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Luciola


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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
Lucíola
	Lúcia não disse mais palavra; parou no meio do aposento, defronte de mim.
	Era outra mulher.
	O rosto cândido e diáfano, que tanto me impressionou à doce claridade da lua, se transformara completamente: tinha agora uns toques ardentes e um fulgor estranho que o iluminava. Os lábios finos e delicados pareciam túmidos dos desejos que incubavam. Havia um abismo de sensualidade nas asas transparentes da narina que tremiam com o anélito do respiro curto e sibilante, e também nos fogos surdos que incendiavam a pupila negra.
	A suave fluidez do gesto meigo sucedeu a veemência e a energia dos movimentos. O talhe perdera a ligeira flexão que de ordinário o curvava, como uma haste delicada ao sopro das auras; e agora arqueava enfunando a rija carnação de um colo soberbo, e traindo as ondulações felinas num espreguiçamento voluptuoso.
	Às vezes um tremor espasmódico percorria-lhe todo o corpo, e as espáduas se conchegavam como se um frio de gelo a invadira de súbito; mas breve sucedia a reação, e o sangue abrasando-lhe as veias, dava à branca epiderme reflexos de nácar e às formas uma exuberância de seiva e de vida, que realçavam a radiante beleza.
	Era uma transfiguração completa.
	Enquanto a admirava, a sua mão ágil e sôfrega desfazia ou antes despedaçava os frágeis laços que prendiam-lhe as vestes. A mais leve resistência dobrava-se sobre si mesmo como uma cobra, e os dentes de pérola talhavam mais rápidos do que a tesoura o cadarço de seda que lhe opunha obstáculos. Até que o penteador de veludo voou pelos ares, as tranças luxuriosas dos cabelos negros rolaram pelos ombros arrufando ao contato a pele melindrosa, uma nuvem de rendas e cambraias abateu-se a seus pés, e eu vi aparecer aos meus olhos pasmos, nadando em ondas de luz, no esplendor de sua completa nudez, a mais formosa bacante que esmagara outrora com o pé lascivo as uvas de Corinto.
	Saí alucinado!
	Fora delírio, convulsão de prazer tão viva que, através do imenso deleite, traspassava-me uma sensação dolorosa, como se eu me revolvera no meio de um sono opiado, sobre um leito de espinhos. É que as carícias de Lúcia vinham impregnadas de uma irritabilidade que cauterizava. [...]
	De repente surgiu lívida, e estendeu-me a mão aberta. Ouvi uma palavra soluçada, voz opressa, que não entendi, mas adivinhei.
	Imagine qual revolução houve em mim; e a profunda indignação com que me precipitei sobre minha carteira para atirá-la à face dessa mulher. Mas ela reteve-me com a força sobre-humana que lhe davam as contrações nervosas.
	— Estava gracejando-me! Não é assim que me queria?
	E soltou uma gargalhada.
ALENCAR, J. Lucíola. SP: Melhoramentos, 2012. cap. IV. 
1. (Fmp) O romance Lucíola, de José de Alencar, relata cenas da vida de uma mulher que se tornou cortesã, no século XIX, premida por necessidades financeiras.
A passagem apresentada no texto revela a inserção dessa obra no conjunto do Romantismo brasileiro porque retrata 
a) o amor como o único meio de redimir todos os males, por meio da aproximação entre as personagens. 
b) a heroína romântica, idealizada, que se transforma em mulher fatal, em uma visão dicotômica entre o amor espiritual e o amor físico. 
c) o contexto de uma sociedade em transformação, que valoriza o dinheiro em detrimento dos sentimentos pessoais. 
d) a mulher associada a atitudes que revelam ambição e fragilidade de caráter, além de submissão ao elemento masculino. 
e) os amores impossíveis e as intrigas amorosas reveladoras dos preconceitos nas altas camadas sociais brasileiras. 
 
2. (Uem-pas) Sobre o romance Lucíola, de José de Alencar, assinale o que for correto. 
01) Paulo, natural do Rio de Janeiro e recém-chegado a Olinda, é convidado pelo Sr. Rocha para participar de uma festa religiosa. Na ocasião, é apresentado, por Sá, a Lúcia, moça ingênua, inocente e virtuosa, pela qual o narrador logo se apaixona. 
02) Trata-se de romance epistolar. Nele, Paulo, o narrador, envia cartas à Sra. G.M., nas quais confidencia pormenores do seu relacionamento com Lúcia, que, por necessidades financeiras, acaba por entrar nos caminhos da prostituição. 
04) Apesar de conhecer a história de vida de Lúcia e de testemunhar a sua volúpia de mulher sensual, Paulo a vê como heroína. Nesse romance urbano, essa perspectiva evidencia traços de idealização da mulher, característica recorrente na estética romântica. 
08) O romance é considerado um exemplar do empenho em criar uma literatura nacional, uma vez que consiste em uma representação da realidade brasileira de meados do século XIX, registrando, por meio de uma perspectiva crítica, costumes, valores e fatos históricos, como a epidemia de febre amarela. 
16) Lúcia, personagem plana, cujo nome verdadeiro é Ana da Glória, é atormentada pelo sentimento de culpa por ter se tornado cortesã, ainda que por força das circunstâncias. Não podendo oferecer um filho a Paulo, é abandonada por ele e só encontra alívio na morte (desfecho comum no Romantismo). 
 
3. (Upf) Sobre o romance Lucíola, de José de Alencar, apenas é incorreto afirmar que 
a) destaca-se, na narrativa, a oscilação de Lúcia entre dois polos opostos, a pureza e o vício. 
b) o amor de Paulo estimula em Lúcia, que fora prostituída em sua juventude, o desejo de regenerar-se e de cultivar os germes de virtude que conservara no coração. 
c) a castidade desenvolve-se na busca gradativa da simplicidade, do contato com a natureza e do afastamento, por parte da heroína, em relação ao luxo e à sofisticação. 
d) Lúcia é influenciada pelas normas vigentes, mesmo consciente das causas sociais da prostituição, assumindo-a como um erro seu e renunciando à paixão sensual. 
e) Paulo opõe-se frontalmente às convenções sociais e assume uma relação amorosa com a heroína, sem preocupar-se com sua própria reputação e com seu futuro profissional. 
 
4. (Ufsc) A lua vinha assomando pelo cimo das montanhas fronteiras; descobri nessa ocasião, a alguns passos de mim, uma linda moça, que parara um instante para contemplar no horizonte as nuvens brancas esgarçadas 1sobre 2o céu azul e estrelado. Admirei-lhe do primeiro olhar 3um talhe esbelto e de suprema elegância. O vestido que o moldava era cinzento com orlas de veludo castanho, e dava esquisito realce a 4um desses rostos suaves, puros e diáfanos que parecem vão desfazer-se ao menor sopro, como os tênues vapores da alvorada. Ressumbrava na sua 5muda contemplação 6doce melancolia, e não sei que laivos de tão ingênua castidade, que o meu olhar repousou calmo e sereno na mimosa aparição.
ALENCAR, José de. Lucíola. 4. ed. São Paulo: FTD, 1997, p. 14-15.
Com base na leitura e interpretação do texto, na leitura integral do romance Lucíola, de José de Alencar, publicado pela primeira vez em 1862, bem como no contexto sócio-histórico e literário, é correto afirmar que: 
01) pode-se perceber a idealização do par romântico do século XIX que se materializa com o casamento burguês: a jovem graciosa, meiga, contida e angelical, atributos da personagem Lúcia, e o rapaz belo, corajoso, forte e robusto, qualidades do personagem Paulo. 
02) no texto, a natureza e a beleza da mulher brasileira são exaltadas para registrar a permanência dos valores primordiais da literatura romântica, e a identidade nacional é valorizada em relação à estrangeira – a europeia. 
04) em “sobre o céu azul e estrelado” (ref. 1), “um talhe esbelto e de suprema elegância” (ref. 3), “um desses rostos suaves, puros e diáfanos” (ref. 4), a conjunção “e” relaciona termos que exercem a mesma função sintática na oração. 
08) o narrador do romance esboça em Lúcia um perfil de mulher burguesa da segunda metade do século XIX: diverte-se em bailes e festas, frequenta teatros, toca piano, lê romances de autores franceses e faz compras na Rua do Ouvidor. 
16) o texto retrata, com foco narrativo em primeira pessoa, uma personagem diante de um cenário externo; trata-se de uma descrição em linguagem puramente denotativa, objetiva, dinâmica, isenta de opiniões. 
32) o textoé rico em descrição, mesclando sensações e percepções, como se percebe em “céu azul e estrelado” (ref. 2), “muda contemplação” (ref. 5) e “doce melancolia” (ref. 6). 
64) a imagem de Maria da Glória apresentada no texto é mantida ao longo do romance, mesmo que ela tenha tido a oportunidade de se redimir de suas ações diante do jovem pernambucano. 
 
5. (Ita) Em uma passagem do romance Lucíola, de José de Alencar, Lúcia e Paulo vão a uma praia em Niterói, local onde ela passou a infância. Podemos afirmar que esta cena 
a) reforça a percepção de que, para o Romantismo, o amor não é possível no meio urbano, mas apenas no meio natural. 
b) acentua a diferença entre a violência urbana e a paz que reina no meio natural. 
c) mostra a praia como cenário perfeito para Lúcia contar a Paulo como foi obrigada a se prostituir. 
d) faz Lúcia voltar a ser criança por um momento, revelando que, apesar de se prostituir, mantém o caráter puro e ingênuo. 
e) é apenas um bom exemplo do gosto romântico pela natureza brasileira e pela cor local. 
 
6. (Upf) Leia as seguintes afirmações sobre Lucíola e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas.
( ) A narrativa é apresentada ao leitor como o resultado da iniciativa de uma senhora, que teria decidido reunir e publicar as cartas enviadas a ela por Paulo.
( ) O registro dos costumes burgueses, que é uma característica de outros livros de José de Alencar, não se faz presente nesse romance.
( ) Na obra, o autor aborda o tema da prostituição.
( ) Nas últimas páginas do livro, Lúcia conta a Paulo a história de seu passado e manifesta o desejo de voltar a ser chamada pelo seu nome de batismo, Maria.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 
a) V – V – F – V 
b) V – F – F – V 
c) F – F – V – V 
d) V – F – V – V 
e) V – V – F – F 
 
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 
TEXTO 1
 
	A primeira vez que vim ao Rio de Janeiro foi em 1855.
	Poucos dias depois da minha chegada, um amigo e companheiro de infância, o Dr. Sá, levou-me à festa da Glória; uma das poucas festas populares da corte. Conforme o costume, a grande romaria desfilando pela Rua da Lapa e ao longo do cais serpejava nas faldas do outeiro e apinhava-se em torno da poética ermida, cujo âmbito regurgitava com a multidão do povo.
	Era ave-maria quando chegamos ao adro; perdida a esperança de romper a mole de gente que murava cada uma das portas da igreja, nos resignamos a gozar da fresca viração que vinha do mar, contemplando o delicioso panorama da baía e admirando ou criticando as devotas que também tinham chegado tarde e pareciam satisfeitas com a exibição de seus adornos.
	Enquanto Sá era disputado pelos numerosos amigos e conhecidos, gozava eu da minha tranquila e independente obscuridade, sentado comodamente sobre a pequena muralha e resolvido a estabelecer ali o meu observatório. Para um provinciano lançado recém-lançado-chegado à corte, que melhor festa do que ver passar-lhe pelos olhos, à doce luz da tarde, uma parte da população desta grande cidade, com os seus vários matizes e infinitas gradações?
	Todas as raças, desde o caucasiano sem mescla até o africano puro; todas as posições, desde as ilustrações da política, da fortuna ou do talento, até o proletário humilde e desconhecido; todas as profissões, desde o banqueiro até o mendigo; finalmente, todos os tipos grotescos da sociedade brasileira, desde a arrogante nulidade até a vil lisonja, desfilaram em face de mim, roçando a seda e a casimira pela baeta ou pelo algodão, misturando os perfumes delicados às impuras exalações, o fumo aromático do havana às acres baforadas do cigarro de palha.
ALENCAR, José de. Lucíola. São Paulo: Editora Ática, 1988, p. 12.
TEXTO 2
	Quando a manhã chuvosa nasceu, as pessoas que passavam para o trabalho se aproximavam dos corpos para ver se eram conhecidos, seguiam em frente. Lá pelas nove horas, Cabeça de Nós Todo, que entrara de serviço às sete e trinta, foi ver o corpo do ladrão. Ao retirar o lençol de cima do cadáver, concluiu: "É bandido". O defunto tinha duas tatuagens, a do braço esquerdo era uma mulher de pernas abertas e olhos fechados, a do direito, são Jorge guerreiro. E, ainda, calçava chinelo Charlote, vestia calça boquinha, camiseta de linha colorida confeccionada por presidiários. Porém, quando apontou na extremidade direita da praça da Quadra Quinze, em seu coração de policial, nos passos que lhe apresentavam a imagem do corpo de Francisco, um nervosismo brando foi num crescente ininterrupto até virar desespero absoluto. O presunto era de um trabalhador. 
LINS, Paulo. Cidade de Deus. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 55-56.
 
7. (Pucrj) a) O romance "Lucíola", publicado em 1862, é considerado uma das mais importantes obras de José de Alencar. Cite TRÊS aspectos que marcam o estilo de época a que se filia o autor, tendo como referência o fragmento selecionado.
b) Os Textos 1 e 2 são narrativas urbanas que têm como cenário o Rio de Janeiro. Compare os trechos dos dois romances anteriormente transcritos, estabelecendo diferenças em relação à percepção da cidade e suas personagens e à linguagem utilizada pelos respectivos autores. 
 
8. (Ufrgs) Leia o texto abaixo.
No romance ............., de José de Alencar, uma ............ apaixona-se por um provinciano recém chegado ao Rio de Janeiro, experimentando, a partir daí, um processo gradativo de ............ .
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto acima. 
a) "Lucíola" - cortesã - purificação espiritual 
b) "A Pata da Gazela"- camponesa - degeneração física 
c) "Lucíola" - aristocrata - degradação moral 
d) "Senhora" - adolescente - enriquecimento material 
e) "Senhora"- adolescente - ascensão social 
 
Gabarito: 
Resposta da questão 1:
 [B]
No trecho, vemos a relação dicotômica entre a mulher idealizada e a mulher fatal: Lúcia é descrita com toda sua beleza e encantamento que causa no narrador, aproximando-se de um ideal de amor espiritual, ao mesmo tempo que se mostra, também, sedutora, o que a coloca no plano do amor físico. 
Resposta da questão 2:
 02 + 04 + 08 = 14.
[01] Incorreta: existe uma inversão em relação à origem e destino de Paulo: ele é natural de Olinda e chega no Rio de Janeiro. Além disso, Lúcia é uma prostituta que ele conhece pensando ser moça ingênua, inocente e virtuosa.
[16] Incorreta: seu nome verdadeiro é Maria da Glória. Além disso, Lúcia chega a engravidar, mas sofre um aborto e, depois, morre de infecção. 
Resposta da questão 3:
 [E]
A opção [E] é incorreta, pois Paulo oscila frequentemente entre sentimentos contraditórios relativamente à mulher amada: desejo carnal X enlevo espiritual, ofensa X perdão e liberdade X possessividade. Ou seja, por vezes vê Lucíola como uma prostituta refinada, outras como uma menina de quinze anos, pura e cândida, o que revela conflitos pessoais determinados pelo confronto com conceitos da sociedade burguesa da época. 
Resposta da questão 4:
 04 + 08 + 32 = 44.
[01] Incorreta: Lúcia era uma cortesã, o que a difere das outras personagens típicas idealizadas no romantismo. Além disso, o casamento não se concretiza, uma vez que a personagem morre.
[02] Incorreta: apesar de José de Alencar ter escrito uma obra em que a mulher brasileira é exaltada (Iracema), em Lucíola não vemos o mesmo movimento: a moça não é exaltada como exemplo da mulher brasileira, tampouco apresenta-se como símbolo de valorização da identidade nacional.
[16] Incorreta: a descrição da moça apresentada no trecho acima é bastante subjetiva, revelando as opiniões e sensações do narrador em 1a pessoa ao deparar-se com a “linda moça”.
[64] Incorreta: a redenção de Maria da Glória dá-se por meio da morte. 
Resposta da questão 5:
 [D]
[A] O amor romântico não só foi possível em um contexto urbano, como também, vale lembrar, o romance urbano foi um dos subgêneros mais populares das novelas românticas folhetinescas. 
[B] A idealização do campo ou da natureza em contraponto com o mundo urbano não aparecedessa maneira em Lucíola. Neste caso, a natureza faz referência à infância da personagem.
[C] A beleza do local fez a personagem lembrar-se de coisas boas e felizes. Seu presente era uma mácula que contrastava, de certo modo, com a bela paisagem. 
[D] CORRETA. Ao passear pela praia, Lúcia lembrou-se de sua inocência, de sua infância com sua família, quando todos ainda estavam saudáveis. Tal recordação fez com que se estabelecesse uma relação entre seu passado e o seu presente. No entanto, a lembrança de um passado ingênuo e infantil acaba por conferir-lhe um caráter de irremediável pureza. Mais um momento para a idealização da mulher amada, que pode vender o seu corpo, mas não seu coração.
[E] O gosto pela cor local ou pela paisagem brasileira faz parte das características dos romances regionalistas ou mesmo indianistas. Lucíola é um romance urbano. 
Resposta da questão 6:
 [D]
A segunda afirmação é incorreta, pois, em Lucíola, retrata-se a sociedade burguesa do Rio de Janeiro de meados do século XIX, com suntuosos bailes, belas mulheres e homens galantes, aparentemente, detentores de moral irrepreensível no convívio coletivo para esconder delicados segredos na intimidade. Todas as demais são corretas. 
Resposta da questão 7:
 a) O estilo de época é o Romantismo. Alguns aspectos desse estilo presentes no fragmento do texto em questão são a descrição minuciosa a visão subjetiva da realidade, alguns aspectos que marcam a vida em sociedade naquele momento histórico, a tensão entre a corte e a província.
b) José de Alencar idealiza as belezas naturais da cidade e as diferenças socioeconômicas entre seus habitantes, utiliza-se de um excessivo descritivismo, com predomínio de períodos longos e uso de adjetivação. Já Paulo Lins descreve de forma realista a cena urbana e seus conflitos socioculturais, faz uso de uma linguagem seca e econômica, com períodos curtos e com pouco uso de adjetivos. 
Resposta da questão 8:
 [A] 
Resumo das questões selecionadas nesta atividade
Data de elaboração:	09/05/2022 às 22:13
Nome do arquivo:	Lucíola
Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
Q/prova	Q/DB	Grau/Dif.	Matéria	Fonte	Tipo
 
1	203313	Média	Português	Fmp/2022	Múltipla escolha
 
2	199719	Média	Português	Uem-pas/2021	Somatória
 
3	184281	Média	Português	Upf/2019	Múltipla escolha
 
4	178052	Média	Português	Ufsc/2018	Somatória
 
5	129862	Média	Português	Ita/2014	Múltipla escolha
 
6	112819	Baixa	Português	Upf/2012	Múltipla escolha
 
7	77247	Não definida	Português	Pucrj/2008	Analítica
 
8	40756	Não definida	Português	Ufrgs/2000	Múltipla escolha
 
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