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UNIDADE III – DO PODER EXECUTIVO Prof. Me. Antônio Flávio de Oliveira A Concepção do Executivo como Poder Na separação de Poderes do Estado, concebida por Montesquieu, cabe ao Poder Executivo, como atividade precípua a execução das atividades necessárias à realização do bem comum, ou na lição de Renato Alessi, do interesse coletivo primário. Entretanto, o exercício de tal atividade, em vista do princípio da legalidade estrita demanda a existência de autorização legislativa. O Executivo realiza no plano da concretude aquilo que se coloca, enquanto ordem legislativa, na esfera da abstração, ou seja, ao passo que a norma legal diz respeito à ideia abstrata de respeito do bem estar coletivo, as ações praticadas pelo Executivo serão a realização das proposições ali expressas. Tal como ocorre com os demais Poderes do Estado, a existência de atividades tipicamente executivas, consistentes em ações administrativas, não impede que este Poder possa desempenhar ações legislativas e judicantes. Poder Executivo na Organização Simétrica da CF/1988 Es trutura do Poder Executivo O Poder Executivo estrutura-se nos três níveis em que se divide a Federação Bras ileira, ou seja, existem estruturas locais – Municípios; regionais – Estados e Nacional – União, além do Distrito Federal, que possui a característica de ente federativo anômalo, porquanto ora se manifesta como Município e ora como Estado-membro, por possuir as competências pertinentes a estes dois tipos de unidades federadas. Esta estruturação em três níveis diz respeito à descentralização política das atividades estatais, mas são possíveis do mesmo modo descentralizações, desconcentrações e delegações administrativas, correspondendo as primeiras à criação de entidades que integram a intitulada administração indireta, enquanto que as segundas indicam a criação de órgãos pertencentes à própria administração que os criou, estes sem personalidade jurídica. Já as delegações correspondem à possibilidade de que a Administração Pública delegue à particulares, por meio de permissão ou concessão, a realização de atividades públicas. As atividades públicas de cada uma das unidades federadas, conquanto possuam certas correspondências, não se sobrepõem, pois serão exercidas mediante a aplicação dos critérios constitucionais de distribuição das competências de cada uma delas, presentes nos artigos 21, 22, 23, 24, 25 e 30 da Constituição Federal. Competências ou Atribuições do Poder Executivo Tem o Poder Executivo, como atividades de sua competência precípua, aquelas voltadas à execução de ações destinadas ao cumprimento no plano material da promessa de realização do bem- comum, motivo da criação da entidade abstrata denominada Estado. Essas tarefas a serem executadas somente poderão ser levadas a cabo em observância ao que dispõe a lei a respeito de como devem ser concretizadas, em vista do princípio da legalidade estrita, vigente na Administração Pública brasileira. Não significa, porém, essa preponderância da atividade de execução, que o Poder Executivo, assim como ficou demonstrado em relação aos demais Poderes, não possa elaborar atos de outra natureza, legislativos e até mesmo alguns com características de judicialidade. Assim irá ocorrer, atividade semelhante à do Legislativo na elaboração de Decreto regulamentar; ou por ocasião do processo administrativo, com o julgamento, fenômeno jurídico com a aparência de decisão judicial. Obviamente que tais atuações não constituem a atividade principal deste Poder. I – Da Organização Político- Adminis tra tiva da República Federativa do Bras il Es tado Unitá rio e Es tado Federa l É possível que o Estado ao ser constituído o seja como Estado unitário, ou como Estado federado. No primeiro caso não existem outros centros de decisão governamental senão aquele exercido pelo Presidente da República ou pelo Imperador, ou outra forma de denominação que se atribua ao governante. Já no segundo caso, Estado Federal, ocorre a repartição do poder de decisão conforme a natureza geral, regional ou local dos assuntos a serem objeto de decisão governamental. A descentralização desse poder de decisão, quando fundamentada em norma constitucional, é denominada de descentralização política, dado o caráter político constituinte da decisão que a determinou. Federa lis mo em Três Níve is O federalismo estabelecido no Brasil da Constituição de 1988, diferentemente do que ocorria na Constituição anterior – a Constituição de 1967, alterada pela emenda n.º 01/69 –, foi estabelecido em três níveis, conforme dispõem os arts. 1ª e 18 da CF/88, integrada a República Federativa do Brasil pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. O Distrito Federal não se enquadra nem como Estado, nem como Município, possui característica de ambas as espécies de unidades federadas, sendo, pois, unidade federada anômala, sem, no entanto, representar uma quarta modalidade de unidade da federação. Federa lis mo por Agregação e por Segregação e outras Tipologias Igua ldade entre as Unidades Federadas As unidades federadas, independentemente de serem União, Estados ou Municípios gozam de direitos iguais dentro da Federação brasileira, daí não ser admissível que se fale em supremacia ou predominância de umas sobre as outras. Funções do Pres idente Posse do Pres idente e do Vice Sucessão do Chefe do Executivo Processo de Impeachment UNIDADE III – �DO PODER EXECUTIVO� A Concepção do Executivo como Poder Poder Executivo na Organização Simétrica da CF/1988 Estrutura do Poder Executivo Competências ou Atribuições do Poder Executivo �I – Da Organização Político-Administrativa da República Federativa do Brasil Estado Unitário e Estado Federal Federalismo em Três Níveis Federalismo por Agregação e por Segregação e outras Tipologias Igualdade entre as Unidades Federadas Funções do Presidente Posse do Presidente e do Vice Sucessão do Chefe do Executivo Processo de Impeachment
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