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15/03/2017 Colaborar ­ Wa 1 ­ Relação de Trabalho/contratos/jornadas de Trabalho
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Wa 1 - Relação de Trabalho/contratos/jornadas de
Trabalho
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1.3.1.1  Agentes do Trabalho Autônomo
Os personagens envolvidos no trabalho autônomo são: o prestador do serviço,
ou  seja,  o  profissional  autônomo  e  o  tomador  do  serviço,  ou,  em  outras
palavras, o contratante.
Contudo, a figura do autônomo possui características também de empregador.
Ora, o trabalho autônomo é realizado de modo  independente,  livre, rendendo
para  o  executor  os  benefícios  de  sua  realização.  Além  disso,  este  tipo  de
trabalhador pode escolher para quem e quando irá trabalhar, bem como formar
seu preço, observando as regras e a competitividade do mercado, bem como a
legislação vigente.
Além  dos  aspectos  positivos  já  descritos,  o  autônomo  deverá  ter  alguns
cuidados. 
Vamos  ler  o  texto:  “Cuidados  que  autônomos  devem  ter  com  as  finanças.”
escrito por Reinaldo Domingos: 
<http://www.infomoney.com.br/blogs/financas­pessoais/financas­em­
casa/post/2923383/cuidados­que­autonomos­devem­ter­com­financas
(http://www.infomoney.com.br/blogs/financas­pessoais/financas­em­
casa/post/2923383/cuidados­que­autonomos­devem­ter­com­financas)>.
Acesso em: 06 mar. 2017.
1.3.1.2  Aspectos Legais do Trabalho Autônomo
Por muito tempo, o trabalho autônomo foi, no Brasil, sinônimo de ilegalidade. A
Emenda Constitucional  n.  45  contribui  de  forma  significativa  para  a  reversão
deste quadro. Não estamos falando que até 2004 era inexistente a menção ou
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http://www.infomoney.com.br/blogs/financas-pessoais/financas-em-casa/post/2923383/cuidados-que-autonomos-devem-ter-com-financas
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regulamentação deste tipo de profissional na legislação brasileira.
Apenas  ressaltando  a  importância  da  inserção  na  jurisprudência
laboral para este tipo de atividade.
A  Lei  da  Previdência  considera  como  segurado  obrigatório  o
trabalhador  autônomo,  devendo,  para  tanto,  realizar  a
contribuição mensal  na alíquota de 20% do valor  de  seu  salário
até o teto do INSS em vigor.
Os  contratos  normalmente  celebrados  entre  o  autônomo  e  o  tomador  de
serviço são regidos pelos Artigos 593 a 609 do Código Civil. Por fim, do ponto
de vista fiscal, cabe ainda ao autônomo recolher os seguintes impostos:
ISS – Imposto sobre serviços, de esfera municipal, com alíquota variando entre
2,0  %  a  5,0  %,  dependendo  da  legislação  do  Município  onde  o  serviço  é
prestado;
IR –  Imposto  de Renda,  de  esfera  federal,  o  qual  é  calculado  com a mesma
tabela utilizada para o empregado.
Convido vocês a assistirem uma  reportagem sobre os direitos do  trabalhador
autônomo com a advogada Patrícia Corrêa: 
 
<https://www.youtube.com/watch?v=4bUR­OWiG7s
(https://www.youtube.com/watch?v=4bUR­OWiG7s)>.
1.3.2  Representante Comercial Autônomo:
A Lei n. 4.886/65 define o exercício da representação comercial como:
Conheça os direitos do trabalhador autônomo!
https://www.youtube.com/watch?v=4bUR-OWiG7s
https://www.youtube.com/watch?v=4bUR-OWiG7s
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Artigo 1º Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a
pessoa  física,  sem  relação  de  emprego,  que  desempenha,  em  caráter  não
eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de
negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti­los aos
representados,  praticando  ou  não  atos  relacionados  com  a  execução  dos
negócios. (BRASIL, 1965).
Novamente nos deparamos na definição com a importante ressalva:
sem  relação  de  emprego.  Vamos  outra  vez,  repetir:  o
estabelecimento da relação de emprego é celebrado quando atendido
os  parâmetros  estabelecidos  no  Artigo  3º  da  CLT.  Neste  caso  de
trabalhador, a subordinação é o principal parâmetro a ser analisado.
O representante comercial deve ser autônomo, ou seja, ser livre para exercer
suas atividades.
O representante comercial autônomo realiza sua atividade intermediando uma
transição  comercial,  sem,  contudo,  deter  o  produto  a  ser  comercializado.  É
remunerado, geralmente, por meio de comissões, que consistem em alíquotas
aplicadas  sobre  o  valor  da  venda.  Por  exemplo,  um  representante  comercial
que  recebe  a  comissão  de  5,0%  sobre  o  valor  da  venda,  se  realizar  um
transação no importe de R$ 20.000,00 reais, receberá uma comissão no valor
de R$ 1.000,00 reais.
Caso  a  venda  se  processe  de  modo  parcelado,  o  recebimento,
por  parte  do  representante,  também  se  processará  de  modo
parcelado.  O  representante  comercial  autônomo  também  é
segurado pela previdência  social,  deste que  recolha alíquota de
11 %  sobre  os  seus  rendimentos,  respeitando  o  valor máximo
(atualmente de R$ 4.159,00 reais).
Do  ponto  de  vista  fiscal,  terá  os  mesmos  tributos  que  o  autônomo,  quais
sejam:  ISS  e  IR,  com  as  mesmas  sistemáticas  descritas  para  aquele
trabalhador.  Além  disso,  o  representante  comercial  autônomo  deverá,
obrigatoriamente, estar registrado no conselho de classe correspondente.
O representante comercial autônomo poderá ser remunerado por meio de RPA
(Recibo de Pagamento de Autônomo). Neste caso, a empresa fica encarregada
de  recolher  os  valores  devidos  ao  INSS  e  ao  Imposto  de  Renda.  Assim,  a
empresa  fica  responsável  pelo  recolhimento  de  20%  sobre  o  valor  da
remuneração,  que  deverá  ser  pago  à  previdência  –  trata­se  da  contribuição
patronal previdenciária.
Há possibilidade de a representação comercial ser realizada por pessoa jurídica.
Ou seja, o representante constitui uma empresa para realizar suas atividades.
Neste caso, não é atribuição da justiça do trabalho dirimir eventuais questões
arbitrais envolvendo as partes. Isso envolve um princípio do direito trabalhista,
o qual veremos mais adiante.
1.3.3  Cooperado :
Conceitua­se como cooperativa, segundo a Lei n. 12690/ 2012, em seu Artigo
2º:
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Artigo  2º  Considera­se  Cooperativa  de  Trabalho  a  sociedade  constituída  por
trabalhadores para  o  exercício  de  suas  atividades  laborativas  ou profissionais
com  proveito  comum,  autonomia  e  autogestão  para  obterem  melhor
qualificação,  renda,  situação  socioeconômica  e  condições  gerais  de  trabalho.
(BRASIL, Lei Nº 12690/ 2012).
As cooperativas são regidas ainda pelos Artigos 5º, XVIII;
174º, § 2.º; e 187, VI da Constituição Federal, bem como
pela  Lei  5.764/  1971  e  pelos  Artigos  1.093  a  1096  do
Código Civil.
Retomando  a  questão  trabalhista,  é  importante
mencionar que não pode a cooperativa ser instituída com
a  finalidade  de  burlar  as  leis  trabalhistas.  O  cooperado
(sócio da cooperativa) contribui para sociedade formada, por meio de bens ou
serviços,  para  o  exercício  de  determinada  atividade  econômica,  objetivando,
observe, o proveito comum, semalmejar lucro.
Verifica­se,  portanto,  que  não  cabe  à  cooperativa  objetivar  o  lucro,  não  se
tratando,  portanto,  de  uma  sociedade  capitalista,  embora  possa  realizar
atividades associadas à produção, comércio ou prestação de serviços.
Todavia, o cooperado não é empregado na cooperativa, não sendo admitida a
submissão, a não ser àquelas previstas em regimento interno.
Há aproximadamente quatro anos, a Justiça Regional do Trabalho do Estado da
Bahia proibiu uma empresa de admitir funcionário por meio de cooperativas de
trabalho,  bem  como  desautorizou  outras  duas  empresas  a  fornecer  mão  de
obra  de  trabalhadores  sem  a  presença  da  pessoalidade,  subordinação  e  não
eventualidade.
Tratava­se de uma fraude para frustrar os direitos dos trabalhadores. Por meio
das cooperativas, os  trabalhadores deixariam de ter, naquela época, acesso a
vários benefícios se fossem contratados no regime celetista.
A Lei anteriormente mencionada, n. 12.690/ 2012, permitiu aos sócios, acesso
a  alguns  direitos  também  vistos  na  CLT  em  relação  aos  empregados,
discriminados abaixo:
Art.  7º  A  Cooperativa  de  Trabalho  deve  garantir  aos  sócios  os  seguintes
direitos, além de outros que a Assembleia Geral venha a instituir:
I  ­  retiradas não  inferiores ao piso da  categoria profissional  e, na ausência
deste, não inferiores ao salário mínimo, calculadas de forma proporcional às
horas trabalhadas ou às atividades desenvolvidas;
II  ­  duração  do  trabalho  normal  não  superior  a  8  (oito)  horas  diárias  e  44
(quarenta  e  quatro)  horas  semanais,  exceto  quando  a  atividade,  por  sua
natureza,  demandar  a  prestação  de  trabalho  por  meio  de  plantões  ou
escalas, facultada a compensação de horários;
III ­ repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
IV ­ repouso anual remunerado;
V ­ retirada para o trabalho noturno superior à do diurno;
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VI ­ adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou perigosas;
VII ­ seguro de acidente de trabalho.
Talvez  este  marco  legislativo  diminua  ou  iniba  a  prática  fraudulenta  acima
relatada.
PARA SABER MAIS: 
Saiba mais  sobre  as  cooperativas  de  trabalho  lendo  o  artigo  de  Assis  et  al: 
Cooperativa de trabalho na Lei n. 12.690/12. 
<http://www.ambito­juridico.com.br/site/?
n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12669  (http://www.ambito­
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12669)>.
1. [Imagem:Bandera actual cooperativismo.jpg|thumb|180px|Legenda]  
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bandera_actual_cooperativismo.jpg
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bandera_actual_cooperativismo.jpg)>.
 4
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12669
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bandera_actual_cooperativismo.jpg
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