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RESUMO CURRÍCULO E ORIENTAÇÕES (1)

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1
2
Sumário:
Caderno Educação Infantil 4
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Ciências Naturais 32
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Geografia 33
Currículo da Cidade EJA- Caderno de História 34
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Artes 35
Caderno EJA Língua Portuguesa 36
Currículo da Cidade -EJA - Matemática 40
Caderno Língua Portuguesa Ensino Fundamental: 43
Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Divisão de Ensino
Fundamental e Médio. Orientações didáticas do currículo da Cidade: Língua
Portuguesa, volume 1 65
Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Divisão de Ensino
Fundamental e Médio. Orientações didáticas do currículo da Cidade: Língua
Portuguesa, volume 2 67
Currículo da cidade: Ensino Fundamental: Matemática 70
Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Orientações didáticas
do currículo da cidade: Matemática – volume 1 77
Secretaria Municipal de Educação. Coordenadoria Pedagógica. Orientações didáticas
do currículo da cidade: Matemática – volume 2. – 2.ed. – São Paulo: SME / COPED,
2019. 83
Currículo da cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: Ciências da
Natureza. 91
Orientações didáticas do currículo da cidade: Ciências Naturais 97
Currículo da cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: História 102
Orientações didáticas do currículo da cidade: História: 106
Currículo da cidade: Ensino Fundamental: componente curricular: Geografia 110
Orientações didáticas do currículo da cidade: Geografia: 117
Currículo da Cidade - Arte 123
Povos Migrantes: orientações didáticas 126
Currículo da cidade: Povos Indígenas: orientações pedagógicas 136
Currículo da Cidade - Educação Especial: Língua Brasileira de Sinais 141
3
Currículo da Cidade - Educação especial: Língua Portuguesa para surdos 143
Orientações didáticas do Currículo da Cidade: Educação Especial – Língua Brasileira
de Sinais – Língua Portuguesa para surdos 144
Orientações para atendimento de estudantes: altas habilidades / superdotação. 157
Orientações para atendimento de estudantes: transtorno do espectro do autismo: 166
Atenção: Copyright © 2022 de Jessica Aparecida Pereira
Todos os direitos reservados. Esta apostila ou qualquer parte dela não pode ser reproduzido ou
usado de forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto pelo
uso de citações breves em uma resenha da apostila.
Primeira edição, 2022
jessica3206@yahoo.com.br
Canal Jessica Pereira no Youtube!
Acesse: https://www.youtube.com/channel/UCMF_I6dwx-ybX3Rb-SV7X_g
Inscreva-se no canal!
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4
Caderno Educação Infantil
Capítulo 1
Introdução: Concepções da escola da primeira infância:
Ao longo dos anos, a educação infantil superou o assistencialismo e foi
reconhecido que bebês e crianças são sujeitos de direitos, portanto, elas
precisam ter vozes e serem protagonistas.
Ao frequentarem a escola a suas experiências familiares se complementam e
suplementam, descobrindo novos significados e ,consequentemente, a
aprendizagem por meio das interações e brincadeiras.
Territórios:
Conceito de territórios de Milton Santos: Territórios são cenários que estão
constantemente modificados pelos sujeitos e o fruto do seu trabalho é a
cultura.
Os territórios são muito mais que “Estados”, são espaços globalizados e ao
mesmo tempo com disputas de poder. Os adultos constroem os territórios
sem pensar nas crianças. As mesmas precisam apropriar-se do seu território
para poder protegê-la.
Um exemplo é a cena 1 do currículo da cidade da Ed. Infantil, em que as
crianças revitalizaram uma praça com a ajuda da professora e familiares o
tornando um local de brincadeiras fora da unidade escolar.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CURRÍCULO:
Conceitos de infância + experiências vividas na escola
Tríade do currículo:
Equidade: Tratar diferente aquilo que aparece desigual ao ponto de partida
para promover a justiça e igualdade.
5
Quando o sistema de ensino é equitativo? Quando apesar das
diversidades ( desigualdades social, racial gênero, etc…) não impactou a
apropriação da aprendizagem ( os resultados).
Inclusão: Reconhecer as diferenças, mas do que isso o professor deve rever
os seus conceitos, conhecer a comunidade, seus costumes, brincadeiras e
valores. Para que possa haver a integração e inclusão.
Educação de Integral: Não é só escola de tempo integral, no qual aumenta
a carga horária dentro da escola, mas uma educação para o desenvolvimento
global do sujeito: intelectual, físico, emocional, social, cognitivo e moral.
Matrizes dos saberes:
São 9 saberes essenciais para formar cidadãos integrais para as dinâmicas
contemporâneas. São as mesmas 10 competências da BNCC, porém por questões
políticas tem o nome ``matrizes dos saberes”. Ambas estão ligadas à agenda 2030
da ONU e seus 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável.
Também está fundamentada nos Princípios éticos, políticos e estéticos definidos
pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2013, p. 107-108):
6
Princípios éticos – Justiça, solidariedade, comprometimento com o bem estar de
todos, eliminação de preconceitos. O professor precisa promover vivências, práticas
e atividades que trabalhem com essas questões.
Princípios estéticos – cultiva a sensibilidade junto com a racionalidade, valorização
das diversas formas de expressão e de culturas. Construção de identidades plurais
e solidárias.
Princípios políticos – Direitos e deveres, respeito ao bem comum, preservação do
regime democrático e dos recursos ambientais. Garantia de acesso à educação,
saúde, trabalho e bens culturais. Busca de uma sociedade mais igualitária e justa.
A Matriz de Saberes tem como propósito formar cidadãos éticos, responsáveis e
solidários que fortaleçam uma sociedade mais inclusiva, democrática, próspera e
sustentável, e indica o que bebês, crianças, adolescentes, jovens e adultos devem
aprender e desenvolver ao longo do seu processo de escolarização. Ela pode ser
sintetizada no seguinte esquema:
1. Pensamento Científico, Crítico e Criativo
7
Saber: Acessar, selecionar e organizar o conhecimento com curiosidade e
ludicidade
Para: Explorar, descobrir, experienciar, observar, brincar, questionar, investigar
causas, elaborar e testar hipóteses
2. Resolução de Problemas:
Saber: Ter ideias originais e criar soluções, problemas e perguntas, sendo sujeitos
de sua aprendizagem e de seu desenvolvimento
Para: Encorajar a busca de alternativas, quanto mais alternativas para solucionar
um problema melhor.
3. Comunicação:
Saber: Utilizar as múltiplas linguagens, como verbal, verbo-visual, corporal,
multimodal, brincadeira, artística, matemática, científica, Libras, tecnológica e digital
para expressar-se.
Para: Saber como falar, quando falar, de que forma falar e compartilhar.
4. Autoconhecimento e Autocuidado:
Saber: Conhecer e cuidar de seu corpo, sua mente, suas emoções, suas
aspirações, seu bem-estar e ter autocrítica.
Para: Reconhecer limites, potências e interesses pessoais, gerir suas emoções e
comportamentos, dosar impulsos e saber lidar com a influência de grupos.
5. Autonomia e Determinação:
Saber: Criar, escolher e recriar estratégias, organizar-se, brincar, definir metas e
perseverar para alcançar seus objetivos.
Para: fazer escolhas, vencer obstáculos e ter confiança para planejar e realizar
projetos.
6- Abertura à Diversidade:
Saber: Abrir-se ao novo, respeitar e valorizar diferenças e acolher a
diversidade;
Para: Respeitar, reconhecer e referenciar a diversidade para combater
preconceitos.
7. Responsabilidade e Participação
Saber: Reconhecer e exercer direitos e deveres, tomar decisões éticas e
responsáveis para consigo, o outro e o planeta.
8
Para: Agir de forma solidária, engajada e sustentável, respeitar e promover os
direitos humanos e ambientais, serem sujeitos de ação para mudar a sua realidade.
8. Empatia e Colaboração
Saber: Considerar a perspectiva e os sentimentos do outro, colaborar com os
demais e tomar decisõescoletivas.
Para: Não ser egoísta, se colar no lugar do outro e promover a cultura de paz.
9. Repertório Cultural
Saber: Desenvolver repertório cultural
Para: Ampliar o repertório cultural, apresentar aquilo que não se conhece
artisticamente/estético.
COMPROMISSO COM A EDUCAÇÃO PARA A EQUIDADE, A EDUCAÇÃO
INCLUSIVA E A EDUCAÇÃO INTEGRAL
Compromisso com a educação etnico-racial: afrodescentes, indígenas e
migrantes, para combater preconceitos e educar com equidade para a igualdade.
1- Afrodescendentes: Combater o racismo velado que ocorre já na primeira
infância; presente nas brincadeiras, olhares e falta de representatividade. Precisa-se
dar visibilidade à cultura afro, não só conhecê-la, mas reconhecê-la na história da
cultura brasileira e mundial e sua contribuição para as artes, literatura e ciências.
2- Povos Indígenas: Na cidade de São Paulo, têm 3 centros infantis de educação
dentro de reservas e que as mesmas em 1ª lugar valorizam as suas tradições
articulados como os saberes escolares. As crianças não indígenas precisam ter
contato e reconhecer a importância da cultura dos índios. Há uma cena que mostra
índios que foram visitar uma CEI e apresentam uma semente que solta tinta, logo as
crianças começaram a explorar, assim tento contato com a cultura de maneira
significativa e não estereotipada.
3- Migrantes: Em São Paulo, tem grande fluxo de migrantes que aumentou nos
últimos anos devido a globalização, problemas econômicos, guerras, perseguições,
etc. É preciso combater a xenofobia ( preconceito de estrangeiros), formando
cidadãos solidários na convivência humana. As U.Es ( Unidades Escolares) não
podem impor adaptação desses migrantes, mas sim acolhê-los.
9
Educação para as Relações de Gênero
Não existe cor, brinquedos, brincadeiras e comportamentos de menino e menina, o
espaço escolar precisa ser democratico e não dividido em gêneros. Como na cena
em que a casinha deixou de ser rosa e passou a ser de madeira e com panelas de
verdade, para incluir os meninos na brincadeira cotidiana de “fazer comidinha”. Com
a parceria das famílias a escola combate o sexismo propagado pelas mídias por
meio da educação.
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
Cita Vygotsky quando o mesmo diz que a aprendizagem não é uma determinação
biológica, mas através das interações sociais, as crianças especiais que têm
necessidades de aprendizagem específicas, podem aprender com os outros,
mesmo por caminhos diferentes. Só o social não basta, precisa ser uma educação
equitativa com rompimento das barreiras e com ferramentas para a igualdade.
Precisa ter uma articulação com as famílias para sabermos acolher essas crianças
com empatia.
Educação para o Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030/ONU
São 17 objetivos da ONU para um planeta sustentável, igualitário e justo. Os
objetivos estão divididos nos 5 P’s : Pessoas, Prosperidade, Parceria, Paz e
Planeta.
Apesar da maioria das ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) tratar da
sustentabilidade, o principal eixo das ODS é a educação. Pois é através da
educação que as crianças podem se apropriar e ter afeto pela natureza e
consequentemente adultos protegerem o nosso planeta. Todas as propostas do
currículo estão associadas a alguma ODS e objetivo principal da SME-SP e a
educação sustentável, que começa na educação infantil com pequenas atitudes
cotidianas, projetos e contato com a natureza.
10
11
A DEMOCRACIA NA VIDA E NOS PROCESSOS EDUCATIVOS
Democracia: Relacionada a gestão democrática conforme conforme a
Constituição Federal 1988 e a LDB, as decisões precisam ter a participação da
comunidade e as crianças terem voz, para participar e reconstruir por meio da
cultura e intenções dos territórios. Cita John Dewey, quando fala na educação
participativa para a transformações sociais, valorização das experiências e da
educação por meio de projetos significativos do dia-a-dia das crianças, para as
mesmas se apropriarem do território e consequentemente exercer a sua
democracia.
12
Capítulo 2: INTERAÇÕES E BRINCADEIRAS
O currículo da cidade tem como eixo as interações e brincadeiras que não podem
ser fragmentadas e sim conjuntas. Cita Vygotsky na importância das interações
pois é pelo convívio social que os sujeitos produzem o maior bem do território: A
Cultura. Também cita a ZDP ( Zona de Desenvolvimento Proximal) e a
importância da interação entre diferentes faixas etárias, pois com o outro posso
aprender aquilo que ainda não sei, e ensinado quem não sabe posso aprender mais
ainda.
As brincadeiras: No brincar a criança cria hipóteses compara, assimila, constrói,
fala, enfim aprende, as propostas precisam ter intencionalidades, com mediação e
boas perguntas, mas ao mesmo tempo deixar as crianças livres na busca de seus
interesses.
EMEI: Exemplo de trabalho com democracia e brincadeira
A prô propôs às crianças uma assembleia para criticar e sugerir e organizar juntos a
rotina do dia. Na EMEI são 3 atividades:
1- Dirigida ( planejada pelo professor
2- Diversificada: planejada pela professora + crianças
3- Livre: Planejada só pelas crianças
O ambiente precisa ser alfabetizador, não para alfabetizar na educação infantil,
porém promover o contato com o letramento, que se dá ao ler um livro às crianças,
deixá-los foliar livros ou quando se escreve na lousa o que combinamos para a
organização do dia.
Como, onde e com quem brincar: Faz referência ao brincar heurístico (
elementos da natureza), com o de desemparedamento da infância ( livro da
autora Maria Isabel Amando Barros), sair da sala de referência e ter contato com
outros ambientes dentro e fora da U.E. e a importância do planejamento dos
espaços, tempos e materiais.
O tempo não pode ser fragmentado, principalmente nas brincadeiras.
Linguagens e práticas culturais: Múltiplas linguagens (Loris Malaguzzi), a
linguagem não só oral, mas também as expressões podem acontecer: no desenho,
dança, música, olhar, montar, moldar, etc.. Todas elas são linguagens, portanto,
mesmo se as crianças não desenvolverem a falar, ainda assim expressam-se de
outras formas e precisam ser “ ouvidas”, essas múltiplas linguagens precisam ser
13
exploradas por todas as crianças para que as mesmas se formem de maneira
integral. Tudo isso é cultura infantil.
As práticas com as linguagens: A importância dos espaços e materiais para as
crianças terem autonomia para sua utilização e exploração, e a partir daí
expressar-se seu aprendizado pelas múltiplas linguagens ( desenho, corpo, gestos,
fala, etc..).
Oportunizar o uso de materiais naturais: carvão, tintas naturais ( cenoura ou
beterraba, por exemplo).
As famílias junto com as crianças podem e devem participar ativamente nas
transformações dos espaços escolares, com isso as crianças criam pertencimento
aos espaços, consequentemente os preservam.
Também nos exemplos das cenas a intencionalidades com ampliação da linguagem
oral/escrita e matemática, trabalhar em colaboração, levantar hipóteses e resolução
de problemas que tem tudo haver com as matrizes dos saberes.
A partir dos interesses das crianças, o professor faz o planejamento. É a
escuta das crianças que devem estar na construção e reflexão do PPP (
Projeto Político Pedagógico)
Tempo: Não pode ser fragmentado, nem todas as crianças da turma estão no
mesmo tempo (interesses/ desenvolvimento) e as atividades não precisam ser
dirigidas o tempo todo pelo docente.
Socialização e múltiplos contextos e tecnologia: Família, reconhecer as
múltiplas famílias, para reconhecer, acolher e respeitar, combatendo o preconceito.
Para isso é importante a participação ativa das famílias na escola, de acordo com
suas possibilidades.
Abolir datas comemorativas descontextualizadas e que só tem cunho comercial (
crítica da autora Maria Carmen Barbosa). Juntos com as famílias a U.E deve
revisitar o PPP e repensar e criar novas festas e/ou eventos de acordo com a
realidade da comunidade.
Uso das tecnologias: O ambiente da U.E deve ser diferente do doméstico,
portanto, as crianças não devem ficar longas horas expostasa telas.
A tecnologia tem que ser usada como ferramenta para ampliar as experiências de
aprendizagem e não como mero entretenimento e sem intencionalidade.
14
15
Capítulo 3: A REINVENÇÃO DA AÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil não é só cuidar, é um direito de estar na escola, independente
se a mãe trabalha ou não, porque é direito da criança estar em um ambiente no qual
ela terá interações e experiências que a levaram a sua formação social, civil e
humana, conforme as matrizes dos saberes.
O trabalho do professor vai além da sala de aula, pois requer envolvimento nas
ações da U. E como o PPP , formação continuada, planejamento e articulação com
as famílias, enfim fazer a sua gestão curricular.
5 Elementos para interligação:
É preciso ter escuta atenta e sensível às famílias, para que as mesmas tenham
espaço nessa articulação, pois também é sua responsabilidade.
O primeiro passo para conhecer as crianças é o acolhimento. Por isso, o
acolhimento dos bebês e das crianças, essencial na construção de sua identidade, é
um compromisso. Cabe aos profissionais ter atenção aos espaços organizados para
as vivências oferecidas, os tempos para as elaborações, as críticas, as releituras e
as materialidades para as criações e os questionamentos que os bebês e as
crianças evidenciam, sejam eles verbais ou gestuais. É preciso sustentar a
possibilidade de que cada bebê e criança que esteja nas Unidades Educacionais
(UEs) seja convidado a reinventar e transformar o mundo.
16
Também nesse processo há a importância do objeto de apego ou transicional
(Winnicott), é o elo entre a mãe ( seio familiar) ao novo ambiente social ( escola).
Depois é importante deixar a criança livre para o seu desenvolvimento motor.
As crianças aprendem com o cotidiano, elas são produtoras de cultura e a partir daí
o profissional deve articular as atividades com os interesses das crianças,
transformando em algo intencional, os levando a situações de investigação,
levantamento de hipóteses e validação de resultados. Podemos observar tudo isso
através dos registros.
Portanto, as crianças não aprendem só nas atividades dirigidas, mas também em
todas as experiências vividas.
O planejamento não pode ser algo pronto, deve ser um convite para as crianças e a
partir daí apresentar seus interesses. A melhor maneira de colocar isso tudo
mencionado acima é com a pedagogia de projetos (Barbosa), no qual todos
aprendem de situado é não linear.
Exemplo: cena na qual as crianças brincando no parquinho ficam curiosas com um
pé de figo no qual os frutos estão caindo no chão, a partir da curiosidade da turma,
a professora junto com as crianças fizeram um projeto de investigação sobre essa
fruta.
O COTIDIANO VIVIDO E REFLETIDO
A rotina não pode ser rígida. Precisa ter espaço ao inusitado, como parte também
do desenvolvimento e dentro dos 6 direitos de aprendizagem da BNCC. É no
inusitado que as crianças reinventam o seu modo de viver.
As 5 variáveis do cotidiano:
Sempre articulado em espiral.
17
A organização dos espaços e um parceiro pedagógico. Na abordagem Reggio
Emilia o ambiente é um terceiro educador.
Com uma variedade de materiais, podemos criar estações de atividades dirigidas ou
não, em que as crianças escolhem de acordo com os seus interesses e escolhe
seus grupos, assim tendo interações e sem um tempo rígido e fragmentado, mas no
tempo das crianças para uma experiência completa ( Winnicott).
Completa-se esse espiral com as narrativas, no qual as crianças com múltiplas
formas de expressão contam suas vivências, hipóteses, estratégias e emoções.
Validam sua aprendizagem e consequentemente servem para que o professor faça
as suas observações, registros e avaliações.
Situações que contemplam as variáveis: Organização da U.E ( Cultura da escola
) , organização dos grupos ( crianças ), cenários de investigação e brincadeiras (
espaços, ambientes e materiais), projetos, oficinas e ateliês.
Os seis direitos de aprendizagem da BNCC:
PROJETOS: EXPLORAÇÕES E PESQUISAS NA VIDA COTIDIANA:
Projetos: Importância de se trabalhar com projetos, porém não impor algo
determinado, o professor tem que ter a sensibilidade de a partir das vozes e
curiosidades trazidas pelas crianças nas situações do cotidiano ser o ponto de
partida para o trabalho com projetos. Também podem ser temas mais amplos e
18
discutidos com as crianças, a partir de algo mais específico, contemplando sempre
as intencionalidades que quero alcançar com aquilo ( trabalhar a linguagem,
ciências, coordenação motora, etc..)
Registros pedagógicos: Precisa ser reflexivo nas suas observações colaborativas
com as famílias, crianças e todos da U.E, os 3 protagonistas conforme a
abordagem Reggio Emilia.
As 3 funções da documentação pedagógica ( abordagem Reggio Emilia):
Para documentar, seja relatórios, portfólios e murais, por exemplo, precisa-se
primeiro fazer pequenos registros diários para que o professor tenha embasamento
para os registros finais.
Para que os registros servem?:
1- Evidenciar o trabalho as famílias
2- Evidenciar para as crianças e todos d a comunidade escolar
3- Refletir e replanejar as práticas pedagógicas
Por isso é desejável que o professor esteja sempre com um caderno para
anotações para os registros diários.
Orientação Normativa Registros na Educação Infantil:
Registros através de relatórios, portfólios, filmagens, produções próprias das
crianças, como: pinturas, desenhos, esculturas, etc..
Dahlberg: O processo ( como as crianças fazem ) é mais importante do que o
resultado final.
A documentação pedagógica precisa ser acompanhada pela criança em seu
percurso educativo ( desafios/conquistas) para dar continuidade ao trabalho
intencional com elas.
Ter sensibilidade para dar voz e escuta para interpretar as expressões infantis. Os
projetos precisam despertar curiosidade, pesquisa e autonomia das crianças. Assim
como se devem também fazer registros das atividades livres.
19
20
Capítulo 4: ARTICULANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL E OS ANOS INICIAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL
Tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental o ponto central é o
espaço social das crianças de 0 a 12 respeitando sua inteireza e integridade. O
cuidar e o educar como também continua no ensino fundamental.
Sarmento (2003) indica pontos comuns do bebê até a criança de doze anos:
● A ludicidade, ou a capacidade de brincar;
● A fantasia do real, ou a possibilidade de imaginar ativamente;
● A interatividade, ou a interação contínua com os pares ou com os adultos;
● A reiteração, ou o fazer de novo e, ao fazer de novo, reinventar o mundo.
Nos cadernos do MEC : INCLUSÃO DA CRIANÇA DE 6 ANOS NO ENSINO DE 9
ANOS e ESCRITA DA CRIANÇA DE 6 ANOS , nas DCNs e BNCC, apontam que
se deve ter uma integração entre a educação infantil e ensino fundamental,
portanto, as brincadeiras, interações e o lúdico não deve ser interrompido, para não
haver uma ruptura, até porque em todas as etapas da educação básica devem ser
articuladas.
As dimensões para essa integração são:
Sequencialidade: Portanto tudo aquilo que a criança viveu ou experimentou na E.I
não pode ser descartado, pelo contrário, deve fazer parte do seu percurso formativo,
contínuo e progressivo.
Organicidade: Observar as especificidades de cada etapa e também o que é
comum.
Articulação: A integração das duas etapas.
Atenção: A ED. Infantil não pode ser encarada como um preparo para o Ensino
Fundamental.
Essa articulação precisa da participação de todos, escola, família e comunidade.
Por tudo isso, houve a necessidade de criar mais um ano no ensino fundamental,
para uma formação prazerosa, lúdica, desafiadora e sem ruptura para a formação
do sujeito ativo e integral.
Articulação Curricular: precisa ver as especificidades e os pontos comuns para
articulação. Essa articulação impacta nos territórios.
21
Exemplo: cena 39, crianças da EMEF lendo para as crianças da EMEI e depois
todos foram brincar no parquinho da EMEI, as duas unidades estão localizadas no
mesmo quarteirão.
Diferentes Transições: É precisoter interações entre as Unidades Escolares, no
qual se fará transição dessas crianças, sendo indispensável o apoio da família e
escuta ativa e dar vozes às crianças.
A primeira transição: Acontece da casa para o CEI, onde o bebê sai do ambiente
familiar para um lugar novo com interações , descobertas e brincadeiras diferentes
do lar.
Segunda transição: Do CEI para a EMEI, aqui a uma transição pela primeira vez
de unidades escolares. Por isso é preferencial que a criança conheça a nova escola
antes, conheça os professores, funcionários e brincar com os novos amigos.
Também tirar as suas dúvidas e ouvir suas angústias, a criança precisa se sentir
acolhida e segura.
Aliás, o rito de passagem do CEI para a EMEI ou EMEI para EMEF, não deve ter
formatura. Essa cerimônia formal, que não é adequada a essa faixa etária, pode
ser trocada por uma festa com as famílias na escola, que será muito mais
significativo para eles do que uma formatura.
Terceira transição: Da EMEI para a EMEF, aqui também é interessante a criança
conhecer os espaços da nova escola e como funciona a EMEF. Além disso, as
EMEIs devem enviar as EMEF para as turmas de 1º ano as documentações
pedagógicas:
● Portfólio coletivo e individual;
● Relatório final;
● Parecer da familia;
● Frequência dos alunos e outras informações pertinentes
Com a documentação pedagógica dará informações do docente do 1º ano do
ensino fundamental conhecer as crianças da turma e iniciar o seu planejamento,
lembrando que isso caracterizar classificação das crianças, mesmo porque as
mesmas estão em constante mudanças;
Além da entrega dos relatórios, será promovido reuniões entre as gestões e
professores da EMEI e EMEF para que aconteça essa articulação e explicação da
utilização desses relatórios.
22
A problemática do EI para EF: Continuar com a brincadeira no 1º ano do
fundamental e a escrita na Educação Infantil.
1º Brincar: a brincadeira deve continuar no EF, mesmo porque é brincando que a
criança imagina, interpreta e compreende. Então o professor do 1º ano pode
planejar cantinhos com brinquedos para a brincadeira e coletivamente com as
crianças organizando o planejamento e combinados da turma de acordo com seus
interesses. A brincadeira deve continuar, pois fortalece o que aprendeu e dá sentido
àquilo que é realizado na escola. Ao poucos os “cantinhos” darão lugar às
brincadeiras tradicionais como, parlendas, cantigas e o brincar livre na hora do
intervalo.
2º Escrita na Ed. Infantil: O objetivo aqui não é a alfabetização, porém é preciso ter
contato com o mundo letrado, seja trabalhando com o próprio nome, registrando a
rotina ( oral, imagem ou o professor como escriba) experimentando junto com a
turma e garantindo a leitura todos os dias.
Exemplo: Cena 42, as crianças tiveram a ideia da prô fazer um cartaz com a lista
dos livros que já leram, para não ler livros repetidos. A partir da intencionalidade das
crianças foi desenvolvida uma série de propostas e aprendizagens mediadas pela
professora. As crianças não vão sair da EMEI alfabetizadas, contudo, terão o
contato social do uso da língua escrita e oral.
Portanto, a ponte para a articulação da Educação Infantil e Ensino Fundamental e
vice-versa está nas brincadeiras e na cultura escrita.
23
24
Capítulo 5: A GESTÃO DEMOCRÁTICA E A IMPLEMENTAÇÃO DO CURRÍCULO
Gestão - Currículo- PPP: Se ligam na gramática pedagógica.
Ideia de currículo progressista e construtivo: aqui entra a referência a autora
OLIVEIRA-FORMOSINHO e a abordagem pedagogia em Participação,
abordagem pedagógica da Associação Criança, de Portugal, em que as postulações
teóricas de Dewey, Piaget, Vygotsky e Bruner estão presentes e reunidas na
concepção de uma criança competente, possuidora de um potencial para a
realização, devendo ser respeitada em suas necessidades, suas motivações e seus
interesses.
A pedagogia não é só teoria precisa ser efetiva a prática= Práxis ( teoria + prática).
O PPP: É reflexivo e se não tiver a participação de toda a comunidade escolar fica
apenas um documento burocrático sem vida. O projeto pedagógico é de médio a
longo prazo.
O professor não só participa do PPP, como também deve se responsabilizar.
Exemplo: na cena 44, foi criado um folder para simplificar e convidar as famílias
para conhecer o PPP da escola.
Por ser uma linguagem pedagógica, o documento deve ser explicado suas
intenções às famílias para que os mesmos deem suas sugestões e problematizam.
Outro ponto é que o PPP deve ser de livre acesso para todos.
A gestão democrática deve seguir a DCN da Ed.Infantil e os indicadores de
qualidade da Ed.Infantil Paulistana para sua autoavaliação e nos problemas
apontados é preciso fazer um plano de ação.
Dentro do PPP deve constar o plano de ação do diretor, assistente de direção e
professores. O PPP deve ser flexível e colaborativo, portanto, com a participação
de todos, não pode ser alterado na íntegra a cada ano!. O PPP antes de ser
aprovado deve passar pela acessoria da supervisão.
Reunião de pais: Devem ter um caráter formativo e realista, no qual a escola
deve explicar as duas intencionalidades para que eles tenham ciência da
responsabilidade, então a reunião ou convocação não deve se caracterizar como
uma simples cobrança às famílias.
A documentação pedagógica ajuda nesse sentido, desde que a mesma seja
superficial.
Exemplo: Cena 47, com a participação de todos da U.E e das famílias houve a
transformação dos espaços, ambientes e materiais no território da escola,
mostrando na prática o que é gestão democrática. Depois disso, a coordenação
tornou permanente as formações sobre os espaços, ambientes e materiais.
Os bebês e crianças também participam da gestão democrática. Nas CEIs e EMEIs
devem ser criados um conselho mirim com três participantes de cada turma
sendo, 1 escolhido pelo professor e 2 pela votação das crianças, para
25
representarem cada turma, trazendo opiniões e sugestões. Desde muito pequenas,
elas já devem ter contato com situações políticas e democráticas.
Políticas Públicas: Reúnem 3 documentos: . Serão apresentadas ainda três
legislações, sendo duas municipais: Plano Municipal de Educação da Cidade de
São Paulo e o Plano Municipal pela Primeira Infância — e uma nacional: a Base
Nacional Comum Curricular.
Plano Municipal de Educação da Cidade de São Paulo: Baseada no PNE 2014, o
seu marco legal prevê metas como atendimento integral, alimentação saudável, fim
dos castigos físicos e de emparedamento da infância, tendo as famílias
responsáveis para o alcance dessas metas.
Plano Municipal pela Primeira Infância: Criação de rede de proteção com outras
secretarias, famílias e comunidade em ações conjuntas.
BNCC: Documento normativo de caráter normativo que define o conjunto orgânico e
progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham
assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade
com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE).
BNCC Ed.infantil: Há na BNCC (BRASIL, 2017) a defesa da ideia de que estar na
escola é diferente de estar em outros espaços sociais, que a escola é um espaço
privilegiado de constituição da identidade das crianças, de vivência de relações
sociais e de realização de múltiplas experiências de aprendizagens. O texto,
portanto, está centrado nas aprendizagens das crianças, e não nos princípios
pedagógicos, na metodologia, nas proposições das ações docentes, pois estas são
as decisões e contribuições que cada rede, escola ou professora(or) deverá fazer ao
currículo. Por esse motivo, o texto da BNCC (BRASIL, 2017) afirma continuamente
que é apenas parte de uma construção curricular.
Ao longo do ano de 2018, foram realizadas nos Grupos de Estudo e Práticas
Pedagógicas (GEPP) discussões sobre o Currículo da Educação Infantil da RMESP,
procurando estabelecer pontos de conexão entre ambos os documentos. Nos
debates realizados, algumas posições foram reiteradas:
26
1- Os seis Direitos de Aprendizagens e Desenvolvimentona Educação Infantil
contidos na BNCC (BRASIL, 2017) — conviver, brincar, explorar, expressar,
participar e conhecer-se — convergem com as concepções explicitadas no Currículo
Integrador da Infância Paulistana (SÃO PAULO, 2015a) e com os direitos
elaborados a partir dos Indique EI/ RME-SP (SÃO PAULO, 2016a).
2- As situações e experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus
saberes anunciadas nos Campos de Experiências da BNCC (BRASIL, 2017) — O
eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas;
Escuta, fala, pensamento e imaginação; Espaços, tempos, quantidades, relações e
transformações — estão presentes em várias das cenas ao longo deste material,
pois se referem a questões fundamentais da vida de um bebê e de uma criança. As
relações com os demais (corpos em movimento, linguagens, imaginação,
investigações) já estão presentes na vida das crianças, e o papel da escola é
ampliar o repertório para que elas possam viver a vida com maior intensidade. Os
campos de experiências são definições de atenção que os adultos devem ter para
que as crianças tenham uma educação integral, isto é, uma educação que atenda à
diversidade de interesses, curiosidades e necessidades de bebês e crianças, a sua
27
integralidade. A ideia de campo é exatamente a ruptura com as disciplinas e as
áreas de conhecimentos, podendo ser compreendidas de modo contextualizado e
interdisciplinar, por meio de ações curriculares que considerem todos os campos.
Compreendemos que a materialização dos Campos de Experiências ocorrem nos
usos sociais das múltiplas linguagens que estão contidos no Currículo Integrador na
Infância Paulistana (SÃO PAULO, 2015a) e reforçadas no Item 2.3 – Linguagens e
práticas culturais deste documento, cabendo às(aos) educadoras(es) a
responsabilidade de escutar, observar e estabelecer comunicação com bebês e
crianças.
Portanto, os campos de experiência precisam estar em consonância com a
formação integral em propostas em espiral.
28
Explicação da tabela e dos códigos do currículo:
Dimensões e objetivos de aprendizagem (1ª coluna): referente às 9 dimensões
dos Indicadores de Qualidade da Ed.Infantil da Infância Paulistana e objetivos de
cada uma.
Coluna 2: Os códigos dos campos de experiência da BNCC, porém não estão em
sua sequência original de acordo com os campos e faixa etária, é sim de acordo
com os objetivos das 9 dimensões dos Indicadores de Qualidade da Ed.Infantil da
Infância Paulistana.
Coluna 3: Objetivos de desenvolvimento sustentável: às 17 ODS da agenda
2030 da ONU.
Esses objetivos não devem esgotar a complexidade da experiência das
crianças e devem ser uma aprendizagem sempre em espiral.
29
Atenção: Os campos de experiência: Corpo, gestos e movimentos e Espaços,
tempos, quantidades, relações e transformações, não aparecem muito no currículo,
porque o corpo em movimento remete a ideia de corpo silenciado (coreografado) e
ainda não é do cotidiano e existe certa resistência em trabalhar a matemática e
ciências na Ed.Infantil. Por isso não foi estruturada na rede a melhoria na
infraestrutura das U.Es para o desenvolvimento do campo de experiência: Espaços,
tempos, quantidades, relações e transformações.
30
Palavras chaves do Currículo da Educação Infantil
● Criança
● Pedagogia da Infância
● território
● relações étnico-raciais
● relações de gênero
● interações,
● brincadeira,
● escuta,
● 100 linguagens
● acolhimento
● participação
● Protagonismo
● Cultura
● intencionalidade pedagógica (planejamento)
● Projetos
● registro e documentação
● reflexivo e colaborativo
● Curriculo integrador
● PPP
● gestão democrática ( indicadores da qualidade )
Estudo de caso:
31
Exemplo de uma discursiva envolvendo algumas palavras chaves do currículo da
educação infantil:
Discorre sobre as palavras chaves:
Resposta:
Considerando os apontamentos acima, é importante destacar os conceitos da
construção da pedagogia da infância paulistana, elencando no currículo da
cidade, no qual aponta o protagonismo compartilhado entre o professor que
escuta e reflete o currículo e as crianças com suas culturas.
Dessa maneira, é preciso haver intencionalidade do professor no seu
planejamento e no cotidiano ao organizar os tempos, espaços, interações,
materiais e promover narrativas. Uma forma de garantir o protagonismo das
crianças é a metodologia de projetos, que possibilita a escuta e os interesses
desses sujeitos, sendo ponto de partida do projeto e articulado com as
intencionalidades da ação docente.
Por fim, por meio dos registros, são materializados a escuta, as interações e
como alcançar a aprendizagem e desenvolvimento. Com a documentação
32
pedagógica, de modo reflexivo e colaborativo o professor rever a sua prática
para a construção da pedagogia da infância paulistana.
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Ciências Naturais
Currículo da Cidade para a EJA Ciências Naturais, demanda a deliberação sobre
concepções a respeito da natureza do conhecimento científico. Nesse sentido, “o currículo
supõe a concretização dos fins sociais e culturais, de socialização, que se atribui à
educação escolarizada” (SACRISTÁN, 2000, p. 15) Um currículo de Ciências Naturais que
se articula a um projeto de formação para a cidadania crítica, fundamentado no ideal de
consolidação de uma sociedade efetivamente democrática, calcada nos valores de justiça
social, superação das desigualdades, inclusão e respeito à diversidade.
O componente de Ciências Naturais pode contribuir para a transformação e inclusão social
quando a alfabetização científica inclui a aprendizagem por investigação, com discussões
acerca da natureza do conhecimento científico, das relações entre Ciência, Tecnologia,
Sociedade e Ambiente (CTSA) e interculturalidade.
Articulação entre saberes prévios x conhecimentos científicos:
● Fenômenos da natureza
● Ciências tecnologia
● Homem – natureza (sustentabilidade)
● Ciências naturais sociedade
Compreender a ciência como cultura, como produção humana, histórica e socialmente
situada, pode contribuir para a percepção de que a produção do conhecimento científico
não se faz a partir de ações isoladas; compreender a historicidade do conhecimento
científico pode ajudar os estudantes a se perceberem enquanto possíveis atores da ciência
e entenderem a ciência como parte da cultura. Um currículo de Ciências que tenha por
objetivo a alfabetização científica contempla conteúdos que dialogam com três eixos
temáticos:
1. Natureza da ciência: conhecimentos sobre história, filosofia e sociologia da ciência;
compreensão da ciência como atividade humana e social;
2. Linguagem científica: apropriação da linguagem e de conceitos científicos; capacidade de
leitura e elaboração de tabelas, esquemas, gráficos, ilustrações; construção de
argumentação científica;
33
3. Aspectos sócio científicos: reflexão sobre questões ambientais, políticas, econômicas,
éticas, sociais e culturais
Enfoque CTSA – Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente - Os estudantes precisam
compreender que a produção de qualquer conhecimento, científico ou não, se efetiva no
contexto das sociedades em que são produzidos. Ensino por Investigação - parte-se de um
problema que enseja o levantamento de hipóteses pelos estudantes, seguida de discussão
sobre hipóteses e resultados obtidos. Multiculturalismo - O reconhecimento do currículo
como política cultural (GIROUX, MCLAREN, 2005) implica considerar as vozes que nele se
fazem presentes e as vozes nele silenciadas.
Eixos Temáticos:
● Matéria, Energia e suas Transformações
● Cosmos, Espaço e Tempo
● Vida, Ambiente e Saúde
Objetos de conhecimento e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento:
Observar, problematizar, formular hipóteses e procedimentos de teste, coletar dados,
identificar, descrever, registrar, relatar, comparar, classificar, compor e decompor, opinar,
interpretar.
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Geografia
Geografia como leitura crítica do mundo. Grandes referenciais para a educação Geográfica
da EJA:1. O princípio de que educação é tomada de consciência. Da condição de vida em que se
encontra pela intervenção no seu local de vida, na problematização da vida concreta, novos
conhecimentos com a superação das formas de saber cotidiano, características do senso
comum. (FREIRE, 1996; 2000).
2. A análise da sociedade moderna de outra globalização é possível. Milton Santos critica a
globalização excludente. O momento atual seria o de a libertação do trabalho alienado e
degradante. (SANTOS, 2000a; 2001).
Conceitos estruturantes: território, paisagem, lugar, rede, escala, região e natureza. Destes,
resultaram métodos e procedimentos específicos do modo de estudar e compreender o
mundo. Quando os estudantes da EJA estudam sua mobilidade espacial, as dinâmicas
urbanas, o lazer, os serviços, por exemplo, estão diante da análise da prática sócio espacial
permeada pelas relações sociais materializadas como espaço geográfico. Papel do
professor: Oferecer aos estudantes da EJA acesso a uma leitura da realidade para
promover cidadania e cultura.
34
Organização de Conteúdos:
• Sujeito e seu lugar no mundo, • Organização territorial no tempo e no espaço, •
Pensamento espacial e formas de representação cartográfica, • Natureza, ambientes e
qualidade de vida, • Trabalho e formação sócio espacial
Currículo da Cidade EJA- Caderno de História
[...] o ensino de História deve contribuir para libertar o indivíduo do tempo presente e da
imobilidade diante dos acontecimentos, para que possa entender que cidadania não se
constitui em direitos concedidos pelo poder instituído, mas tem sido obtida em lutas
constantes e em suas diversas dimensões. (BITTENCOURT, 2017, p.20). “Leitura do
mundo” compreensão da realidade, o entendimento de si próprio e dos coletivos em que
trabalhadoras e trabalhadores, jovens, idosos, pessoas com deficiência, moradores de rua,
desempregados, migrantes e imigrantes, estão inseridos. No que compete à História na
dimensão escolar, ela procura permitir que o estudante consiga compreender-se também
como sujeito histórico.
Estudar História permitirá aos estudantes se reconhecerem, se situarem no mundo, se
posicionarem a partir de suas vivências, suas culturas étnico-raciais, seu gênero, sua faixa
etária, seus locais de origem, suas histórias de vida. A “leitura de mundo”, na compreensão
de Paulo Freire, só será completa se todas e todos puderem ser objeto de leitura, se
tiverem condições de se ler.
ENSINO E APRENDIZAGEM EM HISTÓRIA:
A História como conceito - tempo/espaço como elementos centrais. O conceito de História é
histórico e tem se modificado em razão dos enfrentamentos e mudanças de perspectivas no
campo da pesquisa histórica. O tempo está associado a um conjunto de vivências e é um
“produto cultural forjado pelas necessidades concretas das sociedades” (BEZERRA, 2003,
p.44). O espaço: é preciso ter claro que espaço para os historiadores é uma construção
social. O sujeito histórico, formado por pessoas, instituições, grupos, agentes sociais,
individuais ou coletivos, e não apenas por figuras em posição de destaque ou de poder.
Fato histórico, processo histórico e fontes históricas. O fato histórico refere-se à
identificação e à seleção de acontecimentos e eventos na trama histórica. Os processos
históricos são estudados e refletidos por meio das fontes históricas, as quais foram
entendidas provenientes de documentos oficiais. Cultura: refere-se a todas as realizações
materiais e aos aspectos espirituais, metafísicos da humanidade. Faz parte do conceito de
cultura a ideia da diversidade étnica/racial, religiosa, de modos de vida, sexual, geracional,
de grupos e de classes sociais. Interculturalidade: diferentes culturas e grupos sociais e há
uma inter-relação intencional entre esses grupos. Interdisciplinaridade, História como as
ligações que os vários componentes curriculares podem estabelecer entre temáticas para a
criação de uma abordagem comum.
35
Currículo da Cidade EJA- Caderno de Artes
A arte potencializa modos de ler e fazer do ser poético e estético.
O Currículo da Cidade - Educação de Jovens e Adultos - Arte, parte da premissa de que o
estudante, como cidadão, tem direito ao conhecimento artístico produzido, acumulado pelo
ser humano, e de constituir-se competente para vivenciar esse conjunto de saberes e/ou
experiências de forma autônoma no aprender e viver processos artísticos e culturais.
A Arte apresenta direcionamentos no ensino e aprendizagem de arte pelo prisma das
dimensões do conhecimento, citadas como diretrizes que respeitam o potencial do
estudante nos âmbitos da criação, critica, estesia, expressão, fruição e reflexão.
OS CAMPOS CONCEITUAIS NA ARTE: IDEIAS E AÇÕES GERMINADORES:
● Patrimônio Cultural
● Mundo do Trabalho
● Materialidade
● Contextos e matrizes culturais
● Arte e Tecnologia
● Corporeidade e Identidade
● Elementos de Linguagem
36
Caderno EJA Língua Portuguesa
Introdutório da EJA:
EJA- Princípios e práticas pedagógicas
"A teoria sem a prática vira “verbalismo”, assim como a prática sem teoria, vira
ativismo. No entanto, quando se une a prática com a teoria tem-se a práxis, a ação
criadora e modificadora da realidade” Paulo Freire.
“A educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI,
é tanto consequência do exercício da cidadania como condição para uma plena
participação na sociedade. A educação de adultos pode modelar a identidade do
cidadão e dar um significado à sua vida. A educação ao longo da vida implica
repensar o conteúdo que reflita certos fatores, como igualdade entre os sexos,
necessidades especiais, idioma, cultura e disparidades econômicas”.
Declaração de Hamburgo sobre a EJA, 1997
EJA: a interdisciplinaridade
A Educação de Jovens e Adultos, na perspectiva da educação ao longo da vida,
requer uma abordagem curricular próxima e adequada às demandas da realidade,
que envolve os EJA: a Interdisciplinaridade educandos no processo de construção
de conhecimentos, a partir do acúmulo de saberes e experiências que já trazem
como síntese da sua própria vida.
Os jovens e adultos necessitam de uma pedagogia sustentada nas relações, nas
interações e em práticas educativas intencionalmente voltadas para o convívio
social e o exercício da cidadania.
"Muitos jovens e adultos dentro da pluralidade e diversidade de regiões do país.
dentro dos mais diferentes estratos sociais, desenvolveram uma rica cultura
baseada na oralidade da qual nos dão prova, entre muitos outros, a literatura de
cordel, o teatro popular, o cancioneiro regional, os repentistas, as festas populares,
as festas religiosas e os registros de memória das culturas afro brasileira e indigena”
PARECER CNE/CEB 11/2000
37
Com base nos princípios da diversidade, flexibilidade e qualidade:
● Articulação dos saberes da Educação Formal e da Educação Não Formal
● Metodologia dialógica
● O Trabalho com Projetos
● Educação como ato político
● Flexibilização dos Tempos e Espaços Valorização das Histórias de Vida e
Identidades dos Jovens e Adultos
● O Mundo do Trabalho
Especificidades da EJA
EJA-Regular- Etapa Alfabetização (2 semestres), Etapa Básica (2 semestres),
Etapa Complementar (2 semestres) e Etapa Final (2 semestres). Cada etapa tem
duração de 200 dias letivos.
MOVA-SP - ONGs
CIEJA- Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos Movimento de
Alfabetização Módulo I (Alfabetização), Módulo II (Básica), Módulo III
(Complementar) Módulo IV (Final). Cada módulo tem duração de 1 ano e 200 dias
letivos e são desenvolvidos em encontros diários de 2 horas o 15 minutos (3
horas/aula)
CMCT - Centro Municipal de Capacitação e Treinamento
EJA Modular - Etapas: Alfabetização, Básica, Complementar e Final. Cada Etapa é
composta por 4 Módulos independentes e não sequenciais, cada um com 50 dias
letivos Os módulos se desenvolvem em encontros diários de 2 horas e 15 minutos
(3 horas/aula). A complementação da carga horária diária, 1 hora e 30 minutos (2
horas/aula), é composta por atividades do enriquecimento curricular de presença
optativapara os educandos.
38
Pensar a avaliação na perspectiva da Qualidade Social para a Educação de Jovens
e Adultos significa pensar no acesso e na permanência de educandas e educandos
nas Unidades Educacionais e Espaços Educativos.
O PEIF ministra aulas na EJA nas Etapas de Alfabetização ( equivalente ao 1º
ao 3º ano do ensino fundamental regular) e Etapa Básica ( equivalente ao 4º e
5º ano do ensino fundamental).
Pensar a avaliação na perspectiva da Qualidade Social para a Educação de Jovens
e Adultos significa pensar no acesso e na permanência de educandas e educandos
nas Unidades Educacionais e Espaços Educativos.
A EJA e seus sujeitos requerem uma prática educativa que evidencie suas
singularidades e especificidades, daí a relevância do currículo ter como base a
construção dialógica de ensino e de aprendizagem.
Concebemos a reorientação curricular da EJA no diálogo com as diferenças
culturais, sociais e educacionais de educandas e educandos. Um currículo inspirado
nos princípios humanistas e da educação popular, na perspectiva da educação ao
longo da vida.
A Educação Popular caracteriza-se por valorizar os saberes produzidos e
reconhecê-los como referência para o desenvolvimento de práticas pedagógicas. A
aprendizagem se dá a partir do conhecimento do sujeito e sua participação em todo
o processo educativo, é uma manifestação de busca por uma transformação social.
Neste sentido, construir um currículo para EJA significa desenvolver um trabalho
que tem como pressuposto heterogeneidade e não a homogeneidade. Trata-se de
formular estratégias que façam proveito desta heterogeneidade sem uma
perspectiva homogeneizante do grupo de estudantes em uma sala de aula.
A presença de um grupo heterogêneo é a possibilidade de exercer o diálogo, a
cooperação, ampliando, ao mesmo tempo, as capacidades dos indivíduos
(MARQUES, 2006). Marta Khol de Oliveira indica que para se pensar sobre o
processo de aprendizagem de jovens e adultos é necessário reconhecer "três
campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de 'não-
-crianças', a condição de excluídos da escola e a condição de membros de
determinados grupos culturais" (OLIVEIRA, 1999, p. 60).
Currículo da Cidade -EJA - Língua
O currículo específico de Língua Portuguesa fundamenta-se em alguns princípios
pedagógicos: levantamento dos conhecimentos prévios, contextualização,
problematização sistematização e avaliação, favorecendo o aprendizado da língua
Ressalte-se que na trajetória da construção do conhecimento será utilizada uma
39
diversidade de textos, propondo conhecer os gêneros, bem como serão valorizadas
as produções textuais, com atividades de escrita, auxiliando assim na constituição
dos significados e dos sentidos em torno dos conhecimentos a serem aprendidos,
os quais não podem ser distanciados das questões de uso social da linguagem
verbal e escrita.
Os gêneros discursivos integram as práticas sociais e são por elas gerados
formatados e tem como elementos fundamentais: o conteúdo temático, organização
composicional e o estilo. O trabalho com as géneros tem, como critério de
classificação ou distinção genérica.
No Currículo, ler e se apropriar dos significados construídos socialmente, que dão a
base para a produção de sentidos subjetivos. Os estudantes da EJA como sujeitos
ativos que se constroem e são construídos nos e pelos textos, considerando as
esferas discursivas nas quais são produzidos e dependendo dos interlocutores.
Os 5 Eixos propostos em Língua Portuguesa para EJA:
● Leitura
● Escrita
● Oralidade
● Escuta
● Análise Linguística
Fluência Leitora (a compreensão do mundo à sua volta): O ato de ler para
compreender envolve outras estratégias, para além da decodificação, como a
inferência, seleção, antecipação, verificação, entre muitas outras.
Escrita (e emancipação): Abordagem psicogenética de alfabetização (FERREIRO,
TEBEROSKY, 1986), que toma os sujeitos como seres pensantes e que, mesmo
antes do domínio das convenções da escrita, levantam hipóteses sobre seus modos
de funcionamento.
Oralidade (uma inserção no mundo) Destacamos o estudo de gêneros orais de
diferentes esferas, como seminário, debate, palestra, fórum, exposição oral,
mesa-redonda, entrevista, assembleia escolar, slam, entre outros.
Escuta (atividade fundamental na relação dialógica) o exercício de uma escuta
ativa favorece o exercício da intelectualidade, necessário para o desenvolvimento
de uma curiosidade crítica e para o processo de conscientização, essencial ao
rompimento com as formas de opressão.
40
Análise Linguística (direito à apropriação) Dedica-se ao estudo da atualização do
sistema da língua em situações concretas de uso.
Currículo da Cidade -EJA - Matemática
Matemática tem o foco na equidade, na inclusão e na igualdade de gênero,
permitindo a aquisição efetiva de competências básicas do cidadão, mas também
busca acolher a aspiração do estudante a continuar ampliando seus conhecimentos,
dando oportunidades de um trabalho digno e de responsabilidade social, integrando
o estudante ao mercado de trabalho e possibilitando a continuidade de estudos até
o ensino superior.
A Matemática como construção humana que envolve um conjunto de
conhecimentos, com diversos tipos de raciocínio que contribuem para a resolução
de diversos tipos de problemas.
O domínio do letramento matemático diz respeito "à capacidade dos estudantes
para analisar, julgar e comunicar ideias efetivamente propondo, formulando e
resolvendo problemas matemáticos em diversas situações." (OECD/PISA, 2004, p.
41).
41
Ideias Fundamentais da Matemática:
A ideia de proporcionalidade - Aplica-se a diferentes tipos de grandeza, como o
tempo, a velocidade, o comprimento, o preço, a temperatura
A ideia de equivalência ou igualdade - se estudam as "frações", as equações, as
áreas de figuras planas ou volumes de figuras espaciais, entre muitos outros temas.
A ideia de ordem- estudos das sequências numéricas ou figurais, construção de
coeficiente de variação, entre outros.
A ideia de aproximação está ligada aos cálculos que não precisam ser exatos
A ideia de variação - a variação percentual, a variação entre duas grandezas, o
coeficiente de variação, entre outros.
42
A ideia de interdependència- relacionar-se à noção de função, com relações entre
grandezas numéricas ou geométricas e com ampliação e redução de figuras
A ideia de representação- está relacionada com a simbologia matemática.
A Diversidade de Estratégias de Ensino de Matemática
A Resolução de Problemas - Um problema é proposto intencionalmente pelo
professor, ou pelos próprios estudantes, selecionado levando em consideração os
saberes dos jovens adultos e os objetos de estudo.
Tarefas Investigativas As tarefas investigativas são importantes de serem
trabalhadas, de forma problematizadora.
Tecnologias Digitais - O uso de recursos tecnológicos necessita de uma mudança
de postura do professor, o qual atua junto a seus estudantes como um parceiro,
mediando a aprendizagem que será feita de forma colaborativa.
Eixos Estruturantes
No eixo Números, o Currículo enfatiza o pensamento numérico, focalizando as
diferentes funções dos números naturais: a de quantificar, a de ordenar, a de
comparar, a de medir e a de codificar os diversos significados das operações
aritméticas em problemas significativos.
No eixo Geometria, estudo de relações espaciais e de figuras geométricas
espaciais e planas, suas relações e características.
O eixo Grandezas e Medidas, variações, a representação, a equivalência, a
aproximação, a interdependência e a proporcionalidade.
No eixo Probabilidade e Estatística, raciocínio combinatório, organização, análise
de dados e a comunicação dos resultados por meio de diferentes tipos de gráficos e
de tabelas.
No eixo Álgebra, pensamento algébrico, analisar relações quantitativas e
qualitativas de diferentes grandezas.
43
Caderno Língua Portuguesa Ensino Fundamental:
Parte Introdutória Comum a todos os cadernos do Ensino Fundamental
Apresentação do Currículo:
Currículoda Cidade: Orientações Curriculares para a Cidade de São Paulo:
Busca alinhar as orientações curriculares do Município com Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), que se estrutura com foco em conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores ( os mesmos das matrizes dos saberes), para promover o
desenvolvimento integral dos estudantes e a sua atuação na sociedade,
incorporando as diversidades da nossa cidade.
A construção desse currículo teve como base:
Continuidade: respeitando questões anteriores e integrando as experiências,
práticas e culturas escolares já existentes (independente do governo).
Relevância: documento dinâmico com vistas a garantir os direitos de aprendizagem
e desenvolvimento a todos os estudantes da Rede ( também de acordo com os
territórios).
Colaboração: processo dialógico e colaborativo ( construído por todos que fazem
parte da rede).
Contemporaneidade: busca formar os estudantes para a vida no século XXI.
A proposta da atualização do Currículo da Cidade de São Paulo reforça a mudança
de paradigma que a sociedade contemporânea vive, na qual o currículo não deve
ser concebido de maneira que o estudante se adapte aos moldes que a escola
oferece, mas como um campo aberto à diversidade. Essa diversidade não é no
sentido de que cada estudante poderia aprender conteúdos diferentes, mas
sim aprender conteúdos de diferentes maneiras.
Tríade do currículo:
Equidade: Tratar diferente aquilo que aparece desigual ao ponto de partida para
promover a justiça e igualdade.
44
Quando o sistema de ensino é equitativo? Quando apesar das diversidades (
desigualdades social, racial gênero, etc…) não impactou a apropriação da
aprendizagem ( os resultados).
Inclusão: Respeitar e valorizar a diversidade e a diferença, aqui a inclusão não é só
referente aos estudante especiais, como também é preciso ter a inclusão social,
etnico-racial, gênero, regional, etc…
Educação de Integral: Não é só escola de tempo integral, no qual aumenta a carga
horária dentro da escola, mas uma educação para o desenvolvimento global do
sujeito: intelectual, físico, emocional, social, cognitivo e moral.
Concepções e Conceitos que Embasam o Currículo da Cidade:
O currículo precisa ter o professor como protagonista e centrado nos
estudantes. Não é um documento estático e nem uma receita para aplicar nas
aulas, contudo o currículo é um orientador para o trabalho metodológico e didático
do professor e também para a construção dos processos sociais da escola, por isso
precisa estar alinhado com a realidade (Sacristán).
Também considerando a importância de um currículo integrador, onde a criança
não deixa de brincar, nem se divide em corpo e mente ao ingressar no Ensino
Fundamental. Ao contrário, ela continua a ser compreendida em sua integralidade e
tendo oportunidades de avançar em suas aprendizagens sem abandonar a infância.
Sendo assim, o currículo do Ensino Fundamental considera a organização dos
tempos, espaços e materiais que contemplem as vivências das crianças no seu
cotidiano, a importância do brincar e a integração de saberes de diferentes
Componentes Curriculares, em permanente diálogo.
Concepção de Infância e Adolescência ( embasamento na legislação):
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera a infância como o
período que vai do nascimento até os 12 anos incompletos, e a adolescência como
a etapa da vida compreendida entre os 12 e os 18 anos de idade.
As crianças e os adolescentes são sujeitos de direito que devem opinar e participar
das escolhas capazes de influir nas suas trajetórias individuais e coletivas.
Diretrizes curriculares Nacionais (DCN´s ): “construção da autonomia e a
aquisição de valores morais e éticos” (BRASIL, 2013, p. 110).
Um currículo orientado pela Educação Integral, que seja capaz de formar sujeitos
críticos, autônomos, responsáveis, colaborativos e prósperos.
45
Concepção de Currículo:
Currículos são plurais: significações produzidas a partir dos contextos, interesses
e intenções que permeiam a diversidade dos atores e das ações.
Currículos são orientadores: traz as discussões temáticas, conceituais,
procedimentais e valorativas para o ambiente da escola, orientando a tomada de
decisões sobre as aprendizagens até a “[...] racionalização dos meios para obtê-las
e comprovar seu sucesso” (SACRISTÁN).
Currículos não são lineares: um conjunto de aprendizagens concomitantes e
interconectadas ligado ao dia a dia da prática pedagógica.
Currículos são processos permanentes e não um produto acabado: o currículo
é um processo e não um produto, devem ser sempre revisados e atualizados, para
incorporarem resultados de novas discussões, estudos e avaliações. Cria clima e
roteiros instigantes ao diálogo, à aprendizagem e à troca de experiências mediadas
por conhecimentos amplos e significativos da história.
Professores são protagonistas do currículo: O professor é o sujeito principal
para a elaboração e implementação de um currículo, fazendo a sua Gestão
Curricular , ajustando o currículo de acordo com as necessidades da
turma/estudantes.
Currículos devem ser centrados nos estudantes: O propósito fundamental de um
currículo é dar condições e assegurar a aprendizagem e o desenvolvimento pleno
de cada um dos estudantes, conforme função social é sua abrangência do olhar
integral sobre o ser humano, seus valores e sua vida social digna.
Um Currículo para a Cidade de São Paulo
O direito à educação implica a garantia das condições e oportunidades necessárias
para que os estudantes tenham acesso a uma formação indispensável para a sua
realização pessoal, formação para a vida produtiva e pleno exercício da cidadania.
Assim sendo, o Currículo da Cidade define uma Matriz de Saberes, com a qual as
Áreas do Conhecimento (Parecidos com os da BNCC) devem se comprometer em
cada ciclo do Ensino Fundamental.
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Matrizes dos saberes:
São 9 saberes essenciais para formar cidadãos integrais para as dinâmicas
contemporâneas. São as mesmas 10 competências da BNCC, porém por questões
políticas tem o nome ``matrizes dos saberes”. Ambas estão ligadas à agenda 2030
da ONU e seus 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável. Também está
fundamentada nos Princípios éticos, políticos e estéticos definidos pelas
Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2013, p. 107-108):
Princípios éticos: Justiça, solidariedade, comprometimento com o bem estar de
todos, eliminação de preconceitos. O professor precisa promover vivências, práticas
e atividades que trabalhem com essas questões.
Princípios estéticos :cultiva a sensibilidade junto com a racionalidade, valorização
das diversas formas de expressão e de culturas. Construção de identidades plurais
e solidárias.
Princípios políticos: Direitos e deveres, respeito ao bem comum, preservação do
regime democrático e dos recursos ambientais. Garantia de acesso à educação,
saúde, trabalho e bens culturais. Busca de uma sociedade mais igualitária e justa.
A Matriz de Saberes tem como propósito: Formar cidadãos éticos, responsáveis e
solidários que fortaleçam uma sociedade mais inclusiva, democrática, próspera e
sustentável. Também elaborada levando em consideração:
1- Saberes historicamente acumulados que fazem sentido para a vida dos
educandos no século XXI;
2- Abordagens pedagógicas que dão voz aos estudantes;
3- Valores fundamentais da contemporaneidade;
4- Concepções de Educação Integral e Educação Inclusiva voltadas a
promover o desenvolvimento humano integral e a equidade.
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1. Pensamento Científico, Crítico e Criativo
Saber: Acessar, selecionar e organizar o conhecimento com curiosidade e
ludicidade
Para: Explorar, descobrir, experienciar, observar, brincar, questionar, investigar
causas, elaborar e testar hipóteses
2. Resolução de Problemas:
Saber: Ter ideias originais e criar soluções, problemas e perguntas, sendo sujeitos
de sua aprendizagem e de seu desenvolvimento
Para: Encorajar a busca de alternativas, quanto mais alternativas para solucionar
um problema melhor.
3. Comunicação:
Saber: Utilizar as múltiplas linguagens, comoverbal, verbo-visual, corporal,
multimodal, brincadeira, artística, matemática, científica, Libras, tecnológica e digital
para expressar-se.
Para: Saber como falar, quando falar, de que forma falar e compartilhar.
4. Autoconhecimento e Autocuidado:
Saber: Conhecer e cuidar de seu corpo, sua mente, suas emoções, suas
aspirações, seu bem-estar e ter autocrítica.
Para: Reconhecer limites, potências e interesses pessoais, gerir suas emoções e
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comportamentos, dosar impulsos e saber lidar com a influência de grupos.
5. Autonomia e Determinação:
Saber: Criar, escolher e recriar estratégias, organizar-se, brincar, definir metas e
perseverar para alcançar seus objetivos.
Para: fazer escolhas, vencer obstáculos e ter confiança para planejar e realizar
projetos.
6- Abertura à Diversidade:
Saber: Abrir-se ao novo, respeitar e valorizar diferenças e acolher a
diversidade;
Para: Respeitar, reconhecer e referenciar a diversidade para combater
preconceitos.
7. Responsabilidade e Participação
Saber: Reconhecer e exercer direitos e deveres, tomar decisões éticas e
responsáveis para consigo, o outro e o planeta.
Para: Agir de forma solidária, engajada e sustentável, respeitar e promover os
direitos humanos e ambientais, serem sujeitos de ação para mudar a sua realidade.
8. Empatia e Colaboração
Saber: Considerar a perspectiva e os sentimentos do outro, colaborar com os
demais e tomar decisões coletivas.
Para: Não ser egoísta, se colar no lugar do outro e promover a cultura de paz.
9. Repertório Cultural
Saber: Desenvolver repertório cultural.
Para: Ampliar o repertório cultural, apresentar aquilo que não se conhece
artisticamente/estético.
A construção dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que constam nos
componentes curriculares no Currículo da Cidade teve como referência a matriz de
saberes.
Temas Inspiradores do Currículo da Cidade
Um currículo pensado hoje precisa dialogar com a dinâmica e os dilemas da
sociedade contemporânea. Temas prementes, como direitos humanos, meio
ambiente, desigualdades sociais e regionais, intolerâncias culturais e religiosas,
abusos de poder, populações excluídas, avanços tecnológicos e seus impactos,
política, economia, educação financeira, consumo e sustentabilidade. Essas
temáticas atuais podem ser integradas a uma proposta inovadora e emancipatória
de currículo.
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Educação para o Desenvolvimento Sustentável - Agenda 2030/ONU
São 17 objetivos da ONU para um planeta sustentável, igualitário e justo. Os
objetivos estão divididos nos 5 P’s : Pessoas, Prosperidade, Parceria, Paz e
Planeta.
Apesar da maioria das ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) tratar da
sustentabilidade, o principal eixo das ODS é a educação. Pois é através da
educação que os estudantes podem se apropriar e ter afeto pela natureza e
consequentemente, proteger o nosso planeta.
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5 Ações - “Ps”:
Pessoas: garantir que todos os seres
humanos possam realizar o seu
potencial em dignidade e igualdade, em
um ambiente saudável.
Planeta: proteger o planeta da
degradação, sobretudo por meio do
consumo e da produção sustentáveis,
bem como da gestão sustentável dos
seus recursos naturais.
Prosperidade: assegurar que todos os
seres humanos possam desfrutar de
uma vida próspera e de plena
realização pessoal.
Paz: promover sociedades pacíficas,
justas e inclusivas que estão livres do
medo e da violência.
Parceria: mobilizar os meios
necessários para implementar esta
Agenda por meio de uma Parceria
Global para o Desenvolvimento
Sustentável.
Os 17 objetivos são precisos e
propõem:
1. Erradicação da pobreza;
2. Fome zero e agricultura sustentável;
3. Saúde e bem-estar;
4. Educação de qualidade;
5. Igualdade de gênero;
6. Água potável e saneamento básico;
7. Energia Limpa e Acessível;
8. Trabalho decente e crescimento
econômico;
9. Indústria, inovação e infraestrutura;
10. Redução das desigualdades;
11. Cidades e comunidades
sustentáveis; 12. Consumo e produção
responsáveis;
13. Ação contra a mudança global do
clima; 14. Vida na água;
15. Vida terrestre;
16. Paz, justiça e instituições eficazes;
17. Parcerias e meios de
implementação.
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Ciclos de Aprendizagem
Ciclo de Alfabetização:
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(1º ao 3º ano) Priorizam-se os tempos e espaços escolares e as propostas
pedagógicas que possibilitam o aprendizado da leitura, da escrita e da alfabetização
matemática e científica, bem como a ampliação de relações sociais e afetivas nos
diferentes espaços vivenciados.
Ciclo Interdisciplinar:
(4º ao 6º ano) Tem a finalidade de integrar os saberes básicos constituídos no Ciclo
de Alfabetização, possibilitando um diálogo mais estreito entre as diferentes áreas
do conhecimento. Busca, dessa forma, garantir uma passagem mais tranquila do 5º
para o 6º ano, período que costuma impactar o desempenho e engajamento dos
estudantes.
Projeto de Docência Compartilhada: trabalho articulado entre professor
polivalente de 4º e 5º anos e professor especialista, preferencialmente de Língua
Portuguesa ou Matemática.
Interdisciplinaridade: garantir maior significado às aprendizagens, que rompem
com os limites da sala de aula tradicional, integram linguagens e proporcionam a
criação e apropriação de conhecimentos.
Ciclo Autoral
O Ciclo Autoral (7o ao 9o ano) destina-se aos adolescentes e tem como objetivo
ampliar os saberes dos estudantes de forma a permitir que compreendam melhor a
realidade na qual estão inseridos, explicitem as suas contradições e indiquem
possibilidades de superação.
(TCAs)- Trabalhos Colaborativos de Autoria - permite aos estudantes reconhecer
diferenças e participar efetivamente na construção de decisões e propostas visando
à transformação social e à construção de um mundo melhor. Tem como
características:
• Incentivar o papel ativo dos estudantes no currículo,
• Fomentar a investigação, leitura e problematização do mundo real,
• Transformar professores e estudantes em produtores de conhecimento, criando
oportunidades para que elaborem propostas e realizem intervenções sociais para
melhorar o meio em que vivem.
Obs: Para o concurso PEIF não interessa o Ciclo Autoral, pois irá ministrar
aulas até o ciclo interdisciplinar ( 5º ano).
Currículo da Cidade na Prática
Implementação do Currículo da Cidade
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Projeto Político-Pedagógico da Escola (PPP): É importante que a construção do
PPP estruture-se a partir de um processo contínuo e cumulativo de avaliação
interna da escola, conforme previsto na LDB (1996).
Formação de Professores: Cursos e estudos em JEIF.
Materiais Didáticos: Orientações Didáticas e Cadernos da Cidade.
Avaliação: a finalidade de coletar dados de desempenho dos estudantes e propor
ações que possam ajudar escolas, gestores e professores a enfrentar problemas
identificados.
Gestão Curricular: Sua execução depende de como as equipes gestora e docente
planejam, interpretam e desenvolvem a proposta curricular, levando em conta o
perfil de seus estudantes, a infraestrutura, os recursos e as condições existentes na
escola e no seu entorno social.
Ao planejar, é importante que todos:
Analisem os eixos estruturantes, os objetos de conhecimento e os objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento do seu componente curricular;
Identifiquem as possíveis integrações entre os objetivos de aprendizagem e
desenvolvimento do seu componente curricular e das diferentes áreas do
conhecimento;
Compreendam o papel que cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento
representa no conjunto das aprendizagens previstas para cada ano de escolaridade;
Avaliem os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento trabalhados em anos
anteriores, tanto para diagnosticar em que medida já foram alcançados pelos
estudantes, quanto para identificar como poderão contribuir para as aprendizagens
seguintes.
Criem as estratégias de ensino, definindo o que vão realizar, o que esperam que
seus estudantes façam e o tempo necessário para a execução das tarefas
propostas, lembrando que a diversidade de atividades enriquece o currículo;
Assegurem que o conjunto de atividades propostas componham um percurso
coerente,que permita aos estudantes construir todos os conhecimentos previstos
para aquele ano de escolaridade;
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Selecionem os materiais pedagógicos mais adequados para o trabalho com os
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, contemplando livros didáticos e
recursos digitais;
Envolvam os estudantes em momentos de reflexão, discussão e análise crítica,
para que também possam avaliar e contribuir com o seu próprio processo de
aprendizagem.
Registrem o próprio percurso e o do estudante e verifiquem quais objetivos ainda
não foram alcançados. ( Obs: palavra chave e também faz referência sobre o
tema da avaliação da autora Jussara Hoffmann).
Avaliação e Aprendizagem
Compreendemos a avaliação como um ato pedagógico, que subsidia as decisões
do professor, permite acompanhar a progressão das aprendizagens, compreender
de que forma se efetivam e propor reflexões sobre o próprio processo de ensino.
Prática de acompanhamento do trabalho de ensino:
Ciclo da Avaliação:
O planejamento da avaliação a partir de diferentes instrumentos avaliativos.
A avaliação só faz sentido se ela estiver vinculada à tomada de decisão.
O processo avaliativo engaja toda equipe gestora e docente com a aprendizagem
dos estudantes e com as decisões coletivas.
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Quando a instituição é pensada coletivamente a partir de diferentes dimensões, é
possível diagnosticar fragilidades e tomar decisões que
impliquem o compromisso de todos com as mudanças necessárias.
Organização Geral do Currículo da Cidade
Áreas do Conhecimento e Componentes Curriculares ( as disciplinas) e
Eixos:
Linguagens: Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Arte e Educação Física
Matemática: Matemática
Ciências da Natureza: Ciências Naturais
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Ciências Humanas: Geografia e História
Tecnologias para a aprendizagem: atuar com discernimento e responsabilidade,
aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para tomar decisões.
Eixos:
O que os professores precisam ensinar em cada ano do Ensino Fundamental ( tipo
os eixos temáticos da BNCC, considerando o ensino em espiral). São trabalhados
de forma articulada, com a finalidade de permitir que os estudantes tenham uma
visão mais ampla de cada componente curricular .
Objetos de Conhecimento:
O sujeito é o ser humano cognoscente, aquele que deseja conhecer, neste caso os
estudantes do Ensino Fundamental. Já o objeto (conteúdo) é a realidade ou as
coisas, fatos, fenômenos e processos que coexistem com o sujeito.
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:
Conjunto de saberes que os estudantes da Rede Municipal de Ensino devem
desenvolver ao longo do Ensino Fundamental.
No Currículo da Cidade, os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
orientam-se pela Educação Integral a partir da matriz de saberes e indicam o que os
estudantes devem alcançar a cada ano como resultado das experiências de ensino
e de aprendizagem intencionalmente previstas para esse fim.
Mapa mental
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Palavras chaves do Currículo do Ensino Fundamental:
● Estudantes
● Continuidade
● Relevância
● Colaboração
● Contemporaneidade
● Interdisciplinar
● Educação Integral
● Matriz de Saberes
● Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)
● Temas Inspiradores
● currículo inclusivo
● ciclos
● Eixos
● Objetos de Conhecimento
● Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento
● Gestão Curricular
● aprendizagem e desenvolvimento
● Registos
● Acompanhamento
● avaliação: DIAGNÓSTICA,CUMULATIVA e FORMATIVA
● Qualidade
CURRÍCULO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA A CIDADE DE SÃO PAULO
4 atividades fundamentais da língua:
● Escuta
● Fala
● Ler
● Escrever
O documento está organizado nos eixos: prática de leitura de textos, prática de
produção de textos escritos, prática de escuta e produção de textos orais e prática
de análise linguística/ multimodal. Sua unidade linguística básica (objeto de
ensino) é o Texto.
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Destaca-se ainda, neste documento curricular, a importância do trabalho com os
multiletramentos (múltiplas linguagens de texto) fundamentais para a efetiva
participação nas práticas sociais de linguagem contemporâneas, a presença e
especificidade dos textos multimodais – característicos também da cultura digital, e
o reconhecimento da interculturalidade, constitutiva das práticas sociais de
linguagem verbal da atualidade.
A língua não é estática, porém é imutável pelos fatores:
● A linguagem é a representação do pensamento, como espelho do mundo e
das pessoas. Na perspectiva dessa concepção, escrever seria representar o
que se pensa.
● A língua se transforma junto com a história da sociedade.
Por isso a alfabetização e o letramento não podem negar as práticas sociais.
Portanto a linguagem é fundamentalmente:
a. Histórica e social, porque é constituída no uso. Os sentidos da atividade verbal
são construídos num processo contínuo de interlocução entre sujeito que produz
discurso e sujeito que lê/escuta. Diante disso, a língua não é homogênea, uma vez
que o sujeito – produtor ou leitor/ ouvinte – não é fonte única do sentido, mas
compartilha seu espaço discursivo com o outro.
b. Ideológica, porque veicula, inevitavelmente, valores que regulam as relações
sociais.
c. Plurivalente, porque revela diferentes formas de significar a realidade, segundo a
perspectiva dos diferentes sujeitos que a empregam.
d. dialógica, porque todo enunciado, por sua natureza, relaciona-se com os
produzidos anteriormente e orienta-se para outros que serão formulados como
réplica desse.
A CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO
1ª vem o letramento, depois a alfabetização , mesmo sem conhecer suas regras, as
crianças devem ter contato com vários gêneros que ganham significado na escola.
A unidade linguística é o texto: acontece do oral para o escrito.
A psicogênese da língua escrita ( Ferreiro e Teberosky): São as etapas que o
estudante percorre na alfabetização ( hipóteses de escritas).
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A alfabetização como processo discursivo: A linguagem, concebida como forma
de interação entre os sujeitos, organiza também o processo de aprendizagem.
Dessa forma, a alfabetização insere-se em um espaço discursivo. Alfabetizar
precisa acontecer no processo discursivo. Produz linguagem verbal no processo de
alfabetização, mesmo que o estudante ainda não esteja alfabetizado. Isso é
possível por meio dos gêneros textuais.
Conceitos Importantes:
Texto: É o produto de uma atividade discursiva onde alguém diz algo a alguém.
Todo discurso resulta em um texto oral ou escrito – sua realidade material –
organizado, inevitavelmente, em gêneros.
Contexto de produção: Dependendo do contexto social e portador ( ex: jornal,
revista, livro, site, etc.) e pensado naquilo que se quer passar é quem será atingido
por aquela mensagem. Portanto os gêneros textuais fazem esse papel de
caracterizar os textos e discursos , as produções de acordo com os contextos.
Variedade linguística e preconceito: Uma língua está sujeita a muitas
modificações, especialmente devido a fatores históricos, culturais e sócio
geográficos. Assim, não podemos dizer que a língua falada hoje pelos paulistanos
seja idêntica à que se falava em 1920. Do mesmo modo, é diferente a forma de falar
dos cariocas, que não falam da mesma maneira que os gaúchos, ou os paulistanos,
ou os goianos ou pernambucanos.
Linguagem oral: Os discursos orais também se organizam em gêneros que são
típicos tanto das instâncias públicas (exposições e arguições em seminários,
mesas-redondas, debates, conferências, palestras, entre outros), quanto das
instâncias privadas (conversas à mesa do jantar, por exemplo).
Na perspectiva do, devem ser tomados como objeto de ensino na escola os gêneros
orais que se realizam nas instâncias públicas de linguagem.
Oralização e oralidade: O trabalho com a linguagem oral está sendo compreendido
a partir da tomada dos gêneros orais como objeto de aprendizagem, e não
oralização da linguagem escrita, ou oralidade de modo geral. Ler em voz alta um
conto de aventuras não se caracteriza como trabalho com a linguagem oral, da
mesma forma que declamar um poema. Em ambas as situações, trata-se de

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