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Sistema Respiratorio Equino Intro

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1 Vitória Carolina 
 
 
ANATOMIA 
 
A função do sistema respiratório é a captação de 
oxigênio, olfação, fonação, filtração e condicionamento do 
ar, termorregulação e controle do pH sanguíneo. 
ETIOLOGIA 
Bacterianas – Rhodococcus equi, Streptococcus equi, 
Burkholderia mallei 
Virais – influenza, herpesvirus, arterite viral, Rhinovirus, 
Adenovirus, Hendravirus 
Fúngicas – Aspergilus sp. 
Parasitárias – Parascharis equirum 
ANAMNESE 
Queixa principal: início, tempo/tipo de evolução, há mais 
de um animal acometido; 
Tratamentos anteriores; 
Histórico médico; 
Ambiente e manejo. 
PRINCIPAIS SINAIS RELACIONADOS COM ALTERAÇÕES 
NO SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Febre, secreção nasal, espirro, tosse, fadiga e 
intolerância ao exercício, ruídos respiratórios, alteração 
 
de frequência respiratória, alteração na simetria facial e 
cianose 
 
EXAME FISICO ESPECÍFICO 
1. Inspeção 
Postura do animal 
FR ( da FR  da FR e apneia é ausência de FR) 
Ritmo 
Tipo respiratório (normal costoabdominal) 
Análise das narinas (secreção: serosa, mucosa, 
purulenta, hemorrágica ou mista. Simetria de 
face) 
Ar exalado 
Tosse 
2. Palpação 
Reflexo de tosse – compressão da traqueia, 
animal tosse mais e indica alguma alteração 
Seios paranasais 
Linfonodos regionais 
3. Percussão 
Deve ser feita desde os seios paranasais (som 
timpânico) até o tórax (som claro). SEMPRE 
DORSO-VENTRAL E CRANIOCAUDALMENTE. 
4. Auscultação 
Ruido Laringotraqueal: ruido provocado pela 
vibração das paredes da laringe e traqueia, 
sendo ouvido sobre a regão da traqueia cervical. 
Trato respiratório superior – narinas, seios paranasais, 
cavidades nasais, faringe, laringe, traquéia superior e 
cavidade oral. 
Trato respiratório inferior- traquéia, brônquios, 
bronquíolos, alvéolos, interstício, pleura e mediastino. 
 
 
Sistema Respiratorio Equinos 
 
 
2 Vitória Carolina 
SINUSITE 
Inflamação dos seios nasais. Todo o seio nasal é oco, mas 
quando tem processo inflamatório ficam cheios de 
secreções. 
→ SINUSITE PRIMÁRIA (S. EQUI) 
Quando a inflamação é apenas no seio nasal, como um 
trauma ou um agente irritante. O processo inflamatório 
leva o processo infeccioso pela presença de bactéria. 
→ SINUSITE SECUNDÁRIA 
Ocorre devido a um trauma, cárie, dente quebrado ou 
algo que ocorra na cavidade oral e atinge os seios 
paranasais. 
→ SINAIS CLÍNICOS 
Acúmulo de secreção purulenta nos seios nasais, 
abaulamento dos ossos da face, destruição óssea, 
fistulação do conteúdo purulento. 
→ DIAGNÓSTIO 
Radiografia, exame físico, cultura, antibiograma 
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: mormo 
 
→ TRATAMENTO 
Drenagem dos seios (trepanação), antibióticos, anti-
inflamatório e extração dentária. 
 
EMPIEMA EM BOLSA GUTURAL 
As bolsas guturais são divertículos da tuba auditiva dividida 
em compartimento lateral e medial pelo osso estihoide. 
Abaixo do tubo auditivo, delimitada dorsalmente pelo atlas 
e cranioventralmente pela faringe. 
Apesar de não ter função definida, acredita-se que 
contribuem para os processos de termorregulação do 
cérebro, regulação da pressão sanguínea cerebral, 
deglutição e audição. 
Acúmulo de pus em uma cavidade, o principal agente 
etiológico do empiema é o Streptococcus equi. 
 
→ SINAIS CLÍNICOS 
Secreção nasal uni ou bilateral e inodora, pode agravar 
quando há abaixamento de cabeça, linfadenite, 
tumefação e dor parotídea, disfagia e respiração 
dificultada. 
→ DIAGNÓSTICO 
Material purulento dentro da bolsa gutural por meio de 
endoscopia, radiografia e por avaliação citológica e 
microbiológica do material coletado. 
→ TRATAMENTO 
Remoção do material purulento, por meio da fixação da 
sonda de Foley, ou cirurgicamente. Lavagem com solução 
antisséptica, AINES e inalação. 
STREPTOCOCCUS EQUI 
Adenite equina/garrotilho/Streptococcus equi 
 
3 Vitória Carolina 
É uma infecção do trato respiratório superior, é 
altamente contagiosa 
Fonte de Infecção: água, aerossóis, cochos e acessórios. 
Ocorre mais em animais jovens e imunossuprimidos. 
→ ETIOLOGIA 
S. equi alcança o trato respiratório por boca ou narinas, 
adere a receptores específicos nos linfonodos, multiplica-
se no meio extracelular dando início a quimiotaxia de 
neutrófilos gerando pus. 
→ SINAIS CLÍNICOS 
Linfodenopatia com aumento de linfonodos 
retrofaríngeos e submandibulares. Febre, disfagia, 
secreção nasal purulenta e abscedação de linfonodos. 
→ TRATAMENTO 
ATB (betalantãmicos), AINES (flunixin meglumine e 
cetoprofeno), compressas quentes e lavagem com 
antissépticos. 
Complicações: sinusites, endocardites, pneumonia, 
púrpura hemorrágica, abcessos metastáticos (linfonodo, 
fígado, baço e rins) 
 
HEMATOMA ETMOIDAL 
 
Massa não neoplásica, encapsulada em região etmoidal e 
seios paranasais. 
→ ETIOPATOGENIA 
Ocorrem hemorragias sucessivas que se iniciam a partir 
da camada submucosa do trato respiratório superior. A 
massa cresce lentamente, porém de forma progressiva, 
causando estiramento e espessamento da camada 
mucosa que a recobre formando uma pseudo-capsula 
fibrosa. Com a evolução ocorre destruição do epitélio 
respiratório local e necrose óssea por compressão 
→ SINAIS CLINICOS 
Epistaxe unilateral recorrente, epistaxe após exercício, 
obstrução total ou parcial do fluxo de ar e assimetria 
facial. 
→ DIAGNÓSTICO 
Histórico de epistaxe e se conclui por meio de exames de 
imagem. Endoscopia da cavidade nasal permite ver a 
massa no interior da cavidade nasal, mas não determina 
a extensão da lesão. RX em projeções laterais, dorso-
ventral e latero-dorsal. E tumografia que permite ver 
toda extensão e exata distribuição sem a sobreposição 
de outras estruturas anatômicas. 
→ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Trauma, sinusite, micose em bolsa gutural, abcessos 
pulmonares, HIPE e tumores. 
→ TRATAMENTO 
Cirúrgico, sinuscopia e ablação química. 
Cirurgico – decúbito lateral + anestesia inalatória; decúbito 
esternal + anestesia geral; dentro do seio frontal. 
Medicamento: ATB, AINES, lavagem, retirar compressas 
48-72h. 
Pós-cirurgico – ATB, AINES e lavagem. 
Complicações: recidiva e perda de sangue 
Sinuscopia – pode ser feita em decúbito esternal ou em 
estação, a desvantagem é que o acesso é restrito. 
Ablação Química – endoscopia, sedação com formaldeído 
4%, essa técnica é limitada a massas menores, infusões 
em 3-4 seções. É bom pois tem um baixo custo. 
CONDRITE ARITENÓIDE 
 
4 Vitória Carolina 
Inflamação progressiva das cartilagens aritenoides. 
Obstrui a laringe em graus variados. 
→ DIAGNÓSTICO 
Endoscopia 
→ TRATAMENTO 
Cirúrgico – aritenoidectomia 
Parcial – ressecção do processo muscular da cartilagem 
aritenoide 
Total – ressecção de toda cartilagem aritenoide 
Traqueostomia com anestesia geral com o animal em 
decúbito dorsal. Acompanhamento transcirúrgico com 
endoscopia. 
Complicações: disfagia, dispnéia, refluxo de água e comida 
pelo nariz, recidivas e pneumonia aspirativa. 
Pós-operatório: AINE, ATB até a remoção do traqueotubo 
e limpeza 2x ao dia do traqueotubo. 
HEMIPLAGIA LARINGEANA 
Paralisia do nervo laringeano recorrente. Acomete 
animais de todas as raças e ambos os sexos, mas 
segundo a literatura acomete mais machos da raça Puro 
Sangue Inglês. 
→ ETIOLOGIA 
Uma doença espontânea resultante da degeneração 
primária do nervo laríngeo recorrente, 
predominantemente o nervo afetado é o esquerdo, o que 
resulta em uma atrofia neurogênica dos músculos. 
→ CAUSA 
Idiopática, injeção perivascular, flebites, garrotilho, 
intoxicaçãio por organofosforado. 
→ PREDISPOSIÇÃO 
Aniimais jovens e raças grandes 
→ SINAIS CLÍNICOS 
Ruído inspiratório anormal “síndrome do cavalo roncador” 
e intolerância ao exercício. 
→ DIAGNÓSTICO 
Palpação da laringe (atrofia do musculo cricoaritenoide 
dorsal), endoscopia, “slap test” tapa na tabua do pescoço 
durante exame endoscópico. Ruído inspiratório. 
Classificação: 
Grau I: movimentos sincrônicos; 
Grau II: movimentos assincrônicos, com abdução total; 
Grau III: movimentosassincrônicos, diminuição da abdução 
de um lado; 
Grau IV: assimetria e inabilidade de abdução; 
Grau V: paralisia total. 
 
RHODOCOCCUS EQUI 
Doença infecciosa, muito debilitante em potros, causador 
de pneumonia grave e pode ser fatal em potros. 
→ FATORES PREDISPONENTES 
Ingestão de colostro deficiente em potros, má higiene nas 
instalações, excesso de poeira, superpopulação em 
piquetes, pasto sujo, clima seco e aumento de 
temperatura. 
→ VIA DE CONTAMINAÇÃO 
Vias aéreas, sistema digestório e umbilical. 
→ PATOGENIA 
Após a inalação, o microrganismo é fagocitado por 
neutrófilos e macrófagos alveolares 
→ SINAIS CLÍNICOS 
Febre, letargia, inapetência, perda de peso, tosse 
(produtiva ou não), secreção nasal purulenta. Pneumonia, 
intolerância ao exercício, respiração abdominal, 
taquicardia e cianose. 
 
5 Vitória Carolina 
Sinais Entéricos: colite ulcerativa e linfadenite 
mesentérica. 
Artropatias: artrite imuno-mediada mais frequente na 
articulação tíbio-társica. 
Sinais menos frequentes: osteomielite, abcessos 
cutâneos e uveíte imuno-mediada. 
→ DIAGNÓSTICO 
Achado clínico com apoio de exames citológiocos e/ou 
histopatológico. Hemograma (leucocitose por neutrofilia, 
monocitose e aumento de fibrinogênio). RX torácico e US. 
Material de necropsia e isolamento microbiano com 
amostra de lavado bronquial e PCR. 
→ TRAMENTO 
Antimicrobiano + terapia suporte 
Rifampicina 5 mg/kg a cada 12h ou 10 mg/kg a cada 
24h VO 
Eritromicina 25 mg/kg a cada 8h VO 
Sulfa e Trimetoprim 30 mg/kg a cada 8 ou 12h VO 
Azitromicina 10 mg/kg a cada 24h, 5 dias seguidos e 5 
doses em dias alternados. 
Claritromicina 7,5 mg/kg VO a cada 12h 
O tratamento é longo 4 a 10 semanas, deve ser feito 
até os parâmetros clínicos estarem normais. 
→ PROFILAXIA E CONTROLE 
Ingestão do colostro nas primeiras 24h. identificação 
precoce em potros. Administrar plasma hiperimune e 
vacinação das éguas.

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