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DIREITO EMPRESARIAL - UNIDADE 3

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Direito Empresarial 
UNIDADE 3
Debora Barbosa Fernandes de Carli
QUALIDADE DOS PRODUTOS E SERVIÇOS 
Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não poderão acarretar riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito, em relação aos produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou segurança, o fornecedor deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
.
É importante sinalizar que a qualidade de um produto ou serviço está relacionada com a observância das normas técnicas correspondentes expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se tais normas inexistirem, deverão ser observadas aquelas determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou outra credenciada perante o Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (CONMETRO).
Quando observamos a responsabilidade dos fornecedores pelos produtos e serviços disponibilizados no mercado de consumo, o Código de Defesa do Consumidor resolveu tratá-lo em seções diferentes.
RESPONSABILIDADE DO FORNECEDOR PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO 
Em tese dizemos que de modo geral é dever do fornecedor, produzir produtos e serviços adequados ao consumo, seguros, eficientes e livres de defeitos, com a finalidade de eliminar ou ao menos reduzir a inserção no mercado de consumo de produtos e serviços defeituosos.
Em casos em que o uso do produto defeituoso ou em face da ausência de informações suficientes e adequadas sobre a utilização do produto e riscos que ele oferece, vier a causar danos ao consumidor o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro e o importador é responsável pela sua reparação, independentemente de terem culpa.
Em matéria de responsabilidade pelo fato do produto e do serviço, há três modalidades de defeitos que geram a responsabilização do fornecedor:
a) Defeitos de fabricação: aqueles que decorrem de fabricação, produção, montagem, manipulação, construção ou acondicionamento de produtos.
b) Defeitos de concepção: aqueles decorrentes de falha de projeto ou de fórmula.
c) Defeitos de comercialização: por insuficiência ou inadequação de informações sobre sua utilização e riscos. 
Defeito, é toda a anomalia que, comprometendo a segurança que se espera do uso dos produtos e serviços, acaba por causar danos físicos ou patrimoniais aos consumidores, se essa anomalia apenas compromete o funcionamento do produto ou serviço, não apresentando riscos à saúde e segurança do consumidor, trata-se de vício, onde serão analisadas as circunstâncias da responsabilidade do fornecedor no item seguinte. 
Com relação aos serviços, é considerado defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I- O modo de seu fornecimento.
II- O resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam.
III- A época em que foi fornecido. 
Quando falamos com relação ao prazo de reparação, é importante sinalizar que reparação de danos causados pelo fato do produto ou do serviço, o Código de Defesa do Consumidor prevê o prazo de cinco anos para se interpor a ação judicial, iniciando-se a contagem do prazo do conhecimento que teve do defeito e de sua autoria.
 É o que determina o artigo 27: Art. 27. Prescreve em 5 (cinco) anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. (BRASIL, 2013).
Serviços que possuem defeitos de qualidade e quantidade, a lei denomina como vício ele ser classificado como aparente ou oculto. 
Vício aparente é o de fácil constatação, que só ao olhar ou ao fazer o primeiro uso, já é percebido, um exemplo é o chuveiro elétrico que, ao ser ligado, simplesmente o sistema de aquecimento não funciona. 
Já o vício oculto é aquele de difícil constatação ou de ser percebido, como o defeito na parte elétrica de um computador. 
Existem vários tipos de vícios, veremos alguns deles:
Vícios de qualidade dos produtos: são aqueles que tornam os produtos impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor .
Vícios de quantidade dos produtos: são aqueles em que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de
mensagem publicitária .
Vícios de qualidade dos serviços: são os que tornam os serviços impróprios à sua fruição ou lhes diminuem o valor, considerando-se impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente deles se esperam, bem como, aqueles que não atendam às normas regulamentares de prestabilidade. 
GARANTIA LEGAL E CONTRATUAL 
O artigo 24 do Código de Defesa do Consumidor estabeleceu a garantia legal de adequação dos produtos e serviços, independentemente de termo expresso em contrato. Ou seja, independentemente de qualquer manifestação do fornecedor, inclusive no seu silêncio, prevalecerá a garantia de lei, sendo nulo de pleno direito qualquer escrito exonerando o fornecedor de tal obrigação, além da garantia legal, há também a garantia contratual, aspectos estes que também devem ser observados quanto ao direito de garantia e os prazos de reclamação a serem observados pelos consumidores. 
O fornecedor de produtos de consumo duráveis ou não duráveis, e de serviços, deve colocá-los à disposição dos consumidores garantindo-lhes a qualidade e quantidade, próprias e adequadas para o consumo a que foram destinados, de acordo com as informações constantes dos recipientes, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária. 
A garantia legal pode ser complementada pelo fabricante, produtor, construtor e importador, oferecendo-se outras, que serão firmadas mediante termo, no qual constará no que consistem.
A garantia será entregue ao consumidor, no ato do fornecimento do produto, acompanhada do manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática com ilustração.
A Lei Protetora do Consumidor, no art. 50, parágrafo único, possibilitou ao fabricante, produtor, construtor e importador, unilateralmente, estabelecer o prazo de garantia. 
A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
O prazo mínimo legal para reclamar de defeito é de 5 (cinco) anos, salvo se prazo maior estipular o fabricante, produtor, construtor e importador. 
DIREITO PENAL DO CONSUMIDOR 
Tem por finalidade o estudo de toda a forma de proteção penal à relação de consumo, como bem jurídico imaterial, supraindividual e difuso.
O Direito Penal do Consumidor circula em torno dos crimes contra o consumidor, os quais são formas de abuso de poder econômico que atentam contra a ordem econômica geral e devem ser coibidos. 
Portanto, trata-se de umconjunto de normas que se desenvolvem em torno das infrações cometidas nas relações de consumo.
A identificação de condutas praticadas por fornecedores como crimes visam proteger, de forma imediata, além da relação de consumo, outros objetos, tais como: o direito à vida, à saúde, ao patrimônio, considerando os princípios gerais do Direito Penal, no Direito Penal do Consumidor observam-se os seguintes princípios específicos: 
Princípio da Integridade ou da Intangibilidade da Relação de Consumo: através das normas penais do consumidor, visa assegurar a integridade daquela relação, sua seriedade, importância e retidão.
Princípio da Informação Verdadeira, Adequada e Séria: significa que o fornecedor pode ser apenado criminalmente pela omissão da informação ao consumidor, este princípio praticamente domina os delitos relativos às infrações de consumo. 
O Código deDefesa do Consumidor optou por criminalizar 12 condutas contra o consumidor, em correspondência com o desrespeito aos seus direitos, abrangendo as áreas de nocividade e periculosidade de produtos e serviços, fraude em oferta, publicidade enganosa e abusiva, fraudes e práticas abusivas. 
O consumidor deve utilizar-se de todos os meios para a sua defesa, primeiro passo é tentar resolver pela via extrajudicial, isto é, de forma amigável.
A maioria dos fabricantes, construtores, importadores e fornecedores tem consciência da sua responsabilidade, e a tendência é não deixar que o consumidor tenha prejuízo, até porque o bom atendimento cria situações satisfatórias para a boa fama e, consequentemente, o aumento da clientela, o indivíduo pode ser protegido por associação da classe ou individualmente, utilizando-se de quaisquer meios de defesa, como por exemplo, o boicote, represália, a fim de obrigar o fornecedor a modificar a atitude, além da represália, o consumidor pode utilizar-se do meio judicial para defender o seu direito de ingressar em juízo, o consumidor deverá tentar solucionar o litígio de forma amigável, diretamente com o fornecedor. 
Se não obtiver o resultado pretendido, dirigir-se a um dos postos do Procon, órgão destinado à mediação dos litígios.
Infrutíferas as propostas extrajudiciais amigáveis de solução de litígios, o consumidor, então, fará uso da máquina judiciária para ver tutelado seu direito. 
Dispõe o art. 83 do CDC, “Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua adequada e efetiva tutela”
A lesão ao consumidor pode ser individual ou coletiva, deste modo as ações em defesa do consumidor em juízo podem ser individuais ou coletivas.
Ônus da prova 
Informação ou publicidade – não se aplica a regra do art. 6, VIII do CDC - Nas relações de consumo sim. 
Causas de menor complexidade ou valor inferior a 20 salários mínimos – Juizado Especial Cível
Neste caso só há necessidade de assistência de advogado em causa superior a 20 salários mínimos.
DANO INDIVIDUAL – assistência jurídica por meio de advogado ou entidade pública de defesa e proteção dos direitos do consumidor
TUTELA PENAL
A tutela penal consiste numa série de medidas adotadas pelo Estado para combater as principais condutas criminosas adotadas pelos fornecedores no mercado de consumo. 
Outorga maior efetividade à defesa do consumidor coibindo procedimentos reprováveis dos infratores que atentam contra as relações de consumo, punindo criminalmente por meio de detenção, multa ou restrição de direitos, evitando que não continuem a praticá-las.
Os crimes tipificados estão descritos nos artigos 63 a 47 do CDC, mais aqueles elencados no Código Penal e leis especiais.
 
BOA NOITE

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