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Trabalho Completo sobre Hipertensão Arterial Sistêmica

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INSTITUIÇÃO
CURSO
NOME DO ALUNO
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
CIDADE
2
2
2023
NOME DO ALUNO
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina de x, ministrada pela docente X.
CIDADE
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 o que é a hipertensão arterial sistêmica	5
3 manifestações clínicas da hipertensão arterial sistêmica	9
4 tratamento da hipertensão arterial sistêmica	11
5 prevenção contra a hipertensão arterial sistêmica	15
5 CONCLUSões	17
REFERÊNCIAS	19
1 INTRODUÇÃO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição médica comum e relevante em todo o mundo, incluindo o Brasil. É uma doença crônica caracterizada pelo aumento persistente da pressão nas artérias, que pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares (DCV), doença renal e outros problemas de saúde (FUCHS, 2022).
A denominação “hipertensão arterial sistêmica” é utilizada para diferenciar essa condição de outras formas específicas de hipertensão, como a hipertensão pulmonar, que afeta especificamente as artérias pulmonares. A HAS é denominada “sistêmica” porque afeta o sistema circulatório como um todo, envolvendo as artérias que irrigam diferentes órgãos e tecidos do corpo (BARROSO et al., 2021).
A relevância global da HAS é evidenciada pelo fato de ser uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Estima-se que mais de um bilhão de pessoas sejam afetadas pela doença, e esse número tende a aumentar devido ao envelhecimento da população, mudanças nos estilos de vida e padrões alimentares pouco saudáveis (FUCHS, 2022).
No Brasil, a hipertensão arterial também é um problema de saúde pública significativo. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% da população adulta brasileira é hipertensa. Além disso, estudos mostram que a prevalência da HAS está aumentando, especialmente entre os mais jovens, o que é preocupante e requer atenção e ação por parte das autoridades de saúde (SOUZA, 2021).
É importante destacar que a HAS geralmente não apresenta sintomas óbvios nas fases iniciais, o que a torna uma condição silenciosa e perigosa. Muitas vezes, a doença é diagnosticada apenas quando ocorrem complicações graves, como um evento cardiovascular agudo. Por esse motivo, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e do controle adequado da pressão arterial é crucial para prevenir as consequências negativas da hipertensão (BARROSO et al., 2021; FUCHS, 2022).
Diante da relevância global e nacional da HAS, bem como de suas implicações para a saúde e o bem-estar das pessoas, é fundamental que sejam implementadas medidas eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Isso inclui a adoção de estilo de vida saudável, controle dos fatores de risco, acompanhamento médico regular e conscientização da população sobre a importância de manter a pressão arterial sob controle.
Dada a relevância da temática, o presente trabalho abordará alguns dos principais aspectos da HAS. Para tal, ele está estruturado da seguinte forma: esta Introdução, seguida por três capítulos tratando, respectivamente, sobre O que é a HAS, quais as suas Manifestações Clínicas, as suas formas de Tratamento e suas formas de Prevenção. Na sequência são tecidas Conclusões, seguidas pelas Referências.
2 o que é a hipertensão arterial sistêmica
O conhecimento sobre a HAS exige, como ponto de partida, a definição do que é a pressão arterial (PA). Tal conceito refere-se à força exercida pelo sangue contra as paredes das artérias enquanto é bombeado pelo coração e circula pelo corpo, sendo, portanto, uma medida importante para avaliar o funcionamento do sistema cardiovascular. Em termos quantitativos, a PA é expressa por dois valores: a pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD). A PAS é o valor mais alto e representa a pressão nas artérias quando o coração se contrai e bombeia o sangue para fora. Já a PAD é o valor mais baixo e representa a pressão nas artérias quando o coração está em repouso entre as contrações (UNIVASF/HU, 2020).
A unidade de medida usada para expressar a pressão arterial é o milímetro de mercúrio (mmHg), sendo que o seu uso remonta aos primórdios da medição da PA, no século XVII. Os valores normais da pressão arterial em adultos saudáveis geralmente são considerados em torno de 120/80 mmHg, sendo que 120 representa a PAS e 80 representa a PAD (BAKRIS, 2022a).
Compreendida a noção de PA, pode-se partir para a definição de HAS. Para tal, é de notável valor a conceituação trazida pelo texto das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (BARROSO et al., 2021, p. 528), em que se estabelece que a HAS é:
uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos. Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais [...], caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva.
Segundo Fuchs (2022), a caracterização da HAS como DCNT decorre da magnitude do risco por ela causada em se tratando das condições de DCV, doença renal crônica (DRC) e morte prematura. A autora também indica que os valores considerados anormais podem variar a depender das diretrizes adotadas, sendo que a diretriz europeia acompanha a brasileira (HAS = PA a partir de 140/90 mmHg) enquanto que a diretriz americana indica como valores característicos da HAS aqueles a partir de 130/80 mmHg.
Tomando especificamente as supracitadas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial (BARROSO et al., 2021), considerando-se a PA de indivíduos adultos aferida em consultório, é possível ainda que se classifique a HAS em estágios (1, 2 e 3), sendo também existente a categoria de “pré-hipertensão”. A Figura 1, apresentada abaixo, extraída em sua integralidade de tais Diretrizes, aponta as faixas para cada categoria classificatória.
Figura 1 – Classificação da PA em adultos
Fonte: BARROSO et al. (2021, p. 545)
Em se tratando de crianças, as Diretrizes trazem a seguinte classificação, como expressa na Figura 2:
Figura 2 – Classificação da PA em crianças
Fonte: BARROSO et al. (2021, p. 589)
Quanto à multifatorialidade da HAS, as próprias Diretrizes Brasileiras (BARROSO et al., 2021) mencionam diversos fatores de risco para a condição, como: i) a genética, sendo sua influência nos níveis de PA entre 30-50%; ii) a idade, que traz ao indivíduo enrijecimento progressivo e perda da capacidade das grandes artérias em se distenderem e acomodarem o fluxo sanguíneo, o que se traduz na estatística de cerca de 65% dos indivíduos acima de 60 anos apresentarem HAS; iii) a idade, que, ao aumentar, traz para ambos os sexos maior frequência de HAS (alcançando 61,5% dos homens e 68,0% das mulheres, na faixa etária de 65 anos ou mais); iv) o sobrepeso, parecendo haver uma relação direta, contínua e quase linear entre o excesso de peso e os níveis de PA, com a circunferência de cintura se apresentando como medida preditora da morbidade e risco de morte; v) a ingestão de sódio e potássio, estando a ingesta de sódio, quando a média for superior a 2 g por dia, associada à DCV e AVE, sendo que o aumento no consumo de potássio, de forma inversa, reduz os níveis pressóricos (“A ingestão média de sal no Brasil é de 9,3 g/dia (9,63 g/dia para homens e 9,08 g/dia para mulheres), enquanto a de potássio é de 2,7 g/dia para homens e 2,1 g/dia para mulheres” (p. 529)); o sedentarismo e o consumo de álcool também são indicados pelos autores, bem como fatores socioeconômicos, como menor escolaridade e condições de habitação inadequadas (BARROSO et al., 2021).
A HAS também pode se compreendida como decorrente de uma causa primária,quando surge sem que haja causa clara, ou de uma causa secundária, quando é decorrente de outros problemas associados à saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2022). De qualquer modo, independentemente das causas que levam à HAS, esta condição é caracterizada por ser usualmente assintomática, sendo identificada quando a PA atinge níveis muito elevados, o que pode levar a complicações que acometem o coração, o cérebro, os rins e os vasos, evoluindo de alterações funcionais para estruturais (FUCHS, 2022). Deste modo, destaca-se a necessidade da identificação dos sintomas o mais rapidamente possível, para que seja iniciado o tratamento da HAS. A próxima seção abordará exatamente esta questão: as manifestações clínicas da HAS.
3 manifestações clínicas da hipertensão arterial sistêmica
A HAS é uma doença crônica que muitas vezes é assintomática em suas fases iniciais, o que pode dificultar o diagnóstico precoce. No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir manifestações clínicas que variam de acordo com a fase da doença e o órgão afetado (FUCHS, 2022).
Nas fases iniciais da HAS, os sintomas podem ser sutis ou ausentes. No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir manifestações clínicas mais evidentes. A dor de cabeça é um sintoma comum, especialmente na região occipital (nuca). Embora a dor de cabeça isoladamente não seja específica da hipertensão arterial, pode ser um indicativo da necessidade de monitorar a pressão arterial (FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012).
Outro sintoma que pode ocorrer é a tontura, que pode ser atribuída ao aumento da pressão arterial e à redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. A fadiga também pode ser um sintoma presente na hipertensão arterial, mas é importante ressaltar que a fadiga é um sintoma inespecífico e pode estar relacionada a outras condições de saúde. Em alguns casos, os pacientes hipertensos podem experimentar zumbido nos ouvidos (acufeno). Embora esse sintoma possa ser atribuído a várias causas, a hipertensão arterial não controlada pode contribuir para seu desenvolvimento (BAKRIS, 2022a; FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012).
À medida que a hipertensão arterial progride, podem surgir manifestações clínicas mais evidentes. Em estágios avançados da doença, os pacientes podem relatar sintomas como dor torácica ou aperto no peito, falta de ar, fadiga excessiva e dificuldade para dormir. Esses sintomas podem ser indicativos de danos no sistema cardiovascular, incluindo hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e arritmias (BAKRIS, 2022a; FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012).
Em estágios mais avançados da hipertensão arterial, podem ocorrer sintomas mais preocupantes. A dor no peito pode ser um sinal de falta de suprimento sanguíneo adequado para o músculo cardíaco, indicando possíveis problemas no sistema cardiovascular. Arritmias cardíacas, como palpitações ou batimentos cardíacos irregulares, também podem ocorrer em pacientes hipertensos, especialmente em estágios mais avançados da doença. A hipertensão arterial não controlada também pode levar ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue suficiente para suprir as demandas do corpo. Isso pode resultar em sintomas como fadiga, falta de ar e inchaço nas pernas e tornozelos devido à retenção de líquidos (BAKRIS, 2022a; FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012).
Além do acometimento cardiovascular, a hipertensão arterial pode afetar outros órgãos e sistemas do corpo. Por exemplo, a pressão arterial elevada pode causar danos nos vasos sanguíneos da retina, resultando em retinopatia hipertensiva. Isso pode levar a alterações visuais, como a presença de psicotomas cintilantes (pontos brilhantes na visão), o que indica a necessidade de um acompanhamento oftalmológico adequado (BAKRIS, 2022a; FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012).
Em estágios avançados da doença, a hipertensão arterial pode aumentar o risco de AVE, resultando em sintomas neurológicos graves, como fraqueza em um lado do corpo, dificuldade na fala e alterações visuais. Além disso, a hipertensão arterial não controlada pode causar danos aos rins, levando à retenção de líquidos, ao aparecimento de sangue na urina (hematúria) e à diminuição da função renal (KAPLAN; VICTOR, 2012).
Outras manifestações menos comuns podem ocorrer em estágios avançados da hipertensão arterial, como alterações nos vasos sanguíneos periféricos, como doença arterial periférica, e sangramento nasal ocasional (BAKRIS, 2022a).
É importante ressaltar que essas manifestações clínicas podem ocorrer em diferentes fases da doença e que nem todos os pacientes hipertensos apresentarão todos esses sintomas. Além disso, esses sintomas não são exclusivos da hipertensão arterial e podem estar associados a outras condições de saúde. Portanto, o diagnóstico preciso permitirá um tratamento adequado (FUCHS, 2022). Quanto ao tratamento, a próxima seção trará algumas considerações a respeito dele.
4 tratamento da hipertensão arterial sistêmica
O tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma abordagem multifacetada que visa controlar a pressão arterial e reduzir o risco de complicações cardiovasculares. O tratamento pode ser dividido em duas principais categorias: tratamento medicamentoso e tratamento não-medicamentoso (KAPLAN; VICTOR, 2012).
O tratamento medicamentoso da HAS envolve o uso de medicamentos anti-hipertensivos para reduzir a pressão arterial. Existem diversos tipos de medicamentos disponíveis, e a escolha do medicamento mais adequado para cada paciente depende de vários fatores, como idade, gravidade da hipertensão, presença de outras condições médicas e possíveis efeitos colaterais (BAKRIS, 2022b).
Os medicamentos anti-hipertensivos podem atuar de diferentes maneiras para reduzir a pressão arterial. Alguns exemplos incluem (BAKRIS, 2022b):
· Bloqueadores adrenérgicos: Esses medicamentos bloqueiam os efeitos da rede simpática do sistema nervoso, ajudando a reduzir a pressão arterial. Os betabloqueadores e alfa-bloqueadores são exemplos comuns de bloqueadores adrenérgicos;
· Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA): Esses medicamentos bloqueiam a ação da enzima de conversão da angiotensina, reduzindo a formação de angiotensina II, uma substância que causa constrição dos vasos sanguíneos. Os IECA são especialmente úteis em pacientes com doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e proteína na urina devido a doença renal crônica;
· Bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRA): Esses medicamentos bloqueiam diretamente a ação da angiotensina II, ajudando a relaxar os vasos sanguíneos e reduzir a pressão arterial. Os BRAs podem ser uma alternativa aos IECA, especialmente em pacientes que não toleram os efeitos colaterais dos IECA;
· Bloqueadores dos canais de cálcio: Esses medicamentos dilatam os vasos sanguíneos, facilitando o fluxo sanguíneo e reduzindo a pressão arterial. Os bloqueadores dos canais de cálcio podem ser divididos em diferentes subclasses, como os bloqueadores dos canais de cálcio de diidropiridina e os bloqueadores dos canais de cálcio não diidropiridina;
· Diuréticos: Esses medicamentos aumentam a produção de urina, ajudando a reduzir o volume de líquido no organismo e, consequentemente, a pressão arterial. Os diuréticos tiazídicos são frequentemente utilizados como terapia inicial para hipertensão arterial.
Além do tratamento medicamentoso, o tratamento não-medicamentoso desempenha um papel importante no controle da hipertensão arterial. Essas medidas incluem (KAPLAN; VICTOR, 2012):
· Dieta adequada e pobre em sal: A redução da ingestão de sal é fundamental para controlar a pressão arterial. Recomenda-se limitar a ingestão diária de sal a 6 gramas (2,4 gramas de sódio), evitando alimentos processados e ricos em sódio;
· Atividade física regular: A prática regular de atividade física aeróbica, como caminhadas, natação ou ciclismo, é benéfica para o controle da pressão arterial. Recomenda-se realizar de 150 a 300 minutos por semana de atividade levea moderada, distribuídos ao longo da semana;
· Controle de peso: A perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesidade pode contribuir significativamente para a redução da pressão arterial;
· Abandono do tabagismo: O tabagismo está associado ao aumento da pressão arterial e ao risco de complicações cardiovasculares. Parar de fumar é essencial para o controle da hipertensão arterial;
· Redução do consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode elevar a pressão arterial. Recomenda-se limitar o consumo a até 30 gramas de etanol por dia para homens e 15 gramas por dia para mulheres;
· Combate ao estresse: O gerenciamento do estresse por meio de técnicas de relaxamento, atividades prazerosas e apoio emocional pode ajudar a controlar a pressão arterial.
É importante ressaltar que o tratamento da hipertensão arterial deve ser personalizado de acordo com as características individuais de cada paciente. É fundamental seguir as orientações médicas, aderir ao tratamento prescrito e realizar consultas de acompanhamento regularmente (BAKRIS, 2022b).
O tratamento da hipertensão arterial sistêmica envolve uma abordagem abrangente que inclui tanto medidas medicamentosas quanto não-medicamentosas. O uso adequado de medicamentos anti-hipertensivos, aliado a mudanças no estilo de vida, como uma dieta adequada, atividade física regular e controle de fatores de risco, é essencial para o controle efetivo da pressão arterial e a prevenção de complicações cardiovasculares. O acompanhamento médico regular é fundamental para ajustes no tratamento e monitoramento contínuo da pressão arterial (BAKRIS, 2022b). O tratamento é fundamental diante de um quadro já instalado de HAS, contudo, a prevenção é sempre a melhor opção: na próxima seção serão trazidas algumas considerações a respeito dessa temática.
5 prevenção contra a hipertensão arterial sistêmica
A prevenção contra a HAS desempenha um papel crucial na promoção da saúde cardiovascular. Adotar medidas preventivas pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença e suas complicações associadas. Existem várias formas importantes de prevenção da HAS que devem ser consideradas, alguns exemplos são (BAKRIS, 2022a; BAKRIS, 2022b; FUCHS, 2022; KAPLAN; VICTOR, 2012):
· Uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental na prevenção da hipertensão arterial. Recomenda-se o consumo de uma dieta equilibrada, que inclua alimentos ricos em frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e laticínios com baixo teor de gordura. É importante limitar a ingestão de sal, evitando alimentos processados, fast-food e alimentos ricos em gorduras saturadas e trans;
· Manter um peso corporal saudável também é essencial na prevenção da hipertensão arterial. O excesso de peso coloca maior pressão nos vasos sanguíneos e aumenta o risco de desenvolver a doença. É recomendável adotar uma abordagem equilibrada, que inclua uma combinação de alimentação saudável e atividade física regular para alcançar e manter um peso adequado;
· A prática regular de exercícios físicos é benéfica na prevenção da hipertensão arterial. Recomenda-se realizar pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada a vigorosa por semana. Exercícios aeróbicos, como caminhadas, corridas, ciclismo e natação, são especialmente eficazes na redução da pressão arterial. Além disso, é importante incorporar atividades de fortalecimento muscular e alongamento na rotina;
· Moderar o consumo de álcool é importante para prevenir a hipertensão arterial. O consumo excessivo de álcool pode levar ao aumento da pressão arterial. É recomendável limitar o consumo de álcool de acordo com as diretrizes, que são de até uma bebida alcoólica por dia para mulheres e até duas bebidas por dia para homens;
· O tabagismo é um fator de risco importante para o desenvolvimento da hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares. Parar de fumar é uma das melhores medidas preventivas para a saúde em geral. Ao abandonar o hábito de fumar, é possível reduzir significativamente o risco de hipertensão arterial e suas complicações associadas;
· Gerenciar o estresse também desempenha um papel importante na prevenção da hipertensão arterial. O estresse crônico pode contribuir para o aumento da pressão arterial. Encontrar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, como técnicas de relaxamento, atividades prazerosas, prática de meditação ou ioga, pode ser benéfico para a saúde cardiovascular.
· Realizar consultas médicas de rotina e monitorar regularmente a pressão arterial. Fazer exames periódicos, como exames de sangue e avaliações de saúde, pode ajudar a identificar precocemente qualquer alteração na pressão arterial. Além disso, estar ciente dos fatores de risco pessoais e discuti-los com um profissional de saúde é importante para uma abordagem preventiva eficaz.
Ao adotar um estilo de vida saudável em geral, que inclua alimentação adequada, atividade física regular, sono adequado, gerenciamento do estresse e acompanhamento médico regular, é possível reduzir significativamente o risco de desenvolver hipertensão arterial e melhorar a qualidade de vida. A prevenção da hipertensão arterial não é apenas uma questão isolada, mas sim um compromisso com a saúde como um todo (FUCHS, 2022).
5 CONCLUSões
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição de saúde globalmente relevante, com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas e na ocorrência de complicações cardiovasculares graves. Diante dessa realidade, a prevenção, o tratamento e o controle eficazes da HAS assumem um papel de extrema importância.
A prevenção da HAS é fundamental para reduzir sua incidência e minimizar os fatores de risco associados. Adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso corporal, abandono do tabagismo e moderação no consumo de álcool, são medidas preventivas eficazes. Além disso, é necessário promover a conscientização da população sobre a importância do autocuidado e da busca por exames regulares de medição da pressão arterial.
O tratamento adequado da HAS envolve uma abordagem multidisciplinar, com a participação ativa do paciente e a orientação de profissionais de saúde. A terapia medicamentosa é frequentemente necessária para controlar a pressão arterial, e a escolha dos medicamentos deve ser baseada nas características individuais de cada paciente. Além disso, é importante ressaltar a importância da adesão ao tratamento, com a tomada regular dos medicamentos prescritos e o acompanhamento médico periódico.
O controle eficaz da HAS é essencial para prevenir complicações graves, como doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, doença renal e outros problemas de saúde relacionados. Ao manter a pressão arterial dentro dos níveis adequados, é possível reduzir o risco de eventos adversos e melhorar a qualidade de vida. Isso requer monitoramento regular da pressão arterial, ajustes no tratamento conforme necessário e adoção contínua de hábitos saudáveis.
A importância da prevenção, tratamento e controle da HAS vai além do impacto individual, estendendo-se à saúde pública como um todo. Ao reduzir a incidência e a gravidade da hipertensão arterial, é possível diminuir a carga de doenças cardiovasculares na sociedade, melhorar os resultados de saúde e reduzir os custos associados aos tratamentos e às complicações decorrentes da HAS.
Portanto, é fundamental que governos, instituições de saúde, profissionais médicos e a população em geral trabalhem em conjunto para promover a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado da HAS. Somente por meio dessa abordagem integrada e contínua será possível enfrentar efetivamente o desafio global representado pela hipertensão arterial sistêmica e melhorar a saúde cardiovascular da população.
REFERÊNCIAS
BAKRIS, G. L. Hipertensão arterial. Manual MSD – Versão Saúde para a família. Nov. 2022a. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/hipertens%C3%A3o-arterial?query=press%C3%A3o%20arterial.Acesso em: 8 jul. 2023.
BAKRIS, G. L. Tratamento farmacológico da hipertensão arterial. Manual MSD – Versão Saúde para a família. Nov. 2022b. Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-do-cora%C3%A7%C3%A3o-e-dos-vasos-sangu%C3%ADneos/hipertens%C3%A3o-arterial/tratamento-farmacol%C3%B3gico-da-hipertens%C3%A3o-arterial. Acesso em: 8 jul. 2023.
BARROSO, W. K. S. et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq Bras Cardiol, v. 116, n. 3, p. 516-658, 2021. DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20201238
FUCHS, S. C. Conceituação e fatores de risco. In: BRANDÃO, A. A.; AMODEO, C.; NOBRE, F. (ed.). Hipertensão. 3 ed. Santana de Parnaíba, SP: Manole, 2022.
KAPLAN, N. M.; VICTOR, R. G. Hipertensão Clínica de Kaplan. 10 ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2012.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Hipertensão Arterial Sistêmica: o que é, quais os riscos e como prevenir a doença e os agravos. SAPS, Notícias, 2022. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/16876. Acesso em: 8 jul. 2023.
SOUZA, L. Cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos, aponta SBC. Agência Brasil. 26 mar. 2021. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-04/cerca-de-30-dos-brasileiros-sao-hipertensos-aponta-sbc. Acesso em: 9 jul. 2023.
UNIFASF/HU. Procedimento. Aferição de pressão arterial. Procedimento Operacional Padrão. 29 set. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-univasf/acesso-a-informacao/normas/protocolos-institucionais/Aferiodepressoarterial.pdf. Acesso em: 8 jul. 2023.

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