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Carga horária: 40h Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Sumário Apresentação 3 Módulo 1 – Conceitos de gestão da pecuária leiteira 4 Administração da pecuária leiteira 5 Estrutura de custo da pecuária leiteira 7 Módulo 2 - Gestão do suporte forrageiro e da nutrição do rebanho 8 Demanda e oferta de forragem 9 Conservação e reserva estratégica de forragens 12 Manejo nutricional 18 Módulo 3 – Gestão das instalações e dos equipamentos 15 Instalações básicas da pecuária leiteira 15 Módulo 4 – Gestão do melhoramento genético e da reprodução 18 Seleção e cruzamento 20 Fisiologia de reprodução 22 Manejo reprodutivo 23 Módulo 5 – Gestão do manejo e da sanidade do rebanho 26 Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras 27 Manejo sanitário 28 Módulo 6 – Gestão da ordenha, qualidade do leite e resultado técnico-econômico 31 Encerramento 36 Atividade - Vamos Pensar Juntos - Planejamento 38 Fichas de campo 49 Fichas individuais 54 3Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Apresentação Olá! É com alegria que apresentamos a você o e-book Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite. Este material foi especialmente preparado para você, que quer aumentar a produtividade e a rentabilidade da produção de leite! Aqui, nosso objetivo principal é apresentar a você as técnicas de gestão dos principais fatores que afetam a pecuária leiteira com base no manejo racional e nas boas práticas de produção. Lembre-se! Você terá sucesso garantido na busca por crescimento pessoal e profissional se mantiver a organização e a dedicação durante o caminho. Leve esse e-book com você e consulte-o sempre! Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite4 Módulo 1 – Conceitos de gestão da pecuária leiteira Você sabia que o leite é o alimento mais consumido no mundo? Estima-se que aproximadamente 480 milhões de toneladas são consumidas por ano na forma de leite fluido, iogurtes, queijos, sorvetes e outros derivados. Enquanto a produção de leite aumentou, o número de vacas ordenhadas diminuiu. A explicação é o aumento de aproximadamente 60% na produtividade média de leite por vaca, que passou, nos últimos 20 anos, de 1.618 L/vaca/ano para 2.621 L/vaca/ano. Para profissionalizar a atividade, é muito importante conhecer o sistema de produção e de custos, bem como o planejamento, a execução e o monitoramento de um plano de ação. Mas você não está só! Saiba que organizar-se para comprar insumos e vender o leite em conjunto é uma estratégia que resulta em preços mais atrativos! Para ter sucesso e aumentar a produção de leite, o produtor deve investir em animais de qualidade com o manejo apropriado. Muitas vacas de baixa produção aumentam as despesas e não trazem resultado. Você já havia pensado nisso? Tome nota Principais fatores que afetam a produção e a qualidade do leite Para que o nosso objetivo de produzir leite com eficiência e lucratividade seja concretizado, ter atenção a todos os fatores que afetam a produção e a qualidade do leite de maneira conjunta. 5Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Observe que a gestão da produção de alimentos e da alimentação, do melhoramento genético, do bem-estar animal, das instalações e dos equipamentos, da reprodução, da saúde, do manejo do rebanho, da higiene de ordenha e a administração são os principais fatores que merecem atenção e a aplicação de tecnologias apropriadas. Boas práticas agropecuárias (BPA) As boas práticas agropecuárias aplicadas à pecuária leiteira tratam da implementação de procedimentos adequados a todas as etapas da produção de leite. Elas enumeram diretrizes relacionadas à segurança do consumidor e à gestão econômica, social e ambiental de propriedades leiteiras. Para atingir os objetivos, os produtores de leite devem aplicar os princípios de BPA nas seguintes áreas: nutrição (alimento e água); bem-estar e saúde animal; higiene na ordenha; meio ambiente e gestão socioeconômica. A gestão dos recursos ambientais deve ser levada a sério, pois toda a produção de leite depende dos recursos naturais. Por isso, a proteção das fontes de água, a conservação do solo, o manejo dos resíduos e a eficiência energética sempre devem ser observados de perto. Como a pecuária leiteira é uma das atividades que mais ocupa mão de obra no campo, a capacitação dos trabalhadores é de vital importância nas propriedades. Assim, é possível conhecer e mitigar os riscos envolvidos nas atividades rotineiras, como o preparo e o fornecimento de alimentos, a lida com os animais, a aplicação de agroquímicos, vacinas e medicamentos. Administração da pecuária leiteira O planejamento é fundamental para balizar decisões a serem tomadas. Veja os passos a seguir e utilize as fichas disponibilizadas no Ambiente de Estudos (que também estão no fim deste e-book) para preencher com os seus dados. PASSO 1 Atribua valores de mercado aos itens pertinentes. Sem isso, não é possível calcular os custos de produção. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite6 PASSO 2 Analise as conjunturas interna e externa e elenque os pontos fortes e fracos da propriedade e da região para exercer a atividade na sua plenitude. A partir daí, trace o objetivo e a meta (quantificada e com prazo definido). PASSO 3 Em seguida, coloque no papel o detalhamento de cada passo necessário para atingir a meta dentro do prazo determinado. Antes de partir para o detalhamento, você pode fazer uma listagem geral para verificar a necessidade e o cronograma de investimento. Caso não esteja ao seu alcance, rea- juste a meta e faça a adequação dos itens. PASSO 4 Nesta etapa, faça um detalhamento de cada um dos itens da listagem geral. A planilha deve ser atualizada à medida que você executa o trabalho. Dessa forma, você vai ter controle sobre o que foi planejado e o que foi executado. Na fazenda Santa Felicidade, Augusta sabe que as matrizes de qualidade constituem um relevante investimento. Então, devemos começar com o preparo das condições necessárias para uma boa produção, como produção de alimentos, instalações (simples e funcionais) e outros. Em seguida, é a hora de trocar as vacas mais comuns por outras, de maior potencial genético. Às vezes, será necessário vender duas ou três vacas comuns para comprar uma de maior qualidade, mas valerá a pena! Ordenhando ideias Escrituração zootécnica Agora que você já sabe como fazer seu planejamento, chegou a hora de entender a escrituração zootécnica. O controle do rebanho, chamado de zootécnico, contempla os registros genealógicos, produtivos, reprodutivos e sanitários. Para fazer esse controle, utilizamos dois registros: a ficha de campo e a ficha individual. A primeira traz as anotações em cadernos de campo, de fácil acesso e uso rotineiro. Na segunda, os dados coletados no campo são registrados e arquivados, geralmente na sede da fazenda. 7Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Agora, com os dados colhidos no campo, você passa para a ficha individual. Cada vaca deve ter um registro (nome ou número) que se relaciona à respectiva ficha individual. Esse é o principal instrumento aplicado na seleção dos animais e no melhoramento genético. Controle financeiro Agora que você já sabe como fazer o planejamento da fazenda e o controle zootécnico, está na hora de aprender a estabelecer o controle financeiro. Os gastos (despesas) e ganhos (receitas) devem ser anotados em detalhes, sem esquecer nenhum, pois isso prejudicaria a contabilidade. Para fazer esse controle, você pode usar livros de fluxo de caixa, disponíveis na maioria das papelarias. Além da porteira Estrutura de custo da pecuária leiteira A primeira metodologia de análise de custos utiliza os conceitos de custos fixos e variáveis. Os custos fixos são aqueles que não variam de acordo com a quantidade produzida e cuja duração é maior do que um ciclo de produção, que, no caso do leite, é de 1 ano. Consideramos a depreciação dos itens de vida útil com duração de mais de um ano, como instalações,equipamentos etc. Custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a quantidade produzida, cuja duração é igual ou menor que 1 ano. Podem-se citar mão de obra, despesas com alimentação, reprodução, medicamentos e despesas gerais. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite8 Módulo 2 - Gestão do suporte forrageiro e da nutrição do rebanho Para calcular o consumo relativo de alimentos, primeiro, é preciso fazer a contagem do número de animais do rebanho de acordo com as categorias: bezerros(as), garrotes(as), novilhos(as), vacas em lactação, vacas secas e touros. Em seguida, faz-se a estimativa do consumo de alimentos. Para tanto, há duas maneiras: na primeira, é feita a pesagem dos animais e o cálculo do peso vivo (PV) médio dos animais de cada categoria. Na segunda, nós trabalhamos com o conceito e a estimativa de unidade animal (UA). Cada UA é equivalente a um animal de 450 kg de PV. Para entender melhor, vamos analisar os números da fazenda Santa Esperança. Categorias Número de animais de cada catego- ria Equivalente em Unidade Animal (UA) Total de UA (=número de animais x equivalente em UA) Bezerros(as) 17 0,25 4,25 Garrotes(as) 2 0,50 1 Novilhas(os) 7 0,75 5,25 Vacas em lactação 18 1,0 18 Vacas secas 9 1,0 9 Touros 1 1,5 1,5 TOTAL 54 39 No nosso exemplo, o rebanho de 54 animais, no total, é equivalente a 39 UA. 9Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Demanda e oferta de forragem Para o planejamento forrageiro, consideramos o consumo médio de 3% do PV em matéria seca (MS). Entretanto, dada a dificuldade de muitos produtores em determinar o teor de MS dos alimentos, vamos usar as médias gerais e transformar os dados em consumo de matéria natural (aquela que você vai fornecer) para facilitar seus cálculos e a aplicação dessa metodologia na sua propriedade. Selecionamos os alimentos volumosos suplementares mais comuns e seu consumo diário por UA. • Capim de corte (capim-elefante) = 45 kg • Palma forrageira = 60 kg + 6 kg fonte de fibra (ex.: feno) • Cana-de-açúcar = 30 kg • Silagem = 30 kg • Feno = 12 kg Observação: à palma forrageira, devem ser adicionados 10% de fonte de fibra (no caso, 6 kg de feno). Necessidade diária de forragem Para determinar a necessidade diária de forragem, vamos seguir o mesmo exemplo anterior, da fazenda Santa Esperança. Antenor pretende alimentar seu rebanho com palma forrageira, então, por dia, ele precisaria de: 60 kg de palma forrageira + 6 kg de feno (ou outra fonte de fibra) por UA. Multiplicamos esse total por 39 UA = 2.340 kg de palma forrageira + 234 kg de feno (ou outra fonte de fibra). Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite10 O tempo durante o qual você precisa fornecer os alimentos suplementares depende da sua região. Normalmente, varia de 6 meses até 9 meses. Na fazenda Santa Esperança, são 7 meses de necessidade de volumosos suplementares, ou seja, 210 dias. Continuando nosso exemplo, basta multiplicar a quantidade calculada por dia pelo número de dias necessários. (2.340 kg de palma forrageira x 210 dias) + (234 kg de feno x 210 dias) = 491.400 kg de palma-forrageira + 49.140 kg de feno Produção de forragem Para estimar a produção de forragem, trabalhamos com amostragens. Quanto mais uniforme a área, menor o número de amostragens. Dos plantios feitos em linha, podemos tirar amostras, com cortes a uma altura em relação ao solo semelhante a forma de utilização em vários pontos. No plantio a lanço, trabalhamos com quadriláteros em vez de metros lineares. Vamos ao exemplo: imagine que, na fazenda Santa Esperança, Antenor cortou 5 amostras de 2 m lineares de cana-de-açúcar, plantadas com um espaçamento de 1,2 m entre linhas. Ao pesar amostra por amostra, no total desses 10 m amostrados (5 amostras x 2 m lineares) foram colhidos 104 kg. Ora, se foram 104 kg em 10 m amostrados, por metro, teremos uma média de 10,4 kg (104 kg : 10 m). Agora é simples: vamos multiplicar a produção por metro linear pela quantidade de metros lineares por hectare. 10,4 kg por metro linear x 8.333 m lineares = 86.663 kg/ha (86,6 toneladas por hectare). 86,6 t na reserva divididos por 1,17 t por dia de necessidade é igual a 74 dias. Então, essas 86,6 t poderiam alimentar todo o rebanho por 74 dias. 11Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Determinação de área necessária para produção de forragem Calculada a demanda de forragem do rebanho em função do consumo diário e do tempo de arraçoamento, é simples determinar a área necessária para a produção de forragem suplementar. Basta dividir a demanda total pela produtividade da cultura. Para efeito de planejamento, vamos usar os dados abaixo, medidos em diversos produtores com diferentes graus de manejo das culturas. O valor entre parênteses representa o potencial atingido se o manejo for adequado e as condições, favoráveis: • Capineira (4 cortes/ano): 80 t, ou 80.000 kg (200 t); • Palma forrageira: 250 t, ou 250.000 kg (400 t); • Cana: 80 t, ou 80.000 kg (200 t); • Sorgo: 35 t, ou 35.000 kg (45 t); • Feno = 15 t, ou 15.000 (30 t). Para determinar a área a ser plantada como reserva de forragem, vamos usar a seguinte fórmula: Necessidade da área plantada (ha) = (necessidade de forragem para todo o perío- do de arraçoamento: produtividade da cultura) + 30% de margem de segurança Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite12 Vamos exemplificar: para palma forrageira, anteriormente, calculamos a necessidade de 491.400 kg ou 491,4 ton : 250 toneladas/ha = 1,97 ha, ou, aproximadamente, 2 ha + 30 % de margem de segurança = 2,6 ha Lembre-se de que também serão necessários 49.140 kg (aproximadamente 50 t) de feno, que pode ser pastagem seca, outra fonte de fibra, capim-de-corte etc. Em áreas mais áridas, onde a estiagem pode se estender além do planejado, essa margem de segurança de 30% a mais que o necessário – pode chegar a 40% ou mais. Manejo do pastejo O manejo do pastejo é o segredo do manejo de pastagem. Plantas forrageiras, para serem persistentes e produtivas, além da reposição de nutrientes, devem ser submetidas a certa frequência e intensidade de pastejo. No gráfico a seguir, podemos ver que, com o avançar do tempo de rebrotação, há uma relação inversa do aumento da massa de forragem e a queda de qualidade. Há uma faixa ótima de tempo de rebrotação quando há um equilíbrio entre a quantidade e qualidade da forragem. Faixa ótima para o pastejo Tempo de rebrotação (dias) Qualidade de forragem Produção de forragem Conservação e reserva estratégica de forragens As culturas mais adequadas para a produção de silagem são o milho, o sorgo e o milheto. Todas são anuais, mas, por causa dos veranicos, o sorgo tem sido preferido pela sua maior resistência à seca. Também tem grande rendimento forrageiro e boa qualidade. 13Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Já os capins têm teor de matéria seca mais baixo do que o recomendado e baixo teor de carboidratos solúveis (açúcares). Para corrigir isso, você pode cortar o capim e deixá-lo murchar algumas horas antes de preparar a silagem. Depois, adicione de 5 a 10% de aditivos secos picados finamente. Você pode usar resíduos agrícolas e agroindustriais. Adicione mais 5 a 10% de aditivos nutritivos, como grãos de milho moídos. Para produzir silagem, pique as plantas em pedaços entre 1 e 3 cm – o menor tamanho para milho ou sorgo e o maior, para capim. Em seguida, compacte-os em camadas para retirar o ar da massa de forragem. O silo deve ser enchido o mais rápido possível e vedado com lona resistente ou filmes próprios. No Brasil, as produções agrícola e industrial são grandes fornecedoras de subprodutos e resíduos passíveis de utilização como fonte de volumosos e concentrados para bovinos. Como exemplos, podemos citar os obtidos pelo processamento de milho, arroz (farelo, casca), algodão (caroço, torta, farelo, resíduo de algodoeira), soja (farelo, resíduo da pré-limpeza) e mandioca (raspa, casca, crueira, parte aérea). Seubaixo valor nutritivo pode ser melhorado por tratamentos químicos e biológicos, como demonstrado por inúmeros trabalhos de pesquisa, embora tenham sido limitadamente usados no campo. Manejo nutricional Chamamos de requerimentos nutricionais a necessidade de nutrientes para a manutenção, o crescimento, a gestação e a produção de leite. Usamos tabelas como base para o balanceamento de rações. O requerimento de mantença é para a manutenção do peso corporal e das funções vitais. Ou seja, aumenta de acordo com o peso do animal. A ideia por trás do balanceamento de dietas é a de misturar os alimentos a fim de atender os requerimentos nutricionais. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite14 Composição de alimentos usados para bovinos leiteiros Alimentos Matériaseca (%) Proteína bruta (% MS) Nutrientes digestíveis totais (% MS) Alimentos volumosos Pastagem rotacionada 20 12 60 Palma forrageira 10 3 65 Cana-de-açúcar 28 2 60 Silagem de milho 33 8 68 Silagem de sorgo 33 10 65 Alimentos concentrados Algodão, farelo 38% 90 42 75 Algodão, caroço* 90 23 95 Mandioca, raspa 85 3 80 Milho, grão moído 90 8 85 Soja, farelo 90 50 85 Sorgo, grão 90 12 80 Fonte: Adaptado do Programa Balde Cheio (Embrapa). *Algodão, caroço: limite de consumo de 3 kg de caroço de algodão (matéria original)/vaca/dia 15Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Módulo 3 – Gestão das instalações e dos equipamentos O bem-estar animal se refere ao estado do animal e ao tratamento recebido em termos de cuidados e criação, que devem seguir princípios humanitários. Zelar pelo bem-estar animal significa atender às necessidades físicas e mentais. O comando de voz – chamar o animal pelo seu nome – associado à recompensa (ração, por exemplo) tem efeito positivo. Assim, a ordenha é um dos momentos mais importantes nessa interação. Seja sempre paciente e gentil no trato com os animais. Melhore as atitudes e comportamento com suas vacas e veja os resultados dessa prática! Importância das instalações no bem-estar animal Dependemos das instalações para o manejo dos animais e das operações de rotina na propriedade leiteira. As instalações devem ter temperatura e umidade favoráveis, além de espaço adequado para os animais se locomoverem. Cinco princípios do bem-estar animal Os animais têm o direito de serem livres de: • Sede, fome e subnutrição; • Desconforto; • Dor, injúria e doença; • Restrições para expressar o comportamento normal; • Estresse e medo. Instalações básicas da pecuária leiteira • Sombra: a melhor é a oferecida pelas árvores. Prefira plantar fileiras de árvores no sentido norte-sul e, enquanto as árvores estiverem crescendo, instale sombreiros artificiais. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite16 • Água: é importante que o bebedouro ofereça água de qualidade e em quantidade suficiente para todos os animais. Atenção! Água em açudes, ribeirões e córregos podem atender ao quesito quantidade, mas não oferecem qualidade. • Cercas: são construídas para a contenção do gado dentro da propriedade, a divisão de pastagens e corredores de condução do gado. Cercas de arame farpado estão em desuso. Cercas de arame liso, com quatro a cinco fios, são usadas no perímetro da propriedade. Para instalar a cerca elétrica, os parâmetros técnicos devem ser observados, como a adequação do eletrificador, os aterramentos e o uso de isoladores. • Corredores: os acessos aos piquetes, à água e à sombra deverão ser planejados com o objetivo de reduzir as distâncias, a lama e facilitar o deslocamento. Nunca use cascalhos, pedras e entulhos de construção nos corredores ou em volta de cochos e bebedouros, pois machucam os cascos dos bovinos. • Pasto-maternidade: deve ser próximo da casa do responsável pelo manejo do gado, para permitir a vistoria frequente. O local deve ser tranquilo, limpo de plantas daninhas, com capins de porte baixo (como os Cynodons) e acesso à água e à sombra. • Bezerreiros: geralmente, fazem parte dos estábulos e das salas de ordenha, quando a ordenha é feita com o bezerro ao pé. No estábulo (curral), normalmente, aumenta a incidência de doenças e a taxa de mortalidade dos bezerros, que podem ser separados por lotes, principalmente se o aleitamento for artificial. • Pista de alimentação: a alimentação com volumosos suplementares pode ser servida em cochos próprios, móveis ou fixos, na pastagem ou em áreas de descanso. A pista de alimentação dos animais deve ser estruturada a fim de facilitar o acesso para servir a ração, principalmente quando feita por maquinários ou mesmo em carroças. Na fazenda Santa Esperança, o combinado é servir a ração nos momentos mais agradáveis do dia, como no início da manhã e no fim da tarde, sem se esquecer de prover um local confortável para o descanso das vacas nas horas mais quentes. Porém, o início das chuvas é um período crítico, pois o pasto ainda não se recuperou e a alimentação suplementar ainda será servida por cerca de 30 dias. Então, a lama pode ser um fator causador de estresse, doenças de cascos e de acidentes. É importante se atentar a isso! Ordenhando ideias 17Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Instalações para ordenha Ainda é prática comum a ordenha em curral a céu aberto. Esse não é um local ideal para o ordenhador, para os animais ou para se obter leite com qualidade. A ordenha, em muitas propriedades, é feita no estábulo. Normalmente, usamos adaptações em instalações existentes para atender aos requerimentos de boas práticas na ordenha. À medida que o volume de leite e a frequência de ordenha aumentam, os produtores têm optado por sistemas mecânicos de ordenha, como latão ao pé (linha alta), circuito fechado (linha alta) ou em sala de ordenha. A sala de ordenha com fosso (linha média ou baixa) pode ser em “espinha de peixe”, paralela, tandem e fila indiana. A estrutura, como um todo, deve ser espaçosa o suficiente para abrigar todos os equipamentos e utensílios de refrigeração do leite, bem como a pia ou o tanque para limpeza dos equipamentos de ordenha. Equipamentos de ordenha e armazenagem do leite A ordenhadeira mecânica funciona com base na geração de vácuo em volta do teto, ao produzir um efeito de sucção. Esse trabalho é feito por meio de uma bomba de vácuo. O dimensionamento correto deve levar em conta o número de vacas em lactação, a produção média por vaca, o tempo de ordenha desejado, a disponibilidade de mão de obra e o capital de investimento. Por exemplo: Para 40 vacas ordenhadas e turno de ordenha de 2 horas: Por hora, seriam 20 vacas (40 : 2). Supondo-se um rendimento médio 5 vacas/conjunto/hora: número de conjunto de ordenha = 20 vacas : 5 vacas/conjunto/hora = número de conjunto de ordenha = 4 O tanque de resfriamento é o ideal para a conservação do leite antes da captação. Já que a sua escala de produção pode ser insuficiente para se possuir um tanque de resfriamento, a união de produtores, por meio de associações e acordos com laticínios podem viabilizar um resfriador para um certo número de produtores por localidade. Em alguns casos, produtores têm adaptado freezers com água gelada para o resfriamento do leite, principalmente quando não há captação do leite da tarde. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite18 As boas instalações levam em conta a segurança do trabalhador e do animal no trabalho de contenção, que deve ser feito sempre com atenção e cautela. Evite a presença de pessoal não autorizado e crianças quando estiver ao lidar com os animais. Tome nota O brete faz a contenção para maior segurança no trabalho. Pode ser usado para manipular individualmente os animais, identificar, fazer curativos, aplicar medicamentos, coletar sangue, fazer a inseminação artificial e exames diversos. Alguns bretes também têm uma guilhotina para a contenção da região abdominal (para conter o flanco do animal). Sem o brete, o trabalhador pode usar corda com diversos tipos de técnicas a depender da necessidade. Módulo4 – Gestão do melhoramento genético e da reprodução Duas principais características fazem uma raça ser especializada na produção de leite: • Alta produção de leite: kg de leite por lactação; e • Alta persistência de lactação: pequena taxa de redução de produção de leite diminui em relação ao pico de lactação. 19Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite A interação genética e o ambiente são primordiais para o sucesso da sua atividade. Isso significa que animais superiores em genética só vão demonstrar seus melhores resultados em condições de manejo favoráveis. Nós agrupamos as raças bovinas em duas subespécies. Confira: Bos taurus indicus ou zebuínos: de origem indiana, essas raças apresentam como característica marcante a presença do cupim ou giba, a pele solta e pregueada, principalmente na região da barbela. Porém, não são tão especializadas na produção de leite quanto as raças europeias. Bos taurus taurus ou europeu: diferem-se zebuínas por não apresentarem cupim, pele clara e mais aderida ao corpo, pelos mais longos e crespos, pernas mais curtas e menor altura. São animais mais produtivos do que os zebuínos, mas têm menor tolerância ao calor e aos parasitas. As raças chamadas de compostas ou sintéticas são aquelas obtidas por meio de cruzamentos com outras raças. Confira: Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite20 Raças compostas ou sintéticas Raças zebuínas Gir Leiteiro GirolandoHolandesa Pardo Suíço Leiteiro Guzerá Leiteiro Jersey Simental Leiteiro Raças europeias Raças compostas Seleção e cruzamento Seleção é o processo de escolha dos animais de uma geração que vão se tornar os pais da próxima geração. O termo acasalamento é usado para a ação que resulta em concepção, gestação e nascimento de filhotes. Quando o acasalamento ocorre entre indivíduos de raças diferentes, denomina-se cruzamento. O cruzamento é a maneira mais rápida de se obter o melhoramento genético, com as vantagens de se explorar a complementaridade das características das raças e o vigor híbrido ou heterose. A heterose é o fenômeno pelo qual os filhos apresentam melhor desempenho do que a média dos pais nas mesmas condições de criação. Quanto mais divergentes geneticamente forem as raças ou as linhagens envolvidas no cruzamento, maior a heterose. A heterose é máxima nos animais de primeira geração, ou F1. Isso se reflete em diversas características produtivas importantes. Porém, a heterose invariavelmente vai cair a partir da segunda geração em diante. 21Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite A seleção das matrizes é fundamental para o melhoramento genético do rebanho. O exterior do animal, as características indicativas de funcionalidade, tais como formato de cunha, capacidade respiratória e digestiva, conformação de úbere, padrão racial, entre outros, são indicativos da produção de leite (tipo leiteiro), mas não os garantem. Escolha de touros O impacto do touro no melhoramento genético é muito grande, em razão do número de filhotes que ele deixa no rebanho. Mas, atenção! Ser filho de uma grande matriz produtora de leite ou de um campeão na exposição local não garante ao touro os atributos necessários para ser considerado um melhorador. O teste de progênie (filhas avaliadas) é que prova sua qualidade. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite22 Fisiologia de reprodução Para começar, é importante que você conheça o ciclo reprodutivo. PUBERDADE OVULAÇÃOCONCEPÇÃO A fase de puberdade compreende o período desde o desmame até o início da reprodução das fêmeas. É um período importante, e a falta de atenção pode resultar em atraso no desenvolvimento sexual e, consequentemente, um período de recria mais longo, além de aumento de custos e redução da eficiência produtiva. Com a ovulação, a fêmea biologicamente tem condições para engravidar (concepção), porém a condição corporal ainda não está adequada. Uma concepção precoce pode prejudicar o desen- volvimento da matriz pelo resto de sua vida. Por isso, é importan- te separá-las do touro e de outros machos em idade reprodutiva. A fase pós-púbere engloba o desenvolvimento corporal, que torna a fêmea capaz de sustentar uma gestação com eficiência. A maturidade sexual das novilhas está relacionada ao peso corporal e não à idade. A puberdade das fêmeas é caracterizada pela primeira ovulação. Isso ocorre quando o animal atinge cerca de 45% do peso adulto da raça. Em rebanhos com manejo adequado, por volta dos 9 a 10 meses de idade para as raças europeias, e de 18 a 21 meses, nas raças zebuínas. Fases de desenvolvimento reprodutivo A vaca apresenta uma série de alterações comportamentais que indicam o estro (cio), tais como: • inquietude e nervosismo, com mugidos frequentes; • cauda erguida e micção (urina) frequente; • redução do consumo de alimentos e produção de leite; • vulva (parte exterior do aparelho reprodutivo feminino) inchada, com liberação de muco vaginal (semelhante à clara de ovo); • se agrupa em torno do touro e outras vacas; • monta outras vacas; • deixa ser montada (principal sinal). 23Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Manejo reprodutivo A primeira cobertura deve ser feita quando a fêmea atingir aproximadamente 60% do peso adulto (em condições de manejo não ideais, recomenda-se 70%). Com o manejo adequado, isso ocorre, em média, aos 15 meses de idade para raças especializadas e aos 18 meses para vacas mestiças. Nesse contexto, a alimentação adequada na recria das novilhas é fundamental: deve haver disponibilidade de forragem de qualidade e suplementação concentrada. A divisão dos animais em lotes uniformes ajuda no manejo e evita a dominância intensa. Um dos problemas enfrentados na fazenda Santa Esperança foi que, na ânsia de que as novilhas atingissem o peso mais rapidamente, os trabalhadores forneciam muito concentrado nas dietas das novilhas, o que levou a um ganho de peso exagerado (>800 a 900g). Isso acarretou acúmulo de gordura no trato reprodutivo e úbere, o que comprometeu a reprodução e produção de leite das futuras vacas. Depois que o manejo nutricional foi ajustado, conforme explicado no Módulo 2, esse problema não mais se repetiu. Lição aprendida! Ordenhando ideias Conheça, agora, os diferentes tipos de reprodução. Monta natural A monta natural é aquela que ocorre quando se deixa o touro solto meio às vacas. O touro dever estar o tempo todo com as vacas, principalmente as recém- paridas, inclusive quando forem para a ordenha. A relação vaca-touro usada é normalmente de 25 a 30-1. Monta controlada Na monta controlada, o touro fica separado das fêmeas. Cabe ao vaqueiro detectar o cio das vacas e levá-las para o touro fazer a cobertura. A vantagem seria aumentar a relação vaca-touro para 100-1, o que poderia permitir maior investimento em um touro de melhor qualidade genética. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite24 Inseminação artificial (IA) Com a IA, além da possibilidade de escolha de touros provados, é possível controlar doenças reprodutivas infecciosas (como brucelose), controle zootécnico mais eficiente, a possibilidade de usar uma quantidade maior de touros e reduzir custos e riscos. Além disso, permite o uso de sêmen sexado, ou seja, você pode escolher o sêmen para que nasçam apenas de fêmeas, com um índice de acerto mínimo de 85%. A IA se inicia com a identificação do cio. Além dos sinais que podem ser observados na rotina, para facilitar o trabalho e aumentar a eficiência na identificação de cio, poderíamos utilizar um macho rufião (com desvio cirúrgico do pênis para evitar a penetração ou epididectomia) ou uma fêmea que recebe tratamento hormonal (androginizada, ou seja, com aparência externa mais masculinizada) com o burçal marcador (tipo de cabresto com uma cápsula que contém tinta apropriada) para marcar as vacas no cio. primeira cobertura deve ser feita quando a fêmea atingir aproximadamente 60% do peso adulto (em condições de manejonão ideais, recomenda-se 70%). A duração do cio é de 14 a 18 horas, e a ovulação ocorre de 12 a 14 horas após o término do cio. Atenção! O momento adequado para a monta controlada ou IA é o 1/3 final do cio. Na prática, as vacas identificadas em cio pela manhã são inseminadas à tarde, e as identificadas à tarde são inseminadas na manhã seguinte. O sêmen deve ser conservado em botijões próprios, com nitrogênio líquido, que mantêm a temperatura a -196ºC. O diagnóstico de gestação feito pelo médico veterinário pode ser por ultrassonografia, palpação, ou por testes químicos. O produtor também pode observar a falta de retorno em cio como um sinal positivo de prenhez. 25Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Manejo da vaca gestante e do parto No período final de gestação, o animal exige cuidados especiais em decorrência do aumento de peso e da dificuldade de locomoção. Daí a importância de se adotar o piquete-maternidade. A vaca “amoja” (aumento do úbere) 2 a 3 semanas antes do parto. Mais perto do parto (2 a 3 dias), os músculos da pelve relaxam, os tetos se enchem de leite e é comum que liberem gotas de leite (colostro). Logo antes do momento do parto, a vagina libera um muco viscoso e a vulva aumenta de tamanho. O parto deve ser monitorado, mas o ideal é que ocorra sem qualquer intervenção. Com o rompimento da bolsa (alantoide) e a saída do fluido, é esperado que a expulsão do feto ocorra dentro de aproximadamente 2 h. O primeiro sinal do bezerro é a exposição dos cascos, depois a cabeça, e, em seguida, ocorre a propulsão do restante do corpo. Há algumas situações de parto com dificuldade, chamados de distócico, em que a intervenção é necessária. O treinamento é fundamental, pois é frequente, no campo, o uso de práticas inadequadas que comprometem os resultados. Primeiro, é importante fazer um diagnóstico da situação. As causas principais de parto distócicos são: • Ossatura estreita; • Abertura insuficiente do canal cervical; • Feto grande demais para o tamanho da vaca; • Anomalias de posições ou postura. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite26 Augusta, da fazenda Santa Esperança, aprendeu na faculdade de veterinária que o intervalo entre partos (IEP) ideal é de 12 meses e o período de gestação é de cerca de 280 a 290 dias (9,5 meses). Para fechar dentro dos 12 meses, o período de serviço (do parto à primeira cobertura fértil) deve ser de, no máximo, 3 meses, ou 90 dias. Por problemas de manejo, principalmente alimentar, a média do IEP, em diversas fazendas leiteiras, é de 18 a 22 meses, o que resulta em baixo percentual de vacas em lactação em relação ao total de vacas no plantel. Preste atenção para que isso não ocorra na sua propriedade! Ordenhando ideias Módulo 5 – Gestão do manejo e da sanidade do rebanho A composição do rebanho é medida em proporção de animais de cada categoria e tem um imenso impacto financeiro na pecuária leiteira. Dois índices principais devem ser avaliados na estrutura do rebanho: percentual de vacas no rebanho e percentual de vacas em lactação. A meta é possuir de 65 a 70% de vacas no rebanho (novilhas em crescimento representariam de 30 a 35%), das quais, aproximadamente 85%, em lactação. Para atingir a meta, seria necessário que as vacas tivessem o manejo reprodutivo ajustado para um intervalo entre partos de 12 meses e lactação de 10 meses, com 2 meses de secagem antes do próximo parto. Existem fatores determinantes para resultados aquém dos ideais. A idade média brasileira ao primeiro parto de 4 anos pode ser reduzida pela metade com os cuidados necessários. Tome nota 27Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Outro ponto comum em fazendas leiteiras é termos intervalo entre partos de 18 a 22 meses, devido, principalmente, ao manejo nutricional inadequado. A isso somam-se vacas de baixa persistência de lactação e duração de lactação curta (6 a 8 meses) e temos um quadro indesejável. Essa é uma realidade que todos nós queremos evitar, certo? Tome nota Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras O monitoramento do desenvolvimento das novilhas é feito pelo acompanhamento do peso e pela estimativa da taxa de ganho de peso mensal, feito por pesagem ou por medida do perímetro torácico com fitas próprias. Os dados são registrados nas fichas individuais e a dieta é ajustada quando necessário. Além disso, preste atenção ao primeiro parto das novilhas, mais propensos a distorções. As vacas de primeira cria são uma categoria diferente das demais, pois têm exigência de crescimento, além da manutenção da produção e da gestação. Portanto, atenção à qualidade e ao balanceamento da dieta. Em relação ao manejo das vacas leiteiras, é possível relacionar a nutrição, o escore corporal, a reprodução e a produção de leite a um só contexto. Conforme demonstrado no gráfico abaixo, que apresenta as curvas de lactação e ingestão de matéria seca (MS), ganho de peso e crescimento fetal, além do escore da condição corporal (ECC), o ciclo produtivo pode ser dividido em períodos. Início da lactação 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Curva de lactação Final da lactaçãoLactação média ECC Tr an si çã o Ingestão de matéria seca Parto Ganho de peso Crescimento fetal 3,5-3,75 2,25-2,75 2,5-3,0 3,0-3,50 3,5-3,75 Transição Período seco Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite28 Início da lactação Após o parto, a vaca começa a produção de leite. Em decorrência do crescimento fetal pré-parto, a ingestão de matéria seca (MS) é reduzida. Ela é ainda menor do que a demanda de nutrientes para a produção de leite, o que leva a vaca a mobilizar as reservas corporais, perder peso e ECC. Lactação média Após o pico de lactação, vem o pico da ingestão de MS, ou segundo período, que se estende até 150 dias. O peso corporal se estabiliza ou aumenta ligeiramente. Para o IEP de 12 meses, o período de serviço é de 90 dias. Então, nesse período, há o acasalamento ou IA e a concepção. Final da lactação No terceiro período, o consumo de nutrientes é suficiente para a produção e o acúmulo de reservas corporais para a próxima lactação, notadamente de gordura, o que leva ao aumento do ECC. Período seco A vaca precisa de descanso da glândula mamária por 60 dias. Portanto, 2 meses antes do parto, é feita a secagem da vaca, que corresponde ao quarto período. Vacas de alta persistência de lactação têm longa duração de lactação e tendem a emendar as lactações subsequentes, o que compromete a seguinte. Transição O quinto e último período é o período de transição, que corresponde às três últimas semanas antes do parto, no qual são feitos ajustes na alimentação, no ambiente e no manejo para o parto e é iniciado um novo ciclo. Manejo sanitário Sem um manejo sanitário adequado, o produtor não consegue uma boa produtividade, os índices zootécnicos da propriedade diminuem, os custos com tratamentos aumentam e pode ocorrer morte de animais. 29Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite As medidas profiláticas (como a quarentena, o isolamento de animais doentes e a higiene adequada) previnem a introdução e transmissão de doenças no seu rebanho. Todas são importantes e devem ser colocadas em prática. As principais enfermidades do rebanho leiteiro podem ser divididas em: doenças infecciosas, parasitárias e distúrbios metabólicos. Calendário sanitário Para facilitar o manejo sanitário na propriedade, o produtor pode organizar as práticas em um quadro ou tabela, divididas por mês, nos quais são indicadas as categorias e a prática a ser executada. Confira o exemplo a seguir, adotado na fazenda Santa Esperança: Mês Procedimento Vacinação Vermifugação Jan Teste de tuberculose e brucelose Vermifugação de todos os bezerros de cria Fev Vermifugação de todos os bezerros de cria Abr Brucelose, para bezerras não vacinadas e com idade entre 4 e 8 meses. Clostridiose polivalente, para animais até 2 anos de idade Raiva, para todo o rebanho Vermifugação de todosos bezerros de cria Mai Aftosa, para todo o rebanho Clostridiose polivalente, para os animais vacinados pela primeira vez em abril Raiva, para os animais vacinados pela primeira vez em fevereiro Vermifugação de todos os bezerros de cria Vermifugação de todos os bezerros de recria Vermifugação dos animais adultos Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite30 Ago Brucelose, para bezerras não vacinadas e com idade entre 4 e 8 meses Teste de tuberculose e brucelose Out Vermifugação de todos os bezerros de cria Vermifugação de todos os bezerros de recria Vermifugação dos animais adultos Nov Aftosa, para todo o rebanho Clostridiose polivalente, para animais até 2 anos de idade Vermifugação de todos os bezerros de cria Dez Brucelose para bezerras não vacinadas entre 3 e 8 meses. Clostridiose polivalente, para os animais vacinados pela primeira vez em novembro Vermifugação de todos os bezerros de cria Esse quadro sanitário é um exemplo. Para adequá-lo à sua situação específica, procure um médico veterinário ou o órgão de defesa sanitária mais próximo para obter orientações adequadas à sua região. Tome nota 31Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Módulo 6 – Gestão da ordenha, qualidade do leite e resultado técnico-econômico As boas práticas no manejo de ordenha consideram três segmentos: o ordenhador; o animal, e os materiais e equipamentos utilizados. Veja os passos a serem seguidos durante a ordenha: Primeiro passo: higienize os tetos (não o úbere) com água corrente, caso estejam sujos. Segundo passo: aplique uma solução germinicida própria (pre-dipping) e seque com papel-toalha descartável. Terceiro passo: retire os primeiros jatos de leite de cada teto em uma caneca de fundo preto ou telado, a fim de diagnosticar a mastite clínica. Quarto passo: ordenhe normalmente. Quinto passo: afira a ação da ordenhadeira mecânica e, esgotada a quantidade de leite, feche o vácuo e retire o conjunto de ordenha. Sexto passo: mergulhe os tetos em solução desinfetante (post-dipping). Sétimo passo: o conjunto de teteiras deve ser mergulhado em solução desinfetante entre uma ordenha e outra e, em seguida, escorrer por 1 minuto. Atenção! A contaminação do leite ocorre nas etapas de ordenha, manuseio e armazenamento do leite quando algumas regras de higiene não são seguidas. A mastite é causada por microrganismos que passam do exterior para o canal do teto, invadem o tecido mamário e provocam inflamações. A forma mais comum é a transmitida pela mão do ordenhador ou pela ordenhadeira. Atenção! Não deixe de adotar medidas rigorosas de higiene de ordenha para melhorar a qualidade do leite e reduzir os problemas de mastite. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite32 A Instrução Normativa IN 73/2019, do Mapa, estabeleceu o Regulamento Técnico de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) destinado aos produtores rurais fornecedores de leite, para a fabricação de produtos lácteos artesanais. As avaliações de comprovação do cumprimento das BPA são feitas pelos serviços de assistência técnica e extensão rural estaduais, que são concedentes do selo Arte. Tome nota Índices zootécnicos e produtivos O cálculo de índices zootécnicos e produtivos é importante para o monitoramento do sistema de produção e tem impactos diretos na análise econômica, pois são calculados com base nos registros. Conheça os índices mais utilizados: Taxa de natalidade = Número de bezerros nascidos por ano: número de vacas x 100 Meta: > 90% Taxa de mortalidade de bezerros = Número de bezerros mortos : número de bezerros nascidos x 100 Meta: < 5% IEP = número de dias entre um parto e outro Meta: 12 meses Período de serviço = número de dias do parto até a concepção (acasalamento fértil) Meta: 90 dias Média geral da produção de leite por vaca = Produção diária de leite : número de vacas ordenhadas Conta bem simples, usada frequentemente para comparar diferentes épocas do ano e propriedades. Meta: dependente do sistema de produção 33Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Produção de leite por lactação de uma vaca = Somatório da produção de leite do primeiro ao último dia de lactação. O leite é pesado, vaca por vaca, uma vez ao mês. Consideramos esse valor como referência diária para o respectivo mês. Meta: dependente do sistema de produção Produção média de leite de uma vaca = Produção por lactação : período de lactação em dias Meta: dependente do sistema de produção Produção de leite por vaca por dia de IEP = Produção de leite por lactação : IEP Índice interessante, pois une produção e reprodução. Com ele, é possível medir a capacidade de retorno de cada animal. A média nacional é de menos de 3 L. Meta: rebanhos mestiços é de 10 a 11 L, enquanto de raças especializadas de 15 a 16 L. Persistência de lactação: 1- [(volume do controle anterior - volume do controle atual) x (30 dias de intervalo entre as pesagens) / volume do controle anterior] x 100 Meta: > 90-95% Duração da lactação: número de dias de lactação. Meta: 10 meses (305 dias) Produtividade (produção/ha): Produção anual de leite (a média diária da produção de leite dia da propriedade x 365) / área utilizada pela pecuária leiteira Mede a eficiência e a competitividade do seu sistema. Meta: pode ultrapas- sar 30.000 L/ha/ano usando pastejo supe- rintensivo. Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite34 Cálculos dos índices financeiros Com base no controle das operações financeiras e na estrutura de custos, vamos calcular alguns índices importantes. Custo por vaca Margem líquida Litros por vaca Custo por litro de leite Preço de equilíbrio Produção de equilíbrio Margem Bruta Litros por vaca em lactação índices financeiros Cálculos dos 1 8 7 6 5 4 3 2 1 | Custo por vaca = custo operacional : número de vacas 2 | Litros por vaca = custo por vaca : preço do leite (converter moeda em L de leite para custear cada vaca) 3 | Custo por vaca em lactação = custo operacional : número de vacas em lactação (interessante, pois as vacas em lactação pagam a conta do rebanho) 35Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite 4 | Custo por litro de leite = custo total / total de L produzido por ano (índice extremamente importante, pois permite avaliar a relação entre preço pago e custo) 5 | Preço de equilíbrio = custo total : produção total (para operar com lucro, o preço de mercado deve ser maior do que o preço de equilíbrio calculado) 6 | Produção de equilíbrio = custo total : preço de venda (para operar com lucro, a produção maior real deve ser maior do que a produção de equilíbrio calculada) 7 | Margem Bruta (MB) = Receita bruta (RB) – custo operacional efetivo (COE) 8 | Margem líquida (ML) = RB – custo operacional total (COT) Estamos chegando ao fim deste e-book. Você está de parabéns por procurar as melhorias na pecuária leiteira por meio do aprendizado das técnicas apropriadas, testadas e aprovadas na pesquisa e no campo! Antes de finalizarmos, deixaremos uma lista de materiais complementares cuidadosamente selecionados para você se aprofundar nos tópicos de seu interesse. Não deixe de acessá-los! Desejamos a você sucesso nos negócios! Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite36 Encerramento Além da porteira Guia de boas práticas na pecuária de leite, publicado pela FAO/ONU. Cadeia agroindustrial do leite no Brasil: diagnóstico dos fatores limitantes e competitividade. Instalações para o gado de leite. (Souza et al, 2004). Ambiência nas instalações para produção de leite. (Salman et al, 2020). Guia do Senar para contenção de bovinos. Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e Simbrasil. Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa. Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço. Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro. Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Associação dos criadores de Gado Jersey do Brasil. Associação dos criadores de Gado Jersey doBrasil. Cartilha: Inseminação artificial em bovinos (Senar). Cartilha: Aprenda a escolher o touro de raças leiteiras para inseminação artificial do seu rebanho: cartilhas adaptadas ao letramento do produtor. Manejo alimentar de bezerras leiteiras. (Azevedo et al, 2016). http://www.fao.org/3/ba0027pt/ba0027pt.pdf http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_sc_cadeia_produtiva_leite_MICS_por_2018.pdf http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_sc_cadeia_produtiva_leite_MICS_por_2018.pdf https://www.bibliotecaagptea.org.br/administracao/construcoes/livros/INSTALACOES%20PARA%20O%20GADO%20DE%20LEITE.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/217361/1/cpafro-18462.pdf https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/164-CONTENCAO_BOVINOS.pdf https://simentalsimbrasil.org.br/ https://simentalsimbrasil.org.br/ https://gadoholandes.com.br/ https://gadoholandes.com.br/ https://pardo-suico.com.br/ http://girleiteiro.org.br/ http://www.girolando.com.br/ https://www.gadojerseybr.com.br/ https://www.guzera.org.br/index.php https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/132-INSEMINA%C3%87%C3%83O.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf https://periodicos.ifal.edu.br/diversitas_journal/article/view/399/296 37Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Boas práticas de manejo: vacinação de bovinos leiteiros (Costa; Battaglia, 2014). Manual de Boas Práticas de Vacinação e Imunização de Bovinos (Embrapa, 2015). Manejo de ordenha. Planilha: Cálculo do Custo de Produção de Leite na Agricultura Familiar. (Embrapa). Ordenha manual de bovinos (Coleção Senar, 134). Ordenha manual de bovinos (Coleção Senar, 135). Além da porteira http://www.grupoetco.org.br/arquivos_br/manuais/manual-boas-praticas-de-manejo_vacinacao-bovinos-leiteiros.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128128/1/CiT-47-15-online.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128128/1/CiT-47-15-online.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/67059/1/Documento-342.pdf https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPPSE/14118/1/PROCICircT32OT2002.00003.PDF https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPPSE/14118/1/PROCICircT32OT2002.00003.PDF https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/134-LEITE.pdf https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/135-LEITE-NOVO.pdf Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite38 Atividade - Vamos Pensar Juntos - Planejamento Você já sabe que o planejamento é fundamental para balizar as decisões a serem tomadas e conheceu o exemplo da fazenda Santa Esperança. Agora, é a sua vez! Siga o passo a passo para organizar seu planejamento. O primeiro passo é atribuir valores de mercado aos itens pertinentes. Sem isso, não é possível calcular os custos de produção. Inventário patrimonial Nome da propriedade Nome do proprietário Localização Área Descrição da propriedade Recursos naturais Solo: topografia, fertilidade, facilidade de mecanização Clima: índice pluviométrico, temperaturas médias, máximas, mínimas 39Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Fontes de água: superfície, subterrânea Flora e fauna Recursos físico Casa Curral Cercas Aguadas Poços Cochos Bebedouros Outras instalações Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite40 Rebanho Touro Vacas em lactação Vacas secas Novilhas Garrotes Bezerras(os) Máquinas, implementos e equipamentos Trator Implementos Máquina forrageira Carroça Motobomba Ferramentas Outros 41Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Máquinas, implementos e equipamentos Rações Sal mineral Medicamentos Adubo Sementes Outros Recurso humanos Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite42 Recursos financeiros Escala de produção diária Média de produção de leite por vaca (é o total de leite produzido e dividido pelo total de vacas ordenhadas) 43Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Objetivos e metas Agora, trace um objetivo e uma meta para sua propriedade. Siga este exemplo: Objetivo: produzir leite de qualidade com sustentabilidade econômica, ambiental e social. Meta: produzir 400 L de leite de um rebanho de 30 vacas em lactação em três anos. Objetivo Meta Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite44 Planejamento e controle de custos Detalhe cada passo que será necessário para atingir a meta dentro do prazo determinado. Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$) Valor total (R$) Descrever o item (exemplos: for- mação de pasta- gens; construção de cercas elétri- cas; aquisição de bebedouro de 2000L; reserva estratégica de forragem – pal- ma; aquisição de matrizes etc.) kg, L, m3... Quantos se- rão necessá- rios? Quanto custa uma unidade? Quantida- de x valor unitário 45Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$) Valor total (R$) Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite46 Então, prepare um cronograma de desembolso. Utilize os mesmos itens citados na tabela anterior. Itens Mês/ano J F M A M J J A S O N D 47Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Detalhamento Nesta etapa, é feito um detalhamento de cada um dos itens da listagem geral. Detalhamento do item (exemplo: implantar 2 ha de pastagem) Item (exemplos: análise de solo; preparo do solo; calcário; se- mentes) Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$) Valor total (R$) Total ... Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite48 Detalhamento do item Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$) Valor total (R$) Total ... A planilha deve ser atualizada à medida que você executa o trabalho. Dessa forma, você vai ter controle sobre o que foi planejado e o que foi executado. Bom trabalho! 49Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Fichas de campo Preencha as fichas a seguir para fazer o controle zootécnico (controle de rebanho). Elas são de uso rotineiro e, por isso, devem compor o caderno de campo e serem de fácil acesso. Controle de reprodução Controle de cios e de coberturas N.º Novilhaou vaca Data do cio ou da co- bertura Touro Observações Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite50 Controle de cios e de coberturas N.º Novilhaou vaca Data do cio ou da co- bertura Touro Observações 51Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Controle de parições Cria Data de nascimento Sexo Vaca Touro OBS.: Nº Nome Nº Nome Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite52 Controle da produção Controle leiteiro Data: Vaca Produção (kg) Observações N.º Nome 1.ª ordenha 2.ª ordenha TOTAL 53Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Controle de desenvolvimento ponderal (crescimento) das fêmeas, do nascimento ao parto Pesagem Fêmeas em crescimento Data: BEZERRA / NOVILHA PESO (kg) Observações N.º Nome Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite54 Fichas individuais Cada vaca deve ter um registro (nome ou número) que se relaciona à respectiva ficha individual. Esse é o principal instrumento aplicado na seleção dos animais e no melhoramento genético. Identificação Nome N.º Nascimento Raça/G.S. Pai Mãe Propriedade Município 55Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Reprodução COBERTURA (MN / IA) Diagnóstico Gestação PAR- TO Cria 1.ª 2.ª 3.ª Data Touro Data Touro Data Touro Data Res. Data Sexo N.º Peso Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite56 Pesagens e ocorrências (sanitárias e de outras ordens) Data Peso (kg) Ideal Data Peso (kg) Ideal 57Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite Produção de leite N.º Nome:Lactação a Mês Média diária (kg) Prod. mensal (kg) Prod. acum. (kg) 1 2 Apresentação Módulo 1 – Conceitos de gestão da pecuária leiteira Administração da pecuária leiteira Estrutura de custo da pecuária leiteira Módulo 2 - Gestão do suporte forrageiro e da nutrição do rebanho Estrutura de custo da pecuária leiteira Manejo nutricional Módulo 3 – Gestão das instalações e dos equipamentos Instalações básicas da pecuária leiteira Módulo 4 – Gestão do melhoramento genético e da reprodução Seleção e cruzamento Fisiologia de reprodução Manejo reprodutivo Módulo 5 – Gestão do manejo e da sanidade do rebanho Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras Manejo sanitário Atividade - Vamos Pensar Juntos - Planejamento Fichas de campo Fichas individuais Campo de texto 2: Campo de texto 10: Campo de texto 12: Campo de texto 14: Campo de texto 15: Campo de texto 16: Campo de texto 13: Campo de texto 17: Campo de texto 30: Campo de texto 127: Campo de texto 118: Campo de texto 128: Campo de texto 122: Campo de texto 116: Campo de texto 129: Campo de texto 119: 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