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Gestão e Desenvolvimento de Pessoas LÍNGUA PORTUGUESA: NOÇÕES GRAMATICAIS CURSO EAD | 40H Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Sumário Apresentação......................................................................................................................................3 Objetivo...............................................................................................................................................3 Pontuação...........................................................................................................................................5 Revisão.............................................................................................................................................5 Sinais de Pontuação.........................................................................................................................6 A Pontuação e o Entendimento do Texto.........................................................................................9 Sinais de Pontuação – Parte 1..........................................................................................................12 Vírgula...........................................................................................................................................12 Ponto e vírgula...............................................................................................................................21 Ponto..............................................................................................................................................23 Ponto de Interrogação....................................................................................................................25 Ponto de exclamação.....................................................................................................................27 Reticências.....................................................................................................................................29 Sinais de Pontuação – parte 2..........................................................................................................31 Dois-pontos....................................................................................................................................31 Aspas simples e Aspas duplas........................................................................................................35 Travessão.......................................................................................................................................38 Parênteses.......................................................................................................................................42 Colchetes........................................................................................................................................43 Chave aberta e fechada..................................................................................................................45 Barra oblíqua [/]............................................................................................................................47 Parágrafo [§]..................................................................................................................................47 Alínea [a)]......................................................................................................................................48 Uso da Crase – parte 1.....................................................................................................................48 Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório.................................................................................50 Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo.................................................................................52 Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial..........................................................................54 Casos em Que Não Existe o Uso da Crase....................................................................................58 REFERÊNCIAS...............................................................................................................................63 2 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Apresentação Esta aula refere-se ao estudo da Pontuação e da Crase. Este conteúdo faz-se mister para o aluno, no momento da construção de textos, haja vista ser impossível a compreensão de um material escrito que esteja desprovido, totalmente, de pontuação. Já no que concerne ao uso da crase, o que se faz interessante é que o aluno aprenda de fato quando utilizar o acento grave (`) para marcar que houve um procedimento de crase na escrita, ou seja, a contração de dois fonemas /a/. Objetivo Levantar informações necessárias e conhecer o roteiro de elaboração de projetos sociais que atendam de forma efetiva às necessidades do cidadão. Por meio das aulas sobre pontuação, você deverá estar apto a: Identificar problemas de pontuação em um texto; Produzir textos fazendo uso das regras de pontuação previstas na gramática; Associar alguns sinais de pontuação às suas principais funções; 3 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Reconhecer a importância da pontuação num texto escrito; Comparar os resultados obtidos a partir da marcação de pausas com a pontuação de um excerto textual; Refletir sobre as relações que os sinais de pontuação estabelecem com a leitura oral; Conhecer alguns sinais de pontuação; Identificar os sinais de pontuação e sua função no texto; Desenvolver a interpretação e a leitura. Por meio das aulas sobre crase, você deverá ser: Compreender o processo de formação da crase; Identificar situações em que haja contração de dois fonemas /a/, tornando-se necessário, assim, utilizar o acento grave para marcar tal manifestação; Utilizar o acento grave para marcar a presença da crase. Olá, Bem-vindo a mais um Modulo do Curso Língua Portuguesa: Noções Gramaticais, bom estudo! 4 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Pontuação OBJETIVO: O objetivo desta aula é apresentar-lhe as mais variadas estratégias para a composição de textos, ao utilizar a norma culta da língua portuguesa, por meio dos mais variados mecanismos de pontuação e também apresentar estratégias para a composição de textos ao utilizar a norma culta da língua portuguesa, por meio de mecanismos de pontuação. Revisão Leia a tira abaixo: Figura 1: Tira Fonte: https://iturrusgarai.com/ SAIBA MAIS Ao ler a tirinha, você observou que existem diferentes entonações nas vozes das personagens, que na escrita, por sua vez, são marcadas pela pontuação. Além da entonação, a pontuação marca a coesão entre as palavras e partes do texto, tornando-o mais preciso. Como se vê os sinais de pontuação estão relacionados diretamente com a sintaxe das orações e das frases. Por isso, e pelo fato de indicarem pausas e entonação, eles facilitam a leitura e tornam mais claro e mais preciso o sentido pretendido pelo locutor de um texto. (Adaptado de Cereja e Magalhães, 2005, p. 33). 5 http://localhost:8081/imagens/Figura01.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Sinais de Pontuação Do mesmo modo como os demais signos linguísticos, os sinais de pontuação são constituídos de um significante (o pontuante) e de um significado (o pontuado). O mesmo significante (a maiúscula, por exemplo) pode ter vários significados – começo de frase, nome próprio, valorização etc. Usamos os sinais de pontuação, no geral, para representar pausas na fala, no caso do ponto, da vírgula, do ponto e vírgula; ou para marcar entonações, no caso do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo. Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios. De acordo com Bechara (2015, p.624),a pontuação pode ser entendida de duas maneiras: numa acepção larga e numa acepção restrita. Para esta aula, interessar-nos-á o que concerne à acepção restrita. Na acepção restrita, a pontuação é constituída por uns tantos sinais gráficos assim distribuídos: 6 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Os Essencialmente Separadores Figura 2: Pontuação Fonte : CEDIS 7 http://localhost:8081/imagens/Figura02.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Os de Comunicação e Mensagem Figura 3: Pontuação Fonte : CEDIS SÍNTESE A pontuação marca, na escrita, as diferenças de entonação e contribui para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao texto. CURIOSIDADE A primeira palavra depois de um sinal de pausa conclusa é escrita com letra inicial maiúscula; se a oração seguinte constitui novo conjunto de ideias, ou mudança de interlocutor de diálogo, será escrito na outra linha e terá o seu final marcado pelo ponto parágrafo. 8 http://localhost:8081/imagens/Figura03.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 ATIVIDADE A língua falada dispõe de recursos muito variados para exprimir suas pausas e entonações. Na língua escrita, essas pausas e entonações são representadas pelos sinais de pontuação. Atribua, a cada umas dessas faces, uma frase, fazendo uso dos sinais de pontuação que você conhece! A Pontuação e o Entendimento do Texto Observe os comandos a seguir: - Não podem atirar! - Não, podem atirar! CURIOSIDADE Qual a diferença existente entre esses dois comandos? O que difere, sintática e semanticamente, um do outro? 9 Figura 4: Caras Fonte : Portal do Professor http://localhost:8081/imagens/Figura04.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Um enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam esses princípios. Proferidas as palavras e orações sem tais aspectos melódicos e rítmicos, o enunciado estaria prejudicado na sua função comunicativa. Os sinais de pontuação, que já vêm sendo empregados há muito tempo, têm a finalidade de garantir no texto escrito a solidariedade sintática e semântica. Por isso, uma pontuação usada de forma incorreta produz efeitos bastante desastrosos à comunicação tanto quanto o desconhecimento dessa solidariedade a que nos referimos. (Adaptado de Bechara, 2015, p.625). Observe as três construções a seguir: Levar uma pedra para Europa uma andorinha não faz verão. Um fazendeiro tinha um bezerro e a mãe do fazendeiro era também o pai do bezerro. Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha. Essas três construções estão totalmente desintegradas, causando, assim, um caos linguístico. O que você faria para torná-las inteligíveis? Para integridade da mensagem, no primeiro basta uma vírgula depois de faz, sendo verão a forma de futuro do verbo "ver". No segundo, basta colocar vírgula depois de mãe. Já no último exemplo, coloque-se um ponto e vírgula depois de sua (do verbo suar), vírgula depois de mãe (vocativo) e vírgula depois de ela, para separar a oração intercalada. Vejamos, no próximo tópico, o emprego dos sinais de pontuação. 10 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Sinais de Pontuação – Parte 1 OBJETIVO: Fazer com que você compreenda o real uso dos sinais de pontuação na escrita, valendo-se de algumas regras. Vírgula A seguir, conheceremos algumas situações em que a vírgula poderá ser utilizada. Para enaltecer seu aprendizado propomos que você, além de ler os enunciados dos exemplos, leia também em voz alta para sentir a entonação que a vírgula vem a exercer em cada enunciado. Vamos começar? FIQUE ATENTO Existe uma orientação a ser seguida quanto ao emprego da vírgula: ela nunca deve separar o sujeito do verbo e o verbo de seus objetos: As tardes ensolaradas da primavera traziam doces lembranças ao velhinho. Sujeito Verbo OD OI Para separar termos que exercem a mesma função sintática – sujeito, complementos, adjuntos, predicativos –, quando não estiverem unidos por meio de “e”, “ou” e “nem” EXEMPLO Eu, meu irmão, meus primos e Pedro/ fomos ao cinema ontem. Sujeito Composto 11 http://ava.egp.ce.gov.br/2019/static/CursoEad/AulaOnline/LinguaPortuguesa/LP02/img/imagem02b.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO Eu gosto muito/ de você, de sua mãe e de sua irmã. Objeto indireto Para isolar o aposto EXEMPLO O restante do material, pedra, tijolos, canos, cimento, será entregue à tarde. Aposto enumerativo Para isolar o vocativo EXEMPLO Maria, há quanto tempo não te vejo! Não mexe com teu irmão, João! CURIOSIDADE Quando você for escrever uma redação oficial, poderá usar vírgula no vocativo, mas também dois pontos: EXEMPLO Prezado Senhor: Em relação ao ofício SEPLAG 24/2018, informamos que... 12 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para isolar o adjunto adverbial, quando este é extenso ou quando se quer destacá-lo EXEMPLO a) No dia seguinte, ele saiu bem cedo para trabalhar. b) Precisei permanecer ali, por alguns dias. Para isolar expressões explicativas, como isto é, por exemplo, ou melhor, a saber, ou seja etc EXEMPLO a) Combinamos que todos contribuirão com a campanha. Eu, por exemplo, doarei dez quilos de alimentos não perecíveis. Para isolar nomes de lugares nas datas e nos endereços EXEMPLO a) Fortaleza, 25 de dezembro de 2001. b) Rua José Vilar, 256. c) Brasília, abril de 2004. d) Iremos passar as férias em São Paulo, isto é, se você não tiver outra ideia melhor. Para separar as orações coordenadas assindéticas EXEMPLO a) Levantava cedo, tomava café, vestia uma roupa, e saia para trabalhar. b) Vim, vi, venci. 13 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para separar as orações coordenadas sindéticas (adversativas, explicativas e conclusivas) EXEMPLO a) A leitura está difícil, mas não desanime. (adversativa) b) Estudou muito, logo tinha de ser aprovado. (conclusiva) c) É necessário que vá logo, pois vai esfriar. (explicativa) IMPORTANTE As conjunções "e", "nem" e "ou" normalmente não vêm seguidas de vírgula. No entanto, a vírgula poderá ser utilizada nos seguintes casos: b) OU: se houver retificação ou alternativa. - Ou tudo, ou nada. - Se precisar de ajuda, ou a dor nas costas exigir massagem, chame um fisioterapeuta. b) E: se os sujeitos forem diferentes. - As crianças calaram-se, e o menino gritou. c) E: se a conjunção vier reiterada. - Os jovens estão felizes, e jogam, e nadam, e conversam, e riem, e brincam. 14 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para separar as orações subordinadas adjetivas explicativas da oração principal EXEMPLO a) Curitiba, que é a capital do Paraná, apresenta boas soluções para o problema do transporte público. b) A água, que é incolor, tem fórmula H2O. c) Aqueles homens, que a tudo assistiram com interesse, ficaram perplexos. IMPORTANTE Não se emprega vírgula para separar as orações subordinadas adjetivas restritivas. Quando as orações subordinadas adverbiais Quando, apesar da etimologia, a sua supressão está inteiramente consagrada pelo uso. EXEMPLO Os torcedores começaram a algazarra, assim que os jogadores entraram em campo. Oração principal vírgula optativa Oração subordinada adverbial temporal Quando vêm antepostas ou intercaladas à oração principal, é obrigatório o uso de vírgulas: 15 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO Assim que os jogadores entraram em campo, os torcedores começaram a algazarra. Oração subordinada adverbial temporal vírgula optativa Oração principal Os torcedores, assimque os jogadores entraram em campo, começaram a algazarra. Oração Principal vírgula optativa Or. Sub. Adv. Temporal vírgula optativa Oração Principal Quando são reduzidas de gerúndio, particípio e infinitivo, a vírgula é obrigatória: EXEMPLO Pensando desse jeito, jamais conseguiria o apoio de seus colegas de equipe. Or. Sub.Adv. Condicional reduzida de gerúndio | vírgula obrigat. | Oração principal Para separar os pleonasmos e as repetições (quando não têm efeito superlativante como em “b”) EXEMPLO a) Nunca, nunca, meu amor, eu hei de perdê-la. b) A casa é linda linda linda (Lindíssima). 16 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 IMPORTANTE É facultativo o emprego da vírgula para marcar o complemento verbal transposto (topicalizado) quando aparece repetido por pronome oblíquo. a) O lobo, viu-o o caçador. ou O lobo viu-o o caçador. b) Ao rico, não lhe devo nada! ou Ao rico não lhe devo nada. Para separar o pronome relativo de oração adjetiva restritiva do termo mais próximo, já que seu antecedente é o termo mais distante EXEMPLO a) O juiz tem que ser pontual no exame dos dados da informação, que [isto é, os dados] não lhe permitam erro ao aplicar a sentença. Para separar as conjunções e os advérbios adversativos (porém, todavia, contudo, entretanto), principalmente quando pospostos EXEMPLO a) A proposta, porém, não condizia com o que eu pensava de fato. b) Eu paguei a dívida, contudo, não quitei a casa. 17 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para indicar, às vezes, a elipse do verbo EXEMPLO a) Ela sai agora; eu, logo mais. Para assinalar a interrupção de um seguimento natural das ideias e se intercalar um juízo de valor ou uma reflexão subsidiária EXEMPLO a) Estava tão cansado, e eu não menos, que preferi ficar mesmo em casa para ler mais um pouco. Para desfazer possível má interpretação resultante da distribuição irregular dos termos da oração, separa-se por vírgula a expressão deslocada EXEMPLO a) De todas as revoluções, para o homem, a morte é a maior e a derradeira. ATIVIDADE Veja vídeo no link a seguir: https://www.youtube.com/watch? v=QJ0ii268x7s 18 https://www.youtube.com/watch?v=QJ0ii268x7s https://www.youtube.com/watch?v=QJ0ii268x7s Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Vírgula pode ser uma pausa... ou não. Não, espere. Não espere. Ela pode sumir com seu dinheiro 23,4 2,34 Pode ser autoritária Aceito, obrigado. Aceito obrigado. Pode criar heróis Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. E vilões Esse, juiz, é corrupto. Esse juiz é corrupto. Ela pode ser a solução. Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. A vírgula muda uma opinião 19 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Não queremos saber. Não, queremos saber. Uma vírgula muda tudo. Conforme o vídeo acima, você pode concluir a força que a vírgula possui em mudar o sentido de uma situação? Seu desafio é em cada situação acima, descrever a significação de cada um dos enunciados que forma cada par. Vamos lá? Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ Ponto e vírgula O ponto e vírgula representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o ponto. Num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte EXEMPLO A vida para uns é bela, é alegre, só traz felicidade; para outros, um fardo pesado a carregar. 20 http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para separar orações coordenadas de certa extensão EXEMPLO “A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa.” (Rubem Braga. O cajueiro). Para separar orações coordenadas assindéticas de sentido contrário EXEMPLO a) João é um ótimo filho; Paulo, ao contrário, é um péssimo rapaz. b) Maria adora brincar com suas bonecas; Luiza, ao contrário, adora jogar futebol com seus irmãos mais velhos. Para separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com conectivo deslocado EXEMPLO a) A avaliação de português foi bem difícil; a de matemática, entretanto, foi bem melhor. b) Consegui tirar férias em dezembro; irei, por conseguinte, visitar meus irmãos na Bahia. 21 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para separar os diversos itens de uma lei, de uma exposição de motivos etc. EXEMPLO “Art. 187. O processo será iniciado: I. por auto de infração; II. por petição do contribuinte interessado; III.por notificação ou representação verbal ou escrita.” (Código das Penalidades e de Processo Fiscais). Ponto O ponto final é o sinal que denota pausa maior. Ele serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo de oração, que não seja interrogativa direta, exclamativa ou reticências. SAIBA MAIS Quando o ponto separa períodos escritos na mesma linha, chama-se ponto simples. (1) Quando o ponto separa períodos em linhas diferentes, chama-se ponto parágrafo. (2) Quando encerra um enunciado, chama-se ponto final.(3) Vamos entender isso melhor? Veja o exemplo a seguir: 22 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO “ Lá pelas tantas, um de nós encostava a cabeça no companheiro mais próximo e fechava os olhos cansado.(1) Depois outro; depois outro.(2) E, quando vovó Candinha acabava a história, todos nós dormíamos uns encostados aos outros, a sonhar com os palácios do fundo do mar, com as fadas e as princesas maravilhosas.” (3) Sem ter relação com a pausa oracional, para acompanhar muitas palavras abreviadas EXEMPLO V. S.ª (Vossa Senhoria), V. Ex.as ou V. Exas. (Vossas Excelências). IMPORTANTE Quando o período, oração ou frase termina por abreviatura, não se coloca o ponto final adiante do ponto abreviativo, pois este, quando coincide com aquele, tem dupla serventia. EXEMPLO a) A mim, impressiona-me as atitudes de V.Sa. b)Podem partir! Não aguardem pela chegada de V. Exa. 23 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 CURIOSIDADE Nas abreviaturas, podem-se usar também as últimas letras, em expoente (ex.: Manuel: M.el ) ou não (ex.: Senhora: Sra.). Por isso, poder-se- á usar as duas formas abreviadas para Vossa Excelência: V. Ex.ª ou V. Exa. Ponto de Interrogação Põe-se ponto de interrogação no fim da oração enunciada com entonação interrogativa ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica. Após as interrogações diretas EXEMPLO a) Que horas são? b) Quem está aí? FIQUE ATENTO A interrogação indireta, não sendo enunciada em entonação especial, dispensa ponto de interrogação da pergunta de sim ou não da pergunta total. 24 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO a) Ele perguntou que horas são. b) Maria perguntou quem está aí. IMPORTANTE Sobre maiúsculas e minúsculas iniciais após a interrogação! A interrogação conclusa no final do enunciado requer maiúscula inicial da palavra seguinte. Já a interrogativa interna, digamos, quase fictícia, não exige essa inicial maiúscula da palavra seguinte. EXEMPLO 1. Você pensa que o dinheiro entra fácil nesta casa? Folgado! 2. – Como se chama seu irmão? – Meu irmão? é o Daniel, aquele que trabalha aos domingos na feira. 3. – Esqueceu de algo? perguntou Marcelo de pé, ao olhar para mim. CURIOSIDADE O ponto de interrogação, em um determinado diálogo, poderá aparecer sozinho ou acompanhado do ponto de exclamação para indicar o estado de dúvida do personagem diante de um fato. EXEMPLO a) – O dono da casa veio aqui e disse que próximo mês são mais 100 reais! 25 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 b) – Como assim?! disse o inquilino assustado. Ponto de exclamação O ponto de exclamação tem pausa e entonação não uniformes e pertence mais à Estilística que a Gramática. No fim da oração enunciada com entonação exclamativa EXEMPLO a) Que linda, aquela bailarinaespanhola! b) Como você está crescida! Após uma interjeição EXEMPLO a) Ah! Que delícia de sorvete! b) Salve! Salve! 26 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Em frases imperativas (substituindo o ponto) EXEMPLO a) Amanda! Perdoa tua mãe! b) “Colombo! Fecha a porta dos teus mares!” (Castro Alves. O navio negreiro) Em algumas frases optativas (substituindo o ponto) EXEMPLO a) Boa viagem! b) Até mais tarde! Após alguns vocativos (substituindo a vírgula) EXEMPLO a) Joana! Isto não está correto! b) “Terra adorada Entre outras mil, És tu, Brasil, Ó Pátria amada!” (Hino Nacional) 27 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 IMPORTANTE As mesmas observações, aplicadas ao ponto de interrogação, no que se refere ao emprego do ponto final e ao uso da inicial maiúscula ou minúscula da palavra seguinte aplicam-se ao ponto de exclamação. Reticências As reticências denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor nos toma a palavra), ou há excitação ao enunciar nossos pensamentos. EXEMPLO a) Ao proferir tais palavras, havia um tremor na voz de Marcelo; isso lhe parecia impossível de acreditar… b) – Você não imagina do que ele é capaz: fala mal de todo mundo e aqui fica calado. Ainda ontem… Posso falar, Diego? c) – Bem, eu moro na rua… – Não me interessa onde você mora, menino! Ainda, podemos empregar as reticências: 28 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Em citações não completas EXEMPLO a) “… Inácio avermelhou de novo e novamente saiu fora de si.” (Monteiro Lobato. Cidades mortas). b) “A cara larga do velho, toda raspada, os cabelos brancos…” (José Lins do Rego. Fogo morto). Para indicar uma interrupção brusca da frase EXEMPLO a) “Não… quar… quarent… quar…” (Machado de Assis). Para indicar que o término da frase deve ser imaginado pelo leitor EXEMPLO a) “Mas um dia… me ausentaram…” (Juvenal Galeno. Cajueiro pequenino). Para indicar ironia EXEMPLO a) Joaquina tinha um “belo perfil”: o que lhe faltava em queixo, tinha-o em nariz…/ 29 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Sinais de Pontuação – parte 2 OBJETIVO: Fazer com que o aluno compreenda o real uso dos sinais de pontuação (os de comunicação e mensagem) na escrita, valendo-se de algumas regras. Dois-pontos É um sinal de pontuação que coresponde a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação descendente (ao contrário da entoação ascendente da pergunta). Usam-se dois pontos: Antes de uma citação (letra maiúscula após a pontuação) EXEMPLO a) “E o pastor prosseguiu: – Sois vós realmente os verdadeiros ouvintes do meu sermão de hoje sobre a mentira.” (João Ribeiro, Cartas devolvidas). b) “… mas o baiano repetiu: – Acuda, seu cadete, que o assado vai de trote!…” (J. Simões Lopes Neto. Casos do Romualdo) 30 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Antes de uma enumeração (letra minúscula após a pontuação) EXEMPLO a) Comprou dois presentes: uma caneta e um livro. b) Preciso de duas coisas este ano: saúde e paz. CURIOSIDADE Segundo Bechara, (2015, p. 631), “a imprensa brasileira usa e abusa dos dois-pontos para resumir, às vezes numa síntese de pensamento difícil de ser acompanhada, certas notícias”. EXEMPLO a) Verão: cidade desprotegida das chuvas.Cajueiro pequenino). Figura 5: Jornal Fonte: Google 31 http://localhost:8081/imagens/Figura05.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Antes de uma explicação (letra minúscula, após a pontuação) EXEMPLO a) Não vai haver aula hoje: é feriado nacional. b) Quando eu o vi, fiquei contente: sabia que me traria boas notícias. CURIOSIDADE Para saber se é uma explicação, substitua os dois-pontos por um “porque”. Antes de uma complementação (letra minúscula, após a pontuação) EXEMPLO a) A mãe sempre está preocupada com uma coisa: a segurança dos filhos. b) “O fígado só tem uma ideologia: cuidado com as imitações.” (Luís Fernando Veríssimo) CURIOSIDADE Para saber se é uma complementação, faça a seguinte pergunta depois dos dois-pontos: Qual? Antes de uma conclusão (letra minúscula após a pontuação) EXEMPLO a) O apartamento tinha poucos móveis e esses eram velhos e quebrados: 32 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 uma droga! b) As passagens para Paris estão bem baratas: não podemos perder esta oportunidade! a. CURIOSIDADE Para saber se é uma conclusão, substitua os dois-pontos por “logo”. IMPORTANTE Nos vocativos de cartas e há três possibilidades de uso da pontuação: a. Senhor Diretor (ausência: versão moderna, mais limpa e econômica) b. Senhor Diretor: (com dois pontos) c. Senhor Diretor, (com vírgula) Nas expressões que seguem aos verbos dizer, retrucar, responder e semelhantes e que encerram a declaração textual, ou que assim julgamos, de outra pessoa EXEMPLO a) O apartamento tinha poucos móveis e esses eram velhos e quebrados: uma droga! b) As passagens para Paris estão bem baratas: não podemos perder esta oportunidade! 33 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Aspas simples e Aspas duplas De um modo geral, usamos as aspas duplas, porém, pode haver, para empregos diferentes, o uso das aspas simples. Em trabalhos científicos sobre línguas, as aspas simples se referem a significados ou sentidos: amare, lat. ‘amar’ port. Às vezes, utiliza-se o itálico ou o sublinhado para tal aplicação, porém, vemos isso cada vez menos frequente no texto impresso. As aspas também são empregadas: a. para dar a certa expressão sentido particular (na linguagem falada é, em geral, proferida com entonação especial); b. para ressaltar uma expressão dentro de um determinado contexto; c. ou para apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. Vamos às regras? As aspas são empregadas nos seguintes casos: Em citações ou transcrições literárias EXEMPLO a) De acordo com Martins (2010, p. 197), “declaração é um documento que se assemelha ao atestado, mas que não deve ser expedido por órgãos públicos.” b) “Concluindo, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder!” (Efésios, 6:10). 34 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Em palavras ou expressões estrangeiras EXEMPLO a) Quero uísque “on the rocks”. b) Eu diria que estou “busy” demais por hoje! IMPORTANTE Se o termo estrangeiro já foi incorporado à língua portuguesa na sua forma original, use-o sem itálico. Em geral, esses termos estão registrados nos dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. São palavras de uso amplo, como: marketing, office boy, blog, royalty, commodity, design, download, free shop, on-line, iceberg. Fonte: https://www12.senado.leg.br Veja na biblioteca listas de palavras que já foram dicionarizadas. Para realçar uma expressão com ironia EXEMPLO a) João, com seus 90 quilos, está tão “magrinho”. b) Ele contou apenas uma “mentirinha”. Para assinalar um termo que precisa ser realçado EXEMPLO a) A palavra “q” pode ser analisada de diversas formas. b) Antes de “p” e “b” só se escreve “m”. 35 https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao/redacao-e-estilo/estilo/estrangeirismo https://drive.google.com/file/d/1Hl2ZndUErSmIZsMX8Hopnu4EELuAWGb6/view Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para gírias e expressões de nível vulgar EXEMPLO a) Ela acabou se apaixonando por um “sordado”. b) O espetáculo de música estava a maior “curtição”. IMPORTANTE 1. Quando as aspas abrangem parte do período, o sinal de pontuação é colocado depois delas. a) Foi para o Caribe a bordo do navio “Explorer of the Seas”. 2. Quando as aspas abrangem todo o período, o sinal de pontuação é colocado antes delas. b) “Nem tudo que reluz é ouro.” 3. Quando já há aspas numa transcrição ou numa citação, empregam- se as aspas simplesou o negrito (ou o itálico). a) “Também foi aprovada uma recomendação para que os estados- partes promovam estudos destinados a implementar um ‘cluster’ embrionário do Mercosul, considerado imperioso para a melhoria genética das raças bovinas dos países que integram o bloco econômico.” b) “O substitutivo permite que a exportação possa ser -viabilizada por meio de tradings(empresas que fazem a intermediação entre o exportador e o importador).” 36 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Travessão Você não deve confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir vírgulas, parênteses, colchetes para assinalar uma expressão intercalada. Vamos às regras? Usa-se o travessão: Figura 1: Blah! 37 http://localhost:8081/imagens/Figura06.png Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para indicar, nos diálogos, mudança de interlocutor EXEMPLO a) “ – Por que você não toca? – Eu queria, mas tenho medo. – Medo de quê? – Dos bichos-feras. – Que bichos-feras?” (José J. Veiga. Os cavalinhos de Platiplanto) Para isolar termos ou orações intercaladas (como desempenha função sintática análoga à dos parênteses, usa-se geralmente o travessão duplo) EXEMPLO a) “Eles eram muitos cavalos, – rijos, destemidos, velozes – entre Mariana e Serro Frio, Vila Rica e Rio das Mortes.” (Cecília Meireles, Romanceiro da Inconfidência) b) “Chamei Diadorim – e era um chamado com remorso – e ele veio, se chegou.” (J. Guimarães. Grande sertão: veredas) 38 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 IMPORTANTE Às vezes, substituem-se os dois pontos pelo travessão: EXEMPLO “Era mesmo o meu quarto – a roupa da escola no prego atrás da porta, o quadro da santa na parede, os livros na estante de caixote que eu mesmo fiz, aliás, precisava de pintura.” (José J. Veiga. Os cavalinhos de Platiplanto) CURIOSIDADE Como se faz o travessão no teclado do computador? Existem três formas diferentes para fazer o travessão no teclado do computador. Opção 1 Alt + 0151 Opção 2 Ctrl + Alt + - (teclado numérico) Opção 3 AltGr - (teclado numérico)Como se faz o travessão no teclado do computador? Existem três formas diferentes para fazer o travessão no teclado do computador. Opção 1 Alt + 0151 Opção 2 Ctrl + Alt + - (teclado numérico) Opção 3 AltGr - (teclado numérico) SAIBA MAIS Pode haver vírgula após o travessão: 39 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO a) “Duas, três vezes por semana, havia de lhe deixar na algibeira das calças – umas largas calças de enfiar – , ou na gaveta da mesa, ou ao pé do tinteiro, uma barata morta.” (Machado de Assis) CURIOSIDADE A meia-risca ou meio-traço Muito confundido com o hífen e com o travessão, a meia-risca ou meio-traço é um sinal gráfico usado para unir elementos enumerados em série, como letras ou números, separando as extremidades de um intervalo e indicando ausência. Exemplos de uso da meia-risca: EXEMPLO a) 1983–2013; b) J–M; c) a ponte aérea São Paulo–Manaus. Como se faz a meia-risca? Existem duas formas diferentes para fazer a meia-risca no teclado do computador. Opção 1 Alt + 0150 Opção 2 Ctrl + - (teclado numérico) Meia-risca, hífen e travessão A meia-risca apresenta um tamanho intermediário entre o hífen e o 40 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 travessão. - hífen – meia-risca — travessão Fonte: https://www.normaculta.com.br/meia-risca-ou-meio-traco/ Parênteses Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico mais completo dentro do enunciado, além de estabelecerem maior intimidade entre o autor e seu leitor. Em geral, a inserção de parênteses é assinalada por uma entonação especial. Quando uma pausa coincide com o início de uma construção parentética, o respectivo sinal de pontuação deve ficar depois dos parênteses, mas estando a proposição ou a frase inteira encerrada pelos parênteses, dentro deles se põe a competente notação EXEMPLO a) Não, filhos meus (deixai-me experimentar, uma vez que seja, convosco, este suavíssimo nome); não: o coração não é tão frívolo, tão exterior, tão carnal, quanto se cuida. (Rui Barbosa). 41 https://www.normaculta.com.br/meia-risca-ou-meio-traco/ Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 b) A imprensa (quem a contesta?) é o mais poderoso meio inventado para a divulgação do pensamento. (Carta inserta nos Anais da Biblioteca Nacional, vol I). SAIBA MAIS Parênteses quebrados ou angulares [< >] Os parênteses quebrados ou angulares são usados, principalmente, na representação dos grafemas de uma palavra. São também utilizados em bibliografias e na indicação das fontes de uma consulta na Internet. Exemplos de parênteses quebrados ou angulares: 1. O grafema < x > representa diversos fonemas. 2. Aliteração, <http://www.normaculta.com.br/aliteracao/>, com acesso em 25 de julho de 2017. Colchetes Os colchetes estão intimamente ligados aos parênteses por sua função discursiva. Os colchetes estão intimamente ligados aos parênteses por sua função discursiva. Utilizam-se os colchetes: 42 http://www.normaculta.com.br/aliteracao/ Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Quando já se acham empregados os parênteses, para introduzir uma nova inserção EXEMPLO a) Existem dois tipos de orações coordenadas: as sindéticas [ligadas através de uma conjunção] e as assindéticas [ligadas através de uma pausa (normalmente simbolizada pela vírgula)]. Para preencher lacunas de textos ou ainda para introduzir, principalmente em citações, adendos ou explicações que facilitam o entendimento do texto EXEMPLO Machado de Assis escreveu muitas cartas a Sílvio Dinarte [pseudônimo de Visconde de Taunay, autor de “Inocência”]. Nos dicionários e gramáticas, para explicitar informações como a ortoépia, a prosódia etc., no que também podem ser usados os parênteses EXEMPLO a) amor- (ô). [Do lat. amore.] 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de sua terra. (Novo Dicionário Aurélio) 43 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Para indicar omissões de partes na transcrição de um texto EXEMPLO a) “É homem de sessenta anos feitos [...]corpo antes cheio que magro, ameno e risonho.” (Machado de Assis) Com a palavra latina sic, em transcrições, para identificar erros no texto original. Além de aparecer entre colchetes, a palavra sic também costuma aparecer em itálico, levemente inclinada para a direita EXEMPLO a) “Todos queriam saber se o concerto [sic] da televisão era fácil.” b) “Foi quando el [sic] rei chegou ao Brasil.” Chave aberta e fechada Chaves são sinais gráficos usados para indicar a reunião de diversos itens relacionados que formam um grupo, bem como a reunião das diversas divisões de um assunto. 44 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 A chave tem aplicação maior em obras de caráter científico EXEMPLO a) O radical do verbo encontrar é {encontr-}. b) Múltiplos de 3: {0, 3, 6, 9, 15, 18, 21, 24,… } SAIBA MAIS Sobre o asterisco (*) O asterisco é colocado depois e em cima de uma palavra do trecho para se fazer uma citação ou comentário qualquer sobre o termo ou o que é tratado no trecho (nesse caso, o asterisco se põe no final do período). Emprega-se ainda um ou mais asteriscos depois de uma inicial para indicar uma pessoa cujo nome não se quer ou não se pode declinar. EXEMPLO a. O Dr. * conversou com a paciente sobre seu problema. b. O jornal ** não quis se manifestar sobre o assunto. Fonte: Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. SAIBA MAIS Acesse: https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao 45 https://www12.senado.leg.br/manualdecomunicacao LínguaPortuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Barra oblíqua [/] A barra oblíqua é usada tanto para separar como para juntar conceitos relacionados. Pode ser usada para separar tanto palavras como números, em situações específicas. EXEMPLO a) Você pode escolher carne e/ou peixe. b) Não ultrapasse 120km/h. c) 07/07/2014. Parágrafo [§] Um parágrafo é uma unidade de sentido inserida dentro de um texto. Engloba um conjunto de frases que se estruturam em torno de um grupo de ideias. Num texto, os parágrafos são identificados com um espaçamento na sua primeira linha, não sendo usado o sinal gráfico de parágrafo. Esse sinal tem pouco uso, sendo usado majoritariamente na designação de artigos de leis. EXEMPLO “Art. 33. A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. § 1.º Considera-se: a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; b) regime semiaberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial 46 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 ou estabelecimento similar; c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.[…]” Alínea [a)] A alínea é uma forma de estruturação da informação. Através do seu uso, a informação fica dividida em subtópicos. EXEMPLO Os termos acessórios da oração são: a) Adjunto adnominal; b) Adjunto adverbial; c) Aposto. Uso da Crase – parte 1 OBJETIVO: é fazer com que você, ao final, esteja apto a: Compreender o processo de formação da crase; Identificar situações em que haja contração de dois fonemas /a/, tornando-se necessário, assim, utilizar o acento grave para marcar esse processo; Utilizar o acento grave para marcar a presença da crase. Definindo! A crase é a superposição de dois fonemas /a/. Geralmente, a preposição "a" e o (s) artigo(s) "a(s)", ou a preposição "a" inicial dos pronomes 47 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Essa superposição é marcada por um acento chamado grave ( ` ). IMPORTANTE 1. O acento grave que aparece sobre o "a" não constitui, pois, a crase, mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido uma união de dois /a/ (crase). 2. Para haver crase, é indispensável a presença da preposição "a", que está relacionada a uma questão de regência. Por isso, quanto mais você conhecer a regência de certos verbos e nomes, mais fácil será para você ter o domínio sobre a crase. Estudaremos sobre esse assunto na aula 3. Antes de começar, gostaríamos de dividir nossa aula em quatro partes. 1ª: casos em que a crase é obrigatória; 2ª: casos em que a crase é facultativa; 3ª: casos especiais sobre o uso da crase; e 4ª: casos em que não existe crase. Acreditamos que, desse modo, ficará mais fácil você internalizar o uso da crase, okay? Vamos começar? 48 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório Sempre existirá crase em locuções prepositivas, locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham enquanto núcleo um substantivo feminino EXEMPLO a) À queima-roupa, às vezes, às oito horas, à custa de, às cegas, à medida que, às mil maravilhas, às escuras, às tontas etc. IMPORTANTE 1. Não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as vezes de, em que não há crase, pois o as é artigo definido puro. a. Ele se aborrece às vezes. (de vez em quando) b. Quando o maestro falta aos ensaios, o violinista faz as vezes de regente. (substituir) Quando a expressão “à moda de” estiver subentendida (nesse caso, mesmo se a palavra subsequente for masculina, haverá crase) EXEMPLO a) No banquete, serviram lagosta à Termidor. b) Os homens que tinham olhos à Alain Delon eram os mais bonitos. 49 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Quando as expressões “rua”, "avenida", “loja”, “estação de rádio” etc. estiverem subentendidas EXEMPLO a) Dirigiu-se à Santos Dumont. (Avenida). b) Fomos à Atlântico Sul. (Estação de rádio). c) Gosto de ir à Riachuelo (Loja). Quando está implícita uma palavra feminina EXEMPLO a) Esta religião é semelhante à dos evangélicos. (à religião dos…) IMPORTANTE Excluída a hipótese de qualquer um dos casos anteriores, devemos substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática. Se ocorrer “ao” para a palavra masculina, haverá crase no “a” para o feminino. Se, na substituição, ocorrer “a” ou “o” no masculino, não haverá crase no “a” do feminino. O problema consiste em descobrir o masculino de certas palavras, como conclusão, vezes, certeza, morte etc. Faz-se importante frisar que não há necessidade alguma de que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática! EXEMPLO a) Fomos à cidade comprar pão. → ao supermercado. 50 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 b) Pedi um favor à diretoria do time → ao diretor. c) Ela é insensível à dor dos outros. → ao sofrimento. d) O perfume cheira a rosa → a cravo. e) O professor chamou a aluna. → o aluno. FIQUE ATENTO Não confundir devido com dado (a, os, as) A primeira expressão pede preposição "a", havendo crase antes de palavra feminina determinada pelo artigo definido. a. Devido à discussão de ontem, houve um mal estar no ambiente. (devido ao barulho de ontem...) A segunda expressão não aceita preposição a ( o “a” que aparece é artigo definido). a. Dada a questão que envolve o rapaz... (dado o problema...) b. Dadas as respostas, o aluno conferiu o gabarito. (dados os resultados...) Antes de pronome interrogativo, não ocorre crase. a. A que professor você está se referindo? Na expressão valer a pena (no sentido de valer o sacrifício, o esforço) não ocorre crase, pois o “a” é artigo definido. a. Tudo vale a pena quando é por amor. Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo 51 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Antes de nomes próprios femininos EXEMPLO a) Enviei uma carta à Lúcia. b) Enviei uma carta a Lúcia. IMPORTANTE Na língua portuguesa, pode-se ou não empregar artigo antes de nomes de pessoas. Por isso, mesmo que a crase esteja presente, a preposição é facultativa. Quando o nome próprio feminino vier acompanhado de uma expressão que o determine, haverá crase porque o artigo definido estará presente. EXEMPLO a) Dedico esta canção à Ely, minha amiga. [A (artigo definido) Ely adora MPB.] Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular EXEMPLO a) Eu pedi um café à minha secretária. b) Eu pedi um café a minha secretária. A explicação é a mesma no que concerne ao item anterior: o pronome adjetivo possessivo aceita um artigo antes dele, mas não o exige. (Minha secretária viajou. /A minha secretária viajou). Assim, mesmo com a presença da preposição, a crase é facultativa. 52 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 O caso abaixo não é propriamente facultativo Diante desse caso, os gramáticos se dividem em duas correntes: Uma que proíbe o uso do acento indicativo de crase, alegando que, no masculino, a expressão não aceita o artigo, mas somente a preposição “a” pura e simples; outra que preconiza o uso do acento indicativo de crase por motivo de clareza. Isso acontece em expressões do tipo: EXEMPLO a) O ladrão foi ferido a faca (ou à faca). No masculino, o a fica inalterado; diz-se: O ladrão foi ferido a facão (ou a revólver). b) Comprei a bicicleta a vista (ou à vista). No masculino, o a contínua inalterado: Comprei a prazo. c) Ela escreve a máquina (ou à máquina). No masculino, diz-se: Escreve a lápis. Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial Nomes de localidades No que se refere a localidades, há as que admitem artigo antes destas e as que não admitem. Ou seja, diante das primeiras, desde que se comprove a presença dapreposição, haverá crase, e diante das segundas, não. CURIOSIDADE Para saber se o nome de uma localidade aceita artigo, deve-se substituir o verbo da frase pelos verbos estar e vir. Se ocorrer a combinação “na” com o verbo estar os “da” com o verbo "VIR", haverá crase com o “a” da frase original. Se ocorrer “em” ou “de”, não haverá crase. 53 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 EXEMPLO a) Enviou seus representantes à Paraíba (estou na Paraíba; vim da Paraíba). b) O avião dirigia-se a Santa Catarina (estou em Santa Catarina; vim de Santa Catarina). c) Pretendo ir à Europa (estou na Europa; vim da Europa). IMPORTANTE Os nomes de localidades que não admitem artigo passarão a admiti-lo, quando vierem determinados: a) Porto Alegre indeterminadamente não aceita artigo: Vou a Porto Alegre (estou em Porto Alegre; vim de Porto Alegre). Mas, acompanhado de uma expressão que a determine, passará a admiti-lo: Vou à grande Porto Alegre (estou na grande Porto Alegre, vim da grande Porto Alegre). b) Vejamos este caso com Madri Iremos a Madri para ficar três dias. Iremos à Madri das touradas para ficar três dias. 54 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo Quando a preposição “a” surge diante desses demonstrativos, devemos sobrepor essa preposição à primeira letra dos demonstrativos e indicar o fenômeno mediante um acento grave. EXEMPLO a) Enviei convites àquela senhora (a+ aquela). b) A solução não se relaciona àqueles problemas (a + aqueles). c) Não dei atenção àquilo (a + aquilo). CURIOSIDADE Pode-se, ainda, substituir os demonstrativos aquele(s), aquela (s), aquilo pelos demonstrativos este (s), esta (s), isto, respectivamente. Se, antes destes últimos, surgir a preposição “a”, estará comprovada a hipótese do acento grave para marcar a crase sobre o a inicial dos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo. Se não surgir a preposição a, estará negada a hipótese da crase. EXEMPLO a) Enviei cartas àquela moça.Enviei cartas a esta moça. b) A solução não se relaciona àqueles problemas.A solução não se relaciona a estes problemas. c) Não prestei atenção àquilo.Não prestei atenção a isto. d) A solução era aquela apresentada ontem.A solução era esta apresentada ontem. 55 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Sobre a palavra “casa” Quando a expressão casa significa “lar”, “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, não há crase: EXEMPLO a) Chegamos alegres a casa. b) Assim que saiu do escritório, dirigiu-se a casa. c) Iremos a casa à noitinha. IMPORTANTE Este tipo de construção é mais comum em Portugal. No Brasil, utiliza-se geralmente “para casa”. Se a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva, então haverá crase: EXEMPLO a) Levaram-me à casa de Lúcia. b) Dirigiram-se à casa das máquinas. c) Iremos à encantadora casa de campo da família Souza. Sobre a palavra “terra” Não há crase quando a palavra "terra" significa oposto a “mar”, “ar” ou “bordo”: EXEMPLO a) Os marinheiros ficaram felizes, pois resolveram ir a terra. b) Os astronautas desceram a terra na hora prevista. 56 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Há crase, quando a palavra significa “solo”, “planeta”, ou “lugar onde a pessoa nasceu”: EXEMPLO a) O colono dedicou à terra os melhores anos de sua vida. b) Voltei à terra onde nasci. c) Viriam à Terra os marcianos? Sobre a palavra “distância” Não se usa crase diante da palavra distância, a menos que se trate de distância determinada: EXEMPLO a) Via-se um monstro marinho à distância de quinhentos metros. b) Estávamos à distância de uma milha de Los Angeles. FIQUE ATENTO Mas, não há crase, nos seguintes contextos: EXEMPLO a) A distância, via-se a praia. b) Olhava para mim a distância. Casos em Que Não Existe o Uso da Crase 57 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 Antes de palavra masculina, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Chegou a tempo no aeroporto. b) Eu vim a pé. c) Vende a prazo naquela loja. Antes de verbo, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Fiquei a admirar João. b) Ela começou a ter alucinações. Antes de artigo indefinido, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Levamos a mercadoria a uma firma. b) Refiro-me a uma pessoa educada. Antes de expressão de tratamento introduzida pelos pronomes possessivos “vossa” ou “sua” ou ainda a expressão “você” (forma reduzida de Vossa Mercê), o “a” é apenas uma preposição EXEMPLO a) Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria. 58 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 b) Traremos a Vossa Majestade, o rei Hubertus, uma mensagem de paz. c) Eles queriam oferecer flores a você. Antes dos pronomes demonstrativos “esta” e “essa”, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Eu me refiro a esta carta. b) Os críticos não deram importância a essa obra. Antes dos pronomes pessoais, o “a” é apenas uma preposição EXEMPLO a) Nada revelei a ela. b) Dirigiu-se a mim com ironia. Antes dos pronomes indefinidos com exceção de “outra”, o “a” é apenas uma preposição EXEMPLO a) Direi isso a qualquer pessoa. b) A entrada é vedada a toda pessoa estranha. IMPORTANTE Com o pronome indefinido outra(s) pode haver crase porque este, às 59 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 vezes, aceita o artigo definido a(s). EXEMPLO a) As cartas estavam coladas umas às outras (no masculino, ficaria “os cartões estavam colados uns aos outros”). Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte estiver no plural, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Falei a vendedoras desta empresa. b) Refiro-me a pessoas curiosas. Quando antes do “a” existir preposição o “a” é apenas um artigo EXEMPLO a) Ela compareceu perante a direção da empresa. b) Os papéis estavam sob a mesa. IMPORTANTE Exceção feita, às vezes, para “até a”, por motivo de clareza. EXEMPLO A água inundou a rua até à casa de Maria (= a agua chegou perto da casa); se não houvesse o sinal da crase, o sentido ficaria ambíguo; a água 60 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 inundou a rua até a casa de Maria(=inundou inclusive a casa de Maria). Quando “até” significa “perto de”, é preposição; quando significa “inclusive”, é partícula de inclusão. Com expressões repetitivas, o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) Tomamos o remédio gota a gota. b) Enfrentaram-se cara a cara. Com expressões tomadas de maneira indeterminada o "a" é apenas uma preposição EXEMPLO a) O doente foi submetido a dieta leve (no masculino= foi submetido a repouso, a tratamento prolongado etc.) b) Prefiro terninho a saia e blusa (no masculino = prefiro terninho a vestido). 61 Língua Portuguesa: Noções Gramaticais - Módulo 02 REFERÊNCIAS BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa: nova edição revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. ______. A nova ortografia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. ______. O que muda com o novo acordo ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008. CEREJA, William e MAGALHÃES, Thereza. Gramática: texto, reflexão e uso. São Paulo: Atual, 2004. MARTINS, D.; ZILBERKNOP, L. Português Instrumental. São Paulo: Atlas, 2010. NOGUEIRA, Duda. Revisaço: Língua Portuguesa. Salvador: Juspodivm, 2015. TRAVAGLIA, Luiz Carlos. Gramática e Interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 1997. SITES CONSULTADOS www.academia.org.br http://educador.brasilescola.uol.com.br/ www.portaldoprofessor.mec.gov.br www.normaculta.com.br 62 https://www.normaculta.com.br/ http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html http://educador.brasilescola.uol.com.br/ https://www.academia.org.br/ Apresentação Objetivo Pontuação Revisão Sinais de Pontuação A Pontuação e o Entendimento do Texto Sinais de Pontuação – Parte 1 Vírgula Ponto e vírgulaPonto Ponto de Interrogação Ponto de exclamação Reticências Sinais de Pontuação – parte 2 Dois-pontos Aspas simples e Aspas duplas Travessão Parênteses Colchetes Chave aberta e fechada Barra oblíqua [/] Parágrafo [§] Alínea [a)] Uso da Crase – parte 1 Casos em Que o Uso da Crase é Obrigatório Casos em Que o Uso da Crase é Facultativo Casos em Que o Uso da Crase Torna-se Especial Casos em Que Não Existe o Uso da Crase REFERÊNCIAS
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