AULA 1 - MICRO CLÍNICA

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Microbiologia 
Clínica
Profa. Taiane Medeiros
BIBLIOGRAFIA
LEVINSON, WARREN. Microbiologia Médica e Imunologia. 13. Porto Alegre: AMGH, 2016
NICOLL, DIANA. Manual de exames diagnósticos. 7. Porto Alegre: AMGH, 2019
VERMELHO, ALANE BEATRIZ. Práticas de microbiologia. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019.
Disponível em minha biblioteca
QUESTÃO PROBLEMA
Vivemos em um mundo com uma ampla biodiversidade e que isso também reflete nos microrganismos. Durante a nossa história evolutiva vivemos uma estreita relação com esses microrganismos, o que incluem as bactérias, fungos, vírus e protozoários. 
 "bactérias são boas ou ruins?"
Revisão microbiologia básica
Tipos celulares
procarionte, eucarionte
Divisão das bactérias
Gram-positivas e Gram-negativas
3) Reprodução e multiplicação bacteriana
4) Fatores de virulência
MICRO BIOLOGIA
Estrutura microscópica
Estudo da 
vida
Antes de existir o microscópio não existia a microbiologia!
“Se os olhos não viam, logo não existia”
 final do século XVI.
Tipos celulares X microrganismos
Bactérias
Cianobactérias
Fungos
Algas
Protozoários
Acelular
DIFERENÇAS
 PROCARIONTE	 EUCARIONTE
FUNGOS
Cogumelos, bolores, leveduras 
Heterotrófico
Micologia médica
Fungos filamentosos – leveduras
Importância:
Ecologia
Indústria alimentícia
Indústria farmacêutica
PROTOZOÁRIOS
Unicelular
Obtém alimentos pela absorção ou ingestão através de estruturas especializadas
Transmissão: água e alimentos contaminados, saneamento básico, animais, higiene.... 
ALGAS
Uni ou multicelulares
Obtém sua nutrição pela fotossíntese
Produzem oxigênio e carboidratos, que são utilizados por outros organismos
VÍRUS
 Acelular
 Parasita intracelular obrigatório
 Sem função metabólica
 Possuem núcleo formado por DNA ou RNA circundado por um envoltório proteico (capsídeo)
BACTÉRIAS
São unicelulares
Grande poder de adaptação
Diferentes formas
Mais comuns: Cocos, bacilos e espirilos
Possuem parede celular composta de peptidoglicano
Dividem-se por fissão binária
Muitas possuem flagelos – locomoção
Utilizam muitas substâncias químicas para sua nutrição
BACTÉRIAS
ESTRUTURA CELULAR 
• Parede celular – peptidoglicano (exceto do Micoplasma) 
• Membrana celular – lipídica, barreira de permeabilidade selecionando o tipo de moléculas que entram e saem da célula 
• Cápsula – formada de polissacarídeos 
• Pili – processo de ancoragem e troca de material 
• Flagelo – proteína, locomoção da bactéria 
• DNA nucleóide - informação genética 
• Esporos – re-encapamento do material nuclear, com baixa atividade metabólica, altamente impermeável. 
• Plasmídeos – DNA circular, extra- cromossômico
 
• Transposons – são sequências móveis de DNA plasmidial 
ESTRUTURA CELULAR 
BACTÉRIAS
Gram Positiva
Gram Negativa
O que faz com que as bactérias diferenciem-se entre gram positiva e gram negativa?
Importante
sobre as bactérias
Reprodução 
Transferência do material genético
Temperatura de crescimento
Atmosfera de crescimento
DIVISÃO – FISSÃO BINÁRIA
A célula bacteriana “pega” fragmentos de DNA perdidos de outras células que se romperam
Transferência do material genético
2 células diferentes trocam DNA. Transferência de genes de uma célula para outra através do pili sexual 
Transferência do material genético
Através do bacteriófago 
Transferência do material genético
Temperatura
Bactérias Psicrófilas: capazes de crescerem a 0ºC, embora sua temperatura ótima seja entre 15 ou 20ºC 
Bactérias Mesófilas: Crescem melhor entre 25 a 40ºC
Bactérias Termófilas: Crescem entre 45 a 60ºC
Atmosfera
Bactérias Aeróbicas: crescerem na presença de oxigênio livre
Bactérias Anaeróbicas: Crescem na ausência de oxigênio
Bactérias Anaeróbias facultativas: Crescem tanto com presença e ausência de oxigênio
Bactérias Microaerófilas: Crescem em quantidades mínimas de oxigênio
Crescimento bacteriano
PATOGENESE BACTERIANA
Dividido em vários estágios: 
• Penetração no hospedeiro 
• Adesão as células 
• Propagação 
• Dano celular por toxinas ou resposta inflamatória 
• Evasão das defesas secundárias 
FATORES DE VIRULÊNCIA
São aquelas características da bactéria capazes de provocar a doenças. 
Entrar no hospedeiro 
Aderência as células do hospedeiro (pili – E. coli), ou por moléculas de adesão 
Invasão- bactérias invasivas por enzimas (invasão piogênica ou granulomatosa)
Toxinas bacterianas – exotoxinas (proteínas – toxina tetânica) e as endotoxinas (lipopolissacarídeos – apenas em BGN)
MICROBIOTA HUMANA
NORMAL
PATOGÊNICA
MICROBIOTA
 
Inicialmente alguns conceitos
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CONTAMINAÇÃO
Presença passageiras de micróbios, patogênicos ou não, na pele ou em qualquer superfície do corpo humano sem que haja qualquer ferida ou invasão tecidual.
MICROBIOTA
Inicialmente alguns conceitos
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INFECÇÃO
Lesão, invasão pelos microrganismos 
MIGRORGANISMOS
Podem ser:
1) Da microbiota normal
2) Patogênicos – agressivos
3) Oportunistas
MICROBIOTA NORMAL
Encontram-se nas superfícies
Externa: pele, cabelos, unhas
Interna: mucosas do sistema respiratório, digestivo, parte final da uretra e da vagina
PATOGÊNICOS
Aqueles que causam doenças em indivíduos normais
Provocam doenças em indivíduos com as defesas comprometida. 
Dificilmente causam doenças em indivíduos saudáveis.
OPORTUNISTAS
MAIS CONCEITOS...
PATOGENICIDADE
VIRULÊNCIA
CAPACIDADE INVASORA
PATOGENICIDADE
É a capacidade de causar a doença.
Inclui a virulência, toxinas, aderência, potencial de penetração e disseminação do corpo, a velocidade e a capacidade da replicação bacteriana e a capacidade de obstruir as barreiras de defesa do hospedeiro.
VIRULÊNCIA
É a soma das características que fornecem aos MO. vantagens na batalha com o hospedeiro
Vários graus de virulência (toxinas, adesinas, enzimas ...)
VIRULÊNCIA
O MO mais virulento pode não causar doença se não tiver um hospedeiro susceptível
Um MO pouco virulento pode causar doenças em hospedeiros imunocomprometidos
O que é possível fazer no laboratório de Microbiologia Clínica?
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
Pesquisar e identificar, direta ou indiretamente, os microrganismos relevantes e potencialmente infectantes. 
Através do estudo suas características  morfológicas, bioquímicas e o controle do crescimento bacteriano.
Para isso
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
Técnicas de microscopias
Coloração de Gram
Cultura de bactérias aeróbicas e anaeróbicas
Avaliar as características do metabolismo bacteriano – identificação
A rotina do lab de micro
envolve exposição tanto com material clínico e reagentes químicos como com potenciais agentes patogênicos
Para evitar contaminação e riscos a saúde a conduta do profissional é fundamental no laboratório
Biossegurança
Boas práticas laboratoriais
Organização
Zelo
Materiais biológicos
Mais frequentes
Urina
Sangue
Fezes
Escarro
Líquidos nobres
Secreções
URINA – CULTURA = UROCULTURA
SANGUE – CULTURA = HEMOCULTURA
FEZES – CULTURA = COPROCULTURA
COLETA
COLETA
COLETA
A rotina
Envolve exposição tanto com material clínico e reagentes químicos como com potenciais agentes patogênicos
Para evitar contaminação e riscos a saúde a conduta do profissional é fundamental no laboratório
Obrigatório!
Biossegurança
Boas práticas laboratoriais
Organização
ATENÇÃO e cautela
Boas práticas
Uso do jaleco e EPIs
Cabelos presos
Evitar relógio, colares, brincos longos....
Vestimenta adequada
Não comer ou beber
Não pipetar com a boca
Evitar colocar as mãos na boca
Proibido re-encapar e entortar agulhas após o uso. Descartar em recipiente apropriado
Lavar as mãos antes e depois das aulas práticas
 
 
 
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