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Sistema de notação da Libras_ a escrita de sinais


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DEFINIÇÃO
Descrição de semelhanças e diferenças entre os sistemas de notação em Libras, bem como
reflexão e análise do uso prático da escrita de sinais na educação de sujeitos surdos.
PROPÓSITO
Conhecer como as diferentes propostas de notação em Libras utilizadas atualmente são
importantes ferramentas de fortalecimento da língua em si, além de viabilizar estratégias de
letramento visual e desenvolvimento linguístico aprofundado.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever a importância e os desafios da construção de sistemas de notação para a Língua
Brasileira de Sinais (Libras)
MÓDULO 2
Distinguir os sistemas de notação para a Libras
MÓDULO 3
Identificar estratégias de notação da Libras
MÓDULO 1
 Descrever a importância e os desafios da construção de sistemas de notação para a
Língua Brasileira de Sinais (Libras)
OS MODELOS DE ESCRITA: UM CONFLITO
IDEOLÓGICO
No vídeo a seguir, vamos entender a real importância dos sistemas de notação para as línguas
de sinais:
Desde o início do século XIX, há propostas de escritas de sinais criadas para a educação de
pessoas surdas:
A primeira de que se tem registro é a Mimographie, criada por Bébian (1789-1839), em
Guadalupe, estudada por Oviedo (2009 apud Aguiar e Chaibue, 2015). Na imagem, manuscrito
original, de 1825.
Desde então, outras foram e estão sendo pensadas para atingir linguística e culturalmente as
comunidades surdas ao redor do mundo.
São exemplos desses novos desenvolvimentos o sistema de notação de Stokoe (Estados
Unidos), o de François Neve (Bélgica) e o HamNoSys (Alemanha). Na imagem, o sistema de
notação de Stokoe. (Fonte: Wikimedia)
De acordo com Leontiev (2004), esses registros influenciaram as pesquisas e as construções
de novos sistemas de notação para as línguas de sinais. Isso ocorre pela necessidade de
estudo dessas línguas nos diferentes países em que a comunidade surda alcançou certa
visibilidade, mas também porque a modalidade escrita de uma língua, além de meio de
comunicação, proporciona a organização e o registro do pensamento humano, tendo
fundamental importância para o desenvolvimento do seu povo.
Por se tratar da língua falada por uma minoria linguística, as comunidades usuárias de Libras,
assim como de outras línguas de sinais, buscam na escrita uma estratégia de fortalecer e
desenvolver linguística e socialmente o seu modo de comunicação, sua forma de vida.
Capovilla (2004) afirma que esse movimento acontece pela compreensão de que estudar a
língua por meio do seu registro escrito é um passo importante para o respeito à condição de
surdo bilíngue, pois sabe-se que uma língua que não tem um registro escrito é limitada e
incapaz de desenvolver-se e consolidar-se a ponto de servir de base para a constituição
de um povo e de uma cultura.
NÃO SE PODE ESQUECER DE QUE A
LINGUAGEM ESCRITA É UM VEÍCULO DE
PENSAMENTO.
A visualidade e a tridimensionalidade da Língua de Sinais (LS) tornaram-se desafios a serem
ultrapassados nos processos de construção de sistemas de notação da Libras. Por isso, há
cada vez mais estudos sobre o tema, os quais contribuem com as discussões das propostas
para a educação de surdos (letramento visual) e para fortalecer as diferentes atuações da
comunidade surda em geral (aceitação e valorização da língua de sinais, estratégias de estudo
para tradutores intérpretes, registro de questões profissionais, entre outras).
Para transpor desafios, é necessário compreendê-los no contexto em que os estamos
estudando:
VISUALIDADE
Está ligada diretamente ao modo de a pessoa surda estar no mundo, de se comunicar por meio
da Libras e de perceber as informações pelo canal visual. Assim, quando se trata do trabalho
com a língua de sinais, vital para o desenvolvimento linguístico social dos surdos, o
aprendizado precisa estar aliado às questões visuais que norteiam a apreensão de significado.
Campello (2008) afirma que, em todas as etapas da educação de surdos, os aspectos da
visualidade têm a tarefa de relacionar o novo com o já conhecido em seu mundo, a partir de
sua experiência visual – inclusive na graduação e pós-graduação.
 
Fonte:Shutterstock
TRIDIMENSIONALIDADE
No caso da língua de sinais, refere-se ao espaço em que ela é produzida e no qual se
distribuem os elementos da sentença, que não são uma linha ou, ainda, o canal oral-auditivo,
mas um cenário visual no qual se constrói, muitas vezes, uma representação icônica, a qual
também necessita de estratégias de escrita (LESSA-DE-OLIVEIRA, 2012).
 
Fonte:Shutterstock
 RESUMINDO
Sendo assim, compreende-se a construção de escritas de sinais voltadas para a visualidade
surda e para a tridimensionalidade da língua.
OS CINCO PARÂMETROS DA LIBRAS
Para contemplar inteiramente a produção linguística dos sistemas de notação trabalhados aqui,
ou seja, os sistemas utilizados e estudados no Brasil, é preciso priorizar os cinco parâmetros
da Libras:
 
Fonte:Shutterstock
ESSES PARÂMETROS SERVEM DE BASE PARA
A MAIORIA DAS PROPOSTAS, UMAS COM
MAIOR ABRANGÊNCIA, OUTRAS NÃO
UTILIZANDO UM OU OUTRO PARÂMETRO
LISTADO.
 SAIBA MAIS
Pela Gramática da Libras, são cinco parâmetros. Mas como veremos a seguir, na ELiS e na
VisoGrafia, a configuração de mãos (CM) é abordada como configuração de dedos (CD). Trata-
se de uma forma diferenciada de abordar a questão do formato da mão na construção do sinal.
OS SISTEMAS DE NOTAÇÃO DA LIBRAS
Nos últimos anos, a comunidade surda brasileira vem se apropriando e criando sistemas de
notação em Libras, como forma de estudo de valorização do seu idioma. Estudaremos aqui os
quatro sistemas criados/utilizados no Brasil. São eles:
SW
Sistema SignWriting
ELIS
Escrita de Língua de Sinais
SEL
Sistema de Escrita para a Libras
VISOGRAFIA
Escrita Visogramada das Línguas de Sinais
Vamos identificar as diferenças conceituais e ideológicas entre esses modelos. Serão
analisadas as estratégias de construção, os objetivos de cada sistema e ainda a questão da
visualidade da escrita, a qual constitui um ponto importante quando se discute qualquer tópico
relacionado a sujeitos surdos.
MESMO QUE OS QUATRO SISTEMAS DE
ESCRITA TENHAM COMO BASE AS MESMAS
CARACTERÍSTICAS FONOLÓGICAS DA LIBRAS,
SEUS CRIADORES PROPUSERAM
ESTRATÉGIAS VARIADAS DE NOTAÇÃO.
Silva et al. (2018) afirmam que isso pode ser visto, principalmente, no sentido dessas escritas,
podendo elas serem registradas verticalmente, por meio de um sistema gráfico-esquemático-
visual (SignWriting) ou horizontalmente, mediante um sistema de base alfabética e linear
(demais sistemas) no papel ou computador.
A escolha entre um ou outro dos sistemas disponíveis para a Libras é essencialmente
ideológica:
Os que defendem um sistema de notação diferente da Língua Portuguesa
A parcela da comunidade que se alia a um sistema visualmente distante da escrita da Língua
Portuguesa (LP) entende que a produção escrita da Libras solicita um registro também distante
do da LP. Ou seja, é percebida a descontinuidade entre as línguas. Por isso, é comum a opção
pelo uso do SignWriting, mesmo que a adaptação a esse registro seja um pouco mais
complexa, principalmente por não respeitar as linhas de um caderno ou o sentido (horizontal)
da LP, com o qual estamos acostumados a lidar.

Os que apoiam um sistema similar à Língua Portuguesa
Já a outra parcela da comunidade surda, a qual costuma fazer uso de um dos outros três
sistemas aqui estudados (ELiS, SEL ou VisoGrafia), tem por argumento a aproximação com a
LP, entendendo que uma escrita linear, na qual se faz possível a comparação de configurações
de mãos com letras alfabéticas, pode facilitar o aprendizado tanto de surdos quanto de
ouvintes que usam a Libras como segunda língua (L2).
 COMENTÁRIO
Para compreender melhor cada sistema utilizado para o registro da língua de sinais no Brasil,
abordaremos suas características, seus processos de construção e alguns exemplos no
próximo módulo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE UM SISTEMA DE NOTAÇÃOPARA AS LÍNGUAS DE SINAIS E O QUE INFLUENCIA CONSTRUÇÕES
DISTINTAS PARA AS LÍNGUAS DOS DIFERENTES PAÍSES. ASSINALE
ENTRE AS OPÇÕES ABAIXO A QUE DESCREVE CORRETAMENTE A
IMPORTÂNCIA DO ESTABELECIMENTO DE SISTEMAS DE ESCRITA PARA
AS LÍNGUAS DE SINAIS:
A) A modalidade escrita da língua, além de meio de comunicação, é a principal forma de
desenvolver a oralidade do surdo, seja em língua de sinais ou, ainda, da própria língua oral do
país.
B) Os sistemas de escrita das línguas de sinais são importantes para ajudar os surdos a
aprenderem a modalidade escrita das respectivas línguas orais de seus países.
C) A modalidade escrita de uma língua, além de meio de comunicação da comunidade surda,
incentiva a organização e o registro do pensamento das pessoas, sendo importante para o
desenvolvimento linguístico e cultural do seu povo.
D) A importância da criação dos sistemas de escrita das línguas de sinais é assessória, ou
seja, auxilia na compreensão do funcionamento delas, mas não colabora com o
desenvolvimento cultural do seu povo.
2. SABEMOS QUE A LÍNGUA DE SINAIS SE DIFERENCIA DA LÍNGUA
ORAL PRINCIPALMENTE PELO SEU CANAL DE EXPRESSÃO, OU SEJA,
A PRIMEIRA É VISUAL-ESPACIAL E A SEGUNDA, ORAL-AUDITIVA. A
PARTIR DISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE MOSTRA OS
PRINCIPAIS DESAFIOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE
ESCRITA DA LIBRAS:
A) A expressão facial presente na produção das línguas de sinais.
B) Visualidade de tridimensionalidade da língua de sinais.
C) Os cinco parâmetros da Libras.
D) A ausência de fala na produção linguística das línguas de sinais.
GABARITO
1. Estudamos sobre a importância de um sistema de notação para as línguas de sinais e
o que influencia construções distintas para as línguas dos diferentes países. Assinale
entre as opções abaixo a que descreve corretamente a importância do estabelecimento
de sistemas de escrita para as línguas de sinais:
A alternativa "C " está correta.
 
A escrita de uma língua é um sistema de aquisição secundário ao se pensar na ordem de
aquisição linguística do ser humano. Sendo assim, a produção oral precede a produção escrita,
normalmente, e serve de base para o raciocínio de transposição da modalidade oral para a
escrita de uma língua.
No caso dos surdos, o que vinha sendo ofertado era o registro em uma língua de modalidade
distante da língua de sinais, a língua oral escrita. De acordo com Leontiev (2004) e Capovilla
(2004), o desenvolvimento de uma linguagem escrita proporciona a organização do
pensamento humano, assim como serve de base para a consolidação linguístico-cultural de um
povo.
Enfim, o objetivo linguístico está na linguagem (escrita, no caso), não como uma ponte para o
aprendizado de outra língua, mas como valorização e visibilidade da própria língua, podendo
servir de base para o aprendizado de línguas adicionais, ou não.
2. Sabemos que a língua de sinais se diferencia da língua oral principalmente pelo seu
canal de expressão, ou seja, a primeira é visual-espacial e a segunda, oral-auditiva. A
partir disso, assinale a alternativa que mostra os principais desafios para a construção
de um sistema de escrita da Libras:
A alternativa "B " está correta.
 
A fala, como explicado no texto, não se resume à mera produção vocalizada de sons para
construir um enunciado, mas ao uso de palavras, sinalizadas ou oralizadas, dentro de um
sistema de significados compartilhado por diferentes falantes de uma mesma língua. Sendo
assim, há, na língua de sinais, a presença de fala.
Compreendendo que a expressão facial é um dos cinco parâmetros que constroem a
tridimensionalidade da língua de sinais, eles se tornam parte da resposta. As construções
linguísticas nas línguas de sinais baseiam-se também nas experiências visuais dos surdos,
cruciais para o desenvolvimento linguístico desses sujeitos. Dessa forma, a resposta que
abrange toda a complexidade da construção de um sistema de escrita para as línguas de sinais
é a alternativa B.
MÓDULO 2
 Distinguir os sistemas de notação para a Libras
SISTEMAS DE ESCRITAS
Como visto no módulo anterior, o desenvolvimento de sistemas de notação da Libras surgiu
como possibilidade de registro do pensamento em língua de sinais, assim como de leitura do
mundo em que os surdos estão inseridos. Para esse sistema ser aceito pela comunidade, ele
deve trabalhar com a visualidade e a tridimensionalidade da produção de uma língua
visuoespacial como a Libras, por exemplo.
As propostas para a escrita de línguas de sinais ao redor do mundo são várias, mas, no Brasil,
quatro sistemas (SW, ELiS, SEL e VisoGrafia) foram criados como opção para uso
concomitante à LP, porém ainda não se tem uma escrita de sinais oficial no país. Seja nos
momentos de educação formal ou para produção pessoal de textos, o interesse pelo registro
escrito da Libras tem aumentado nos cursos de graduação, pós-graduação e como estratégia
de letramento visual na educação básica.
VEJAMOS AGORA CADA UM DESSES
SISTEMAS, SUAS SIMILARIDADES E
DIFERENÇAS, SEUS AUTORES E SUAS
PROPOSTAS DE REGISTRO.
SIGNWRITING (SW)
Criado pela coreógrafa norte-americana Valerie Sutton, na Dinamarca, em 1974, o SignWriting
é uma forma de registro internacional, que permite o registro de sinais da Libras. Segundo Silva
et al. (2018), há muitos estudiosos desse sistema em diversas partes do Brasil, desde 1996,
quando foi introduzido em nosso país.
De acordo com Campos e Silva (2013) e Stumpf (2005), estudos mostram que os estados do
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo despontam em pesquisas para desenvolver
ainda mais o sistema SignWriting e qualificá-lo para atender à escrita da Libras, mostrando-se
um importante aliado no letramento de crianças surdas.
Esse sistema gráfico-esquemático-visual possui grande aceitação da comunidade surda, como
afirmam Capovilla e Raphael (2001), partindo da premissa de que se a linguagem escrita é
um veículo do pensamento e se o pensamento no sujeito surdo ocorre em sinais, um
sistema de escrita da linguagem espaço-visual, como SignWriting, revela-se capaz de
evocar, espontaneamente, o pensamento do surdo. Segundo Aguiar e Chaibue (2015),
esse pensamento decorre de o aspecto visual ser claramente perceptível ao leitor quando se
depara com um sistema composto de mais de 1.900 símbolos que pode ser adaptado a
qualquer língua de sinais.
Os símbolos criados para o sistema SW buscam marcar os aspectos fonético-fonológicos
de qualquer língua de sinais e não somente da Libras. Esses aspectos são divididos em dez
categorias, sendo elas:
MÃOS
MEMBROS
FACES
LOCALIZAÇÃO
OMBRO
PONTUAÇÃO
CONTATO DAS MÃOS
INCLINAÇÃO DA CABEÇA
MOVIMENTOS DO CORPO E DA CABEÇA
MOVIMENTO DE DINÂMICAS
(SILVA et al., 2018)
Esses aspectos, unidos no registro em SW, atendem a cada um dos cinco parâmetros das
línguas de sinais. Pode-se perceber, pela imagem a seguir, que é necessária a tradução da
mensagem do texto em LP antes da construção do texto em SW. Assim, respeita-se a
gramática da Libras ao se fazer seu registro na modalidade escrita da língua.
Perceba que a notação é feita pela perspectiva do sinalizador, ou seja, aquele que sinaliza,
influenciando diretamente a escrita e a leitura desse sistema:
SUA ESCRITA É VERTICAL, LOGO, AINDA NÃO
SE PODE UTILIZÁ-LA DIRETAMENTE NOS
EDITORES DE TEXTO PADRÃO PARA
COMPUTADORES.
 SAIBA MAIS
Atualmente, o SW é a forma mais difundida de registro da Libras na modalidade escrita. Esse
registro pode ser feito em um programa de edição específico do sistema (o SignEdit) ou
através de uma plataforma online (SignPuddle) a qual possibilita criar textos em SW.
Reconhecer os significados dos símbolos, das cores e dos aspectos básicos é crucial para o
desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita em Libras através do SW. Para isso,
acompanhe um levantamento das principais regras de funcionamento do SignWriting, de forma
sucinta:
CONFIGURAÇÃO DE MÃOS
No registro das configurações de mãos (CM), quando o sinalizador vê o dorso da mão,o
grafema será preto; quando vê a palma, será branco; e quando vê o lado, será metade branco,
metade preto. Observe:
GRAFEMA
Segundo Barreto e Barreto (2015), o grafema, nas línguas de sinais, equivale ao fonema
nas línguas orais. Ou seja, grafemas são as menores unidades com significado em dada
língua. Nas línguas de sinais, podemos utilizá-los, salvo algumas perspectivas teóricas,
para os cinco parâmetros.
javascript:void(0)
 
Fonte:Shutterstock
ORIENTAÇÃO DA PALMA DA MÃO
A orientação da palma da mão interfere no registro da configuração, pois, se a mão está
paralela ao chão durante o sinal, o registro será cortado em algum ponto para evidenciar esse
parâmetro, conforme pode-se perceber na figura a seguir.
 
Fonte:Shutterstock
MOVIMENTO
O movimento é, na maioria das vezes, indicado por setas. Porém, é necessário perceber se ele
é realizado paralelo ao chão ou à parede.
 
Fonte:Shutterstock
PONTO DE ARTICULAÇÃO E EXPRESSÕES NÃO
MANUAIS
O contato mais utilizado é o asterisco, para toque, mas há outros tipos de contato:
 
Fonte:Shutterstock
A locação do sinal é colocada também na notação, assim como expressões faciais (quando
ocorrem). O ponto de articulação, quando na cabeça, é claramente representado, porém,
outros locais, dentro do espaço de sinalização padrão, podem não usar grafema algum,
quando acontecem em espaço neutro ou peito, ou, ainda, aparecer como traços ou linhas, para
representar os ombros (linha acima da CM) ou a cintura (linha abaixo da CM).
O SW tem proposta puramente visual, sem relações com a escrita alfabética das línguas orais.
Talvez, por isso, tenha difusão por todo o país, sendo utilizado para o estudo da gramática da
Libras e como auxílio no letramento visual de crianças surdas.
 COMENTÁRIO
Posteriormente, você poderá aprofundar-se nesses estudos com as indicações da seção
Explore+.
ESCRITA DE LÍNGUA DE SINAIS (ELIS)
Criado em 1997, pela dra. Mariângela Estelita Barros, a ELiS, como é conhecida a Escrita de
Língua de Sinais, vem sendo desenvolvida principalmente no estado de Goiás, por ser o local
onde a sua criadora cursou pós-graduação. A ELiS foi criada durante o mestrado da
pesquisadora, aperfeiçoada em seu doutorado, em 2008, e continua sendo trabalhada em
disciplinas do curso de Letras-Libras (BARROS, 2016). Devido ao seu desenvolvimento
acadêmico, atualmente esse sistema está presente nos ensinamentos de pelo menos cinco
diferentes universidades federais brasileiras.
Para criar os 95 visografemas desse sistema, a autora utilizou quatro parâmetros das línguas
de sinais, sendo três os mesmos utilizados por Stokoe, em 1965, e adicionou o Ponto de
Articulação.
Os visografemas na ELiS estão divididos entre os quatro parâmetros da seguinte forma:
VISOGRAFEMAS
Utilizados pela criadora, os visografemas remetem ao design das letras no sistema ELiS.
10 PARA AS CONFIGURAÇÕES DE DEDOS (CD)
6 PARA A ORIENTAÇÃO DA PALMA (OP)
javascript:void(0)
35 PARA O PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA)
44 PARA O MOVIMENTO (M)
Escritos nessa ordem, seguindo a anatomia da mão direita, pode-se dispensar o último
parâmetro (Expressões Não Manuais), em casos de sinais que não o apresentem, para que a
leitura respeite uma sequência linear, da esquerda para a direita.
Os visografemas são o alfabeto da ELiS, ou seja, eles são elementos que, quando organizados
linearmente, compõem palavras/sinais da Libras. Em uma comparação às línguas orais, a ELiS
possui 95 elementos contra uma variação de aproximadamente 20 a 40 elementos para
representar o alfabeto da língua. Sendo assim, ao dizermos que esse sistema é alfabético,
significa que ele dispõe desses elementos para organizá-los linearmente de acordo com o sinal
a ser escrito.
Esse sistema, originalmente brasileiro, pode adaptar-se facilmente a qualquer língua de sinais,
não servindo apenas para a escrita da Libras. Sua difusão aproxima-se da do SW e atrai
adultos surdos e ouvintes pela possibilidade de ser facilmente adaptável a editores de texto
disponíveis no mercado. Como exemplo, perceba as notações utilizadas pelo sistema ELiS
para o registro do texto em Libras, sendo logo após traduzido para a Língua Portuguesa.
Veremos agora, a interpretação de um poema notado em ELiS:
A fonte ELiS pode ser facilmente salva no computador e utilizada em um editor de texto
comum. Basta que o usuário a conheça e faça a adaptação para o teclado do equipamento.
Para compreendê-la, é preciso conhecer e estudar com atenção os seus visografemas. Para
isso, busquemos alguns princípios básicos de seu funcionamento.
CONFIGURAÇÃO DE DEDOS (CD)
O primeiro passo para a construção de um sinal em ELiS é escrever os visografemas de
configuração de dedos (CD), os quais representam as posições dos dedos, de forma separada,
polegar e demais, para, combinando-se entre si, comporem o formato da mão do sinalizador:
 
Fonte:Shutterstock
ORIENTAÇÃO DA PALMA (OP)
Depois de grafado o formato da mão, partimos para a orientação da palma (OP). Ela deve vir
logo após a CD, dando continuidade na compreensão do leitor e indicando para qual direção a
palma da mão está voltada:
 
Fonte:Shutterstock
PONTO DE ARTICULAÇÃO (PA)
O próximo visografema a ser registrado para, talvez, já completar o sinal desejado (no caso de
sinais sem movimento) é o do ponto de articulação (PA). Com 35 visografemas, o PA é variado,
mas é relativamente fácil perceber visualmente a que parte do corpo o sinal está ligado:
 
Fonte:Shutterstock
MOVIMENTO (M)
O movimento (M), um dos parâmetros possíveis de se registrar na ELiS, possui 44
visografemas, sendo 12 destinados às expressões não manuais (ENM), não vistas na primeira
relação de parâmetros utilizados para a criação do sistema. Mesmo assim, a escrita de uma ou
outra palavra em língua de sinais pode não possuir esse visografema por ser um sinal que não
tenha movimento ou expressão não manual registrada:
 
Fonte:Shutterstock
Nas línguas de sinais, existem palavras que utilizam uma ou duas mãos para serem produzidas
quando, com as duas mãos, pode haver um movimento simétrico, ou seja, as duas mãos
realizam os mesmos visografemas; um movimento assimétrico, quando realizam visografemas
diferentes; ou sinais com uma mão de apoio apenas, sem modificação de significado. Eles
compõem os tipos de sinais com registro próprio dentro da ELiS:
MONOMANUAL
 
Fonte:Shutterstock
BIMANUAL SIMÉTRICO
 
Fonte:Shutterstock
BIMANUAL ASSIMÉTRICO
 
Fonte:Shutterstock
BIMANUAL QUASE SIMÉTRICO
 
Fonte:Shutterstock
COM MÃO DE APOIO
 
Fonte:Shutterstock
COMPOSTO
 
Fonte:Shutterstock
Para compreendermos os tipos de sinais na ELiS, vamos analisar o sinal de BONITO, o qual é
realizado com uma das mãos. Percebemos que sua notação segue exatamente os passos
listados anteriormente (ver tabela com exemplo visual a seguir). Para colocarmos maior
intensidade e escrevermos MUITO BONITO, basta apenas inserir // antes da palavra BONITO
para que o sinal seja feito com as duas mãos, modificação indicada na Libras para expressar o
aumentativo desse adjetivo (muito bonito, bonitão). Visualize o exemplo:
 
Fonte:Shutterstock
A ELiS tem uma possibilidade real de uso pelos surdos e ouvintes usuários da Libras por ser
de fácil adaptação aos programas de edição de texto e abranger os parâmetros da língua de
sinais. É uma escrita que possibilita a reflexão metalinguística no aprendizado e o estudo
continuado da Libras, propiciando o empoderamento da comunidade surda.
 ATENÇÃO
Há uma perspectiva de menor visualidade na ELiS do que no SW, pois, mesmo sem conhecer
o sistema SW, algumas pessoas, que conhecem a Libras, conseguem compreender algumas
notações nele. Em relação à ELiS, é preciso uma introdução formal ao sistema, porém não se
trata de um ponto negativo e sim de uma diferença quanto à visualidade entre as escritas.
TRAÇOS FONOLÓGICOS DISTINTIVOS
Os traços distintivos, na gramática gerativa, são propriedades mínimas referentes aos
processos articulatório eacústico envolvidos na produção de um som. De acordo com
esse ponto de vista, a representação segmental de um som seria o equivalente a um
conjunto de feixes de traços distintivos referentes a esse som.
SISTEMA DE ESCRITA PARA A LIBRAS
(SEL)
Criado na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), por meio de um projeto de
pesquisa coordenado pela professora Adriana Stella Cardoso Lessa-de-Oliveira, o Sistema de
Escrita para a Libras (SEL) foi pensado, em 2009, para pertencer ao grupo de sistemas
alfabéticos. Seus registros refletem uma análise mais aprofundada, chegando a um sistema
satisfatório em 2011.
A opinião de seus criadores é que um sistema logográfico ou ideográfico como o SW, por
exemplo, é menos eficiente do que um alfabético. De acordo com Lessa-de-Oliveira (2012),
esse pensamento se aproxima ao dos idealizadores da ELiS, porém os caracteres do SEL
fazem menção a conhecimentos de natureza trácica, ou seja, registra traços fonológicos
distintivos da língua, e não fonemas, como a primeira.
Com um estudo de níveis hierárquicos do funcionamento existentes tanto nas línguas orais-
auditivas quanto nas gestovisuais, o SEL localiza o início da construção de um sinal no
primeiro nível dessa hierarquia. Nesse ponto, encontram-se os parâmetros da língua de sinais,
acompanhados de outros traços distintivos da língua, como o eixo da mão ou as opções de
toque para a realização dos sinais. Esses traços unem-se em um segundo nível, formando os
macrossegmentos MLMov, a saber: mão, locação e movimento.
Silva et al. (2018) apontam que, ao unirmos os macrossegmentos no terceiro nível de
articulação, temos unidades MLMov, as quais precedem o último, ou quarto nível hierárquico
de funcionamento da língua, no qual essas unidades se juntam para produzir a escrita de uma
palavra/sinal no sistema SEL.
Por exemplo, na escrita para a palavra ZEBRA, o sinal é composto de duas unidades MLMov,
podendo ser percebida na notação a reincidência dos macrossegmentos, conforme ilustrado a
seguir:
javascript:void(0)
 
Fonte:Shutterstock
De acordo com Lessa-de-Oliveira (2012), para compreender a escrita, ou ainda ler textos neste
sistema, é necessário debruçar-se sobre a sua teoria e entender um pouco das nuances de
uma produção linguística em termos de traços fonológicos. Ao total, o sistema de escrita para a
Libras conta com 109 caracteres e 54 diacríticos, dispostos linearmente para a escrita de
palavras/sinais. Essa quantidade foi atingida ao optar pelo registro dos traços fonológicos e não
dos macrossegmentos, que resultaria em mais de 800 caracteres para serem combinados
entre si.
Com o registro dos caracteres e diacríticos mencionados, acredita-se que a característica
tridimensional da Libras tenha sido captada, possibilitando o detalhamento de sua escrita.
Vamos conhecer cada macrossegmento e seus caracteres e diacríticos, nas suas formas
manuscritas e mecânicas, para compreendermos melhor essa proposta de registro da Libras.
MÃO
É um macrossegmento que envolve três elementos: configurações de mãos; orientação da
palma da mão; e eixo. As primeiras possuem 52 caracteres. Orientação da palma da mão e
eixo têm juntas 12 caracteres, ou seja, quatro opções de OP para cada um dos três eixos
possíveis, os quais seguem o registro das primeiras, de forma linear.
Vejamos a seguir as 52 configurações de mãos:
Também podemos ter os seguintes eixos:
EIXO SUPERIOR
 
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EIXO ANTERIOR
 
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EIXO LATERAL
 
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OUTROS
 
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LOCAÇÃO
É o macrossegmento que mostra 27 caracteres para o ponto de articulação de um sinal em
Libras.
 
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MOVIMENTO
É o último macrossegmento registrado na palavra em Libras. É dividido em dois tipos: de mão
e de dedo. Adicionam-se ainda os diacríticos de pontos de toque e de expressões faciais.
Para o primeiro, há ainda uma subdivisão em três elementos: tipo, orientação e plano. O tipo
recebe caracteres, enquanto a orientação e o plano são diacríticos, como acentos inseridos
aos caracteres para marcar um detalhe na execução do movimento. Ou seja, o movimento é
semicircular (tipo), mas pode receber outras duas características pelos seus diacríticos
transversal (plano) e para frente (orientação).
 
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Para o movimento dos dedos, houve a elaboração de 19 caracteres para mostrar cada um dos
cinco dedos:
 
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Foram criados também 11 diacríticos para expressar o movimento em si, ou seja, o
movimento interno da mão:
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DIACRÍTICOS
Sinal gráfico complementar que modifica o valor de um símbolo (como o til ou a cedilha
na Língua Portuguesa escrita).
 
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A marcação dos pontos de toque é feita através de 11 diacríticos e das expressões visuais de
mais 20 diacríticos:
 
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O sistema SEL auxilia a desenvolver o pensamento do surdo ao buscar atingir níveis mais
internos de reflexão linguística, ou o início da produção, ainda mental, de um sinal. Ao refazer o
caminho dos níveis de articulação, esse sistema de notação traz, como facilitador para o
raciocínio humano, um caminho que começa pelos traços distintivos na gramática da Libras
para, após junções desses traços em unidades maiores (as unidades MLMov), visualizar sinais
escritos.
A forma linear com que trabalha Lessa-de-Oliveira (2012) não descarta a tridimensionalidade
da língua, tampouco a sua praticidade na escrita e na leitura. Defende-se, com o SEL, a
possibilidade de estudos gramaticais, bem como a produção de textos escritos em Libras de
forma manual ou mecânica.
ESCRITA VISOGRAMADA DAS LÍNGUAS DE
SINAIS (VISOGRAFIA)
A mais recente das propostas para uma escrita de sinais, criada em 2016 (e alterada em 2017
com os estudos de seu idealizador, Cláudio Alves Benassi), a VisoGrafia busca simplificar e
viabilizar a leitura e a escrita em línguas de sinais.
A proposta surgiu depois de Benassi ter contato com os sistemas SW, na graduação, e ELiS, já
como professor universitário, e perceber as dificuldades na aquisição da escrita por seus
alunos na disciplina de Escrita de Sinais (onde ele ensinava apenas a ELiS). Assim, Benassi
(2018) criou um sistema híbrido resultante da união desses sistemas, pleiteando abarcar a
visualidade do SW e a praticidade da ELiS.
Por praticidade, entende-se a escrita linear e de natureza alfabética do sistema ELiS adaptada
para ser utilizada em conjunto com os grafemas do SignWriting. Foi dessa composição que se
criou o visograma (O “alfabeto” da ELiS.) da escrita. Segundo Benassi (2018), na sua
primeira versão, a VisoGrafia era composta por 64 símbolos, número bem menor que no SW
(900) ou na ELiS (95).
Após a proposta inicial, alguns experimentos foram feitos com pessoas surdas e ouvintes
usuárias da Libras. Ela também foi utilizada para o registro de palavras em línguas de sinais
diferentes da brasileira, como a mexicana, a chilena e a colombiana.
Desses experimentos, resultou sua alteração mais atual, em 38 visografemas e 55 diacríticos:
 
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Os visemas grafados são a configuração de mãos a partir: das configurações de dedos e da
orientação da palma; da locação; do movimento; e da expressão não manual. De acordo com
Silva et al. (2018), na sequência linear a que se propõe, escreve-se a OP e nela se grafa as
CD. Por último, escrevem-se os M e as ENM por meio do uso de diacríticos próprios.
Atualmente, esse sistema tem sido utilizado em duas revistas acadêmicas: Revista Diálogos
(RevDia) e Revista Falange Miúda (ReFaMi), nas quais resumos são traduzidos para a Libras e
registrados pela VisoGrafia.Ao ensinar a VisoGrafia, Benassi (2018) enfatiza que em um estágio básico, é necessário
aprender, apenas, os 38 visografemas e diacríticos de configuração de dedos, contato e
movimento para conseguir grafar a LS, sendo que os demais são dispensáveis.
Portanto, o sistema se propõe a estágios de aquisição, podendo-se nele fazer reflexões
linguísticas, ler e escrever textos. Conforme seu idealizador, por ter um baixo número de
caracteres essenciais à compreensão visual da Libras, a VisoGrafia pode ser decodificada
facilmente, colocando-a como um dos mais promissores sistemas de escrita das línguas de
sinais.
VISEMAS
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Unidade mínima da língua visual, isto é, de sinais; equivalente visual do fonema.
TODOS OS SISTEMAS AQUI APRESENTADOS
ESTÃO EM PERMANENTE ADAPTAÇÃO PARA
ATINGIR AS MUDANÇAS QUE OCORREM NA
LIBRAS.
Por ser uma língua viva, ela está em constante movimento, necessitando de registro, na
maioria das vezes. Três dos quatro sistemas discutidos, a ELiS, o SEL e a VisoGrafia, apostam
na linearidade como a principal característica para promover facilidade na aquisição e
praticidade no seu uso, tanto na produção quanto na recepção de língua na modalidade
escrita. Mesmo assim, o SW tem muitos usuários em nosso país por ser a notação que mais se
conecta com a visualidade, aspecto muito caro às comunidades surdas para fortalecimento de
sua língua e cultura.
 ATENÇÃO
A escolha entre uma das propostas ainda é de cunho particular, visto que não há a oficialização
de um sistema para todo o território brasileiro. Há, porém, a eleição de uma ou duas a serem
trabalhadas em cursos de graduação e pós-graduação ou em algumas escolas especializadas
na educação de surdos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ESTUDAMOS OS QUATRO SISTEMAS DE ESCRITA DE SINAIS
UTILIZADOS NO BRASIL. TODOS ELES BUSCAM O REGISTRO DA
VISUALIDADE TRIDIMENSIONAL DA LIBRAS, PORÉM SE DIFERENCIAM
QUANTO À NATUREZA DE REGISTRO DE SEUS GRAFEMAS. SOBRE
ISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) O SW é um sistema alfabético-linear enquanto os outros foram criados como sistemas
gráfico-esquemático-visuais.
B) A ELiS e a VisoGrafia são similares, porém se diferenciam no registro, pois o primeiro é
linear e o segundo não.
C) A VisoGrafia é um sistema híbrido, resultante da junção do SW e da ELiS, trazendo
visografemas visuais, principalmente do SW, e registrado linearmente, como na ELiS.
D) O SEL e a ELiS são sistemas de base alfabética, escritos na vertical, que possibilitam a
leitura e a escrita de textos, além da reflexão linguística sobre a Libras.
2. (UFSM/2017) O SISTEMA DE REPRESENTAÇÃO DA ESCRITA DA
LÍNGUA DE SINAIS QUE É BASTANTE DIFUNDIDO NO BRASIL E FOI
CRIADO POR VALERIE SUTTON, NA DINAMARCA, EM 1974, É O:
A) Sistema de escrita das línguas de sinais (ELiS).
B) Sistema de escrita notação Mimographie.
C) Sistema de escrita SignWriting.
D) Sistema D'Sign.
GABARITO
1. Estudamos os quatro sistemas de escrita de sinais utilizados no Brasil. Todos eles
buscam o registro da visualidade tridimensional da Libras, porém se diferenciam quanto
à natureza de registro de seus grafemas. Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
 
Essa questão revisa conhecimentos básicos sobre todas as propostas apresentadas,
principalmente no que tange à natureza do registro dos sistemas. De forma resumida, o SW é
um sistema gráfico-esquemático-visual baseado nos parâmetros das línguas de sinais, com
escrita vertical, que atende maximamente aos aspectos de visualidade e tridimensionalidade.
Já os outros sistemas são de natureza alfabética e buscam atender aos dois aspectos citados,
porém apostando na praticidade do registro linear, da esquerda para a direita. A VisoGrafia é a
proposta mais atual, que tenta unir praticidade com visualidade e tridimensionalidade por meio
de um sistema híbrido, com a junção do SW e da ELiS, trazendo visografemas visuais,
principalmente do SW, e sendo registrado linearmente, como na ELiS.
2. (UFSM/2017) O sistema de representação da escrita da língua de sinais que é bastante
difundido no Brasil e foi criado por Valerie Sutton, na Dinamarca, em 1974, é o:
A alternativa "C " está correta.
 
A ELiS foi criada no Brasil, em 1997, pela dra. Mariângela Estelita Barros. A Mimographie foi o
primeiro sistema de escrita de sinais de que se tem registro, criada na França, por Bébian.
A SignWriting, alternativa correta, é o sistema criado pela coreógrafa Valerie Sutton, na
Dinamarca. Por fim, o elaborado sistema D’Sign também foi criado na França, em 1990, mas
seu criador, Paul Jouison, morreu antes de definir todo o funcionamento interno do sistema.
MÓDULO 3
 Identificar estratégias de notação da Libras
NOÇÕES PRÁTICAS E PRODUÇÃO DAS
ESCRITAS DE SINAIS
Conhecer teoricamente os sistemas de escrita utilizados no Brasil é um passo importante para
o desenvolvimento dos estudos em Libras, pois percebemos as diferenças metodológicas que
influenciaram a construção de cada um e o que cada idealizador entendeu serem os aspectos
determinadores de seu funcionamento.
No que diz respeito à visualidade, o SW desponta como o sistema mais visual dentre os quatro
apresentados, mas não se mostrou como o mais prático e de fácil aquisição. A ELiS é um
sistema alfabético que buscou na linearidade a praticidade do registro do pensamento humano
em línguas de sinais, inclusive, podendo ser utilizado no computador, em editores de texto
comuns. Um obstáculo à sua difusão, no entanto, é o conjunto grande de caracteres.
O SEL tem uma proposta voltada para a utilização de traços fonológicos distintivos,
entendendo que é necessário refletirmos sobre os níveis articulatórios das línguas de sinais.
Por isso, o SEL considera esses níveis desde o momento em que o sinal começa a ser
produzido, ainda mentalmente. Também abre um leque de opções de uso dos cinco
parâmetros para construir as unidades MLMov.
Por último, surge uma proposta híbrida de dois sistemas anteriormente estudados. A
VisoGrafia se coloca como a mais promissora das escritas de sinais, com o argumento de ser
enxuta e de fácil compreensão, após experimentos realizados pelo seu idealizador.
Independentemente do sistema a ser utilizado, são necessários a prática e o contato frequente
para a apropriação dos caracteres, grafemas e visografemas.
Vamos agora praticar um pouco de cada um dos sistemas, partindo de um movimento básico
de registro em Libras: será em Libras.
NÃO É CORRETO TRANSPOR PALAVRAS DA
LÍNGUA PORTUGUESA ORAL PARA A ESCRITA
DE SINAIS.
Deve-se traduzir a mensagem para Libras e escrevê-la com os sinais da tradução ou produzir o
texto diretamente em língua de sinais.
Veremos um exemplo:
 
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Um olhar atento capta as diferenças entre os registros das línguas. A Língua Portuguesa tem
elementos sintáticos e gramaticais que diferem da língua de sinais, nesse caso, registrada em
SW. É importante pensar em Libras, visualizar os sinais a serem produzidos para, então,
escrevê-los. Pode-se ver essa metodologia aplicada à tradução de um poema para Libras,
escrito em VisoGrafia.
Agora, veremos como se dá a interpretação em LIBRAS de um poema escrito no sistema
VisoGrafia:
Além da compreensão das características sintáticas das línguas, devemos atentar para
detalhes que podem modificar o significado do sinal. Por exemplo, os pares mínimos na
Libras, isto é, os sinais que se diferenciam por um parâmetro apenas, podem deixar passar
despercebida essa característica na escrita de sinais e, consequentemente, confundir sua
leitura.
Vamos analisar os sinais APRENDER e LARANJA no sistema SEL, como exemplo dessa
situação. O ponto de articulação ou locação é, respectivamente, a testa e a boca. Os
caracteres que representam esse parâmetro são parecidos e ocupam o meio da palavra, de
acordo com a ordem da unidade MLMov.
 
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A ordem de escrita e o posicionamento de cada grafema também precisam ser respeitados.
Para isso, cada sistema possuisuas regras, já estudadas nos módulos anteriores. No exemplo
a seguir, podemos comparar como algumas delas aparentam no registro:
SIGNWRITING
 
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No sinal CASA, em SW, é fácil perceber a regra dos pontos de toque. As configurações de
mãos que se tocam aparecem na notação encostadas uma na outra, com o grafema de toque
acima. Não devemos grafar entre as CM, separando-as.
ELIS
 
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O sinal LIMPO está escrito em ELiS com // antes de iniciar a palavra, pois é feito com as duas
mãos, simetricamente. Após as duas barras, a ordem da escrita é respeitada – CD-OP-PA-M.
Não há expressão não manual nesse sinal, mas, mesmo que houvesse, o sistema ELiS não
registraria esse parâmetro.
SEL
 
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O sinal VER se realiza com a mão configurada em “V”, palma em posição anterior para baixo,
fazendo-se um movimento retilíneo para frente a partir de um dos olhos. Somente respeitando
a ordem de escrita, como MLMov, podemos compreender o que cada um dos visografemas
representa.
VISOGRAFIA
 
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O sinal OUVIR, em Libras, é aqui grafado pela VisoGrafia e tem a mistura de dois sistemas,
SW e ELiS, seguindo uma escrita linear, mas com grafemas de locação do SW no centro e
demais misturados com os da ELiS. Algumas marcações dessa última foram sobrepostas e
outras se mantiveram separadas. As ordens dos dois sistemas mesclaram-se, mas, mesmo
assim, é escrito um sinal ao lado do outro, priorizando a natureza linear da escrita.
 DICA
Independentemente do sistema de notação escolhido, os pontos levantados aqui são
imprescindíveis para que não haja eventuais problemas de leitura e escrita da Libras. Sendo
assim, sempre volte a sua atenção para a produção linguística em língua de sinais, seja após
uma tradução ou ainda no registro de pensamentos na Libras; atente para cada parâmetro
grafado – um erro aqui pode mudar o significado do sinal escrito; e escreva na ordem que o
sistema mostra, seja sobrepondo parâmetros e características ou organizando-os um após o
outro, linearmente.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A ESCRITA DE SINAIS AINDA É NOVA PARA A COMUNIDADE SURDA,
MAS VEIO PARA SUPRIR A NECESSIDADE DE REGISTRO DE
PENSAMENTOS HUMANOS QUE SE DÃO EM LÍNGUA DE SINAIS. SOBRE
ISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:
A) Os sistemas de notação em Libras seguem a produção linguística da pessoa que escreve,
seja na sua primeira língua, em Libras ou na Língua Portuguesa.
B) Os sistemas de notação em Libras seguem a produção linguística em língua de sinais,
podendo ser resultado de tradução ou de produção direta em LS.
C) Os sistemas de notação em Libras seguem a produção linguística em língua de sinais,
devendo ser resultado de tradução de um texto em LP.
D) Os sistemas de notação em Libras seguem a produção linguística em língua de sinais,
devendo ser resultado apenas da produção direta em LS.
2. A ORDEM DE NOTAÇÃO DOS SISTEMAS INFLUENCIA DIRETAMENTE A
COMPREENSÃO DA ESCRITA. CADA PARÂMETRO (OU UNIDADE
COMPOSTA DE PARÂMETROS, NO CASO DO SEL) PRECISA SER
CUIDADOSAMENTE COLOCADO NA ORDEM CORRETA. SE TROCARMOS
UM DOS GRAFEMAS, PODEMOS ESTAR REGISTRANDO UM SINAL
DIFERENTE DO QUE PENSAMOS OU TALVEZ UM PAR MÍNIMO DO SINAL
DESEJADO. QUANTO A ISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA:
A) Ao trocarmos o grafema de PA do sinal LARANJA, podemos estar registrando o sinal
OUVIR.
B) Ao trocarmos o grafema de CM do sinal LARANJA, podemos estar registrando o sinal
QUEIJO.
C) Ao trocarmos o grafema de MOVIMENTO do sinal LARANJA, podemos estar registrando o
sinal BOM.
D) Ao trocarmos o grafema de CM do sinal LARANJA, podemos estar registrando o sinal
APRENDER.
GABARITO
1. A escrita de sinais ainda é nova para a comunidade surda, mas veio para suprir a
necessidade de registro de pensamentos humanos que se dão em língua de sinais.
Sobre isso, assinale a alternativa correta:
A alternativa "B " está correta.
 
Ao praticar cada um dos sistemas, percebemos o requisito básico de registro em Libras: será
em sinais. Sendo assim, não necessariamente será a produção linguística própria da pessoa
que escreve o texto em Libras, pois essa pessoa pode ter produzido um texto em LP. O verbo
dever nas alternativas C e D exclui uma e outra, pois, na verdade, o principal é que a
mensagem a ser escrita (com um dos sistemas de notação) precisa estar em língua de sinais,
podendo ser resultado de tradução ou da produção direta em LS.
2. A ordem de notação dos sistemas influencia diretamente a compreensão da escrita.
Cada parâmetro (ou unidade composta de parâmetros, no caso do SEL) precisa ser
cuidadosamente colocado na ordem correta. Se trocarmos um dos grafemas, podemos
estar registrando um sinal diferente do que pensamos ou talvez um par mínimo do sinal
desejado. Quanto a isso, assinale a alternativa incorreta:
A alternativa "D " está correta.
 
Os sinais de LARANJA, OUVIR e APRENDER são realizados com a mesma CM (próxima à
CM da letra S), porém o PA é diferente: em frente à boca, à orelha e à testa, respectivamente.
Já o movimento nesses três sinais é o mesmo (de abre e fecha).
O sinal de QUEIJO é realizado com a CM em L e localizado no queixo, próximo à boca. O sinal
de BOM é parecido com os sinais de LARANJA, OUVIR e APRENDER, começando com a
configuração em S e abrindo a mão ao final do movimento, localizado em frente à boca. Sendo
assim, é incorreto dizer que, ao trocarmos o grafema de CM do sinal LARANJA, podemos estar
registrando o sinal APRENDER, pois esses são sinais que compartilham a mesma CM, além
do movimento, sendo diferenciados pelo PA.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Brasil, ainda é complicado prover acessibilidade na educação formal e trazer diferentes
perspectivas de desenvolvimento cognitivo, principalmente para os surdos.
Vários estudos publicados nos últimos anos têm revelado a necessidade de uma educação
voltada para a visualidade surda, chegando ao letramento visual. Essa estratégia de ensino
auxilia o desenvolvimento cognitivo dos alunos, entendendo que:
OS SURDOS PRECISAM ESCREVER NAS SUAS
LÍNGUAS DE SINAIS, ALÉM DE INTERCAMBIAR POR
MEIO DE GRAFISMOS SUAS EXPRESSÕES
LINGUÍSTICAS, COMO OS OUVINTES O FAZEM
UTILIZANDO OS DIFERENTES ALFABETOS
INVENTADOS PARA AS DIVERSAS LÍNGUAS ORAIS.
(SILVA et al., 2018).
Ao trabalharmos a escrita de sinais em sala de aula com alunos surdos, fortalecemos a
condição linguística em que todos ali se inserem, promovemos a condição bilíngue que deveria
se dar na educação da comunidade surda brasileira, além de fazer com que a cultura surda e a
própria Libras evoluam a cada dia, tendo maior visibilidade e respeito.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
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de Cultura Surda, n.15, 2015.
BARRETO, M., BARRETO R. Escrita de Sinais sem Mistérios. v.1. Salvador: Libras Escrita,
2015.
BARROS, M. E. Princípios Básicos da ELiS: Escrita das Línguas de Sinais. In: Revista
Sinalizar, v.1, n.2, jul./dez. 2016, p. 204-210.
BENASSI, C. A. O despertar para o outro: entre as escritas de língua de sinais. Rio de
Janeiro: Autografia, 2017.
BENASSI, C. A. Visografia: uma nova proposta de escrita da língua de sinais. In: Traços de
Linguagem 72, v.2, n.2. Cáceres, 2018, p.71-82.
BENASSI, C. A.; DUARTE, A. S.; PADILHA, S. J. Proposta de releitura do SignWriting e da
ELiS. In: Falange Miúda. v.1, n.1, 2016.
BRASIL. Casa Civil. Lei n. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais – LIBRAS e dá outras providências. Brasília, 2002.
CAMPELLO, A. R. S. Aspectos da visualidade na educação de surdos. Tese (Doutorado em
Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa
Catarina, Florianópolis, 2008.
CAMPOS, S. A. U. S.; SILVA, T. S. A. Escrita de Sinais no Brasil sob o Olhar da
Comunidade Acadêmica. In: Imagens da Educação, v.3, n.2, 2013, p.54-61.
CAPOVILLA, F. C. Neuropsicologia e aprendizagem: uma abordagem multidisciplinar. SãoPaulo: Memnon, 2004.
CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. Dicionário enciclopédico ilustrado trilíngue da língua
de sinais brasileira. São Paulo: Edusp, 2001.
LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. 2.ed. São Paulo: Centauro, 2004.
LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. LIBRAS escrita: o desafio de representar uma língua
tridimensional por um sistema de escrita linear. In: ReVEL. v.10, n.19, 2012.
SILVA, A. D. S. et al. Os Sistemas de Escrita de Sinais no Brasil. In: Revista Virtual de
Cultura Surda, 23. ed., 2018.
EXPLORE+
Para aprofundar ou reforçar seus estudos sobre o SignWriting, leia o livro Escrita de
Sinais sem Mistérios, de Madson e Raquel Barreto (2015) e aventure-se na plataforma
SignPuddle.
Assista ao vídeo ELiS - Escrita das Línguas de Sinais, da criadora do Sistema ELiS, a
Profa. Dra. Mariângela Estelita Barros, em seu canal no YouTube, explicando algumas
dúvidas que as pessoas têm sobre a necessidade de uma escrita para as línguas de
sinais e as características do sistema ELiS.
A fonte ELiS pode ser acessada e salva pelo site da Faculdade de Letras da
Universidade Federal de Goiás (UFG).
CONTEUDISTA
Antonielle Cantarelli
 CURRÍCULO LATTES
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