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Anestésio: 
 
1. ANESTÉSICOS LOCAIS. 
Um anestesico local pode ser definido como uma droga que bloqueia reversivelmente a 
transmissao do impulso nervoso na região em que foi aplicada, sem alterar o nível de 
consciencia. De maneira geral ligam-se aos canais de sódio dependentes inativados, impedindo 
a sua ativação. 
Podemos classificar a ação dos anestésicos locais de acordo com seu pKa, o qual será inativado 
ou dificultado a sua utilização em ambientes que são ácidos, portanto, necessitamos de um PH 
basico. 
• Em caso de ABSCESSO, que foi produzido um ambiente ácido ali, dificilmente o 
farmaco irá fazer a sua ação, provavelmente teremos que fazer o bloqueio do 
local. 
A classificação pode ser feita pelo diametro das fibras, presença de mielina, velocidade de 
condução e função. Quanto maior o diâmetro das fibras, mais anestésico e mais tempo 
teremos que ter para que haja um bloqueio daquele local. 
 
• Normalmente os anestésicos locais são usados em suturas, retiradas de tecido 
superficialmente, verrugas, etc. 
 
• AÇÃO: 
 
A ação dos anestésicos locais depende de fatores como a ligação às proteinas plasmaticas e 
aos tecidos, que possuem receptores, de onde as drogas irão atuar. A capacidade de 
atravessar a membrana celular dos neuronios e o pH do tecido em que se espera a ação da 
droga – pH e pKa do AL -. 
 
• TODOS os anestésicos utilizados são bases fracas que podem existir nas formas 
hidrossoluvel (ionizada); lipossoluvel (não ionizada) ou neutra. A combinação do 
pH do meio e do pKa – ph no qual as formas ionizadas e não ionizadas estão em 
concentrações iguals -, determina a quantidade de composto em cada forma. A 
penetração da forma liposoluvel pela membrana lipidica neuronal, parece ser a 
principal forma de acesso do AL para dentro da célula, embora possa ocorrer de 
forma hidrossoluvel, através do poro aquoso. 
• Aqueles ALs com pKa mais proximos ao pH do meio terão maior quantidade da 
forma lipofilca, facilitando a penetração da membrana na droga neuronal. Quanto 
mais ligados às proteinas plasmáticas forem os anestésicos, mais duradouros será 
sua duração de ação. 
• A relação da duração x efeito do farmaco também liga-se ao fato de possuir vasos 
no local, portanto, em locais que há muitos vasos sanguineos, pode ser que o 
efeito possa passar mais rápido, portanto, há concentrações em que temos com 
vasoconstrictor. 
 
o Em extremidades não devemos usar vasoconstrictor. 
 
INTOXICAÇÃO 
A dose recomentada do AL depende da adição ou não de vaso constrictor. A intoxicação por AL 
 clinico. As principais complicações sistemicas incluem o SNC e, posteriormente cardiovascular. 
 
➔ Os efeitos tóxicos da lidocaina em relação a dose, os mais comuns são: 
 
1. Analgesia (1-5ug) 
2. Delirio; zumbido; parestesia de lingua (5 a 10 ug) 
3. Convulsão; perda de consciencia (10 a 15 ug) 
4. Coma; parada respiratoria (15 a 25 ug) 
5. Depressão cardiovascular (> 25ug) 
 
TRATAMENTO 
O tratamento das intoxicações por AL’s são basicamente de suporte. 
1. Suspender imediatamente a administração de AL. 
2. Chamar ajuda e equipe de manejo para parada cardiorrespiratoria 
3. Iniciar RCP Se não houver pulso 
4. Ventilar com 02 A 100% 
5. Corrigir hipoxemia, hipercapnia e acidose. A hipercapnia leva a vasodilatação dos vasos 
encefálicos e maior oferta de AL ao tecido neuronal. Além disso, a difusão de CO2 para 
so neuronios diminui o pH intracelular e favorece ionização dos AL’s levando a ion 
trapping. Acidose diminui a ligação proteica da droga, aumentando sua fração livre. 
Hipoxemia pode piorar os sintomas 
6. A convulsão pode ser corrigida pela administração de benzodiazepinicos – diazepam, 
midazolam -. 
7. Recomenda-se infusão intravenosa de emulsão lipidica a 20% com bolus de 1,5mLkg, 
seguido de infusão de 0,25mlkgmin por 30min. 
8. Tratar bradicardia, se presente, com atropina 0,5 a 1mg em bolus. 
 
 
2. RAQUIANESTESIA 
 
A coluna vertebral é forada por 33 vertebras que são unidas por cinco ligamentos: 
• Supraespinal 
• Interespinal 
• Amarelo 
• Longitudinal anterior 
• Longitudinal posterior 
Recobrindo a medula há 03 meninges: 
• Dura-mater (mais externa e resistente) 
• Aracnoide-mater – delicada e avascular 
• Pia-mater – fina e vascularizada, que recobre a superficie da medula. 
Tais ligamentos e meninges delimitam os espaços raquidianos 
• Peridural – entre ligamento amarelo e dura-mater 
• Subdural – existe virtualmente, entre superficie interna da duramater e aracnoidea 
• Subaracnoideo – entre a piamater e a aracnoide – contem LCR -. 
 
A partir do terceiro mẽs de gestação, a coluna vertebral aumenta em extensão mais do que a 
medula, que, ao nascimento, se posiciona ao nivel de L3. Quando o individuo é adulto, 
apresenta-se na maioria das vezes em L1. Abaixo de l2, o espaço aracnoideo contem raízes 
nervosas (cauda equina) e o filamento terminal, permitindo punção lombar sem risco a 
medula. 
 
• O LCR possui cerca de 90 a 150mL, secretado continuamente (20mLH) em sua 
maior parte pelo plexo coroide dos ventriculos encefálicos – terceiro, quarto e 
laterais. É incolor, claro, cristalino e não coagulavel, ligeiramente alcalino e 
proveniente do plasma. 
• Os principais AL’s para a tecnica são principalmente a lidocaina, com duração 
intermediaria. A bupivacaina, com longa duração, podendo ser isobarica e 
hipobarica, ou adicionando-se glicose, hiperbarica e a ropivacaina. Pode ser 
utiliado agentes adjuvantes, como opioides, clonidina. Os opioides mais utilizados 
são: fentanil, sufentanil e a morfina, que possuem ação analgésica, aumentando a 
qualidade do bloqueio. A morfina causa otima analgesia, mas sua penetração é 
lenta e sua permanencia no LCE prolongada, com risco de depressão respiratoria 
tardia. Os efeitos observados são: prurido – que pode ser tratado com 
difenidramina -, depressão respiratoria – naloxona – sonolencia, nauseas, vomitos 
e retenção urinaria. 
 
• A tecnica, por sua vez, poderá ser feita com o paciente sentado, em decubito 
lateral ou ventrl, em condições de antissepsia rigorosa. É praticado nos espaços L2-
L3; L3-L4; L4-L5; o correto posicionamento acarretará no refluxo de LCE. 
 
 
 
 
BLOQUEIO PERIDURAL 
• É o tipo de punção realizado no espaço peridural, que situa-se entre a dura-mater 
e o canal vertebral, sendo preenchido por plexo venoso e tecido adiposo. 
• Vários anestésicos locais podem ser usados a depender da ação, eficacia e latencia, 
adequando-se a cirurgia. 
• Substancias adjuvantes como epinefrina e opioides ajudam a aumentar a duração 
do bloqueio e sua qualidade 
• O bloqueio peridural é contrário ao subaracnoideo, é segmentar e etende-se tanto 
caudal quanto cefalicamente. O primeiro sinal de bloqueio é a sensação de calor 
na área bloqueada com perda da discriminação termica. A seguir observa-se perda 
da sensação de picada dolorosa e posteriormente perda do tato com progressiva 
perda de força, até a anestesia completa, com bloqueio motor e perda da 
sensibilidade completa. 
• Pode ser realizade em toda a coluna vertebral, mas é mais utilizada na coluna 
lombar, pela facilidade de punção. 
 
➔ Indicações 
A anestesia é feita para procedimentos cirurgicos dos membros inferiores, pelve, abdome, 
toracicos ou da parede toracica, tratamento da dor radicular aguda ou cronica; analgesia 
prolongada. 
 
➔ Contra-Indicações 
Recusa do paciente (absoluta) 
Coagulopatias, uso de anticoagulamentes, hipotensão, hipovolemia ou sepse, infecção no local 
da punção, deformidade da CV. 
 
• Punciona-se o espaço subdural e passa-se um cateter, desta forma, pode-se haver 
a infusão continua de medicamentos durante a anestesia ou analgesia. 
 
 
 
 
- Avaliação PRÉ ANESTESICA 
Tem por objetivo a obtenção de múltiplas informações do paciente, durante processo que 
inclui anamnese em visita ao leito ou consultório; revisão do prontuário médico, exame fisicoe 
complementação com laboratoriais que trazem vantagens ao setor publico, as operadoras de 
saúde aos medicos e pctes. 
 
1. Anamnese e história clinica 
Todo pcte deve ser entrevistado antes da cirurgia. Na anamnese é importante obtermos o 
maximo de informações orientadas: 
 
A. Estado geral atual: atitude mental frente a doenca, atividade fisica e tolerância ao exercicio, 
data de ultima menstruação. 
 
B. Antecedentes relativos às comorbidades: doenças pre existentes -neurologivas, cv, 
pulmonar, renal, tgo, tgp, etc - 
Alergias medicamentosas e latex 
Uso de medicações, devido as suas interações. 
Antecedentes de febre não infecciosa 
Antecedentes de quimio ou radioterapia 
Consenso para uso de transfusão em eventual complicacao. 
 
Mesmo em casos de emergencia, o anestesista tem que saber o paciente e registrar suas 
informações. Se o paciente estiver desacordado, por meio de familiar proximo. Apenas em 
caso de morte ou inconsciencia sem alguem proximo realiza-se anestesia sem avaliação. 
No prontuario deve constar: peso, altura, sinais vitais, motivo de internação, resumo da 
doença atual, histórico cirurgico e anestesico com informações sobre dificildades de intubação, 
bloqueios, intercorrencias. 
 
*ALERGIAS* 
Em geral, o pcte saberá informar se houve quadro grave ou importante de alergia. A incidência 
a reação ao latex vem aumentando no mundo todo e deve ser investigada com a avaliação pré 
anestésica. 
Fatores de risco p/ desenvolvimento de reação ao latex. 
*FATORES DE RISCO* 
Historia de exposições multiplas a seus derivados 
Atopia e/ou alergias a: kiwi, banana, abacate, maracuja, frutas secas. 
Multiplas cirurgias e aondagens 
Crianças com defeitos de fechamento de tubo neural 
Profissionais de saude e usuarios de latex 
 
- pacientes com historico de alergia ao latex ou qualquer tipo de borracha, deverão ser 
avaliados pelo alergista ou imunologista para confirmação ou não da sensibilidade. 
Se positiva, deverão ser usados durante a internação, produtos látex free. 
 
*MIOPATIAS* 
Historia de miopatias ou de quadros de febre grave não explicada -não infecciosa-, durante ou 
fora do ato anestesico, levam a suspeita de hipertermia maligna e deverão ser investigados. 
 
*GESTANTES* 
Muitas vezes são necessarias cirurgias que não podem ser postergadas p/ pos parto, como 
apendicite e colecistite. A partir da 12 semana de gestação, o utero adentra na cavidade 
abdominal, e então passam a ser consideradas com “estomago cheio”, independente do 
tempo de jejum, pois existe atraso no esvaziamento devido a progesterona, alem de aumwnto 
na pressao intra abdominal, favorecendo vomitos e broncoaspiracao. 
A via aerea torna-se mais dificil devido aos edemas de partes moles, levando a maior trauma, 
sangramentos e hematoma. 
A gestante tem sua capacidade residual funcional pulmonar diminuída, volume aumentado e 
frequencia respiratoria aumentada, o que leva a hipocapnia discreta, com leve alcalose 
respiratoria e elevação do consumo com menor reserva de O2, ocasionando desnaturação. 
Há volume sanguineo circulante maior e debito aumentado. Pode predispor a trombos por 
estase. 
 
*JEJUM* 
Deve ser realizado em todos os procedimentos que culminam na abolição dos reflexos ou 
diminuição, que requerem jejum precoperatorio. (Sedação leve a geral) e aqueles pcientes que 
apresentem comorbidades q o apresentem como estomago cheio, deverao ser abordados c/ 
mais cautela com a abordagem em sequencia rapida. 
Gestação > 12 semanas; diabeticos com neuropatia periferica e sinais de gastroparesua, hernia 
de hiato, drge, trauma, abdome agudo, uremia, ascite e obstrução intrstinal. 
O jejum médio é de 6 a 8 horas: proteinas: 8h e demais 6h. 
 
 
- EXAME FISICO GERAL 
Importante realizar; atenção a febre, ictericia, cianose de extremidades ou mucosa, 
hidratação, descoramento cutâneo e sinais vitais. 
 
A pressão arterial devera ser aferido comparativamente em b.e e b.d. Ou no mínimo duas 
vezes, em posição em pé e sentado/ou deitado. 
 
A ausculta cardíaca deverá ser feita, atentando às bulhas, fonese, sopros. A ausculta pulmonar 
vemos principalmente em bases pulmonares presença de ruidos adventicios (estertores, 
roncos e sibilos). Perfusão, edema. 
 
*AVALIACAO DO RISCO CIRÚRGICO * 
Dificil de ser avaliada de forma precisa. Por isso foi feito o ASA. 
 
 
ASA 1: Pcte com saude normal 0,08% 
ASA 2: Pcte com doença sistemica controlada: HAS. 0,27% 
ASA 3: Pcte com doença sistemica limitante, mas não incapacitante. 1,8% - DM com lesão em 
org algo 
ASA 4: Paciente com doença incapacitante, com risco a vida - 7,8%- DPOC; 
 
ASA 5: Pcte moribundo, com risco, vida estimada em menos de 24h - 9,4%- AAA, insuficiência 
organica. 
 
ASA 6 - Pcte com morte cerebral doador de órgãos. 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
 Devemos os avaliar a necessidade, durante o exame fisico, os sistemas organicos que nos dao 
duvidas de algum tipo de doença e pesquisar. Normalmente pede-se hemograma, função 
renal, hepática, glicemia, etc. 
Em ASA 1 e 2 deverão ser refeitos de 6 meses até 1 ano. 
 
 
 
*AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS E VIA AEREA DIFICIL* 
 
Deve-se observar alteração de dentição, proteses, anormalidades bucais, mento e pescoço. 
Mallampati que corresponde a dificuldade e abertura da boca, classificada em I, II, III e IV, 
devem ser consideradas, sendo III E IV dificeis. A distância do manubrio do esterno e o mento 
deve ser de no minimo 12,5cm, abaixo disso é dificil. Abertura da boca com 03 dedos 
posicionados verticalmente; e distância tireomentoniana de pelo menos 6cm ou 3 dedos. 
 
O diagnostico de via aerea dificil devera ser feito antes, pois se for visto após, ira juntar com 
situações como: estresse do operador, falta de equipamento necessario, repostas 
improvisadas, ajuda tardia, tentativas de iot. Classificada em dificil após 3 tentativas ou 10min. 
 
As principais sequelas associadas ao manejo inadequado são: obito, lesao corporal, parada 
cardiaca, traqueo desnecessaris, trauma dentario ou na via aerea. 
 
1. CONDIÇÕES ASSOCIADAS AO COMPROMETIMENTO DAS VIAS AÉREAS. 
 
1. Doenças congênitas: Pierre robin, marfan, higroma fistico, fissura palatina. 
2. Trauma: queimaduras, fraturas 
3. Afecções endocrinas: obesidade, DM, acromegalia 
4. Inflamação: espondilite e artrite 
5. Cancer: tumores em v.a 
6. Infecção: epiglotite, bronquite, abscessos e pneumonia 
Outros: corpo estranho na via aerea; mallampati > 2; abertura da boca e mobilidade do 
pescoço. 
 
 
2. SINAIS PREDITIVOS DE INTUBAÇÃO E VENTILAÇÃO DIFICIL* 
• Distância tireo-mento <6cm 
• Abertura bucal <3cm/3 dedos 
• Mobilidade atlantocciptal reduzida 
• Incisivos centrais longos 
• Pescoço curto 
• Pescoço largo 
- 
• IMC >30kg/m2 
• Barba 
• Mallampati > 3 
• > 57 Anos 
 
Além disso, devemos avaliar se o pcte apresenta sindrome da apneia e hipopneia obstrutiva do 
sono (SAHOS) que normalmente se da por: 
• IMC > 35KG/M2 
• Hipertrofia tonsilar importante 
• Circunferência do pescoço aumentada 
 
As perguntas, quais sao? 
• Alguem ja observou o pcte apresentar pausas respiratorias durante o sono 
• Apresenta sonolência diurna 
• Falta de ar noturno 
• Ronco 
3. AVALIAÇÃO CLINICA P/ FACILITAR A IOT 
Permite conhecer as reservas respiratorias e circulatorias do pcte, pois a laringoscopia e a 
intubação são acompanhadas de alterações nestes sistemas. 
 
SINAIS SUGESTIVOS DE DIFICULDADE 
• Dispneia 
• Disfagia 
• Trauma ou cirurgia anterior na região do pescoço. 
• Tumores ou abscessos na região do pescoço 
• Comprometimento da mobilidade do pescoço 
• Disfonia 
• Desvios da laringe 
• Trauma de laringe ou edema e instabilidade da coluna cervical ou suspeita de lesão cervical. 
 
• A avaliação do jejum é de extrema importância, pois pode levar a aspiração gastrica 
(Sindrome de Mendelson), sendo uma das complicações mais graves associadas à intubação. 
As gestantes por possuiremapós a 12 semana de gestação, “estomago cheio”, tem maior 
chance de aspiração. Se for necessaria a IOT em pacientes sem jejum, o ideal é que seja feita 
em sequência rapida - sem ventilação com mascara -, devendo ser realizada pressão na 
cartilagem cricoide (manobra de Sellick) até o tubo traqueal posicionado e o cuff (balao) 
insuflado. 
 
 
PROCEDIMENTOS INICIAIS 
A primeira medida consiste em limpar a cavidade oral, retirando corpos estranhos - 
dentaduras, próteses dentárias, alimentos - e secreções locais - muco, sangue, vômitos -, 
preferencialmente com aspirador a vacuo rigido. Deve-se manter a orofaringe livre e 
posicionar a cabeça - com o objetivo de alinhar o eixo oral, laringeo e faringeo-. Deve-se 
colocar sob o occipto do paciente, um coxim de 5 a 10cm, colocando o paciente em posição 
olfativa. 
 - Canula de guedel pode induzir vomito. 
• Paciente deve ser sempre observado, devido aos riscos de aspiração gastrica. 
• Sempre suplementar O2 com mascara e cateter nasal, além de manter oximetria de pulso p/ 
avaliação. 
 
SUPORTE NÃO INVASIVO 
A máscara facial é a primeira medida de ventilação suplementar que manterá a via aerea com 
fluxo de O2 adequado. Para ventilação melhor, a mascara deve-se adaptar a anatomia da face. 
O paciente colocado na posição olfativa. 
A ventilação com o AMBU (Artificial Manual Breathing Unit) deverá ser feita com o 
posicionamento da mascara ao redor do nariz e boca, com pressão suficiente para fazer 
elevação do tórax, conectado a fonte de o2 e reservatorio para CO2. A monitorização com 
oximetro de pulso permite avaliar o suporte ventilatorio. 
 
*PCTES QUE PERMANEÇAM EM PCR OU QUE NÃO CONSEGUEM MANTER A VIA AEREA 
PROTEGIDA, NECESSITAM DE VIA AEREA DEFINITIVA - colocação de instrumento endotraqueal 
com cuff insuflado -. 
 4. POSICIONAMENTO, VENTILAÇÃO SOB MASCARA FACIAL E INTUBAÇÃO TRAQUEAL 
A IOT é a técnica mais utilizada p/ manipular a via aérea. Em procedimentos eletivos clássicos, 
é realizada após anestésico com opioide, hipnótico e bloqueador neuromuscular. Em pediatria 
é possível IOT usando apenas indução inalatória, mas opioides, hipnóticos e bnm podem ser 
usados. 
 
INDICAÇÕES 
Oxigenação ou ventilação inadequada 
Glasgow < 9 
Traumatismo em via aerea 
Anestesia geral 
Procedimento cirurgico prolongado 
Neurocirurgia, cabeça e pescoço, oftalmicas. 
 
VANTAGENS 
Controle da via aerea por tempo necessario 
Diminuição do espaço morto anatomico 
Facilidade à aspirações bronquicas. 
Impedimento de passagem de ar p/ estomago e intestino 
 
• Quando a rota oral está impossivel, pode usar-se a nasal. 
 
5. A TECNICA 
Consiste em utilizar a lamina curva (Macintosh), entrando pelo lado direito da boca e 
afastando a lingua para o esquerdo, localizando a valécula e posicionar a ponta da lamina na 
valecula, com movimento p cima e em direção ao pé do paciente, expondo cordas vocais. 
 
INTUBAÇÃO COM O PACIENTE CONSCIENTE/ACORDADO 
• Intubação dificil já prevista/avaliada 
• Dificuldade na ventilação com máscara facial por alterações anatomicas ou no pré 
oxigenatorio. 
• Necessidade de consciencia para avaliação neurologica 
• Aspiração gastrica 
 
 
+ Quando há risco de regurgitação de conteúdo gastrico, deve-se valer apenas da anestesia 
tópica nasal, evitando anestesia da laringe ou traqueia, pela perda dos reflexos protetores. 
 
 
IOT SEQUÊNCIA RAPIDA MEDIADA POR DROGAS 
Indicada, principalmente, para aqueles pacientes com jejum incerto, considerados de 
estomago cheio: 
• Hernia de hiato 
• Gravidez após 12 semanas 
• Diabetes com gastroparesia 
• DRGE 
• Obstrução intestinal 
• Trauma 
• Ingestão < 8 horas de jejum. 
 
+ Nesta técnica não ventila-se o paciente. São usadas drogas de rápido inicio de ação para que 
o acesso a via aerea seja o mais rápido possível. 
O paciente deverá ser pré oxigenado com fornecimento de O2 a 100% de 3 a 5 minutos 
ventilando normalmente no seu volume corrente, realizando de 4 a 8 inspirações profundas ou 
até a fração de O2 inspirada ser > 90%. 
Deve ser garantido acesso venoso, equipamentos verificados, aspirador disponivel e paciente 
em posição ótima (sniffing) alinhado na altura do esterno com leve extensão cervical. 
 
As medicações devem ser feitas e empurraras por bolus de solução fisiologica. A laringoscopia 
realizada rapidamente. 
A manobra de sellick consiste no aperto da cartilagem cricoide, comprimindo o esôfago, é 
opcional, e deve ser suspensa apenas quando o balonete for insuflado. 
 
As drogas a serem usadas: 
Opioides: fentanila ou alfentalina 
Hipnoticos: etomidato ou propofol 
Relaxante muscular: succinil colina ou rocuronio. 
Ao fim, checar IOT com capnografo ou auscultando bilateralmente pulmões e bulha gástrica. 
 
 
 
➢ ANESTESIA GERAL 
Os objetivos basicos da anestesia geral são de: obtenção da inconsciencia, bloqueio de 
reflexo e relaxamento muscular. Os hipnoticos promoverão a inconsciencia e manutenção 
do sono: propofol, midazolam, diazepam, etomidato, tiopental. Os opioides são 
analgesicos e potencializam o efeito dos hipnóticos, em altas doses podem ser sedativos: 
meperidina, morfina, fentalina, sufentalina, alfentanila, remifentanila. Os relaxantes 
musculares são aqueles que irão conferir imobilidade para o paciente e a musculatura, 
facilitando a intibação, ventilação mecanica e ato cirurgico: atracurio, rocuronio, 
succinilcolina, pancuronio. 
Para o sucesso da anestesia é importante que o paciente esteja monitorizado, portanto, 
deve estar com pressão arterial aferida, oximetro de pulso, cardioscopia. Se via aérea 
abordada, usar capnografo. Dependendo do tipo de cirurgia; monitorização da consciencia 
(BIS), monitorização hemodinamica invasiva, debito cardiaco, ecocardiograma, 
monitorização ventilatoria, e outros tipos. 
 
• Caracteristicas dos HIPNOTICOS: 
1. PROPOFOL 
a. Rapida ação, com atividade antiemetica, sem ação analgesica. 
b. Hipotensão em idosos 
c. Uso cuidadoso em hipovolemicos 
d. Apeia, hipotensão arterial, tromboflebites. 
 
2. MIDAZOLAM 
a. Benzodiazepinico de ação curta 
b. Propriedades ansioliticas, sedativas, amnesicas, anticonvulsivantes, miorrelaxantes 
c. Alta hidrossolubilidade 
d. Facilita misturas IV com SF ou RL. 
e. Ação mais lenta 
f. Duração mais curta 
g. Maior efeito amnesico. 
h. IM, IV, NASAL E ORAL. 
 
3. DIAZEPAM 
a. Sedação, hipnose, relaxamento muscular, amnesia, atividade anticonvulsvante. 
b. Ação revertida por FLUMAZENIL 
 
4. ETOMIDATO 
a. Sem atividade analgesica 
b. Ação que potencializa o efeito inibitorio do acido gama-aminobutirico 
c. Inicio de ação rapido, com metabolização hepatica 
d. Redução do fluxo sanguineo cerebral e pic. 
e. Mais bem sucedido que propofol e tiopental na pressão da perfusão cerebral. 
f. Hipnotico de escolha quando deseja-se estabilidade cardiovascular. 
g. Uso em asmaticos 
5. TIOPENTAL 
a. Ação ultracurta 
b. Uso para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguineo cerebral, ritmo metabolico 
cerebral e pic. 
c. Pouco usado – tontura, sedação, cefaleia, nauseas e vomitos -. 
d. C.I a asmaticos. 
 
• O ETOMIDATO é o mais seguro do ponto de vista cv, sendo o mais indicado para 
pessoas instaveis hemodinamicamente e coronariopatas. 
 
• OPIOIDES 
São substancias exogenas, naturais ou sinteticas, que ligam-se a quaisquer das subpopulações 
dos receptores opioides, produzindo efeito agonista. 
a. MORFINA 
Usada como adjuvantes em bloqueio de neuroeixo, intensificando a analgesia pós-operatoria. 
Pode provocar prurido após administração (oral, iv, peridural, intratecal); provoca nauseas, 
vomitos, constipação e retenção urinaria. Alta lipossolubilidade; 
 
b. FENTANILA 
Bradicardia; Rigidez muscular; depressão respiratoria; nauseas e vomitos. 
 
c. SUFENTANILA. 
10x mais potente que a fentanila, com lipossolubilidade. Possui maior efeito sob os demais, 
pois possui ativiade sedativa (maior efeito) e capacidadeem reduzir estimulos neuro-humorais 
d estresse. Bastante desejada a sedação do pcte, pois com isso, consegue-se com que ele fique 
consciente por meio do ato cirurgico. 
d. ALFENTANILA 
5 a 10x mais potente que a fentanila, com inicio de ação rapido e de curta duração. Muito 
utilizada na tecnica de anestesia balanceada em procedimentos de curta duração. Associa-se 
ao maior grau de hipotensão e bradicardia. 
 
e. REMIFENTANILA 
Opioide mais recente a ser empregado na clinica, derivado da fenilpiperidina. Rapidamente 
metabolizado, sendo seus efeitos reversos pela NAXOLONA (como os demais opioides); 
duração de efeito curto (de 7 a 10 minutos); doses bem administradas e ajstadas por infusão IV 
continua. 
Não promove analgesia pós operatoria, com o pcte podendo ter dor pós-anestesico. 
(anestesista deve por outras medicações) 
 
 
➔ BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
São aqueles que irão fazer o bloqueio muscular, facilitando IOT, ou paralisiando os 
movimentos do paciente. Temos 02 tipos. Os despolarizantes que irão causar bloqueio não 
competitivo, pois vão atuar no receptor da aCH, abrindo canais ionicos, gerando potencial de 
ação do musculo e com isso, contração muscular no tempo em que ocorre a fasciculação. 
Representados por succinil colina, e levam ao BNM por não se desligarem tão rapidamente dos 
receptores quanto a AcH. Os adespolariantes promovem o bloqueio competitivo ao se ligarem 
aos receptores de AcH, antagonizando-os, impedindo a abertura do canal ionico e 
subsequente bloqueio do potencial de ação. Curta duração – mivacurio, fora da pratica atual-. 
Duração media – rocuronio, atracurio, cisatracurio-, duração longa; pancuronio, alcuronio, 
pipecuronio e doxacuronio. (apenas pancuronio disponivel na pratica). 
 
Mivacurio e cisatracurio podem causar broncoespasmos pois liberam histamina. Cisatracurio 
muito potente e libera menor histamina. Atracurio e o cisatracurio são degradados por 
eliminação de hoffman – degradação quimica que ocorre em pH e temperatura fisiologica. 
Atracurio pode ser metaboliziada por esteres plasmaticas. Rocuronio excelente opção para iOT 
RAPIDA. 
 
 
 DOR 
 
Como mensurar a dor; 
A dor é uma experiencia individual, multifatorial, que envolve antecedentes culturais, 
cognitivos, sociais e psicológicos, bem como eventos dolorosos prévios. 
• A dor, portanto, é de caráter subjetivo, sendo a sua avaliação permeada de 
dificuldades de ordem pratica. As ferramentas mais utilizadas para analise da dor, são: 
 
o ESCALA ANALOGICA VISUAL 
• Compreende um instrumento simples, onde, é constituída por uma linha horizontal, 
cuja extremidade esquerda corresponde à ausência de dor e a extremidade direita 
representa a pior dor imaginável. O paciente seleciona o local mais representativo de 
intensidade da dor. O escore é obtido pela distância entre extremidade esquerda e o 
local assinalado. Valores acima de 70 são indicativos de dor intensa. Entre 45 e 74 de 
dor moderada; 5 a 44 de dor leve. 
 
 
 
 
o ESCALA NUMERICA VERBAL 
O paciente assinala um número para representar a intensidade da dor. Sendo 0 ausência de 
dor e 10 a pior dor possível. 
o 0 = ausência de dor 
o 1 a 3 = dor leve 
o 4 a 6 = dor moderada 
o 7 a 9 = dor intensa 
o 10 = dor insuportavel. 
 
 
 
 COMO COMPARAR A EFICÁCIA 
 ANALGÉSICA DE DIFERENTES MEDICAÇÕES 
• A EFICÁCIA dos medicamentos pode ser medido pelo número necessário para tratar 
(number-needed-to-treat- NNT). Constitui um instrumento referenciado pela 
literatura, onde, compara a eficácia analgésica dos diferentes medicamentos. Trata-se 
da quantidade de pacientes que necessitam ser tratados com o analgésico um deles 
obtenha melhora da dor em 50%, quando comparado ao placebo, em periodo de 4 a 6 
horas. Valores próximos a 2 indicam eficácia adequada, pois significam que a cada 02 
pacientes que recebem a medicação, um deles apresenta melhoras da dor em até 
50%. 
 
 
 
 
➔ INTRODUÇÃO 
• A dor aguda é uma realidade. Anualmente, milhoes de pessoas passam por cirurgias. 
Portanto, o tratamento adequado da dor tem por objetivo; reduzir o sofrimento, 
promover recuperação fisica e funcional do individuo, diminuindo o custo e a 
permanencia hospitalar e melhorando o grau de satisfação do paciente. 
• A dor aguda mal controlada está associada ao impacto negativo no funcionamento 
correto do organismo, aumentando a morbidade e consequencias fisicas, psiquicas e 
sociais. 
• Associa-se a falta de conhecimento, treinamento insuficiente do corpo clinico, 
ausencia de cooperação no trabalho em equipe; atitudes inadequada dos pacientes; 
avaliação e mensuração insuficientes da dor; medo dos efeitos adversos dos farmacos 
e falta de protocolos estabelecidos. Desta forma, o tratamento eficaz, promove a 
mobilização precoce do paciente, redução das complicações perioperatorioas e menor 
tempo de permanencia em UTI e internação hospitalar. 
• É necessário ser agressivo no tratamento da dor aguda, pois as consequências da 
analgesia inadequada superam o risco da ocorrencia dos efeitos adversos como usode 
medicações. A dor deve ser avaliada como o quinto sinal vital. 
 
 
1.1 PLANEJAMENTO 
• Os fatores que podem influenciar o plano de estratégia para analgesia pós operatória 
são: o tipo da cirurgia; intensidade esperada da dor pós operatória; condições clinicas 
associadas; intolerancia a medicamentos e alergias; estado cognitivo; relação risco-
beneficio das tecnicas analgésicas disponiveis; preferencias do paciente e suas 
experiencias previas com dor ou tecnicas de analgesia. Neste momento, devemos 
identificar a presença de disturbios de coagulação, deformidades em coluna, doenas 
psiquiatricas – ansiedade, depressão -; historia de dependencia física e tolerancia ao 
opioide ou abuso de substancias psicoativas. 
 
1.2 AVALIAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DA DOR. 
• Os profissionais de saúde devem utilizar medidas para avaliar a mensuração da dor. 
Devemos ter em mente os tipos de dor – somatica, visceral, neuropática -. 
• A Primeira escala utilizada poderá ser a númerica (EAD) que vai de 0 a 10. A outra, em 
pacientes com problemas psiquiatricos e demencias, podemos lançar mão de aferição 
de pressão arterial; frequencia cardiaca, saturação de O2. E também temos a escala 
visual de dor. 
 
o Onde a dor está localizada e onde é referida; 
o Qual a frequência e qual a intensidade da dor; 
o Fatores de melhorra ou piora dos sintomas; 
o Tratamentos prévios; 
o Efeitos nas funções fisicas, psiquicas e no sono. 
• O relato da dor em repouso e em atividade a cada 03 horas, assim como registro do 
grau de sedação. 
▪ 0 = acordado 
▪ 1 = sonolento 
▪ 2 = dormindo, mas acordado 
▪ 3 = não responsivo. 
• E dos efeitos colaterais; 
▪ Nauseas 
▪ Vomitos 
▪ Prurido 
▪ Retenção urinaria 
▪ Hipotensão arterial 
▪ Depressão respiratoria. 
 
1.3 TRATAMENTO MULTIMODAL 
56t recomendações deverão sempre ser baseadas no tipo de procedimento realizado. Existem 
evidencias na literatura de que a combinação de 02 farmacos com mecanismos de ação 
diferentes, possuem ação sinergica no tratamento da dor. Os AINE’s e os inibidores da COX-2 
possuem eficacia semelhante no tratamento da dor pós operatoria, no entanto, não devem ser 
utilizados por um longo periodo de tempo, e não devem ser utilizados em pacientes idosos, 
com historico de ulcera gastrica, sangramento, instabilidade hemodinamica, disfunção renal, 
disturbio de coagulação. 
• A associação de paracetamol ou dipirona a AINE’s podem reduzir de 30 a 40% o uso de 
opioide. O paracetamol, por sua vez, está associado a altas doses com 
hepatotoxicidade e insufiencia hepatica fulminante (>150mgkg), sua dose terapeutica 
varia de 325 a 1000mg em adultos, não ultrapassando 4000mg dia. A dipirona é muito 
utilizada, e a toxicidade ocorre em doses acima de 7,5g, podendo haver alteraçõesgastrointestinais, vertigem, sonolencia, taquicardia, choque, coma e convulsões. Em 
doses equipotentes, apresenta analgesia comparavel a alguns opioides (tramadol). 
Pode ser utilizada no pós operatorio de pequenas, medias e grandes cirurgias. A queda 
abrupta de pressão arterial pode ser explicada pela vasodilatação produzida pela via 
do oxido nitrico. 
o Se houver contraindicação para emprego de inibidores de COX-1 E COX-2, 
considerar o uso de dexametasona na dose de 4 a 8mg. 
 
1.4 OPIOIDES. 
Temos os opióides fracos, que são a codeina e o tramadol. A dose maxima da codeína é de 
360mg e a de tramadol de 400mg. São mais indicados para procedimentos ambulatoriais, 
cirurgias de pequeno e médio porte quando o paciente puder deglutir. Os opioides fortes são 
eles: a morfina, buprenorfina, oxicodona, metadona, buprenorfina e fentanil transdermicos. A 
metadona possui meia-vida longa, e potencial de acumulo no organismo, não é recomendada 
na dor aguda. Fentanil e buprenorfina transdermicos possuem inicio de ação lento e sua 
absorção vai depender mais da temperatura da pele do que do fluxo sanguineo, tendo ação 
em 12h, podendo ocorrer novo pico sérico. Não recomendado. Os opioides potentes que são 
recomendados em cirurgias de médio e grande porte são: morfina e fentanil por via espinhal 
ou venosa. 
 
 
 
o REGRAS GERAIS PARA USO DE OPIOIDES 
1. Individualizar o tratamento e utilizar, se possivel, a técnica de analgesia controlada 
pelo paciente, com doses baixas de opioides (1mg demorfinam 10ug defentanil, a cada 
10min) por via venosa se o paciente não puder deglutir. 
2. Não há vantagem em infusão continua. 
3. Prescrever dose de escape para dor espontânea ou desencadeada por esforço ou 
estresse, na ausencia de analgesia controlada 
4. Iniciar o tratamento de acordo com a intensidade da dor e monitorar efeitos adversos. 
Aumentar a dose em 25% conforme necessidade do paciente. 
5. Tratar efeitos colaterais como constipação e vomitos. 
6. Monitorar pacientes de risco para depressão respiratoria, principalmente aqueles com 
historia de DPOC, AOS, e utilizam farmacos depressores do SNC. Suporte respiratorio, 
frequencia respiratoria, e estado mental. 
7. Nunca utilizar meperidina em dose intermitente, pois leva a formação de metabolitos 
toxicos. 
8. Associação a cetamina por via venosa pode potencializar analgesia e reduzir o 
consumo de opioide. Clonidina via espinhal pode levar a melhor analgesia e redução 
de opioide. 
9. Essencial o treinamento da equipe para diagnostico e tratamento dos efeitos adversos. 
10. Considerar oxicodona, morfina ou oxicodona de liberação lenta em pacientes que 
evoluem com dor intensa e podem alimentar-se 
11. Não ultrapassar dose diaria de 90mg de morfina ou equivalente em pacientes que 
nunca utilizaram opioide anteriormente. 
12. Manter analgésicos adjuvanes. 
 
 
1.5 ANESTESICOS LOCAIS 
As tecnicas de infusão continua com anestesicos locais pelas vias (espinhal, regional, local da 
incisão) associados a adjuvantes, podem reduzir o consumo de opioides e a incidencia de 
náuseas e vomitos, alem de melhorar a qualidade de analgesia e satisfação do paciente. 
• Há indicações para via peridural ou paravertebral em cirurgias de grande porte – 
toracicas, abdominais altas, vasculares ou ortopedicas -; bloqueio de plexo braquial em 
cirurgias de MMSS E ombro. Para bloqueio dos nervos femoral, obturador, poplíteo ou 
ciático em intervenções MMII. Em cirurgias de ombro ou joelho podem ser utilizadas 
infiltrações locais, objetivando o bloqueio de fibras nervosas que inervam a area de 
agressão. A infiltração de parede pode ser util após laparotomia, cesarea e correção de 
hemorroidea. 
• Associar CLONIDINA com AL’S pode aumentar a analgesia em 02 horas, em nervos 
perifericos. Outros farmacos, como corticosteroides, magnesio, buprenorfina e o 
tramadol podem ter o mesmo efeito, porém não há evidencia cientifica. 
• Na tecnica por infusão continua pela peridural, o cateter deverá estar próximo a área 
de maior estimulo nociceptivo. Os anestesicos locais podem acelerar o peristaltismo e 
melhorar a perfusão da mucosa intestinao, reduzir a adesão plaquetaria e melhorar a 
microcirculação, diminuindo a incidencia de TVP. 
▪ A escolha peridural pode reduzir a incidencia de tromboembolismo, 
iAM, pneumonia, depressão respiratoria e ileoprolongado. 
• Na via subaracnoidea, o anestesico pode ser utilizado em dose única, e associado ao 
opioide em cirurgias de médio porte, com duração de analgesia em torno de 24h. 
• A lidocaina IV na dose de 2mg.kg pode ser utilizada em cirurgias badominais abertas 
ou laparoscopicas, reduzindo o consumo de opioides. 
 
▪ GABAPENTINA E PREGABALINA 
• Possuem mecanismo de ação semelhante, tem sido utilizado; gabapentina (1200mg) 
pregabalina (300mg) 1 a 2 horas antes da cirurgia, para reduzir a dor e o consumo de 
opioide, reduzindo a dor cronica persistente no pós operatorio. Pode levar a tontura e 
sedação. 
 
 
 
1.6 RECOMENDAÇÕES FINAIS. 
 
A. Cirurgias de pequeno porte, utilizar associação de analgésico simples e AINE’S. Caso 
opte por inibidor de COX-1 associar a bloqueador de bomba de protons durante 
tratamento. 
B. Evitar via IM, pois é dolorosa, absorção inadequada e efeitos adversos diversos. 
Fascite, abscesso, necrose. 
C. Na escolha de AINE’s, excluir pacientes sob risco de morbidade. Cetorolaco efeitos TGI 
e meloxicam e indometacina complicações CV. 
D. Complicações TGI maiores em pacientes do sexo masculino, > 60 anos, historico de 
ulcera peptica no passado, que utilizam aINES e uso concomitante de corticoides. 
E. Em cirurgias de médio porte, acrescentar opioide à prescrição. Via IV indicada em caso 
de o paciente não conseguir deglutir, ou caso de risco de aspiração ou íleo. A bomba 
de PCA sempre indicada caso haja necessidade de analgesia por várias horas, em 
pacientes com boas funções cognitivas e que compreendam o dispositivo e as 
limitações de segurança. Utilizar via de bolus; (pode aumentar a incidencia de nausea 
e vomito ou depressão respiratoria. Pode ser utilizada infusão de base em pacientes 
que já fazem uso de opioides. Monitorar sedação, depressão respiraotria e outros EA. 
Atenção aos pacientes com DOPC, AOS, ou uso de medicações sedativas. 
F. O emprego de 600 a 1200mg de gabapentina ou 150 a 300mg de pregabalina 1 hora 
antes da cirurgia pode reduzir a intensidade da dor, o consumo de analgesico ou 
ambos. 
G. A cetamiina na dose de bolus 0,5mg.g seguida de 10mcg.kg.min pode reduzir a 
intensidade da dor, o consumo de analgesico ou ambos. 
H. Agonistas alfa-2 – clonidina-; usada cmo adjuvantes aos anestesicos locais apresentam 
risco de sincope, sedação e hipotensão, devendo ser evitados em cirurgias 
ambulatoriais. 
I. A lidocaina IV em cirurgias abdominais pode reduzir o tempo de íleo e melhorar a 
qualidade da analgesia. A dose de bolus de 1,5 a 2mg.kg seguida da infusão de 
2mg.kg.h está indicada. 
J. A infiltração local ou topica pode ser efetiva na protese total de joelho, cirurgias 
artroscopicas de joelho, cesáreas e laparotomias. 
K. Não deve ser utilizado AL’S intrapleural por risco de toxicidade sistemica. 
L. Os bloqueios perifericos devem ser incluidos como parte da analgesia multimodal. 
Contempla a analgesia do local da cirurgia, com aparelhos de USG, neuroestimulador, 
para realizar a tecnica correta. Deve-se usar cateter, se dor pós operatoria prolongada. 
M. Em cirurgias de grande porte, utilizar via peridural contínua em bomba de PCA. 
Monitorar e tratar o aparecimento de efeitos adversos. 
N. A via subaracnodea está associada a cefaleia pós punção dural e associada a maiores 
efeitos adversos (depressão respiratoria tardia, neurotoxicidade da medula e tempo 
de analgesia limitado. Desta forma, monitorização de risco e prescição de outros 
agentes V.O ou IV são necessárias para manter analgesia. 
O. A duloxetina 60mg, 1h antes da cirurgia,pode reduzir a dor e o consumo de opioides 
no pós-operatorio de cirurgias na coluna. 
P. ANTIDEPRESSIVOS 
o São mais utilizados na dor crônica, mas podem ser utilizados na dor 
neuropatica aguda. Aumentam a disponibilidade central de noradrenalina e 
serotonina por inibirem a recaptação neuronal. A amitriptilina é a mais 
empregada (25mg-d). Os antidepressivos triciclicos são mais mais eficazes do 
que os inibidores seletivos de recaptação da serotonina, como fluoxetina e 
derivados. O uso destas medicações na dor aguda é limitada, pois o tempo 
para se obter a concentração adequada é normalmente após o 5 ou 7 dia. 
 
1.7. ANALGESIA PÓS OPERATORIA AMBULATORIAL. 
 
o 
 
 
A DOR E O CÂNCER. 
 
Aproximadamente 80% dos pacientes com câncer em estágios avançados, apresentam dor 
moderada ou intensa, decorrente de múltiplas causas. O alivio da dor é essencial, antes do 
tratamento anti-tumoral, quanto em condições de lesão irreversivel. 
Os pacientes podem ter dor por nocicepção e desaferentação, provocada pelo tumor, 
tratamento realizado, ou devido a causas não relacionados à doença. 
 
• As sindromes dolorosas do câncer são; 
1. Causada pelo tumor em ossos, snc, visceras, vasos, músculo e mucosa. 
2. Decorrente do tratamento (operação, radio, quimio) 
3. Associados aos procedimentos diagnosticos 
4. Síndromes paraneoplasicas: tromboembolismo, polimiosite, osteoartropatia. 
5. Não relacionadas ao tumor. 
 
O tratamento da dor deve ser individualizada para cada paciente, adequando as necessidades. 
As medidas menos invasivas são os metodos de escolha. Devemos iniciar com a dose 
apropriada, na menor dosse necessária para analgesia. 
Para a escolha da droga devem ser consideradas: facilidade de aplicação, caracteristicas da 
dor, tratamento prévio, evolução da doença, e repercussão da dor sobre o sono. 
 
• Problemas encontrados para que o tratamento seja eficaz. 
1. Uso de dose insuficiente 
2. Controle inadequado dos efeitos colaterais 
3. Uso impróprio das modalidades terapeuticas 
4. Falta d edisponibilidade dos medicamentos. 
o A maioria dos pacientes obtém analgesia com uso de analgésicos 
sistemicos. 
 
➔ DEVEM SER SEGUIDOS PRINCIPIOS PARA O TRATAMENTO DA 
DOR. 
• Seguir a escada analgésica; iniciando com AINEs associados ou não a adjuvantes; 
não havendo alivio da dor, administrar opioides fracos e em seguida ir para os mais 
potentes, também associados a adjuvantes. 
• Prescrição por via oral, sempre que possível 
• Não esperar o retorno da dor, sempre que possível, administrar antes que ela 
volte. 
• Evitar injeções 
• Usar medicações em intervalos regulares 
• Individualizar a dose, por que as necessidades variam em cada paciente. 
• Empregar morfina de liberação imediata para titular a dose e a controlada para 
manutenção 
• tratar os efeitos colaterais 
 
A dipirona e o paracetamol são os analgésicos mais utilizados quando o paciente começa a 
apresentar a dor. Também são mantidos em pacientes que estão sob uso de opióide. Os 
antiflamatórios também podem ser utilizados. 
• Os medicamentos mais utilizados na farmacologia oncologica são os opióides. A 
morfina, normalmente é o medicamento de escolha, e mais frequente para dores 
moderadas a intensa. 
 
CODEINA utilizada na dose de 30-60mg (o,5-1mg.kg) 4-6h V.O 
TRAMADOL utilizado na dose de 50-100mg (1-2mg.kg) 4-6h V.O, SC OU IV. 
MORFINA deve ser utilizada na dose necessária para controle adequado da dor. A dose é 
variável entre 15-60mg (0,3mg.kg) cada 4-8 horas para a de liberação imediata e 30-60mg cada 
8-12 horas para a de liberação controlada. 
OXICODONA é uma alternativa para a morfina de 30-60mg a cada 12h. 
METADONA tem duração de 4-12h. Inicialmente administrar a cada 8-12h, mas após 
estabilização, pode ser usada na dose de 10-30mg (0,05-0,2mg.kg) a cada 8h. 
 
• Os principais efeitos colaterais dos opióides são: constipação, náuseas, vômitos, e 
sedação. 
• Os adjuvantes são usados em todos os degraus da escada são eles: 
antidepressivos, anticonvulsivantes, relaxantes musculares, benzodiazepínicos, 
corticosteróides, capsaicina, lidocaina topica, clonidina, calcitonina, cetamina. 
• Quando o paciente não pode receber medicação por VIA ORAL, podem ser usadas 
por vias SC, VENOSA, SUBLINGUAL, TRANSDERMICA OU ESPINAL.

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