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1. DIVISÃO DA MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO Olá, turma! Sejam todos muito bem-vindos a essa disciplina super interessante que é Direito do Trabalho! Por aqui iremos estudar vários conteúdos que estão muito presentes em nosso dia a dia, e é por isso que muitos acabam se identificando com a disciplina e acabam elencando-a como uma das suas preferidas. Espero que você também goste! Esta também é uma disciplina de grande importância no exame de ordem, tanto na primeira como na segunda fase, juntos podemos gabaritar todas as questões e garantir um grande passo para sua aprovação. Vamos começar?! Bom, para iniciarmos, vamos dividir a matéria em quatro partes, são elas: A) Teoria geral do direito do trabalho: estuda histórico, denominação, conceito, autonomia, fontes e aplicação do DT, princípios e outros assuntos de caráter mais geral) B) Direito individual do trabalho: estuda o conceito de empregado, empregador, contrato de trabalho (inicio, alteração, suspensão, interrupção e cessação) e as regras que decorrem deste pacto, como remuneração, FGTS, aviso prévio, estabilidade e outras. C) Direito tutelar do trabalho: estuda as regras que visam proteger o trabalhador quanto à saúde e segurança no ambiente de trabalho, tais como: normas de segurança e medicina do trabalho, regras sobre jornada de trabalho, repouso do trabalhador, uso do Equipamento de Proteção Individual, intervalos para descanso, trabalho da mulher, trabalho da criança e do adolescente etc. Também estuda as regras que tratam da fiscalização do cumprimento destas obrigações pelo empregador. D) Direito coletivo do trabalho ou direito sindical: estuda as relações coletivas do Direito do Trabalho organização sindical, negociação coletiva, normas coletivas, greve etc. Aqui na ASCES UNITA, dividimos o estudo do direito material do trabalho em duas disciplinas: Direito do Trabalho I e Direito do Trabalho II. Desta forma, neste semestre, vamos iniciar o estudo de Direito do Trabalho I, que abrangerá os tópicos 1 e 2, ou seja: Teoria Geral do Direitos do Trabalho e Direito Individual do Trabalho. Entretanto, tem dois tópicos de direito individual do trabalho que iremos deixar para estudar em Direito do Trabalho II, que são: Remuneração e Férias, ok?! Prontinho, agora vamos começar nossos estudos!!! 2. INFORMES ● CHAMADA ● AVALIAÇÃO: DIAGNÓSTICA, PROGRESSIVA E SOMATIVA ● PROVAS ● SEGUNDA CHAMADA ● PROVA FINAL (TODO O ASSUNTO - PROVA ORAL) ● Bibliografia: minha biblioteca 1. TEORIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO VIDEO 1: A relação de trabalho no brasil https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0 VIDEO 2: RELACAO DE TRABALHO NO MUNDO: https://www.youtube.com/watch?v=rIcERYatrdo VIDEO 3: Documentário CLT 70 anos TST: https://www.youtube.com/watch?v=no-jzXChvdw Artigo indicado para leitura: O impacto do neoliberalismo no Direito do Trabalho: desregulamentação e retrocesso histórico. Disponível em : https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/614/r147-12.PDF 1.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0 https://www.youtube.com/watch?v=rIcERYatrdo https://www.youtube.com/watch?v=no-jzXChvdw https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/614/r147-12.PDF fonte: Carla Tereza Martins Romar O DIREITO DO TRABALHO É RESULTADO DA REAÇÃO CONTRA A EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES PELOS EMPREGADORES DIREITO DO TRABALHO É FRUTO DO CAPITALISMO (MAURÍCIO GODINHO DELGADO) NA REALIDADE, O DIREITO DO TRABALHO SURGE COM A SOCIEDADE INDUSTRIAL E O TRABALHO ASSALARIADO. A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INICIADA NO SÉCULO XVIII, FOI A PRINCIPAL RAZÃO ECONÔMICA QUE ACARRETOU O SURGIMENTO DO DIREITO DO TRABALHO, ONDE O TRABALHO ESCRAVO, SERVIL E CORPORATIVO FOI TROCADO PELO TRABALHO ASSALARIADO (GUSTAVO FILIPE BARBOSA GARCIA) Para compreender o presente e o futuro, precisamos entender o que ocorreu no passado, pois o trabalho passou por grandes transformações ao longo do tempo até chegar a formatação jurídica que hoje encontramos ao estudar o direito do trabalho: SOCIEDADE PRÉ-INDUSTRIAL Neste estudo, o que chamamos de sociedade pré industrial deve se entendida como aquela existente desde os primórdios até o final do século XVIII quando se inicia a Revolução industrial. a) CASTIGO (ANTIGUIDADE) Na sociedade pré-industrial (antiguidade), o trabalho, portanto, relacionava-se ao castigo, não era algo que dignificava o homem. Castigo-bíblia gênesis: após o pecado de Adão e Eva, de ter comido o fruto proibido, acarretou o castigo de Deus “em fadigas obterás o teu sustento”, “do suor do teu rosto obterás o teu sustento”. Trabalho escravo – o sujeito não tinha nenhum direito, apenas obrigação de trabalhar . Exemplo: processo de colonização do brasil pelos portugueses. Eles dominaram e escravizaram os índios e em seguida trouxeram escravos africanos Escravos = a coisa/mercadoria incapaz de adquirir direitos e obrigações Grécia – Platão e Aristóteles trabalho = força física desempenhado pelos escravos/ O trabalho não era um valor voltado a dar dignidade ao homem. Homens mais nobres exerciam outras atividades INTELECTUAIS como a política. Roma – trabalho realizado pelos escravos escravos = a coisas B) SERVIDÃO (FEUDALISMO) Servidão – Feudalismo: servos trabalhavam para os senhores feudais, trabalhando em suas terras e dando-lhes parte de suas produções, este senhores feudais davam em troca proteção militar e política. Embora os trabalhadores não fosse escravos no sentido exato da palavra, também não eram livres, pois estavam sujeitos as restrições impostas pelos senhores feudais (ex. Pagamento de altos impostos para uso das terras) C) CORPORAÇÕES DE OFÍCIO ( IDADE MÉDIA ) MESTRES/COMPANHEIROS/APRENDIZES Com o declínio da sociedade feudal, o comércio e outras atividades urbanas começaram a se desenvolver. Com isso, surgiram os artesãos profissionais, sendo que muitos deles eram os antigos servos, que tinham algum ofício e até então o praticavam exclusivamente para seus senhores. Os antigos servos se organizaram e começaram a criar as corporações de ofícios, cujo objetivo era regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades hierarquia: Mestres, companheiros/oficiais e aprendizes. Os trabalhadores passaram a ter liberdade, mas ainda não havia interesse de conferir proteção aos trabalhadores, o que gerava uma grande exploração dos trabalhadores. Havia, ainda, castigos corporais e jornadas muito longas, de até 18 horas ou até o por do sol, para que a escuridão não atrapalhasse a qualidade do trabalho. Não se respeitavam as limitações de mulheres e crianças e etc. mestres: donos das oficinas companheiros: trabalhadores livres que recebiam salários dos mestres aprendizes: pessoas a partir de 12 anos, ou menos, que recebiam dos mestres o ensino do ofício (as vezes os pais pagavam aos mestres para “ensinar” seus filhos) D) RENASCIMENTO - REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 - 1799) FIM DAS CORPORAÇÕES, POIS NÃO ERAM COMPATÍVEIS COM O IDEAL DE LIBERDADE DO HOMEM A constituição Francesa reconhece o primeiro dos direitos econômicos e sociais: direito ao trabalho, assim o Estado deveria garantir meios de subsistência aos desempregados. *No Brasil, somente com a Constituição de 1824 é que se põe fim as corporações, mas se observa a presença de trabalho escravo até a Lei Aurea, de 13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão no Brasil. SOCIEDADE INDUSTRIAL A) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX) Principal marco para a construção da relação empregatícia nos moldes atuais COMBINANDO LIBERDADE PESSOAL DO TRABALHADOR COM DIREÇÃO EMPRESARIAL DO EMPREENDEDOR O acúmulo de capitais pela burguesia permitiu investimentos na produção, que propiciaram o aperfeiçoamento das técnicas e a invenção e desenvolvimento de máquinas capazes de fabricar milhares de produtos em pouco tempo. As corporações de ofício perderam espaço para o sistema industrial. Há a substituição dos trabalhos manuais exercidos nas corporações pelo trabalho com uso das máquinas, assim, eram necessários os trabalhadores paraservir aos patrões detentores do meio de produção. Com o objetivo de ampliação dos mercados consumidores e de obtenção de uma lucratividade cada vez maior, os donos das fábricas queriam mais liberdade eco nômica e mão de obra barata para trabalhar nas fábricas. Pagava -se o menor salário possível, enquanto se explorava ao máximo a capacidade de trabalho dos operários. A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades, criando enormes concentrações urbanas Como havia alguns abusos/excessos por parte dos patrões que queriam o lucro máximo: ● ambientes insalubres, ● jornadas muito longas (até 80 horas semanais), ● baixos salários, ● o trabalhador dominava uma única etapa da produção, assim seu trabalho rendia mais (esgotamento físico e mental) ● exploração do trabalho das mulheres e crianças e pagamento de valores inferiores aos homens... Como forma de resistir tais explorações, os trabalhadores começaram a se organizar por meio de sindicatos e reivindicar melhores condições de trabalho! O Estado, pressionado, passa, então, a intervir nas relações de trabalho para assegurar o bem estar social, protegendo o trabalhador de forma jurídica e econômica (passa a existir normas mínimas de condições de trabalho para preservar a dignidade do homem trabalhador) No Brasil, podemos destacar como um marco da proteção trabalhista, o governo de Getúlio Vargas. "Trabalhadores do Brasil!" Era com esta frase que, a partir da época do Estado Novo, Getúlio iniciava os discursos. Na visão dos apoiadores de Getúlio, ele não ficou só no discurso. A orientação trabalhista do governo de Getúlio, que no ápice instituiu a: CLT com o salário-mínimo, limitação da jornada de trabalho, férias remuneradas, a proibição de demissão sem justa causa do empregado após 10 anos no emprego (caída em desuso, posteriormente, com o advento do FGTS em 1966), e o 13º salário instituído pelo seu seguidor João Goulart, fizeram das leis trabalhistas no Brasil, uma das mais protecionistas do mundo. Estas leis, quase todas em vigor até hoje, na visão dos apoiadores de Getúlio, são como um legado de proteção ao https://pt.wikipedia.org/wiki/Condi%C3%A7%C3%B5es_de_vida https://pt.wikipedia.org/wiki/CLT https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio-m%C3%ADnimo https://pt.wikipedia.org/wiki/FGTS https://pt.wikipedia.org/wiki/13%C2%BA_sal%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/13%C2%BA_sal%C3%A1rio trabalhador formal, aqueles que possuem a Carteira de Trabalho (CT), criada por Getúlio. *Obs.: Para Godinho e Gustavo Filipe Barbosa Garcia, o direito do trabalho é fenômeno típico do século XIX e das condições econômicas, sociais e jurídicas ali reunidas, que colocaram a relação de trabalho (livre, subordinado e assalariado) como núcleo motor do processo produtivo, por isto ele acha irrelevante o estudo do período anterior, onde prevalecia a forma servil de trabalho (ocorrido até a idade média e inicio da idade moderna). 1.2. FENÔMENO DO CONSTITUCIONALISMO SOCIAL APÓS A PRIMEIRA GUERRA O constitucionalismo social é o movimento que teve início em 1917, com a Constituição Mexicana, e que se caracteriza pela inserção de direitos trabalhistas e sociais fundamentais nos textos das Constituições dos países. A primeira constituição que dispôs sobre Direito do Trabalho foi a do México, em 1917, seguida pela da Alemanha, de Weimar, em 1919. No brasil, a primeira constituição a ter normas específicas de Direito do Trabalho foi a de 1934, também influenciada pelo constitucionalismo social e a política trabalhista de Getúlio Vargas. Em seguida, todas as outras Constituições trataram e ampliaram o tema. 1.3. CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT) – POR MEIO DO TRATADO DE VERSALHES EM 1919. Fator de grande importância para o avanço do constitucionalismo social foi, também em 1919, como parte do Tratado de Versalhes que terminou com a Primeira Guerra Mundial, a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), refletindo a convicção de que a justiça social é essencial para alcançar uma paz universal e permanente. No brasil, com a proliferação de leis de proteção ao trabalho e a instituição da OIT, houve a influência para que se firmassem as normas trabalhistas brasileiras. Os imigrantes influenciaram fortemente os movimentos operários, organizando os trabalhadores para reivindicar melhores condições de trabalho, portanto, começou a surgir a política trabalhista de Getúlio Vargas a partir de 1930, que trouxe: ● criação do ministério do trabalho (1930) https://pt.wikipedia.org/wiki/Carteira_de_Trabalho ● garantia do salário mínimo (1934), ● Constituição de 1934 tratando especificamente do direito do trabalho, ● criação da justiça do trabalho (1939), ● CLT (1943) e etc. 1.4. CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) – NA CONFERÊNCIA DE SÃO FRANCISCO, EM 1945, COM A APROVAÇÃO DA CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS ● Posteriormente, em 1945, consolidou-se a vinculação da OIT à ONU ● OIT – instituição especializada para as questões referentes à regulamentação internacional do trabalho. 1.5. CONCEITO/CARACTERIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO a) CONCEITO: “O Direito do Trabalho é um conjunto de princípios, regras e instituições próprias que regula as relações de emprego e outras situações semelhantes.” Fala-se em instituições próprias porque nós temos, por exemplo, o Ministério do Trabalho, Justiça do Trabalho, MPT etc. Em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro, decretou o fim do Ministério do trabalho e previdência social, cujas atribuições foram distribuídas entre três ministérios (Economia, Cidadania e Justiça). Isso põe em risco os avanços alcançados pela classe trabalhadora e fragiliza a fiscalização trabalhista. ● Ocorre que a MP 1.058/2021, estabeleceu o novo Ministério do Trabalho e Previdência Social → Avanço para os Trabalhadores!!!! Além das relações de emprego (regidas pela CLT), de forma geral, o DT também regula outras semelhantes, tais como os avulsos, os estagiários e etc. Com a reforma, a CLT passou, inclusive, a ter um dispositivo que trata do “ autônomo exclusivo” B) OBJETO: É essencialmente o Trabalho Subordinado que tem como sujeito de direito a espécie de trabalhador: Empregado (ou em situações análogas: trabalhador temporário e o empregado doméstico). Autônomo e avulso? o trabalhador autônomo e o avulso, não possuem subordinação, não são classificados como empregados, mas é estudado no direito do trabalho. Fonte: Carla Tereza Martins Romar c) FINALIDADE: Assegurar melhores condições de trabalho/ proteger a parte hipossuficiente da relação de emprego, ou seja, o Empregado (como por exemplo, assegurar um ambiente salubre, salario digno, repouso semanal remunerado, férias etc). d) FUNÇÕES: ● Tutelar: protege o trabalhador contra os abusos do poder econômico e contra a exploração do empregador. Busca, portanto, assegurar um equilíbrio entre as partes. ● Social : Por meio de suas regras e princípios busca assegurar o valor universal da dignidade da pessoa humana. ● Econômica: estabelecer os meios necessários para evitar a desestabilização econômica do sistema, garantindo precipuamente a renda do trabalhador. ● Integradora: o Direito do Trabalho deve integrar e coordenar os interesses sociais com os interesses econômicos (capital X trabalho) ● conservadora ou opressora do Estado — o Direito do Trabalho é expressão da força e da opressão do Estado, que se utiliza das leis para ofus car e sufocar os movimentos operários e para restringir a autonomia privada coletiva, impedindo ou dificultando as reivindicações dos trabalhadores. Direitos superiores as regras mínimas? Pode! a lei estabelece regras mínimas, mas as partes podem convencionar direitos superiores a este mínimo. (ex. A lei estabelece que a hora noturna deve ser pelo menos 20% a mais que a hora normal, mas a empresa poderá convencionar em pagar mais que este mínimo. A lei estabelece adicional de hora extra de no mínimo 50% da hora normal,mas a empresa pode conceder a maior) Com a reforma entendo que estes princípios ficaram prejudicados com a nova regra que em resumo é como se fosse um novo princípio de prevalência do negociado sobre o legislado. fonte: Carla Tereza Martins Romar 1.6. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO EM RELAÇÃO AOS DEMAIS RAMOS DO DIREITO a) autonomia do DT Possui princípios, regras e conceitos próprios que o diferencia dos demais ramos do direito. Exemplos: Princípio da irrenunciabilidade de direitos, Princípio da primazia da realidade, princípio da continuidade do CT, conceito de empregado, empregador, FGTS etc. Entretanto, a autonomia do DT não pode ser entendida como seu isolamento na ciência jurídica, pois assim como acontecem com os demais ramos do direito, eles se relacionam entre si, como por exemplo: ● Com direito constitucional: várias regras são previstas na CF, ex.: princípio da dignidade da pessoa humana. ● Com o direito ambiental: as regras de meio ambiente do trabalho se inserem nas regras de direito ambiental como um todo, integrando o rol de direitos humanos fundamentais, pois objetiva a dignidade da pessoa humana, valor supremo que revela o caráter único e insubstituível de cada ser humano” (Gustavo Filipe Barbosa Garcia) ● Com a seguridade social: especialmente a previdência social tem diversas repercussões no DT, como por exemplo nos casos de: acidentes de trabalho, aposentadorias, auxilio-doença, base de contribuição etc. Ex.: um benefício por incapacidade acidentário X previdenciário - tem reflexo direto na estabilidade/continuidade do recolhimento do FGTS etc. ● Com o direito Civil: o contrato de empego tem origem nos contratos de direito privado, podendo, inclusive, ter aplicação subsidiária no Direito do Trabalho. Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. § 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência) § 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) b) Desenvolvimento legal principais regras: art. 7º da CF e CLT Obs.: entretanto, existem legislações esparsas, tais como lei do FGTS (lei 8.036/90), do trabalhador temporário (lei 6.019/74), trabalhador rural (lei 5889/73), greve (lei 7783/89), EC 72/2013 domesticas, etc. Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; (Revogado) XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV - aposentadoria; (Revogado) XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalhonoturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) c) Autonomia jurisdicional: o DT possui um ramo específico do Poder Judiciário que trata dos pleitos trabalhistas Justiça do Trabalho (após a EC 45/2004, foi ampliada a competência da justiça do trabalho para abranger não apenas relações de emprego, mas as de trabalho, causas de empregados públicos celetistas, exercício direito de greve etc.) 1.7. POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA DO DIREITO DO TRABALHO: NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO NESTE PONTO, A DOUTRINA DIVERGE (PÚBLICO X PRIVADO) DEFENSORES DA TESE DE DIREITO PÚBLICO Fundamentando seu entendimento justamente no aspecto da irrenunciabilidade das normas do direito do trabalho, o Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra da Silva Martins Filho (2006:8) vê o direito do trabalho como ramo do direito público. Eis as suas palavras: “Não obstante regular o contrato de trabalho, firmado entre particulares, o Direito do Trabalho é ramo de Direito Público, em face da indisponibilidade da maior parte de suas normas, passíveis apenas de flexibilização através de negociação coletiva com o sindicato, uma vez que o trabalhador individual é a parte mais fraca no contrato, e o ordenamento jurídico trabalhista protege não apenas o trabalhador, mas o próprio bem-estar social como um todo.” DEFENSORES DA TESE DE DIREITO PRIVADO Abrindo a divergência, Amauri Mascaro Nascimento (2004:229) aloca o direito do trabalho como direito privado. Fundamenta seu entendimento na ideia de que o contrato de trabalho tem particulares como partícipes, sendo que estes agem na busca da do interesse próprio. Demais disso a origem histórica do direito do trabalho repousa na locação de serviços do direito civil. Para finalizar, a intervenção estatal não é capaz de desnaturar o direito do trabalho, sendo esta uma situação natural e também verificada ao longo do tempo em diversos âmbitos do direito privado, como o direito de família, o direito de sucessões, o direito comercial, etc. A existência de normas relacionadas à estruturação, funcionamento, competências e procedimentos do Ministério do Trabalho e Emprego não são capazes de retirar a natureza privatística do direito do trabalho, uma vez que são de caráter meramente instrumental, e em essência, de direito administrativo, tendo como fundo as relações de trabalho. Assim como Sérgio Pinto Martins (2004:59), o magistrado mineiro César Pereira Silva Machado Júnior (1999:35), citando Ruggiero com base em Caio Mário da Silva Pereira, alinha-se a este modo de pensar. São suas as seguintes palavras: “Através desse conceito, temos de definir a natureza de direito privado do direito do trabalho, já que visa a regulamentação do contrato de emprego, pactuado entre particulares; o empregado de um lado, e seu empregador de outro.” Para Gustavo Filipe Barbosa Garcia, o melhor entendimento é no sentido de ser direito privado, pois o instrumento central do direito do Trabalho é o contrato de trabalho que regula preponderantemente os interesses dos particulares (empregados e empregadores). fonte: Carla Tereza Martins Romar 1.7. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO A) FONTES MATERIAIS: são o complexo de fatores que ocasionam o surgimento da norma, compreendendo fatos e valores → antecedem a formação da norma/influenciam a criação da norma / busca do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social Exemplos pressões exercidas pelos trabalhadores que culminam com uma norma: 1. Revolução industrial Alguns trabalhadores utilizam uma pressão social, através da Greve, e às vezes conseguem reajuste de seus salários, condições mais favoráveis de trabalho etc. 2. Um fator social relacionado ao costume se transformou em lei, estamos falando do 13o salário, pois de tanto os empregadores pagarem uma gratificação natalina, depois ela foi transformada em norma (lei 4090/62). 3. Revolução industrial (principal marco da relação empregatícia nos moldes atuais, combinando liberdade do trabalhador e poder de direção do empregador). 4. reforma trabalhista – pressão dos empregadores (por exemplo a figura do trabalho intermitente) B) FONTES FORMAIS: As fontes formais do Direito do Trabalho são formas de exteriorização das normas jurídicas, que podem ser divididas em fontes de direito interno e em fontes de direito internacional. As fontes de direito interno, por sua vez, classificam- se em fontes heterônomas ou fontes autônomas, conforme a origem do comando normativo. As fontes heterônomas são as elaboradas por terceiros, alheios às partes da relação jurídica que regulam; o comando normativo vem de fora. Fontes autônomas são aquelas elaboradas pelos próprios destinatários da norma, ou seja, as partes da relação jurídica. FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS ● Constituição: Nos sistemas jurídicos em que a Constituição Federal é escrita e rígida, como é o caso do Brasil, esta é a principal fonte do Direito e, consequentemente, do Direito do Trabalho. Destacam-se os artigos 7º ao 11. ● Leis: Lei é o preceito comum e obrigatório, emanado dos poderes competentes e provido de sanção. Destaca-se, especialmente, a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT – Decreto Lei 6.425/1943) Enquadram- se no conceito genérico de lei como fonte do Direito do Trabalho tanto as leis complementares e as leis ordinárias como as leis delegadas (art. 68, CF) e as medidas provisórias (art. 62, CF). No caso de determinadas relações jurídicas serem reguladas por tratados internacionais (Convenções da OIT, por exemplo), estes são aplicáveis no país por meio de uma lei nacional que os incorpora ao próprio sistema legislativo, após o procedimento de ratificação. ● Atos Administrativos: Decretos e Regulamentos expedidos pelo Presidente da República que regulamentam a aplicação das leis (não podendo inovar no ordenamento jurídico). O art. 84, IV, da Constituição Federal prevê que compete privativamente ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos que permitam a fiel execução das leis. As Portarias, como regra, não constituem fontes formais do Direito, tendo em vista que obrigam apenas os funcionários a que se dirigem. No entanto, é possível que tais diplomas assumam caráter normativo, criando direitos e obrigações no âmbito trabalhista, como ocorre, por exemplo, em relação às questões de segurança e medicina do trabalho (Portaria MTE n. 3.214/78). ● Sentenças Normativas constitui a exteriorização do poder normativo da Justiça do Trabalho previsto no § 2o do art. 114 da Constituição Federal. São aquelas proferidas nos dissídios coletivos na justiça do Trabalho exercício do poder normativo da justiça do trabalho (uma vez publicada a sentença normativa, o empregado passa a ser titular da ação de cumprimento contra a empresa) ● Sentença Arbitral Sentença arbitral é a decisão tomada por um árbitro escolhido pelas partes para a solução de um conflito de interesses entre elas. A CF permite a solução “facultativa” de “conflitos coletivos” por meio de sentença arbitral (art. 114, §§ 1º e 2º) ● Jurisprudência (são as decisões reiteradas sobre as mesmas matérias – “conduta normativa uniforme adotada pelos tribunais em face de semelhantes situações fáticas”segundo Godinho). Sua inclusão entre as fontes formais é divergente na doutrina e na jurisprudência. Entendemos que é fonte do direito, a partir do que trata o artigo 8º da CLT. Destacando-se, contudo, que após a reforma, incluiu-se o parágrafo 2º que acabou por mitigar esta função: Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público. (...) § 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) ● Súmulas vinculantes do STF http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1 FONTES MATERIAIS AUTÔNOMAS * Usos e costumes (a conduta habitual do empregador que seja mais benéfica do que a previsão mínima contida na lei ou contrato, passa a ser obrigatória princípio da condição mais benéfica). Outrossim, o artigo 8º da CLT, prevê que os usos e costumes podem ser utilizados na falta de disposição legal ou contratual, ou seja, como forma de integração do ordenamento jurídico). * Regulamento de Empresa Sua inclusão entre as fontes formais é divergente na doutrina e na jurisprudência, os que defendem que ele nao é fonte formal do direito d trabalho afirmam que trata-se de um ato de vontade unilateral, pois as regras geralmente sao impostas pelos empregadores e os empregados cabe apenas aderir. súmula nº 51 do TST NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973) II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999) Reforma trabalhista!!! Nesta súmula devemos atentar ao item I, diante do que dispõe o artigo 611-A da CLT – que expõe sobre o acordado sobre o legislado. Para melhor vislumbre, vejamos o que dispõe o artigo 611-A, inciso VI da CLT: Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: VI – regulamento empresarial. Ou seja, a partir da reforma trabalhista é permitida uma alteração “in pejus” – prejudicial, do contrato de trabalho, pois o instrumento coletivo tem o poder de revogar, alterar ou suprimir qualquer vantagem que antes era prevista por regimento ou regulamento interno da empresa. Por consequência, o inciso I da Súmula 51 do TST deve ser cancelada, haja vista que dispõe exatamente o contrário. (fonte: consultor trabalhista.com) * Contrato de Trabalho (existe divergência na doutrina, alguns alegam que faltam os quesitos de generalidade e abstração. Para os que defendem, alegam que nele existem normas individuais e concretas, portanto, numa visão mais ampla, seria sim fonte formal) *Convenções e acordos coletivos de trabalho (onde as próprias partes resolvem seus conflitos, sem a intervenção do Estado.) No ACT temos sindicato dos trabalhadores + uma ou mais empresas/ Na CCT temos sindicato dos trabalhadores (categoria profissional) + sindicato dos empregadores (Categoria econômica). QUANTO À ORIGEM AS NORMAS PODEM SER: ESTATAIS: provenientes do Estado Ex. Constituição, Leis, sentenças normativas e etc) EXTRAESTATAIS: quando emanadas dos destinatários da norma e não do Estado Ex. Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção coletiva de Trabalho, Costumes etc. PROFISSIONAIS: são estabelecidas pelos empregadores e empregados Ex. ACT e CCT QUANTO A VONTADE DAS PESSOAS AS NORMAS PODEM SER: VOLUNTÁRIAS: dependem da vontade das partes para sua elaboração Ex. Contrato de trabalho , ACT e CCT. IMPERATIVAS: são alheias à vontade das partes Ex. Constituição, Leis, Decretos, etc. OBS.: Fontes suplementares imperativas – decisões das autoridades administrativas e judiciais usadas na ausência de disposições legais ou contratuais ART. 8, CLT *** Para alguns autores, não são fontes suplementares, são formas de integração da norma(Sergio Pinto Martins). HIERARQUIA ENTRE AS FONTES DO DIREITO Há hierarquia entre as normas quando a norma inferior possui fundamento de validade na norma superior. Exemplo: ● Existe hierarquia: a) Entre a Lei ordinária e a CF (leis ordinárias, complementares, delegada, MP todas são inferiores a CF, pois retiram destas o seu fundamento de validade); b) Entre os Decretos e as Leis (Decretos sao inferiores as leis pois possui seu fundamento de validade nas referidas leis, ou seja, ele regulamenta o que esta nao lei, nao pode inovar no ordenamento jurídico, por exemplo). ● NÃO existe hierarquia: Entre leis ordinárias, complementares, delegada, MP todas são inferiores, pois todas retiram seu fundamento de validade da CF e nao uma das outras. OBSERVAÇÕES: o ápice da pirâmide da hierarquia das normas trabalhistas não é a constituição, mas sim a norma mais favorável ao trabalhador!!! (esta regra acabou sendo flexibilizada com a reforma, vez que, em várias situações, prevalecerá o negociado sobre o legislado). como em cada área do direito, as normas de outros ramos só devem ser aplicadas após se atenderem os dispositivos imediatos, que são os do direito do trabalho. a legislação é fonte primordial do direito do trabalho, seguida dos costumes (Valentin Carrion)
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