinheiro fácil”. A educação desenvolve os valores pessoais e 
sociais do aluno e o conscientiza da sua atuação na sociedade como cidadão, 
com base na honestidade, dignidade e respeito ao próximo. 
Dados sobre a educação em Presidente Prudente, de acordo com os 
dados mais atuais disponíveis no IBGE (2009) revela que, o município conta com 
27.660 alunos matriculados no ensino fundamental, sendo 5.838 matriculados na 
rede privada, 10.901 na rede pública estadual e 19.941 na rede pública municipal. 
No ensino médio são 9.105 alunos matriculados, destes 1.685 nas escolas 
privadas e 7.420 nas escolas estaduais. Já na pré-escola são 3.854 alunos 
matriculados,sendo 1.270 na rede privada e 2.584 na rede pública municipal. 
Sendo assim, para atender essa grande demanda, considerando a educação a 
base para o desenvolvimento social e econômico do nosso país, a FAPEPE 
tornou-se um referencial no atendimento de uma população de baixa renda da 
cidade e região. 
A Instituição sente-se no dever de contribuir para a promoção do 
desenvolvimento social, local e regional, abrindo oportunidades para que os jovens 
deem sequência a seus estudos na área profissional, através da manutenção de 
cursos superiores que visam o progresso cultural e social de Presidente Prudente e 
região, e para aqueles que comprovem baixa renda, concede “bolsas de estudos” ou 
outras formas assistenciais, aprovados por sua administração. 
A Faculdade de Presidente Prudente – FAPEPE é, certamente, uma das 
instituições privadas do país que mais contribui para a inserção do estudante de 
baixa renda no ensino superior, pois oferece ao alunado amplas condições de 
obtenção de bolsas de estudos (do Governo, de Entidades Privadas e até mesmo da 
própria Instituição), assim como descontos que minimizam o impacto do custo das 
despesas com educação no orçamento doméstico, oferece ainda programa de 
Financiamento próprio e do Governo Federal. 
 
1.2.7 Relevância social do curso para a cidade e re gião 
 
19 
 
 
O estágio atual de desenvolvimento das forças produtivas e o 
consequente aumento na utilização de máquinas e robôs na geração de bens e 
serviços apontam para uma redução da participação do trabalho humano. 
Esse processo gera uma contradição crescente. Em nenhuma época, a 
espécie humana foi capaz de produzir tanta riqueza, e ao mesmo tempo provocar 
tanta exclusão; a apropriação da riqueza socialmente produzida está cada vez mais 
concentrada, resultando no agravamento constante das mazelas da questão social. 
Sendo assim, a cidade de Presidente Prudente e a região na qual está 
inserida, defronta-se com expressões da questão social intimamente articulados com 
contexto sócio histórico mais amplo, que pode ser percebida em âmbito nacional e 
mundial, tornando-se um desafio, portanto, o enfrentamento à situações sociais 
provocadas por essa realidade social. 
Dados mostram algumas características da região, conforme apontado 
anteriormente, segundo a Fundação Seade (2010) que não consta no total de 
pessoas com vínculo empregatício na região de Presidente Prudente - estão 
desempregados e/ou no trabalho informal, uma vez que a região possui região 
806.954 habitantes (IBGE, 2010). 
De acordo com a tabela apresentada em momento anterior, a Região 
Administrativa de Presidente Prudente, em comparação com outras regiões de 
porte semelhante desta região, possui baixa participação no PIB do estado de 
São Paulo, ou seja, não acompanhando o desenvolvimento econômico possível 
de ser assistido nas demais regionais do Estado. 
Observa-se, também, que a região administrativa de Presidente 
Prudente é formada, em sua grande maioria, por municípios, portanto, são 
municípios que não possuem uma ampla rede de serviços. 
Em vista disso, conceber um novo curso é um grande desafio para a 
Instituição que o propõe. O curso de Serviço Social da FAPEPE nasceu inicialmente 
da experiência singular da instituição com os discentes, docentes, direção e grupo 
de profissionais que colaboram com os projetos sociais que atendem os alunos e a 
população da cidade e região. 
À medida que a FAPEPE passou a desenvolver seu objetivo educacional 
na região, com responsabilidade e compromisso social, iniciou um processo de 
aproximação com a realidade social do município e região. 
Durante este curto período de funcionamento, desde maio de 2001, o 
20 
 
processo de sensibilização da instituição em relação aos problemas locais e 
regionais se ampliaram. 
As expressões da questão social que envolve o município de Presidente 
Prudente e região são complexas, sua compreensão requer adentrar aos aspectos 
da formação histórica e ocupacional da região. As situações locais são focos de 
discussão em nível nacional. 
As mazelas da questão social vem agravar as dificuldades específicas da 
cidade de Presidente Prudente e região, com formação econômica agrícola e cultura 
rural, já que as dificuldades econômicas e sociais buscam alternativas que carregam 
em si suas contradições. Significa dizer que as propostas de desenvolvimento 
econômico da região estão na expansão da indústria da cana-de-açúcar e na 
implantação de várias unidades prisionais que foram e são fortalecidas pelo poder 
público local. Por outro lado, esta opção para o desenvolvimento local vem sendo 
assimilada nos projetos já implementados pela Faculdade de Presidente Prudente, 
mostrando que o grande número de sentenciados cumprindo pena nas unidades 
prisionais da cidade e região provoca o afluxo das respectivas famílias, vindas de 
outras regiões, a maioria de São Paulo - Capital. Essas famílias chegam à 
Presidente Prudente e região em condição precária, sem moradia, sem trabalho e 
em sua maioria, com crianças em fase escolar. 
Outra questão preocupante refere-se aos assentamentos e 
acampamentos do Movimento dos Sem-Terra (MST), no Estado de São Paulo, 
problema que envolve as políticas públicas do estado e da União. São inúmeras 
famílias, com crianças, adolescentes e idosos sediados nos bairros periféricos e/ou 
na zona rural do município, em situação precária, aguardando decisões do Estado. A 
estas duas questões, soma-se o trabalho sazonal do cortador de cana, que assim 
como as outras famílias citadas vivem na dependência dos serviços públicos em 
condição de pobreza, nos períodos em que não há trabalho. 
Todas estas questões repercutem no cotidiano do município, 
desencadeando novas demandas sociais. Neste sentido, o município terá que 
buscar meios para ampliar recursos financeiros e humanos, reorganizar sua 
estrutura de atendimento, levantar dados sobre a realidade social e ampliar o fórum 
de discussão sobre a questão social específica do município e região, junto ao 
governo do Estado de São Paulo, propondo políticas e ações de caráter econômico 
e social adequadas às demandas emergentes. 
21 
 
 
Todas estas questões indicam que o curso de graduação em Serviço 
Social da Faculdade de Presidente Prudente contribui de forma efetiva em vários 
aspectos locais, regionais e nacionais, a saber: 
- A formação profissional do Assistente Social com caráter amplo e 
pluralista possibilitando apreensão crítica da realidade social em seu 
processo histórico, econômico e cultural; 
- O caráter interventivo da profissão possibilita ao profissional atuar 
junto à população, em várias dimensões e níveis, dentre elas na 
participação ampla nas políticas sociais; 
- A postura investigativa tem campo fértil na produção científica sobre a 
questão social da região, contribuindo com a produção do 
conhecimento, não só a nível local e regional, mas também a nível 
nacional; 
- A ampla discussão que envolve o problema social da região 
possibilitará a diferentes áreas do conhecimento contribuir com 
reflexões de caráter interdisciplinar; 
- Há grande possibilidade de identificar nesta região, novas demandas 
sociais, a serem enfrentadas pelo Serviço Social, que necessitarão de 
respostas de profissionais competentes, calcadas em conhecimento 
teórico, metodológico, técnico, ético e político; 
- É de suma importância à participação do Assistente Social, nesta 
região, que constitui parte empobrecida do Estado de São Paulo, 
considerando o novo processo de formação da identidade local e 
regional, apoiados nos novos direcionamentos políticos e econômicos 
da região e do Estado. 
Considerando a dimensão da questão social, a necessidade de propostas 
na área de conhecimento do Serviço Social, o aumento de demandas para essa 
formação, foi de suma importância à criação do curso de graduação em Serviço 
Social na Faculdade dePresidente Prudente. Através da implementação do curso 
abriu-se um leque para a discussão da questão social, através de cursos, 
seminários, núcleos de extensão, produção de pesquisas e geração de 
conhecimento para o município e para os profissionais da região. Cumprindo, desta 
forma, o papel social da Faculdade, junto à comunidade. 
22 
 
2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA 
 
A formação profissional não pode ser confundida com transmissão de 
informações e de técnicas, por mais novas e avançadas que sejam nem com instrução 
ou simplesmente profissionalização. Enquanto cada uma se refere a um aspecto, a um 
ângulo específico e parcial do mundo, da sociedade, do homem, de sua atividade 
profissional, a formação do profissional inclui e ultrapassam todas elas, na medida em 
que se refere ao todo, ao homem como capaz de pensar, compreender e recriar a 
natureza, a sociedade e o próprio homem e sua educação. 
Temos que estar preocupados em desenvolver no indivíduo, a capacidade 
de, em sua vida pessoal, na sociedade, no mundo do trabalho e em qualquer outra 
situação em que se encontre entender e transformar o real, fazer a história, realizar a 
aspiração do homem para a liberdade, pelo verdadeiro, pelo justo. 
Nossos alunos devem ser capazes de questionar, de decidir com lucidez e 
autonomia, de participar, de criar, de produzir o novo. 
A metodologia usada é, portanto, coerente com a missão, os objetivos e as 
metas institucionais, assim como com os objetivos e as metas específicos de cada 
curso, e, ainda, com o perfil delineado para os egressos. As escolhas e decisões 
metodológicas e didáticas são orientadas pela compreensão de que o desenvolvimento 
de competências e habilidades profissionais é processual, permanente, ou seja, seu 
trajeto de construção se estende da formação inicial à formação continuada. 
O zelo pelo tripé ensino-pesquisa-extensão e pela relação teoria-prática é de 
fundamental importância no desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos e de gestão. 
Ressalta-se, a propósito, que o ensino em nível superior supõe, necessariamente, a 
pesquisa e esta, de alguma forma, deve a ele se dirigir e servir. O aluno é estimulado a 
desenvolver a sua curiosidade em relação à realidade que o circunda desde o primeiro 
ano do curso e adentrá-la munido de espírito investigativo, respaldado por ferramentas 
teóricas que o auxiliem a ter, dela, uma compreensão ao mesmo tempo global e local. A 
Instituição e, consequentemente, o ensino passam realmente a fazer sentido quando os 
objetos de estudo estão centrados nas interfaces escola-realidade, escola-profissão, 
escola-vivência, escola-compreensão de mundo e de vida, e quando os alunos, 
orientados por seus professores, tornam-se agentes do processo de aprimoramento 
dessas e de outras dimensões a elas relacionadas. A extensão, no verdadeiro sentido do 
termo, é gerada ou alimentada por esse intercâmbio, de forma a conduzir e a produzir 
23 
 
 
significados, configurando-se, ela própria, em fonte geradora de novas pesquisas. 
À Instituição interessa não apenas o tipo de pesquisa, mas a qualidade da 
investigação, o rigor conceitual e metodológico com as questões trabalhadas, o 
compromisso fundamental dos pesquisadores com a verdade, a ética e a construção de 
uma sociedade democrática. 
Essa postura demanda uma clara compreensão da teoria e da prática. 
Radicalmente diferentes, elas não se distinguem apenas em grau, mas em virtude de sua 
própria natureza. A teoria não se confunde com discursos sobre o real ou com ideias 
genéricas sobre uma determinada realidade ou questão. A teoria é, na verdade, o 
pensamento crítico da prática e a prática, por sua vez, não é um dado, mas um processo 
de construção e de auto superação, exigindo a teoria para compreender o novo que ela 
está criando. No campo da educação, do ensinar, do aprender, igualmente, o saber e 
suas regras não se constituem em um “a priori”, mas na reflexão que, ao longo do 
processo, se faz real, no trabalho intelectual que se constrói, deixando espaços para o 
desejo de saber e de aprender e para a arte de ensinar, essenciais à práxis pedagógica. 
Para isso, a aprendizagem é orientada pelo princípio metodológico geral – 
ação/reflexão/ação – privilegiando, como uma das estratégias didáticas, a resolução de 
situações-problema. 
Nessa linha, a FAPEPE compromete-se a cumprir as normas gerais da 
educação nacional, zelando pela avaliação da qualidade como um processo 
contínuo e orientador de suas ações. 
 
2.1 Organização Acadêmico-Administrativa 
 
A estrutura organizacional da Faculdade de Presidente Prudente está 
disciplinada em seu Regimento. A estrutura organizacional atual, disciplinada no 
Regimento, está composta pelos seguintes órgãos: 
I - Conselho Superior; 
II - Diretoria Geral; 
III - Instituto Superior de Educação; 
IV - Colegiado de Curso; 
V - Coordenadoria de Curso. 
 
 
24 
 
2.2 Políticas Institucionais 
 
A FAPEPE constitui como toda e qualquer IES, um conjunto de atores 
com diversas atribuições, expectativas e convicções. Essa característica, que por 
sua natureza demonstra evidente diversidade, proporciona o debate constante, a 
evolução das ideias e propostas. 
Dentro desse contexto, a IES se relaciona com a Entidade 
Mantenedora através da sua Diretoria. É dependente da entidade mantenedora 
apenas em sua natureza e finalidade e quanto à manutenção de seus serviços, 
não havendo interferência, por parte daquela, em decisões que envolvam o 
processo educacional, de pesquisa ou de extensão, salvo quando as decisões 
impliquem novos ônus, não inscritos em orçamentos aprovados. 
Conforme o Regimento da IES o Diretor Geral é designado pela 
mantenedora para mandato de 4 (quatro) anos, permitida a recondução. 
A FAPEPE, por meio de sua Diretoria Geral é responsável perante as 
autoridades em geral, incumbindo-lhe tomar as medidas necessárias ao seu bom 
funcionamento, respeitados os limites da lei, do Regimento Geral, da liberdade 
acadêmica de seus corpos docente e discente e a autoridade própria de seus 
órgãos superiores. 
Compete à Faculdade de Presidente Prudente prover os meios 
necessários ao seu pleno funcionamento, solicitando à Mantenedora apenas a 
aprovação anual do seu plano orçamentário e financeiro. As decisões dos Órgãos 
Colegiados que importem aumento de despesas não previstas no plano 
orçamentário e financeiro anual dependem para sua execução de prévia 
aprovação da Mantenedora. 
A integração entre Gestão Administrativa, Órgãos Colegiados de 
cursos é possibilitada através da inclusão de representantes da comunidade 
acadêmica nas instâncias da Faculdade. 
A comunidade acadêmica, através das suas representações dos 
Corpos Docente e Discente, participa dos Órgãos Superiores. Esta participação 
se dá em nível de Conselho Superior, Colegiados de Cursos e Representações 
Acadêmicas. 
25 
 
 
A gestão dos cursos está afeta aos Coordenadores em parceria com o 
seu Núcleo Docente Estruturante, no que tange a implantação, melhoria e 
consolidação do seu Projeto Pedagógico. 
O projeto pedagógico do curso de Serviço Social está em comum 
acordo com o que reza a Faculdade de Presidente Prudente em seu Plano de 
Desenvolvimento Institucional - PDI, nos diversos aspectos acadêmicos. 
O PDI descreve que os cursos de Bacharelado devem ter como o 
objetivo maior a formação de profissionais éticos e tecnicamente capazes de 
transformar a realidade regional, em seus aspectos tecnológicos, econômico, 
social, político e cultural, pois vive-se, atualmente, em contexto com 
características bastante peculiares. 
Ainda de acordo com o seu Plano de Desenvolvimento Institucional a 
IES terá que transmitir conhecimentos específicos nas últimas etapas da vida 
universitária, sendo que seu papel principal passa a ser o de orientadora, 
motivadora e conselheira de atitudes e atividades, sendo fundamental fortalecer a 
personalidadedo aluno, de maneira harmônica e equilibrada, dentro de um 
contexto de liberdade e de profunda responsabilidade e consciência social e ética, 
assim como reza este projeto pedagógico no que respeita à sua metodologia de 
ensino, a postura do professor em relação ao alunado. 
Isto posto, as políticas de ensino, pesquisa e extensão institucionais 
norteiam as políticas do curso de Serviço Social, sem entretanto engessa-las. 
Os objetivos dos cursos de cada disciplina conforme o PDI da 
Faculdade deverão ser alcançados por meio de aulas teóricas e práticas, com 
intensa participação dos estudantes, através de mecanismos que os incentivem a 
participar efetivamente, com elenco de disciplinas inter-relacionadas. 
Para efetivação do ensino, a metodologia aplicada sofrerá variações 
decorrentes da necessária adequação para o atendimento às exigências 
educacionais da comunidade. 
A metodologia implementada, em todos os programas das disciplinas 
dos diversos cursos da IES, está vinculada às necessidades contextuais, às 
possibilidades didáticas da IES, além de estar comprometida com o pluralismo 
metodológico, o que possibilita aos alunos a aquisição do conhecimento das 
várias correntes e paradigmas, de forma interdisciplinar e transdisciplinar. 
26 
 
De forma geral, a IES permite a cada curso adequar as metodologias 
de ensino, pesquisa e extensão que melhor atendem o seu alunado, desde que 
estas atinjam os objetivos definidos e exigidos para o egresso no seu mercado de 
trabalho. 
Os alunos também deverão envolver-se em projetos desenvolvidos 
pela instituição os quais, terão como objetivos a integração faculdade/ 
comunidade. 
No que se refere às atividades acadêmicas, visa à integração com a 
pesquisa e a extensão, através da orientação de grupos de estudos, organizado 
pelos respectivos núcleos de pesquisa e com monitores, permitindo 
desenvolvimento amplo do potencial do educando, que será sempre orientado 
pela qualidade do processo científico e acadêmico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
3 DO PROJETO PEDAGÓGICO 
 
3.1 Características Gerais do Curso 
 
Denominação SERVIÇO SOCIAL 
Total de Vagas Anuais 200 
Turnos de Funcionamento Matutino e Noturno 
Regime Escolar Seriado Semestral 
Carga Horária Total 3.830 horas 
Integralização da carga horária do curso: 
Mínimo: 04 anos (oito semestres) 
Máximo: 07 anos (catorze semestres) 
 
3.2 Concepção do Curso 
 
O curso de Serviço Social forma o profissional inserido na divisão 
social e técnica do trabalho. É uma profissão inscrita no âmbito das relações 
sociais, devendo ser compreendida a partir das transformações da própria 
sociedade. O profissional se insere nas mais diversas áreas (saúde, previdência, 
educação, habitação, lazer, assistência social, justiça, etc.) com papel de planejar, 
gerenciar, administrar, executar e assessorar políticas, programas e serviços 
sociais, o assistente social efetiva sua intervenção nas relações entre os homens 
no cotidiano da vida social, por meio de uma ação global de cunho socioeducativo 
e de prestação de serviços. 
É uma das poucas profissões que possui um projeto profissional coletivo 
e hegemônico, denominado projeto ético – político, que foi construído pela categoria 
a partir das décadas de 1970 –1980 e que expressa o compromisso da categoria 
com a construção de uma nova ordem societária, mais justa, democrática e 
garantidora de direitos universais. Tal projeto tem seus contornos claramente 
expressos na Lei 8662 de 1993, no código de Ética Profissional -1993 e nas 
Diretrizes Curriculares. 
A profissão de assistente social surgiu no Brasil na década de 1930. O 
curso superior de Serviço Social foi oficializado no país pela lei nº 1889 de 1953. Em 
27 de agosto de 1957, a Lei 3252, juntamente com o Decreto 994 de 15 de maio de 
1962, regulamentou a profissão. 
28 
 
A partir dos anos 1980, com o advento do neoliberalismo a sociedade 
brasileira inicia uma profunda transformação nas relações de produção e nas 
relações sociais entre as classes sociais e destas com o Estado. Ocorrendo uma 
intensificação dos movimentos sociais frente ao desmonte social, proposto pela 
onda neoliberal. 
Essas transformações, determinadas pela reestruturação produtiva e pela 
reforma do Estado, mudam as formas de enfrentamento da questão social, 
alterando, também, as demandas profissionais. Dessa forma, o trabalho do 
Assistente Social é afetado por tais transformações, produto das mudanças na 
esfera da divisão sócio técnica do trabalho, no cenário mundial. 
Isso marca uma redefinição do projeto profissional e no tratamento 
dispensado ao significado social da profissão, enquanto especialização do trabalho 
coletivo, no contexto da divisão social e técnica do trabalho. 
Sabe-se que as configurações conjunturais, estruturais e políticas da 
questão social e as formas históricas de seu enfrentamento, permeadas pela ação 
da classe trabalhadora, é que determinam o processo de trabalho do Serviço Social. 
Portanto, o fundamento básico da existência do Serviço Social é a sua relação com 
a questão social. Essa relação é mediatizada por um conjunto de processos sócio 
histórico e teórico-metodológicos que constituem o seu processo de trabalho. 
A reestruturação produtiva no Brasil, caracterizada principalmente pela 
abertura da economia e pelas privatizações, marcos da ideologia neoliberal, provoca 
o agravamento da questão social e determina uma inflexão no campo profissional do 
Serviço Social. Essa inflexão resulta de novas requisições colocadas pelo 
reordenamento do capital e do trabalho, pela reforma do Estado e pelo movimento 
de organização das classes trabalhadoras, que repercutem no mercado profissional 
de trabalho. 
Nesse sentido, em virtude das mudanças ocorridas na sociedade se fez 
necessário no seio da categoria um novo aparato jurídico que expresse os avanços 
da profissão e o rompimento com a perspectiva conservadora. 
Hoje a profissão encontra-se regulamentada pela Lei 8662 de 07 de junho 
de 1993 que legitima o Conselho Federal de Serviço Social e Conselhos Regionais. 
E, fundamentalmente, define em seus artigos 4º e 5º, respectivamente, competência 
e atribuições privativas do assistente social. 
 
29 
 
 
Art. 4º Constituem competências do Assistente Socia l: 
I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos 
da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e 
organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que 
sejam do âmbito de atuação do Serviço Social com participação da 
sociedade civil; 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, 
grupos e à população; 
IV - (Vetado); 
V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido 
de identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na 
defesa de seus direitos; 
VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a 
análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais; 
VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública 
direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, com relação às 
matérias relacionadas no inciso II deste artigo; 
IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria 
relacionada às políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, 
políticos e sociais da coletividade; 
X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de 
Unidade de Serviço Social; 
XI - realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de 
benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta 
e indireta, empresas privadas e outras entidades. 
 
Art. 5º Constituem atribuições privativas do Assist ente Social: 
I - coordenar,elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, 
planos, programas e projetos na área de Serviço Social; 
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de 
Serviço Social; 
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e 
indireta, empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço 
Social; 
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e 
pareceres sobre a matéria de Serviço Social; 
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação 
como pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos 
próprios e adquiridos em curso de formação regular; 
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço 
Social; 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de 
graduação e pós-graduação; 
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de 
pesquisa em Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões 
julgadoras de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes 
Sociais, ou onde sejam aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados 
sobre assuntos de Serviço Social; 
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e 
Regionais; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou 
privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira 
em órgãos e entidades representativas da categoria profissional. (BRASIL, 
1993). 
 
30 
 
Recentemente, em 2010 a Lei n. 13.317, incluiu na Lei que regulamenta a 
profissão do assistente social, em seu artigo 5o-A, a definição da carga horária de 
trabalho do profissional, sendo esta de 30 horas semanais. 
 
Art. 5o-A. A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas 
semanais. (BRASIL, 1993, Incluído pela Lei nº 12.317, de 2010). 
 
Além da Lei, contamos também com o Código de Ética Profissional que 
veio se atualizando ao longo da trajetória profissional. Em 1993, após um rico debate 
com o conjunto da categoria em todo o país, foi aprovada a quinta versão do Código 
de Ética Profissional, instituída pela Resolução 273/93 do CFESS. 
O Código representa a dimensão ética da profissão, tendo caráter 
normativo e jurídico, delineia parâmetros para o exercício profissional, define direitos 
e deveres dos assistentes sociais, buscando a legitimação social da profissão e a 
garantia da qualidade dos serviços prestados. Ele expressa a renovação e o 
amadurecimento teórico-político do Serviço Social e evidencia em seus princípios 
fundamentais o compromisso ético-político assumido pela categoria. 
No que tange as Diretrizes Gerais para o Curso de Serviço Social, a 
versão vigente foi produto de um amplo e sistemático debate realizado pelas 
Unidades de Ensino a partir de 1994, quando a XXVIII Convenção Nacional da 
Associação Brasileira de Ensino de Serviço Social – ABESS, ocorrida em Londrina – 
PR, em outubro de 1993, que deliberou sobre os encaminhamentos da revisão do 
Currículo Mínimo vigente desde 1982 (Parecer CFE nº 412, de 04.08.1982 e 
Resolução n.º 06 de 23/09/82). 
Compreendendo que uma revisão curricular supõe uma profunda 
avaliação do processo de formação profissional face às exigências da 
contemporaneidade, a ABESS promoveu e coordenou com o Centro de 
documentação e pesquisa em políticas sociais e serviço social – CEDEPSS, órgão 
acadêmico que articula a Pós-Graduação em Serviço Social, um intenso trabalho de 
mobilização das Unidades de Ensino de Serviço Social no país. Este processo de 
mobilização contou com o apoio decisivo da Entidade Nacional representativa dos 
profissionais de Serviço Social, através do CFESS - Conselho Federal de Serviço 
Social, bem como, dos estudantes, através da ENESSO - Executiva Nacional dos 
Estudantes de Serviço Social. Assim, entre 1994 e 1996 foram realizadas 
31 
 
 
aproximadamente 200 (duzentas) oficinas locais nas 67 Unidades Acadêmicas 
filiadas à ABESS, 25 (vinte e cinco) oficinas regionais e duas nacionais. 
Em 20 de dezembro de 1996 foi promulgada a LDB (Lei 9394) tornando 
oportuno o processo de normatização e definição de Diretrizes Gerais para o Curso 
de Serviço Social no espírito da nova Lei. Diretrizes estas que estabeleçam um 
patamar comum, assegurando, ao mesmo tempo, a flexibilidade, descentralização e 
pluralidade no ensino em Serviço Social, de modo a acompanhar as profundas 
transformações da ciência e da tecnologia na contemporaneidade. 
Em consonância com a proposta da ABEPSS, O Ministério de Educação 
e Cultura – MEC aprova em 13 de Março de 2002 a resolução n. 15 que aprova as 
Diretrizes Curriculares para o curso de Serviço Social que deverão orientar a 
formulação dos projetos pedagógico dos cursos de Serviço Social das Instituições 
de Ensino Superior – IES. 
 
3.2.1 A construção do curso de Serviço Social na FA PEPE 
 
A necessidade do curso de Serviço Social na FAPEPE se deu a partir das 
demandas sociais do próprio município e região, que também foram afetados pelas 
mudanças de caráter político, econômico e social ocorridos no país, principalmente a 
partir da década de 1990, e que repercutiram de forma peculiar em nossa região. 
As expressões da questão social evidenciadas na região da Alta 
Sorocabana, do estado de São Paulo, onde se localiza o município de Presidente 
Prudente, é fruto deste processo político e econômico das ultimas três décadas. As 
mudanças geraram alterações profundas nas características sociais, econômicas e 
culturais da região, que se caracteriza por municípios de economia agropecuária. 
Hoje, a região centraliza dois grandes problemas sociais: a terra e seus 
conflitos e o “cinturão” que compõe o grande número de presídios no município e 
região. Tais problemas são diferentes, porém de natureza social similar, envolvendo 
a pobreza, a exclusão, a ausência de propostas de desenvolvimento econômico e 
social, transformando as expressões da questão social da região, em amplo desafio, 
em função de seus inúmeros desdobramentos, principalmente junto às famílias 
destes segmentos. 
32 
 
O principal campo de atuação do serviço social circunscreve-se no âmbito 
das políticas sociais públicas, seguido dos espaços privados, ou instituições da 
sociedade civil, ou ainda, nas organizações não governamentais (ONGs). 
a) Área privada: empresas, indústrias, prestação de serviços 
(assessoria), fundações, universidades, docência, hospitais (clínicos, 
psiquiátricos), clínicas de repouso ou de recuperação para 
dependentes químicos, etc. 
b) Área público-privada: cooperativas, Organizações não 
governamentais (ONG’s), entidades sociais que atuam com programas 
e projetos sociais para crianças/adolescentes, idosos, pessoas com 
deficiência, famílias, comunidades, mulheres, assistência social, 
saúde, educação, cultura, preparação para mercado de trabalho, 
geração de renda, cooperativas, assentamento rurais; melhorias 
habitacionais, prevenção e ou atenção a vitimas de violência 
intrafamiliar, drogadição, colocação em famílias substitutas, adoção, 
cumprimento de medidas sócias educativas/ adolescentes; instituições 
de longa permanência (idosos, crianças/adolescentes), etc. 
c) Área governamental: - Federal: INSS, Ministérios, universidades, 
forças armadas; Estadual: Secretarias do Estado (saúde, habitação, 
desenvolvimento social, educação, segurança pública/administração 
penitenciária, delegacias; unidades de internação para cumprimento 
de medida socioeducativa, etc.), Judiciário (Fóruns), Defensorias 
Públicas, Ministério Público (promotoria da infância e juventude; idoso 
e pessoa com deficiência), universidades (atenção aos alunos; 
Projetos de extensão; Hospitais Universitários; Docência em cursos de 
Serviço Social); Municipal: SecretariasMunicipais ou similares. 
O curso de Serviço Social se fortalece e colabora com a política 
Educacional do município e região, a nível Superior, com ensino de qualidade, 
democrático e participativo, capaz de formar profissionais com compreensão crítica 
do processo sócio histórico brasileiro e seu rebatimento regional, com um olhar que 
identifica as demandas sociais existentes, potenciais e emergentes na dinâmica da 
vida social. 
Um curso que prioriza a capacitação teórico-metodológica e técnico-
operativa necessária para intervir na questão social de forma competente e criativa, 
33 
 
 
assim como, garante uma formação ético-política na ação profissional, e, no 
exercício do papel social da Educação, junto à comunidade local, fortalecer as 
políticas sociais do município e região, mobilizando as discussões e reflexões da 
questão social, através de cursos, palestras, campos de estágio, pesquisas e 
extensão, que são desenvolvidas no decorrer do curso. 
Para tanto, o conjunto de disciplinas proposto na matriz curricular do 
curso, visa articular essa compreensão, ao mesmo tempo em que instrumentaliza o 
aluno para a ação profissional. Com esse objetivo, as disciplinas que fundamentam 
o exercício profissional, como as Supervisões Acadêmicas; Seminários; Processo de 
Trabalho; Trabalho, Informação e Documentação; Trabalho e Contemporaneidade; 
dentre outras, e as atividades complementares, farão a articulação entre os 
fundamentos teóricos e o exercício profissional voltada para a realidade social. 
Tal apreensão torna-se fundamental para o entendimento das 
particularidades regionais, assim como da própria trajetória teórico-metodológica do 
Serviço Social, à medida que as transformações da profissão são mediatizada pelo 
contexto sócio histórico da realidade social. 
A postura investigativa é outro propósito do curso de Serviço Social da 
FAPEPE, que está presente durante todo processo de formação, garantindo ao 
aluno o conhecimento e o tempo de amadurecimento necessário para que assuma a 
investigação como atitude, incorporada ao exercício profissional. 
Esta formação que capacita para investigação contribui de forma 
significativa no entendimento da questão social do município de Presidente Prudente 
e região, a partir da sistematização teórico-prática dos dados que envolvem o 
contexto social, em particular a realidade local, em processo de mudanças de 
caráter econômico, político e social, potencializando o curso de Serviço Social da 
FAPEPE para formação de campos de extensão, principalmente nas áreas que 
envolvem gestão da Assistência Social dos Municípios, as questões da terra, da 
Família e do Sistema Prisional. 
Este conjunto de conhecimentos perpassam pelo processo de Estágio 
Supervisionado oportunizando ao aluno: vivenciar as possibilidades e limites da 
ação profissional, nas mais diversas áreas de atuação, no âmbito público e privado e 
a experiência de articulação com outras áreas profissionais que propiciarão 
reflexões e contribuições de caráter interdisciplinar. 
A discussão do processo teórico-prático culmina na elaboração do 
34 
 
Trabalho de Conclusão de Curso, onde se vislumbra a construção de uma proposta 
pedagógica que garanta ao futuro profissional, competências teórico-metodológica, 
técnico-operativa e ético-política. 
 
3.3 Missão do Curso de Serviço Social 
 
O Curso de Serviço Social tem como missão formar profissionais com 
compromisso ético e conhecimento teórico e técnico capaz de compreender e 
intervir na realidade social e sua inter-relação com a questão social em um processo 
de construção da cidadania, preparando os acadêmicos para a investigação social 
da realidade em que vivem e a formulação de políticas sociais públicas em 
consonância com o projeto ético-político da profissão. 
 
3.4 Objetivo Geral e Específicos 
 
O Curso de Serviço Social da Faculdade de Presidente Prudente – 
FAPEPE tem como objetivo geral capacitar o futuro profissional nas dimensões 
teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa como requisito fundamental 
para o exercício profissional. Tal capacitação é imprescindível para compreensão do 
significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico nos cenários 
internacional e nacional, desvelando a partir desta compreensão as possibilidades 
de ação contidas na realidade onde atuam, reconhecendo as demandas sociais 
emergentes e formulando respostas profissionais competentes, para o 
enfrentamento da questão social. 
Neste sentido, o objetivo geral possui os seguintes desdobramentos 
específicos: 
a) Capacitar o aluno na elaboração, execução e avaliação de planos, 
programas e projetos na área social, o que implicará em planejar, 
organizar e administrar benefícios sociais de forma justa e 
democrática, orientando a população em seus direitos sociais. 
b) Habilitar o aluno para a realização de pesquisas que subsidiem 
formulação de políticas e ações profissionais, contribuindo com a 
produção do conhecimento, não só a nível local e regional, mas 
também a nível nacional, principalmente, nos temas que envolvem a 
35 
 
 
gestão da política de Assistência Social, o sistema prisional, a terra e 
seus desdobramentos em questões de caráter social e demandas 
regionais. 
c) Formar Assistentes Sociais capacitados para desenvolver a “práxis” 
profissional calcada na ética e voltada à especificidade histórico-social 
da realidade em que atuam. 
d) Ser capaz de despertar o comprometimento da comunidade 
acadêmica, com o desenvolvimento local, garantido o papel político e 
social da educação, enquanto fator de inovação e mudanças sociais, 
no município e região de Presidente Prudente. 
 
3.5 Perfil dos Egressos 
 
O curso de graduação em Serviço Social da Faculdade de Presidente 
Prudente prioriza uma formação que prepare o profissional com perfil capaz de atuar 
nas expressões da questão social, com competências teórico-metodológico, ético-
político e técnico-operativo, formando e implementando propostas de intervenção 
para seu enfrentamento, com capacidade de promover o exercício pleno da 
cidadania e a inserção criativa e propositiva dos usuários do Serviço Social no 
conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho. 
A formação do profissional de Serviço Social deve garantir o 
desenvolvimento de atitudes e qualificações que são identificadas no seguinte perfil 
profissional: 
- Capacidade crítica de analisar as relações sociais nas quais estão 
inseridas o seu fazer profissional de modo a compreender a 
construção histórica das contradições da sociedade; 
- Capacidade teórica, através de conhecimento das ciências sociais e 
das correntes filosóficas contemporâneas, que dão base ao saber 
profissional; 
- Compromisso para posicionar-se técnica e politicamente nos espaços 
de intervenção; 
- Competência técnica, eficiência na atuação profissional através do 
conhecimento do instrumental operativo do Serviço Social; 
36 
 
- Compromisso com o projeto ético-político da profissão e, mais 
especificamente, com a consolidação e efetivação dos direitos sociais; 
- Compromisso com as transformações da sociedade e com a 
emancipação humana; 
- Competência para realizar pesquisas sistemáticas sobre a realidade e 
o próprio Serviço Social, contribuindo para subsidiar ações 
profissionais e outros processos interventivos e para o avanço da 
produção do conhecimento no campo da profissão; 
- Capacidade para integrar equipes multidisciplinares de atuação nos 
diversos campos da atuação profissional: saúde, habitação, 
comunidade, trabalho, educação, assistência social, dentre outros; 
- Hábil na construção de relações interpessoais relativas ao 
desenvolvimento da ação profissional, nas dimensões psicossocial e 
política; 
- Responsável com a sua constante atualização e formação profissional; 
- Sensível e sintonizado com as especificidades sociais e culturaisda 
população usuária de seus serviços; 
- Propositivo e criativo na construção e implementação de estratégias 
que respondam às demandas identificadas no espaço profissional; 
- Mobilizador de recursos institucionais, interinstitucionais e 
comunitários; 
- Aberto a novas tecnologias que favoreçam ao desenvolvimento do 
trabalho profissional; 
- Formação generalista, entretanto, deve ser hábil para buscar 
referências adequadas às demandas institucionais; 
- Administrar os Serviços Sociais em instituições públicas, privadas ou 
ONG’s. 
As habilidades que contribuem para a formação do perfil do profissional 
desejado envolvem: 
- Formular, implementar e avaliar políticas sociais; 
- Assessorar e apoiar os movimentos e grupos sociais populares no 
exercício, defesa e conquista dos direitos civis, políticos e sociais; 
- Realizar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública, 
empresas privadas, ONG’s e outras organizações; 
37 
 
 
- Orientar indivíduos e grupos de usuários dos seus serviços, onde 
estão inseridos profissionalmente, no sentido de identificar recursos e 
de fazer uso dos mesmos no atendimento à defesa e efetivação dos 
seus direitos, além de outras demandas; 
- Planejar e executar pesquisas que contribuam para a análise e 
produção do conhecimento da realidade social, de forma a contribuir 
com a intervenção profissional; 
- Planejar e gerenciar grupos e serviços. 
Em suma o profissional egresso do curso de Serviço Social da Faculdade 
de Presidente Prudente está apto a realizar atividades na realidade social, em 
âmbito público, ONG’s e instituições privadas de forma geral. 
 
3.6 Metodologia do Curso 
 
A organização curricular se dá por meio de disciplinas, ainda que esta não 
seja a única forma possível para a organização do conhecimento acadêmico. O 
currículo do curso de Serviço Social da FAPEPE é constantemente discutido e 
revisado, segundo as necessidades reais de nossos alunos, em reuniões periódicas 
com o NDE – Núcleo Docente Estruturante. 
A metodologia de ensino do Curso de Serviço Social segue o princípio da 
orientação dos discentes nos estudos/reflexões dos conhecimentos teórico-
metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos, desenvolvimento da consciência 
crítica, desenvolvimento da capacitação técnica e instrumentalização plena do aluno 
para o trabalho no grande leque dos campos de atuação profissional. Desta forma, 
sem perder de vista a formação cultural discente e o princípio de educar, não 
apenas para o trabalho, mas também para a vida, o ensino neste curso dá ênfase às 
disciplinas de caráter teórico, ético e político, como também de preparação para 
inserção no mercado de trabalho, enfatizando as habilidades de planejamento e 
gestão, intervenção profissional e execução de serviços sociais nos mais diferentes 
espaços sócio ocupacionais, que envolvem desde a atuação nas esferas públicas, 
públicas-privadas (ONG’s) e privadas. 
As disciplinas são ministradas, cabendo ao docente, juntamente com a 
coordenação de curso, estabelecer a melhor e mais eficaz estratégia de ensino 
(metodologia): Aulas expositivas com a utilização de equipamentos tecnológicos 
38 
 
(data show, retroprojetor de transparência, etc.) e/ou da lousa; dinâmica de grupo, 
fomentando o debate e a construção de conhecimento pautada no pluralismo; 
discussão de textos, filmes; trabalhos individuais e em grupo; apresentação de 
trabalhos/seminários. 
A busca por uma aprendizagem significativa que dê consistência a 
formação de um profissional competente faz preponderar a compreensão da 
articulação das diferentes áreas do saber de modo inter-relacionado. Nessa 
concepção, a interdisciplinaridade constitui-se tanto princípio da estruturação e 
articulação curricular quanto do desenvolvimento das práticas pedagógicas do curso 
de Serviço Social. Nesse sentido, como um dos meios de pensar a 
interdisciplinaridade é realizado no segundo bimestre de cada semestre letivo a 
Prova Interdisciplinar de Serviço Social – PISS. 
 
3.7 Bases Institucionais 
 
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – 
ABEPSS propõe um conjunto de diretrizes que estabelece uma base comum no 
plano nacional para os cursos de graduação em Serviço Social. Tomando como 
referência estas diretrizes e as Diretrizes Curriculares Nacionais, o curso de Serviço 
Social da Faculdade de Presidente Prudente, estabelece os princípios institucionais, 
respeitando os princípios gerais da instituição. 
Em consonância com a proposta da ABEPSS e considerando as 
particularidades desta instituição, se estabelecem os seguintes princípios: 
- Flexibilidade da organização dos currículos plenos expressa na 
possibilidade de definição de disciplinas e/ou outros componentes 
curriculares, tais como: oficinas, seminários temáticos, estágio, 
atividades complementares; 
- Rigoroso trato teórico, histórico e metodológico da realidade social e 
do Serviço Social, que possibilite a apreensão da realidade social em 
suas dimensões de universalidade, particularidade e singularidade; 
- Estabelecimento das dimensões: investigativa e interventiva como 
princípios formativos e condição central da formação profissional e da 
relação teoria e realidade; 
39 
 
 
- Padrões de desempenho e qualidade idênticos para cursos diurnos e 
noturnos, com um máximo de quatro horas/aulas diárias de atividades. 
- Caráter interdisciplinar nas várias dimensões do projeto de formação 
profissional; 
- Indissociabilidade nas dimensões de ensino, pesquisa e extensão; 
- Exercício do pluralismo como elemento próprio da vida acadêmica e 
profissional, impondo-se o necessário debate sobre as várias 
tendências teóricas, em luta pela direção social da formação 
profissional, que compõem a produção das ciências humanas e 
sociais; 
- Ética como princípio formativo perpassando a formação curricular; 
- Indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e profissional. 
Estes princípios definem as diretrizes curriculares da formação 
profissional, que implicam capacitação teórico-metodológica, ético-politica e técnico-
operativa para a: 
- Apreensão crítica do processo histórico como totalidade; 
- Investigação sobre a formação histórica e os processos sociais 
contemporâneos que conformam a sociedade brasileira, no sentido de 
apreender as particularidades da constituição e desenvolvimento do 
capitalismo e do Serviço Social no país; 
- Apreensão do significado social da profissão desvelando as 
possibilidades de ação contidas na realidade; 
- Apreensão das demandas - consolidadas e emergentes - postas ao 
Serviço Social via mercado de trabalho, visando formular respostas 
profissionais que potencialize o enfrentamento da questão social, 
considerando as novas articulações entre público e privado; 
- Exercício profissional cumprindo as competências e atribuições 
previstas na legislação profissional em vigor. 
Considerando que as mudanças verificadas nos padrões de acumulação 
e regulação social exigem um redimensionamento das formas de pensar/agir dos 
profissionais diante das novas demandas, possibilidades e das respostas dadas, o 
pressuposto central das diretrizes é a permanente construção de conteúdos 
(teóricos, éticos, políticos, culturais) para intervenção profissional nos processos 
40 
 
sociais que devem estar organizados de forma dinâmica, flexível, assegurando 
padrões de qualidade na formação do Assistente Social. 
Desta forma, entende-se que a efetivação de um projeto de formação 
profissional remete, diretamente, a um conjunto de conhecimentos indissociáveis, 
que se traduzem em Núcleos de Fundamentação, constitutivos da formação 
profissional. São eles: 
1) Núcleo de fundamentos teóricos-metodológicos da vida social 
2) Núcleo de fundamentos da particularidade da formação sócio histórica 
da sociedade brasileira; 
3) Núcleo de fundamentos do trabalho profissional.

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