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Exclusão da Sucessão 
Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou 
Legatários: 
 
I - Que houverem sido autores, coautores ou partícipes de n 
homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de 
cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, 
ascendente ou descendente; 
 
II - Que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor 
da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou 
de seu cônjuge ou companheiro; 
 
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou 
obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus 
bens por ato de última vontade. 
 
Princípio jurídico: A pena não pode passar da 
pessoa do apenado. Por isso os herdeiros do indigno 
receberão por direito de representação 
A INDIGNIDADE DEVE SER DECLARADA POR SENTENÇA EM AÇÃO 
PRÓPRIA: NÃO É AUTOMÁTICA 
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer 
desses casos de indignidade, será declarada por sentença. 
Prazo decadencial de 4 (quatro) anos para 
demandar a exclusão do herdeiro ou do legatário. 
Art. 1.815. (...). § 1º O direito de demandar a exclusão do 
herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados 
da abertura da sucessão. 
Legitimidade do Ministério Público 
Art. 1.815. (...). § 2º Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o 
Ministério Público tem legitimidade para demandar a 
exclusão do herdeiro ou legatário. 
O INDIGNO É CONSIDERADO COMO SE MORTO FOSSE (PRÉ-
MORTO) 
Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os 
descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele 
morto fosse antes da abertura da sucessão. 
OS HERDEIROS DO INDIGNO RECEBEM NO SEU LUGAR POR DIREITO 
DE REPRESENTAÇÃO 
Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei 
chama certos parentes do falecido a suceder em todos os 
direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. 
Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o 
que herdaria o representado, se vivo fosse. 
 
 
 
 
EFEITOS DA SENTENÇA 
O indigno não sucede aos bens recebidos pelos seus 
herdeiros em seu lugar por conta da indignidade; 
O indigno perde o direito ao usufruto ou administração dos 
bens recebidos por seus herdeiros 
Art. 1.816. (...). Parágrafo único. O excluído da sucessão não 
terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a 
seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão 
eventual desses bens. 
São válidas as alienações feitas pelo indigno antes da sentença 
 
 O indigno terá direito a indenização pelas benfeitorias 
necessárias 
 
 Deve devolver os frutos dos bens 
 
 Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens 
hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração 
legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de 
exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, 
o direito de demandar-lhe perdas e danos. 
 Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a 
restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança 
houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das 
despesas com a conservação deles. 
 
REABILITAÇÃO DO HERDEIRO INDIGNO = PERDÃO 
 O perdão pode ser expresso ou tácito 
 O perdão é irrevogável 
Reabilitação (perdão) expressa: 
a) Testamento 
b) Outro documento autêntico 
 
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a 
exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o 
tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro 
ato autêntico. 
 
Reabilitação (perdão) tácito: 
 
Art. 1.818. (...). Parágrafo único. Não havendo reabilitação 
expressa, o indigno, contemplado em testamento do 
ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa 
da indignidade, pode suceder no limite da disposição 
testamentária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Herança Jacente 
ESTADO DE JACÊNCIA 
 
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem 
herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da 
herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e 
administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor 
devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. 
 
OS BENS, DEPOIS DE ARRECADADOS, FICARÃO SOB A GUARDA E 
ADMINISTRAÇÃO DE UM CURADOR ATÉ: 
 
A) SEREM ENTREGUES AO SUCESSOR DEVIDAMENTE HABILITADO, 
OU 
 
B) DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA 
 
Art. 1.819. (...), os bens da herança, depois de arrecadados, 
ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua 
entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração 
de sua vacância. 
 
DECLARAÇÃO VACÂNCIA 
 
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e 
ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da 
lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira 
publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda 
habilitação, será a herança declarada vacante. 
 
A declaração de vacância não prejudica o direito dos 
herdeiros 
 
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não 
prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; (...) 
 
DIREITO DOS CREDORES 
 
Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o 
pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças 
da herança. 
 
DECURSO DO PRAZO 5 ANOS 
 
Art. 1.822. (...); mas, decorridos cinco anos da abertura da 
sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do 
Município ou do Distrito Federal, se localizados nas 
respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da 
União quando situados em território federal. 
 
DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA 
 
Art. 1.822. (...). Parágrafo único. Não se habilitando até a 
declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da 
sucessão. 
 
 
 
 
 
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder 
renunciarem à herança, será está desde logo declarada 
vacante. 
PETIÇÃO DE HERANÇA 
AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA 
Conceito: É a ação (judicial) que compete ao sucessor 
preterido para o fim de ser reconhecido o seu direito 
sucessório e obter, consequentemente, a restituição da 
herança (no todo ou em parte), de quem a possua (na 
qualidade de herdeiro ou sem qualquer título). 
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, 
demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para 
obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, 
na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua. 
Proteção específica da qualidade de sucessor 
 
 Proteção a quem se intitula herdeiro e reivindica esse título 
com objetivo de obter a restituição da herança 
 
O VERDADEIRO SUCESSOR PODE TER SIDO PRETERIDO 
A) O HERDEIRO NÃO ERA CONHECIDO 
B) O TESTAMENTO NÃO FOI ENCONTRADO 
C) O TESTAMENTO FOI ANULADO 
D) O FILHO AINDA NÃO HAVIA SIDO RECONHECIDO 
LEGITIMAÇÃO ATIVA 
SUCESSOR LEGÍTIMO (AB INTESTATO) E O TESTAMENTÁRIO 
 SUCESSOR ORDINÁRIO OU O RECONHECIDO POR SENTENÇA 
(PATERNIDADE RECONHECIDA) 
 O SUCESSOR DO HERDEIRO E O HERDEIRO FIDEICOMISSÁRIO 
 CESSIONÁRIO DA HERANÇA 
A ação é tanto do herdeiro universal que reivindica o todo, 
como do herdeiro que concorre com outros herdeiros e 
reivindica apenas parte ideal 
Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida 
por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens 
hereditários. 
LEGITIMAÇÃO PASSIVA 
Quem está posse da herança, como se fosse herdeiro (ou até 
quem seja verdadeiramente herdeiro) ou que estejam na 
posse sem título que a justifique 
Cumulada com investigação de paternidade, constarão como 
demandados, além do possuidor dos bens hereditários (o 
cessionário, por exemplo), todos os herdeiros do falecido (e 
não o espólio), formando um litisconsórcio passivo necessário 
 
 
 
 
(mesmo os herdeiros que tenham renunciado ou cedido o 
direito hereditário) 
EFEITOS 
 
A procedência do pedido (com trânsito em julgado) gera 
reconhecimento da ineficácia da partilha em relação ao autor 
da ação, dispensada a anulação. Basta o simples pedido de 
retificação da partilha realizada anteriormente 
Art. 1.827. O herdeiropode demandar os bens da herança, 
mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da 
responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos 
bens alienados. 
Art. 1.827. (...). Parágrafo único. São eficazes as alienações 
feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de 
boa-fé. 
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago 
um legado, não está obrigado a prestar o equivalente ao 
verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder 
contra quem o recebeu. 
Súmula STF 149 (ação prescritível) “É imprescritível a ação de 
investigação de paternidade, mas não o é a de petição de 
herança” 
 Prazo 10 anos (Art. 205) 
HERDEIROS NECESSÁRIOS 
TAMBÉM SÃO CHAMADOS DE: 
HERDEIROS LEGITIMÁRIOS 
HERDEIROS RESERVATÁRIOS 
1. DESCENDENTES (FILHOS, NETOS, BISNETOS ETC.) 
2. ASCENDENTES (PAIS, AVÓS, BISAVÓS ETC.) 
3. CÔNJUGE OU COMPANHEIRO 
 ART. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os 
ascendentes e o cônjuge. 
O herdeiro necessário tem direito a legítima (ou reserva) 
Porção que a lei reserva e assegura ao herdeiro necessário (ou 
reservatório) 
O PATRIMÔNIO DO AUTOR DA HERANÇA DIVIDE-SE 
EM: 
A) LEGÍTIMA (OU RESERVA) HERDEIROS NECESSÁRIOS 
B) PORÇÃO (OU QUOTA) DISPONÍVEL TESTAMENTO 
 
 
 
 
Não existindo descendente, ascendente ou cônjuge ou 
companheiro, o patrimônio não se divide em legítima e 
porção disponível; 
 
O autor da herança pode, por testamento, dispor 
inteiramente de seu patrimônio; 
 
CÁLCULO DA LEGÍTIMA 
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens 
existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as 
despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor 
dos bens sujeitos a colação. 
 
Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das 
dívidas 
do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os 
herdeiros, cada qual em proporção da parte que na 
herança lhe coube. 
 
Art. 1.998. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros 
legítimos, sairão do monte da herança; mas as de sufrágios 
por alma do falecido só obrigarão a herança quando 
ordenadas em testamento ou codicilo. 
 
Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão 
do ascendente comum são obrigados, para igualar as 
legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida 
receberam, sob pena de sonegação. Parágrafo único. Para 
cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será 
computado na parte indisponível, sem aumentar a 
disponível. 
 
Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de 
um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe 
por herança. 
 
Art. 2.005. São dispensadas da colação as doações que o 
doador determinar saiam da parte disponível, contanto que 
não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar 
a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o 
direito à legítima. 
 
Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, 
basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os 
contemplar. 
 
Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no 
testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de 
inalienabilidade, impenhorabilidade, e de 
incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. 
 
 
 
 
 
Art. 1.848. (...). § 1º 
Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos 
bens da legítima em outros de espécie diversa. 
 
§ 2º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, 
podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o 
produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus 
dos primeiros. 
 
Ordem de Vocação 
Hereditária 
 
O chamamento dos sucessores é feito de acordo com uma 
sequência denominada ORDEM DE VOCAÇÃO 
HEREDITÁRIA. 
 
Consiste numa RELAÇÃO PREFERENCIAL 
 
O chamamento é feito por CLASSES: 
 
1. CLASSE DOS DESCENDENTES 
2. CLASSE DOS ASCENDENTES 
 3. CÔNJUGE (OU COMPANHEIRO) 
 4. CLASSE DOS COLATERAIS 
A CLASSE MAIS PRÓXIMA EXCLUI A MAIS REMOTA 
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à 
sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente. 
 Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será 
deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. 
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas 
condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a 
suceder os colaterais até o quarto grau. 
Cônjuge ou companheiro - (STF) RE 878694 
Não é legítimo desequipará, para fins 
sucessórios, os cônjuges e os companheiros, isto é, a família 
formada pelo casamento e a formada por união estável. Tal 
hierarquização entre entidades familiares é incompatível com 
a Constituição de 1988. 
 
Assim, havendo alguém que pertença à classe dos 
ascendentes, ficam afastados os herdeiros das classes 
subsequentes, 
 
Dentro de uma mesma classe, a preferência estabelece-se 
por GRAUS. 
 
GRAU é a distância que há de uma geração para a outra 
 
O grau mais próximo exclui o mais remoto: o filho (1º grau) 
tem a preferência em relação ao neto (2º grau). 
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo 
excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. 
 
 
 
 
Art. 1.836. (...). § 1 o Na classe dos ascendentes, o grau mais 
próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos 
excluem os mais remotos, salvo o direito de representação 
concedido aos filhos de irmãos. 
Art. 1.829. A SUCESSÃO LEGÍTIMA DEFERE-SE NA ORDEM 
SEGUINTE: 
 
 I - AOS DESCENDENTES + CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, SALVO; 
 II - AOS ASCENDENTES + CÔNJUGE OU COMPANHEIRO; 
 III - AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE OU COMPANHEIRO; 
 IV - AOS COLATERAIS. 
CÔNJUGE OU COMPANHEIRO SOBREVIVENTE - (STF) RE 878694 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO N° 878694 
 
DECISÃO: O TRIBUNAL, APRECIANDO O TEMA 809 DA 
REPERCUSSÃO GERAL, POR MAIORIA E NOS TERMOS DO VOTO DO 
MINISTRO RELATOR, DEU PROVIMENTO AO RECURSO, PARA 
RECONHECER DE FORMA INCIDENTAL A INCONSTITUCIONALIDADE 
DO ART. 1.790 DO CC/2002 E DECLARAR O DIREITO DA 
RECORRENTE A PARTICIPAR DA HERANÇA DE SEU COMPANHEIRO EM 
CONFORMIDADE COM O REGIME JURÍDICO ESTABELECIDO NO ART. 
1.829 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002, VENCIDOS OS MINISTROS DIAS 
TOFFOLI, MARCO AURÉLIO E RICARDO LEWANDOWSKI, QUE 
VOTARAM NEGANDO PROVIMENTO AO RECURSO. 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO N° 878694 
EM SEGUIDA, O TRIBUNAL, VENCIDO O MINISTRO MARCO 
AURÉLIO, FIXOU TESE NOS SEGUINTES TERMOS: “É 
INCONSTITUCIONAL A DISTINÇÃO DE REGIMES SUCESSÓRIOS ENTRE 
CÔNJUGES E COMPANHEIROS PREVISTA NO ART. 1.790 DO 
CC/2002, DEVENDO SER APLICADO, TANTO NAS HIPÓTESES DE 
CASAMENTO QUANTO NAS DE UNIÃO ESTÁVEL, O REGIME DO ART. 
1.829 DO CC/2002”. PRESIDIU O JULGAMENTO A MINISTRA 
CÁRMEN LÚCIA. PLENÁRIO, 10.5.2017. 
SUCESSÃO PELOS DESCENDENTES 
Art. 1.829. (...): I - aos descendentes + cônjuge ou 
companheiro, (...); 
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais 
próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de 
representação. 
A depender do regime de bens do casamento ou da união 
estável, o cônjuge ou companheiro viúvo pode concorrer 
com os descendentes (receberão juntamente com os 
descendentes) 
O cônjuge ou companheiro viúvo só NÃO concorrerá com os 
descendentes se o regime de bens for da comunhão 
universal, da separação obrigatória e da comunhão parcial 
(em relação aos aquestos) Art. 1.829. (...): I - aos 
descendentes, em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime 
 
 
 
 
da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de 
bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da 
comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado 
bens particulares; 
CIVIL. DIREITO DAS SUCESSÕES. CÔNJUGE. HERDEIRO 
NECESSÁRIO. ART. 1.845 DO CC. REGIME DE SEPARAÇÃO 
CONVENCIONAL DE BENS. CONCORRÊNCIA COM 
DESCENDENTE. POSSIBILIDADE. ART. 1.829, I, DO CC. 1. O 
cônjuge, qualquer que seja o regime de bens adotado pelo 
casal,é herdeiro necessário (art. 1.845 do Código Civil). 2. 
No regime de separação convencional de bens, o cônjuge 
sobrevivente concorre com os descendentes do falecido. A 
lei afasta a concorrência apenas quanto ao regime da 
separação legal de bens prevista no art. 1.641 do Código 
Civil. Interpretação do art. 1.829, I, do Código Civil. 3. 
Recurso especial desprovido. 
(STJ - Resp.: 1382170 SP 2013/0131197-7, Relator: Ministro 
MOURA RIBEIRO, Data de Julgamento: 22/04/2015, S2 - 
SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 26/05/2015) 
NO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL: 
a) O cônjuge ou companheiro viúvo só concorre em relação 
aos bens particulares (adquiridos anteriormente ao 
casamento e os adquiridos gratuitamente da constância do 
casamento); 
b) O cônjuge ou companheiro viúvo NÃO concorre em 
relação aos bens adquiridos onerosamente na constância do 
casamento; 
COMUNHÃO TOTAL 
Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a 
comunicação de todos os bens presentes e futuros dos 
cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo 
seguinte. 
ART. 1.668. SÃO EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO: 
 
I - OS BENS DOADOS OU HERDADOS COM A CLÁUSULA DE 
INCOMUNICABILIDADE E OS SUB-ROGADOS EM SEU LUGAR; 
 
II - OS BENS GRAVADOS DE FIDEICOMISSO E O DIREITO DO 
HERDEIRO FIDEICOMISSÁRIO, ANTES DE REALIZADA A CONDIÇÃO 
SUSPENSIVA; 
 
III - AS DÍVIDAS ANTERIORES AO CASAMENTO, SALVO SE PROVIEREM 
DE DESPESAS COM SEUS APRESTOS, OU REVERTEREM EM PROVEITO 
COMUM; 
 
IV - AS DOAÇÕES ANTENUPCIAIS FEITAS POR UM DOS CÔNJUGES AO 
OUTRO COM A CLÁUSULA DE INCOMUNICABILIDADE; 
 
V - OS BENS REFERIDOS NOS INCISOS V A VII DO ART. 1.659 . 
 
COMUNHÃO PARCIAL 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se 
os bens que sobrevierem ao casal, na constância do 
casamento, com as exceções dos artigos seguintes. 
ART. 1.659. EXCLUEM-SE DA COMUNHÃO: 
 
 
 
 
I - OS BENS QUE CADA CÔNJUGE POSSUIR AO CASAR, E OS QUE LHE 
SOBREVIEREM, NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, POR DOAÇÃO OU 
SUCESSÃO, E OS SUB-ROGADOS EM SEU LUGAR; 
II - OS BENS ADQUIRIDOS COM VALORES EXCLUSIVAMENTE 
PERTENCENTES A UM DOS CÔNJUGES EM SUB-ROGAÇÃO DOS BENS 
PARTICULARES; 
III - AS OBRIGAÇÕES ANTERIORES AO CASAMENTO; 
IV - AS OBRIGAÇÕES PROVENIENTES DE ATOS ILÍCITOS, SALVO 
REVERSÃO EM PROVEITO DO CASAL; 
V - OS BENS DE USO PESSOAL, OS LIVROS E INSTRUMENTOS DE 
PROFISSÃO; 
VI - OS PROVENTOS DO TRABALHO PESSOAL DE CADA CÔNJUGE; 
VII - AS PENSÕES, MEIOS-SOLDOS, MONTEPIOS E OUTRAS RENDAS 
SEMELHANTES 
 COMUNHÃO PARCIAL 
ART. 1.660. ENTRAM NA COMUNHÃO: 
I - OS BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO POR 
TÍTULO ONEROSO, AINDA QUE SÓ EM NOME DE UM DOS CÔNJUGES; 
II - OS BENS ADQUIRIDOS POR FATO EVENTUAL, COM OU SEM O 
CONCURSO DE TRABALHO OU DESPESA ANTERIOR; 
III - OS BENS ADQUIRIDOS POR DOAÇÃO, HERANÇA OU LEGADO, EM 
FAVOR DE AMBOS OS CÔNJUGES; 
IV - AS BENFEITORIAS EM BENS PARTICULARES DE CADA CÔNJUGE; 
V - OS FRUTOS DOS BENS COMUNS, OU DOS PARTICULARES DE 
CADA CÔNJUGE, PERCEBIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, 
OU PENDENTES AO TEMPO DE CESSAR A COMUNHÃO. 
PARA O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO 
CONCORRER 
 
Além do regime de bens, exige-se: 
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao 
cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não 
estavam separados judicialmente, nem separados de fato há 
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa 
convivência se tornara impossível sem culpa do 
sobrevivente. 
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO 
 
Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o 
regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da 
participação que lhe caiba na herança, o direito real de 
habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da 
família, desde que seja o único daquela natureza a 
inventariar. 
 
 
 
 
*Cônjuge ou companheiro - (STF) RE 878694 
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO 
CÓDIGO CIVIL 
Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar 
gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode 
alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua 
família. 
Lei 6.015/1973 (Lei dos Registros Públicos) 
Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão 
feitos. 
I - o registro: 
7) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habitação, 
quando não resultarem do direito de família; 
PARTILHA 
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 
1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que 
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser 
inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos 
herdeiros com que concorrer. 
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 
1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que 
sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser 
inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos 
herdeiros com que concorrer 
SUCESSÃO PELOS ASCENDENTES 
Art. 1.829. (...): 
II - aos ascendentes + cônjuge ou companheiro.); 
 
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à 
sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge 
sobrevivente. 
 
Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694. 
 
Art. 1.836. (...). § 1º Na classe dos ascendentes, o grau mais 
próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. 
 
Divide-se a herança por LINHAS (linha paterna e linha 
materna) e não há o direito de representação. 
 
Prevalece o princípio de que o mais próximo afasta o mais 
remoto. Metade para mãe e metade para o pai. Se o pai for 
pré-morto, a mãe recebe a herança toda. 
 
 
 
 
 
Art. 1.836. (...). § 2º Havendo igualdade em grau e 
diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna 
herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. 
 
 
 
 
 
SE O PAI E MÃE JÁ FOREM PRÉ-MORTOS 
 
Se os avós maternos e paternos estiverem vivos: os avós 
maternos recebem a metade (½) da herança, sendo (¼) para 
o avô e (¼) para a avó. O mesmo em relação aos avós 
paternos. Ou seja, (¼) para cada um dos quatro avós: (¼ + ¼ 
+ ¼ + ¼). 
 
SE O PAI E MÃE JÁ FOREM PRÉ-MORTOS 
 
Se os avós paternos já forem pré-mortos, os avós maternos 
recebem toda a herança. (½ + ½). Vige a regra: o mais 
próximo afasta o mais remoto. Se o avô materno já for pré-
morto, a avó materna recebe sozinha a metade (½) da 
herança. A outra metade será devida entre os avós paternos 
(¼ + ¼). (½ + ¼ + ¼). 
 
CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO 
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro 
grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a 
metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for 
aquele grau. 
 
Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 
PARA O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO 
CONCORRER 
Exige-se: 
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao 
cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não 
estavam separados judicialmente, nem separados de fato há 
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa 
convivência se tornara impossível sem culpa do 
sobrevivente. 
 
Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 
 
SUCESSÃO PELO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO 
 
Art. 1.829. (...): III - ao cônjuge sobrevivente ou 
companheiro; Art. 1.838. Em falta de descendentes e 
ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge 
sobrevivente. 
 
Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 
 
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao 
cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não 
estavam separados judicialmente, nem separados de fato há 
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa 
convivência se tornara impossível sem culpa do 
sobrevivente. 
 
Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 
SUCESSÃO PELOS COLATERAIS 
Art. 1.829. (...): IV - aos colaterais. 
 
 
 
 
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas 
condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a 
suceder os colaterais até o quarto grau. 
 
 
 
 
 
 
 
SUCESSÃO PELOSCOLATERAIS 
Não são herdeiros necessários 
Podem ser afastados por testamento válido do morto 
Colaterais até o 4° grau 
2º Grau (irmão) 
3º Grau (tio e sobrinho) 
4º Grau (primo, tio-avô e sobrinho-neto). 
 
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas 
condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a 
suceder os colaterais até o quarto grau. 
Vige a regra segundo a qual o mais próximo afasta o mais 
remoto. 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos 
excluem os mais remotos, (...). 
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO LIMITADO AOS FILHOS 
DOS IRMÃOS. 
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos 
excluem os mais remotos, salvo o direito de 
representação concedido aos filhos de irmãos. 
2° GRAU: IRMÃOS 
IMPORTANTE SABER SE OS IRMÃOS SÃO BILATERAIS OU 
UNILATERAIS. 
Se bilaterais (irmãos germanos – duplo sangue) 
Se unilaterais (irmãos uterinos ou irmãos unilaterais 
maternos e irmãos consanguíneos ou irmãos unilaterais 
paternos). 
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos 
bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará 
metade do que cada um daqueles herdar

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