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2018 exame físico grandes animais

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Introdução ao exame físico em 
Grandes Animais
Profa. Msc. Renata Bello Rossetti
Anamnese
Resenha, Historico, Queixa Principal, revisão dos sistemas.....
EXAME GERAL
� POSTURA/ATITUDE
� Arqueamento do dorso - “postura dolorosa”
� Decúbito com auto-auscultação
� Posturas características
� CONDIÇÃO CORPÓREA
� Doenças metabólicas/ doença aguda, crônica
� CONFORMAÇÃO
� Unhas afastadas podem predispor a fibromas interdigitais
� Aprumos ruins predispõe a lesões ortopédicas
� TEMPERAMENTO/PLANO DE CONTENÇÃO
� Prevenir um comportamento indesejado
Exame Físico
EXAME FÍSICO
1. Inspeção – visualização
ü Além da postura e atitude, 
ü verificar a simetria (olhos, cabeça, abdomen, membros)
ü Presença de corrimentos
2. Verificação olfativa
ü necrose interdigital, metrite, dermatites, miíases,….
3. Palpação
ü determinação das características de superfície,
consistência, delimitação, sensibilidade e aumento de
temperatura
EXAME FÍSICO
4. Percussão (digital ou com plexímetro)
Para sensiblidade dolorosa e percussão acústica
� Percussão Topográfica: Feita para limitar o orgão (verifica se há 
alteração no tamanho do orgão)
� Percussão Comparativa: Comparar ruídos entre ou no mesmo 
orgão ou cavidade
� SONS FUNDAMENTAIS:
� CLARO: Cavidades com gases e parênquima= Pulmão
� TIMPÂNICO: Cavidade com gases no interior = Rúmen
� MACIÇO: estruturas compactas, sólidas = Fígado
EXAME FÍSICO
5. Auscultação
� Método Indireto com uso do estetoscópio
� Tipos de sons auscultados:
ü Aéreos Puros – movimentos de gases
ü Aéreos – movimento de gases e líquido
ü Sólidos – atrito entre duas superfícies sólidas
ü Líquidos – movimento de líquidos
Exame das 
Mucosas
Oculopalpebral 
ü conjuntiva palpebral 
superior,
ü conjuntiva palpebral 
inferior,
ü 3a pálpebra ou 
membrana nictitante 
ü conjuntiva bulbar ou 
esclerótica
 mucosas nasal
 bucal
vulvar
prepucial Coloração e 
TPC
Tempo de Preenchimento 
Capilar
Condição do 
Animal
Tempo
(segundos)
Sadio 1 – 2 
Desidratado 2-4
Desidratado 
Grave > 5 
Coloração das Mucosas
Equinos e Bovinos
Normal : Rósea
Palidez:
Branco rósea ou perlácia
(máximo de palidez)
Congestão:
Vermelho discreto 
(irritação) até Vermelho 
tijolo (Congestão)
Nos Pequenos Ruminantes
Coloração da mucosa 
normal:
Vermelho Intenso
üMucosa Rósea já é 
indicativo de anemia 
por verminose
Coloração das Mucosas
Palidez
Coloração das Mucosas
Congestão
engurgitamento de vasos sanguíneos, por processo infeccioso 
ou inflamatório, local ou sistémico 
Coloração das Mucosas
Cianose
A cianose é uma coloração azulada da pele e das mucosas, causada pelo 
aumento da quantidade absoluta de hemoglobina reduzida no sangue. 
A coloração azulada das mucosas indica um distúrbio da hematose 
(troca gasosa que ocorre nos alvéolos) 
Coloração das Mucosas
Icterícia
Rósea com fundo ictérico
ICTERÍCIA
Hepática
Pré-Hepática Pós-Hepática
Anemias 
Hemolíticas
Obstrução do fluxo biliar 
• Colangite
ü fasciolose
ü Fotossensibilização 
• Abscesso 
• neoplasia 
Hepatites
ü Viral
ü Bacteriana
ü Tóxicas
A icterícia é o resultado da retenção de bilirrubina nos 
tecidos, e ocorre devido ao aumento da bilirrubina sérica 
acima dos níveis de referência
Avaliação da Mucosa 
Nasal
� Pode se apresentar:
� Inflamada
� Edematosa;
� Eritematosa (avermelhada);
� Ulcerada 
� Cobertas com secreção
muco purulenta
/ sero-sanguinolenta
Presença de Corrimentos
1. FLUIDO: Líquido, aquoso, 
pouco viscoso e 
transparente
corrimento nasal normal em 
bovinos
2. SEROSO: Mais denso que 
o fluido, mas ainda 
transparente (Coriza) 
ü processos virais, alérgicos e 
precede a secreção de infecçõ
es ou inflamações
OBSERVAR QUANTIDADE, ASPECTO E SE UNI OU BI-LATERAL
Presença de Corrimentos
3. CATARRAL: Mais viscoso, 
mais pegajoso, esbranquiçado. 
4. PURULENTO: Mais denso e 
com coloração variável 
(amarelo-esbranquiçado, 
amarelo-esverdeado). 
ü Exsudato rico em neutrófílos, 
indicando, por ex: processos 
infecciosos, corpo estranho, etc
5. SANGUINOLENTO: 
Vermclho-vivo ou enegrecido.
ü Pode resultar de traumas, distú
rbios hemorrágicos sistémicos, 
Neoplasias, etc
Simetria dos contornos 
faciais
� Exame dos ossos que cobrem seios paranasais e 
fossas nasais;
� Palpação e Percussão digital
� Fístulas, tumefações, assimetrias
Percussão do Seio 
Paranasal
� Cavidade sinusal 
preenchida por líquido, 
neoplasia ou material 
purulento = som 
abafado
� Sinusite aguda = dor
� Compara som lado 
esquerdo com lado 
direito
Seios Paranasais 
� Principais afecções:
1. Infecções respiratórias virais e bacterianas
(sinusite);
2. Abscedação dos ápices dos dentes molares
caudais (4ºPM e 1ºM).
3. Hematoma etmoidal
4. Cistos e neoplasias;
O diagnóstico se dá através da percussão dos seios 
na procura de sons maciços no lugar de sons 
timpânicos e raio x.
� Ar Expirado
� Tº
� Força
� Odor
� Simetria
� Ruídos
Obstrução Cavidade Nasal
Resumo avaliação da 
Cabeça
1. Avaliar a simetria
2. Descargas nasais
3. Enoftalmia ou exoftalmia
4. Inspeção das mucosas (rósea, pálida, ictérica, 
congesta/presença de úlceras)
5. Avaliam-se os seios frontais e os maxilares por
percussão
6. Palpam-se os linfonodos
Resumo avaliação da 
Cabeça
7. Manipula-se os maxilares e a língua para avaliar
força e integridade, inspeciona-se dentes (fraturas, 
pontas, perdas, CE)
8. Deve-se examinar o palato, buscando-se erosões e 
ulcerações
9. Perceber o odor da cavidade oral
10.Avalia-se a função motora e sensorial da 
musculatura facial e da pele (alterações
neurológicas)
Avaliação dos Parâmetros 
Vitais
Frequência Respiratória
� Movimentos Respiratórios por minuto
� Pode ser feita por:
� Inspeção : observação movimentos torácicos ou 
narinas
� Auscultação : lobos pulmonares ou traquéia
� Palpação: movimentos abdominais
Frequência Respiratória
Espécie FR (mrpm)
Equino 8-16
Bovino 10-30
Ovino/Cap
rino 20-30
� Taquipnéia: da FR
� Febre, dor, diminuição oxigenação
� Bradipnéia: da FR
� Depressão SNC ou próximo ao óbito
� Apnéia:
� Ausência total da respiração
� Eupnéia:
� Atividade respiratória normal
� Dispnéia
� Dificuldade respiratória
Palpação do Pulso Arterial
Artéria Facial Transversa Artéria Coccígea
Artéria facial
Artéria Digital
Bezerros, potros e 
pequenos 
ruminantes
Artéria Femural
Auscutação
Método conclusivo
Local propício 
Exame cardíaco bem 
conduzido deve-se auscutar 
os dois lados
Freqüência, 
intensidade,
ritmo
Ausculta Cardíaca
1. Mensuração da frequência cardíaca 
2. Avaliação da intensidade e características dos ruí
dos cardíacos e da área de ausculta
3. Avaliação individualizada dos ruídos cardíacos 
mediante referências topográficas das áreas 
valvulares em cada lado do tórax.
4. Avaliação dos sopros quanto às suas caracterí
sticas e localização dos pontos de máxima 
intensidade (PMI). 
LADO ESQUERDO 3º ao 5º EIC
Valva pulmonar 3º EIC
Valva aórtica 4º EIC
Valva mitral 5º EIC
LADO DIREITO 3º ao 4º EIC. 
Valva tricúspide 4º EIC
EQUINO
LADO ESQUERDO - 3º ao 6º EIC
Valva pulmonar 3º EIC
Valva aórtica 4º EIC
Valva mitral 5º EIC
LADO DIREITO –3º ao 4º EIC. 
Valva tricúspide 4º EIC
Avaliação da Frequência 
Cardíaca
Espécie FC(bpm)
Equino 28-40
Bovino 60-80
Ovino/Caprino 90-115
Taquicardia : Aumento FC
Bradicardia: Redução da FC
Hidratação
� A desidratação discreta (até 5%) não promove altera
ções clínicas marcantes. 
Quais parâmetros são avaliados para mensurar o grau de desidratação??
Avaliação da Temperatura
� Mensuração: 
Termômetro de Máxima (não oscila)
Espécie Categoria Temp Corpórea
Bovina
Bezerros 38,5-39,5ºC
Adultos 37,5-39,5ºC
Equina
Potros 37,2-38,5ºC
Adultos 37,8-38,5ºC
Peq Ruminantes
Jovens 38,6-40,3ºC
Adultos 38,3-39,5ºC
Lanados Até 40ºC
Alterações da Temperatura 
Corpórea
� HIPOTERMIA
ü Ambientes Gelados 
ü Hipotermia dos cordeiros (bx reserva E manter calor)ü Animais mal nutridos
ü Hipocalcemia da parturiente
ü Hipotireoidismo
ü Choque: Hipovolêmia
ü Coma: Sinal da Morte 
ü Queda TºC
ü Aumento da FC
Alterações da Temperatura 
Corpórea
� HIPERTERMIA
A. Variações Fisiológicas: 
ü Alta temperatura x Alta umidade – até 2ºC elevação
ü Exercícios: elevacão temporária – até 5ºC equinos
ü Função Reprodutiva da fêmea: variação no parto e cio
B. HIPERTEMIA EXÓGENA
ü Insolação (Radiação Solar)
C. HIPERTEMIA ENDÓGENA
ü Síndrome Febre (reduz a perda/dissipacão de calor)
Sinais Clínicos de 
Hipertemia
� Depressão, letargia e Hipo ou Anorexia
� Boca, muflo e narina secos
� Taquicardia e Taquipnéia
� Polidipsia e oligúria (retém líquidos)
� Congestão de mucosas
� Constipação
Quantificação da febre
Nomenclatura
Variação da Temperatura 
Corpórea 
acima do normal
Febrícula Até 0,5ºC acima
Febre Baixa Até 1ºC acima
Febre 
Moderada
Até 2ºC acima
Febre Alta Maior que 2ºC acima
Tipos de Febre
� Simples: Duração curta (menos de 3 dias)
ü Crise Hemolítica
� Contínua ou Prolongada : duração mais de 3 dias
ü Bacteremia constante (pneumonia, sepse)
� Recurrente: Intervalos regulares de Febre e Apirexia
ü Malária
� Intermitente:
ü Verdadeira (tumores, brucelose em cães)
ü Artificial (uso anti-piréticos)
Avaliação dos Parâmetros 
Vitais
Espécie FC(bpm)
FR 
(mrpm)
Temperatura 
ºC
Equino 28-40 8-16 37,5-38,5
Bovino 60-80 10-30 37,8-39,5
Ovino/Capri
no 90-115 20-30 38,5-40
Avaliação dos Linfonodos
� O sistema linfático é uma barreira à disseminação de 
tumores e infecções.
Alterações nos linfonodos são de significado 
imunológico de grande importância prática na 
clínica.
Infecção em alguma parte do corpo
Recolhimento do microorganismo pelo Sistema linfático (LINFA) 
passando por um linfonodo
Tentativa de destruição do microorganismo pelos macrófagos e 
linfócitos
Hiperplasia é decorrente da absorção e da fagocitose de bactérias, 
toxinas e da produção de linfócitos e anticorpos. 
palpados + facilmente
Infarto Ganglionar – Aumento
de volume do Linfonodo
� Reação inflamatória de caráter defensivo:
ü de processos inflamatórios, infecciosos e/ou neoplá
sicos, 
ü localizados ou disseminados.
� Participam de processos patológicos dentro de uma 
área de drenagem, manifestando através:
ü aumento de volume, 
ü sensibilidade a palpação 
ü Alteração na consistência ( mole ou endurecimento).
Palpação do Linfonodo
� Nos processos inflamatórios e infecciosos agudos:
ü A consistência não se altera 
ü Podemos denotar o aumento de volume e de sensibilidade
ü Perda de mobilidade – fibrose pelo processo inflamatório
ü Estágios finais da infecção: abcesso no linfonodo = supuração 
Palpação do Linfonodo
� Nos processos Crônico ou Neoplásicos:
ü A consistência fica dura
ü Podemos denotar o aumento de volume e leve de sensibilidade
Leucose Bovina
� Aumento unilateral:
 comprometimento unilateral da área de drenagem
“Processo localizado”
� Aumento generalizado dos linfonodos:
 Associado a doenças sistêmicas agudas ou neoplasias 
A diferenciação PI x NEOPLASIA: citologia ou biópsia. 
Palpação do Linfonodo
Localização dos principais 
linfonodos
Equino Saudável:
únicos linfonodos
superficiais palpáveis, são
os linfonodos
mandibulares
Localização dos principais
linfonodos
º 
L. mandibular
L. 
parotídeo
L. retrofaríngeo
L. pré-escapular
L. pré-crural
L. mamário
L. Da bifurcação 
aórtica
L. ileofemurais
L. Pré-femoral
L. mandibular
L. pré-escapular
L. Poplíteo
L. 
parotídeo
L. mamário
L. retrofaríngeo
Nos caprinos de leite
Avaliação dos Linfonodos
O aumento exagerado dos linfonodos pode causar a compressão 
de estruturas vizinhas, causando sintomas secundários 
� Disfagia e timpanismo —> linfonodos mediastínicos 
ü por compressão de vago, nos casos de tuberculose e 
actinobacilose em bovinos; 
� Dispneia —> linfonodos retrofaríngeos 
ü compressão faríngea 
� Tosse —> linfonodos mediastínicos 
ü compressão de traquéia e árvore brônquica
Aumento do Tamanho dos 
Linfonodos
Deve ser descrito usando-se termos comparativos ti- 
rados da vida diária, tais como: 
"caroço de azeitona",
 "azeitona pequena ou grande”
 "limão”
 "ovo de galinha”
 "laranja", entre outros. 
Sensibilidade a Palpação
� Processos inflamatórios e/ou infecciosos AGUDOS 
 linfonodos sensíveis a palpação.
� Processos CRÔNICOS
Sensibilidade é normal ou discretamente aumentada 
As alterações dos linfonodos são 
características em algumas enfermidades
� Leucose enzoótica bovina
� Actinobacilose
� Tuberculose
� Paratuberculose (Doença 
de Johne)
RUMINANTES
v Linfadenite caseosa
v Actinobacilose
v Tuberculose (caprinos)
v Paratuberculose 
EQUINOS
� Linfangite
� Mormo
� Garrotilho
As alterações dos linfonodos são 
características em algumas enfermidades
� Aumento unilateral:
 comprometimento unilateral da área de drenagem
“Processo localizado”
� Aumento generalizado dos linfonodos:
 Associado a doenças sistêmicas agudas ou neoplasias 
A diferenciação PI x NEOPLASIA: citologia ou biópsia. 
Palpação do Linfonodo
Exames Complementares
� Exame retal
� Aparelho reprodutivo
� Alças Intestinais (conteúdo, posicionamento)
� Linfonodos ilíaco e inguinal profundo
� Bexiga
� aderências

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