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Taquiarritmias

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COMPLICAÇÕES DA FIBRILAÇÃO 
ATRIAL 
 
 Taquicardiomiopatia: dilatação do ventrículo, 
com quadro de IC, por um FC elevada por 
muito tempo. 
 Tromboembolismo Sistêmico: Não apresenta 
contração efetiva, que facilita a movimentação 
do trombo. Pode causar AVE ou embolia 
arterial em MMII. 
 Isquemia mesentérica – Paciente com FA, com 
dor abdominal sem peritonismo e pode 
apresentar diarreia sanguinolenta. 
 
PREVENÇÃO DA 
TAQUICARDIOMIOPATIA 
 
Controle de FC = Controle do ritmo 
 
O controle da FC deve ser feito em pacientes mais 
idosos, com dilatação do ventrículo. É realizado com o 
uso de atiarritmicos, como beta-bloqueadores, 
verapamil, diltiazem (bloqueador do canal de cálcio) e 
digoxina. 
 
*Bloqueadores do canal de cálcio não devem ser 
utilizados em pacientes com IC. 
 
O controle do ritmo deve ser feito em pacientes mais 
jovens. Pode ser realizado com Propafenona, 
amiodarona, CVES (Cardioversão elétrica sincronizada) 
ou ablação (definitiva). 
 
*Propafenona não deve ser utilizada em paciente com 
IC. 
 
CONTROLE DO RITMO EM 
PACIENTES ESTÁVEIS 
 
Baixo risco de trombo em átrio esquerdo: 
 Início da FA < 48h; 
 ECO-TE sem trombo; 
 Paciente bem anticoagulado – anticoagulante 
por, pelo menos, 3 semanas. Realizo 
cardioversão sincronizada e mantenho o 
paciente anticoagulado por mais 4 semanas. 
 
RISCO DE TEV 
 
CHA2DS2-VASc: 
 
C ICC 
H HAS 
A2 (2 pontos) Idade > 75 anos 
D DM 
S2 AVC/AIT prévio 
V Vascular 
A Idade entre 65-74 anos 
Sc Sexo feminino 
 
 0 pontos: Não anticoagular 
 1 ponto: PODE coagular 
 2 ou mais pontos: DEVE anticoagular 
 
Risco de Sangramento: 
 
HAS-BLED 
 
H HAS 
A Função renal ou hepática anormal 
S AVC prévio 
B Sangramento 
L INR lábil 
E >65 anos 
D Drogas (AINEs) ou álcool 
 
>3 pontos: Alto risco de sangramento. Não é uma 
contraindicação à anticoagulação, mas deve-se usar 
CAROLINA ELMAUER BORGES | MEDICINA MAUÁ décimo segundo semestre, internato, 2023. 
uma dose mais baixa de anticoagulação e maior 
monitorização do paciente. 
 
 
ANTICOAGULANTES 
 
 Varfarina – Inibe a Vitamina K (fatores II, VII, IX 
e X), que avalia a via extrínseca da coagulação. 
Realizar o Tempo de Prótrombina com o INR 2-
3 para estar bem anticoagulado. 
 DabigaTRana Trombina (inibe o fator IIA). 
 Rivaroxabana, Apixabana ou Edoxabana – 
Inibe o fator XA. 
 
Contraindicações de Novo Anticoagulantes: 
 Estenose mitral; 
 Prótese valvar mecânica; 
Nesses casos, deve-se utilizar a varfarina. 
 
Reversores dos Anticoagulantes: 
 Varfarina – Vitamina K – demora 24h para 
reverter o efeito do anticoagulantes. Se 
sangramento muito intenso, utilizar o 
Complexo Protrombínico, que é rico nos 
fatores que a varfarina inibe. 
 DabigaTRana – Idarucizumabe (anticorpo 
monoclonal). 
 Rivaroxabana, apixabana e edoxabana - 
Andexanet alfa. 
 
 
Critérios de Instabilidade: 
 Dispneia 
 Dor torácica 
 Desmaio 
 Diminuição da PA 
 Diminuição do nível de consciência 
 
Se o paciente apresentar taquicardia e diminuição da 
PA, deve-se considerar que se trata de uma taquicardia 
supraventricular. O paciente deve ser levado à sala de 
emergência e realizar MOVE. Realizar o ECG. 
 
 
 
Se TSV instável, realizar Cardioversão Sincronizada. Se 
ritmo regular, carga de 100J. Se ritmo irregular, carga 
de 120-200J. Se Flutter, carga de 50J. 
 
 
 
Taquicardia Supraventricular Estável: QRS estreito 
(<120 ms) 
 
 Regular: Pode ser uma Reentrada Nodal (mais 
comum, principalmente em mulheres), Flutter, 
Taquicardia atrial ou Reentrada 
Atrioventricular. 
 Irregular: Fibrilação atrial (mais comum), 
Flutter com BAV variável ou Taquicardia atrial 
multifocal. 
 
Se QRS estreito e regular, realizar manobra vagal, que 
vai estimular o nervo vago e causar bradicardia. Pode-
se tentar o valsava modificado ou massagem do seio 
carotídeo (não realizar em pacientes idosos ou com 
histórico de AVE). Se não resolver, utilizar adenosina 
6mg, mas, se o paciente não responder, realizo a dose 
de 12mg. Se, mesmo a adenosina não resolver, realizar 
o controle da FC com betabloqueador ou bloqueador 
do canal de cálcio. 
 
TSV estável e irregular = FA. Realizar controle da FC. Só 
realizo CVES ou cardioversão química com amiodarona 
se o paciente tiver um baixo risco de trombo. 
 
Realizar a cardioversão sincronizada ou química se: 
 Início dos sintomas < 48 horas. 
 ECO-TE sem trombo. 
 Anticoagulado. 
 
FA instável: Cardioversão direto. 
 
 
 
 
Tratar a causa, seja ela infecção, dor, ansiedade ou 
TEP. 
 
 
QRS estreito (TSV) x QRS largo (TV – TSV com 
aberrância de condução) 
 
Tipos: 
 Sustentada: dura >30 segundos. 
 Não sustentada: dura <30 segundos. 
 
 
 
Fibrilação Ventricular 
 
 TV Monomórfica: Regular; 
 TV Polimórfica: Irregular; 
 TV Tipo Torsades de Pontes: torção das pontas 
do eletro. 
 FV: Ritmo completamente desorganizado = 
DESFIBRILAÇÃO! 
 
TV instável monomórfica: Realizar cardioversão 
elétrica. 
 
TV instável polimórfica: Realizar DESFIBRILAÇÃO. 
 
TV Monomórfica Estável: Amiodarona – ataque de 
150-300mg em 10 minutos. Pode-se repetir até 3 vezes 
a dose de ataque. Após sair da taquicardia, realizar 
manutenção (900mg) em 24h. Se o paciente não 
responder à amiodarona, realizar CVES com 100J. 
*A principal causa de TV e FV é a isquemia/SCA, 
portanto, sempre solicitar troponina e ECG com 12 
derivações. 
 
TV Polimórfica Estável (não Torsades): Amiodarona e, 
se não responder, realizar desfibrilação. Pode-se 
desfibrilar direto, desde que sede o paciente que 
estiver acordado. 
 
Torsades de Pointes (QT longo): Sulfato de magnésio. 
Não pode utilizar amiodarona. A causa do QT longo 
pode ser congênita ou adquirida (anti-histamínicos, 
antipsicóticos, antidepressivos tricíclicos, macrolídeos 
ou distúrbios hidroeletrolíticos (Hipocalcemia e 
hipocalemia) – organofosforados (inseticidas). 
 
Cardiodesfibrilador Implantável (CDI) que previne TV 
– Indicações: 
 Profilaxia primária: ICFER (<35%) + CF II/III, 
Cardiomiopatia hipertrófica com risco de 
morte súbita ou canulopatias como Brugada 
ou QT longo. 
 Profilaxia secundária: Pós-PCR por FV/TV ou 
apresenta TV instável. Sem causa reversível 
(IAM/SCA).

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