Buscar

AULA 1 - Material de apoio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1. DIVISÃO DA MATÉRIA: DIREITO DO TRABALHO
Olá, turma!
Sejam todos muito bem-vindos a essa disciplina super interessante que é Direito do
Trabalho!
Por aqui iremos estudar vários conteúdos que estão muito presentes em nosso dia a
dia, e é por isso que muitos acabam se identificando com a disciplina e acabam
elencando-a como uma das suas preferidas. Espero que você também goste!
Esta também é uma disciplina de grande importância no exame de ordem, tanto na
primeira como na segunda fase, juntos podemos gabaritar todas as questões e
garantir um grande passo para sua aprovação.
Vamos começar?!
Bom, para iniciarmos, vamos dividir a matéria em quatro partes, são elas:
A) Teoria geral do direito do trabalho: estuda histórico, denominação, conceito,
autonomia, fontes e aplicação do DT, princípios e outros assuntos de caráter mais
geral)
B) Direito individual do trabalho: estuda o conceito de empregado, empregador,
contrato de trabalho (inicio, alteração, suspensão, interrupção e cessação) e as
regras que decorrem deste pacto, como remuneração, FGTS, aviso prévio,
estabilidade e outras.
C) Direito tutelar do trabalho: estuda as regras que visam proteger o trabalhador
quanto à saúde e segurança no ambiente de trabalho, tais como: normas de
segurança e medicina do trabalho, regras sobre jornada de trabalho, repouso do
trabalhador, uso do Equipamento de Proteção Individual, intervalos para descanso,
trabalho da mulher, trabalho da criança e do adolescente etc. Também estuda as
regras que tratam da fiscalização do cumprimento destas obrigações pelo
empregador.
D) Direito coletivo do trabalho ou direito sindical: estuda as relações coletivas do
Direito do Trabalho organização sindical, negociação coletiva, normas coletivas,
greve etc.
Aqui na ASCES UNITA, dividimos o estudo do direito material do trabalho em duas
disciplinas: Direito do Trabalho I e Direito do Trabalho II.
Desta forma, neste semestre, vamos iniciar o estudo de Direito do Trabalho I, que
abrangerá os tópicos 1 e 2, ou seja: Teoria Geral do Direitos do Trabalho e Direito
Individual do Trabalho. Entretanto, tem dois tópicos de direito individual do trabalho
que iremos deixar para estudar em Direito do
Trabalho II, que são: Remuneração e Férias, ok?!
Prontinho, agora vamos começar nossos estudos!!!
2. INFORMES
● CHAMADA
● AVALIAÇÃO: DIAGNÓSTICA, PROGRESSIVA E SOMATIVA
● PROVAS
● SEGUNDA CHAMADA
● PROVA FINAL (TODO O ASSUNTO - PROVA ORAL)
● Bibliografia: minha biblioteca
1. TEORIA GERAL DO DIREITO DO TRABALHO
VIDEO 1: A relação de trabalho no brasil
https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0
VIDEO 2: RELACAO DE TRABALHO NO MUNDO:
https://www.youtube.com/watch?v=rIcERYatrdo
VIDEO 3: Documentário CLT 70 anos TST:
https://www.youtube.com/watch?v=no-jzXChvdw
Artigo indicado para leitura: O impacto do neoliberalismo no Direito do Trabalho:
desregulamentação e retrocesso histórico. Disponível em :
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/614/r147-12.PDF
1.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
https://www.youtube.com/watch?v=GeKs6rjffA0
https://www.youtube.com/watch?v=rIcERYatrdo
https://www.youtube.com/watch?v=no-jzXChvdw
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/614/r147-12.PDF
fonte: Carla Tereza Martins Romar
O DIREITO DO TRABALHO É RESULTADO DA REAÇÃO CONTRA A
EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES PELOS EMPREGADORES DIREITO
DO TRABALHO É FRUTO DO CAPITALISMO (MAURÍCIO GODINHO DELGADO)
NA REALIDADE, O DIREITO DO TRABALHO SURGE COM A SOCIEDADE
INDUSTRIAL E O TRABALHO ASSALARIADO.
A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, INICIADA NO SÉCULO XVIII, FOI A PRINCIPAL
RAZÃO ECONÔMICA QUE ACARRETOU O SURGIMENTO DO DIREITO DO
TRABALHO, ONDE O TRABALHO ESCRAVO, SERVIL E CORPORATIVO FOI
TROCADO PELO TRABALHO ASSALARIADO (GUSTAVO FILIPE BARBOSA
GARCIA)
Para compreender o presente e o futuro, precisamos entender o que ocorreu no
passado, pois o trabalho passou por grandes transformações ao longo do tempo até
chegar a formatação jurídica que hoje encontramos ao estudar o direito do trabalho:
SOCIEDADE PRÉ-INDUSTRIAL
Neste estudo, o que chamamos de sociedade pré industrial deve se entendida
como aquela existente desde os primórdios até o final do século XVIII quando se
inicia a Revolução industrial.
a) CASTIGO (ANTIGUIDADE) Na sociedade pré-industrial (antiguidade), o
trabalho, portanto, relacionava-se ao castigo, não era algo que dignificava o
homem.
Castigo-bíblia gênesis: após o pecado de Adão e Eva, de ter comido o fruto
proibido, acarretou o castigo de Deus “em fadigas obterás o teu sustento”, “do
suor do teu rosto obterás o teu sustento”.
Trabalho escravo – o sujeito não tinha nenhum direito, apenas obrigação de
trabalhar .
Exemplo: processo de colonização do brasil pelos portugueses. Eles dominaram e
escravizaram os índios e em seguida trouxeram escravos africanos Escravos = a
coisa/mercadoria incapaz de adquirir direitos e obrigações
Grécia – Platão e Aristóteles trabalho = força física desempenhado pelos
escravos/ O trabalho não era um valor voltado a dar dignidade ao homem.
Homens mais nobres exerciam outras atividades INTELECTUAIS como a política.
Roma – trabalho realizado pelos escravos escravos = a coisas
B) SERVIDÃO (FEUDALISMO)
Servidão – Feudalismo: servos trabalhavam para os senhores feudais,
trabalhando em suas terras e dando-lhes parte de suas produções, este senhores
feudais davam em troca proteção militar e política.
Embora os trabalhadores não fosse escravos no sentido exato da palavra,
também não eram livres, pois estavam sujeitos as restrições impostas pelos
senhores feudais (ex. Pagamento de altos impostos para uso das terras)
C) CORPORAÇÕES DE OFÍCIO ( IDADE MÉDIA )
MESTRES/COMPANHEIROS/APRENDIZES
Com o declínio da sociedade feudal, o comércio e outras atividades urbanas
começaram a se desenvolver.
Com isso, surgiram os artesãos profissionais, sendo que muitos deles eram os
antigos servos, que tinham algum ofício e até então o praticavam exclusivamente
para seus senhores.
Os antigos servos se organizaram e começaram a criar as corporações de ofícios,
cujo objetivo era regulamentar o processo produtivo artesanal nas cidades
hierarquia: Mestres, companheiros/oficiais e aprendizes.
Os trabalhadores passaram a ter liberdade, mas ainda não havia interesse de
conferir proteção aos trabalhadores, o que gerava uma grande exploração dos
trabalhadores.
Havia, ainda, castigos corporais e jornadas muito longas, de até 18 horas ou até o
por do sol, para que a escuridão não atrapalhasse a qualidade do trabalho. Não se
respeitavam as limitações de mulheres e crianças e etc.
mestres: donos das oficinas
companheiros: trabalhadores livres que recebiam salários dos mestres
aprendizes: pessoas a partir de 12 anos, ou menos, que recebiam dos mestres o
ensino do ofício (as vezes os pais pagavam aos mestres para “ensinar” seus filhos)
D) RENASCIMENTO - REVOLUÇÃO FRANCESA (1789 - 1799) FIM DAS
CORPORAÇÕES, POIS NÃO ERAM COMPATÍVEIS COM O IDEAL DE
LIBERDADE DO HOMEM
A constituição Francesa reconhece o primeiro dos direitos econômicos e
sociais: direito ao trabalho, assim o Estado deveria garantir meios de subsistência
aos desempregados.
*No Brasil, somente com a Constituição de 1824 é que se põe fim as
corporações, mas se observa a presença de trabalho escravo até a Lei Aurea, de
13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão no Brasil.
SOCIEDADE INDUSTRIAL
A) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (ENTRE OS SÉCULOS XVIII E XIX)
Principal marco para a construção da relação empregatícia nos moldes atuais
COMBINANDO LIBERDADE PESSOAL DO TRABALHADOR COM DIREÇÃO
EMPRESARIAL DO EMPREENDEDOR
O acúmulo de capitais pela burguesia permitiu investimentos na produção, que
propiciaram o aperfeiçoamento das técnicas e a invenção e desenvolvimento de
máquinas capazes de fabricar milhares de produtos em pouco tempo.
As corporações de ofício perderam espaço para o sistema industrial. Há a
substituição dos trabalhos manuais exercidos nas corporações pelo trabalho
com uso das máquinas, assim, eram necessários os trabalhadores paraservir aos
patrões detentores do meio de produção.
Com o objetivo de ampliação dos mercados consumidores e de obtenção de uma
lucratividade cada vez maior, os donos das fábricas queriam mais liberdade eco 
nômica e mão de obra barata para trabalhar nas fábricas. Pagava -se o menor
salário possível, enquanto se explorava ao máximo a capacidade de trabalho
dos operários.
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador,
provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as
cidades, criando enormes concentrações urbanas
Como havia alguns abusos/excessos por parte dos patrões que queriam o lucro
máximo:
● ambientes insalubres,
● jornadas muito longas (até 80 horas semanais),
● baixos salários,
● o trabalhador dominava uma única etapa da produção, assim seu trabalho
rendia mais (esgotamento físico e mental)
● exploração do trabalho das mulheres e crianças e pagamento de valores
inferiores aos homens...
Como forma de resistir tais explorações, os trabalhadores começaram a se organizar
por meio de sindicatos e reivindicar melhores condições de trabalho!
O Estado, pressionado, passa, então, a intervir nas relações de trabalho para
assegurar o bem estar social, protegendo o trabalhador de forma jurídica e
econômica (passa a existir normas mínimas de condições de trabalho para
preservar a dignidade do homem trabalhador)
No Brasil, podemos destacar como um marco da proteção trabalhista, o governo de
Getúlio Vargas.
"Trabalhadores do Brasil!" Era com esta frase que, a partir da
época do Estado Novo, Getúlio iniciava os discursos. Na visão dos
apoiadores de Getúlio, ele não ficou só no discurso. A orientação
trabalhista do governo de Getúlio, que no ápice instituiu a: CLT com
o salário-mínimo, limitação da jornada de trabalho, férias
remuneradas, a proibição de demissão sem justa causa do
empregado após 10 anos no emprego (caída em desuso,
posteriormente, com o advento do FGTS em 1966), e o 13º
salário instituído pelo seu seguidor João Goulart, fizeram das
leis trabalhistas no Brasil, uma das mais protecionistas do
mundo. Estas leis, quase todas em vigor até hoje, na visão dos
apoiadores de Getúlio, são como um legado de proteção ao
https://pt.wikipedia.org/wiki/Condi%C3%A7%C3%B5es_de_vida
https://pt.wikipedia.org/wiki/CLT
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sal%C3%A1rio-m%C3%ADnimo
https://pt.wikipedia.org/wiki/FGTS
https://pt.wikipedia.org/wiki/13%C2%BA_sal%C3%A1rio
https://pt.wikipedia.org/wiki/13%C2%BA_sal%C3%A1rio
trabalhador formal, aqueles que possuem a Carteira de Trabalho
(CT), criada por Getúlio.
*Obs.: Para Godinho e Gustavo Filipe Barbosa Garcia, o direito do trabalho é
fenômeno típico do século XIX e das condições econômicas, sociais e
jurídicas ali reunidas, que colocaram a relação de trabalho (livre, subordinado e
assalariado) como núcleo motor do processo produtivo, por isto ele acha irrelevante
o estudo do período anterior, onde prevalecia a forma servil de trabalho (ocorrido até
a idade média e inicio da idade moderna).
1.2. FENÔMENO DO CONSTITUCIONALISMO SOCIAL APÓS A PRIMEIRA GUERRA
O constitucionalismo social é o movimento que teve início em 1917, com a
Constituição Mexicana, e que se caracteriza pela inserção de direitos
trabalhistas e sociais fundamentais nos textos das Constituições dos países.
A primeira constituição que dispôs sobre Direito do Trabalho foi a do México, em
1917, seguida pela da Alemanha, de Weimar, em 1919.
No brasil, a primeira constituição a ter normas específicas de Direito do Trabalho foi
a de 1934, também influenciada pelo constitucionalismo social e a política
trabalhista de Getúlio Vargas. Em seguida, todas as outras Constituições trataram
e ampliaram o tema.
1.3. CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT)
– POR MEIO DO TRATADO DE VERSALHES EM 1919.
Fator de grande importância para o avanço do constitucionalismo social foi,
também em 1919, como parte do Tratado de Versalhes que terminou com a
Primeira Guerra Mundial, a criação da Organização Internacional do Trabalho
(OIT), refletindo a convicção de que a justiça social é essencial para alcançar
uma paz universal e permanente.
No brasil, com a proliferação de leis de proteção ao trabalho e a instituição da OIT,
houve a influência para que se firmassem as normas trabalhistas brasileiras. Os
imigrantes influenciaram fortemente os movimentos operários, organizando os
trabalhadores para reivindicar melhores condições de trabalho, portanto, começou a
surgir a política trabalhista de Getúlio Vargas a partir de 1930, que trouxe:
● criação do ministério do trabalho (1930)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carteira_de_Trabalho
● garantia do salário mínimo (1934),
● Constituição de 1934 tratando especificamente do direito do trabalho,
● criação da justiça do trabalho (1939),
● CLT (1943) e etc.
1.4. CRIAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) – NA
CONFERÊNCIA DE SÃO FRANCISCO, EM 1945, COM A APROVAÇÃO DA
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
● Posteriormente, em 1945, consolidou-se a vinculação da OIT à ONU
● OIT – instituição especializada para as questões referentes à regulamentação
internacional do trabalho.
1.5. CONCEITO/CARACTERIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
a) CONCEITO: “O Direito do Trabalho é um conjunto de princípios, regras e instituições
próprias que regula as relações de emprego e outras situações semelhantes.”
Fala-se em instituições próprias porque nós temos, por exemplo, o Ministério do
Trabalho, Justiça do Trabalho, MPT etc.
Em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro, decretou o fim do Ministério do trabalho e
previdência social, cujas atribuições foram distribuídas entre três ministérios
(Economia, Cidadania e Justiça). Isso põe em risco os avanços alcançados pela classe
trabalhadora e fragiliza a fiscalização trabalhista.
● Ocorre que a MP 1.058/2021, estabeleceu o novo Ministério do Trabalho e
Previdência Social → Avanço para os Trabalhadores!!!!
Além das relações de emprego (regidas pela CLT), de forma geral, o DT também regula
outras semelhantes, tais como os avulsos, os estagiários e etc. Com a reforma, a CLT
passou, inclusive, a ter um dispositivo que trata do “ autônomo exclusivo”
B) OBJETO: É essencialmente o Trabalho Subordinado que tem como sujeito de
direito a espécie de trabalhador: Empregado (ou em situações análogas: trabalhador
temporário e o empregado doméstico).
Autônomo e avulso? o trabalhador autônomo e o avulso, não possuem subordinação,
não são classificados como empregados, mas é estudado no direito do trabalho.
Fonte: Carla Tereza Martins Romar
c) FINALIDADE: Assegurar melhores condições de trabalho/ proteger a parte
hipossuficiente da relação de emprego, ou seja, o Empregado (como por exemplo,
assegurar um ambiente salubre, salario digno, repouso semanal remunerado, férias
etc).
d) FUNÇÕES:
● Tutelar: protege o trabalhador contra os abusos do poder econômico e contra a
exploração do empregador. Busca, portanto, assegurar um equilíbrio entre as
partes.
● Social : Por meio de suas regras e princípios busca assegurar o valor universal
da dignidade da pessoa humana.
● Econômica: estabelecer os meios necessários para evitar a desestabilização
econômica do sistema, garantindo precipuamente a renda do trabalhador.
● Integradora: o Direito do Trabalho deve integrar e coordenar os interesses
sociais com os interesses econômicos (capital X trabalho)
● conservadora ou opressora do Estado — o Direito do Trabalho é expressão da
força e da opressão do Estado, que se utiliza das leis para ofus car e sufocar os
movimentos operários e para restringir a autonomia privada coletiva, impedindo
ou dificultando as reivindicações dos trabalhadores.
Direitos superiores as regras mínimas? Pode! a lei estabelece regras mínimas, mas
as partes podem convencionar direitos superiores a este mínimo. (ex. A lei estabelece
que a hora noturna deve ser pelo menos 20% a mais que a hora normal, mas a
empresa poderá convencionar em pagar mais que este mínimo.
A lei estabelece adicional de hora extra de no mínimo 50% da hora normal,mas a
empresa pode conceder a maior)
Com a reforma entendo que estes princípios ficaram prejudicados com a nova regra que
em resumo é como se fosse um novo princípio de prevalência do negociado sobre o
legislado.
fonte: Carla Tereza Martins Romar
1.6. AUTONOMIA DO DIREITO DO TRABALHO EM RELAÇÃO AOS
DEMAIS RAMOS DO DIREITO
a) autonomia do DT Possui princípios, regras e conceitos próprios que o
diferencia dos demais ramos do direito.
Exemplos: Princípio da irrenunciabilidade de direitos, Princípio da primazia da
realidade, princípio da continuidade do CT, conceito de empregado, empregador,
FGTS etc.
Entretanto, a autonomia do DT não pode ser entendida como seu
isolamento na ciência jurídica, pois assim como acontecem com os demais ramos
do direito, eles se relacionam entre si, como por exemplo:
● Com direito constitucional: várias regras são previstas na CF, ex.: princípio
da dignidade da pessoa humana.
● Com o direito ambiental: as regras de meio ambiente do trabalho se inserem
nas regras de direito ambiental como um todo, integrando o rol de direitos
humanos fundamentais, pois objetiva a dignidade da pessoa humana, valor
supremo que revela o caráter único e insubstituível de cada ser humano”
(Gustavo Filipe Barbosa Garcia)
● Com a seguridade social: especialmente a previdência social tem diversas
repercussões no DT, como por exemplo nos casos de: acidentes de trabalho,
aposentadorias, auxilio-doença, base de contribuição etc. Ex.: um benefício
por incapacidade acidentário X previdenciário - tem reflexo direto na
estabilidade/continuidade do recolhimento do FGTS etc.
● Com o direito Civil: o contrato de empego tem origem nos contratos de
direito privado, podendo, inclusive, ter aplicação subsidiária no Direito do
Trabalho.
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,
pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e
normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e,
ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular
prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do
trabalho. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de
2017) (Vigência)
§ 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo
Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do
Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6
criar obrigações que não estejam previstas em lei. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017) (Vigência)
§ 3o No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos
elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto
no art. 104 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e
balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na
autonomia da vontade coletiva. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017) 
b) Desenvolvimento legal principais regras: art. 7º da CF e CLT
Obs.: entretanto, existem legislações esparsas, tais como lei do FGTS (lei 8.036/90),
do trabalhador temporário (lei 6.019/74), trabalhador rural (lei 5889/73), greve (lei
7783/89), EC 72/2013 domesticas, etc.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem
justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de
atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com
moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para
qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo
coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no
valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art104
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção
dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa,
conforme definido em lei;
(Revogado)
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de
baixa renda nos termos da lei; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a
redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
(Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a
mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a
duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos
específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de
trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres
ou perigosas, na forma da lei;
XXIV - aposentadoria;
(Revogado)
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento
até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador,
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho,
com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e
rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e
critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalhonoturno, perigoso ou insalubre a menores
de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
empregatício permanente e o trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores
domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI,
XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as
condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do
cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias,
decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos
incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à
previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de
2013)
c) Autonomia jurisdicional: o DT possui um ramo específico do Poder Judiciário
que trata dos pleitos trabalhistas Justiça do Trabalho (após a EC 45/2004, foi
ampliada a competência da justiça do trabalho para abranger não apenas relações
de emprego, mas as de trabalho, causas de empregados públicos celetistas,
exercício direito de greve etc.)
1.7. POSIÇÃO ENCICLOPÉDICA DO DIREITO DO TRABALHO:
NATUREZA JURÍDICA DO DIREITO DO TRABALHO
NESTE PONTO, A DOUTRINA DIVERGE (PÚBLICO X PRIVADO)
DEFENSORES DA TESE DE DIREITO PÚBLICO
Fundamentando seu entendimento justamente no aspecto da
irrenunciabilidade das normas do direito do trabalho, o Ministro do Tribunal
Superior do Trabalho, Ives Gandra da Silva Martins Filho (2006:8) vê o direito do
trabalho como ramo do direito público. Eis as suas palavras:
“Não obstante regular o contrato de trabalho, firmado entre
particulares, o Direito do Trabalho é ramo de Direito Público,
em face da indisponibilidade da maior parte de suas normas,
passíveis apenas de flexibilização através de negociação
coletiva com o sindicato, uma vez que o trabalhador individual
é a parte mais fraca no contrato, e o ordenamento jurídico
trabalhista protege não apenas o trabalhador, mas o próprio
bem-estar social como um todo.”
DEFENSORES DA TESE DE DIREITO PRIVADO
Abrindo a divergência, Amauri Mascaro Nascimento (2004:229)
aloca o direito do trabalho como direito privado. Fundamenta seu
entendimento na ideia de que o contrato de trabalho tem particulares como
partícipes, sendo que estes agem na busca da do interesse próprio. Demais
disso a origem histórica do direito do trabalho repousa na locação de
serviços do direito civil.
Para finalizar, a intervenção estatal não é capaz de desnaturar o direito
do trabalho, sendo esta uma situação natural e também verificada ao longo
do tempo em diversos âmbitos do direito privado, como o direito de família, o
direito de sucessões, o direito comercial, etc.
A existência de normas relacionadas à estruturação, funcionamento,
competências e procedimentos do Ministério do Trabalho e Emprego não são
capazes de retirar a natureza privatística do direito do trabalho, uma vez que
são de caráter meramente instrumental, e em essência, de direito
administrativo, tendo como fundo as relações de trabalho.
Assim como Sérgio Pinto Martins (2004:59), o magistrado mineiro
César Pereira Silva Machado Júnior (1999:35), citando Ruggiero com base
em Caio Mário da Silva Pereira, alinha-se a este modo de pensar. São suas
as seguintes palavras:
“Através desse conceito, temos de definir a natureza de
direito privado do direito do trabalho, já que visa a
regulamentação do contrato de emprego, pactuado entre
particulares; o empregado de um lado, e seu empregador de
outro.”
Para Gustavo Filipe Barbosa Garcia, o melhor entendimento é no sentido de ser
direito privado, pois o instrumento central do direito do Trabalho é o contrato
de trabalho que regula preponderantemente os interesses dos particulares
(empregados e empregadores).
fonte: Carla Tereza Martins Romar
1.7. FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
A) FONTES MATERIAIS: são o complexo de fatores que ocasionam o surgimento da
norma, compreendendo fatos e valores → antecedem a formação da
norma/influenciam a criação da norma / busca do equilíbrio entre o
desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social
Exemplos pressões exercidas pelos trabalhadores que culminam com uma norma:
1. Revolução industrial Alguns trabalhadores utilizam uma pressão social,
através da Greve, e às vezes conseguem reajuste de seus salários, condições mais
favoráveis de trabalho etc.
2. Um fator social relacionado ao costume se transformou em lei, estamos falando
do 13o salário, pois de tanto os empregadores pagarem uma gratificação natalina,
depois ela foi transformada em norma (lei 4090/62).
3. Revolução industrial (principal marco da relação empregatícia nos moldes
atuais, combinando liberdade do trabalhador e poder de direção do empregador).
4. reforma trabalhista – pressão dos empregadores (por exemplo a figura do
trabalho intermitente)
B) FONTES FORMAIS: As fontes formais do Direito do Trabalho são formas de
exteriorização das normas jurídicas, que podem ser divididas em fontes de
direito interno e em fontes de direito internacional.
As fontes de direito interno, por sua vez, classificam- se em fontes heterônomas ou
fontes autônomas, conforme a origem do comando normativo.
As fontes heterônomas são as elaboradas por terceiros, alheios às partes da
relação jurídica que regulam; o comando normativo vem de fora.
Fontes autônomas são aquelas elaboradas pelos próprios destinatários da norma,
ou seja, as partes da relação jurídica.
FONTES FORMAIS HETERÔNOMAS
● Constituição: Nos sistemas jurídicos em que a Constituição Federal é
escrita e rígida, como é o caso do Brasil, esta é a principal fonte do Direito e,
consequentemente, do Direito do Trabalho. Destacam-se os artigos 7º ao 11.
● Leis: Lei é o preceito comum e obrigatório, emanado dos poderes
competentes e provido de sanção. Destaca-se, especialmente, a
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT – Decreto Lei 6.425/1943)
Enquadram- se no conceito genérico de lei como fonte do Direito do Trabalho
tanto as leis complementares e as leis ordinárias como as leis delegadas
(art. 68, CF) e as medidas provisórias (art. 62, CF).
No caso de determinadas relações jurídicas serem reguladas por tratados
internacionais (Convenções da OIT, por exemplo), estes são aplicáveis no
país por meio de uma lei nacional que os incorpora ao próprio sistema
legislativo, após o procedimento de ratificação.
● Atos Administrativos: Decretos e Regulamentos expedidos pelo Presidente
da República que regulamentam a aplicação das leis (não podendo inovar
no ordenamento jurídico).
O art. 84, IV, da Constituição Federal prevê que compete privativamente
ao Presidente da República expedir decretos e regulamentos que permitam
a fiel execução das leis.
As Portarias, como regra, não constituem fontes formais do Direito,
tendo em vista que obrigam apenas os funcionários a que se dirigem. No
entanto, é possível que tais diplomas assumam caráter normativo, criando
direitos e obrigações no âmbito trabalhista, como ocorre, por exemplo, em
relação às questões de segurança e medicina do trabalho (Portaria MTE n.
3.214/78).
● Sentenças Normativas constitui a exteriorização do poder normativo da
Justiça do Trabalho previsto no § 2o do art. 114 da Constituição Federal.
São aquelas proferidas nos dissídios coletivos na justiça do Trabalho
exercício do poder normativo da justiça do trabalho (uma vez publicada a
sentença normativa, o empregado passa a ser titular da ação de
cumprimento contra a empresa)
● Sentença Arbitral Sentença arbitral é a decisão tomada por um árbitro
escolhido pelas partes para a solução de um conflito de interesses entre
elas. A CF permite a solução “facultativa” de “conflitos coletivos” por meio
de sentença arbitral (art. 114, §§ 1º e 2º)
● Jurisprudência (são as decisões reiteradas sobre as mesmas matérias –
“conduta normativa uniforme adotada pelos tribunais em face de
semelhantes situações fáticas”segundo Godinho).
Sua inclusão entre as fontes formais é divergente na doutrina e na
jurisprudência. Entendemos que é fonte do direito, a partir do que trata o
artigo 8º da CLT. Destacando-se, contudo, que após a reforma, incluiu-se o
parágrafo 2º que acabou por mitigar esta função:
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na
falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,
pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e
normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e,
ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas
sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular
prevaleça sobre o interesse público.
(...)
§ 2o Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo
Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do
Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos
nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. 
 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
● Súmulas vinculantes do STF
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13467.htm#art1
FONTES MATERIAIS AUTÔNOMAS
* Usos e costumes (a conduta habitual do empregador que seja mais
benéfica do que a previsão mínima contida na lei ou contrato, passa a ser
obrigatória princípio da condição mais benéfica). Outrossim, o artigo 8º da
CLT, prevê que os usos e costumes podem ser utilizados na falta de
disposição legal ou contratual, ou seja, como forma de integração do
ordenamento jurídico).
* Regulamento de Empresa
Sua inclusão entre as fontes formais é divergente na doutrina e na
jurisprudência, os que defendem que ele nao é fonte formal do direito d
trabalho afirmam que trata-se de um ato de vontade unilateral, pois as
regras geralmente sao impostas pelos empregadores e os empregados cabe
apenas aderir.
súmula nº 51 do TST
NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPÇÃO PELO NOVO
REGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientação
Jurisprudencial nº 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e
25.04.2005
I - As cláusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens
deferidas anteriormente, só atingirão os trabalhadores admitidos após a
revogação ou alteração do regulamento. (ex-Súmula nº 51 - RA 41/1973,
DJ 14.06.1973)
II - Havendo a coexistência de dois regulamentos da empresa, a opção do
empregado por um deles tem efeito jurídico de renúncia às regras do sistema do
outro. (ex-OJ nº 163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)
Reforma trabalhista!!!
Nesta súmula devemos atentar ao item I, diante do que dispõe o artigo
611-A da CLT – que expõe sobre o acordado sobre o legislado.
Para melhor vislumbre, vejamos o que dispõe o artigo 611-A, inciso VI da
CLT:
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm
prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
VI – regulamento empresarial.
Ou seja, a partir da reforma trabalhista é permitida uma alteração “in
pejus” – prejudicial, do contrato de trabalho, pois o instrumento coletivo
tem o poder de revogar, alterar ou suprimir qualquer vantagem que antes
era prevista por regimento ou regulamento interno da empresa.
Por consequência, o inciso I da Súmula 51 do TST deve ser cancelada,
haja vista que dispõe exatamente o contrário.
(fonte: consultor trabalhista.com)
* Contrato de Trabalho (existe divergência na doutrina, alguns alegam que
faltam os quesitos de generalidade e abstração. Para os que defendem,
alegam que nele existem normas individuais e concretas, portanto, numa
visão mais ampla, seria sim fonte formal)
*Convenções e acordos coletivos de trabalho (onde as próprias partes
resolvem seus conflitos, sem a intervenção do Estado.)
No ACT temos sindicato dos trabalhadores + uma ou mais empresas/ Na
CCT temos sindicato dos trabalhadores (categoria profissional) + sindicato
dos empregadores (Categoria econômica).
QUANTO À ORIGEM AS NORMAS PODEM SER:
ESTATAIS: provenientes do Estado
Ex. Constituição, Leis, sentenças normativas e etc)
EXTRAESTATAIS: quando emanadas dos destinatários da norma e não do Estado
Ex. Acordo Coletivo de Trabalho, Convenção coletiva de Trabalho, Costumes etc.
PROFISSIONAIS: são estabelecidas pelos empregadores e empregados
Ex. ACT e CCT
QUANTO A VONTADE DAS PESSOAS AS NORMAS PODEM SER:
VOLUNTÁRIAS: dependem da vontade das partes para sua elaboração
Ex. Contrato de trabalho , ACT e CCT.
IMPERATIVAS: são alheias à vontade das partes
Ex. Constituição, Leis, Decretos, etc.
OBS.: Fontes suplementares imperativas – decisões das autoridades
administrativas e judiciais usadas na ausência de disposições legais ou contratuais
ART. 8, CLT
*** Para alguns autores, não são fontes suplementares, são formas de integração da
norma(Sergio Pinto Martins).
HIERARQUIA ENTRE AS FONTES DO DIREITO
Há hierarquia entre as normas quando a norma inferior possui fundamento de
validade na norma superior.
Exemplo:
● Existe hierarquia:
a) Entre a Lei ordinária e a CF (leis ordinárias, complementares, delegada, MP
todas são inferiores a CF, pois retiram destas o seu fundamento de validade);
b) Entre os Decretos e as Leis (Decretos sao inferiores as leis pois possui seu
fundamento de validade nas referidas leis, ou seja, ele regulamenta o que esta
nao lei, nao pode inovar no ordenamento jurídico, por exemplo).
● NÃO existe hierarquia:
Entre leis ordinárias, complementares, delegada, MP todas são inferiores, pois
todas retiram seu fundamento de validade da CF e nao uma das outras.
OBSERVAÇÕES:
o ápice da pirâmide da hierarquia das normas trabalhistas não é a constituição,
mas sim a norma mais favorável ao trabalhador!!! (esta regra acabou sendo
flexibilizada com a reforma, vez que, em várias situações, prevalecerá o negociado
sobre o legislado).
como em cada área do direito, as normas de outros ramos só devem ser aplicadas
após se atenderem os dispositivos imediatos, que são os do direito do trabalho.
a legislação é fonte primordial do direito do trabalho, seguida dos costumes
(Valentin Carrion)

Continue navegando

Outros materiais