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DIREITO CIVIL VI Direito das Sucessões

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1 
 
 
 
DIREITO CIVIL VI 
Direito das Sucessões 
 
“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são 
beneficiados com novas formas de enxergar o mundo” 
 
Paulo Henrique 
 2015 
 
2 
 
DIREITO CIVIL 6 
 
Conteúdo digitado e baseado das aulas do Prof. Emerson Alexandre Molina Rodrigues 
Obs.: Apesar das anotações serem feitas das aulas dadas pelo Professor, todo o conteúdo é de total responsabilidade minha, ou seja, 
se houve algum equívoco, algo desatualizado, alguma falha, foi engano e erro da minha parte. Peço que entrem em contato comigo 
para ser consertado/atualizado o erro. 
Obrigado e bom estudo!! 
E-mail: emersom.rodrigues@prof.uniso.br 
DA SUCESSÃO EM GERAL E SUCESSÃO LEGÍTIMA 
Bibliografia básica: 
 Curso de Direito Civil brasileiro. Maria Helena Diniz, vol. 6 – edição 2014, Saraiva 
 Direito Civil. Silvio de Salvo Venosa, vol.7 – Editora Atlas, 2014 
 Carlos Roberto Gonçalves – Editora Saraiva, 2014 
Plano de matéria: 
Art. 1784 ao 1856 CC 
A Matéria será dividida em 2 semestres: 
Noções de Herança 
Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma pessoa, do relacionamento dela com outras 
pessoas e coisas, o que falta estudarmos dentro do CC é a morte!! 
Podemos dizer que “sucessão” é o ato que a pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na titularidade 
de determinados bens 
Deste modo, quando se fala na ciência jurídica em Direito das Sucessões, está se falando num campo 
específico do Direito Civil em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações em razão da morte 
de uma pessoa. E, assim como entre vivos a sucessão pode se dar a Título Universal (Ex.: Quando uma 
pessoa jurídica adquire a totalidade do patrimônio de outra, direitos e obrigações, ativo e passivo), ou a Título 
Singular (Ex.: Num bem ou certos bens determinados), também no Direito das Sucessões existem dois tipos 
de sucessão: 
A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL dá-se quando, pela morte, se transmite uma 
universalidade de bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não importando a quantidade de herdeiros. 
O objeto desse tipo de sucessão chama-se herança 
O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR, ocorre por testamento, o testador deixa uma 
pessoa com um bem certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a figura do legatário 
 
mailto:emersom.rodrigues@prof.uniso.br
3 
 
Art. 1.784 CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários 
A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as 
obrigações, as pretensões e ações de que era titular o falecido, e as que contra ele foram propostas, desde 
que transmissíveis 
Entretanto herda os deveres somente até o limite da herança (Art. 1792 CC) 
De cujus – Aquele de cuja a morte se trata 
O Objeto da Sucessão é a HERANÇA que decorre da morte. A morte pode ser REAL (é a regra) ou FICTA 
(morte presumida – Art. 7º CC) 
 
OBS.: Art. 1784 CC - O momento da transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito 
importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) 
Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, sem que se possa averiguar 
quem faleceu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Desta forma, em sendo os comorientes 
herdeiros entre si, falecendo em situação tal que não se possa precisar se um dos comorientes precedeu ao 
outro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois 
passar a sua herança aos seus sucessores 
 
DA SUCESSÃO EM GERAL 
Arts. 1784 a 1789 CC 
•Trata de dispositivos 
comuns à sucessão 
legítima e 
testamentária 
SUCESSÃO LEGÍTIMA (“ab 
intertato”) 
Arts. 1829 a 1844 CC 
• É aquela que decorre da 
aplicação da lei 
(obedecendo a ordem de 
vocação hereditária) – 
Hipótese de ausência de 
testamento válido ou ato 
de última vontade 
SUCESSÃO A TÍTULO 
UNIVERSAL 
•É aquela que ocorre 
quando o herdeiro 
sucede a totalidade dos 
bens do falecido, ou 
parte dele não 
específica 
SUCESSÃO DEFINITIVA 
•É aquela decorrente da 
morte ou ausência de 
uma pessoa 
SUCESSÃO PROVISÓRIA 
•É a denominação da 
sucessão do ausente 
enquanto não 
contemplado todos os 
requisitos da ausência 
SUCESSÃO 
TESTAMENTÁRIA 
Arts 1857 a 1911 CC 
•É a proveniente de ato 
de última vontade ou 
testamento válido. A 
ordem foi escrita pelo 
morto quando em vida 
4 
 
OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do 
SAISINE (Art. 1787 CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a 
legitimação para suceder. Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa 
será a norma que deverá ser aplicada 
OBS³.: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, sendo certo que se trata de uma 
massa de bens sem personalidade jurídica 
OBS4.: Art. 1785 CC - O lugar da abertura da sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido, 
sendo esse o foro competente para processar o inventário e se proceder a partilha do acervo hereditário. 
Porém como sempre, há exceções!! 
Importante ressaltar que, os bens situados no Brasil, serão aqui partilhados ainda que o último domicílio ou o 
óbito do autor da herança tenha ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro 
competente será o da situação dos bens ou então do local em que ocorreu o óbito se possuía bens em locais 
diferentes (artigo 89, II e 96, ambos do CPC) 
 
 
CAPACIDADE SUCESSÓRIA 
É a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus 
Pressupostos da capacidade sucessória: 
1. Morte do de cujus 
2. Sobrevivência do herdeiro 
3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 
4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento 
 
OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo 
herdeiro 
OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento 
OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de 
cujus estiver grávida, quando nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a 
herança será distribuída entre os outros herdeiros 
Delação Sucessória – É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão 
 
 
5 
 
Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: 
 A pessoa que escreveu o testamento, nem o 
seu cônjuge ou companheiro, ou os seus 
ascendentes e irmãos 
 As testemunhas do testamento 
 O concumbino do testador casado, salvo se 
este, sem culpa sua, estiver separado de fato 
do cônjuge há mais de 5 anos 
 O tabelião, civil ou militar, ou o comandante 
ou escrivão, perante quem se fizer, assim 
como os que fizer ou aprovar o testamento 
 
EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO 
Causas que pode haver a Exclusão por Indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário da 
sucessão (Art. 1814 CC). Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou 
analógica: 
 
 Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio doloso ou sua tentativa, contra a 
pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente 
OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de homicídio culposo, legítima defesa, estado de 
necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de 
afastar o agente da sucessão 
 
 Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou 
de seu cônjuge ou companheiro 
OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a condenação do herdeiro, bastando que este haja 
provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes 
contra a honra do herdeiro só ficarácomprovada se houver prévia condenação do indigno no juízo criminal 
 
 Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o de cujus de livremente dispor de seus bens por 
ato de última vontade 
 
Declaração Jurídica da Indignidade 
Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é imprescindível que prévia declaração judicial, proferida 
em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legítimo interesse na sucessão, ou seja, por 
herdeiros ou legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para essa ação. O PRAZO para a 
propositura da ação declaratória de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da sucessão, sob pena 
de decadência (Art.1815 CC) 
 
6 
 
Efeitos da Indignidade: 
Os descendentes do indigno sucedem-no por 
representação, como se ele já fosse falecido na 
data da abertura da sucessão (Art. 1816 CC) 
O indigno não terá direito ao usufruto e à 
administração dos bens que a seus filhos 
menores houverem na herança ou à sucessão 
eventual desses vens (Art. 1816 e § único do CC) 
O indigno, apurada a obstação, ocultação ou 
destruição do testamento por culpa ou dolo, deve 
responder por perdas e danos. Não obstante sua 
exclusão na sucessão, o excluído da sucessão 
poderá representar eu pai na sucessão de outro 
parente, já que a pena deve ser considerada 
restritivamente 
 
 
ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art. 1804 e 1805 CC) 
Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário. 
Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: 
 EXPRESSA – Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou 
particular 
 TÁCITA – Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro 
 PRESUMIDA – Se algum interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança (Ex.: Credor do 
herdeiro) poderá requerer ao Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo 
razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se aceita ou não a herança. Caso haja silêncio é tida 
como aceita 
 
 
RENÚNCIA DA HERANÇA 
É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve 
sempre constar expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art. 1806 CC) 
Art. 1808 c/c Art. 1812 CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a 
aceitação como a renúncia são atos irrevogáveis 
Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos 
herdeiros da sua classe 
Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não 
por serem a cota do herdeiro (Art. 1811 CC) 
 
7 
 
CESSÃO DA HERANÇA 
A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro 
legítimo ou testamentário faz de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão 
REQUISITOS:
Capacidade do cedente para os atos da vida 
civil e de disposição de seus bens 
Abertura da sucessão, pois é vedado a 
transação de herança de pessoa viva 
Instrumento público, que é da essência do ato 
(Art. 1793 CC) 
Que a cessão seja feita antes da partilha 
EFEITOS: 
O cessionário assume, em relação aos direitos 
hereditários, a mesma condição jurídica do 
cedente (Art. 1793, § 1º CC) 
O cessionário, sucede à título singular e inter 
vivos 
O cessionário assume os débitos do espólio 
atinentes à porção cedida 
O cedente não responde, em regra pela evicção, 
salvo se enumerar os bens da herança e estes não 
existirem, ou se for privado da qualidade de 
herdeiro, que afirmou ter 
Os demais herdeiros possuem direito de 
preferência na aquisição da fração cedida, se se 
tratar de cessão à titulo oneroso 
 
HERANÇA JACENTE 
Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário, notoriamente conhecido ou quando for 
repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art. 1819 CC) 
Constitui, assim, um acervo de bens arrecadado por morte do de cujus sujeito à administração e 
representação de um curador a quem incumbem os atos conservatórios (Art. 12, IV do CPC), sob 
fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à 
declaração de sua vacância (Art. 1819 CC) 
Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das 
dívidas reconhecidas nos limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem 
SUCESSÃO LEGÍTIMA 
É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos 
bens; ou quando o testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é 
considerado inválido 
Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a 
sucessão será deferida de acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 
8 
 
A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as 
pessoas são chamadas a suceder ao finado 
Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge 
OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge, poderá fazer um testamento do total da 
herança 
Há uma ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (Art. 1829 CC): 
 
1ª Ordem - Determina quais são as CLASSES SUCESSIVAS: 
 
OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras 
Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 
1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na ausência de herdeiros da classe anterior. 
Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus não tiver descendentes 
2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais próximos em grau, excluem os mais 
remotos, salvo direito de representação 
Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não os netos, pois são os mais próximos em grau 
 
MODOS DE SUCEDER 
 
1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 
2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 
3ª Classe Sucessível - Cônjuge 
4ª Classe Sucessível - Colateral 
Por DIREITO PRÓPRIO 
Ocorre quando todos herdeiros 
são chamados à sucessão e 
encontram-se na mesma classe 
e no mesmo grau 
Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO 
Ocorre quando alguns herdeiros 
são chamados para suceder no 
lugar de outros 
Por DIREITO DE TRANSMISSÃO 
Ocorre depois de aberta a 
sucessão, sendo transmitida 
para outra pessoa. Pode ser 
objeto de negócio jurídico os 
bens de pessoa morta 
9 
 
3 MODOS DE PARTILHAR A HERANÇA 
 
 
OBS.: Não há representação para ascendente “Art. 1.852 CC - O Direito de Representação dá-se na linha 
reta descendente, mas nunca na ascendente”. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, 
metade para linha materna e metade para linha paterna (Art. 1836 CC § 2o - Havendo igualdade em grau e 
diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha 
materna) 
OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, 
porém estando mortos os irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art. 
1843 CC) 
OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos 
unilaterais (filhos do mesmo ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os irmãos 
unilaterais herdarem (Art. 1841 CC) 
Art.1853 CC – Herança de irmãos e dos filhos destes quando mortos. É a única forma de direito de 
representação que a legislação aceita na linha transversal. Sendo filhos de irmãos concorrendo com irmãos 
vivos do de cujus 
Art.1843, §2º CC – Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um deste 
herdará a metade do que herdar cada um daqueles 
Art. 1814 CC - São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que praticarem determinados crimes. 
Ocorre a vacância e a docênciada herança, sendo passada para o Município 
 
1º QUESTIONÁRIO DIREITO CIVIL 
1. Joaquim falece no estado civil de viúvo deixando 4 filhos: João, Pedro, Paulo e Maria. João é pré 
morto e deixou os filhos: Lucas e Antonio. Paulo é declarado indigno e tem uma filha Claudia. Pedro 
renunciou a herança e possui 4 filhos: Guilherme, Augusto, Patrícia e Henrique. Maria não tem filhos. 
Ainda o patrimônio de Joaquim é composto pelos seguintes bens: Uma casa no valor de R$ 250 mil, 
um terreno no valor de R$ 200 mil e um carro no valor de R$ 50 mil. Diante do caso exposto proceda a 
partilha dos bens de Joaquim 
Por Cabeça 
Ocorre a partilha 
na sucessão por 
direito próprio 
Por Estirpe 
Ocorre a partilha 
decorrente do direito 
de representação 
Por Linhas 
Sucessão dos 
ascendentes 
10 
 
2. O que é herança? 
3. O herdeiro pode ser considerado representante do de cujus? Explique 
4. Como a sucessão foi tratada esquematicamente no Código Civil? 
5. O que é sucessão legítima? 
6. O que é sucessão testamentária? 
7. O que é sucessão a título singular? 
8. Proceda a distinção entre sucessão a título universal e sucessão a título singular 
9. Proceda a distinção entre a sucessão definitiva e sucessão provisória 
10. Qual é o momento da abertura da sucessão? Fundamente e explique 
11. Como se resolve o problema da comoriência? Fundamente 
12. Qual é o lugar da abertura da sucessão? Fundamente 
13. Explique a capacidade sucessória incluindo os seus pressupostos 
14. Como se dá a aceitação da herança? 
15. Quais são as espécies de aceitação da herança? Explique cada uma delas 
16. O que é a renúncia da herança? 
17. Quais são as condições aceitas para se renunciar à herança? Desenvolva 
18. Como se procede caso a renúncia da herança prejudique terceiros? Fundamente 
19. Como se partilha a herança do herdeiro renunciante? Fundamente 
20. As dívidas do morto podem atingir o patrimônio particular do herdeiro? Justifique 
21. O que é herança jacente e herança vacante? 
22. Quem são os impedidos de suceder? Explique 
23. Quais são as classes sucessíveis? 
24. Quais são as regras para aplicação das classes sucessíveis? 
25. Quais são os modos de se suceder? 
26. Quais são os modos de se partilhar a herança? 
27. Falece Andrea, solteira, sem deixar herdeiros necessários. Deixou como patrimônio bens no valor de 
900 mil reais. Foram gastos 20 mil reais no seu funeral. Tinha duas irmãs bilaterais, Ana e Francisca, 
e um irmão unilateral, André. Considere que André é pré-morto e possui três filhos, Lia, Cleusa e Lívia, 
e Ana renunciou a herança. Assim sendo, proceda a partilha dos bens de Andrea. 
28. No dia 4 de março de 2015, faleceu Pedregundo em acidente de carroça. Deixou como patrimônio 
bens avaliados em 120 mil reais. O de cujus tinha 3 filhos adotivos, Josebeto, Leôncio e Eguani. 
Considere que Eguani renunciou e todos herdeiros tem capacidade sucessória e divida a herança 
29. Faleceu Américo sem deixar herdeiros necessários. Deixou um patrimônio de 320 mil reais. Eram 
parentes do de cujus, José, irmão unilateral e Maria, irmã bilateral; Santo a Angela, filhos de José; e 
Samir, filha de Maria; Otacílio, Augusto e Mario, tios de Américo; Juca, Paulo, Felipe, primos de 
Américo; Francisco, tio-avô de Américo. Assim considere, as seguintes hipóteses e proceda a 
respectiva partilha: 
a. Todos os herdeiros tem capacidade sucessória 
b. José é pré-morto 
11 
 
c. Os irmãos renunciam 
d. Os irmãos e sobrinhos são declarados indignos 
e. Os irmãos, sobrinho e os tios renunciam a herança 
30. Flavio, viúvo, 75 anos, falece. Teve 2 filhos, Marcio, já falecido e José, que renuncia a herança. Marcio 
tinha 2 filhos: Carlos e Maria; E José tinha 3 filhos: Renata, Carla e Soraya. Flavio deixou um 
poupança de 250 mil reais. Assim sendo proceda a partilha 
31. Àlvaro falece deixando o seu tio avô, Geraldo e seu sobrinho, Tiago. Deixou um patrimônio de 250 mil 
reais. Proceda a partilha 
32. Quais são os casos em que é possível a sucessão por representação? 
33. Quem são os herdeiros necessários? 
 
 
SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE 
Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: 
Regime da Comunhão Universal 
NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido, se o Regime de Bens 
no casamento era o da Comunhão Universal. Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há razão para 
que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos do falecido 
Regime da Separação Obrigatória 
Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o matrimônio com inobservância das causas 
suspensivas, forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento judicial para casar (Art. 1.641 CC) 
Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento 
Regime da Comunhão Parcial de Bens 
NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido numa terceira 
hipótese cogitada na parte final do inc. I do art. 1.829 do CC: “se, no regime da comunhão parcial, o autor 
da herança não houver deixado bens particulares” 
Haverá a concorrência se, no Regime Parcial, o autor da herança deixou bens particulares 
Uma polêmica que acontece é no caso de haver bens particulares (bens adquiridos fora do casamento), pois 
o cônjuge sobrevivente irá ser meeiro dos bens adquiridos durante o casamento, e também irá concorrer na 
herança dos bens particulares, entretanto, essa concorrência também irá chamar a outra metade que não 
seja o que ele recebeu da meação, ou seja, o sobrevivente irá ter parte em todo o patrimônio restante da 
meação 
12 
 
Regime da Separação Convencional 
Por não constar das ressalvas do art. 1.829, inc. I do CC, HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo 
no que respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos 
Esquematizando: 
HIPOTESES que o Herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art. 1829 e 1830 CC): 
 Se judicialmente separado do de cujus 
 Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa 
sua 
 Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens 
 Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado 
bens particulares 
 Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO 
houver deixado bens particulares 
CASOS em que o Cônjuge CONCORRE com os Descendentes 
 Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional 
 Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares 
 Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens 
particulares 
Art. 1.832 CC – Em concorrência com os descendentes (Art. 1.829, I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao 
dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for 
ascendente dos herdeiros com que concorrer 
Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e 
os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou 
quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este 
receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição 
da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso 
OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como 
na hipótese da existência somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à 
quarta parte da herança, cabendo somente a parte a cada um dos filhos 
Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente 
adotada pela maioria dasDoutrinas) 
Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional 
com C e teve mais 2 filhos. Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por 
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cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não 
há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça 
 
HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL 
Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: 
Art. 1790 CC – A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos 
onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: 
I – Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho 
II – Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um 
daqueles 
III – Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança 
IV – Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança 
OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na 
constância da união estável (Art. 1725 CC) 
OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira 
não herdará nada, herdando os bens somente os filhos do de cujus 
OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança 
durante a união estável, mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (sub-
rogação) 
OBS4.: Direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à família enquanto não constituir nova 
união ou casamento – Art. 7º, § único da Lei nº 9.278/96

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