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GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS) ANDREZA AZARIAS DE LIMA AGENTES INFECCIOSOS TRANSMITIDOS PELA ÁGUA Ribeirão Preto 2023 ANDREZA AZARIAS DE LIMA AGENTES INFECCIOSOS TRANSMITIDOS PELA ÁGUA Trabalho apresentado ao curso de Farmácia da Universidade Paulista (UNIP)- Ribeirão Preto, como requisito parcial para obtenção de nota para a Atividade Prática Supervisionada (APS). Orientador: Prof. Claúdio Neri Ribeirão Preto 2023 RESUMO Os agentes infecciosos transmitidos por água geralmente são encontrados em locais com saneamento básico deficiente os quais apresentam falta de água tratada e/ou de rede de esgoto ou de alternativas adequadas para a deposição dos dejetos humanos. O objetivo geral do presente estudo é investigar quais os perigos e como ocorre a transmissão de agentes infecciosos na água. A metodologia empregada foi uma revisão de literatura tendo como fonte documentos publicados nos sites Google, Scielo, Pubmed. Observou-se as infecções relacionadas à água podem ser divididas em doenças transmitidas pela água que são aquelas adquiridas diretamente pela ingesta de água (contaminada); doenças por falta de higiene com água ou doenças adquiridas indiretamente por falta de higiene; doenças baseadas na água que são aquelas causadas por organismos aquáticos que passam parte de seu ciclo vital na água e outra parte como parasitas de animais, e; doenças transmitidas por insetos vetorados pela água (ou umidade), que necessitam de ambientes úmidos. Cgegou-se a conclusão de que o saneamento básico pautado por um abastecimento de água eficiente a partir da captação, adução, tratamento, armazenagem e distribuição de água, certamente assegurará a redução e o controle de doenças transmitidas por agentes infecciosos causadores de diarreias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses Palavras chaves: Água Potável; Saneamento básico; Transmissão de agentes infecciosos na água. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 7 2.1 METODOLOGIA ................................................................................................................... 7 2.2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS:........................................................................................... 7 2.3 OS PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS TRANSMITIDOS PELA ÁGUA .......... 9 2.4 OS PRINCIPAIS SINTOMAS DAS DOENÇAS RELACIONADAS À INGESTÃO DE ÁGUA CONTAMINADA/ SANEAMENTO DEFICIENTE ............................................ 12 3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 15 5 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objeto discutir, questões relacionadas às doenças infecciosas transmitidas pela água, considerando a poluição das águas decorrente principalmente de saneamento básico inadequado, o qual pode ser responsável pela proliferação de determinadas doenças em decorrência do abastecimento de água deficiente, o esgotamento sanitário inadequado, além da contaminação por resíduos sólidos e as condições precárias de moradia. De acordo com declarações das Nações Unidas (2020), mais da metade da população não possui acesso a esgoto tratado e aproximadamente 40% da população mundial vive sem acesso a produtos de higiene básica como sabão e água para uma simples lavagem de mãos. Diariamente, mais de 800 crianças morrem de doenças como diarreia e outras infecções causadas por falta de saneamento e água contaminada. Além disso, estima-se que anualmente 15 mil pessoas morram e 350 mil sejam internadas no Brasil em decorrência de doenças ligadas às condições precárias do saneamento básico e aproximadamente 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada e metade da população não tem serviços de coleta de esgoto. Existem vários tipos de doenças que podem ser causadas pela água, denominadas doenças hídricas uma vez que são disseminadas por organismos ou outros contaminantes depositados e/ou encontrados diretamente no meio da água. Diante da importância do tema e da sua relevância tanto para a população como para a sociedade científica é que se justifica a escolha do tema do presente estudo o qual pretende apresentar os agentes infecciosos transmitidos pela água. Desta forma, a presente pesquisa abordará inicialmente definições de água potável, saneamento básico, doenças hídricas e doenças relacionadas às águas de recreação. Após o conhecimento de tais definições será exposto como ocorre a transmissão dessas doenças hídricas para o ser humano e quais os principais sintomas. Posteriormente, buscar-se-á analisar o que é surto de doença relacionada à ingestão de água contaminada/saneamento deficiente e quais as causas mais frequentes de contaminação da água para consumo humano. A seguir, será 6 analisada qual a importância da notificação e investigação do surto de determinadas doenças relacionadas à ingestão de água contaminada/saneamento deficiente e como essa notificação e realizada. Os agentes infecciosos transmitidos por água geralmente são encontrados em locais com saneamento básico deficiente os quais apresentam falta de água tratada e/ou de rede de esgoto ou de alternativas adequadas para a deposição dos dejetos humanos. As doenças podem ser decorrentes da contaminação da água por esses dejetos ou pelo contato com esgoto despejado nas ruas ou nos córregos e rios. A falta de água também pode causar doenças, pois, sua escassez interfere numa higiene adequada. Incluem‐se também na lista de doenças de transmissão hídrica, aquelas causadas por insetos que se desenvolvem na água (BRASIL, 2006). O objetivo geral do presente estudo é investigar quais os perigos e como ocorre a transmissão de agentes infecciosos na água. Tendo por objetivos específicos descrever os principais contaminantes biológicos da água; as principais doenças transmitidas pela água; doenças baseadas na água; doenças transmitidas por insetos vetorados pela água e doenças por falta de higiene por escassez de água. 7 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 METODOLOGIA O presente trabalho terá como aspecto metodológico uma revisão bibliográfica embasada em pesquisas concretas para melhor esclarecer as ideias aqui apresentadas, trazendo ao leitor um conhecimento científico da área bem como os avanços recentes. Representa, portanto, a utilização do argumento de autoridade, que como o próprio nome já lembra, o argumento de autoridade tem como objetivo corroborar as ideias por meio da alocução de alguém que é especialista em determinado assunto o que no presente projeto de pesquisa é representado pelos autores dos trabalhos utilizados. Os trabalhos encontrados na busca e incluídos foram aqueles que atendem ao objetivo da presente pesquisa, portanto, trabalhos que abordaram sobre o assunto agentes infecciosos transmitidos pela água, especialmente aqueles que discutiram os aspectos relacionados ao objetivo da presente pesquisa, ou seja, perigos e como ocorre a transmissão de agentes infecciosos na água e descrever os principais contaminantes biológicos da água; as principais doenças transmitidas pela água; as doenças baseadas na água; as doenças transmitidas porinsetos vetorados pela água e as doenças por falta de higiene por escassez de água. A seguir serão apresentados os itens que farão parte da revisão bibliográfica do presente estudo. 2.2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS: A água potável pode ser definida como sendo toda água própria para o consumo a qual apresenta características como: um líquido incolor, inodoro (sem cheiro), insípida (sem sabor) e insossa (sem sal), essencial para a sobrevivência humana. Para ser considerada potável a água deve ter certa quantidade de sais minerais dissolvido, que são importantes para a saúde. Além disso, ela deve estar livre de materiais tóxicos e micro-organismos, como bactérias, protozoários etc., sendo que as fontes de água potável mais comuns são nascentes de rios, 8 lagos e represas de abastecimento de água, sistemas de cisternas e poços ou ainda a extração de água subterrânea de aquíferos. Em muitos locais também é feita a captação de água da chuva para consumo ou uso doméstico (PUC, 2019). A água para que seja considerada potável, ela tem que ser de qualidade adequada e em quantidade suficiente, uma vez que a mesma é um elemento essencial à vida, além de ser fator ligado à promoção da saúde da população e à redução da incidência de diversas doenças. Se a água contiver substâncias com limites acima dos padrões de potabilidade, estabelecidos pela Portaria N° 2.914/2011 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2011), ela é considerada imprópria para consumo humano. De acordo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre seu bem-estar físico, mental e social. Como se percebe o saneamento está vinculado diretamente às condições de saúde e vida da população e faz parte do conjunto de direitos dos cidadãos. As ações de saneamento são uma série de medidas prévias relacionadas aos sistemas de infraestrutura física, como obras e equipamentos, e de uma estrutura educacional, legal e institucional (TRENTIN; COAN; LISOVSKI, 2013). No caso da definição de saneamento básico, o conceito se restringe ao abastecimento de água e disposição de esgotos, entretanto, na literatura pode- se encontrar incluso o lixo nesta categoria e outras atividades como: controle de animais e insetos, saneamento de alimentos, escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações. Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, melhoria da qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica (PUC, 2019). De acordo com Moura; Landau e Ferreira (2010), a água pode veicular um elevado número de enfermidades, conhecidas por doenças hídricas, e essa transmissão pode se dar por diferentes mecanismos. O mecanismo de transmissão de doenças mais comumente lembrado e diretamente relacionado à qualidade da água é o da ingestão, por meio do qual um indivíduo sadio ingere água que contenha componente nocivo à saúde e a presença desse componente no organismo humano provoca o aparecimento de doença. 9 De acordo com SOUZA et al. (2015), há também doenças não transmissíveis relacionadas ao saneamento inadequado, como quantidade insuficiente de água, gerando hábitos higiênicos insatisfatórios e daí doenças relacionadas à inadequada higiene (tanto de utensílios de cozinha, do corpo, como do ambiente domiciliar); situação da água no ambiente físico, proporcionando condições propícias à vida e à reprodução de vetores ou reservatórios de doenças. No entanto, é importante destacar que tanto a qualidade da água quanto a sua quantidade e regularidade de fornecimento são fatores determinantes para o acometimento de doenças no homem. Outra definição importante quando se refere a doenças hídricas é a transmissão de doenças por meio do contato com água para fins de recreação o qual pode ser contato primário quando o contato é realizado por meio de atividades como a natação, surfe, esqui-aquático e mergulho, nos quais há possibilidade de ingestão de quantidades significativas de água ou contato com olhos, ouvidos, membranas, mucosas ou até mesmo cortes existentes na pele. Já o contato secundário ou acidental associa-se a atividades de pesca e navegação, em que a possibilidade de ingestão de volume apreciável de água é baixa, ou seja, apenas os membros, braços e pernas, estão susceptíveis ao contato frequente com as águas, sendo relativamente baixa a possibilidade de ingestão de volume apreciável de água, que ocorre, geralmente, apenas em casos de acidentes (FREDERICO; DE JESUS, 2017). 2.3 OS PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS TRANSMITIDOS PELA ÁGUA No mundo, doenças de veiculação hídrica, são a segunda maior causa de morte na infância, atrás, apenas, das infecções respiratórias. Cerca de sete crianças morrem a cada dia no país vítimas de diarreia, cenário que pode ser alterado com investimentos em saneamento básico, principalmente no fornecimento de água de qualidade. Além disso, poderiam ser minimizados os gastos com o tratamento de doenças relacionadas com a falta de higiene (SANEAMENTO, 2011). As infecções relacionadas à água podem ser divididas em quarto categorias a saber: a) Doenças transmitidas pela água que são aquelas adquiridas diretamente pela ingesta de água (contaminada); as Doenças por 10 falta de higiene com água ou doenças adquiridas indiretamente por falta de higiene; c) as Doenças baseadas na água que são aquelas causadas por organismos aquáticos que passam parte de seu ciclo vital na água e outra parte como parasitas de animais, e; d) as Doenças transmitidas por insetos vetorados pela água (ou umidade), incluindo tripanosomíase Africana (mosca TseTse) e leishmaniose (flebotomíneos) que necessitam de ambientes úmidos (SAÚDE.GOV., 2009). As doenças hídricas provocadas devido à ingestão direta de água contaminada, em geral, ocorrem em locais onde não há sistema de abastecimento de água tratada, e os grupos populacionais fazem uso de minas, poços, bicas, ou então, utilizam água mineral de fontes contaminadas. Eventualmente, acidentes no sistema de abastecimento de água tratada, ou problemas em sua manutenção podem acarretar contaminações e causar doença na população que se serve do mesmo. Muitas dessas doenças causam diarreias aguda as quais segundo a OMS, 80% das mesmas, no mundo estão relacionadas ao uso de água imprópria para consumo, não tratada, a sistema de esgoto ausente ou inadequado ou a práticas de higiene insuficientes, especialmente em países ou áreas onde são precárias as condições de vida. De acordo com o boletim informático de Saude.gov (2009), as principais doenças relacionadas à ingestão de água contaminada são: cólera, febre tifóide, hepatite A e doenças diarreicas agudas de várias etiologias como as bacterianas (Shigella, Escherichia coli); as viróticas (Rotavírus, Norovírus e Poliovírus (poliomielite – já erradicada no Brasil); e as parasitárias (Ameba, Giárdia, Cryptosporidium, Cyclospora) Algumas dessas doenças possuem alto potencial de disseminação, com transmissão de pessoa para pessoa (via fecal‐oral), aumentando assim sua propagação na comunidade. Outra forma também de transmissão são os alimentos devido às mãos mal lavadas de preparadores de alimentos, portadores/assintomáticos ou doentes. Casos individuais de doença diarreica aguda, em geral, não são de notificação compulsória que é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qual quer cidadão, para fim de adoção de medidas de intervenção pertinentes é denominada de notificação. Deve-se notificar a simples suspeita da doença, 11 sem aguardar a confirmação do caso, que pode significar perda de oportunidade de adoção das medidas de prevençãoe controle indicadas. A notificação tem que ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico sanitário em caso de risco para a comunidade, sempre se respeitando o direito de anonimato dos cidadãos (BRASIL, 2010). Algumas doenças hídricas são notificadas como é o caso de diarreias aguda atendidos pelas unidades sentinela em municípios participantes do programa de Monitorização da Doença Diarreica Aguda (MDDA), ou quando constituem forte suspeita de surtos/epidemia e de determinadas doenças como Cólera e Febre Tifóide, que são doenças de notificação compulsória. A hepatite A também é de notificação obrigatória, tanto casos individuais quanto surtos (BRASIL, 2010). O boletim informativo de Saúde.gov (2009), definem as doenças por contato da pele/mucosas com água contaminada, aquelas causadas devido ao contato da pele ou mucosas com água contaminada por esgoto humano ou por fezes ou urina de animais. Destacam‐se como principais doenças, algumas verminoses transmitidas pela pele (água ou solo contaminados) como a esquistossomose originada por água contaminada e presença de determinadas espécies de caramujo no seu ciclo de transmissão; e a leptospirose proveniente de águas, principalmente de enchentes, solo úmido ou vegetação, contaminados pela urina de rato. A esquistossomose e a leptospirose são de notificação compulsória. As verminoses somente são notificadas quando se manifestam por surtos (BRASIL. 2010). As doenças decorrentes da falta de água ou de rede de esgoto/alternativas adequadas para deposição de dejetos ou práticas precárias de higiene são definidas como aquelas onde a falta de água impede a higienização adequada e pode causar uma série de doenças, por exemplo, tracoma devido à Chlamydia trachomatis, doença conhecida por não se lavar o rosto ‐ os olhos, de rotina; piolhos ou escabiose, que passam de pessoa para pessoa. Locais sem rede de esgoto ou sem banheiros ou fossas adequadas para a deposição de dejetos humanos possibilitam a transmissão da ascaridíase (Ascaris lumbricóides, adquirida devido à ingestão de ovos do parasita), de 12 helmintíases ou outras verminoses, cujos parasitas podem ser carreados para água ou para os alimentos também por meio das moscas (SAUDE.GOV, 2009). A transmissão de doenças infecciosas por insetos/vetores que se desenvolvem na água é definida como aquelas transmitidas pela picada de mosquitos/vetores que se desenvolvem na água tal como dengue, febre amarela, filariose, malária e algumas encefalites. Em enchentes pode haver um aumento de insetos potencialmente de risco para essas doenças. Segundo a OMS, no mundo, mais de 1 milhão de pessoas morrem a cada ano devido às doenças veiculadas por mosquitos. Dengue, febre amarela, malária e outras doenças que se manifestem com sintomas febris agudos, com icterícia e/ou hemorragia (Síndrome Febril Íctero‐Hemorrágica Aguda) são de notificação compulsória (BRASIL, 2010). 2.4 OS PRINCIPAIS SINTOMAS DAS DOENÇAS RELACIONADAS À INGESTÃO DE ÁGUA CONTAMINADA/ SANEAMENTO DEFICIENTE De acordo com o boletim informativo Saúde. Gov. (2009), os sintomas mais comuns são a diarreia líquida, náusea, vômitos, cólicas abdominais, e febre em alguns casos. Esses sintomas duram usualmente de um dia a uma semana, em geral três dias. Dentre as manifestações com diarreia aguda estão as enteroviroses causadas mais repetidamente pelo rotavírus e norovírus, as parasitoses por Cryptosporidium e Giardia, e as causadas por bactérias como Campylobacter, Escherichia coli, Shigella e Vibrio cholerae (cólera). Essas bactérias possuem potencial para causarem quadros mais graves e até óbito, principalmente em crianças, gestantes, idosos e pessoas imunocomprometidas, com danos e complicações em outros órgãos. Entre as Samonellas, a de maior importância relacionada à água é a febre tifóide, causada pela Salmonella Typhi, veiculada por água ou alimentos contaminados com esgoto como é o caso de verduras e frutas rasteiras e também, por alimentos manipulados com falta de higiene adequada de manipuladores portadores das mesmas, ou seja, tiveram a infecção e permanecem contaminadas, sem sintomas. Esse tipo de contaminação provoca transtornos abdominais como cólicas, diarreia e constipação, além de febre alta, e nos casos mais graves, várias complicações que podem levar ao óbito (BRASIL, 2010). 13 Outra doença grave é a hepatite A que é causada por um vírus que pode ser veiculado pela água ou alimentos contaminados com esgoto/dejetos humanos e também por alimentos preparados por indivíduos com a doença e que apresentam ou não os sintomas, devido às mãos sujas ou mal lavadas. A doença afeta o fígado, causando mal‐estar, prostração, náusea, vômito e icterícia, e mais raramente, óbito (SAUDE.GOV., 2009). Dentre as toxinas naturais causadoras de infecção transmitidas pela água estão as algas cianofíceas que liberam determinadas toxinas que podem causar diarreia, proliferando‐se em águas poluídas com esgoto humano (SAUDE.GOV., 2009). 14 3. CONCLUSÃO Conclui-se que o saneamento básico pautado por um abastecimento de água eficiente a partir da captação, adução, tratamento, armazenagem e distribuição de água, certamente assegurará a redução e o controle de doenças transmitidas por agentes infecciosos causadores de diarreias, cólera, dengue, febre amarela, tracoma, hepatites, conjuntivites, poliomielite, escabioses, leptospirose, febre tifóide, esquistossomose e outras verminoses. 15 REFERÊNCIAS NAÇÕES UNIDAS BRASIL. Mais de 4,2 bilhões de pessoas vivem sem acesso a saneamento básico. Disponível em: https://brasil.un.org/pt- br/101526-mais-de-42-bilh%C3%B5es-de-pessoas-vivem-sem-acesso- saneamento-b%C3%A1sico. Publicado em 2020. Acesso abr., 2023 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 212 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 dez. 2011, Seção 1, p. 39-46. Disponível em: Acesso em: 19 out. 2016. TRENTIN, A.; COAN, C. M.; LISOVSKI, L.A. Entendendo a ideia de saneamento básico. Publicado em 2013. Disponível em: https://www.uricer.edu.br/site/cursos/arq_trabalhos_usuario/2103.pdf. Acesso abr., 2023. FREDERICO, W. A. L.; DE JESUS, C.R. Lazer e balneabilidade: uma abordagem histórica sobre o uso recreacional das águas na sociedade Caderno de Geografia, v. 27, n 50, p. 557-572, 2017; SANEAMENTO rural: o desafio de universalizar o saneamento rural. Boletim Informativo, n. 10, dez. 2011. Disponível em: https://repositorio.funasa.gov.br/bitstream/handle/123456789/706/Boletim%20In formativo%202011%20dezembro.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: abr. 2023; BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 444 p. : Il. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) SAUDE.GOV. Doenças relacionadas à água ou de transmissão hídrica. Informe técnico. Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve- centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas- por-agua-e-alimentos/doc/2009/2009dta_pergunta_resposta.pdf. Publicado em 2009. Acesso em abr., 2023. https://brasil.un.org/pt-br/101526-mais-de-42-bilh%C3%B5es-de-pessoas-vivem-sem-acesso-saneamento-b%C3%A1sicohttps://brasil.un.org/pt-br/101526-mais-de-42-bilh%C3%B5es-de-pessoas-vivem-sem-acesso-saneamento-b%C3%A1sico https://brasil.un.org/pt-br/101526-mais-de-42-bilh%C3%B5es-de-pessoas-vivem-sem-acesso-saneamento-b%C3%A1sico https://www.uricer.edu.br/site/cursos/arq_trabalhos_usuario/2103.pdf https://repositorio.funasa.gov.br/bitstream/handle/123456789/706/Boletim%20Informativo%202011%20dezembro.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://repositorio.funasa.gov.br/bitstream/handle/123456789/706/Boletim%20Informativo%202011%20dezembro.pdf?sequence=1&isAllowed=y https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/2009/2009dta_pergunta_resposta.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/2009/2009dta_pergunta_resposta.pdf https://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/2009/2009dta_pergunta_resposta.pdf 16 SOUZA, C. M. N. et al. Saneamento: promoção da saúde, qualidade de vida e sustentabilidade ambiental. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015. (Temas em Saúde); PUC. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO. Sustentabilidade. Água potável e saneamento. Publicado em 2019. Disponível em: https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/eventos/bisus/1- agua_potavel_saneamento.pdf. Acesso em abr., 2023. MOURA, L.; LANDAU, C.; FERREIRA, A. M. Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado no Brasil. In cap. 8. Publicado em 2010. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1063689. Acesso abr., 2023. https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/eventos/bisus/1-agua_potavel_saneamento.pdf https://www.pucsp.br/sites/default/files/download/eventos/bisus/1-agua_potavel_saneamento.pdf https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1063689 1. INTRODUÇÃO 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 METODOLOGIA 2.2 DEFINIÇÕES E CONCEITOS: 2.3 OS PRINCIPAIS AGENTES INFECCIOSOS TRANSMITIDOS PELA ÁGUA 2.4 OS PRINCIPAIS SINTOMAS DAS DOENÇAS RELACIONADAS À INGESTÃO DE ÁGUA CONTAMINADA/ SANEAMENTO DEFICIENTE 3. CONCLUSÃO Conclui-se que o saneamento básico pautado por um abastecimento de água eficiente a partir da captação, adução, tratamento, armazenagem e distribuição de água, certamente assegurará a redução e o controle de doenças transmitidas por agentes infeccioso... REFERÊNCIAS
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