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E_Book_Gestao_Produtiva_da_Bovinocultura_de_leite

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Carga horária: 40h
Gestão 
Produtiva da
Bovinocultura
de Leite
Sumário
Apresentação 3
Módulo 1 – Conceitos de gestão da pecuária leiteira 4
Administração da pecuária leiteira 5
Estrutura de custo da pecuária leiteira 7
Módulo 2 - Gestão do suporte forrageiro e da nutrição do rebanho 8
Demanda e oferta de forragem 9
Conservação e reserva estratégica de forragens 12
Manejo nutricional 18
Módulo 3 – Gestão das instalações e dos equipamentos 15
Instalações básicas da pecuária leiteira 15
Módulo 4 – Gestão do melhoramento genético e da reprodução 18
Seleção e cruzamento 20
Fisiologia de reprodução 22
Manejo reprodutivo 23
Módulo 5 – Gestão do manejo e da sanidade do rebanho 26
Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras 27
Manejo sanitário 28
Módulo 6 – Gestão da ordenha, qualidade do leite e resultado 
técnico-econômico 31
Encerramento 36
Atividade - Vamos Pensar Juntos - Planejamento 38
Fichas de campo 49
Fichas individuais 54
3Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Apresentação
 
Olá! É com alegria que apresentamos a você o e-book Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite.
Este material foi especialmente preparado para você, que quer aumentar a produtividade e a 
rentabilidade da produção de leite! Aqui, nosso objetivo principal é apresentar a você as técnicas de 
gestão dos principais fatores que afetam a pecuária leiteira com base no manejo racional e nas boas 
práticas de produção.
Lembre-se! Você terá sucesso garantido na busca por crescimento pessoal e profissional se mantiver 
a organização e a dedicação durante o caminho. Leve esse e-book com você e consulte-o sempre! 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite4
Módulo 1 – Conceitos de gestão 
da pecuária leiteira
Você sabia que o leite é o alimento 
mais consumido no mundo?
Estima-se que aproximadamente 480 
milhões de toneladas são consumidas 
por ano na forma de leite fluido, iogurtes, 
queijos, sorvetes e outros derivados. 
Enquanto a produção de leite 
aumentou, o número de vacas 
ordenhadas diminuiu. A explicação é o 
aumento de aproximadamente 60% na 
produtividade média de leite por vaca, 
que passou, nos últimos 20 anos, de 
1.618 L/vaca/ano para 2.621 L/vaca/ano. 
Para profissionalizar a atividade, é muito importante conhecer o sistema de produção e de custos, 
bem como o planejamento, a execução e o monitoramento de um plano de ação. Mas você não está 
só! Saiba que organizar-se para comprar insumos e vender o leite em conjunto é uma estratégia que 
resulta em preços mais atrativos!
Para ter sucesso e aumentar a produção de leite, o 
produtor deve investir em animais de qualidade com o manejo 
apropriado. Muitas vacas de baixa produção aumentam as 
despesas e não trazem resultado. Você já havia pensado nisso?
Tome nota
Principais fatores que afetam a produção e a qualidade do leite
Para que o nosso objetivo de produzir leite com eficiência e lucratividade seja concretizado, ter 
atenção a todos os fatores que afetam a produção e a qualidade do leite de maneira conjunta. 
5Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Observe que a gestão da produção de alimentos e da alimentação, do melhoramento genético, 
do bem-estar animal, das instalações e dos equipamentos, da reprodução, da saúde, do manejo do 
rebanho, da higiene de ordenha e a administração são os principais fatores que merecem atenção 
e a aplicação de tecnologias apropriadas.
Boas práticas agropecuárias (BPA) 
As boas práticas agropecuárias aplicadas à pecuária leiteira tratam da implementação de 
procedimentos adequados a todas as etapas da produção de leite. Elas enumeram diretrizes relacionadas 
à segurança do consumidor e à gestão econômica, social e ambiental de propriedades leiteiras.
Para atingir os objetivos, os 
produtores de leite devem aplicar os 
princípios de BPA nas seguintes áreas: 
nutrição (alimento e água); bem-estar e 
saúde animal; higiene na ordenha; meio 
ambiente e gestão socioeconômica.
A gestão dos recursos ambientais 
deve ser levada a sério, pois toda a 
produção de leite depende dos recursos 
naturais. Por isso, a proteção das fontes 
de água, a conservação do solo, o manejo 
dos resíduos e a eficiência energética 
sempre devem ser observados de perto.
Como a pecuária leiteira é uma das atividades que mais ocupa mão de obra no campo, a 
capacitação dos trabalhadores é de vital importância nas propriedades. Assim, é possível conhecer e 
mitigar os riscos envolvidos nas atividades rotineiras, como o preparo e o fornecimento de alimentos, 
a lida com os animais, a aplicação de agroquímicos, vacinas e medicamentos. 
Administração da pecuária leiteira 
O planejamento é fundamental para balizar decisões a serem tomadas. Veja os passos a seguir e 
utilize as fichas disponibilizadas no Ambiente de Estudos (que também estão no fim deste e-book) 
para preencher com os seus dados.
PASSO 1 Atribua valores de mercado aos itens pertinentes. Sem isso, não é possível calcular os custos de produção.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite6
PASSO 2
Analise as conjunturas interna e externa e elenque os pontos fortes e 
fracos da propriedade e da região para exercer a atividade na sua plenitude. 
A partir daí, trace o objetivo e a meta (quantificada e com prazo definido).
PASSO 3
Em seguida, coloque no papel o detalhamento de cada passo 
necessário para atingir a meta dentro do prazo determinado. Antes 
de partir para o detalhamento, você pode fazer uma listagem geral
para verificar a necessidade e o cronograma de investimento. Caso não esteja ao seu alcance, rea-
juste a meta e faça a adequação dos itens.
PASSO 4
Nesta etapa, faça um detalhamento de cada um dos itens da 
listagem geral. A planilha deve ser atualizada à medida que você 
executa o trabalho. Dessa forma, você vai ter controle sobre o que foi 
planejado e o que foi executado.
Na fazenda Santa Felicidade, Augusta sabe que as matrizes 
de qualidade constituem um relevante investimento. Então, 
devemos começar com o preparo das condições necessárias para 
uma boa produção, como produção de alimentos, instalações 
(simples e funcionais) e outros. Em seguida, é a hora de trocar as 
vacas mais comuns por outras, de maior potencial genético. Às 
vezes, será necessário vender duas ou três vacas comuns para 
comprar uma de maior qualidade, mas valerá a pena!
Ordenhando ideias
Escrituração zootécnica 
Agora que você já sabe como fazer seu planejamento, chegou a hora de entender a escrituração 
zootécnica. O controle do rebanho, chamado de zootécnico, contempla os registros genealógicos, 
produtivos, reprodutivos e sanitários. Para fazer esse controle, utilizamos dois registros: a ficha de 
campo e a ficha individual. A primeira traz as anotações em cadernos de campo, de fácil acesso e 
uso rotineiro. Na segunda, os dados coletados no campo são registrados e arquivados, geralmente 
na sede da fazenda.
7Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Agora, com os dados colhidos no 
campo, você passa para a ficha individual. 
Cada vaca deve ter um registro (nome ou 
número) que se relaciona à respectiva 
ficha individual. Esse é o principal 
instrumento aplicado na seleção dos 
animais e no melhoramento genético.
Controle financeiro 
Agora que você já sabe como fazer o planejamento da fazenda e o controle zootécnico, está 
na hora de aprender a estabelecer o controle financeiro. Os gastos (despesas) e ganhos (receitas) 
devem ser anotados em detalhes, sem esquecer nenhum, pois isso prejudicaria a contabilidade.
Para fazer esse controle, você pode usar livros de fluxo de 
caixa, disponíveis na maioria das papelarias.
Além da porteira
Estrutura de custo da pecuária leiteira
A primeira metodologia de análise de custos utiliza os conceitos de custos fixos e variáveis. Os 
custos fixos são aqueles que não variam de acordo com a quantidade produzida e cuja duração é 
maior do que um ciclo de produção, que, no caso do leite, é de 1 ano. 
Consideramos a depreciação dos itens de vida útil com duração de mais de um ano, como 
instalações,equipamentos etc. Custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a quantidade 
produzida, cuja duração é igual ou menor que 1 ano. Podem-se citar mão de obra, despesas com 
alimentação, reprodução, medicamentos e despesas gerais. 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite8
Módulo 2 - Gestão do suporte 
forrageiro e da nutrição do 
rebanho
Para calcular o consumo relativo de alimentos, primeiro, é preciso fazer a contagem do número 
de animais do rebanho de acordo com as categorias: bezerros(as), garrotes(as), novilhos(as), vacas 
em lactação, vacas secas e touros. 
Em seguida, faz-se a estimativa do consumo de alimentos. Para tanto, há duas maneiras: na 
primeira, é feita a pesagem dos animais e o cálculo do peso vivo (PV) médio dos animais de cada 
categoria. Na segunda, nós trabalhamos com o conceito e a estimativa de unidade animal (UA). Cada 
UA é equivalente a um animal de 450 kg de PV. Para entender melhor, vamos analisar os números 
da fazenda Santa Esperança.
Categorias
Número de 
animais de 
cada catego-
ria
Equivalente 
em Unidade 
Animal (UA)
Total de UA 
(=número 
de animais x 
equivalente 
em UA)
Bezerros(as) 17 0,25 4,25
Garrotes(as) 2 0,50 1
Novilhas(os) 7 0,75 5,25
Vacas em lactação 18 1,0 18
Vacas secas 9 1,0 9
Touros 1 1,5 1,5
TOTAL 54 39
No nosso exemplo, o rebanho de 54 animais, no total, é equivalente a 39 UA.
9Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Demanda e oferta de forragem 
Para o planejamento forrageiro, consideramos o consumo médio de 3% do PV em matéria seca 
(MS). Entretanto, dada a dificuldade de muitos produtores em determinar o teor de MS dos alimentos, 
vamos usar as médias gerais e transformar os dados em consumo de matéria natural (aquela que você 
vai fornecer) para facilitar seus cálculos e a aplicação dessa metodologia na sua propriedade.
Selecionamos os alimentos volumosos 
suplementares mais comuns e seu 
consumo diário por UA.
• Capim de corte (capim-elefante) = 
45 kg
• Palma forrageira = 60 kg + 6 kg 
fonte de fibra (ex.: feno)
• Cana-de-açúcar = 30 kg
• Silagem = 30 kg
• Feno = 12 kg
Observação: à palma forrageira, 
devem ser adicionados 10% de fonte de 
fibra (no caso, 6 kg de feno).
Necessidade diária de forragem 
Para determinar a necessidade diária de forragem, vamos seguir o mesmo exemplo anterior, 
da fazenda Santa Esperança. Antenor pretende alimentar seu rebanho com palma forrageira, então, 
por dia, ele precisaria de:
60 kg de palma forrageira + 6 kg de feno (ou outra fonte de fibra) por UA.
Multiplicamos esse total por 39 UA = 2.340 kg de palma forrageira + 234 
kg de feno (ou outra fonte de fibra).
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite10
O tempo durante o qual você precisa fornecer os alimentos suplementares depende da sua 
região. Normalmente, varia de 6 meses até 9 meses. Na fazenda Santa Esperança, são 7 meses de 
necessidade de volumosos suplementares, ou seja, 210 dias. Continuando nosso exemplo, basta 
multiplicar a quantidade calculada por dia pelo número de dias necessários.
(2.340 kg de palma forrageira x 210 dias) + (234 kg de feno x 210 dias) =
491.400 kg de palma-forrageira + 49.140 kg de feno
Produção de forragem 
Para estimar a produção de forragem, trabalhamos com amostragens. Quanto mais uniforme 
a área, menor o número de amostragens. Dos plantios feitos em linha, podemos tirar amostras, 
com cortes a uma altura em relação ao solo semelhante a forma de utilização em vários pontos. No 
plantio a lanço, trabalhamos com quadriláteros em vez de metros lineares. 
Vamos ao exemplo: imagine que, na fazenda Santa Esperança, Antenor cortou 5 amostras de 2 m 
lineares de cana-de-açúcar, plantadas com um espaçamento de 1,2 m entre linhas. Ao pesar amostra 
por amostra, no total desses 10 m amostrados (5 amostras x 2 m lineares) foram colhidos 104 kg. Ora, 
se foram 104 kg em 10 m amostrados, por metro, teremos uma média de 10,4 kg (104 kg : 10 m). 
Agora é simples: vamos multiplicar a produção por metro linear pela quantidade de metros 
lineares por hectare.
10,4 kg por metro linear x 8.333 m lineares = 86.663 kg/ha (86,6 toneladas 
por hectare).
86,6 t na reserva divididos por 1,17 t por dia de necessidade é igual a 74 dias.
Então, essas 86,6 t poderiam alimentar todo o rebanho por 74 dias.
11Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Determinação de área necessária para produção de 
forragem 
Calculada a demanda de forragem do rebanho em função do consumo diário e do tempo de 
arraçoamento, é simples determinar a área necessária para a produção de forragem suplementar. 
Basta dividir a demanda total pela produtividade da cultura. 
Para efeito de planejamento, vamos usar os dados abaixo, medidos em diversos produtores com 
diferentes graus de manejo das culturas. O valor entre parênteses representa o potencial atingido 
se o manejo for adequado e as condições, favoráveis:
• Capineira (4 cortes/ano): 80 t, ou 
80.000 kg (200 t);
• Palma forrageira: 250 t, ou 250.000 
kg (400 t);
• Cana: 80 t, ou 80.000 kg (200 t);
• Sorgo: 35 t, ou 35.000 kg (45 t);
• Feno = 15 t, ou 15.000 (30 t).
Para determinar a área a ser plantada como reserva de forragem, vamos usar a seguinte fórmula:
Necessidade da área plantada (ha) = (necessidade de forragem para todo o perío-
do de arraçoamento: produtividade da cultura) + 30% de margem de segurança
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite12
Vamos exemplificar: para palma forrageira, anteriormente, calculamos a necessidade de 
491.400 kg ou 491,4 ton : 250 toneladas/ha 
= 1,97 ha, ou, aproximadamente, 2 ha + 30 % de margem de segurança 
= 2,6 ha
Lembre-se de que também serão necessários 49.140 kg (aproximadamente 50 t) de feno, que 
pode ser pastagem seca, outra fonte de fibra, capim-de-corte etc. Em áreas mais áridas, onde a 
estiagem pode se estender além do planejado, essa margem de segurança de 30% a mais que o 
necessário – pode chegar a 40% ou mais.
Manejo do pastejo 
O manejo do pastejo é o segredo do manejo de pastagem. Plantas forrageiras, para serem 
persistentes e produtivas, além da reposição de nutrientes, devem ser submetidas a certa frequência 
e intensidade de pastejo. 
No gráfico a seguir, podemos ver que, com o avançar do tempo de rebrotação, há uma relação 
inversa do aumento da massa de forragem e a queda de qualidade. Há uma faixa ótima de tempo 
de rebrotação quando há um equilíbrio entre a quantidade e qualidade da forragem.
Faixa ótima para o pastejo
Tempo de rebrotação (dias)
Qualidade
de forragem
Produção
de forragem
Conservação e reserva estratégica de forragens 
As culturas mais adequadas para a produção de silagem são o milho, o sorgo e o milheto. Todas 
são anuais, mas, por causa dos veranicos, o sorgo tem sido preferido pela sua maior resistência à 
seca. Também tem grande rendimento forrageiro e boa qualidade. 
13Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Já os capins têm teor de matéria seca mais baixo do que o recomendado e baixo teor de 
carboidratos solúveis (açúcares). Para corrigir isso, você pode cortar o capim e deixá-lo murchar 
algumas horas antes de preparar a silagem. Depois, adicione de 5 a 10% de aditivos secos picados 
finamente. Você pode usar resíduos agrícolas e agroindustriais. Adicione mais 5 a 10% de aditivos 
nutritivos, como grãos de milho moídos. 
Para produzir silagem, pique as 
plantas em pedaços entre 1 e 3 cm – o 
menor tamanho para milho ou sorgo 
e o maior, para capim. Em seguida, 
compacte-os em camadas para retirar o 
ar da massa de forragem. O silo deve ser 
enchido o mais rápido possível e vedado 
com lona resistente ou filmes próprios. 
No Brasil, as produções agrícola e industrial são grandes fornecedoras de subprodutos e resíduos 
passíveis de utilização como fonte de volumosos e concentrados para bovinos. Como exemplos, 
podemos citar os obtidos pelo processamento de milho, arroz (farelo, casca), algodão (caroço, torta, 
farelo, resíduo de algodoeira), soja (farelo, resíduo da pré-limpeza) e mandioca (raspa, casca, crueira, 
parte aérea). Seubaixo valor nutritivo pode ser melhorado por tratamentos químicos e biológicos, 
como demonstrado por inúmeros trabalhos de pesquisa, embora tenham sido limitadamente 
usados no campo.
Manejo nutricional
Chamamos de requerimentos nutricionais a necessidade de nutrientes para a manutenção, o 
crescimento, a gestação e a produção de leite. Usamos tabelas como base para o balanceamento de 
rações. O requerimento de mantença é para a manutenção do peso corporal e das funções vitais. 
Ou seja, aumenta de acordo com o peso do animal. A ideia por trás do balanceamento de dietas é a 
de misturar os alimentos a fim de atender os requerimentos nutricionais.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite14
Composição de alimentos usados para bovinos leiteiros
Alimentos Matériaseca (%)
Proteína
bruta (% MS)
Nutrientes 
digestíveis 
totais (% MS)
Alimentos volumosos
Pastagem rotacionada 20 12 60
Palma forrageira 10 3 65
Cana-de-açúcar 28 2 60
Silagem de milho 33 8 68
Silagem de sorgo 33 10 65
Alimentos concentrados
Algodão, farelo 38% 90 42 75
Algodão, caroço* 90 23 95
Mandioca, raspa 85 3 80
Milho, grão moído 90 8 85
Soja, farelo 90 50 85
Sorgo, grão 90 12 80
Fonte: Adaptado do Programa Balde Cheio (Embrapa). 
*Algodão, caroço: limite de consumo de 3 kg de caroço de algodão (matéria original)/vaca/dia
15Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Módulo 3 – Gestão das 
instalações e dos equipamentos
O bem-estar animal se refere ao estado do animal e ao tratamento recebido em termos de 
cuidados e criação, que devem seguir princípios humanitários. Zelar pelo bem-estar animal significa 
atender às necessidades físicas e mentais. 
O comando de voz – chamar o animal pelo seu nome – associado à recompensa (ração, por exemplo) 
tem efeito positivo. Assim, a ordenha é um dos momentos mais importantes nessa interação.
Seja sempre paciente e gentil no trato com os animais. Melhore as atitudes e comportamento 
com suas vacas e veja os resultados dessa prática!
Importância das instalações no bem-estar animal 
Dependemos das instalações para o manejo dos animais e das operações de rotina na propriedade 
leiteira. As instalações devem ter temperatura e umidade favoráveis, além de espaço adequado para 
os animais se locomoverem.
Cinco princípios do bem-estar animal
Os animais têm o direito de serem 
livres de:
• Sede, fome e subnutrição;
• Desconforto;
• Dor, injúria e doença;
• Restrições para expressar o 
comportamento normal;
• Estresse e medo.
Instalações básicas da pecuária leiteira
• Sombra: a melhor é a oferecida pelas árvores. Prefira plantar fileiras de árvores no sentido 
norte-sul e, enquanto as árvores estiverem crescendo, instale sombreiros artificiais. 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite16
• Água: é importante que o bebedouro ofereça água de qualidade e em quantidade suficiente 
para todos os animais. Atenção! Água em açudes, ribeirões e córregos podem atender ao quesito 
quantidade, mas não oferecem qualidade. 
• Cercas: são construídas para a contenção do gado dentro da propriedade, a divisão de 
pastagens e corredores de condução do gado. Cercas de arame farpado estão em desuso. Cercas 
de arame liso, com quatro a cinco fios, são usadas no perímetro da propriedade. Para instalar a 
cerca elétrica, os parâmetros técnicos devem ser observados, como a adequação do eletrificador, 
os aterramentos e o uso de isoladores.
• Corredores: os acessos aos piquetes, à água e à sombra deverão ser planejados com o 
objetivo de reduzir as distâncias, a lama e facilitar o deslocamento. Nunca use cascalhos, pedras 
e entulhos de construção nos corredores ou em volta de cochos e bebedouros, pois machucam 
os cascos dos bovinos. 
• Pasto-maternidade: deve ser próximo da casa do responsável pelo manejo do gado, para 
permitir a vistoria frequente. O local deve ser tranquilo, limpo de plantas daninhas, com capins 
de porte baixo (como os Cynodons) e acesso à água e à sombra. 
• Bezerreiros: geralmente, fazem parte dos estábulos e das salas de ordenha, quando a ordenha 
é feita com o bezerro ao pé. No estábulo (curral), normalmente, aumenta a incidência de doenças 
e a taxa de mortalidade dos bezerros, que podem ser separados por lotes, principalmente se o 
aleitamento for artificial. 
• Pista de alimentação: a alimentação com volumosos suplementares pode ser servida em 
cochos próprios, móveis ou fixos, na pastagem ou em áreas de descanso. A pista de alimentação 
dos animais deve ser estruturada a fim de facilitar o acesso para servir a ração, principalmente 
quando feita por maquinários ou mesmo em carroças.
Na fazenda Santa Esperança, o combinado é servir a ração 
nos momentos mais agradáveis do dia, como no início da 
manhã e no fim da tarde, sem se esquecer de prover um local 
confortável para o descanso das vacas nas horas mais quentes.
Porém, o início das chuvas é um período crítico, pois o pasto 
ainda não se recuperou e a alimentação suplementar ainda será 
servida por cerca de 30 dias. Então, a lama pode ser um fator 
causador de estresse, doenças de cascos e de acidentes. 
É importante se atentar a isso!
Ordenhando ideias
17Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Instalações para ordenha 
Ainda é prática comum a ordenha em curral a céu aberto. Esse não é um local ideal para o 
ordenhador, para os animais ou para se obter leite com qualidade. A ordenha, em muitas 
propriedades, é feita no estábulo. Normalmente, usamos adaptações em instalações existentes 
para atender aos requerimentos de boas práticas na ordenha.
À medida que o volume de leite e a frequência de ordenha aumentam, os produtores têm 
optado por sistemas mecânicos de ordenha, como latão ao pé (linha alta), circuito fechado (linha 
alta) ou em sala de ordenha.
A sala de ordenha com fosso 
(linha média ou baixa) pode ser em 
“espinha de peixe”, paralela, tandem 
e fila indiana. A estrutura, como um 
todo, deve ser espaçosa o suficiente 
para abrigar todos os equipamentos e 
utensílios de refrigeração do leite, bem 
como a pia ou o tanque para limpeza 
dos equipamentos de ordenha.
Equipamentos de ordenha e armazenagem do leite 
A ordenhadeira mecânica funciona com base na geração de vácuo em volta do teto, ao produzir 
um efeito de sucção. Esse trabalho é feito por meio de uma bomba de vácuo. O dimensionamento 
correto deve levar em conta o número de vacas em lactação, a produção média por vaca, o tempo 
de ordenha desejado, a disponibilidade de mão de obra e o capital de investimento. 
Por exemplo:
Para 40 vacas ordenhadas e turno de ordenha de 2 horas:
Por hora, seriam 20 vacas (40 : 2).
Supondo-se um rendimento médio 5 vacas/conjunto/hora: 
número de conjunto de ordenha = 20 vacas : 5 vacas/conjunto/hora =
número de conjunto de ordenha = 4
O tanque de resfriamento é o ideal para a conservação do leite antes da captação. Já que a sua 
escala de produção pode ser insuficiente para se possuir um tanque de resfriamento, a união de 
produtores, por meio de associações e acordos com laticínios podem viabilizar um resfriador para um 
certo número de produtores por localidade. Em alguns casos, produtores têm adaptado freezers com 
água gelada para o resfriamento do leite, principalmente quando não há captação do leite da tarde.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite18
As boas instalações levam em conta a segurança do 
trabalhador e do animal no trabalho de contenção, que deve 
ser feito sempre com atenção e cautela. Evite a presença de 
pessoal não autorizado e crianças quando estiver ao lidar 
com os animais.
Tome nota
O brete faz a contenção para maior 
segurança no trabalho. Pode ser usado 
para manipular individualmente os 
animais, identificar, fazer curativos, 
aplicar medicamentos, coletar sangue, 
fazer a inseminação artificial e exames 
diversos. Alguns bretes também têm 
uma guilhotina para a contenção da 
região abdominal (para conter o flanco 
do animal). Sem o brete, o trabalhador 
pode usar corda com diversos tipos de 
técnicas a depender da necessidade. 
Módulo4 – Gestão do 
melhoramento genético e da 
reprodução
Duas principais características fazem uma raça ser especializada na produção de leite:
• Alta produção de leite: kg de leite por lactação; e
• Alta persistência de lactação: pequena taxa de redução de produção de leite diminui em 
relação ao pico de lactação.
19Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
A interação genética e o ambiente são primordiais para o sucesso da sua atividade. Isso significa 
que animais superiores em genética só vão demonstrar seus melhores resultados em condições de 
manejo favoráveis. 
Nós agrupamos as raças bovinas em duas subespécies. Confira:
Bos taurus indicus ou zebuínos: de 
origem indiana, essas raças apresentam 
como característica marcante a 
presença do cupim ou giba, a pele 
solta e pregueada, principalmente na 
região da barbela. Porém, não são tão 
especializadas na produção de leite 
quanto as raças europeias.
Bos taurus taurus ou europeu: 
diferem-se zebuínas por não 
apresentarem cupim, pele clara e mais 
aderida ao corpo, pelos mais longos e 
crespos, pernas mais curtas e menor 
altura. São animais mais produtivos 
do que os zebuínos, mas têm menor 
tolerância ao calor e aos parasitas. 
As raças chamadas de compostas ou sintéticas são aquelas obtidas por meio de cruzamentos 
com outras raças. Confira:
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite20
Raças compostas ou 
sintéticas
Raças 
zebuínas
Gir 
Leiteiro GirolandoHolandesa
Pardo 
Suíço 
Leiteiro
Guzerá 
Leiteiro Jersey
Simental 
Leiteiro
Raças 
europeias
Raças 
compostas
Seleção e cruzamento 
Seleção é o processo de escolha dos animais de uma geração que vão se tornar os pais da 
próxima geração. O termo acasalamento é usado para a ação que resulta em concepção, gestação 
e nascimento de filhotes. Quando o acasalamento ocorre entre indivíduos de raças diferentes, 
denomina-se cruzamento.
O cruzamento é a maneira mais rápida de se obter o melhoramento genético, com as vantagens 
de se explorar a complementaridade das características das raças e o vigor híbrido ou heterose. A 
heterose é o fenômeno pelo qual os filhos apresentam melhor desempenho do que a média dos 
pais nas mesmas condições de criação. Quanto mais divergentes geneticamente forem as raças ou 
as linhagens envolvidas no cruzamento, maior a heterose. 
A heterose é máxima nos animais de primeira geração, ou F1. Isso se reflete em diversas 
características produtivas importantes. Porém, a heterose invariavelmente vai cair a partir da 
segunda geração em diante.
21Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
A seleção das matrizes é 
fundamental para o melhoramento 
genético do rebanho. O exterior do 
animal, as características indicativas 
de funcionalidade, tais como formato 
de cunha, capacidade respiratória e 
digestiva, conformação de úbere, padrão 
racial, entre outros, são indicativos da 
produção de leite (tipo leiteiro), mas não 
os garantem. 
Escolha de touros
O impacto do touro no 
melhoramento genético é muito 
grande, em razão do número de 
filhotes que ele deixa no rebanho. Mas, 
atenção! Ser filho de uma grande matriz 
produtora de leite ou de um campeão 
na exposição local não garante ao 
touro os atributos necessários para ser 
considerado um melhorador. O teste 
de progênie (filhas avaliadas) é que 
prova sua qualidade. 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite22
Fisiologia de reprodução 
Para começar, é importante que você conheça o ciclo reprodutivo.
PUBERDADE
OVULAÇÃOCONCEPÇÃO
A fase de puberdade compreende o período desde o desmame até o início da reprodução das fêmeas. É um período importante, 
e a falta de atenção pode resultar em atraso no desenvolvimento sexual e, consequentemente, um período de recria mais longo, 
além de aumento de custos e redução da eficiência produtiva.
Com a ovulação, a fêmea biologicamente tem condições para 
engravidar (concepção), porém a condição corporal ainda não 
está adequada. Uma concepção precoce pode prejudicar o desen-
volvimento da matriz pelo resto de sua vida. Por isso, é importan-
te separá-las do touro e de outros machos em idade reprodutiva. 
A fase pós-púbere engloba o desenvolvimento corporal, que torna 
a fêmea capaz de sustentar uma gestação com eficiência. 
A maturidade sexual das novilhas está relacionada ao 
peso corporal e não à idade. A puberdade das fêmeas é 
caracterizada pela primeira ovulação. Isso ocorre 
quando o animal atinge cerca de 45% do peso adulto da 
raça. Em rebanhos com manejo adequado, por volta dos 
9 a 10 meses de idade para as raças europeias, e de 18 a 
21 meses, nas raças zebuínas.
Fases de
desenvolvimento
reprodutivo
A vaca apresenta uma série de alterações comportamentais que indicam o estro (cio), tais como:
• inquietude e nervosismo, com 
mugidos frequentes;
• cauda erguida e micção (urina) 
frequente;
• redução do consumo de alimentos 
e produção de leite;
• vulva (parte exterior do aparelho 
reprodutivo feminino) inchada, 
com liberação de muco vaginal 
(semelhante à clara de ovo);
• se agrupa em torno do touro e 
outras vacas; 
• monta outras vacas;
• deixa ser montada (principal sinal).
23Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Manejo reprodutivo 
A primeira cobertura deve ser feita quando a fêmea atingir aproximadamente 60% do peso 
adulto (em condições de manejo não ideais, recomenda-se 70%). 
Com o manejo adequado, isso ocorre, em média, aos 15 meses de idade para raças especializadas 
e aos 18 meses para vacas mestiças. Nesse contexto, a alimentação adequada na recria das novilhas 
é fundamental: deve haver disponibilidade de forragem de qualidade e suplementação concentrada. 
A divisão dos animais em lotes uniformes ajuda no manejo e evita a dominância intensa.
Um dos problemas enfrentados na fazenda Santa 
Esperança foi que, na ânsia de que as novilhas atingissem o 
peso mais rapidamente, os trabalhadores forneciam muito 
concentrado nas dietas das novilhas, o que levou a um ganho 
de peso exagerado (>800 a 900g). Isso acarretou acúmulo de 
gordura no trato reprodutivo e úbere, o que comprometeu a 
reprodução e produção de leite das futuras vacas. 
Depois que o manejo nutricional foi ajustado, conforme 
explicado no Módulo 2, esse problema não mais se repetiu. 
Lição aprendida!
Ordenhando ideias
Conheça, agora, os diferentes tipos de reprodução.
Monta
natural
A monta natural é aquela que ocorre quando se 
deixa o touro solto meio às vacas. O touro dever estar 
o tempo todo com as vacas, principalmente as recém-
paridas, inclusive quando forem para a ordenha. A 
relação vaca-touro usada é normalmente de 25 a 30-1.
Monta
controlada
Na monta controlada, o touro fica separado das 
fêmeas. Cabe ao vaqueiro detectar o cio das vacas e 
levá-las para o touro fazer a cobertura. A vantagem 
seria aumentar a relação vaca-touro para 100-1, o que 
poderia permitir maior investimento em um touro de 
melhor qualidade genética. 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite24
Inseminação
artificial (IA)
Com a IA, além da possibilidade de escolha de 
touros provados, é possível controlar doenças 
reprodutivas infecciosas (como brucelose), controle 
zootécnico mais eficiente, a possibilidade de usar uma 
quantidade maior de touros e reduzir custos e riscos. 
Além disso, permite o uso de sêmen sexado, ou seja, 
você pode escolher o sêmen para que nasçam apenas 
de fêmeas, com um índice de acerto mínimo de 85%.
A IA se inicia com a identificação do cio. Além dos sinais que podem ser observados na rotina, 
para facilitar o trabalho e aumentar a eficiência na identificação de cio, poderíamos utilizar um 
macho rufião (com desvio cirúrgico do pênis para evitar a penetração ou epididectomia) ou uma 
fêmea que recebe tratamento hormonal (androginizada, ou seja, com aparência externa mais 
masculinizada) com o burçal marcador (tipo de cabresto com uma cápsula que contém tinta 
apropriada) para marcar as vacas no cio. primeira cobertura deve ser feita quando a fêmea atingir 
aproximadamente 60% do peso adulto (em condições de manejonão ideais, recomenda-se 70%). 
A duração do cio é de 14 a 18 horas, e 
a ovulação ocorre de 12 a 14 horas após 
o término do cio. Atenção! O momento 
adequado para a monta controlada 
ou IA é o 1/3 final do cio. Na prática, 
as vacas identificadas em cio pela 
manhã são inseminadas à tarde, e as 
identificadas à tarde são inseminadas 
na manhã seguinte.
O sêmen deve ser conservado em 
botijões próprios, com nitrogênio líquido, 
que mantêm a temperatura a -196ºC.
O diagnóstico de gestação feito pelo médico veterinário pode ser por ultrassonografia, palpação, 
ou por testes químicos. O produtor também pode observar a falta de retorno em cio como um sinal 
positivo de prenhez.
25Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Manejo da vaca gestante e do parto 
No período final de gestação, o animal exige cuidados especiais em decorrência do aumento de 
peso e da dificuldade de locomoção. Daí a importância de se adotar o piquete-maternidade. 
A vaca “amoja” (aumento do úbere) 2 a 3 semanas antes do parto. Mais perto do parto (2 a 3 dias), os 
músculos da pelve relaxam, os tetos se enchem de leite e é comum que liberem gotas de leite (colostro). 
Logo antes do momento do parto, a vagina libera um muco viscoso e a vulva aumenta de tamanho.
O parto deve ser monitorado, mas 
o ideal é que ocorra sem qualquer 
intervenção. Com o rompimento da 
bolsa (alantoide) e a saída do fluido, 
é esperado que a expulsão do feto 
ocorra dentro de aproximadamente 
2 h. O primeiro sinal do bezerro é a 
exposição dos cascos, depois a cabeça, 
e, em seguida, ocorre a propulsão do 
restante do corpo.
Há algumas situações de parto com dificuldade, chamados de distócico, em que a intervenção é 
necessária. O treinamento é fundamental, pois é frequente, no campo, o uso de práticas inadequadas 
que comprometem os resultados. 
Primeiro, é importante fazer um diagnóstico da situação. As causas principais de parto distócicos são: 
• Ossatura estreita;
• Abertura insuficiente do canal cervical;
• Feto grande demais para o tamanho da vaca;
• Anomalias de posições ou postura.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite26
Augusta, da fazenda Santa Esperança, aprendeu na 
faculdade de veterinária que o intervalo entre partos (IEP) 
ideal é de 12 meses e o período de gestação é de cerca de 
280 a 290 dias (9,5 meses). Para fechar dentro dos 12 meses, o 
período de serviço (do parto à primeira cobertura fértil) deve 
ser de, no máximo, 3 meses, ou 90 dias. 
Por problemas de manejo, principalmente alimentar, 
a média do IEP, em diversas fazendas leiteiras, é de 18 a 
22 meses, o que resulta em baixo percentual de vacas em 
lactação em relação ao total de vacas no plantel. Preste 
atenção para que isso não ocorra na sua propriedade!
Ordenhando ideias
Módulo 5 – Gestão do manejo e 
da sanidade do rebanho
A composição do rebanho é medida em proporção de animais de cada categoria e tem um imenso 
impacto financeiro na pecuária leiteira. Dois índices principais devem ser avaliados na estrutura do 
rebanho: percentual de vacas no rebanho e percentual de vacas em lactação. 
A meta é possuir de 65 a 70% de vacas no rebanho (novilhas em crescimento representariam de 
30 a 35%), das quais, aproximadamente 85%, em lactação. Para atingir a meta, seria necessário que as 
vacas tivessem o manejo reprodutivo ajustado para um intervalo entre partos de 12 meses e lactação 
de 10 meses, com 2 meses de secagem antes do próximo parto. 
Existem fatores determinantes para resultados aquém 
dos ideais. A idade média brasileira ao primeiro parto de 4 anos 
pode ser reduzida pela metade com os cuidados necessários. 
Tome nota
27Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Outro ponto comum em fazendas leiteiras é termos intervalo 
entre partos de 18 a 22 meses, devido, principalmente, ao 
manejo nutricional inadequado. A isso somam-se vacas de 
baixa persistência de lactação e duração de lactação curta (6 a 
8 meses) e temos um quadro indesejável. Essa é uma realidade 
que todos nós queremos evitar, certo?
Tome nota
Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras 
O monitoramento do desenvolvimento das novilhas é feito pelo acompanhamento do peso e 
pela estimativa da taxa de ganho de peso mensal, feito por pesagem ou por medida do perímetro 
torácico com fitas próprias. Os dados são registrados nas fichas individuais e a dieta é ajustada quando 
necessário. Além disso, preste atenção ao primeiro parto das novilhas, mais propensos a distorções. 
As vacas de primeira cria são uma categoria diferente das demais, pois têm exigência de crescimento, 
além da manutenção da produção e da gestação. Portanto, atenção à qualidade e ao balanceamento da dieta. 
Em relação ao manejo das vacas leiteiras, é possível relacionar a nutrição, o escore corporal, a 
reprodução e a produção de leite a um só contexto. Conforme demonstrado no gráfico abaixo, que 
apresenta as curvas de lactação e ingestão de matéria seca (MS), ganho de peso e crescimento fetal, 
além do escore da condição corporal (ECC), o ciclo produtivo pode ser dividido em períodos.
Início da lactação
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Curva de
lactação
Final da lactaçãoLactação média
ECC
Tr
an
si
çã
o 
Ingestão de
matéria seca
Parto Ganho de peso
Crescimento fetal
3,5-3,75 2,25-2,75 2,5-3,0 3,0-3,50 3,5-3,75
Transição 
Período seco
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite28
Início da lactação
Após o parto, a vaca começa a produção de leite. Em 
decorrência do crescimento fetal pré-parto, a ingestão 
de matéria seca (MS) é reduzida. Ela é ainda menor do 
que a demanda de nutrientes para a produção de leite, 
o que leva a vaca a mobilizar as reservas corporais, 
perder peso e ECC. 
Lactação média
Após o pico de lactação, vem o pico da ingestão de 
MS, ou segundo período, que se estende até 150 dias. 
O peso corporal se estabiliza ou aumenta ligeiramente. 
Para o IEP de 12 meses, o período de serviço é de 90 
dias. Então, nesse período, há o acasalamento ou IA e 
a concepção. 
Final da lactação
No terceiro período, o consumo de nutrientes é 
suficiente para a produção e o acúmulo de reservas 
corporais para a próxima lactação, notadamente de 
gordura, o que leva ao aumento do ECC. 
Período seco
A vaca precisa de descanso da glândula mamária 
por 60 dias. Portanto, 2 meses antes do parto, é feita a 
secagem da vaca, que corresponde ao quarto período. 
Vacas de alta persistência de lactação têm longa 
duração de lactação e tendem a emendar as lactações 
subsequentes, o que compromete a seguinte. 
Transição
O quinto e último período é o período de transição, 
que corresponde às três últimas semanas antes do 
parto, no qual são feitos ajustes na alimentação, no 
ambiente e no manejo para o parto e é iniciado um 
novo ciclo. 
Manejo sanitário 
Sem um manejo sanitário adequado, o produtor não consegue uma boa produtividade, os índices 
zootécnicos da propriedade diminuem, os custos com tratamentos aumentam e pode ocorrer 
morte de animais. 
29Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
As medidas profiláticas (como a quarentena, o isolamento de animais doentes e a higiene 
adequada) previnem a introdução e transmissão de doenças no seu rebanho. Todas são importantes e 
devem ser colocadas em prática. 
As principais enfermidades do rebanho leiteiro podem ser divididas em: doenças infecciosas, 
parasitárias e distúrbios metabólicos.
Calendário sanitário 
Para facilitar o manejo sanitário na propriedade, o produtor pode organizar as práticas em um 
quadro ou tabela, divididas por mês, nos quais são indicadas as categorias e a prática a ser executada. 
Confira o exemplo a seguir, adotado na fazenda Santa Esperança:
Mês
Procedimento
Vacinação Vermifugação
Jan
Teste de tuberculose
e brucelose
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Fev
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Abr
Brucelose, para bezerras não 
vacinadas e com idade entre 4 e 
8 meses.
Clostridiose polivalente, para 
animais até 2 anos de idade
Raiva, para todo o rebanho
Vermifugação de todosos bezerros de cria
Mai
Aftosa, para todo o rebanho
Clostridiose polivalente, para os 
animais vacinados pela primeira 
vez em abril
Raiva, para os animais vacinados 
pela primeira vez em fevereiro
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Vermifugação de todos
os bezerros de recria
Vermifugação dos animais adultos
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite30
Ago
Brucelose, para bezerras não 
vacinadas e com idade entre 4 e 
8 meses
Teste de tuberculose e brucelose
Out
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Vermifugação de todos
os bezerros de recria
Vermifugação dos animais 
adultos
Nov
Aftosa, para todo o rebanho
Clostridiose polivalente, para 
animais até 2 anos de idade
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Dez
Brucelose para bezerras não 
vacinadas entre 3 e 8 meses.
Clostridiose polivalente, para os 
animais vacinados pela primeira 
vez em novembro
Vermifugação de todos
os bezerros de cria
Esse quadro sanitário é um exemplo. Para adequá-lo à sua 
situação específica, procure um médico veterinário ou o órgão 
de defesa sanitária mais próximo para obter orientações 
adequadas à sua região.
Tome nota
31Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Módulo 6 – Gestão da ordenha, 
qualidade do leite e resultado 
técnico-econômico
As boas práticas no manejo de ordenha consideram três segmentos: o ordenhador; o animal, e 
os materiais e equipamentos utilizados. Veja os passos a serem seguidos durante a ordenha:
Primeiro passo: higienize os tetos (não o 
úbere) com água corrente, caso estejam sujos.
Segundo passo: aplique uma solução 
germinicida própria (pre-dipping) e seque 
com papel-toalha descartável.
Terceiro passo: retire os primeiros 
jatos de leite de cada teto em uma 
caneca de fundo preto ou telado, a fim de 
diagnosticar a mastite clínica.
Quarto passo: ordenhe normalmente.
Quinto passo: afira a ação da 
ordenhadeira mecânica e, esgotada a 
quantidade de leite, feche o vácuo e retire 
o conjunto de ordenha.
Sexto passo: mergulhe os tetos em 
solução desinfetante (post-dipping).
Sétimo passo: o conjunto de teteiras 
deve ser mergulhado em solução 
desinfetante entre uma ordenha e outra e, 
em seguida, escorrer por 1 minuto.
Atenção! A contaminação do leite ocorre nas etapas de ordenha, manuseio e armazenamento do 
leite quando algumas regras de higiene não são seguidas. 
A mastite é causada por microrganismos que passam do exterior para o canal do teto, invadem 
o tecido mamário e provocam inflamações. A forma mais comum é a transmitida pela mão do 
ordenhador ou pela ordenhadeira. 
Atenção! Não deixe de adotar medidas rigorosas de higiene de ordenha para melhorar a qualidade 
do leite e reduzir os problemas de mastite.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite32
A Instrução Normativa IN 73/2019, do Mapa, estabeleceu 
o Regulamento Técnico de Boas Práticas Agropecuárias (BPA) 
destinado aos produtores rurais fornecedores de leite, para 
a fabricação de produtos lácteos artesanais. As avaliações 
de comprovação do cumprimento das BPA são feitas pelos 
serviços de assistência técnica e extensão rural estaduais, que 
são concedentes do selo Arte. 
Tome nota
Índices zootécnicos e produtivos 
O cálculo de índices zootécnicos e produtivos é importante para o monitoramento do sistema de 
produção e tem impactos diretos na análise econômica, pois são calculados com base nos registros. 
Conheça os índices mais utilizados:
Taxa de natalidade = Número de bezerros nascidos 
por ano: número de vacas x 100 Meta: > 90%
Taxa de mortalidade de bezerros = Número de 
bezerros mortos : número de bezerros nascidos x 100 Meta: < 5%
IEP = número de dias entre um parto e outro Meta: 12 meses
Período de serviço = número de dias do parto até a 
concepção (acasalamento fértil) Meta: 90 dias
Média geral da produção de leite por vaca = 
Produção diária de leite : número de vacas ordenhadas
Conta bem simples, usada frequentemente para 
comparar diferentes épocas do ano e propriedades. 
Meta: dependente do 
sistema de produção
33Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Produção de leite por lactação de uma vaca = 
Somatório da produção de leite do primeiro ao último 
dia de lactação.
O leite é pesado, vaca por vaca, uma vez ao mês. 
Consideramos esse valor como referência diária para 
o respectivo mês. 
Meta: dependente do 
sistema de produção
Produção média de leite de uma vaca = Produção 
por lactação : período de lactação em dias
Meta: dependente do 
sistema de produção
Produção de leite por vaca por dia de IEP = 
Produção de leite por lactação : IEP
Índice interessante, pois une produção e 
reprodução. Com ele, é possível medir a capacidade 
de retorno de cada animal. A média nacional é de 
menos de 3 L. 
Meta: rebanhos 
mestiços é de 10 a 11 
L, enquanto de raças 
especializadas de 15 
a 16 L.
Persistência de lactação: 1- [(volume do controle 
anterior - volume do controle atual) x (30 dias de 
intervalo entre as pesagens) / volume do controle 
anterior] x 100
Meta: > 90-95%
Duração da lactação: número de dias de lactação. Meta: 10 meses (305 
dias)
Produtividade (produção/ha): Produção anual 
de leite (a média diária da produção de leite dia da 
propriedade x 365) / área utilizada pela pecuária leiteira
Mede a eficiência e a competitividade do seu sistema. 
Meta: pode ultrapas-
sar 30.000 L/ha/ano 
usando pastejo supe-
rintensivo.
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite34
Cálculos dos índices financeiros 
Com base no controle das operações financeiras e na estrutura de custos, vamos calcular alguns 
índices importantes.
Custo por
vaca
Margem
líquida
Litros por 
vaca
Custo por
litro de leite
Preço de
equilíbrio
Produção de
equilíbrio
Margem
Bruta
Litros por
vaca em
lactação
índices financeiros
Cálculos dos
1
8
7
6 5
4
3
2
1 | Custo por vaca = custo operacional : número de vacas
2 | Litros por vaca = custo por vaca : preço do leite (converter moeda em L de leite para custear cada vaca)
3 | Custo por vaca em lactação = custo operacional : número de vacas em lactação (interessante, pois as vacas em lactação pagam a conta do rebanho)
35Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
4 | Custo por litro de leite = custo total / total de L produzido por ano (índice extremamente importante, pois permite avaliar a relação entre preço pago e custo)
5 | Preço de equilíbrio = custo total : produção total (para operar com lucro, o preço de mercado deve ser maior do que o preço de equilíbrio calculado)
6 | Produção de equilíbrio = custo total : preço de venda (para operar com lucro, a produção maior real deve ser maior do que a produção de equilíbrio calculada)
7 | Margem Bruta (MB) = Receita bruta (RB) – custo operacional efetivo (COE)
8 | Margem líquida (ML) = RB – custo operacional total (COT)
Estamos chegando ao fim deste e-book. Você está de parabéns por procurar as melhorias na 
pecuária leiteira por meio do aprendizado das técnicas apropriadas, testadas e aprovadas na 
pesquisa e no campo!
Antes de finalizarmos, deixaremos uma lista de materiais complementares cuidadosamente 
selecionados para você se aprofundar nos tópicos de seu interesse. Não deixe de acessá-los!
Desejamos a você sucesso nos negócios!
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite36
Encerramento
Além da porteira
Guia de boas práticas na pecuária de leite, publicado 
pela FAO/ONU.
Cadeia agroindustrial do leite no Brasil: diagnóstico 
dos fatores limitantes e competitividade.
Instalações para o gado de leite. (Souza et al, 2004).
Ambiência nas instalações para produção de leite. 
(Salman et al, 2020).
Guia do Senar para contenção de bovinos.
Associação Brasileira de Criadores das Raças Simental e 
Simbrasil. 
Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça 
Holandesa. 
Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço. 
Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro. 
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. 
Associação dos criadores de Gado Jersey do Brasil. 
Associação dos criadores de Gado Jersey doBrasil. 
Cartilha: Inseminação artificial em bovinos (Senar). 
Cartilha: Aprenda a escolher o touro de raças leiteiras 
para inseminação artificial do seu rebanho: cartilhas 
adaptadas ao letramento do produtor.
Manejo alimentar de bezerras leiteiras. (Azevedo et al, 
2016).
http://www.fao.org/3/ba0027pt/ba0027pt.pdf
http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_sc_cadeia_produtiva_leite_MICS_por_2018.pdf
http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_sc_cadeia_produtiva_leite_MICS_por_2018.pdf
https://www.bibliotecaagptea.org.br/administracao/construcoes/livros/INSTALACOES%20PARA%20O%20GADO%20DE%20LEITE.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/217361/1/cpafro-18462.pdf
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/164-CONTENCAO_BOVINOS.pdf
https://simentalsimbrasil.org.br/
https://simentalsimbrasil.org.br/
https://gadoholandes.com.br/
https://gadoholandes.com.br/
https://pardo-suico.com.br/
http://girleiteiro.org.br/
http://www.girolando.com.br/
https://www.gadojerseybr.com.br/ 
https://www.guzera.org.br/index.php
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/132-INSEMINA%C3%87%C3%83O.pdf 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/149468/1/Cartilha-Touro.pdf
https://periodicos.ifal.edu.br/diversitas_journal/article/view/399/296
37Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Boas práticas de manejo: vacinação de bovinos leiteiros 
(Costa; Battaglia, 2014).
Manual de Boas Práticas de Vacinação e Imunização de 
Bovinos (Embrapa, 2015).
Manejo de ordenha. 
Planilha: Cálculo do Custo de Produção de Leite na 
Agricultura Familiar. (Embrapa).
Ordenha manual de bovinos (Coleção Senar, 134).
Ordenha manual de bovinos (Coleção Senar, 135).
Além da porteira
http://www.grupoetco.org.br/arquivos_br/manuais/manual-boas-praticas-de-manejo_vacinacao-bovinos-leiteiros.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128128/1/CiT-47-15-online.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/128128/1/CiT-47-15-online.pdf
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/67059/1/Documento-342.pdf 
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPPSE/14118/1/PROCICircT32OT2002.00003.PDF
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPPSE/14118/1/PROCICircT32OT2002.00003.PDF
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/134-LEITE.pdf
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/135-LEITE-NOVO.pdf
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite38
Atividade - Vamos Pensar 
Juntos - Planejamento
 
Você já sabe que o planejamento é fundamental para balizar as decisões a serem tomadas e 
conheceu o exemplo da fazenda Santa Esperança.
 Agora, é a sua vez!
 Siga o passo a passo para organizar seu planejamento.
 
O primeiro passo é atribuir valores de mercado aos itens pertinentes. Sem isso, não é possível 
calcular os custos de produção.
Inventário patrimonial
 
 
Nome da propriedade
Nome do proprietário
Localização
Área
Descrição da propriedade
Recursos naturais
Solo: topografia, fertilidade, 
facilidade de mecanização
Clima: índice pluviométrico, 
temperaturas médias, 
máximas, mínimas
39Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Fontes de água: superfície, 
subterrânea
Flora e fauna
Recursos físico
Casa
Curral
Cercas
Aguadas
Poços
Cochos 
Bebedouros
Outras instalações
 
 
 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite40
Rebanho
Touro
Vacas em lactação
Vacas secas
Novilhas
Garrotes
Bezerras(os)
Máquinas, implementos e equipamentos
Trator
Implementos
Máquina forrageira
Carroça
Motobomba
Ferramentas
Outros
 
 
 
41Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Máquinas, implementos e equipamentos
Rações
Sal mineral
Medicamentos 
Adubo
Sementes
Outros
Recurso humanos
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite42
Recursos financeiros
Escala de produção diária
 
 
Média de produção de leite por vaca
(é o total de leite produzido e dividido pelo total de vacas ordenhadas)
 
43Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Objetivos e metas 
Agora, trace um objetivo e uma meta para sua propriedade. Siga este exemplo:
 Objetivo: produzir leite de qualidade com sustentabilidade econômica, ambiental e social.
 Meta: produzir 400 L de leite de um rebanho de 30 vacas em lactação em três anos.
Objetivo
Meta
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite44
Planejamento e controle de custos 
Detalhe cada passo que será necessário para atingir a meta dentro do prazo determinado.
Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$)
Valor total 
(R$)
Descrever o item 
(exemplos: for-
mação de pasta-
gens; construção 
de cercas elétri-
cas; aquisição 
de bebedouro de 
2000L; reserva 
estratégica de 
forragem – pal-
ma; aquisição de 
matrizes etc.)
kg, L, 
m3...
Quantos se-
rão necessá-
rios?
Quanto 
custa uma 
unidade?
Quantida-
de x valor 
unitário
 
 
 
 
 
45Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$)
Valor total 
(R$)
 
 
 
 
 
 
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite46
Então, prepare um cronograma de desembolso. Utilize os mesmos itens citados na tabela anterior.
Itens Mês/ano
J F M A M J J A S O N D
47Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Detalhamento 
Nesta etapa, é feito um detalhamento de cada um dos itens da listagem geral.
Detalhamento do item
(exemplo: implantar 2 ha de pastagem)
Item
(exemplos: 
análise de solo; 
preparo do solo; 
calcário; se-
mentes)
Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$)
Valor total 
(R$)
Total ...
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite48
Detalhamento do item
Item Unidade Quantidade Valor uni-tário (R$)
Valor total 
(R$)
Total ...
A planilha deve ser atualizada à medida que você executa o trabalho. Dessa forma, você vai ter 
controle sobre o que foi planejado e o que foi executado.
Bom trabalho!
49Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Fichas de campo
 
Preencha as fichas a seguir para fazer o controle zootécnico (controle de rebanho). Elas são de uso 
rotineiro e, por isso, devem compor o caderno de campo e serem de fácil acesso. 
Controle de reprodução
 
Controle de cios e de coberturas
N.º Novilhaou vaca
Data do cio 
ou da co-
bertura
Touro Observações
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite50
Controle de cios e de coberturas
N.º Novilhaou vaca
Data do cio 
ou da co-
bertura
Touro Observações
51Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Controle de parições
Cria
Data de 
nascimento Sexo
Vaca
Touro OBS.:
Nº Nome Nº Nome
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite52
Controle da produção 
Controle leiteiro Data:
Vaca Produção (kg)
Observações
N.º Nome 1.ª ordenha 2.ª ordenha TOTAL
53Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Controle de desenvolvimento ponderal (crescimento) das 
fêmeas, do nascimento ao parto 
Pesagem
Fêmeas em crescimento Data:
BEZERRA / NOVILHA
PESO (kg) Observações
N.º Nome
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite54
Fichas individuais
 
Cada vaca deve ter um registro (nome ou número) que se relaciona à respectiva ficha individual. 
Esse é o principal instrumento aplicado na seleção dos animais e no melhoramento genético. 
Identificação
 
Nome N.º
Nascimento Raça/G.S.
Pai
Mãe
Propriedade
Município
55Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Reprodução
COBERTURA (MN / IA)
Diagnóstico
Gestação
PAR-
TO Cria
1.ª 2.ª 3.ª
Data Touro Data Touro Data Touro Data Res. Data Sexo N.º Peso
Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite56
Pesagens e ocorrências (sanitárias e de outras ordens)
Data Peso (kg) Ideal Data
Peso 
(kg) Ideal
57Gestão Produtiva da Bovinocultura de Leite
Produção de leite
N.º Nome:Lactação a 
Mês
Média
diária
(kg)
Prod.
mensal
(kg)
Prod.
acum.
(kg)
1
2
	Apresentação
	Módulo 1 – Conceitos de gestão da pecuária leiteira
	Administração da pecuária leiteira 
	Estrutura de custo da pecuária leiteira 
	Módulo 2 - Gestão do suporte forrageiro e da nutrição do rebanho
	Estrutura de custo da pecuária leiteira 
	Manejo nutricional
	Módulo 3 – Gestão das instalações e dos equipamentos
	Instalações básicas da pecuária leiteira
	Módulo 4 – Gestão do melhoramento genético e da reprodução
	Seleção e cruzamento 
	Fisiologia de reprodução 
	Manejo reprodutivo 
	Módulo 5 – Gestão do manejo e da sanidade do rebanho
	Manejo de bezerras, novilhas e vacas leiteiras 
	Manejo sanitário 
	Atividade - Vamos Pensar Juntos - Planejamento
	Fichas de campo
	Fichas individuais
	Campo de texto 2: 
	Campo de texto 10: 
	Campo de texto 12: 
	Campo de texto 14: 
	Campo de texto 15: 
	Campo de texto 16: 
	Campo de texto 13: 
	Campo de texto 17: 
	Campo de texto 30: 
	Campo de texto 127: 
	Campo de texto 118: 
	Campo de texto 128: 
	Campo de texto 122: 
	Campo de texto 116: 
	Campo de texto 129: 
	Campo de texto 119: 
	Campo de texto 123: 
	Campo de texto 115: 
	Campo de texto 130: 
	Campo de texto 120: 
	Campo de texto 124: 
	Campo de texto 117: 
	Campo de texto 131: 
	Campo de texto 121: 
	Campo de texto 125: 
	Campo de texto 126: 
	Campo de texto 661: 
	Campo de texto 132: 
	Campo de texto 200: 
	Campo de texto 136: 
	Campo de texto 134: 
	Campo de texto 133: 
	Campo de texto 138: 
	Campo de texto 135: 
	Campo de texto 139: 
	Campo de texto 142: 
	Campo de texto 140: 
	Campo de texto 143: 
	Campo de texto 141: 
	Campo de texto 144: 
	Campo de texto 145: 
	Campo de texto 146: 
	Campo de texto 148: 
	Campo de texto 147: 
	Campo de texto 149: 
	Campo de texto 162: 
	Campo de texto 150: 
	Campo de texto 170: 
	Campo de texto 171: 
	Campo de texto 163: 
	Campo de texto 164: 
	Campo de texto 165: 
	Campo de texto 166: 
	Campo de texto 167: 
	Campo de texto 152: 
	Campo de texto 154: 
	Campo de texto 158: 
	Campo de texto 156: 
	Campo de texto 159: 
	Campo de texto 168: 
	Campo de texto 172: 
	Campo de texto 151: 
	Campo de texto 174: 
	Campo de texto 175: 
	Campo de texto 153: 
	Campo de texto 155: 
	Campo de texto 160: 
	Campo de texto 157: 
	Campo de texto 161: 
	Campo de texto 169: 
	Campo de texto 173: 
	Campo de texto 176: 
	Campo de texto 180: 
	Campo de texto 178: 
	Campo de texto 181: 
	Campo de texto 184: 
	Campo de texto 188: 
	Campo de texto 186: 
	Campo de texto 189: 
	Campo de texto 192: 
	Campo de texto 194: 
	Campo de texto 196: 
	Campo de texto 198: 
	Campo de texto 177: 
	Campo de texto 182: 
	Campo de texto 179: 
	Campo de texto 183: 
	Campo de texto 185: 
	Campo de texto 190: 
	Campo de texto 187: 
	Campo de texto 191: 
	Campo de texto 193: 
	Campo de texto 195: 
	Campo de texto 197: 
	Campo de texto 199: 
	Campo de texto 103: 
	Campo de texto 104: 
	Campo de texto 105: 
	Campo de texto 1010: 
	Campo de texto 1020: 
	Campo de texto 1025: 
	Campo de texto 1015: 
	Campo de texto 107: 
	Campo de texto 1011: 
	Campo de texto 1021: 
	Campo de texto 1026: 
	Campo de texto 1016: 
	Campo de texto 106: 
	Campo de texto 1012: 
	Campo de texto 1022: 
	Campo de texto 1027: 
	Campo de texto 1017: 
	Campo de texto 108: 
	Campo de texto 1013: 
	Campo de texto 1023: 
	Campo de texto 1028: 
	Campo de texto 1018: 
	Campo de texto 109: 
	Campo de texto 1014: 
	Campo de texto 1024: 
	Campo de texto 1029: 
	Campo de texto 1019: 
	Campo de texto 1030: 
	Campo de texto 1055: 
	Campo de texto 1060: 
	Campo de texto 10183: 
	Campo de texto 1031: 
	Campo de texto 1056: 
	Campo de texto 1061: 
	Campo de texto 10184: 
	Campo de texto 1032: 
	Campo de texto 1057: 
	Campo de texto 1062: 
	Campo de texto 10185: 
	Campo de texto 1033: 
	Campo de texto 1058: 
	Campo de texto 1063: 
	Campo de texto 10186: 
	Campo de texto 1034: 
	Campo de texto 1059: 
	Campo de texto 1064: 
	Campo de texto 10187: 
	Campo de texto 1035: 
	Campo de texto 10188: 
	Campo de texto 1036: 
	Campo de texto 10189: 
	Campo de texto 1037: 
	Campo de texto 10190: 
	Campo de texto 1038: 
	Campo de texto 10191: 
	Campo de texto 1039: 
	Campo de texto 10192: 
	Campo de texto 1040: 
	Campo de texto 1041: 
	Campo de texto 1042: 
	Campo de texto 1043: 
	Campo de texto 1044: 
	Campo de texto 1045: 
	Campo de texto 10193: 
	Campo de texto 1046: 
	Campo de texto 10194: 
	Campo de texto 1047: 
	Campo de texto 10195: 
	Campo de texto 1048: 
	Campo de texto 10196: 
	Campo de texto 1049: 
	Campo de texto 10197: 
	Campo de texto 1050: 
	Campo de texto 10198: 
	Campo de texto 1051: 
	Campo de texto 10199: 
	Campo de texto 1052: 
	Campo de texto 10200: 
	Campo de texto 1053: 
	Campo de texto 10201: 
	Campo de texto 1054: 
	Campo de texto 10202: 
	Campo de texto 1085: 
	Campo de texto 1088: 
	Campo de texto 1089: 
	Campo de texto 1090: 
	Campo de texto 1091: 
	Campo de texto 1087: 
	Campo de texto 1086: 
	Campo de texto 10113: 
	Campo de texto 10103: 
	Campo de texto 101012: 
	Campo de texto 101024: 
	Campo de texto 1093: 
	Campo de texto 10114: 
	Campo de texto 10104: 
	Campo de texto 101013: 
	Campo de texto 101025: 
	Campo de texto 1095: 
	Campo de texto 10115: 
	Campo de texto 10105: 
	Campo de texto 101014: 
	Campo de texto 101026: 
	Campo de texto 1097: 
	Campo de texto 10116: 
	Campo de texto 10106: 
	Campo de texto 101015: 
	Campo de texto 101027: 
	Campo de texto 1099: 
	Campo de texto 10117: 
	Campo de texto 10107: 
	Campo de texto 101016: 
	Campo de texto 101028: 
	Campo de texto 10101: 
	Campo de texto 101017: 
	Campo de texto 10108: 
	Campo de texto 101018: 
	Campo de texto 101029: 
	Campo de texto 1092: 
	Campo de texto 10118: 
	Campo de texto 10109: 
	Campo de texto 101019: 
	Campo de texto 101030: 
	Campo de texto 1094: 
	Campo de texto 10119: 
	Campo de texto 10110: 
	Campo de texto 10120: 
	Campo de texto 10206: 
	Campo de texto 1096: 
	Campo de texto 10121: 
	Campo de texto 10111: 
	Campo de texto 10203: 
	Campo de texto 10207: 
	Campo de texto 1098: 
	Campo de texto 10204: 
	Campo de texto 10112: 
	Campo de texto 10205: 
	Campo de texto 10208: 
	Campo de texto 10100: 
	Campo de texto 101020: 
	Campo de texto 101010: 
	Campo de texto 101021: 
	Campo de texto 101031: 
	Campo de texto 10102: 
	Campo de texto 101022: 
	Campo de texto 101011: 
	Campo de texto 101023: 
	Campo de texto 101032: 
	Campo de texto 10150: 
	Campo de texto 10160: 
	Campo de texto 10170: 
	Campo de texto 10155: 
	Campo de texto 10161: 
	Campo de texto 10151: 
	Campo de texto 10162: 
	Campo de texto 10172: 
	Campo de texto 10156: 
	Campo de texto 10163: 
	Campo de texto 10173: 
	Campo de texto 10152: 
	Campo de texto 10164: 
	Campo de texto 10174: 
	Campo de texto 10157: 
	Campo de texto 10165: 
	Campo de texto 10175: 
	Campo de texto 10153: 
	Campo de texto 10166: 
	Campo de texto 10176: 
	Campo de texto 10158: 
	Campo de texto 10167: 
	Campo de texto 10177: 
	Campo de texto 10154: 
	Campo de texto 10168: 
	Campo de texto 10178: 
	Campo de texto 10159: 
	Campo de texto 10169: 
	Campo de texto 10122: 
	Campo de texto 10126: 
	Campo de texto 10130: 
	Campo de texto 10134: 
	Campo de texto 10138: 
	Campo de texto 10123: 
	Campo de texto 10127: 
	Campo de texto 10131: 
	Campo de texto 10135: 
	Campo de texto 10139: 
	Campo de texto 10124: 
	Campo de texto 10128: 
	Campo de texto 10132: 
	Campo de texto 10136: 
	Campo de texto 10140: 
	Campo de texto 10125: 
	Campo de texto 10142: 
	Campo de texto 10171: 
	Campo de texto 10129: 
	Campo de texto 10143: 
	Campo de texto 10147: 
	Campo de texto 10180: 
	Campo de texto 10133: 
	Campo de texto 10144: 
	Campo de texto 10148: 
	Campo de texto 10181: 
	Campo de texto 10137: 
	Campo de texto 10145: 
	Campo de texto 10149: 
	Campo de texto 10182: 
	Campo de texto 10141: 
	Campo de texto 10146: 
	Campo de texto 10179: 
	Campo de texto 402: 
	Campo de texto 407:Campo de texto 4012: 
	Campo de texto 4017: 
	Campo de texto 4022: 
	Campo de texto 4027: 
	Campo de texto 4032: 
	Campo de texto 4037: 
	Campo de texto 403: 
	Campo de texto 408: 
	Campo de texto 4013: 
	Campo de texto 4018: 
	Campo de texto 4023: 
	Campo de texto 4028: 
	Campo de texto 4033: 
	Campo de texto 4038: 
	Campo de texto 404: 
	Campo de texto 409: 
	Campo de texto 4014: 
	Campo de texto 4019: 
	Campo de texto 4024: 
	Campo de texto 4029: 
	Campo de texto 4034: 
	Campo de texto 4039: 
	Campo de texto 405: 
	Campo de texto 4010: 
	Campo de texto 4015: 
	Campo de texto 4020: 
	Campo de texto 4025: 
	Campo de texto 4030: 
	Campo de texto 4035: 
	Campo de texto 4040: 
	Campo de texto 406: 
	Campo de texto 4011: 
	Campo de texto 4016: 
	Campo de texto 4021: 
	Campo de texto 4026: 
	Campo de texto 4031: 
	Campo de texto 4036: 
	Campo de texto 4041: 
	Campo de texto 241: 
	Campo de texto 242: 
	Campo de texto 243: 
	Campo de texto 244: 
	Campo de texto 245: 
	Campo de texto 246: 
	Campo de texto 247: 
	Campo de texto 248: 
	Campo de texto 249: 
	Campo de texto 250: 
	Campo de texto 251: 
	Campo de texto 252: 
	Campo de texto 253: 
	Campo de texto 254: 
	Campo de texto 255: 
	Campo de texto 256: 
	Campo de texto 257: 
	Campo de texto 258: 
	Campo de texto 259: 
	Campo de texto 260: 
	Campo de texto 261: 
	Campo de texto 262: 
	Campo de texto 263: 
	Campo de texto 264: 
	Campo de texto 265: 
	Campo de texto 266: 
	Campo de texto 267: 
	Campo de texto 268: 
	Campo de texto 269: 
	Campo de texto 401: 
	Campo de texto 270: 
	Campo de texto 271: 
	Campo de texto 272: 
	Campo de texto 273: 
	Campo de texto 274: 
	Campo de texto 275: 
	Campo de texto 276: 
	Campo de texto 277: 
	Campo de texto 278: 
	Campo de texto 308: 
	Campo de texto 3016: 
	Campo de texto 3024: 
	Campo de texto 279: 
	Campo de texto 280: 
	Campo de texto 281: 
	Campo de texto 282: 
	Campo de texto 283: 
	Campo de texto 284: 
	Campo de texto 285: 
	Campo de texto 286: 
	Campo de texto 301: 
	Campo de texto 309: 
	Campo de texto 3017: 
	Campo de texto 3025: 
	Campo de texto 287: 
	Campo de texto 288: 
	Campo de texto 289: 
	Campo de texto 290: 
	Campo de texto 291: 
	Campo de texto 292: 
	Campo de texto 293: 
	Campo de texto 294: 
	Campo de texto 302: 
	Campo de texto 3010: 
	Campo de texto 3018: 
	Campo de texto 3026: 
	Campo de texto 295: 
	Campo de texto 296: 
	Campo de texto 297: 
	Campo de texto 298: 
	Campo de texto 299: 
	Campo de texto 300: 
	Campo de texto 303: 
	Campo de texto 304: 
	Campo de texto 305: 
	Campo de texto 3011: 
	Campo de texto 3019: 
	Campo de texto 3027: 
	Campo de texto 306: 
	Campo de texto 307: 
	Campo de texto 310: 
	Campo de texto 311: 
	Campo de texto 312: 
	Campo de texto 313: 
	Campo de texto 314: 
	Campo de texto 315: 
	Campo de texto 3012: 
	Campo de texto 3013: 
	Campo de texto 3020: 
	Campo de texto 3028: 
	Campo de texto 316: 
	Campo de texto 317: 
	Campo de texto 318: 
	Campo de texto 319: 
	Campo de texto 320: 
	Campo de texto 321: 
	Campo de texto 322: 
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