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Direito Processual Penal Anotações DOS PROCEDIMENTOS CRIMINAIS · Ação Penal. Processo e Procedimento. Conceitos e Distinção Regras Legais Processo Princípios constitucionais do CPP Partes Procedimento Estado/Juiz PROCESSO: Conjunto de atos que compõe o caminho necessário para o procedimento (conceito estático). Como no exemplo acima, o processo é o todo, englobando os princípios, partes, regras legais, estado/juiz e o procedimento, uma relação jurídica (conceito abstrato). a) Processo de conhecimento: é aquele em que se verifica se o crime aconteceu, ou seja, conhecer o fato e dizer o direito. b) Processo de execução: uma vez dito o direito (transitado em julgado a sentença penal condenatória), deverá executar a pena. PROCEDIMENTO: Formas, meios pelos quais o processo se apresenta (conceito dinâmico). Trata-se de uma parte do processo. É um caminho que o processo tem que seguir, para que ao final se chegue a uma decisão válida. A doutrina aponta procedimento como sinônimo de rito, caminho que o processo percorre. a) Procedimento comum: é o procedimento comum, é a base geral, assim, de regra, o procedimento será comum, seja ordinário, sumário ou sumaríssimo. Excepcionalmente, haverá regras próprias em legislações específicas, aplicando assim o rito especial e, subsidiariamente, aplica se a regra de procedimento comum. Somente se aplica quando não se tiver estipulado no procedimento especial. b) Procedimento especial Art. 5º, LVI, CF – devido processo legal: está na se referindo ao “procedimento”, ou seja, ao rito processual estabelecido em lei. Refere-se a procedimento enquanto exteriorização e instrumentalização do direito de ação, em suas duas facetas: · Garantia da integralidade.: pelo qual a gente está obrigado a cumprir integralmente o disposto em lei (pode pular, omitir, deixar de realizar os atos, pois implica a violação no devido processo legal). · Garantia da taxa atividade.: O juiz não pode substituir um ato por outro, nem realizar de maneira diversa, da disposição legal. Se o juiz substituir um procedimento por outro, em regra., implica na anulação/nulidade do processo. No entanto, em obediência ao princípio da instrumentalidade das normas, se o procedimento for substituído por um rito mais amplo, não há nulidade, uma vez que não desencadeia prejuízo. O que não ocorre se o procedimento for substituído por um mais restrito ou limitado, visto que diminui o contraditório. SISTEMAS PROCESSUAIS: · Sistema inquisitivo: a concentração de poderes em uma só pessoa (função de acusar, defender e julgar), este sistema é formado pela busca pela verdade real. Neste sistema a gestão da prova é feita pelo juiz, então, neste sistema o juiz muitas vezes agia de ofício. Não havia contraditório e ampla defesa, devido processo legal. O julgamento era sigiloso e o acusado era considerado mero objeto do processo Desta forma, caracteriza-se pela concentração das funções de promover ação (acusação) e de julgar num único e mesmo órgão em decorrência, é marcado pela forte iniciativa do juiz. no comprobatório e na determinação de medidas cautelares. Como consequência contraditório restringido. · Sistema acusatório ou adversarial: o juiz é distante e imparcial, tendo cada uma a sua função, este sistema é formado pela busca da verdade, deste modo, a gestão da prova é feita pelas partes. Introdução do contraditório e da ampla defesa Suspeito é sujeito de direitos Em regra geral, a maior parte da doutrina acredita que o sistema processual brasileiro adora o sistema acusatório, mas não de maneira pura. Não é essa concentração de funções de acusar e julgar que cabe a órgãos distintos. O juiz não pode iniciar ou impulsionar “de ofício” a ação, não tem iniciativa probatória, posiciona-se inerte e equidistante (“desinteressado”) · Sistema misto (eclético): neste sistema existe 2 fases distintas, sendo a primeira inquisitorial e a segunda acusatória. Normalmente, o processo apresenta uma primeira fase, com natureza inquisitiva, seguida de uma segunda etapa de cunho adversarial ou acusatório, é o sistema adotado em alguns países europeu. · Do Acordo de Não Persecução Penal como alternativa ao processo Art. 28-A do CPP da lei 13.964/2019 (pacote anticrime) NATUREZA JURIDICA: Trata-se da possibilidade de o Ministério Público deixar de oferecer a denúncia em ações penais públicas, apresentando ao suspeito uma proposta de acordo, desde que ele preencha os requisitos e condições do art. 28-A do CPP. Juntado no movimento da despersonalização e no DP negocial ou consensual. Flexibilização do princípio da obrigatoriedade da ação pública. Negócio jurídico bilateral Discricionariedade do MP como resultado da titularidade do direito de ação PRESSUPOSTOS a) Não. Cercados de arquivamento dos autos de investigação. Se for conforme ao convencimento da promotoria, caso de arquivamento, não deverá ser feita/formulada a proposta de ANPP; b) pena mínima abstrata inferior a 4 anos, trata-se de uma limitação quantitativa para restringir a possibilidade de ANPP a infração de médio potencial ofensivo. Considera-se majorantes e atenuantes; c) crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; d) Corrupção formal e circunstanciado pelo suspeito por escrito e assinado pelo promotor investigado pelo advogado desse. A resolução do CNMP 181/2017, exige o regime auto visual. Confissão circunstanciada: não basta o sujeito admitir a infração, ele tem que relatar o que fez. e) Ausência das condições negativas ou impeditivas (art. 28-A, 32): · Não cabimento da transação penal (art. 76 da Lei 9.099/95); · Se o investigado for reincidente ou se houver prova de que é crime habitual, reiterado ou profissional, salvo forem insignificantes ou infrações penais pretéritas. f) dano causado igual ou inferior a 60 salários-mínimos ou valor superior quando assegurada integral reparação do dano; g) o investigado não incorrer em nenhuma das hipóteses do art. 76, § 2º, da Lei nº 9.099/95; · Se o averiguado for beneficiado nos últimos 5 anos anteriores à prática do crime, com o instituto de transação, suspensão condicional do processo hoje precedente. ANPP. Nos últimos 5 anos, contados da data do crime, se o MP ofereceu a suspensão do processo, acordo de não persecução penal ou transação, não terá o ANPP Não se trata de reincidente, pode ser até primário, já que esses institutos não resultam em reincidência Há quem entenda que este prazo se inicia na data do crime, enquanto outros defendem que sze inicia na audiência de transação penal. h) Se o crime for cometido em circunstância de violência doméstica ou familiar contra a mulher (artigo 5 e 7 da lei Maria da Penha.) qualquer crime cuja prática ocorra nas hipóteses dos artigos 5 e 7. Define uma classe de delitos - a lei Maria da Penha não criou crimes (RG), verificado que o crime esteja nessas circunstâncias, ainda que tenha pena máxima em abstrato inferior a 4 anos e não seja praticado com violência ou grave ameaça, o sujeito acusado não estará apto ao ANPP i) inexistência de risco de ocorrência da prescrição da pretensão punitiva em razão do aguardo do cumprimento integral do acordo; j) o delito não ser hediondo ou equiparado; O artigo 28- A não faz nenhuma restrição, expressa. A resolução. CNMO 181/2017 faz expressa vedação. Divergência 1st. Corrente: não há previsão expressa no art. 28-A, que estabelece forma genérica e não revoga a resolução do CNMP 181/2017, assim essa corrente defende que não deve haver o ANPP. 2nd. Corrente: por determinação constitucional, deve-se tratar os Crimes Hediondos e equiparados de forma mais severa, assim, não se deve obedecer a resolução, mas não é cabível o ANPP pelo seu tratamento. E ainda o caput do art. 28-A em “desde que” define que o ANPP não é suficiente para reparação e prevenção do crime quando se trata de crime hediondo e equiparado. k) não ser o caso de incidência da Lei nº 11.340/2006. CONDIÇÕES IMPOSITIVAS – ART. 28-A, inciso I ao IV: Acumulativas / Alternativamente: · reparação do dano ou restituição da coisa a vítima, salvo a impossibilidadede fazê-lo; 1st. corrente: A impossibilidade será natureza material do objeto (objetiva) ou; 2nd. corrente: impossibilidade, pela condição subjetiva. (quando a gente não tem condição econômica de reparar) · a renúncia voluntaria a bens e/ou direitos apresentados pelo MP; Esses bens e direitos, na ótica do professor, tem que guardar uma resolução lógica com a prática da infração penal para evitar abusos. · a prestação de serviços à comunidade ou entidade pública por período correspondente ao da pena mínima do crime, reduzida de 1/3 a 2/3 e observado o art. 46 do CP (1h de trabalho/dia de condenação). · Prestação pecuniária eu tive 45 do código penal (1 a 360 salários) · Entidade pública. · Privada de interesse social. Pagamento em dinheiro (diferente de multa que vai para os cofres públicos) o promotor avalia as condições pessoais do acusado e a extensão do dano, por exemplo: destinado a uma entidade publica ou privada de interesse social de preferência relacionado ao crime. · Cumprimento por prazo determinado indicado pelo MP, desde que proporcional e compatível com o delito. (condição inominada genérica, ou seja, não está expressa na lei) O ANPP visa evitar a propositura da ação penal. Não é inconstitucional, não viola o devido processo legal, pois as transações penais seguem o procedimento legal. CONTROLE JURISIDICIONAL DO ACORDO Art. 28-A, §§ 4º a9º - Homologação do acordo Depois de firmado o acordo entre o MP com o réu e seu advogado, esse acordo é submetido a uma locação judicial, ou seja, uma vez firmado o ANPP, Ele será, em audiência, submetido ao mundo da ação judicial, o juízo deverá: · Ouvir averiguado na presença de seu advogado para verificar voluntariedade do acordo; · Verificar a legalidade do acordo (Analisar se não há nenhum requisito impeditivo, esse presente, os pressupostos.) · Aferir respeito da proporcionalidade (Decorrência da verificação da legalidade.) Obs.: conforme a jurisprudência, o juiz não pode interferir no conteúdo do acordo, salvo se, em olhar o objetivo., verificar a ausência de proporcionalidade em uma das cláusulas, neste caso, ele pode devolver para o MP, alterar a cláusula ou não concluir o acordo. Eventual recusa do MP: Artigo 28-A, § 14º - O averiguado poderá requerer a remessa dos autos ao órgão superior do MP para reapreciação, se entender pela caso de ANPP, mas o MP se recusou. Órgão superior do MP: · Federais: Câmara revisora. · Estaduais: Procuradoria geral de justiça. Obs.:. Não há previsão de nenhuma petição para averiguar o pedir ANPP ao MP. O CUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES. Efeitos: extinção da punibilidade – art. 28-A, §§6º e 13º O juízo do executio, ao constatar o cumprimento das condições do ANPP, decreta extinta a punibilidade. Como se trata de acordo e que essas condições não têm natureza de pena, as condições não induzem reincidência, apenas não será novamente beneficiário no prazo de 5 anos. Uma vez homologada, o promotor promoverá a execução no juízo de execução. DESCUMPRIMENTO DAS CONDIÇÕES Efeitos: requerimento do MP ao juízo competente para declarar rescindido o acordo (28-A, §10º) – descumprindo, o MP não oferece denuncia imediatamente, o primeiro procedimento é requerer a rescisão do acordo. Juízo competente: há quem entenda que é aquele que homologou o acordo e outros que é o juízo de execução. O judiciário que decide sobre a rescisão, podendo averiguado se defender O juiz não pode declarar rescisão sem prévio obediência ao contraditório e a ampla defesa. Uma vez rescindido o ANPP, ocorre a denúncia em face do averiguado – deflagração de persecução penal. Após declarado rescindido, o MP poderá oferecer denuncia para iniciar a ação penal. (poderá, ainda quando cabível, recusar a proposta de suspensão condicional do processo) CONFISSÃO CIRCUNSTANCIADA DO FATO PELO SUJEITO Na hipótese de descumprimento, rescisão do ANPP e felizmente para denúncias de confusão tem valor no processo? Pode ser utilizado? Há quem diga se ela não pode ser considerada como ocorrência com a não homologação não pode ser utilizada deve ser aplicada a mesma solução, ignorada no processo, também há quem defenda que não pode ignorar, pois houve a confissão formal circunstanciada, mas não supre o interrogatório judicial - deve ter valor probatório. Deste modo, uma corrente acredita que deve receber tratamento equivalente ao dar homologação, ou seja. não deve ser valorado como prova. Todavia, uma segunda corrente acredita que, como foi prestada voluntariamente e com assistência de advogado, deve ser apreciada como prova, tem valor relevante, mas não substitui a interrogatório judicial (porque o interrogatório judicial tem filmes de defesa do acusado), mesmo se o acusado confirmar a confissão na audiência. APLICAÇÃO INTERTEMPORAL DA LEI. (retroage??) A doutrina predominante tem defendido que o acordo de não persecução penal. Tem normas de direito material e não só processual que é regido pelo princípio da imediatidade. que regra não retroage, enquanto a lei material penal, regida pelo princípio que retroage os efeitos em benefício do réu. Assim, por falar em extinção de punibilidade que a matéria de natureza penal material, a maioria da doutrina, fundamenta que o acordo de não persecução penal deve ser aplicado retroativamente. Assim, se estiver presente os requisitos do artigo 28-A, deve o Ministério público realizar o processo, ainda que com coisa julgada. Com isso, podemos dizer que a maioria da doutrina tem aplicação retroativa, por conter matéria afetada ao direito penal (extinção da punibilidade). Nos tribunais superiores: Só é possível se ainda não oferecida a denúncia, portanto, não há retroatividade – adoção, inicialmente da doutrina minoritária. Recentemente, segunda turma do STF adotou a posição do plenário dominante (deve retroagir, desde que não haja sentença transitada em julgado). · Do Procedimento Comum Ordinário Regular no próprio código pros auxílio destinado ao processo e julgamento pelo juiz singular do príncipe, cuja pena privativa de Liberdade máxima cominada seja igual ou maior a 4 anos e que, evidentemente, não seja amparada por especial. Como qualquer um deles, o procedimento, como ordinário, inicia se pelo oferecimento da denúncia, que é um ato processual de natureza postulatória, regulado pelas normas do rito. Denuncia: tem que ter uma descrição circunstanciada do fato, do qual o acusado está sendo imputado para garantir sua defesa. É pacífico que parece definir o rito deve-se verificar a somatória de penas máximas conforme os crimes imputados, ou seja, deve-se levar em conta o total das penas cominadas, na hipótese de concurso de crimes também se deve considerar majorante se as minorantes. Ex: dois crimes em continuidade delitiva, ambas punidas com pena máxima de dois anos? Art. 71 CP – pena de um dos crimes acrescida de 1./6 a 2/3, assim a pena ficara de 2 anos + 2/3, ou seja, 3 anos e quatro meses. INÍCIO: Propositura da denúncia (RG) ou queira crime nos casos de ação penal privada (EXC). A denúncia é petição inicial no processo penal, ela deve ser escrita e observar os requisitos do artigo 41 do código de processo penal e tem natureza postulatória e deve conter a descrição circunstanciada do fato para o fim de propiciar ao acusado o exercício do contraditório e da ampla defesa e delimitar para o juiz o fato processual, objeto do seu julgamento (vedação do julgamento “ultra ou extra petitum”. ROL DE TESTEMUNHAS: é de 8 o número de pessoas no rito ordinário (art. 401 CPP) São 8 testemunhas por cada crime imputado ao acusado (entendimento pacificado na doutrina e jurisprudência) Ex: 5 crimes (concurso de crimes), em tese, até 40 testemunhas, da mesma forma se houver concurso de pessoas 8 por cada acusado. OBS: esse rol de testemunhas tem que ser apresentado no prazo de oferecimento da denúncia, não exige que seja na mesma peça, devendo o juiz ouvir todas, não podendo recusar. Se não for arrolado no prazo há a preclusão. Assim o juiz tem a faculdade de ouvir ou não. Exceção: a. Testemunhas extranumerárias (que não incluem nessenúmero), são aquelas que não prestam compromissos (ex: menores de 14 anos; quando guardam parentesco com o acusado etc.). Obs: vítima não se confunde com testemunha (art.201 CPP) – não é preciso ser arrolada na denúncia. b. Testemunhas referidas, também não estão nesse limite (art. 401, §1º), são testemunhas do juiz, não são computadas. É faculdade do juiz. O advogado ou promotor pode requerer ao juiz. DESISTENCIA UNILATERAL: Até o momento do início da tomada de testemunhas é possível a desistência do testemunho por quem arrolou, sem anuência da parte contraria (posição majoritária) Alguns autores defendem que não pode desistir pelo princípio da comunhão da provas (posição minoritária) A aplicação deste princípio atualmente só está valendo o plenário do júri. APÓS O OFERECIMENTO DA DENUNCIA OU QUEIXA: Despacho judicial de recebimento/rejeição da denúncia ou queixa. O juiz devera apreciar a denúncia (ou queixa), sem se preocupar com a imputação ou não (sentença), deve verificar os aspectos formais e analisar se a denúncia ou queixa: · Não é inepta · Se há justa causa E se não for inepta e houver um mínimo de elementos informativos que lhe confiram seriedade, e não incidindo hipótese de rejeição (art. 395 CPP) o juiz deverá receber a denúncia/queixa. Será rejeitada. (art. 395 CPP) I. Quando manifestamente inepta (prejudica o contraditório e a ampla defesa.) II. Falta legitimidade ( ex: sem manifestação quando ação for condicionar) III. Falta justa causa. O recebimento da denúncia ou queixa ocorre por despacho judicial, um ato processual jurisdicional de natureza decisória. Esse despacho causa a interrupção do prazo prescricional. (art. .117, I, CP) O despacho judicial de recebimento da denúncia, sendo um ato processual jurisdicional, o juiz verifica se não estão presentes as causas de rejeição do artigo 395 CPP. OBS: Uma minoria doutrinária entende que o ato inicial da ação, o recebimento da denúncia, contrário ao que defende o STF. O ato de recebimento da denúncia deve ser fundamentado? A maioria da doutrina e jurisprudência entende que o fundamentação é dispensada, pois ao juiz decidir que recebe a denúncia. ele implicitamente concorda com justa causa apresentar a denúncia. Fundamentação: Importante ato decisório e apesar do disposto no artigo 93., IX da CF, Prevalece na doutrina e, especialmente na jurisprudência, o entendimento de que o juiz, ao receber a denúncia, não precisa discorrer os motivos pelos quais o recebe, já que o despacho pelo recebimento está implicitamente, afirmando que ela preenche os requisitos formais do artigo 41 do CPP e que há justa causa para a ação penal, bem como, presente as condições da ação. (entendimento consolidado pelo STF) OBS: esse entendimento não se aplica quando há uma exigência de manifestação do juiz, quando o rito prevê a manifestação prévia do acusado (como por exemplo, na lei de drogas.), onde só despacha, recebimento ou rejeição após defesa preliminar do réu. A fundamentação é dispensada no rito sumario e ordinário .OBS: o recebimento da denuncia ocorre no art. 396 (e não segundo o art. 399) – pacificado com a penúltima alteração do CPP. Porém, nos casos em que a lei estabelece a manifestação prévia do acusado, em momento processual precedente ao recebimento da denúncia, o despacho deverá ser fundamentado (ex: Lei de drogas, art. 55) Divergência – art. 394, §4º CPP: Como é lei nova, há uma divergência quanto a lei de drogas, pois este artigo amplia a aplicação da não fundamentação aos procedimentos especiais, ainda não está pacificado. Rejeição: A rejeição da denúncia ou queixa-crime ocorrerá só quando a inicial não apresentar o fato circunstanciado, claro e inteligível para propiciar a defesa, que quando não ter justa causa, o juiz poderá rejeitar. Art. 395 CPP - o juiz ao fazer o juízo de admissibilidade da acusação, deverá rejeitá-la se incidir uma causa do artigo 395. OBS: decisão/despacho de recebimento não cabe recurso, mas se a despacho rejeitar, cabe recurso em sentido estrito, sendo assim, o despacho que rejeita deve ser fundamentado. A decisão de rejeição deve ser necessariamente fundamentada, sob pena de nulidade. A fundamentação da rejeição baseia se em.: · Manifestamente inepta.: Re, aqui não atende minimamente a exigência de descrição do fato a que se refere o artigo 41, CPP. Deste modo, não basta que seja uma má redação, deve manifestamente atrapalhar a defesa por não redigir o que se é o crime/ infração, devendo descrever os fatos. · Faltar pressupostos processuais do condições para o exercício da ação.: como quando precisava de representação da vítima, ou a vítima representou, mas posteriormente se retratou ou é atípica · Falta justa causa.: Quando faltar o mínimo probatório da acusação Momento do recebimento: Instaurou-se certa divergência.: Artigo 396, CPP: Essa corrente defende que o recebimento marca o início da ação, isso é o que prevalece na doutrina, jurisprudência. - Citação. Artigo 399, CPP: O momento do recebimento é após a defesa preliminar, por prevalência do contraditório. - Notificação. Citação do acusado. O imputado será citado para responder à acusação por escrito em 10 dias. A citação é feita nos termos do artigo 351 e seguintes do CPP. No processo penal, há uma hierarquia na forma de citação, vejamos.: a) Deve ser preferencialmente pessoal e por mandado. Só após de esgotados os meios de citação pessoal é que deverá fazer: b) Citação por hora certa ou citação por edital. Prazo de 15 dias. Tem que se procurar o acusado em todos os endereços contados no altos (ex: C=casa da sogra, mãe, primo, trabalho, etc.). Só após esgotado, todos os endereços, pode-se falar em citação por edital. Se não procurar em todos os endereços e a citação for por edital, a citação é nula. Considerando nula a citação, tudo o que virá depois não terá validade no processo. Necessitado de maneira regular, ou seja, pessoalmente (ou por edital/hora certa e comparecer ao processo, o acusado tem 10 dias para apresentar defesa preliminar escrita e necessariamente feita por advogado (defesa técnica – capacidade postulatória) Poderá alegar preliminares prejudiciais, questões de mérito e tudo mais que interessar a defesa, esse é o momento processual para defesa, indicar testemunhas (8 testemunhas, mesma regra das testemunhas da acusação) A matéria que pode levar a absolvição sumária, deve ser apresentada. Absolvição sumaria: Art. 397 CPP Após a defesa preliminar escrita, passasse à fase do artigo 397, na qual o juiz deverá formar um juízo de valor (ato decisório) a luz dos argumentos cansados pela defesa (e pela acusação na manifestação que se segue a defesa preliminar - Por obediência ao contraditório, é de praxe que acusação se manifeste após a defesa preliminar, principalmente quando há apontamento de prejudiciais.) Verificará se há fundamento que justifique.: · Absolvição sumária do réu., ou; · A declaração de extinção da punibilidade. Obs: nessa fase ainda vídeo, princípio do “in dubio pro processo” Art. 397 CPP Avalia se os elementos apresentados no processo (defesa, contrarrazões) Ainda não incide o princípio “in dubio pro réu” Causas de absolvição sumaria (art. 397, I a IV) a) Se verificar a manifestar a causa de excludente de ilicitude, devendo ser claro, evidente e inequívoca, pois a mera denúncia afasta a absolvição sumária. excludentes de ilicitude: Estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal, exercício regular do direito. Ex: estando demonstrado inequivocamente nos autos do inquérito que o acusado agiu em legítima defesa, o juiz deve julgar fundamentalmente absolvição sumária. Essa é uma espécie de julgamento antecipado da lide penal. Ex: sujeito acusado de disparo de arma de fogo. - A defesa apresenta fatos e vídeos que demonstram que o sujeito faz a.quilo para espantar um pitbull que o atacou - O juiz deve absorver, com fundamentação na manifesta excludente de ilicitude, por estado de necessidade, o que não ocorreria se a prova fosse uma mera declaração registrada em cartório. b) O senhor provamanifestamente existência de dirimente de culpabilidade do agente, exceto a inimputabilidade Excludente de culpabilidade. - O juiz de censurabilidade do fato a partir da visão da gente. Elementos da culpabilidade - Imputabilidade, consciência potencial da ilicitude, exigência de conduta conforme o direito. Repara que haja absolvição sumária nesta hipótese, tem que estar evidente nos autos do inquérito que o sujeito estava em erro de proibição, justificável, afasta a culpabilidade por falta de consciência potencial da ilicitude. ou por falta de exigência de conduta adversa como gerente que roubou o banco para salvar sua família do cativeiro (coação moral irresistível) Por que está excluindo a ilicitude? Porque seu sujeito for inimputável, pois se menor de idade, ele está fora do alcance da lei penal, a denúncia nem deveria ser recebida. Se inimputável por doença mental, ainda que seja inequívoca sua inimputabilidade pelo sistema vicariante só pode ser decidida por medida de segurança ao final do processo penal – procedente. c) Quando o fato narrado evidentemente, não constitui crime. Princípio da tipicidade estrita. Só pode ser processado e condenado por fato tipicamente descrito como crime. Princípio da legalidade. d) Se estiver, sinta punibilidade do agente. É diferente de extinção de punibilidade e absolvição sumária A absolvição implica no enfrentamento do mérito, enquanto na extinção de punibilidade é o reconhecimento da perda do jus puniendi do estado (o direito de punir) – ocorre com a prescrição A doutrina defende que deve declarar extinção sumária. ABSOLVIÇÃO: Tem efeito de coisa julgada - gera efeitos civis e administrativos. EXTINÇÃO: Não produz coisa julgada. – Não gera efeitos extrapenais. A natureza excepcional da absolvição sumária. Como nesta fase, ainda não houve instrução probatória, não impera o princípio do “in dubio pro réu.” Portanto, apenas se a causa ensejadora da absolvição estiver patente, inequívoca, é o que o juiz poderá absolver fundamentadamente o réu. A reconsideração do despacho de recebimento da denúncia. Pode ocorrer que na defesa preliminar, apresente que a denúncia nem deveria ser recebida, por exemplo, quando há inimputável por menor de idade, como acusado. Alguns autores, por influência do processo civil, defendem que o juiz poderá se retratar e rejeitar a denúncia, mas a maioria da doutrina e jurisprudência entende que não é possível - STJ julgou que não é possível. No exemplo, o juiz deveria fazer o trancamento da ação por ilegitimidade da parte. Se houver absolvição sumária, qual será o recurso cabível? Decisão absolutória definitiva proferida pelo juiz singular, o recurso cabível, é a apelação, (art. 593, inciso I, CPP) Quando se trata de decisão fundada no inciso IV do art. 397 (extinção da punibilidade) o recurso tecnicamente mais adequado é o RESE (art. 581, VIII) Se não houver absolvição definitiva, qual o recurso cabível? Também cabe apelação ou nesse caso é cabível habeas corpus Obs: habeas corpus não cabe fase postulatória, então optar por este apenas quando evidente. Não havendo absolvição sumaria Fase do art. 399 do CPP (designação de audiência) Nesse momento, o juiz não estra recebendo a denúncia (ela já fora recebida no referido momento do art. 396 CPP) OBS: hoje está pacificado que o momento do recebimento é no art. 396 Alguns altores falam em ratificação do recebimento da denúncia – quando o juiz não absorve sumariamente e designa audiência. Defesa preliminar. Deve ser necessariamente escrita, obedecendo o prazo de 10 dias sendo esse um prazo impróprio, podendo ser feito posteriormente, no entanto, esse é o momento processual para arrolar as testemunhas se não observar o prazo, o juiz tem a faculdade de aceitar ou não à oitiva. Art. 396 e 396-A CPP: o acusado poderá alegar tudo o que for de interesse de sua defesa, podendo ser de mérito, processual ou uma preliminar ou prejudicial. Ato inerente ao direito de defesa - Por isso, não preclui, prazo impróprio. OBS: Se houver matéria que pode levar a absolvição sumária, a defesa deve priorizar sua fundamentação. Se o acusado não apresentar por seu defensor, a defesa escrita, o juiz deverá nomear defensor dativo (art. 396-A§2º) - Não pode dar seguimento ao processo - O prazo dos 10 dias só começa a correr após a citação do advogado dativo. Se o acusado for citado por edital, o prazo de 10 dias para defesa só começa após a comparecimento do acusado. Se não compareceu ou não, construir o advogado, o processo é suspenso. (art. 366) OBS: se após a situação por edital ele é localizado e citado pessoalmente, o prazo se inicia da data da citação. CITAÇÃO É o ato oficial pelo qual dá-se ciência ao acusado de que contra ele foi instaurado um processo criminal e que ele precisa apresentar a sua defesa. · A citação que apenas chamar o réu sem inteirar-lhe previamente do conteúdo da denúncia ou queixa será nula, por ofensa ao princípio da ampla defesa (CF, art. 5º, LV). · A citação é feita uma única vez. Somente o acusado, por ser o único sujeito passivo da pretensão punitiva, pode ser citado. Se já houver sido instaurado o incidente de insanidade mental (CPP, art. 149, § 1º, primeira parte) e a perturbação já for conhecida do juízo, a citação deverá ser feita ao curador nomeado. Por outro lado, ainda que desconhecido do juízo, se o estado de perturbação for aparente e o oficial de justiça constatá-lo, sem qualquer dúvida, esta condição deverá ser certificada no verso do mandado, a fim de que o juiz possa determinar a instauração do respectivo incidente e nomear-lhe curador. Na hipótese de responsabilidade penal de pessoas jurídicas (CF, arts. 225, § 3º; Lei n. 9.605/98), não resta dúvida de que a citação será efetuada na pessoa do representante legal. Quem determina a citação Pessoal, guarde essa com carinho: somente o juiz pode determinar a citação e, normalmente, é o oficial de justiça que executa o cumprimento do mandado de citação. Tratando-se de infrações de competência do Juizado Especial Criminal, a citação pode ser feita de viva voz, na própria Secretaria do JECRIM, por qualquer dos funcionários (art. 66 da Lei n. 9.099/95). Falta de citação A citação do acusado no processo penal é indispensável, mesmo que tenha ele conhecimento do processo por outro motivo (interpelação, defesa preliminar, mídia, redes sociais etc.) e sua falta é causa de nulidade absoluta do processo (CPP, art. 564, III, e), porque afronta os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. O acusado ver-se-ia processado sem ao menos ter a possibilidade de contrariar as imputações que lhe foram lançadas. Obs.: Diz a lei (CPP, art. 570) que a falta ou nulidade da citação “estará sanada, desde que o interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de argui-la”. Porém, a citação tem dupla finalidade: cientificar o acusado do inteiro teor da acusação e chamá-lo para vir a juízo apresentar a sua defesa. O comparecimento de quem não foi citado atende a esta última finalidade, mas não impede a ausência de conhecimento prévio da imputação. Assim, o comparecimento espontâneo do acusado supre a falta da citação, na medida em que se lhe garanta tudo o que a citação válida lhe traria, ou seja, conhecimento antecipado da imputação e possibilidade de entrevistar-se previamente com seu advogado. CUIDADO: o acusado não é citado para comparecer ao interrogatório, mas para apresentar a sua resposta à acusação (arts. 396 e 406 do CPP). O interrogatório é agora, não importando o rito, o último ato da instrução, inclusive para a Lei de Drogas - Lei n. 11.343/2006. Hipóteses de conhecimento da acusação antes mesmo da citação Há casos em que, antes do recebimento da denúncia ou queixa, o réu é notificado do oferecimento da denúncia para apresentar a defesa preliminar. É o que acontece nos processos da competência originária dos tribunais (Lei n. 8.038/90 c/c o art. 1º da Lei n. 8.658/93); nos processos por crimes previstos na Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006); nos crimes de responsabilidadede funcionários públicos da competência do juiz singular (CPP, arts. 514) e no JECRIM (Lei 9.099/95). O objetivo dessa defesa é convencer o juiz a rejeitar a denúncia, nos termos do art. 395 do CPP. Defesa preliminar: no procedimento tradicional do processo penal (comum, ordinário, sumario), existe a denúncia que é direcionada ao juiz que recebe ou rejeita, todavia, existe 4 procedimentos em que entre a denúncia e o recebimento ou rejeição, criou-se uma nova etapa processual, chamada de DEFESA PRELIMINAR/PREVIA, que tem este nome porque ocorre antes de o juiz decidir se aceita ou rejeita a denúncia, os procedimentos especiais que têm essa defesa são: a) No procedimento especial de competência originaria dos tribunais, ou seja, quando o réu tem prerrogativa de foro. b) No rito especial da lei de drogas. c) No rito especial de responsabilidade de funcionários públicos. d) JECRIM (é feita oralmente no começo do início da segunda audiência). Na defesa preliminar o objetivo do advogado do denunciado é a rejeição da denúncia, nos termos do art. 395 do CPP. Consequências do não atendimento à citação Uma vez citado, o réu deverá comparecer quando for intimado. Sua inércia em atender ao chamado denomina-se contumácia, que significa ausência injustificada. O efeito imediato da contumácia é a revelia, ou seja, “o processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo” (CPP, art. 367). Com a revelia, deixará de ser comunicado dos atos processuais posteriores, porém, contra ele não recairá a presunção de veracidade quanto aos fatos que lhe foram imputados. Mesmo revel, o réu poderá, em qualquer fase do processo, retomar o seu curso, restabelecendo-se o contraditório. O fenômeno da revelia somente se verificará nas hipóteses de contumácia de réu citado pessoalmente ou por edital, quando, neste último caso, tiver defensor constituído. Classificação A citação, no processo penal, pode ser: a) pessoal: é a feita na própria pessoa do acusado, gerando a certeza de sua realização. Procede-se mediante mandado (CPP, art. 351), carta precatória (CPP, art. 353) ou carta de ordem (determinada por órgão de jurisdição superior), requisição (CPP, art. 358) e carta rogatória (CPP, arts. 368 e 369); b) ficta ou presumida: é a realizada por meio da publicação ou afixação de edital em local determinado. Há, também, a citação por hora certa, consoante o art. 362 do CPP: “Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 do Código de Processo Civil”. Da citação por mandado Mandado é uma ordem escrita, emitida pelo juiz. Destina-se à citação do réu em local certo e sabido, dentro do território do juízo processante. Lugar certo diz respeito ao país, estado e cidade; lugar sabido refere-se ao bairro, rua e número. O mandado de citação é cumprido pelo oficial de justiça. Requisitos intrínsecos da citação por mandado: Trata-se das formalidades que fazem parte do instrumento do mandado. Estão previstas no art. 352 do Código de Processo Penal: a) o nome do juiz e a indicação do juízo; b) se a ação for iniciada por meio de queixa, o nome do querelante; c) o nome do réu ou, se desconhecido, os seus sinais identificadores; d) os endereços do acusado, se conhecidos; e) o fim para que é feita a citação; f) o juízo, o lugar, a data e a hora em que o réu deverá comparecer; g) a subscrição pelo escrivão e a rubrica do juiz. Obs.: Sem as assinaturas do escrivão e do juiz, o mandado é tido como apócrifo, não tendo valor. A inexistência de qualquer requisito que impeça o regular conhecimento da citação gera a nulidade desta e, consequentemente, do processo (CPP, art. 564, IV). Requisitos extrínsecos da citação por mandado: São as formalidades externas ao mandado, que devem cercar a realização do ato de citação: a) leitura do mandado ao réu; b) entrega da contrafé (cópia do mandado e da acusação) ao réu; c) certificação no verso ou ao pé do mandado, pelo oficial, acerca do cumprimento das duas formalidades anteriores. Dia e hora da citação: A citação pode ser realizada a qualquer tempo, dia e hora, inclusive domingos e feriados, durante o dia ou à noite. Se o oficial de justiça não encontrar o citando no endereço constante do mandado, mas obtiver informações quanto ao seu paradeiro, deverá procurá-lo nos limites territoriais da circunscrição do juízo processante. Não se deve proceder à citação dos doentes enquanto grave o seu estado; dos noivos, nos três primeiros dias de bodas; a quem estiver assistindo ao ato de culto religioso; ao cônjuge, companheiro ou a outro parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos sete dias seguintes. Citação por carta precatória Destina-se à citação do acusado que estiver no território nacional, porém fora da comarca do juízo processante (CPP, art. 353). Constitui na realidade um pedido formulado pelo juízo processante ao juízo da localidade em que se encontra o réu, no sentido de que este último proceda ao ato citatório. O juiz solicitante (onde corre o processo) denomina-se deprecante, enquanto o solicitado, deprecado (onde está o citando). O primeiro pede que o segundo mande citar o acusado, não importando se o juízo deprecado se encontra sediado na mesma ou em outra unidade da Federação. Caráter itinerante da carta precatória: Na hipótese de o citando se encontrar em outra comarca, distinta da do juízo deprecado, este encaminhará a carta precatória diretamente ao novo local (CPP, art. 355, § 1º). É a chamada “precatória itinerante”. Citação do militar Faz-se mediante a expedição de ofício requisitório, o qual será remetido ao chefe do serviço onde se encontra o militar, cabendo a este, e não ao oficial de justiça, a citação do acusado (CPP, art. 358). Citação do preso Todos os réus, não importando a sua condição, deverão ser pessoalmente citados por mandado. A redação do art. 360 do CPP não deixa dúvidas quanto a isso: “Se o réu estiver preso, será pessoalmente citado”. Citação do funcionário público Se o acusado for funcionário público da ativa será citado por mandado. Mas exige a lei que o chefe da repartição onde o citando exerce suas funções seja devidamente notificado de que, em tal dia, hora e lugar, aquele funcionário deverá comparecer para ser interrogado. Essa exigência é necessária e se justifica a fim de que o chefe da repartição disponha de tempo para substituir, naquele dia, àquela hora, o funcionário cuja presença é reclamada pelo juiz. Não há necessidade, portanto, dessa comunicação se o funcionário estiver afastado do serviço (licença, férias etc.). Tratando-se de magistrado, a comunicação deve ser feita ao presidente do tribunal, que deverá autorizar a licença para que possa afastar-se dos serviços e de sua comarca. Quanto ao membro do Ministério Público, a comunicação deve ser feita ao procurador-geral. Se o funcionário exercer suas funções fora da comarca do juiz processante, expedir-se-á precatória, cabendo ao juiz deprecado tomar as providências apontadas neste artigo. Réu no estrangeiro Encontrando-se o acusado no estrangeiro, em local certo e sabido, será sempre citado por carta rogatória. Para evitar a prescrição, a lei determina a suspensão do prazo prescricional até o cumprimento da carta rogatória. Quando o acusado estiver em local incerto e não sabido, aplica-se a regra geral e a citação será por edital com prazo de quinze dias (CPP, art. 361). De acordo com o art. 222-A: “As cartas rogatórias só serão expedidas se demonstrada previamente a sua imprescindibilidade, arcando a parte requerente com os custos de envio”. Citação por carta de ordem São as citações determinadas pelos tribunais nos processos de sua competência originária, vale dizer, o tribunal determina ao magistrado de primeira instância que cite o acusado residenteem sua comarca e que goze de prerrogativa de foro. São também as determinações de tribunais superiores para tribunais de segundo grau. Citação por edital Consiste na citação por meio da publicação ou afixação na entrada do fórum da ordem judicial de citação. Pressuposto da citação por edital: A citação editalícia é providência excepcional que reclama redobrada prudência, só podendo ser adotada depois de esgotados todos os meios para localizar o acusado. Prazo do edital Na hipótese de o réu não ser encontrado, o prazo será de quinze dias (CPP, art. 361). De acordo com o disposto no art. 365, V, do Código de Processo Penal, o prazo do edital deve ser contado do dia da afixação na entrada da sede onde funcionar o juízo. Incide a regra geral do art. 798, § 1º, c/c a Súmula 310 do STF, considerando-se como primeiro dia do prazo o primeiro dia útil seguinte à publicação ou à afixação. Importante mencionar que não basta a publicação do edital e o decurso do prazo nele constante para que se repute completa a citação, exigindo-se o art. 363, § 4º, do CPP, o comparecimento do acusado em juízo, pois “Comparecendo o acusado citado por edital, em qualquer tempo, o processo observará o disposto nos arts. 394 e seguintes deste Código”. Da mesma forma, a atual redação do art. 396, parágrafo único, do CPP, ao tratar da defesa inicial no procedimento ordinário e sumário, prevê que, “No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído”. Requisitos: art. 365 CPP Na hipótese de crime de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores, previsto na Lei n. 9.613/1998 – Lei de Lavagem de Dinheiro –, não se aplica o art. 366 do Código de Processo Penal (Lei n. 9.613/98, art. 2º, § 2º). Sendo o réu citado por edital, o processo seguirá à sua revelia, não havendo que se falar também em suspensão da prescrição, nomeando-se um defensor público para o réu ausente. INÍCIO DA INSTRUÇÃO Em razão de a instrução ser contraditória, ela inicia-se com o oferecimento da defesa inicial escrita para contrapor a denúncia ou queixa-crime recém recebidas pelo magistrado (CPP, arts. 396 e 396-A). Nessa peça exclusiva da defesa, será possível pedir ao magistrado em tese preliminar a rejeição da denúncia por uma das hipóteses expressas no artigo 395 do CPP. Resposta do acusado Fase da defesa inicial escrita: Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz: (a) analisará se não é caso de rejeição liminar (deverá avaliar todos os requisitos do art. 395: condição da ação, possibilidade jurídica do pedido, falta de justa causa, legitimidade da parte etc.); (b) se não for caso de rejeição liminar, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias (arts. 396 e 406 do CPP). Não sendo caso de rejeição da denúncia, deve o juiz recebê-la, determinando, a seguir, a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias, se não for o caso de suspensão condicional do processo (previsto no art. 89 da Lei n. 9.099/95). Se, junto com a denúncia, o MP apresenta proposta de suspensão do processo, o juiz deverá intimar o réu para audiência de sursis processual, momento em que serão apresentadas ao acusado as condições da proposta, em busca do seu aceite. Com o recebimento da denúncia, considera-se iniciada a ação penal. O recebimento da denúncia constitui causa de interrupção da prescrição (art. 117, I, do CP). DICA IMPORTANTE: se o processo for considerado nulo desde o início, o prazo prescricional não será interrompido, pois, na hipótese, o recebimento da denúncia não gerou nenhum efeito. Ao receber a denúncia ou queixa, o juiz determina a citação do acusado para apresentar a resposta à acusação. Audiência de Instrução e Julgamento Não sendo hipótese de absolvição sumária, o juiz designará dia e hora para a audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de sessenta dias, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do Ministério Público e, se for o caso, do querelante e do assistente. A audiência será única, por força do princípio da concentração dos atos processuais; Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 dias Designação da audiência Não ocorrendo a absolvição sumaria (ou declaração de extinção da punibilidade), na fase do art. 397, o juiz designara audiência de instrução e julgamento, determinando a INTIMAÇÃO desse despacho ao acusado e seu defensor (obrigatoriamente já terá defensor), seja constituído, seja dativo, ao MP (seja acusação publica ou privada) e se caso, o querelante (ação penal privada) e do assistente de acusação. Além disso, deverá NOTIFICAR as testemunhas (se houver) e a vítima (se houver). Prazo de até 60 dias para designar a audiência, mas trata de prazo impróprio, se for marcada após esse prazo, se o réu está preso, a prisão poderá ser relaxada. Devido ao constrangimento ilegal. Na doutrina o prazo de 60 dias não estipula o termo inicial surgindo divergência doutrinaria: 1. corrente: inicia do recebimento da denuncia (art. 395) 2. corrente: inicia da data do despacho (art.399) Sistema de concentração Realização em audiência única de todos os atos instrutórios, entretanto, essa aglutinação pode não ocorrer a depender da complexidade do processo e/ou de outros contingenciados, está ligado ao princípio da identidade física do juiz (o juiz que presenciou a instrução deve julgar o processo, pois teve acesso imediato c/ a prova, tendo mais preparo) Art. 400 O interrogatório do acusado será por último por conta do contraditório e da ampla defesa. Ordem de inquirição: é obrigatória, sob pena de nulidade, sua inversão ofende o o principio da ampla defesa e do devido processo legal, salva as hipóteses do art. 222 (precatória) Oitiva de peritos: necessidade de requerimento específico, com antecedia mínima de 10 dias (art. 159, §5º, I e II, CPP) Inquisição das vítimas: existe uma ordem a serem ouvidas – art. 201 CPP – o juiz deve ouvi-las independentemente de serem arroladas Art. 400-A –impõe limites ao exercício do contraditório e ampla defesa (lei 14.243/2021) As perguntas são feitas primeiro pela parte que a arrolou, depois, a parte contraria e o juiz deve restringir-se a fazer se NECESSARIO indagações complementares. Se não for necessário pode haver nulidade relativa, devendo se demonstrar o prejuízo, se não será considerada sanada (STF-HC 103.525/PE) Substituição de Testemunha A reforma de 2018 revogou o art. 397 do CPP, com isso surgiu duas correntes, a primeira estabelece que não existe mais a substituição, por conta da revogação e a segunda acredita com base no princípio do contraditório seria possível a substituição devendo ser feita a substituição a tempo da audiência, aplicando-se o CPC, art. 451 por analogia (o STF acolheu esta) Desistência de testemunha arrolada Art. 401, §2º - a parte poderá desistir da testemunha que arrolar Essa desistência só pode ocorrer antes da oitiva da testemunha, depois de iniciada não é possível. Em tese a parte contraria não precisa concordar (decisão majoritária) Princípio da comunhão da prova, a prova não é somente da parte (minoritária) DICA: arrolar as mesmas testemunhas (defesa e acusação) O juiz poderá chamar esta testemunha como testemunha do juiz se julga importante DEFESA TECNICA: Advogado DEFESA PESSOAL/REAL: feita pelo acusado Interrogatório do acusado Último ato da instrução probatória Pode ter natureza: · de defesa · de ato de prova · hibrida Amplitude do exercício direito ao silencio O acusado pode usar parcialmente este direito? Resposta seletiva (escolher quais perguntas irá responder) Na fase do interrogatório é o juiz que inicia as perguntas 1. corrente acredita que se exercer o direito ao silencio não poderá responder nenhuma pergunta 2. corrente acredita que pode decidir quais perguntas responder, pois o direito ao silencio vem da ampla defesa, deste modo, dando uma maior garantia ao acusado,pois o interrogatório pode ser considerado principalmente/primeiramente um ato de defesa. Interrogatório tem duas partes: Primeira parte: qualificação (perguntas sobre a pessoa) Segunda parte: mérito (indaga sobre o fato) O acusado pode mentir sobre o interrogatório de mérito (p. da ampla defesa), no interrogatório de qualificação não pode, cometendo o crime do 307 CP. Se não quiser responder e houver pressão pode configurar abuso de autoridade (lei de abuso de autoridade art. 15, p. único, inciso I) Diligência complementares Art. 402 Se houver este pedido a audiência se encerra sem as alegações finais, que devera ser por escrito Se não tiver este pedido ou for impertinente terá as alegações finais na audiência, que de regra será oral, sendo o defensor a ultima pessoa a falar, princípio da ampla defesa. Alegações finais será de 20 minutos Quando houver dilação premiada (quando pertence a ação criminosa e informa relatos significativos)? No interrogatório do réu delator, não pode o réu delatado se manifestar primeiro, pois não estaria lhe dando direito de tornar efetivo o contraditório, não oportunizando o réu delatado de se manifestar sobre o que foi dito sobre a sua pessoa. Necessário que o réu delator, que traz em seu interrogatório acusações em relação aos outros réus, seja o primeiro a falar e apresentar alegações finais em relação aos réus delatados, pois estes têm que se defender de qualquer acusação vinda da peça acusatória, das provas testemunhais, ou até mesmo dos interrogatórios de réus delatores, ou seja, se manifestar sobre todas as provas que há contra ele. Assim, resta claro que, havendo réu delator no processo, este deve ser ouvido primeiro, em sede de interrogatório e, no momento das alegações finais, orais ou na forma de memoriais, deve ser o primeiro a se apresentar · Do Procedimento Comum Sumário Regulado no código de processo penal, ele se destina ao processo e julgamento dos crimes, cuja pena máxima seja inferior a 4 anos e não esteja sob a competência do juizados especiais criminais. Obs: Alguns doutrinadores que se equivocam a delimitar que o. procedimento comum sumário aos crimes de pena de maior de 2 anos a 4 anos, pois nem toda pena será inferior a 2 anos, será do JECRIM como os de violência doméstica e que por sua natureza será destinada ao procedimento comum sumário (art. 41 da lei maria da penha) A distinção entre os procedimentos ordinário e sumário dar-se-á em função da pena máxima cominada à infração penal e não mais em virtude de esta ser apenada com reclusão ou detenção. Na prática, poucas diferenças restaram entre os ritos ordinário e sumário, pois ambos passaram a primar pelo princípio da celeridade processual (cf. art. 8º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e art. 5º, LXXVIII, da CF), bem como pelo aprimoramento da colheita da prova, de onde surgiram alguns reflexos: a) concentração dos atos processuais em audiência única; b) imediatidade; c) identidade física do juiz. · Do Procedimento Comum Sumaríssimo: Infrações de menor potencial ofensivo (contravenção penal ou crimes em que a pena máxima seja igual ou inferior a 2 anos) e o rito da Lei n. 9.099/95 Lei n. 9.099/95 e o Procedimento Sumário Não será aplicado o procedimento sumaríssimo da Lei dos Juizados Especiais Criminais em duas situações: a) não localização do autor do fato para citação pessoal (art. 66, parágrafo único). Nessa hipótese, será necessária a citação por edital, o que é incompatível com a celeridade do procedimento sumaríssimo. Também deverá ser considerado incompatível com o rito da Lei n. 9.099/95 a realização de citação por hora certa (CPP, art. 362); b) complexidade da causa ou circunstância diversa que não permita o imediato oferecimento da denúncia (art. 77, § 2º). Em tais casos, o juiz deverá encaminhar os autos ao juiz comum, devendo ser adotado o procedimento sumário. · A composição civil nas infrações de menor potencial ofensivo de ação privada ou pública condicionada à representação · A transação penal: natureza jurídica, pressupostos, condições e efeitos · A suspensão condicional do processo (no rito sumaríssimo e nos demais procedimentos): art. 89 da Lei n. 9.099/95 Sumula 415 STJ Há hipóteses em que, ao oferecer a denúncia, o promotor pode oferecer a suspensão condicional do processo Artigo 89 da lei 9099/95. Pena mínima em abstrato de 1 ano. Se a casa de proposta da suspensão condicional do processo, junto com a denúncia, quando essa proposta será apresentada ao acusado? Se o MP, ao oferecer a denúncia, apresentou proposta de suspensão condicional do processo, discute-se qual deve ser o momento da apresentação imputado, antes ou depois da defesa preliminar? Obs: Não se discute se é antes da situação e depois do oferecimento. a) Antes da defesa preliminar do artigo 396-A b) Depois da defesa preliminar do artigo 396-A c) Depois do momento do artigo 317 (Seu juiz não absolver sumariamente) - Posição minoritária. Antes Antes, pois comento bilateral. Se aceitar, o acusado não precisa da defesa preliminar. Assim, o juiz deve citar intimar a comparecer na audiência para se decidir a proposta da suspensão condicional. Depois Depois, fundamentando que, se houver uma eventual recusa a defesa preliminar já está realizada. DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS · Do Procedimento dos Crimes Dolosos contra a Vida (Júri) A Constituição de 1988 reconhece a instituição do Júri e seus princípios básicos: • a plenitude do direito de defesa, • o sigilo nas votações, • a soberania dos veredictos e • a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. O Júri encontra-se disciplinado no art. 5º, XXXVIII, inserido no Capítulo Dos Direitos e Garantias Individuais. Sua finalidade é a de ampliar o direito de defesa dos réus, funcionando como uma garantia individual dos acusados pela prática de crimes dolosos contra a vida e permitir que, em lugar do juiz togado, preso a regras jurídicas, sejam julgados pelos seus pares, pelo sistema da íntima convicção. A plenitude da defesa implica no exercício da defesa em um grau ainda maior do que a ampla defesa. Defesa plena, sem dúvida, é uma expressão mais intensa e mais abrangente do que defesa ampla. Compreende dois aspectos: primeiro, o pleno exercício da defesa técnica, por parte do profissional habilitado, o qual não precisará restringir-se a uma atuação exclusivamente técnica, podendo também servir-se de argumentação extrajurídica, invocando razões de ordem social, emocional, de política criminal etc. Esta defesa deve ser fiscalizada pelo juiz-presidente, o qual poderá até dissolver o conselho de sentença e declarar o réu indefeso (art. 497, V), quando entender ineficiente a atuação do defensor. A soberania dos veredictos implica a impossibilidade de o tribunal técnico modificar a decisão dos jurados pelo mérito. Trata-se de princípio relativo, pois no caso da apelação das decisões do Júri pelo mérito (art. 593, III, d) o Tribunal pode anular o julgamento e determinar a realização de um novo, se entender que a decisão dos jurados afrontou manifestamente a prova dos autos. Além disso, na revisão criminal, a mitigação desse princípio é ainda maior, porque o réu condenado definitivamente pode ser até absolvido pelo tribunal revisor, caso a decisão seja arbitrária. Obs.: A soberania do Júri é um princípio relativo porque não pode obstar o princípio informador do processo penal, qual seja, a busca da verdade real. A competência mínima para julgar os crimes dolosos contra a vida não impede que o legislador infraconstitucional a amplie para outros crimes. · O judicium accusationis: instrução preliminar; pronúncia; impronúncia; desclassificação e absolvição sumária · O judicium causae: preparação do julgamento; os jurados; instrução e debates em Plenário; julgamento pelo júri · Do Procedimento dos Crimes Falimentares (Lei n. 11.101/2005) · Do Procedimento dos Crimes de Responsabilidade dos Funcionários Públicos · Do Procedimento dos Crimes contra a Honra · Do Procedimento dos Crimes contra a Propriedade Imaterial ·Do Procedimento dos Crimes da Lei de Drogas (Lei n. 11.343/2006) · Do Procedimento nos Crimes contra a Economia Popular e Contra as Relações de Consumo DAS NULIDADES · Considerações gerais e princípios norteadores · Das nulidades em geral · Das nulidades em espécie · Das nulidades nos tribunais · Arguição de nulidade: efeitos. Saneamento DOS RECURSOS EM GERAL · Teoria Geral dos Recursos no Processo Penal · Do Recurso em Sentido Estrito · Da Apelação · Do Agravo Regimental · Dos Embargos · Embargos de Declaração · Embargos Infringentes · Embargos de nulidade · Da Carta Testemunhável · Da Correição Parcial · Do Recurso Extraordinário · Do Recurso Especial · Ações Impugnativas · Do Habeas Corpus · Da Revisão Criminal · Do Mandado de Segurança Criminal DAS RELAÇÕES JURISDICIONAIS COM AUTORIDADE ESTRANGEIRA · Relações jurídicas internacionais no campo da cooperação processual penal · Das cartas rogatórias · Da homologação de sentença estrangeira