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LÍNGUA PORTUGUESA _ NOÇÕES GRAMATICAIS - MODULO 2

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Gestão e Desenvolvimento de Pessoas
LÍNGUA 
PORTUGUESA: 
NOÇÕES 
GRAMATICAIS
CURSO EAD | 40H
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Sumário
 Apresentação......................................................................................................................................3
Objetivo...............................................................................................................................................3
 Pontuação...........................................................................................................................................5
Revisão.............................................................................................................................................5
Sinais de Pontuação.........................................................................................................................6
A Pontuação e o Entendimento do Texto.........................................................................................9
Sinais de Pontuação – Parte 1..........................................................................................................12
Vírgula...........................................................................................................................................12
Ponto e vírgula...............................................................................................................................21
Ponto..............................................................................................................................................23
Ponto de Interrogação....................................................................................................................25
Ponto de exclamação.....................................................................................................................27
Reticências.....................................................................................................................................29
Sinais de Pontuação – parte 2..........................................................................................................31
Dois-pontos....................................................................................................................................31
Aspas simples e Aspas duplas........................................................................................................35
Travessão.......................................................................................................................................38
Parênteses.......................................................................................................................................42
Colchetes........................................................................................................................................43
Chave aberta e fechada..................................................................................................................45
 Barra oblíqua [/]............................................................................................................................47
Parágrafo [§]..................................................................................................................................47
Alínea [a)]......................................................................................................................................48
Uso da Crase – parte 1.....................................................................................................................48
Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório.................................................................................50
Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo.................................................................................52
Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial..........................................................................54
Casos em Que Não Existe o Uso da Crase....................................................................................58
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................63
2
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Apresentação
Esta aula refere-se ao estudo da Pontuação e da Crase. Este conteúdo
faz-se mister para o aluno, no momento da construção de textos, haja vista
ser impossível a compreensão de um material escrito que esteja desprovido,
totalmente, de pontuação.
Já no que concerne ao uso da crase, o que se faz interessante é que o
aluno aprenda de fato quando utilizar o acento grave (`) para marcar que
houve um procedimento de crase na escrita, ou seja, a contração de dois
fonemas /a/.
Objetivo
Levantar informações necessárias e conhecer o roteiro de elaboração de
projetos sociais que atendam de forma efetiva às necessidades do cidadão.
Por meio das aulas sobre pontuação, você deverá estar apto a:
Identificar problemas de pontuação em um texto;
Produzir textos fazendo uso das regras de pontuação previstas na
gramática;
Associar alguns sinais de pontuação às suas principais funções;
3
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Reconhecer a importância da pontuação num texto escrito;
Comparar os resultados obtidos a partir da marcação de pausas com a
pontuação de um excerto textual;
Refletir sobre as relações que os sinais de pontuação estabelecem com
a leitura oral;
Conhecer alguns sinais de pontuação;
Identificar os sinais de pontuação e sua função no texto;
Desenvolver a interpretação e a leitura.
Por meio das aulas sobre crase, você deverá ser:
Compreender o processo de formação da crase;
Identificar situações em que haja contração de dois fonemas /a/,
tornando-se necessário, assim, utilizar o acento grave para marcar tal
manifestação;
Utilizar o acento grave para marcar a presença da crase.
Olá, Bem-vindo a mais um Modulo do Curso Língua Portuguesa:
Noções Gramaticais, bom estudo!
4
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Pontuação
OBJETIVO: O objetivo desta aula é apresentar-lhe as mais variadas
estratégias para a composição de textos, ao utilizar a norma culta da língua
portuguesa, por meio dos mais variados mecanismos de pontuação e
também apresentar estratégias para a composição de textos ao utilizar a
norma culta da língua portuguesa, por meio de mecanismos de pontuação.
Revisão
Leia a tira abaixo:
Figura 1: Tira
Fonte: https://iturrusgarai.com/ 
SAIBA MAIS
Ao ler a tirinha, você observou que existem diferentes entonações nas
vozes das personagens, que na escrita, por sua vez, são marcadas pela
pontuação. Além da entonação, a pontuação marca a coesão entre as
palavras e partes do texto, tornando-o mais preciso. Como se vê os sinais de
pontuação estão relacionados diretamente com a sintaxe das orações e das
frases. Por isso, e pelo fato de indicarem pausas e entonação, eles facilitam a
leitura e tornam mais claro e mais preciso o sentido pretendido pelo locutor
de um texto. (Adaptado de Cereja e Magalhães, 2005, p. 33).
5
http://localhost:8081/imagens/Figura01.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Sinais de Pontuação
Do mesmo modo como os demais signos linguísticos, os sinais de
pontuação são constituídos de um significante (o pontuante) e de um
significado (o pontuado). O mesmo significante (a maiúscula, por exemplo)
pode ter vários significados – começo de frase, nome próprio, valorização etc.
Usamos os sinais de pontuação, no geral, para representar pausas na
fala, no caso do ponto, da vírgula, do ponto e vírgula; ou para marcar
entonações, no caso do ponto de exclamação e de interrogação, por
exemplo. Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação
reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.
De acordo com Bechara (2015, p.624),a pontuação pode ser entendida
de duas maneiras: numa acepção larga e numa acepção restrita. Para esta
aula, interessar-nos-á o que concerne à acepção restrita.
Na acepção restrita, a pontuação é constituída por uns tantos sinais
gráficos assim distribuídos:
6
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Os Essencialmente Separadores
Figura 2: Pontuação
Fonte : CEDIS 
7
http://localhost:8081/imagens/Figura02.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Os de Comunicação e Mensagem
Figura 3: Pontuação 
Fonte : CEDIS
SÍNTESE
A pontuação marca, na escrita, as diferenças de entonação e contribui
para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao texto.
CURIOSIDADE
A primeira palavra depois de um sinal de pausa conclusa é escrita com
letra inicial maiúscula; se a oração seguinte constitui novo conjunto de
ideias, ou mudança de interlocutor de diálogo, será escrito na outra linha e
terá o seu final marcado pelo ponto parágrafo.
8
http://localhost:8081/imagens/Figura03.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
ATIVIDADE
A língua falada dispõe de recursos muito variados para exprimir suas
pausas e entonações. Na língua escrita, essas pausas e entonações são
representadas pelos sinais de pontuação.
Atribua, a cada umas dessas faces, uma frase, fazendo uso dos
sinais de pontuação que você conhece!
A Pontuação e o Entendimento do Texto
Observe os comandos a seguir:
- Não podem atirar!
- Não, podem atirar!
CURIOSIDADE
Qual a diferença existente entre esses dois comandos? O que difere,
sintática e semanticamente, um do outro?
9
Figura 4: Caras 
Fonte : Portal do Professor
http://localhost:8081/imagens/Figura04.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Um enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e
orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e
independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e
rítmicas que sedimentam esses princípios. Proferidas as palavras e orações
sem tais aspectos melódicos e rítmicos, o enunciado estaria prejudicado na
sua função comunicativa. Os sinais de pontuação, que já vêm sendo
empregados há muito tempo, têm a finalidade de garantir no texto escrito a
solidariedade sintática e semântica. Por isso, uma pontuação usada de forma
incorreta produz efeitos bastante desastrosos à comunicação tanto quanto o
desconhecimento dessa solidariedade a que nos referimos. (Adaptado de
Bechara, 2015, p.625).
Observe as três construções a seguir:
Levar uma pedra para Europa uma andorinha não faz verão.
Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o
pai do bezerro.
Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha.
Essas três construções estão totalmente desintegradas, causando, assim,
um caos linguístico.
O que você faria para torná-las inteligíveis?
Para integridade da mensagem, no primeiro basta uma vírgula depois
de faz, sendo verão a forma de futuro do verbo "ver". No segundo, basta
colocar vírgula depois de mãe. Já no último exemplo, coloque-se um ponto e
vírgula depois de sua (do verbo suar), vírgula depois de mãe (vocativo) e
vírgula depois de ela, para separar a oração intercalada. 
Vejamos, no próximo tópico, o emprego dos sinais de pontuação.
10
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Sinais de Pontuação – Parte 1
OBJETIVO: Fazer com que você compreenda o real uso dos sinais de
pontuação na escrita, valendo-se de algumas regras.
Vírgula
A seguir, conheceremos algumas situações em que a vírgula
poderá ser utilizada. Para enaltecer seu aprendizado propomos
que você, além de ler os enunciados dos exemplos, leia
também em voz alta para sentir a entonação que a vírgula vem
a exercer em cada enunciado. Vamos começar?
FIQUE ATENTO
Existe uma orientação a ser seguida quanto ao emprego da vírgula: ela 
nunca deve separar o sujeito do verbo e o verbo de seus objetos:
As tardes ensolaradas da primavera traziam doces lembranças ao velhinho.
     Sujeito        Verbo    OD      OI
Para separar termos que exercem a mesma função sintática – 
sujeito, complementos, adjuntos, predicativos –, quando não 
estiverem unidos por meio de “e”, “ou” e “nem”
EXEMPLO
Eu, meu irmão, meus primos e Pedro/ fomos ao cinema ontem.
    Sujeito Composto
11
http://ava.egp.ce.gov.br/2019/static/CursoEad/AulaOnline/LinguaPortuguesa/LP02/img/imagem02b.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
Eu gosto muito/ de você, de sua mãe e de sua irmã.
            Objeto indireto
Para isolar o aposto
EXEMPLO
O restante do material, pedra, tijolos, canos, cimento, será entregue à tarde.
             Aposto enumerativo
Para isolar o vocativo
EXEMPLO
Maria, há quanto tempo não te vejo!
Não mexe com teu irmão, João!
CURIOSIDADE
Quando você for escrever uma redação oficial, poderá usar vírgula no
vocativo, mas também dois pontos:
EXEMPLO
Prezado Senhor:
Em relação ao ofício SEPLAG 24/2018, informamos que...
12
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para isolar o adjunto adverbial, quando este é extenso ou 
quando se quer destacá-lo
EXEMPLO
a) No dia seguinte, ele saiu bem cedo para trabalhar.
b) Precisei permanecer ali, por alguns dias.
Para isolar expressões explicativas, como isto é, por exemplo, 
ou melhor, a saber, ou seja etc
EXEMPLO
a) Combinamos que todos contribuirão com a campanha. Eu, por
exemplo, doarei dez quilos de alimentos não perecíveis.
Para isolar nomes de lugares nas datas e nos endereços
EXEMPLO
a) Fortaleza, 25 de dezembro de 2001.
b) Rua José Vilar, 256.
c) Brasília, abril de 2004.
d) Iremos passar as férias em São Paulo, isto é, se você não tiver outra
ideia melhor.
Para separar as orações coordenadas assindéticas
EXEMPLO
a) Levantava cedo, tomava café, vestia uma roupa, e saia para trabalhar.
b) Vim, vi, venci.
13
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para separar as orações coordenadas sindéticas (adversativas, 
explicativas e conclusivas)
EXEMPLO
a) A leitura está difícil, mas não desanime. (adversativa)
b) Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva)
c) É necessário que vá logo, pois vai esfriar. (explicativa)
IMPORTANTE
As conjunções "e", "nem" e "ou" normalmente não vêm seguidas de
vírgula. No entanto, a vírgula poderá ser utilizada nos seguintes casos:
b) OU: se houver retificação ou alternativa.
- Ou tudo, ou nada.
- Se precisar de ajuda, ou a dor nas costas exigir massagem, chame um
fisioterapeuta.
b) E: se os sujeitos forem diferentes.
- As crianças calaram-se, e o menino gritou.
c) E: se a conjunção vier reiterada.
- Os jovens estão felizes, e jogam, e nadam, e conversam, e riem, e
brincam.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas da 
oração principal
EXEMPLO
a) Curitiba, que é a capital do Paraná, apresenta boas soluções para o
problema do transporte público.
b) A água, que é incolor, tem fórmula H2O.
c) Aqueles homens, que a tudo assistiram com interesse, ficaram
perplexos.
IMPORTANTE
Não se emprega vírgula para separar as orações subordinadas adjetivas
restritivas.
Quando as orações subordinadas adverbiais
Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente
consagrada pelo uso.
EXEMPLO
Os torcedores começaram a algazarra, assim que os jogadores entraram em
campo.
   Oração principal   vírgula optativa  Oração subordinada adverbial
temporal
Quando vêm antepostas ou intercaladas à oração principal, é obrigatório
o uso de vírgulas:
15
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
Assim que os jogadores entraram em campo, os torcedores começaram a
algazarra.
Oração subordinada adverbial temporal  vírgula optativa Oração principal
Os torcedores, assimque os jogadores entraram em campo, começaram
a algazarra.
Oração Principal vírgula optativa Or. Sub. Adv. Temporal vírgula optativa 
Oração Principal
Quando são reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo, a vírgula é
obrigatória:
EXEMPLO
Pensando desse jeito, jamais conseguiria o apoio de seus colegas de
equipe.
Or. Sub.Adv. Condicional reduzida de gerúndio | vírgula obrigat. | Oração
principal
Para separar os pleonasmos e as repetições (quando não têm 
efeito superlativante como em “b”)
EXEMPLO
a) Nunca, nunca, meu amor, eu hei de perdê-la.
b) A casa é linda linda linda (Lindíssima).
16
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
IMPORTANTE
É facultativo o emprego da vírgula para marcar o complemento verbal
transposto (topicalizado) quando aparece repetido por pronome oblíquo.
a) O lobo, viu-o o caçador. ou
O lobo viu-o o caçador.
b) Ao rico, não lhe devo nada! ou
Ao rico não lhe devo nada.
Para separar o pronome relativo de oração adjetiva restritiva 
do termo mais próximo, já que seu antecedente é o termo mais
distante
EXEMPLO
a) O juiz tem que ser pontual no exame dos dados da informação, que
[isto é, os dados] não lhe permitam erro ao aplicar a sentença.
Para separar as conjunções e os advérbios adversativos (porém,
todavia, contudo, entretanto), principalmente quando 
pospostos
EXEMPLO
a) A proposta, porém, não condizia com o que eu pensava de fato.
b) Eu paguei a dívida, contudo, não quitei a casa.
17
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para indicar, às vezes, a elipse do verbo
EXEMPLO
a) Ela sai agora; eu, logo mais.
Para assinalar a interrupção de um seguimento natural das 
ideias e se intercalar um juízo de valor ou uma reflexão 
subsidiária
EXEMPLO
a) Estava tão cansado, e eu não menos, que preferi ficar mesmo em casa
para ler mais um pouco.
Para desfazer possível má interpretação resultante da 
distribuição irregular dos termos da oração, separa-se por 
vírgula a expressão deslocada
EXEMPLO
a) De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior e a
derradeira.
ATIVIDADE
Veja vídeo no link a seguir: https://www.youtube.com/watch?
v=QJ0ii268x7s
18
https://www.youtube.com/watch?v=QJ0ii268x7s
https://www.youtube.com/watch?v=QJ0ii268x7s
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.
Ela pode sumir com seu dinheiro
23,4
2,34
Pode ser autoritária
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.
Pode criar heróis
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
E vilões
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião
19
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
Uma vírgula muda tudo.
Conforme o vídeo acima, você pode concluir a força que a vírgula
possui em mudar o sentido de uma situação? Seu desafio é em cada
situação acima, descrever a significação de cada um dos enunciados que
forma cada par. Vamos lá?
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Ponto e vírgula
O ponto e vírgula representa uma pausa mais forte que a
vírgula e menos que o ponto.
Num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar 
pausa mais forte
EXEMPLO
A vida para uns é bela, é alegre, só traz felicidade; para outros, um fardo
pesado a carregar.
20
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para separar orações coordenadas de certa extensão
EXEMPLO
“A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de
ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se
não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.” (Rubem Braga. O
cajueiro).
Para separar orações coordenadas assindéticas de sentido 
contrário
EXEMPLO
a) João é um ótimo filho; Paulo, ao contrário, é um péssimo rapaz.
b) Maria adora brincar com suas bonecas; Luiza, ao contrário, adora jogar
futebol com seus irmãos mais velhos.
Para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas 
com conectivo deslocado
EXEMPLO
a) A avaliação de português foi bem difícil; a de matemática, entretanto,
foi bem melhor.
b) Consegui tirar férias em dezembro; irei, por conseguinte, visitar meus
irmãos na Bahia.
21
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para separar os diversos itens de uma lei, de uma exposição de 
motivos etc.
EXEMPLO
“Art. 187. O processo será iniciado:
I. por auto de infração;
II. por petição do contribuinte interessado;
III.por notificação ou representação verbal ou escrita.” (Código das
Penalidades e de Processo Fiscais).
Ponto
O ponto final é o sinal que denota pausa maior. Ele serve
para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de
oração, que não seja interrogativa direta, exclamativa ou
reticências.
SAIBA MAIS
Quando o ponto separa períodos escritos na mesma linha, chama-se
ponto simples. (1)
Quando o ponto separa períodos em linhas diferentes, chama-se
ponto parágrafo. (2)
Quando encerra um enunciado, chama-se ponto final.(3)
Vamos entender isso melhor? Veja o exemplo a seguir:
22
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
“ Lá pelas tantas, um de nós encostava a cabeça no companheiro mais
próximo e fechava os olhos cansado.(1)
Depois outro; depois outro.(2)
E, quando vovó Candinha acabava a história, todos nós dormíamos uns
encostados aos outros, a sonhar com os palácios do fundo do mar, com as
fadas e as princesas maravilhosas.” (3)
Sem ter relação com a pausa oracional, para acompanhar 
muitas palavras abreviadas
EXEMPLO
V. S.ª (Vossa Senhoria), V. Ex.as ou V. Exas. (Vossas Excelências).
IMPORTANTE
Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se
coloca o ponto final adiante do ponto abreviativo, pois este, quando
coincide com aquele, tem dupla serventia.
EXEMPLO
a) A mim, impressiona-me as atitudes de V.Sa.
b)Podem partir! Não aguardem pela chegada de V. Exa.
23
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
CURIOSIDADE
Nas abreviaturas, podem-se usar também as últimas letras, em
expoente (ex.: Manuel: M.el ) ou não (ex.: Senhora: Sra.). Por isso, poder-se-
á usar as duas formas abreviadas para Vossa Excelência: V. Ex.ª ou V. Exa.
Ponto de Interrogação
Põe-se ponto de interrogação no fim da oração
enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza,
real ou fingida, também chamada retórica.
Após as interrogações diretas
EXEMPLO
a) Que horas são?
b) Quem está aí?
FIQUE ATENTO
A interrogação indireta, não sendo enunciada em entonação especial,
dispensa ponto de interrogação da pergunta de sim ou não da pergunta
total.
24
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
a) Ele perguntou que horas são.
b) Maria perguntou quem está aí.
IMPORTANTE
Sobre maiúsculas e minúsculas iniciais após a interrogação!
A interrogação conclusa no final do enunciado requer maiúscula inicial
da palavra seguinte. Já a interrogativa interna, digamos, quase fictícia, não
exige essa inicial maiúscula da palavra seguinte.
EXEMPLO
1. Você pensa que o dinheiro entra fácil nesta casa? Folgado!
2. – Como se chama seu irmão?
– Meu irmão? é o Daniel, aquele que trabalha aos domingos na feira.
3. – Esqueceu de algo? perguntou Marcelo de pé, ao olhar para mim.
CURIOSIDADE
O ponto de interrogação, em um determinado diálogo, poderá aparecer
sozinho ou acompanhado do ponto de exclamação para indicar o estado de
dúvida do personagem diante de um fato.
EXEMPLO
a) – O dono da casa veio aqui e disse que próximo mês são mais 100
reais!
25
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
b) – Como assim?! disse o inquilino assustado.
Ponto de exclamação
O ponto de exclamação tem pausa e entonação não
uniformes e pertence mais à Estilística que a Gramática.
No fim da oração enunciada com entonação exclamativa
EXEMPLO
a) Que linda, aquela bailarinaespanhola!
b) Como você está crescida!
Após uma interjeição
EXEMPLO
a) Ah! Que delícia de sorvete!
b) Salve! Salve!
26
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Em frases imperativas (substituindo o ponto)
EXEMPLO
a) Amanda! Perdoa tua mãe!
b) “Colombo! Fecha a porta dos teus mares!” (Castro Alves. O navio
negreiro)
Em algumas frases optativas (substituindo o ponto)
EXEMPLO
a) Boa viagem!
b) Até mais tarde!
Após alguns vocativos (substituindo a vírgula)
EXEMPLO
a) Joana! Isto não está correto!
b) “Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!” (Hino Nacional)
27
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
IMPORTANTE
As mesmas observações, aplicadas ao ponto de interrogação, no que se
refere ao emprego do ponto final e ao uso da inicial maiúscula ou minúscula
da palavra seguinte aplicam-se ao ponto de exclamação.
Reticências
As reticências denotam interrupção ou incompletude do
pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou
porque os fatos se dão com breve espaço de tempo
intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a
palavra), ou há excitação ao enunciar nossos
pensamentos.
EXEMPLO
a) Ao proferir tais palavras, havia um tremor na voz de Marcelo; isso lhe
parecia impossível de acreditar…
b) – Você não imagina do que ele é capaz: fala mal de todo mundo e aqui
fica calado. Ainda ontem… Posso falar, Diego?
c) – Bem, eu moro na rua…
– Não me interessa onde você mora, menino!
Ainda, podemos empregar as reticências:
28
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Em citações não completas
EXEMPLO
a) “… Inácio avermelhou de novo e novamente saiu fora de si.” (Monteiro
Lobato. Cidades mortas).
b) “A cara larga do velho, toda raspada, os cabelos brancos…” (José Lins do
Rego. Fogo morto).
Para indicar uma interrupção brusca da frase
EXEMPLO
a) “Não… quar… quarent… quar…” (Machado de Assis).
Para indicar que o término da frase deve ser imaginado pelo 
leitor
EXEMPLO
a) “Mas um dia… me ausentaram…” (Juvenal Galeno. Cajueiro pequenino).
Para indicar ironia
EXEMPLO
a) Joaquina tinha um “belo perfil”: o que lhe faltava em queixo, tinha-o
em nariz…/
29
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Sinais de Pontuação – parte 2
OBJETIVO: Fazer com que o aluno compreenda o real uso dos sinais de
pontuação (os de comunicação e mensagem) na escrita, valendo-se de
algumas regras.
Dois-pontos
É um sinal de pontuação que coresponde a uma pausa breve
da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao
contrário da entoação ascendente da pergunta).
Usam-se dois pontos:
Antes de uma citação (letra maiúscula após a pontuação)
EXEMPLO
a) “E o pastor prosseguiu:
– Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu sermão de hoje
sobre a mentira.” (João Ribeiro, Cartas devolvidas).
b) “… mas o baiano repetiu:
– Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!…” (J. Simões Lopes
Neto. Casos do Romualdo)
30
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Antes de uma enumeração (letra minúscula após a pontuação)
EXEMPLO
a) Comprou dois presentes: uma caneta e um livro.
b) Preciso de duas coisas este ano: saúde e paz.
CURIOSIDADE
Segundo Bechara, (2015, p. 631), “a imprensa brasileira usa e abusa dos
dois-pontos para resumir, às vezes numa síntese de pensamento difícil de ser
acompanhada, certas notícias”.
EXEMPLO
a) Verão: cidade desprotegida das chuvas.Cajueiro pequenino).
Figura 5: Jornal 
Fonte: Google 
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http://localhost:8081/imagens/Figura05.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Antes de uma explicação (letra minúscula, após a pontuação)
EXEMPLO
a) Não vai haver aula hoje: é feriado nacional.
b) Quando eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas notícias.
CURIOSIDADE
Para saber se é uma explicação, substitua os dois-pontos por um
“porque”.
Antes de uma complementação (letra minúscula, após a 
pontuação)
EXEMPLO
a) A mãe sempre está preocupada com uma coisa: a segurança dos filhos.
b) “O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.” (Luís
Fernando Veríssimo)
CURIOSIDADE
Para saber se é uma complementação, faça a seguinte pergunta depois
dos dois-pontos: Qual?
Antes de uma conclusão (letra minúscula após a pontuação)
EXEMPLO
a) O apartamento tinha poucos móveis e esses eram velhos e quebrados:
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
uma droga!
b) As passagens para Paris estão bem baratas: não podemos perder esta
oportunidade!
a. CURIOSIDADE
Para saber se é uma conclusão, substitua os dois-pontos por “logo”.
IMPORTANTE
Nos vocativos de cartas e há três possibilidades de uso da pontuação:
a. Senhor Diretor (ausência: versão moderna, mais limpa e
econômica)
b. Senhor Diretor: (com dois pontos)
c. Senhor Diretor, (com vírgula)
Nas expressões que seguem aos verbos dizer, retrucar, 
responder e semelhantes e que encerram a declaração textual, 
ou que assim julgamos, de outra pessoa
EXEMPLO
a) O apartamento tinha poucos móveis e esses eram velhos e quebrados:
uma droga!
b) As passagens para Paris estão bem baratas: não podemos perder esta
oportunidade!
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Aspas simples e Aspas duplas
De um modo geral, usamos as aspas duplas, porém,
pode haver, para empregos diferentes, o uso das aspas
simples. Em trabalhos científicos sobre línguas, as aspas
simples se referem a significados ou sentidos: amare,
lat. ‘amar’ port.
Às vezes, utiliza-se o itálico ou o sublinhado para tal
aplicação, porém, vemos isso cada vez menos
frequente no texto impresso.
As aspas também são empregadas:
a. para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem
falada é, em geral, proferida com entonação especial);
b. para ressaltar uma expressão dentro de um determinado
contexto;
c. ou para apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria.
Vamos às regras?
As aspas são empregadas nos seguintes casos:
Em citações ou transcrições literárias
EXEMPLO
a) De acordo com Martins (2010, p. 197), “declaração é um documento
que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por
órgãos públicos.”
b) “Concluindo, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder!”
(Efésios, 6:10).
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Em palavras ou expressões estrangeiras
EXEMPLO
a) Quero uísque “on the rocks”.
b) Eu diria que estou “busy” demais por hoje!
IMPORTANTE
Se o termo estrangeiro já foi incorporado à língua portuguesa na sua
forma original, use-o sem itálico. Em geral, esses termos estão registrados
nos dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da
Academia Brasileira de Letras. São palavras de uso amplo, como: marketing,
office boy, blog, royalty, commodity, design, download, free shop, on-line,
iceberg.
Fonte: https://www12.senado.leg.br
Veja na biblioteca listas de palavras que já foram dicionarizadas.
Para realçar uma expressão com ironia
EXEMPLO
a) João, com seus 90 quilos, está tão “magrinho”.
b) Ele contou apenas uma “mentirinha”.
Para assinalar um termo que precisa ser realçado
EXEMPLO
a) A palavra “q” pode ser analisada de diversas formas.
b) Antes de “p” e “b” só se escreve “m”.
35
https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/estrangeirismo
https://drive.google.com/file/d/1Hl2ZndUErSmIZsMX8Hopnu4EELuAWGb6/view
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para gírias e expressões de nível vulgar
EXEMPLO
a) Ela acabou se apaixonando por um “sordado”.
b) O espetáculo de música estava a maior “curtição”.
IMPORTANTE
1. Quando as aspas abrangem parte do período, o sinal de pontuação
é colocado depois delas.
a) Foi para o Caribe a bordo do navio “Explorer of the Seas”.
2. Quando as aspas abrangem todo o período, o sinal de pontuação é
colocado antes delas.
b) “Nem tudo que reluz é ouro.”
3. Quando já há aspas numa transcrição ou numa citação, empregam-
se as aspas simplesou o negrito (ou o itálico).
a) “Também foi aprovada uma recomendação para que os estados-
partes promovam estudos destinados a implementar um ‘cluster’
embrionário do Mercosul, considerado imperioso para a melhoria
genética das raças bovinas dos países que integram o bloco
econômico.”
b) “O substitutivo permite que a exportação possa ser -viabilizada por
meio de tradings(empresas que fazem a intermediação entre o
exportador e o importador).”
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Travessão
Você não deve confundir o travessão com o traço de
união ou hífen e com o traço de divisão empregado na
partição de sílabas (ab-so-lu-ta-men-te) e de palavras
no fim de linha.
O travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes para assinalar
uma expressão intercalada.
Vamos às regras?
Usa-se o travessão:
Figura 1: Blah!
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http://localhost:8081/imagens/Figura06.png
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor
EXEMPLO
a) “ – Por que você não toca?
– Eu queria, mas tenho medo.
– Medo de quê?
– Dos bichos-feras.
– Que bichos-feras?” 
(José J. Veiga. Os cavalinhos de Platiplanto)
Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha 
função sintática análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o 
travessão duplo)
EXEMPLO
a) “Eles eram muitos cavalos,
– rijos, destemidos, velozes –
entre Mariana e Serro Frio,
Vila Rica e Rio das Mortes.” 
(Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência)
b) “Chamei Diadorim – e era um chamado com remorso – e ele veio, se
chegou.” 
(J. Guimarães. Grande sertão: veredas)
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
IMPORTANTE
Às vezes, substituem-se os dois pontos pelo travessão:
EXEMPLO
“Era mesmo o meu quarto – a roupa da escola no prego atrás da porta,
o quadro da santa na parede, os livros na estante de caixote que eu mesmo
fiz, aliás, precisava de pintura.” (José J. Veiga. Os cavalinhos de Platiplanto)
CURIOSIDADE
Como se faz o travessão no teclado do computador?
Existem três formas diferentes para fazer o travessão no teclado do
computador.
Opção 1 Alt + 0151
Opção 2 Ctrl + Alt + - (teclado numérico)
Opção 3 AltGr - (teclado numérico)Como se faz o travessão no teclado
do computador?
Existem três formas diferentes para fazer o travessão no teclado do
computador.
Opção 1 Alt + 0151
Opção 2 Ctrl + Alt + - (teclado numérico)
Opção 3 AltGr - (teclado numérico)
SAIBA MAIS
Pode haver vírgula após o travessão:
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
a) “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algibeira das
calças – umas largas calças de enfiar – , ou na gaveta da mesa, ou ao pé
do tinteiro, uma barata morta.” (Machado de Assis)
CURIOSIDADE
A meia-risca ou meio-traço
Muito confundido com o hífen e com o travessão, a meia-risca ou
meio-traço é um sinal gráfico usado para unir elementos enumerados em
série, como letras ou números, separando as extremidades de um intervalo e
indicando ausência.
Exemplos de uso da meia-risca:
EXEMPLO
a) 1983–2013;
b) J–M;
c) a ponte aérea São Paulo–Manaus.
Como se faz a meia-risca?
Existem duas formas diferentes para fazer a meia-risca no teclado do
computador.
Opção 1 Alt + 0150
Opção 2 Ctrl + - (teclado numérico)
Meia-risca, hífen e travessão
A meia-risca apresenta um tamanho intermediário entre o hífen e o
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
travessão.
- hífen
– meia-risca
— travessão
Fonte: https://www.normaculta.com.br/meia-risca-ou-meio-traco/
Parênteses
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e
semântico mais completo dentro do enunciado, além de
estabelecerem maior intimidade entre o autor e seu leitor.
Em geral, a inserção de parênteses é assinalada por uma
entonação especial.
Quando uma pausa coincide com o início de uma construção 
parentética, o respectivo sinal de pontuação deve ficar depois 
dos parênteses, mas estando a proposição ou a frase inteira 
encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente 
notação
EXEMPLO
a) Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco,
este suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior,
tão carnal, quanto se cuida. (Rui Barbosa).
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https://www.normaculta.com.br/meia-risca-ou-meio-traco/
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
b) A imprensa (quem a contesta?) é o mais poderoso meio inventado
para a divulgação do pensamento. (Carta inserta nos Anais da
Biblioteca Nacional, vol I).
SAIBA MAIS
Parênteses quebrados ou angulares [< >]
Os parênteses quebrados ou angulares são usados, principalmente, na
representação dos grafemas de uma palavra. São também utilizados em
bibliografias e na indicação das fontes de uma consulta na Internet.
Exemplos de parênteses quebrados ou angulares:
1. O grafema < x > representa diversos fonemas.
2. Aliteração, <http://www.normaculta.com.br/aliteracao/>, com
acesso em 25 de julho de 2017.
Colchetes
Os colchetes estão intimamente ligados aos parênteses
por sua função discursiva. 
Os colchetes estão intimamente ligados aos parênteses por sua função
discursiva.
Utilizam-se os colchetes:
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http://www.normaculta.com.br/aliteracao/
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Quando já se acham empregados os parênteses, para introduzir
uma nova inserção
EXEMPLO
a) Existem dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas [ligadas
através de uma conjunção] e as assindéticas [ligadas através de uma
pausa (normalmente simbolizada pela vírgula)].
Para preencher lacunas de textos ou ainda para introduzir, 
principalmente em citações, adendos ou explicações que 
facilitam o entendimento do texto
EXEMPLO
Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte [pseudônimo
de Visconde de Taunay, autor de “Inocência”].
Nos dicionários e gramáticas, para explicitar informações como
a ortoépia, a prosódia etc., no que também podem ser usados 
os parênteses
EXEMPLO
a) amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a 
desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; 
amor ao patrimônio artístico de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio) 
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Para indicar omissões de partes na transcrição de um texto
EXEMPLO
a) “É homem de sessenta anos feitos [...]corpo antes cheio que magro,
ameno e risonho.” (Machado de Assis)
Com a palavra latina sic, em transcrições, para identificar erros 
no texto original. Além de aparecer entre colchetes, a palavra 
sic também costuma aparecer em itálico, levemente inclinada 
para a direita
EXEMPLO
a) “Todos queriam saber se o concerto [sic] da televisão era fácil.”
b) “Foi quando el [sic] rei chegou ao Brasil.”
Chave aberta e fechada
Chaves são sinais gráficos usados para indicar a
reunião de diversos itens relacionados que
formam um grupo, bem como a reunião das
diversas divisões de um assunto.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
A chave tem aplicação maior em obras de caráter científico
EXEMPLO
a) O radical do verbo encontrar é {encontr-}.
b) Múltiplos de 3: {0, 3, 6, 9, 15, 18, 21, 24,… } 
SAIBA MAIS
Sobre o asterisco (*)
O asterisco é colocado depois e em cima de uma palavra do trecho para
se fazer uma citação ou comentário qualquer sobre o termo ou o que é
tratado no trecho (nesse caso, o asterisco se põe no final do período).
Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial para
indicar uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode declinar.
EXEMPLO
a. O Dr. * conversou com a paciente sobre seu problema.
b. O jornal ** não quis se manifestar sobre o assunto.
Fonte: Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
SAIBA MAIS
Acesse: https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao
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https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao
LínguaPortuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Barra oblíqua [/]
A barra oblíqua é usada tanto para separar como para juntar conceitos
relacionados. Pode ser usada para separar tanto palavras como números, em
situações específicas.
EXEMPLO
a) Você pode escolher carne e/ou peixe.
b) Não ultrapasse 120km/h.
c) 07/07/2014.
Parágrafo [§]
Um parágrafo é uma unidade de sentido inserida dentro de um texto.
Engloba um conjunto de frases que se estruturam em torno de um grupo de
ideias.
Num texto, os parágrafos são identificados com um espaçamento na sua
primeira linha, não sendo usado o sinal gráfico de parágrafo. Esse sinal tem
pouco uso, sendo usado majoritariamente na designação de artigos de leis.
EXEMPLO
“Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado,
semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto,
salvo necessidade de transferência a regime fechado.
§ 1.º Considera-se:
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança
máxima ou média;
b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
ou estabelecimento similar;
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou
estabelecimento adequado.[…]”
Alínea [a)]
A alínea é uma forma de estruturação da informação. Através do seu uso,
a informação fica dividida em subtópicos.
EXEMPLO
Os termos acessórios da oração são:
a) Adjunto adnominal;
b) Adjunto adverbial;
c) Aposto.
Uso da Crase – parte 1
OBJETIVO: é fazer com que você, ao final, esteja apto a:
Compreender o processo de formação da crase;
Identificar situações em que haja contração de dois fonemas /a/,
tornando-se necessário, assim, utilizar o acento grave para marcar esse
processo;
Utilizar o acento grave para marcar a presença da crase.
Definindo!
A crase é a superposição de dois fonemas /a/. Geralmente, a preposição
"a" e o (s) artigo(s) "a(s)", ou a preposição "a" inicial dos pronomes
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Essa superposição é marcada por
um acento chamado grave ( ` ).
IMPORTANTE
1. O acento grave que aparece sobre o "a" não constitui, pois, a crase,
mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido uma união de dois /a/
(crase).
2. Para haver crase, é indispensável a presença da preposição "a", que
está relacionada a uma questão de regência. Por isso, quanto mais você
conhecer a regência de certos verbos e nomes, mais fácil será para você ter o
domínio sobre a crase. Estudaremos sobre esse assunto na aula 3.
Antes de começar, gostaríamos de dividir nossa aula em quatro partes.
1ª: casos em que a crase é obrigatória;
2ª: casos em que a crase é facultativa;
3ª: casos especiais sobre o uso da crase; e
4ª: casos em que não existe crase.
Acreditamos que, desse modo, ficará mais fácil você internalizar o uso da
crase, okay?
Vamos começar?
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório
Sempre existirá crase em locuções prepositivas, locuções 
adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham enquanto 
núcleo um substantivo feminino
EXEMPLO
a) À queima-roupa, às vezes, às oito horas, à custa de, às cegas, à medida
que, às mil maravilhas, às escuras, às tontas etc.
IMPORTANTE
1. Não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as
vezes de, em que não há crase, pois o as é artigo definido puro.
a. Ele se aborrece às vezes. (de vez em quando)
b. Quando o maestro falta aos ensaios, o violinista faz as vezes de
regente. (substituir)
Quando a expressão “à moda de” estiver subentendida (nesse 
caso, mesmo se a palavra subsequente for masculina, haverá 
crase)
EXEMPLO
a) No banquete, serviram lagosta à Termidor.
b) Os homens que tinham olhos à Alain Delon eram os mais bonitos.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Quando as expressões “rua”, "avenida", “loja”, “estação de 
rádio” etc. estiverem subentendidas
EXEMPLO
a) Dirigiu-se à Santos Dumont. (Avenida).
b) Fomos à Atlântico Sul. (Estação de rádio).
c) Gosto de ir à Riachuelo (Loja).
Quando está implícita uma palavra feminina
EXEMPLO
a) Esta religião é semelhante à dos evangélicos. (à religião dos…)
IMPORTANTE
Excluída a hipótese de qualquer um dos casos anteriores, devemos
substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática.
Se ocorrer “ao” para a palavra masculina, haverá crase no “a” para o
feminino. Se, na substituição, ocorrer “a” ou “o” no masculino, não
haverá crase no “a” do feminino.
O problema consiste em descobrir o masculino de certas palavras,
como conclusão, vezes, certeza, morte etc.
Faz-se importante frisar que não há necessidade alguma de que a
palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com a palavra
feminina: deve apenas ter a mesma função sintática!
EXEMPLO
a) Fomos à cidade comprar pão. → ao supermercado.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
b) Pedi um favor à diretoria do time → ao diretor.
c) Ela é insensível à dor dos outros. → ao sofrimento.
d) O perfume cheira a rosa → a cravo.
e) O professor chamou a aluna. → o aluno.
FIQUE ATENTO
Não confundir devido com dado (a, os, as)
A primeira expressão pede preposição "a", havendo crase antes de
palavra feminina determinada pelo artigo definido.
a. Devido à discussão de ontem, houve um mal estar no ambiente.
(devido ao barulho de ontem...)
A segunda expressão não aceita preposição a ( o “a” que aparece é
artigo definido).
a. Dada a questão que envolve o rapaz... (dado o problema...)
b. Dadas as respostas, o aluno conferiu o gabarito. (dados os
resultados...)
Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase.
a. A que professor você está se referindo?
Na expressão valer a pena (no sentido de valer o sacrifício, o esforço)
não ocorre crase, pois o “a” é artigo definido.
a. Tudo vale a pena quando é por amor.
Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Antes de nomes próprios femininos
EXEMPLO
a) Enviei uma carta à Lúcia.
b) Enviei uma carta a Lúcia.
IMPORTANTE
Na língua portuguesa, pode-se ou não empregar artigo antes de nomes
de pessoas. Por isso, mesmo que a crase esteja presente, a preposição é
facultativa.
Quando o nome próprio feminino vier acompanhado de uma expressão
que o determine, haverá crase porque o artigo definido estará presente.
EXEMPLO
a) Dedico esta canção à Ely, minha amiga. [A (artigo definido) Ely adora
MPB.]
Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular
EXEMPLO
a) Eu pedi um café à minha secretária.
b) Eu pedi um café a minha secretária.
A explicação é a mesma no que concerne ao item anterior: o pronome
adjetivo possessivo aceita um artigo antes dele, mas não o exige. (Minha
secretária viajou. /A minha secretária viajou). Assim, mesmo com a presença
da preposição, a crase é facultativa.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
O caso abaixo não é propriamente facultativo
Diante desse caso, os gramáticos se dividem em duas correntes:
Uma que proíbe o uso do acento indicativo de crase, alegando que, no
masculino, a expressão não aceita o artigo, mas somente a preposição “a”
pura e simples; outra que preconiza o uso do acento indicativo de crase por
motivo de clareza. Isso acontece em expressões do tipo:
EXEMPLO
a) O ladrão foi ferido a faca (ou à faca). No masculino, o a fica inalterado;
diz-se: O ladrão foi ferido a facão (ou a revólver).
b) Comprei a bicicleta a vista (ou à vista). No masculino, o a contínua
inalterado: Comprei a prazo.
c) Ela escreve a máquina (ou à máquina). No masculino, diz-se: Escreve a
lápis.
Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial
Nomes de localidades
No que se refere a localidades, há as que admitem artigo antes destas e
as que não admitem. Ou seja, diante das primeiras, desde que se comprove a
presença dapreposição, haverá crase, e diante das segundas, não.
CURIOSIDADE
Para saber se o nome de uma localidade aceita artigo, deve-se substituir
o verbo da frase pelos verbos estar e vir. Se ocorrer a combinação “na” com
o verbo estar os “da” com o verbo "VIR", haverá crase com o “a” da frase
original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
EXEMPLO
a) Enviou seus representantes à Paraíba (estou na Paraíba; vim da
Paraíba).
b) O avião dirigia-se a Santa Catarina (estou em Santa Catarina; vim de
Santa Catarina).
c) Pretendo ir à Europa (estou na Europa; vim da Europa).
IMPORTANTE
Os nomes de localidades que não admitem artigo passarão a admiti-lo,
quando vierem determinados:
a) Porto Alegre indeterminadamente não aceita artigo:
Vou a Porto Alegre (estou em Porto Alegre; vim de Porto Alegre).
Mas, acompanhado de uma expressão que a determine, passará a
admiti-lo:
Vou à grande Porto Alegre (estou na grande Porto Alegre, vim da
grande Porto Alegre).
b) Vejamos este caso com Madri
Iremos a Madri para ficar três dias.
Iremos à Madri das touradas para ficar três dias.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo
Quando a preposição “a” surge diante desses demonstrativos, devemos
sobrepor essa preposição à primeira letra dos demonstrativos e indicar o
fenômeno mediante um acento grave.
EXEMPLO
a) Enviei convites àquela senhora (a+ aquela).
b) A solução não se relaciona àqueles problemas (a + aqueles).
c) Não dei atenção àquilo (a + aquilo).
CURIOSIDADE
Pode-se, ainda, substituir os demonstrativos aquele(s), aquela (s), aquilo
pelos demonstrativos este (s), esta (s), isto, respectivamente. Se, antes destes
últimos, surgir a preposição “a”, estará comprovada a hipótese do acento
grave para marcar a crase sobre o a inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s),
aquilo. Se não surgir a preposição a, estará negada a hipótese da crase.
EXEMPLO
a) Enviei cartas àquela moça.Enviei cartas a esta moça.
b) A solução não se relaciona àqueles problemas.A solução não se
relaciona a estes problemas.
c) Não prestei atenção àquilo.Não prestei atenção a isto.
d) A solução era aquela apresentada ontem.A solução era esta
apresentada ontem.
55
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Sobre a palavra “casa”
Quando a expressão casa significa “lar”, “domicílio” e não vem
acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, não há crase:
EXEMPLO
a) Chegamos alegres a casa.
b) Assim que saiu do escritório, dirigiu-se a casa.
c) Iremos a casa à noitinha.
IMPORTANTE
Este tipo de construção é mais comum em Portugal. No Brasil, utiliza-se
geralmente “para casa”.
Se a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução
adjetiva, então haverá crase:
EXEMPLO
a) Levaram-me à casa de Lúcia.
b) Dirigiram-se à casa das máquinas.
c) Iremos à encantadora casa de campo da família Souza.
Sobre a palavra “terra”
Não há crase quando a palavra "terra" significa oposto a “mar”, “ar”
ou “bordo”:
EXEMPLO
a) Os marinheiros ficaram felizes, pois resolveram ir a terra.
b) Os astronautas desceram a terra na hora prevista.
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Há crase, quando a palavra significa “solo”, “planeta”, ou “lugar
onde a pessoa nasceu”:
EXEMPLO
a) O colono dedicou à terra os melhores anos de sua vida.
b) Voltei à terra onde nasci.
c) Viriam à Terra os marcianos?
Sobre a palavra “distância”
Não se usa crase diante da palavra distância, a menos que se trate de
distância determinada:
EXEMPLO
a) Via-se um monstro marinho à distância de quinhentos metros.
b) Estávamos à distância de uma milha de Los Angeles.
FIQUE ATENTO
Mas, não há crase, nos seguintes contextos:
EXEMPLO
a) A distância, via-se a praia.
b) Olhava para mim a distância.
Casos em Que Não Existe o Uso da Crase
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
Antes de palavra masculina, o "a" é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Chegou a tempo no aeroporto.
b) Eu vim a pé.
c) Vende a prazo naquela loja.
Antes de verbo, o "a" é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Fiquei a admirar João.
b) Ela começou a ter alucinações.
Antes de artigo indefinido, o "a" é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Levamos a mercadoria a uma firma.
b) Refiro-me a uma pessoa educada.
Antes de expressão de tratamento introduzida pelos pronomes 
possessivos “vossa” ou “sua” ou ainda a expressão “você” 
(forma reduzida de Vossa Mercê), o “a” é apenas uma 
preposição
EXEMPLO
a) Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria.
58
Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
b) Traremos a Vossa Majestade, o rei Hubertus, uma mensagem de paz.
c) Eles queriam oferecer flores a você.
Antes dos pronomes demonstrativos “esta” e “essa”, o "a" é 
apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Eu me refiro a esta carta.
b) Os críticos não deram importância a essa obra.
Antes dos pronomes pessoais, o “a” é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Nada revelei a ela.
b) Dirigiu-se a mim com ironia.
Antes dos pronomes indefinidos com exceção de “outra”, o “a” 
é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Direi isso a qualquer pessoa.
b) A entrada é vedada a toda pessoa estranha.
IMPORTANTE
Com o pronome indefinido outra(s) pode haver crase porque este, às
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
vezes, aceita o artigo definido a(s).
EXEMPLO
a) As cartas estavam coladas umas às outras (no masculino, ficaria “os
cartões estavam colados uns aos outros”).
Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte estiver no
plural, o "a" é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Falei a vendedoras desta empresa.
b) Refiro-me a pessoas curiosas.
Quando antes do “a” existir preposição o “a” é apenas um 
artigo
EXEMPLO
a) Ela compareceu perante a direção da empresa.
b) Os papéis estavam sob a mesa.
IMPORTANTE
Exceção feita, às vezes, para “até a”, por motivo de clareza.
EXEMPLO
A água inundou a rua até à casa de Maria (= a agua chegou perto da
casa); se não houvesse o sinal da crase, o sentido ficaria ambíguo; a água
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
inundou a rua até a casa de Maria(=inundou inclusive a casa de Maria).
Quando “até” significa “perto de”, é preposição; quando significa “inclusive”,
é partícula de inclusão.
Com expressões repetitivas, o "a" é apenas uma preposição
EXEMPLO
a) Tomamos o remédio gota a gota.
b) Enfrentaram-se cara a cara.
Com expressões tomadas de maneira indeterminada o "a" é 
apenas uma preposição
EXEMPLO
a) O doente foi submetido a dieta leve (no masculino= foi submetido a
repouso, a tratamento prolongado etc.)
b) Prefiro terninho a saia e blusa (no masculino = prefiro terninho a
vestido).
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Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02
REFERÊNCIAS
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa: nova edição
revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.
______. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
______. O que muda com o novo acordo ortográfico. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2008.
CEREJA, William e MAGALHÃES, Thereza. Gramática: texto, reflexão e
uso. São Paulo: Atual, 2004.
MARTINS, D.; ZILBERKNOP, L. Português Instrumental. São Paulo:
Atlas, 2010.
NOGUEIRA, Duda. Revisaço: Língua Portuguesa. Salvador: Juspodivm,
2015.
TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o
ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997.
SITES CONSULTADOS
www.academia.org.br
http://educador.brasilescola.uol.com.br/
www.portaldoprofessor.mec.gov.br
www.normaculta.com.br
62
https://www.normaculta.com.br/
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html
http://educador.brasilescola.uol.com.br/
https://www.academia.org.br/
	Apresentação
	Objetivo
	Pontuação
	Revisão
	Sinais de Pontuação
	A Pontuação e o Entendimento do Texto
	Sinais de Pontuação – Parte 1
	Vírgula
	Ponto e vírgulaPonto
	Ponto de Interrogação
	Ponto de exclamação
	Reticências
	Sinais de Pontuação – parte 2
	Dois-pontos
	Aspas simples e Aspas duplas
	Travessão
	Parênteses
	Colchetes
	Chave aberta e fechada
	Barra oblíqua [/]
	Parágrafo [§]
	Alínea [a)]
	Uso da Crase – parte 1
	Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório
	Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo
	Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial
	Casos em Que Não Existe o Uso da Crase
	REFERÊNCIAS

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