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Exclusão da Sucessão Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou Legatários: I - Que houverem sido autores, coautores ou partícipes de n homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - Que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. Princípio jurídico: A pena não pode passar da pessoa do apenado. Por isso os herdeiros do indigno receberão por direito de representação A INDIGNIDADE DEVE SER DECLARADA POR SENTENÇA EM AÇÃO PRÓPRIA: NÃO É AUTOMÁTICA Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença. Prazo decadencial de 4 (quatro) anos para demandar a exclusão do herdeiro ou do legatário. Art. 1.815. (...). § 1º O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da sucessão. Legitimidade do Ministério Público Art. 1.815. (...). § 2º Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário. O INDIGNO É CONSIDERADO COMO SE MORTO FOSSE (PRÉ- MORTO) Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. OS HERDEIROS DO INDIGNO RECEBEM NO SEU LUGAR POR DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Art. 1.851. Dá-se o direito de representação, quando a lei chama certos parentes do falecido a suceder em todos os direitos, em que ele sucederia, se vivo fosse. Art. 1.854. Os representantes só podem herdar, como tais, o que herdaria o representado, se vivo fosse. EFEITOS DA SENTENÇA O indigno não sucede aos bens recebidos pelos seus herdeiros em seu lugar por conta da indignidade; O indigno perde o direito ao usufruto ou administração dos bens recebidos por seus herdeiros Art. 1.816. (...). Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens. São válidas as alienações feitas pelo indigno antes da sentença O indigno terá direito a indenização pelas benfeitorias necessárias Deve devolver os frutos dos bens Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos. Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser indenizado das despesas com a conservação deles. REABILITAÇÃO DO HERDEIRO INDIGNO = PERDÃO O perdão pode ser expresso ou tácito O perdão é irrevogável Reabilitação (perdão) expressa: a) Testamento b) Outro documento autêntico Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico. Reabilitação (perdão) tácito: Art. 1.818. (...). Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária. Herança Jacente ESTADO DE JACÊNCIA Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. OS BENS, DEPOIS DE ARRECADADOS, FICARÃO SOB A GUARDA E ADMINISTRAÇÃO DE UM CURADOR ATÉ: A) SEREM ENTREGUES AO SUCESSOR DEVIDAMENTE HABILITADO, OU B) DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA Art. 1.819. (...), os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. DECLARAÇÃO VACÂNCIA Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante. A declaração de vacância não prejudica o direito dos herdeiros Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; (...) DIREITO DOS CREDORES Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança. DECURSO DO PRAZO 5 ANOS Art. 1.822. (...); mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal. DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA Art. 1.822. (...). Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão. Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será está desde logo declarada vacante. PETIÇÃO DE HERANÇA AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA Conceito: É a ação (judicial) que compete ao sucessor preterido para o fim de ser reconhecido o seu direito sucessório e obter, consequentemente, a restituição da herança (no todo ou em parte), de quem a possua (na qualidade de herdeiro ou sem qualquer título). Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua. Proteção específica da qualidade de sucessor Proteção a quem se intitula herdeiro e reivindica esse título com objetivo de obter a restituição da herança O VERDADEIRO SUCESSOR PODE TER SIDO PRETERIDO A) O HERDEIRO NÃO ERA CONHECIDO B) O TESTAMENTO NÃO FOI ENCONTRADO C) O TESTAMENTO FOI ANULADO D) O FILHO AINDA NÃO HAVIA SIDO RECONHECIDO LEGITIMAÇÃO ATIVA SUCESSOR LEGÍTIMO (AB INTESTATO) E O TESTAMENTÁRIO SUCESSOR ORDINÁRIO OU O RECONHECIDO POR SENTENÇA (PATERNIDADE RECONHECIDA) O SUCESSOR DO HERDEIRO E O HERDEIRO FIDEICOMISSÁRIO CESSIONÁRIO DA HERANÇA A ação é tanto do herdeiro universal que reivindica o todo, como do herdeiro que concorre com outros herdeiros e reivindica apenas parte ideal Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários. LEGITIMAÇÃO PASSIVA Quem está posse da herança, como se fosse herdeiro (ou até quem seja verdadeiramente herdeiro) ou que estejam na posse sem título que a justifique Cumulada com investigação de paternidade, constarão como demandados, além do possuidor dos bens hereditários (o cessionário, por exemplo), todos os herdeiros do falecido (e não o espólio), formando um litisconsórcio passivo necessário (mesmo os herdeiros que tenham renunciado ou cedido o direito hereditário) EFEITOS A procedência do pedido (com trânsito em julgado) gera reconhecimento da ineficácia da partilha em relação ao autor da ação, dispensada a anulação. Basta o simples pedido de retificação da partilha realizada anteriormente Art. 1.827. O herdeiropode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados. Art. 1.827. (...). Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo herdeiro aparente a terceiro de boa-fé. Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu. Súmula STF 149 (ação prescritível) “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança” Prazo 10 anos (Art. 205) HERDEIROS NECESSÁRIOS TAMBÉM SÃO CHAMADOS DE: HERDEIROS LEGITIMÁRIOS HERDEIROS RESERVATÁRIOS 1. DESCENDENTES (FILHOS, NETOS, BISNETOS ETC.) 2. ASCENDENTES (PAIS, AVÓS, BISAVÓS ETC.) 3. CÔNJUGE OU COMPANHEIRO ART. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. O herdeiro necessário tem direito a legítima (ou reserva) Porção que a lei reserva e assegura ao herdeiro necessário (ou reservatório) O PATRIMÔNIO DO AUTOR DA HERANÇA DIVIDE-SE EM: A) LEGÍTIMA (OU RESERVA) HERDEIROS NECESSÁRIOS B) PORÇÃO (OU QUOTA) DISPONÍVEL TESTAMENTO Não existindo descendente, ascendente ou cônjuge ou companheiro, o patrimônio não se divide em legítima e porção disponível; O autor da herança pode, por testamento, dispor inteiramente de seu patrimônio; CÁLCULO DA LEGÍTIMA Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação. Art. 1.997. A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido; mas, feita a partilha, só respondem os herdeiros, cada qual em proporção da parte que na herança lhe coube. Art. 1.998. As despesas funerárias, haja ou não herdeiros legítimos, sairão do monte da herança; mas as de sufrágios por alma do falecido só obrigarão a herança quando ordenadas em testamento ou codicilo. Art. 2.002. Os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação. Parágrafo único. Para cálculo da legítima, o valor dos bens conferidos será computado na parte indisponível, sem aumentar a disponível. Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. Art. 2.005. São dispensadas da colação as doações que o doador determinar saiam da parte disponível, contanto que não a excedam, computado o seu valor ao tempo da doação. Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima. Art. 1.850. Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar. Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima. Art. 1.848. (...). § 1º Não é permitido ao testador estabelecer a conversão dos bens da legítima em outros de espécie diversa. § 2º Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus dos primeiros. Ordem de Vocação Hereditária O chamamento dos sucessores é feito de acordo com uma sequência denominada ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA. Consiste numa RELAÇÃO PREFERENCIAL O chamamento é feito por CLASSES: 1. CLASSE DOS DESCENDENTES 2. CLASSE DOS ASCENDENTES 3. CÔNJUGE (OU COMPANHEIRO) 4. CLASSE DOS COLATERAIS A CLASSE MAIS PRÓXIMA EXCLUI A MAIS REMOTA Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. Cônjuge ou companheiro - (STF) RE 878694 Não é legítimo desequipará, para fins sucessórios, os cônjuges e os companheiros, isto é, a família formada pelo casamento e a formada por união estável. Tal hierarquização entre entidades familiares é incompatível com a Constituição de 1988. Assim, havendo alguém que pertença à classe dos ascendentes, ficam afastados os herdeiros das classes subsequentes, Dentro de uma mesma classe, a preferência estabelece-se por GRAUS. GRAU é a distância que há de uma geração para a outra O grau mais próximo exclui o mais remoto: o filho (1º grau) tem a preferência em relação ao neto (2º grau). Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. Art. 1.836. (...). § 1 o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos. Art. 1.829. A SUCESSÃO LEGÍTIMA DEFERE-SE NA ORDEM SEGUINTE: I - AOS DESCENDENTES + CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, SALVO; II - AOS ASCENDENTES + CÔNJUGE OU COMPANHEIRO; III - AO CÔNJUGE SOBREVIVENTE OU COMPANHEIRO; IV - AOS COLATERAIS. CÔNJUGE OU COMPANHEIRO SOBREVIVENTE - (STF) RE 878694 RECURSO EXTRAORDINÁRIO N° 878694 DECISÃO: O TRIBUNAL, APRECIANDO O TEMA 809 DA REPERCUSSÃO GERAL, POR MAIORIA E NOS TERMOS DO VOTO DO MINISTRO RELATOR, DEU PROVIMENTO AO RECURSO, PARA RECONHECER DE FORMA INCIDENTAL A INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 1.790 DO CC/2002 E DECLARAR O DIREITO DA RECORRENTE A PARTICIPAR DA HERANÇA DE SEU COMPANHEIRO EM CONFORMIDADE COM O REGIME JURÍDICO ESTABELECIDO NO ART. 1.829 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002, VENCIDOS OS MINISTROS DIAS TOFFOLI, MARCO AURÉLIO E RICARDO LEWANDOWSKI, QUE VOTARAM NEGANDO PROVIMENTO AO RECURSO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO N° 878694 EM SEGUIDA, O TRIBUNAL, VENCIDO O MINISTRO MARCO AURÉLIO, FIXOU TESE NOS SEGUINTES TERMOS: “É INCONSTITUCIONAL A DISTINÇÃO DE REGIMES SUCESSÓRIOS ENTRE CÔNJUGES E COMPANHEIROS PREVISTA NO ART. 1.790 DO CC/2002, DEVENDO SER APLICADO, TANTO NAS HIPÓTESES DE CASAMENTO QUANTO NAS DE UNIÃO ESTÁVEL, O REGIME DO ART. 1.829 DO CC/2002”. PRESIDIU O JULGAMENTO A MINISTRA CÁRMEN LÚCIA. PLENÁRIO, 10.5.2017. SUCESSÃO PELOS DESCENDENTES Art. 1.829. (...): I - aos descendentes + cônjuge ou companheiro, (...); Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação. A depender do regime de bens do casamento ou da união estável, o cônjuge ou companheiro viúvo pode concorrer com os descendentes (receberão juntamente com os descendentes) O cônjuge ou companheiro viúvo só NÃO concorrerá com os descendentes se o regime de bens for da comunhão universal, da separação obrigatória e da comunhão parcial (em relação aos aquestos) Art. 1.829. (...): I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; CIVIL. DIREITO DAS SUCESSÕES. CÔNJUGE. HERDEIRO NECESSÁRIO. ART. 1.845 DO CC. REGIME DE SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS. CONCORRÊNCIA COM DESCENDENTE. POSSIBILIDADE. ART. 1.829, I, DO CC. 1. O cônjuge, qualquer que seja o regime de bens adotado pelo casal,é herdeiro necessário (art. 1.845 do Código Civil). 2. No regime de separação convencional de bens, o cônjuge sobrevivente concorre com os descendentes do falecido. A lei afasta a concorrência apenas quanto ao regime da separação legal de bens prevista no art. 1.641 do Código Civil. Interpretação do art. 1.829, I, do Código Civil. 3. Recurso especial desprovido. (STJ - Resp.: 1382170 SP 2013/0131197-7, Relator: Ministro MOURA RIBEIRO, Data de Julgamento: 22/04/2015, S2 - SEGUNDA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 26/05/2015) NO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL: a) O cônjuge ou companheiro viúvo só concorre em relação aos bens particulares (adquiridos anteriormente ao casamento e os adquiridos gratuitamente da constância do casamento); b) O cônjuge ou companheiro viúvo NÃO concorre em relação aos bens adquiridos onerosamente na constância do casamento; COMUNHÃO TOTAL Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. ART. 1.668. SÃO EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO: I - OS BENS DOADOS OU HERDADOS COM A CLÁUSULA DE INCOMUNICABILIDADE E OS SUB-ROGADOS EM SEU LUGAR; II - OS BENS GRAVADOS DE FIDEICOMISSO E O DIREITO DO HERDEIRO FIDEICOMISSÁRIO, ANTES DE REALIZADA A CONDIÇÃO SUSPENSIVA; III - AS DÍVIDAS ANTERIORES AO CASAMENTO, SALVO SE PROVIEREM DE DESPESAS COM SEUS APRESTOS, OU REVERTEREM EM PROVEITO COMUM; IV - AS DOAÇÕES ANTENUPCIAIS FEITAS POR UM DOS CÔNJUGES AO OUTRO COM A CLÁUSULA DE INCOMUNICABILIDADE; V - OS BENS REFERIDOS NOS INCISOS V A VII DO ART. 1.659 . COMUNHÃO PARCIAL Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. ART. 1.659. EXCLUEM-SE DA COMUNHÃO: I - OS BENS QUE CADA CÔNJUGE POSSUIR AO CASAR, E OS QUE LHE SOBREVIEREM, NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, POR DOAÇÃO OU SUCESSÃO, E OS SUB-ROGADOS EM SEU LUGAR; II - OS BENS ADQUIRIDOS COM VALORES EXCLUSIVAMENTE PERTENCENTES A UM DOS CÔNJUGES EM SUB-ROGAÇÃO DOS BENS PARTICULARES; III - AS OBRIGAÇÕES ANTERIORES AO CASAMENTO; IV - AS OBRIGAÇÕES PROVENIENTES DE ATOS ILÍCITOS, SALVO REVERSÃO EM PROVEITO DO CASAL; V - OS BENS DE USO PESSOAL, OS LIVROS E INSTRUMENTOS DE PROFISSÃO; VI - OS PROVENTOS DO TRABALHO PESSOAL DE CADA CÔNJUGE; VII - AS PENSÕES, MEIOS-SOLDOS, MONTEPIOS E OUTRAS RENDAS SEMELHANTES COMUNHÃO PARCIAL ART. 1.660. ENTRAM NA COMUNHÃO: I - OS BENS ADQUIRIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO POR TÍTULO ONEROSO, AINDA QUE SÓ EM NOME DE UM DOS CÔNJUGES; II - OS BENS ADQUIRIDOS POR FATO EVENTUAL, COM OU SEM O CONCURSO DE TRABALHO OU DESPESA ANTERIOR; III - OS BENS ADQUIRIDOS POR DOAÇÃO, HERANÇA OU LEGADO, EM FAVOR DE AMBOS OS CÔNJUGES; IV - AS BENFEITORIAS EM BENS PARTICULARES DE CADA CÔNJUGE; V - OS FRUTOS DOS BENS COMUNS, OU DOS PARTICULARES DE CADA CÔNJUGE, PERCEBIDOS NA CONSTÂNCIA DO CASAMENTO, OU PENDENTES AO TEMPO DE CESSAR A COMUNHÃO. PARA O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO CONCORRER Além do regime de bens, exige-se: Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. DIREITO REAL DE HABITAÇÃO Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado, sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela natureza a inventariar. *Cônjuge ou companheiro - (STF) RE 878694 DIREITO REAL DE HABITAÇÃO CÓDIGO CIVIL Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família. Lei 6.015/1973 (Lei dos Registros Públicos) Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos. I - o registro: 7) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habitação, quando não resultarem do direito de família; PARTILHA Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer SUCESSÃO PELOS ASCENDENTES Art. 1.829. (...): II - aos ascendentes + cônjuge ou companheiro.); Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente. Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694. Art. 1.836. (...). § 1º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas. Divide-se a herança por LINHAS (linha paterna e linha materna) e não há o direito de representação. Prevalece o princípio de que o mais próximo afasta o mais remoto. Metade para mãe e metade para o pai. Se o pai for pré-morto, a mãe recebe a herança toda. Art. 1.836. (...). § 2º Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna. SE O PAI E MÃE JÁ FOREM PRÉ-MORTOS Se os avós maternos e paternos estiverem vivos: os avós maternos recebem a metade (½) da herança, sendo (¼) para o avô e (¼) para a avó. O mesmo em relação aos avós paternos. Ou seja, (¼) para cada um dos quatro avós: (¼ + ¼ + ¼ + ¼). SE O PAI E MÃE JÁ FOREM PRÉ-MORTOS Se os avós paternos já forem pré-mortos, os avós maternos recebem toda a herança. (½ + ½). Vige a regra: o mais próximo afasta o mais remoto. Se o avô materno já for pré- morto, a avó materna recebe sozinha a metade (½) da herança. A outra metade será devida entre os avós paternos (¼ + ¼). (½ + ¼ + ¼). CONCORRÊNCIA DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau. Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 PARA O CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO CONCORRER Exige-se: Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 SUCESSÃO PELO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO VIÚVO Art. 1.829. (...): III - ao cônjuge sobrevivente ou companheiro; Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge sobrevivente. Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível sem culpa do sobrevivente. Cônjuge ou companheiro sobrevivente - (STF) RE 878694 SUCESSÃO PELOS COLATERAIS Art. 1.829. (...): IV - aos colaterais. Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. SUCESSÃO PELOSCOLATERAIS Não são herdeiros necessários Podem ser afastados por testamento válido do morto Colaterais até o 4° grau 2º Grau (irmão) 3º Grau (tio e sobrinho) 4º Grau (primo, tio-avô e sobrinho-neto). Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau. Vige a regra segundo a qual o mais próximo afasta o mais remoto. Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, (...). DIREITO DE REPRESENTAÇÃO LIMITADO AOS FILHOS DOS IRMÃOS. Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos. 2° GRAU: IRMÃOS IMPORTANTE SABER SE OS IRMÃOS SÃO BILATERAIS OU UNILATERAIS. Se bilaterais (irmãos germanos – duplo sangue) Se unilaterais (irmãos uterinos ou irmãos unilaterais maternos e irmãos consanguíneos ou irmãos unilaterais paternos). Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar
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