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IV CURSO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS, PELA NOVA LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS www.fundacem.org.br fundacemssa@yahoo.com.br MÓDULO II 08 e 09 de julho de 2023 FUNDACEM Anos 19 Com ‘‘Formação em Agente de Contratação’’ Prof. Ricardo Luiz Souza Santos PREGÃO PRESENCIAL E ELETRÔNICO http://www.fundacem.org.br http://www.fundacem.org.br 1 IV Curso de Licitações e Contratos Administrativos, pela Nova Lei de Licitações e Contratos com "Formação em Agente de Contratação’’ (Pregão Presencial e Eletrônico) NORMATIZAÇÃO DAS AQUISIÇÕES PÚBLICAS 1. Cons�tuição Federal 2. Lei 8.666/93 –Lei Geral de Licitações e Contratos 3. Decreto nº 3.555/2000 – Aprova o regulamento da modalidade de licitação denominada pregão (Pregão Presencial); 4. Lei nº 10.520/2002 – Ins�tui a modalidade Pregão no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 5 . D e c r e t o M u n i c i p a l q u e r e g u l a m e n t a : P r e g ã o Presencial/Eletrônico 6. Decreto Federal nº 7.892/2013 (23/01/2013) - Regulamenta o Sistema de Registro de Preços 7. Lei Complementar 123/06 (Estatuto da Microempresa - EM/EP) 8. Decreto Federal nº 10.024/2019 – Pregão Eletrônico 9. Lei Federal nº 14.133/2021 – LEI GERAL DE LICITAÇÕES 10. Lei Federal nº 14.217/2021 – Direito “Provisório” para as aquisições públicas em razão da COVID-19 (conversão da MP 1047/2021) MOTIVAÇÃO INTERESSE PÚBLICO EFICÁCIA TRANSPARÊNCIA SEGREGAÇÃO DE FUNÇÕES ECONOMICIDADE SEGURANÇA JURÍDICA CELERIDADE EFICIÊNCIA DESENVOLVIMENTO NACIONAL SUSTENTÁVEL RAZOABILIDADE COMPETITIVIDADE PROPORCINALIDADE PLANEJAMENTO LEGALIDADE IMPESSOALIDADE MORALIDADE PUBLICIDADE PROBIDADE ADMINISTRATIVA IGUALDADE VINCULAÇÃO AO EDITAL JULGAMENTO OBJETIVO 8.666/93 PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO NOVA LEI DE LICITAÇÕES QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO? RICARDO LUIZ CONSULTOR MUNICIPAL PROFESSOR DE DIREITO PÚBLICO @ricardoluizadv ricardoluizadvogado@hotmail.com PLANEJAMENTO 2 Juliano Heinen. Comentários a Lei de Licitações. Editora JusPODIIVM ARTICULAÇÃO DOS PRINCIPIOS DA LEI DE LICITAÇÕES COM A LINDB Decreto-lei nº 4.657/1942, alterado pela Lei Federal nº 13.655/2018 e Regulamentada pelo Decreto Federal nº 9.830/2019 Ar�gos de 20 a 30 da LIND 1. Nas esferas administra�va, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências prá�cas da decisão. 2. A mo�vação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administra�va, inclusive em face das possíveis alterna�vas. 3. A decisão que, nas esferas administra�va, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administra�va deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administra�vas. 4. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão considerados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das polí�cas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados. 5. Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administra�va, serão consideradas as circunstâncias prá�cas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação do agente. Legalidade PRINCIPIOS OBJETIVOS Evitar sobrepreço, preços manifestamente inexequiveis e superfaturamento Igualdade Planejamento Isonomia Justa compe�ção Inovação Desenvolvimento nacional sustentável Seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso Impessoalidade Moralidade Probidade Administra�va Segregação de funções Mo�vação Eficiência Eficácia Desenvolvimento nacional sustentável Julgamento obje�vo Vinculação ao edital Segurança jurídica Razoabilidade Compe�vidade Proporcionalidade Celeridade Transparência 3 (...) 6. A decisão administra�va, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição q u a n d o i n d i s p e n s áv e l p a ra q u e o n o v o d e v e r o u condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais. 7. A decisão administra�va, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição. 8. A decisão do processo, nas esferas administra�va, controladora ou judicial, poderá impor compensação por bene�cios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. 9. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. 10. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administra�vas e respostas a consultas. (uniformização dos procedimentos), com caráter vinculante em relação ao órgão ou en�dade a que se des�nam, até ulterior revisão. PAC Plano Anual de Contratações § 1º de que trata o O PLANO DE CONTRATAÇÕES ANUAL inciso VII do caput deste ar�go ser divulgado e DEVERÁ man�do à disposição do público em sí�o eletrônico oficial e será observado pelo ente federa�vo na realização de licitações e na execução dos contratos. A par�r de documentos de formalização de demandas, os órgãos responsáveis pelo planejamento de cada ente federa�vo poderão, na forma de regulamento, elaborar PLANO DE CONTRATAÇÕES ANUAL, com o obje�vo de racionalizar as contratações dos órgãos e en�dades sob sua competência, garan�r o alinhamento com o seu planejamento estratégico e subsidiar a elaboração das respec�vas leis orçamentárias. Lei 14.133/2021 - Art. 12 4 Esse disposi�vo é um verdadeiro glossário A Lei Federal nº 14.133/2021 procurou trazer um compilado de definições para guiar o seu intérprete. Traz uma sedimentação de conceitos já existentes e jurisprudência dos Tribunais de Contas e das Instruções Norma�vas da União que regulamentaram a melhor operacionalização da execução da lei 8.666/93 e 10520/02 durante sua vigência A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo planejamento e deve compa�bilizar-se com o plano de contratações anual, sempre que elaborado, e com as leis orçamentárias, bem como abordar todas as considerações técnicas, mercadológicas e de gestão que podem interferir na contratação, compreendendo a descrição da necessidade da contratação fundamentada em ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR que caracterize o interesse público envolvido. ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR - ETP é o documento cons�tu�vo da primeira etapa do planejamento de uma contratação que caracteriza determinada necessidade, descreve as análises realizadas em termos de requisitos, alterna�vas, escolhas, resultados pretendidos e demais caracterís�cas, dando base ao anteprojeto, ao termo de referência ou ao projeto básico, caso se conclua pela viabilidade da contratação. REGULAMENTAÇÃO: Instrução Norma�va União nº 40/2020 PRINCIPAIS OBJETIVOS DO ETP: 1. Estudar a necessidade da contratação - Qual o problema a ser resolvido?; 2. Definir parâmetros e critérios obje�vos para contratação; 3. Apontar o público beneficiário e levantar as demandas; 4. Traçar o objeto; 5. Analisar a viabilidade da contratação 5 1. Listar e examinar os norma�vos que disciplinam os serviços a serem contratados, de acordo com a sua natureza. 2. Analisar a contratação anterior, ou a série histórica, se houver, para iden�ficar as inconsistências ocorridas nas fases do Planejamento da Contratação Seleção do Fornecedor e Gestão do Contrato com a finalidade de prevenir a ocorrência dessas nos próximosTermos de Referência ou Projetos Básicos 3. Ao final da elaboração dos Estudos Preliminares, avaliar a necessidade de classifica-los nos termos da Lei de Acesso a Informação. DIRETRIZES GERAIS PARA ELABORAÇÃO DO ETP EXIGÊNCIA DA 1ª IRCE/TCM-BA (Salvador) DILIGÊNCIA - PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS (2020) Ausência da definição das unidades e das quan�dades a serem adquiridas em função do consumo e u�lização prováveis, cuja es�ma�va será ob�da, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quan�ta�vas de es�mação. (AUD.LICI.GV.000248) Competência : 03/2020 Instrução : Ausência de informações técnicas que comprovem que o quan�ta�vo solicitado é coerente com as necessidades, buscando informar parâmetros de dimensionamento de demandas através de compara�vos que demonstrem que a quan�dade está próxima da necessidade. Achado: Junte, aos autos dos procedimentos licitatórios, documento que ateste o diagnós�co da necessidade de se proceder a contratação, com a definição das unidades e das quan�dades a serem adquiridas em função do consumo e u�lização prováveis, cuja es�ma�va será ob�da, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quan�ta�vas de es�mação, conforme o disposto no art. 15, § 7º, II, da Lei no 8.666/1993. Acórdão TCU 2387/2007 Plenário. Recomenda- se à unidade, para os serviços prestados ou materiais adquiridos ro�neiramente, sistema�zar o registro do histórico de consumo, com vistas a u�lizar as informações como parâmetro para es�ma�va de quan�dades em futuras contratações. José Aurelino Costa Neto – Inspetor Regional (1ª IRCE/Salvador) 1. Permite uma análise da real necessidade do órgão; 2. Permite o levantamento de todas as soluções existentes para atender à demanda; 3. Envolve todos os setores interessados no planejamento da contratação; 4. Incen�va que os gestores busquem boas prá�cas em licitações realizadas por outros órgãos; 5. Vincula as contratações ao planejamento anual das unidades; 6. Analisa os impactos de cada contratação nos demais contratos (possibilidade de economia em escala); 7. Permite que o gestor preveja e evite possíveis dificuldades na execução do contrato; 8. Resguarda os gestores em possíveis auditoria. VANTAGENS DO ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR - ETP 6 Verificação de adequação da demanda no mercado Iden�ficação inicial da demanda Verificação de adequação da demanda às tecnologias vigentes Verificação de admissibilidade orçamentária e de adequação ao planjemento Especificações do objeto e formalização do TERMO DE REFERÊNCIAS Controle (verificação de resultados e cumprimento de metas) Licitação (ou publicação dos atos prévios à contratação direta) Execução contratual fase interna fase externa ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR Art. 6º XX - ESTUDO TÉCNICO PRELIMINAR: é o documento cons�tu�vo da primeira etapa do planejamento de uma contratação que caracteriza o interesse público envolvido e a sua melhor solução e dá base ao anteprojeto, ao termo de referência ou ao projeto básico a serem elaborados caso se conclua pela viabilidade da contratação. DEVENDO CONTER ESSES ELEMENTOS MINIMOS Descrição da necessidade da contratação : problema a ser resolvido sob a perpec�va do interesse público Es�ma�va das quan�dades , memórias de cálculo e documentos de suporte, interdepend ências das contrataçõe s: economia de escala Es�ma�va de valor, acompanha do dos preços unitários referenciais, memória de calculo e dos documentos de suporte,que poderão constar de anexo (se orçamento sigiloso) Jus�fica�va para o parcelamen to o não da solução (Súmula 247 TCU) Posicionam ento conclusivo sobre a adequação da contratação para o atendiment o da necessidade que se des�na 7 PLANEJAMENTO DAS LICITAÇÕES Requisição da demanda Jus�fica�va técnica Estudo Técnico Preliminar (ETP) Termo de Referência (TR) ou Projeto Básico (PB) Elaboração do Edital Requisição da demanda Jus�fica�va técnica Estudo Técnico Preliminar (ETP) Termo de Referência (TR) ou Projeto Básico (PB) Elaboração do Edital TERMO DE REFERÊNCIA Art. 6º XXIII da Lei 14.133/2021 TERMO DE REFERÊNCIA: É o documento necessário para a contratação de bens e serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e elementos descri�vos: a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quan�ta�vos, o prazo do contrato e, se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação; b) fundamentação da contratação, que consiste na referência aos estudos técnicos preliminares correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses estudos, no extrato das partes que não con�verem informações sigilosas; c) descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do objeto; d) requisitos da contratação; e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento; f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou en�dade; g) critérios de medição e de pagamento; h) forma e critérios de seleção do fornecedor; i) es�ma�vas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, com os parâmetros u�lizados para a obtenção dos preços e para os respec�vos cálculos, que devem constar de documento separado e classificado; j) adequação orçamentária; O impacto da especificação do objeto e do termo de referência na eficácia das licitações e contratos 8 Concorrência - Modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser: a) menor preço; b) melhor técnica ou conteúdo ar�s�co; c) técnica e preço; d) maior retorno econômico; e) maior desconto; Art. 6º, XXXVIII da Lei 14.133/2021 MODALIDADES DE LICITAÇÃO: CONCORRÊNCIA Co nc or rê nc ia Qualidade não é padronizada pelas especificações usuais de mercado Contratações de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual Obras e serviços de engenharia "especiais" Concorrência Tomada de preços Convite Concurso Leilão Pregão (Lei 10.520/02) Modalidades (procedimento da licitação / rito) Concorrência Concurso Pregão Leilão Diálogo compe��vo Concorrência Bens e serviços especiais Obras Serviços de engenharia Aqueles que não são comuns Alta heterogeneidade ou complexidade Não há como descrevê-los obje�vamente Priva�vas de arquiteto ou engenheiro Inova espaço �sico da natureza Ou acarreta alteração substancial do imóvel Comuns Especiais Obje�vamente Também admite pregão Não descreve obje�vamente Qualidade não é padronizada pelas especificações usuais de mercado Contratações de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual Obras e serviços de engenharia ‘‘especiais’’Co nc or rê nc ia Modalidade de Licitação (Art.22 Lei 8.666/93) Prof. Herbert Almeida 9 Pregão - Modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto. Art. 6º, XL da Lei 14.133/2021 MODALIDADES DE LICITAÇÃO: PREGÃO Aplicável também Não se aplica Bens e serviços comuns Objetos que possam ser definidos obje�vamente Serviços comuns de engenharia (também admitem a concorrência) Bens e serviços especiais Obras Serviços especiais de engenharia Serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual Locações imobiliárias Alienações Pregão Obrigatório para Prof. Herbert Almeida 10 REGRAS ESPECIAIS PARA MUNICÍPIOS ATÉ 20.000 HABITANTES – Lei 14.133/21 (ART. 176) Art. 176 - Os Municípios com (vinte mil) habitantes até 20.000 terão o prazo de 06 (seis) anos, contado da data de publicaçãodesta Lei (01/04/2021), para cumprimento: I - dos requisitos estabelecidosno art. 7º e no caput do art. 8º desta Lei ( );Agente de Contratação II - da obrigatoriedade de realização da licitação sob a forma eletrônica a que se refere o § 2º do art. 17 desta Lei; III - das regras rela�vas à divulgação em sí�o eletrônico oficial. Parágrafo único. Enquanto não adotarem o PNCP, os Municípios a que se refere o caput deste ar�go deverão: I - publicar, em diário oficial, as informações que esta Lei exigeque sejam divulgadas em sí�o eletrônico oficial, admi�da apublicação de extrato; II - disponibilizar a versão �sica dos documentos em suas repar�ções, vedada a cobrança de qualquer valor, salvo o referente ao fornecimento de edital ou de cópia de documento,que não será superior ao custo de sua reprodução gráfica. PRINCIPAIS MUDANÇAS – Lei 14.133/2021 Segundo Maria Silvia Zanella Di Pietro 1. Definição de várias modalidades de serviços (art. 6º, inciiso XIII a XVIII e XXI) 2. Inclusão entre os regimes de execução do contrato, da contratação integrada (em que o contratado elabora e desenvolve os projetos básico e execu�vo), o da contratação semi-integrada (em que o contratado elabora o projeto execu�vo) e o de fornecimento e prestação de serviços associado (art. 6º, XXXII, XXXIII, XXXIV) que passam a aplicar- se ao lado das anteriores modalidades de empreitada por preço unitário, empreitada por preço global empreitada integral e contratação por tarefa. 3. Exigência expressa de termo de referência para a contratação de bens e serviços (art. 6º, XXIII) 4. Subs�tuição da figura da comissão de licitação pelo agente de contratação (art. 6º, IX) e pela comissão de contratação (art. 6º, L) 11 (...) 5. Ex�nção da tomada de preços e convite 6. Ampliação dos procedimentos auxiliares de licitação (credenciamento, pré-qualificação, procedimentos de manifestação de interesse, sistema de registro de preços e registro cadastral) 7. Ampliação dos obje�vos da licitação (art. 11) 8. Restrição à publicidade do orçamento es�mado (inspirado no RDC); 9. Inversão nas fases de habilitação e julgamento 10. Preferência pela forma eletrônica para realização do procedimentos licitatórios 11. Previsão de possibilidade de exigência de amostra para a pré-qualificação e para o julgamento 12. Previsão do plano de contratação anual 13. Modos de disputa aberto e fechado 14. Previsão de negociação com o licitante vencedor e com os emais licitantes na fase de julgamento (art 61, inspirado no art. 26 do RDC) 15. Possibilidade de saneamento de erros ou falhas na análise de documentos para a habilitação (art. 64, §1º) 16. Previsão de resposnabilidade civil e regressiva do advogado público que agir com dolo ou fraude na elaboração de parecer (art. 53, §1º) 17. Maior exigência para instrução do processo de contratação direta (art. 72) 18. Introdução de novo prazos contratuais e suas prorrogações 19. Novas normas sobre pagamento; 20. Novas regras sobre seguro-garan�a 21. Definição das infrações e sanções administra�vas 22. Previsão da alocação de riscos 23. Possibilidade de repactuação nos contratos de serviços con�nuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra 24. Previsão do direito do contratado à ex�nção do contratao em caso de fato da administração (art. 173,§2º) 25. Previsão expressa da possibilidade de u�lização de meios alterna�vos de resolução de controvérsias (concilação, mediação, comitê de resolução de disputas e arbitragem) 26. Controle das contratações, gestão de risco e controle preven�vo 27. Criação do Portal Nacional de Contratações Públicas – PNCP para divulgação centralizada e obrigatória dos atos de licitação. PRINCIPAIS MUDANÇAS – Lei 14.133/2021 Segundo Maria Silvia Zanella Di Pietro 12 PRINCIPAIS MUDANÇAS – Lei 14.133/21 Rito do Procedimento Comum Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: I – preparatória (estudo técnico preliminar compa�vel com o plano de contratual anual, descrição das necessidades da contratação, definição do objeto, definição das condições de execução, orçamento es�mado) II - de divulgação do edital de licitação; III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento; V - de habilitação; VI - recursal; VII - de homologação. § 1º - A fase referida no inciso V do caput deste ar�go , poderá mediante ato mo�vado com explicitação dos bene�cios decorrentes, anteceder as fases referidas nos incisos III e IV do caput deste ar�go, desde que expressamente previsto no edital de licitação. (Inversão de fases) § 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica, admi�da a u�lização da forma presencial, desde que mo�vada, devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada em áudio e vídeo. PRINCIPAIS MUDANÇAS – Lei 14.133/21 Fases da Licitação Prepatória Divulgação do edital Apresentação das propostas e lances (se for o caso) Julgamento Habilitação Inversão (ato mo�vado) HomologaçãoRecursal Prof. Herbert Almeida Art. 28. São modalidades de licitação: I - pregão; II - concorrência; III - concurso; IV - leilão; V - diálogo compe��vo Art. 29. A Concorrência e o Pregão a que se refere o art. 17 desta lei, adotando-seguem o rito procedimental comum se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser obje�vamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado Parágrafo único. O pregão não se aplica às contratações de serviços técnicos especializados de natureza predominantemente intelectual e de obras e serviços de engenharia, os serviços de engenharia de que trata exceto a alinea”a” do inciso XXI do caput do art. 6º desta lei (serviços comuns de engenharia) AS MODALIDADE DE LICITAÇÃO NA LEI FEDERAL nº 14.133/2021 13 Art. 7º - Caberá à autoridade máxima do órgão ou da en�dade, ou a quem as normas de organização administra�va indicarem, promover gestão por competências e designar para o AGENTES PÚBLICOS desempenho das funções essenciais à execução desta Lei que preencham os seguintes requisitos: AGENTE DE PÚBLICOS DA LICITAÇÃO – REQUISITOS Art. 7º da Lei 14.133/21 Ser, preferencialmente servidor efe�vo ou empregado público dos quadros permanentes da Administração Pública Tenham atribuições relacionadas a licitações e contratos ou possuam formação compa�vel ou qualificação atestada por cer�ficação profisisonal emi�da por escola de governo Não sejam cônjugue, parente (até 3º grau) ou companheiro de licitantes ou contratados habituais da Administração PREGOEIRO AGENTE DE CONTRATAÇÃO Art. 3º da Lei 10.520/02 IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou en�dade promotora da licitação, o pregoeiro e respec�va equipe de apoio, cuja atribuição inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame ao licitante vencedor. Art. 8º da Lei 14.133/2021 Art. 8º - A licitação será conduzida por agente de contratação, pessoa designada pela autoridade competente, entre servidores EFETIVOS ou empregados públicos dos QUADROS PERMANENTES da Administração Pública, para tomar decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao procedimento licitatório e executar quaisquer outras a�vidades necessárias ao bom andamento do certame até a homologação. Prof. Herbert Almeida Prof. Herbert Almeida Agentes públicos da licitação Designados pela autoridade máxima Requisitos Gestão por competências Segregação de funções Preferencialmente, servidores efeitos ou empregados públicos dos quadros permanentes Atribuições relacionadas Formação compa�vel Qualificação atestada (escola de governo) Qualificados Sem parentesco (até 3ºgrau) ou vínculo com licitantes ou contratados habituais Agente e comissão de contratação Agente de contratação Comissão de contratação Responsável pela condução da licitação até a homologação Servidor efe�vo ou empregado público do quadro permanente Responsabilidadeindividual (salvo se induzido ao erro) Pregão: designado pregoeiro Licitações para bens ou serviços especiais Poderá subs�tuir o agente de contratação No mínimo três membros Preferencialmente servidor efe�vo ou empregado público do quadro permanente Responsabilidade solidária (exceto posição divergente registrada e fundamentada) 14 CONDUÇÃO DA LICITAÇÃO Prof. Herbert Almeida Conduta da licitação Agente de contratação Comissão de contratação Comissão de contratação Banca Leiloeiro oficial ou servidor Regra Diálogo compe��vo Bens e serviços especiais Nota proposta técnica Modalidade leilão Ÿ (obrigatório) servidor efe�vo ou empregado do quadro permanente Ÿ tem que ser por comissão Ÿ pelo menos três membros Ÿ (obrigatório): servidores efe�vos ou empregados do quadro permanente Ÿ pode ser por comissão (decisão discricionária) Ÿ pelo menos três membros Ÿ (preferencialmente): servidores efe�vos ou empregados do quadro permanente Ÿ atribui notas para a proposta técnica Ÿ não se confunde com a comissão ou com o agente de contratação Ÿ no mínimo três membros Ÿ servidores efe�vos ou empregados públicos / ou terceiros especialistas Ÿ leiloeiro oficial: selecionado por credenciamento ou licitação na modalidade pregão Ÿ servidor designado: a Lei não especifica os critérios de seleção 15 DEFINIÇÃO DA MODALIDADE PREGÃO TCU – Acórdão 1667/2017 – Plenário Enunciado: A iden�ficação do bem ou serviço como sendo comum, para fins de adoção do pregão, independe da sua complexidade. É a definição obje�va de seus padrões de desempenho e qualidade, mediante especificações usuais no mercado, que o caracteriza como comum. Desnecessidade de decreto para Estados e Municípíos adotem o pregão presencial, em razão da Lei Federal nº 10.520/02 ser autoaplicável, é permi�do os demais entes federados adotarem este regime, sem carecer de regulamentação. LICITAÇÃO : APLICAÇÃO Decreto nº 3.555/2000 Pregão Presencial Art. 3º - Os contratos celebrados pela União, para a aquisição de bens e serviços comuns, serão precedidos, , de licitação pública na prioritariamente modalidade de pregão, que se des�na a garan�r, por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica, segura e eficiente Lei Federal nº 10.520/02 Pregão Presencial Art. 1º - Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Paragrafo único . Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste ar�go, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje�vamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. Decreto nº 3.555/2000 Pregão Presencial Art. 3º - Os contratos celebrados pela União, para a aquisição de bens e serviços comuns, serão precedidos, , de licitação pública na prioritariamente modalidade de pregão, que se des�na a garan�r, por meio de disputa justa entre os interessados, a compra mais econômica, segura e eficiente. Decreto nº 10.024/2019 Pregão eletrônico Art. 1º - § 3º Para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federa�vos, com a u�lização de recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e contratos de repasse, a u�lização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica será OBRIGATÓRIA, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos do repasse. LICITAÇÃO : APLICAÇÃO As licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica, admi�da a u�lização da forma presencial, desde que mo�vada, devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada em áudio e vídeo Art. 17. §2º da lei 104.133/2021 UTILIZAÇÃO DA FORMA ELETRÔNICA – “PREFERENCIALMENTE” 16 INSTRUÇÃO 001/2015 Orienta aos Gestores Municipais e Presidentes das Câmaras quanto à u�lização preferencialmente da modalidade de Pregão Eletrônico nas licitações realizadas pelos jurisdicionados. Considerando: a) a edição da Orientação Técnica nº 01/2013, exarada pela Rede de Controle da Gestão Pública, da qual o Tribunal de Contas dos Municípios é signatário; b) o disposto na Lei Federal n.º 10.520/2002, que ins�tuiu o Pregão como modalidade de licitação; c) que a adoção do Pregão Eletrônico pelos entes jurisdicionados poderá acarretar em mais celeridade, ra c i o n a l i za çã o, co m p e � � v i d a d e , t ra n s p a rê n c i a , impessoalidade e economia para a administração pública municipal. Art. 1º As Prefeituras e Câmaras Municipais deverão priorizar a adoção do Pregão Eletrônico nas licitações realizadas no âmbito dos município. (19/08/2015) PREGÃO E CONCORRÊNCIA A concorrência e o pregão seguem o rito procedimental comum a que se refere o art. 17 desta Lei, adotando-se o pregão sempre que o objeto possuir padrões de desempenho e qualidade que possam ser obje�vamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais de mercado. Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência: §3º - As licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica, admi�da a u�lização da forma presencial desde que mo�vada, devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada mediante u�lização de recursos tecnológicos de áudio e vídeo. § 5º Na hipótese excepcional de licitação sob a forma presencial a que refere o § 2º, a sessão pública de apresentação de propostas deverá ser gravada em áudio e vídeo, juntando-se a gravação aos autos do processo licitatório depois de seu encerramento. Art. 29 e 17 da Lei 14.133/2021 VOCÊ SABIA? . É IRREGULAR O USO DO PREGÃO PRESENCIAL SEM JUSTIFICATIVA DA COMPROVADA INVIABILIDADE DE UTILIZAÇÃO DA MODALIDADE ELETRÔNICA . ACÓRDÃO 894/2021 TCU - PLENO @licitacoesmunicipais 17 O pregão na modalidade eletrônica tem maior potencial de incremento da compe��vidade, o que porventura pode influenciar na obtenção da proposta mais vantajosa, obje�vo principal da deflagração de um procedimento licitatório. Não obstante, não há impedimento ao administrador, no âmbito de sua discricionariedade, em optar pelo Pregão Presencial, com a devida fundamentação para tal opção. Processo TCE-RJ nº 213.626-5/20 - Plenária Virtual: 10/08/2020 (...) é lícito exigir-se do gestor a apresentação de jus�fica�va expressa para a escolha do pregão na forma presencial, nos casos em que poderia ter u�lizado o pregão na forma eletrônica. Ao abrir mão de procedimentos que, pelo menos em tese, poderiam levar a Administração a menores dispêndios, o administrador público tem a obrigação de mo�var essa escolha, sob pena de se configurar possível ato de gestão an�econômico. TCU - Acórdão 1515/2011 Pleno PREGÃO ELETRÔNICO X PREGÃO PRESENCIAL Os Acórdãos do Tribunal de Contas da União endossam a tese do cabimento do pregão para serviços de engenharia, inclusive para os de caráter consul�vo. Nesse ponto, chama a atenção Acórdão nº 713/2019 – Plenário do TCU, cuja síntese está enunciada na jurisprudência selecionada do Tribunal com o seguinte texto: “São considerados serviços comuns, tornando obrigatória a u�lização do pregão, preferencialmente em sua forma eletrônica, os serviços de engenharia consul�va com padrões de desempenho e qualidade que possam ser obje�vamente definidos no edital de licitação, por meio de especificações usuais no mercado” (art. 1º da Lei 10.520/2002 c/c art. 4º do Decreto 5.450/2005) SERVIÇO COMUM DE ENGENHARIA XXI - SERVIÇO DE ENGENHARIA: toda a�vidade ou conjunto de a�vidades des�nadas a obter determinada u�lidade, intelectual ou material, de interesse para a Administração e que, não enquadradas no conceito de obra a que se refere o inciso XII do caput deste ar�go, são estabelecidas, por força de lei, como priva�vas das profissões de arquiteto e engenheiro ou de técnicos especializados, que compreendem: a) SERVIÇO COMUM DEENGENHARIA: todo serviço de engenharia que tem por objeto ações, obje�vamente padronizáveis em termos de desempenho e qualidade, de manutenção, de adequação e de adaptação de bens móveis e imóveis, com preservação das caracterís�cas originais dos bens; b) SERVIÇO ESPECIAL DE ENGENHARIA: aquele que, por sua alta heterogeneidade ou complexidade, não pode se enquadrar na definição constante da alínea “a” deste inciso (Serviços comuns de engenharia) PREGÃO – SERVIÇOS DE ENGENHARIA (art. 6º, XXI da Lei 14.133/21) 18 O processo de licitação realizados por meio eletrônico, a Administração poderá determinar, como condição de validade e eficácia, que os licitantes pra�quem seus atos em formato eletrônico. As condições de habilitação serão definidas no edital e poderá ser realizada por processo eletrônico de comunicação a distância, nos termos dispostos em regulamento próprio a ser emi�do pelo ente que realiza o procedimento licitatório. Art. 17 e 65 da lei 14.133/21 ENVIO DA DOCUMENTAÇÃO OBJETIVOS DO PROCESSO LICITATÓRIO Prof. Herbert Almeida TRANSMISSÃO AO VIVO DAS LICITAÇÕES PRESENCIAIS PELA INTERNET LUZ CÂMERA LICIT+AÇÃO LEI ESTADUAL N. 19.447/2018 PARANÁ Seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso Inclusive quanto ao ciclo de vida do objeto Tratamento isonômico Justa compe�ção Sobrepreço Preços manifestamente inexequíveis Superfaturamento Inovação Desenvolvimento nacional sustentável Obje�vos da licitação Assegurar Evitar Incen�var 19 Art. 13. Os atos pra�cados no processo licitatório são públicos, ressalvadas as hipóteses de informações cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, na forma da lei. Parágrafo único. A publicidade será diferida: I - quanto ao conteúdo das propostas, até a respec�va abertura; II - quanto ao orçamento da Administração, nos termos do art. 24 desta Lei. O Sigilio das Propostas visa evitar o comprome�mento da moralidade e isonomia do certame. O conhecimento do conteúdo de uma proposta poderia conduzir a beneficio indevido em favor de terceiros. O art. 24 incorporou as soluções previstas legisla�vamente para o pregão e para o RDC e admi�u,em casos jus�ficados, que a Administração adote o sigilo temporário e limitado para o valor es�mado da contratação. Isso significaria que as propostas apresentariam valor superior ao possível. A ausência de divulgação do orçamento es�mado conduziria os licitantes a apresentarem propostas mais compa�veis com os seus custos efe�vos. PUBLICIDADE DIFERIDA Sigilo do Orçamento (Art. 13) COMPOSIÇÃO DE PREÇO PARA AQUISIÇÃO DE BENS OU CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS EM GERAL (Forma combinada ou não) Banco de preços em saúde disponíveis no Portal Nacional de Contrataçõe s Públicas (PNCP) Contratações Similares feitas pela Administraçã o Pública (limite de um ano da conclusão), incluindo registro de preços Mídia especializada, tabela de referência, sí�os eletrônicos especializados Pesquisa Direta com no mínimo 3 (três) fornecedore s (prazo de validade de seis meses) Base Nacional de Notas Fiscais Eletrônicas COMPOSIÇÃO DE PREÇOS PARA OBRAS E SERVIÇOS DE ENGNHARIA - ATENDIDOS A ORDEM CRONOLÓGICA (Somando BDI e Encargos Sociais) 1. Tabela SICRO e SINAPI 2. Mídia especializada, Tabela de referência, Sí�os eletrônicos especializados 3. Contratações Similares feitas pela Administração Pública (limite de um ano da conclusão), incluindo registro de preços 4. Base Nacional de Notas Fiscais Eletrônicas 20 SIGILO DO ORÇAMENTO – Diferimento (Art. 13 e 24, Lei 14.133/21) Tem que divulgar quan�ta�vos e demais informações O sigilo não prevalecerá sobre o controle interno e externo Se for maior desconto Preço máximo constará no edital Sigilo do orçamento Desde que jus�ficado VOCÊ SABIA? ACÓRDÃO 1372/2019 TCU PLENÁRIO @licitacoesmunicipais A autorização para realização de procedimento licitatório ou para sua dispensa é ato próprio do ordenador de despesa e não da comissão de licitação. Prof. Herbert Almeida Prof. Herbert Almeida FASE PREPARATÓRIA DA LICITAÇÃO Fase preparatória Descrição da necessidade da contratação Definição do objeto Orçamento es�mado Elaboração da minuta do contrato (se for o caso) Regime de fornecimento Regras sobre a licitação Análise de riscos Modalidade Critério de julgamento Modo de disputa Estudo técnico preliminar Termo de referência Anteprojeto Projeto básico ou execu�vo Mo�vação: momento da divulgação Regras de execução e pagamento Elaboração do edital O LICITANTE 21 Art. 56. O modo de disputa poderá ser, isolada ou conjuntamente: I - aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas propostas por meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes; II - fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora designadas para sua divulgação. § 1º A u�lização isolada do modo de disputa fechado será vedada quando adotados os critérios de julgamento de menor preço ou de maior desconto. (Pregão) § 2º A u�lização do modo de disputa aberto será vedada quando adotado o critério de julgamento de técnica e preço. MODOS DE DISPUTA - INOVAÇÃO (art. 56 da Lei 14.133/2021) MARÇAL JUSTEN FILHO fala da sumariedade da Lei 14.133/2021 no tocante à disciplina procedimental das licitações. Esse laconismo é evidente em relação aos modos aberto e fechado, o que pode inviabilizar a aplicação prá�ca do diploma. Enquanto não for editada regulamentação de alguns temas, a Lei 14.133/212 será des�tuida de eficácia juridica e desprovida de aplicabilidade. No modo aberto, o conteúdo da proposta é tornado público tão logo a sessão pública seja iniciada. No modo fechado, a proposta da licitante é man�da em sigilo até o momento de sua divulgação. Mas há outra diferença essencial. No modo aberto, a proposta inicial de cada licitante é sucedida de outras, num regime de compe�ção aberta. No modo de disputa fechado, há uma unica proposta de cada licitante. Em suma, o modo de disputa aberto envolve duas etapas. Há a proposta inicial dos licitantes e existe uma fase compe��va subsequente, em que cada licitante toma conhecimento das propostas dos demais compe�dores e tem oportunidade de formular lances abertos e sucessivos, de valor crescente ou decrescente. Isso não ocorre no modo de disputa fechado, que se exaure na formulação das propostas iniciais. (JUSTEN FILHO, MARÇAL. Comentários à Lei de Licitações e Contratações Administra�vas: Lei 14.133/2021. São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2021, pag. 676-677) MODOS DE DISPUTA - INOVAÇÃO (art. 56 da Lei 14.133/2021) MODOS DE DISPUTA (Bene�cios e desvantagens) (art. 56 da Lei 14.133/2021) O beneficio do MODO DE DISPUTA ABERTO consiste na dinâmica compe��va, de modo que os licitantes vão incrementando sucessivamente as vantagens para a administração. Porém a desvantagem desse modo de disputa é que eleva o risco de propostas inexequíveis ou eivadas da já referida “mutação dinâmica da proposta”, que indica o fenômeno da redução da qualidade do objeto ofertado correspondentemente à elevação da vantagem ofertada. Em suma o lance final selecionado comtempla uma oferta qualita�vamente diversa daquela prevista inicialmente. Portando, essa solução amplia o risco de contratações de qualidade insuficiente. Já o MODO DE DISPUTA FECHADO não permite a con�nuidade da disputa entre os licitantes. Ainda que seja possível a negociação para obtenção de vantagem adicional, não existe uma compe�ção direta posterior à abertura das propostas. Essa solução é mais adequada para contratos de que envolvam objetos complexos e que exijam maior segurança da administração rela�vamente à qualidade. No entanto, a desvantagem reside na redução da compe�ção e na ausênica de oportunidade para que o licitante amplie a vantagem ofertada na proposta original. (JUSTEN FILHO, MARÇAL. Comentários à Lei de Licitações eContratações Administra�vas: Lei 14.133/2021. São Paulo : Thomson Reuters Brasil, 2021, pag. 678) 22 O Art. 56 da Lei 14.133/21 permite que os modos de disputa ABERTO e FECHADO, possam ser estabelecidos, isolada ou conjuntamente. Segundo MARÇAL JUSTEN FILHO esse dispos�vo permite a combinação de oito alterna�vas téoricas resultantes da combinação do modo de disputa com a forma da licitação: 1. Modo aberto presencial 2. Modo aberto eletrônico 3. Modo fechado presencial 4. Modo fechado eletrônico 5. Modo combinado fechado-aberto presencial 6. Modo combinado fechado-aberto eletrônico 7. Modo combinado aberto-fechado presencial 8. Modo combinado aberto-fechado eletrônico. O Critério de julgamento afeta a disciplina do procedimento licitatório. A u�lização isolada do modo de disputa fechado é vedado quando adotado o critério de julgamento de menor preço ou de maior desconto (por serem critérios de julgamento �picos da modalidade PREGÃO) MODOS DE DISPUTA (Bene�cios e desvantagens) (art. 56 da Lei 14.133/2021) MODOS DE DISPUTA CRITÉRIOS DE JULGAMENTO (Art. 33 Lei 14.133/2021) Lances públicos e sucessivos Crescentes ou decrescentes Isolada ou conjuntamente Não pode ser u�lizado, de forma isolada, se Sigilo até a divulgação Menor preço Maior desconto Técnica e preçoNão pode ser u�lizado se(isolada ou conjuntamente) Aberto Fechado Modos de disputa Cr ité rio s d e j ul ga m en to na N ov a L ei de Li cit aç õe s maior retorno econômico maior lance menor preço técnica e preço melhor técnica ou conteúdo an�s�co maior desconto CRITÉRIOS DE JULGAMENTO 23 CRITÉRIOS DE JULGAMENTO Maior retorno econômico - Inovação Art. 53. Ao final da fase preparatória, o processo licitatório seguirá para o órgão de assessoramento jurídico da Administração, que realizará controle prévio de legalidade mediante análise jurídica da contratação. § 1º Na elaboração do parecer jurídico, o órgão de assessoramento jurídico da Administração deverá: I – apreciar o processo licitatório conforme critérios obje�vos prévios de atribuição de prioridade; II – redigir sua manifestação em linguagem simples e compreensível e de forma clara e obje�va, com apreciação de todos os elementos indispensáveis à contratação e com exposição dos pressupostos de fato e de direito levados em consideração na análise jurídica; §2º - (VETADO). § 3º Encerrada a instrução do processo sob os aspectos técnico a autoridade determinará a divulgação do e jurídico, edital de licitação conforme disposto no art. 54. PARECER JURIDICO (Art. 53 da Lei 14.133/21) Maior retorno econômico Contrato de eficiência Proposta Se não gerar a economia de trabalho de preço Acima do limite: sanções ConcorrênciaModalidade Melhor proposta é aquela que gerar maior economia Somente aplicável aos contratos de eficiência Prestação de serviços (pode ser obra e bens) Obje�vo de proporcionar economia Redução de despesas correntes Remuneração do contratado em percentual sobre a economia Obras, serviços e bens / prazos Economia es�mada Percentual sobre a economia Desconta da remuneração do contratado 24 O órgão de assessoramento jurídico da Administração também realizará controle prévio de legalidade de contratações diretas, acordos, termos de cooperação, convênios, ajustes, adesões a atas de registro de preços, outros instrumentos congêneres e de seus termos adi�vos. É dispensável a análise jurídica nas hipóteses previamente definidas em ato da autoridade jurídica máxima competente, que deverá considerar o baixo valor, a baixa complexidade da contratação, a entrega imediata do bem ou a u�lização de minutas de editais e instrumentos de contrato, convênio ou outros ajustes previamente padronizados pelo órgão de assessoramento jurídico. PARECER JURIDICO (Art. 53 da Lei 14.133/21) PARECER JURIDICO (Art. 53 da Lei 14.133/21) CONTEÚDO DO EDITAL Pode dispensar parecer Final da fase preparatória Controle prévio de legalidade Parecer jurídico Quando e o que é? Aplica-se, no que couber a: Análise jurídica Contratações diretas Acordos, termos de cooperação, convênios e afins Adesões e atas de registro de preços Termos adi�vos Ato de autoridade jurídica máxima Baixo valor, baixa complexidade, padronização, etc. Convocação Julgamento Habilitação Recursos Penalidade Fiscalização Gestão do contrato Entrega do objeto Condições de pagamento Edital Objeto da licitação Regras sobre 25 DIVULGAÇÃO DO EDITAL DE LICITAÇÃO Art. 54. A publicidade do edital de licitação será realizada mediante divulgação e manutenção do inteiro teor do ato convocatório e de seus anexos no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP). § 1º Sem prejuízo do disposto no caput, é obrigatória a publicação de extrato do edital no Diário Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, bem como em jornal diário de grande circulação. (Promulgação partes vetadas) § 2º É facultada a divulgação adicional e a manutenção do inteiro teor do edital e de seus anexos em sí�o eletrônico oficial do ente federa�vo do órgão ou en�dade responsável pela licitação ou, no caso de consórcio público, do ente de maior nível entre eles, admi�da, ainda, a divulgação direta a interessados devidamente cadastrados para esse fim. (Diverso da lei de Acesso à Informação que determina a obrigatoriedade) § 3º Após a homologação do processo licitatório, serão disponibilizados no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) e, se o órgão ou en�dade responsável pela licitação entender cabível, também no sí�o referido no § 2º deste ar�go, os documentos elaborados na fase preparatória que porventura não tenham integrado o edital e seus anexos. PUBLICIDADE DA LICITAÇÃO Art. 54 da Lei nº 14.133/21 RESOLUÇÃO Nº 1379/2018 (19/12/2018) Dispõe sobre as prestações de contas de gestão e dá outras providências. Art. 15. Além das informações do caput do ar�go anterior, as prefeituras, câmaras municipais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista ficarão obrigadas a cadastrar no SIGA, de acordo com as especificações definidas no sistema: I) , no momento em que ocorrer a publicação o edital de licitação do seu resumo; Art. 54. A publicidade do edital de licitação será realizada mediante divulgação e manutenção do inteiro teor do ato convocatório e de seus anexos no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) § 3º Após a homologação do processo licitatório, serão disponibilizados no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) e, se o órgão ou en�dade responsável pela licitação entender cabível, também no sí�o referido no § 2º deste ar�go, os documentos elaborados na fase preparatória que porventura não tenham integrado o edital e seus anexos. 26 DIVULGAÇÃO DO EDITAL Portal Nacional de Contratações Públicas (PCNP) PRAZOS DE DIVULGAÇÃO DO EDITAL PRAZOS DE DIVULGAÇÃO DO EDITAL Divulgação do edital Obrigatória Faculta�va Outros documentos da fase preparatória Inteiro teor PNCP Inteiro teor Sí�o eletrônico da en�dade Divulgação direta aos interessados após a homologação PNCP (obrigatória) Sí�o do ente (faculta�va) Prazos de divulgação Aquisição de bens Maior lance Serviços e obras 8 dias úteis 15 dias úteis 15 dias úteis 10 dias úteis 25 dias úteis 35 dias úteis - Técnica e preço - Melhor técnica ou conteúdo ar�s�co Diálogo compe��vo 60 dias úteis 60 dias úteis 25 dias úteis 35 dias úteis Menor preço Maior desconto Menor preço Maior desconto Menor preço Maior desconto Demais casos ‘‘comuns’’ ‘‘especiais’’ Contratação semi-integrada Demais casos Contratação integrada Manifestação de interesse Apresentação das propostas 27 JULGAMENTO DA PROPOSTA Lei 14.133/21 - art. 33 Art. 33. O julgamento das propostas será realizado de acordo com os seguintes critérios: I - menor preço; (Pregão) II - maior desconto; (Pregão)III - melhor técnica ou conteúdo ar�s�co; IV - técnica e preço; V - maior lance, no caso de leilão; VI - maior retorno econômico. Art. 34. O julgamento por menor preço ou maior desconto e, quando couber, por técnica e preço considerará o menor dispêndio para a Administração, atendidos os parâmetros mínimos de qualidade definidos no edital de licitação. § 1º Os custos indiretos, relacionados com as despesas de manutenção, u�lização, reposição, depreciação e impacto ambiental do objeto licitado, entre outros fatores vinculados ao seu ciclo de vida, poderão ser considerados para a definição do menor dispêndio, sempre que obje�vamente mensuráveis, conforme disposto em regulamento. Aqui se discute a possibilidade de aplicação da Lei nº 14.133/2021 sem que ocorra a implementação do PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS. Aos nossos olhos, de fato, esse Portal foi o meio eleito pelo legislador para garan�r transparência e publicidade aos atos rela�vos à aplicação da nova Lei de Licitações. O PNCP é, por expressa definição legal, uma espécie de “sí�o eletrônico oficial” ampliado (art. 6º, LII, da Lei nº 14.133/2021), pois conta com uma concentração de atos rela�vos a procedimentos de contratação pública em nível nacional. Isto é, sua abrangência alcança as contratações governamentais municipais, estaduais, distritais e federais. Vale dizer que em nossa leitura a Lei nº 14.133/2021 não impõe a publicação dos atos no PCNP apenas quando ela expressamente se refere a esse Portal. Enxergamos no inciso I do art. 174 um comando genérico de publicação no PNCP dos atos aos quais a lei impõe publicidade. Fazemos essa observação porque seria possível se interpretar que a publicidade exigida em nível de PNCP fosse apenas aquelas previstas no art. 54, no § 4º do art. 75, no art. 94 e no § 2º do art. 174, todos da Lei nº 14.133/2021. Dizemos isso porque muitos dos diários oficiais eletrônicos das unidades federadas atendem a esses requisitos legais (disponibilidade na internet e cer�ficação), razão pela qual entendemos que a solução transitória, até que seja implementado o PNCP, é que cada ente da federação concentre a publicação dos atos exigidos pela Lei nº 14.133/2021 em um sí�o eletrônico oficial, que pode ser os respec�vos diários eletrônicos oficiais digitalmente cer�ficados. Rafael Sergio de Oliveira h�p://www.novaleilicitacao.com.br/2021/04/29/a-aplicacao-da-nova-lei- de-licitacoes-prescinde-do-pncp PUBLICIDADE DA LICITAÇÃO Portal Nacional de Contratações Públicas (PCNP) 28 Constará do edital de licitação regras que exija dos licitantes, sob pena de desclassificação, declaração de que suas propostas econômicas compreendem a integralidade dos custos para atendimento dos direitos trabalhistas assegurados na Cons�tuição Federal, nas leis trabalhistas, nas normas infralegais, nas convenções cole�vas de trabalho e nos termos de ajustamento de conduta vigentes na data de entrega das propostas. DA HABILITAÇÃO - (Art. 62) DA HABILITAÇÃO - (Art. 62) Habilitação Técnica Fiscal, social e trabalhista Econômico- financeira Jurídica Quem é a empresa; quem a representa? Qualificação técnico-profissional e técnico- operacional Profissionais, registros em conselhos, atendimento de requisitos legais, etc. Fiscal: CPF, CNPJ, cadastro de contribuintes, etc. Social: Seguridade Social, FGTS Trabalhista: Jus�ça do Trabalho; vedação à exploração de trabalho de menor Ap�dão econômica para assumir obrigações futuras Balanços, demonstra�vos, cer�dão nega�va de falência 29 As disposições a que se refere o caput do ar�go 4º da Lei 14.133/21 sobre tratameno diferenciado ME/EPP não são aplicadas: I - no caso de licitação para aquisição de bens ou contratação de serviços em geral, ao item cujo valor es�mado for superior à receita bruta máxima admi�da para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte; II - no caso de contratação de obras e serviços de engenharia, às licitações cujo valor es�mado for superior à receita bruta máxima admi�da para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte. A obtenção de bene�cio fica limitada as ME e EPP, no ano- calendário de realização da licitação, ainda não tenham celebrado contratos com a Administração Pública cujos valores somados extrapolem a receita bruta máxima admi�da para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte, devendo o órgão ou en�dade exigir do licitante declaração de observância desse limite na licitação. Nas contratações com prazo de vigência superior a 01 (um) ano, será considerado o valor anual do contrato ou Ata de registro de Preço (Avença) na aplicação dos limites previstos no art. 4º. DA HABILITAÇÃO Lei 14.133/21 – Regras de ME/EPP (art. 4º) Art. 164. Qualquer pessoa é parte legí�ma para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei ou para solicitar esclarecimento sobre os seus termos, devendo protocolar o pedido até 3 (três) dias úteis antes da data de abertura do certame. A resposta à impugnação ou ao pedido de esclarecimento será divulgada em sí�o eletrônico oficial até o úl�mo dia ú�l anterior à data da abertura do certame. CABIMENTO DE RECURSO EM ATÉ 03 DIAS ÚTEIS CONTADOS DA INTIMAÇÃO OU DA ATA, CONTRA: a) ato que defira ou indefira pedido de pré-qualificação de interessado ou de inscrição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamento; b) julgamento das propostas; c) ato de habilitação ou inabilitação de licitante; d) anulação ou revogação da licitação; e) ex�nção do contrato, quando determinada por ato unilateral e escrito da Administração; DAS IMPUGNAÇÕES, PEDIDOS DE ESCLARECIMENTO Lei 14.133/21 - (art. 164, 165) 30 II - pedido de reconsideração, no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de in�mação, rela�vamente a ato do qual não caiba recurso hierárquico. § 1º Quanto ao recurso apresentado em virtude do disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso I do caput deste ar�go, serão observadas as seguintes disposições: I - a intenção de recorrer deverá ser manifestada imediatamente, sob pena de preclusão, e o prazo para apresentação das razões recursais previsto no inciso I do caput deste ar�go será iniciado na data de in�mação ou de lavratura da ata de habilitação ou inabilitação ou, na hipótese de adoção da inversão de fases prevista no § 1º do art. 17 desta Lei, da ata de julgamento; A apreciação do Recurso ddará em fase única. O recurso será protocolado no prazo de 03 (três) dias úteis, se não reconsiderar o ato, encaminhará o recurso com a sua mo�vação à autoridade superior, a qual deverá proferir sua decisão no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, contado do recebimento dos autos. O acolhimento do recurso implicará invalidação apenas de ato insusce�vel de aproveitamento. DOS RECURSOS -Lei 14.133/21 - (art. 165) A Lei nº 10.520/2002 é silente acerca da incidência ou não de efeito suspensivo do recurso na modalidade pregão. A aplicação subsidiária do §2º do art. 109 da Lei nº 8.666/1993, que prevê, como regra, a concessão de efeito suspensivo aos recursos interpostos em procedimentos licitatórios. Quanto ao tema, cumpre transcrever trecho do voto do Min. Vital do Rêgo exarado no Acórdão TCU nº 567/2015 – Plenário: “É comum aos recursos que tenham efeito suspensivo. Significa dizer que uma vez interposto e recebido o recurso, não pode o procedimento prosseguir em seu fluxo até que seja resolvida a questão (ou questões) objeto do inconformismo. Para o pregão (e a regra vale tanto para o eletrônicem se interpondo recurso, não poderá haver adjudicação antes de decidido o mérito recursal. o quanto para o presencial), A lei de regência do pregão não atribuiu qualquer efeito ao recurso. O Decreto nº 5.450/2005, por sua vez, deixa inferir a suspensividade do fluxo procedimental do pregão eletrônico, no que não é seguido textualmente pelo Decreto nº 3.555/2000 (art. 11, XVIII). Obviamente que há equívoco no decreto que disciplina o pregão presencial. Não há amenor lógica em receber o recurso, determinar o seu processamento, e não suspender o fluxo da licitação. Mais tarde, com o julgamento do recurso, poderia haver alteração na ordem de classificação dos licitantes, e os atos pra�cados até então deveriam todos ser anulados. Nesse sen�do, é evidente que tanto o efeito suspensivo quanto o efeito devolu�vo se encontram presentes nos pregões eletrônico e presencial”. EFEITOS DO RECURSO ADMINISTRATIVO Lei 14.133/21 - Art. 168 31 Art. 168 da Lei 14.133/21 afastou essa indefiniçãoao atribuir ao recurso e o pedido de reconsideração efeito suspensivo do ato ou da decisão recorrida até que sobrevenha decisão final da autoridade competente. As razões recursais serão deduzidas no momento oportuno, não sendo necessário que indique, de imediato, na hora da manifestação da intenção de recorrer, os mo�vos ou fundamentos especificos de seu recurso, como exigia o art. 4º, XX da Lei Federal 10.520/02 (intenção e manifestação mo�vada). EFEITOS DO RECURSO ADMINISTRATIVO Lei 14.133/21 - Art. 168 RESUMO DO PROCEDIMENTO LICITATÓRIO Resumo das modalidade Concorrência Pregão Concurso Leilão Diálogo compe��vo Quando Critérios Rito Critérios Rito Quando Critérios Rito Quando Critérios Rito Quando Rito Critérios Rito Quando Quando Critérios Rito Bens e serviços especiais Obras Serviços de engenharia (comuns e especiais) Todos (exceto maior lance) Comum Bens e serviços comuns Menor preço / maior desconto Comum Trabalho técnico, cien�fico, ar�s�co Melhor técnica ou conteúdo ar�s�co Especial Alienação de bens móveis e imóveis Maior lance Especial Os procedimento ‘‘normais’’ não são adequados Realizar diálogos para iden�ficar alterna�vas Inovação / adaptação das soluções / impossibilidade de definir com precisão Próprios / definidos no edital Especial Pré-seleção Diálogos Fase compe��va Menor preço Melhor técnica ou conteúdo ar�s�co Técnica e preço Maior retorno econômico Maior desconto 32 PROCEDIMENTOS AUXILIARES DE LICITAÇÃO Processo Licitatório Credenciamento Pré- qualificação Registro Cadastral Sistema de Registro de Preços Procedimento de manifestação de interesse PROCEDIMENTOS AUXILIARES DE LICITAÇÃO Credenciamento PROCEDIMENTOS AUXILIARES DE LICITAÇÃO Pré-qualificação Credeciamento Paralela e não excludente Seleção a critério de terceiros Mercados fluidos Contratos simultâneos em condições padronizadas Beneficiário que seleciona o contratado Exemplo: credenciamento de médicos ou de laboratórios Flutuação de valor ‘‘preços dinâmicos’’ 33 PROCEDIMENTOS AUXILIARES DE LICITAÇÃO Procedimento de manifestação de Interesse (PMI) Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) Não gera direito de preferência Não gera obrigação de licitar Não gera direito à ressarcimento Será remunerado pelo vencedor da licitação É vedada a cobrança de valores ao Poder Público NORMATIZAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE PREGÃO ELETRÔNICO 1. Cons�tuição Federal 2. Lei Complementar 147/2014 que alterou a Lei Complementar 123/06 (Estatuto da Microempresa - EM/EPP) – regra de edital exclusivo ME/EPP 3. Lei Estadual de Licitações da Bahia – Lei Estadual nº 9433/2005 4. Decreto Federal nº 10.024/2019 (20/09/2019) Regulamenta o Pregão, na forma eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns (revogou o Decreto 5450/2005 e 5.504/2005. 5. Decreto Federal nº 7.892/2013 (23/01/2013) Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei 8666/93. Já foi alterado pelos Decretos Federais nº 8250/2014 e 9.488/2018. 6. Decreto Municipal que regulamenta o Pregão Eletrônico. CONSTITUIÇÃO FEDERAL Art. 22. Compete priva�vamente à União legislar sobre: XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais NORMATIZAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE PREGÃO 34 LEI FEDERAL nº 10.520/02 Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Art. 2º - vetado.... § 2º Será facultado, nos termos de da União, regulamentos próprios Estados, Distrito Federal e Municípios, a par�cipação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e operacional aos órgãos e en�dades promotores da modalidade de pregão, u�lizando-se de recursos de tecnologia da informação. ( )Pregão Eletrônico NORMATIZAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE PREGÃO LEI FEDERAL Nº 10.520/02 Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que será regida por esta Lei. Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste ar�go, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje�vamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. TCU – ACÓRDÃO 1667/2017 – PLENÁRIO Enunciado: A iden�ficação do bem ou serviços como sendo comum, para fim de adoção do pregão, independente da sua complexidade. É a definição obje�va dos seus padrões de desempenho e qualidade, mediante especificações usuais no mercado, que o caracteriza como comum. NORMATIZAÇÃO COMPLEMENTAR SOBRE -P REGÃO ELETRÔNICO Procedimento administra�vo composto de atos sequenciais ordenados e interdependentes, mediante os quais a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, devendo se conduzida em estrita conformidade com os princípios cons�tucionais e aqueles que lhes são correlatos, expressos na lei e no instrumento convocatório. FINALIDADES: 1 Escolher a proposta mais vantajosa para a administração. (isso não significa que seja a mais barata) 2. Assegurar a observância do princípio cons�tucional da isonomia entre os licitantes ou a igualdade da disputa. 3. Promover o desenvolvimento sustentável (Lei 12.349/2010 e Decreto Federal 10.024/2019). O Estado é o maior consumidor de bens e serviços da economia, assim tem o dever de es�mular o crescimento econômico e o fortalecimento da economia nacional. LICITAÇÃO O QUE REGULAMENTA ? Regulamenta a licitação, na modalidade de pregão, na forma eletrônica, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal. (art. 1º Decreto 10.024/2019) DECRETO FEDERAL Nº 10.024/2019 35 Art. 1º - Este Decreto regulamenta a licitação, na modalidade de pregão, , para a aquisição de bens e a na forma eletrônica contratação de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal. § 1º A u�lização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, pelos órgãos da administração pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais é obrigatória. § 2º As empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, nos termos do regulamento interno de que trata o art. 40 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016, poderão adotar, no que couber, as disposições deste Decreto, inclusive o disposto no Capítulo XVII, observados os limites de que trata o art. 29 da referida Lei § 3º - Para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federa�vos, com a u�lização de recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e contratos de repasse, a u�lização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica será obrigatória, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação específicaque dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos do repasses. § 4º - Será admi�da, excepcionalmente, mediante prévia jus�fica�va da autoridade competente, a u�lização da forma de pregão presencial nas licitações de que trata o caput ou a não adoção do sistema de dispensa eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na realização da forma eletrônica. DECRETO FEDERAL 10.024/2019 Abrangência: Obrigatória: Administração federal 1. Direta; 2. Autárquica; 3. Fundações públicas e 4. Fundos especiais Faculta�va: 1. Empresa pública 2. Sociedade de Economias mista (Lei 13.303/16) e subsidiária Revogação: Decreto 5.450/2005 (regulamento do Pregão na forma eletrônica) Decreto 5.404/2005 (outros entes da federação deveriam aplicar as normas federais quando recebem recursos da União) DECRETO FEDERAL 10.024/2019 36 Obrigatoriedade do PREGÃO na sua forma ELETRÔNICA 1. A Lei 10.520/02 não obriga a realização do pregão eletrônica, ela permite (art. 2º, §2º). 2. O Decreto Federal nº 5.450/05 – define a u�lização obrigatória a u�lização do Pregão para aquisição de bens e serviços comuns. Mas a u�lização na forma eletrônica, era preferencial.(art. 1º, §1º do decreto 5504/2005). 3. O Decreto 10.024/2019, tornou obrigatória a u�lização para aquisição de bens e serviço comuns através do Pregão na sua forma eletrônica. DECRETO FEDERAL 10.024/2019 Art. 20. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, será iniciada com a convocação dos interessados por meio da publicação do do edital no Diário Oficial da União e no aviso sí�o eletrônico oficial do órgão ou da en�dade promotora da licitação. Parágrafo único. Na hipótese de que trata o § 3º do art. 1º, a publicação ocorrerá na imprensa oficial do respec�vo Estado, do Distrito Federal ou do Município e no sí�o eletrônico oficial do órgão ou da en�dade promotora da licitação. PUBLICAÇÃO DO AVISO DO EDITAL PREGÃO ELETRÔNICO Edital Art. 21. Os órgãos ou as en�dades integrantes do SISG e aqueles que aderirem ao Sistema Compras do Governo federal disponibilizarão a no endereço eletrônico íntegra do edital www.comprasgovernamentais.gov.br e no sí�o eletrônico do órgão ou da en�dade promotora do pregão. Parágrafo único. Na hipótese do § 2º do art. 5º, o edital será disponibilizado na íntegra no sí�o eletrônico do órgão ou da en�dade promotora do pregão e no portal do sistema u�lizado para a realização do pregão. PUBLICAÇÃO DO AVISO DO EDITAL BENS E SERVIÇOS COMUNS: a) São aqueles comercializados por meio de especificações padronizadas pelo mercado e não pela administração, por meio do edital, nem a lei, nem um ato regulamentar. b) São aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje�vamente definidos no edital, em perfeita conformidade com as especificações usuais pra�cadas no mercado. DECRETO FEDERAL 10.024/2019 37 BENS E SERVIÇOS COMUNS Para diminuir essa dificuldade, Marçal Justem Filho formulou algumas caracterís�cas, afirmando que o núcleo do conceito de bem e serviço comum residirá nas caracterís�cas a seguir: a) disponibilidade no mercado próprio, isto é, que o objeto esteja disponível para compra ou contratação a qualquer momento; b) padronização, que ocorrerá quando forem pré- determinados os atributos essenciais do objeto, de forma obje�va e uniforme, cujas caracterís�cas sejam invariáveis ou então, sujeitas a diferenças mínimas; c) desnecessidade de peculiaridade para sa�sfação da Administração, ou seja, o bem será comum se apto a sa�sfazer necessidades comuns, não precisando conter caracterís�cas peculiares para a�ngir seus fins. Dessa forma, para o autor, não é possível reconhecer se um bem é ou não comum apenas pela análise dele próprio, devendo verificar as caracterís�cas acima expostas (itens “a” e “b”) DECRETO FEDERAL 10.024/2019 DIVERSOS TIPOS DE BENS E SERVIÇOS COMUNS; a) Bens Permanentes; b) Serviços administra�vos; c) Bens e serviços de informá�ca d) Serviço de Limpeza e) Serviços de vigilância e guarda ostensiva f) Serviços comuns de engenharia, incluído pelo Decreto Federal 10.024/2019 (art. 1º). VEDAÇÕES 1. contratações de obras; 2. locações imobiliárias e alienações; e 3. bens e serviços especiais, incluídos os serviços de engenharia enquadrados no disposto no inciso III do caput do art. 3º. Na origem da regulamentação da modalidade Pregão, consideravam-se comuns bens e serviços constantes na lista do Anexo II do Decreto 3.555/2000, editado quando vigorava a Medida Provisória 2026-3/2000, que antecedeu a Lei Federal nº 10.520/02. Essa lista foi excluída do ordenamento jurídico com o Decreto nº 7.174/2010, de modo que se passou a aplicar ao Pregão àqueles bens que se encaixam na definição do parágrafo único do art. 1º da Lei 10.520/02. O Decreto do Pregão Eletrônico nº 10.024/2019 vai mais adiante e é expresso em dizer que não se pode ter um enquadramento do bem ou serviço comum a priori. De acordo com o §1º do art. 3º do Decreto: “A classificação de bens e serviços como comuns não prescinde de exame predominantemente fá�co e de natureza técnica” O QUE PODE SER LICITADO BENS E SERVIÇOS COMUNS 38 SERVIÇO COMUM DE ENGENHARIA O Tribunal de Contas da União – TCU ampliou a descrição dos serviços comuns de engenharia, tornando obrigatória a u�lização de pregão para sua aquisição. Assim, por meio do Acórdão nº 713/2019 – Plenário (27.03.2019) são considerados serviços comuns, tornando obrigatória a , o Min. Bruno Dantas entendeu que “ u�lização do pregão, preferencialmente em sua forma eletrônica, os serviços de engenharia consul�va com padrões de desempenho e qualidade que possam ser obje�vamente definidos no edital de licitação, por meio de especificações usuais no mercado.” SÚMULA TCU 257: “O do pregão nas contratações de serviços comuns de engenharia encontra amparo na Lei 10.520/2002” (28.04.2010) DECRETO FEDERAL 10.024/2019 DEFINIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS COMUNS O QUE PODE SER LICITADO ? Art. 3º - Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: II - bens e serviços comuns - bens cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje�vamente definidos pelo edital, por meio de especificações reconhecidas e usuais do mercado. VIII - serviço comum de engenharia - a�vidade ou conjunto de a�vidades que necessitam da par�cipação e do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser obje�vamente definidos pela administração pública, mediante especificações usuais de mercado DEFINIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS COMUNS – IMPORTANTE DESTACAR O interprete do Decreto Federal nº 10.024/2019 deve estar atento para o fato de que, nos termos da conceituação nesse novo disposi�vo jurídico, a alta heterogeneidade ou complexidade técnica do bem ou serviço podem ser a causa para a ausência de parâmetros obje�vos para definição do objeto do certame no edital, o que afastaria a aplicação do Pregão. O que determina o afastamento da u�lização da modalidade pregão é o não enquadramento do bem ou serviço no inciso II do art. 3º do Decreto 10.024/2019, conforme §2º do art. 3º: § 2º - Os bens e serviços que envolverem o desenvolvimento de soluções específicas de natureza intelectual, cien�fica e técnica, caso possam ser definidos nos termos do disposto no inciso II do caput, serão licitados por pregão, na forma eletrônica DECRETO FEDERAL 10.024/2019 OBRA a) Toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação b) Predominância de material sobre a mão de obra c) Limitação no tempo; d) Atuação voluntária do ser humano des�nada a promover modificação significa�va, autônoma e permanente no ambiente natural e) Necessária a u�lização de conhecimentos técnicos específicos envolvendo a par�cipação de profissionais habilitados conforme o disposto na lei 5194/1966; f) Há obrigação de resultadoOBRA x SERVIÇO 39 SERVIÇO a) Demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação de bens, publicidades; b) Predominância da mão de obra sobre o material; c) Não limitada no tempo; d) Não se traduz numa modificação significa�va, autônoma e permanente no ambiente natural; e) U�lização de conhecimentos técnicos específicos envolvendo profissionais habilitados conforme o disposto na lei 5.194/1966; f) A�vidade des�nada a garan�r a fruição de u�lidade já existente; g) Manter ou aumentar a eficiência da u�lidade a que se des�na h) Há preponderância da obrigação meio. OBRA x SERVIÇO Tem-se admi�do o uso do pregão para diversos objetos, inclusive para muitos cuja aplicação do ins�tuto era considerada incabível. Seguem alguns exemplos: 1. Serviço de call center: Acórdão nº 767/2010-Plenário do TCU; 2. Serviço de tecnologia da informação: Acórdão nº 2471/2008 – Plenário TCU; 3. Serviço de auditoria interdependente: Acórdão nº 1046/2014 – Plenário do TCU; 4. Serviço de fornecimento de infraestrutura para realização de shows: Acórdão nº 6504/2017 – 2ª Câmara do TCU; 5. Serviços de assessoria de imprensa, clipping, media training e monitoramento de redes sociais: Acórdão nº 1074/2017 – Plenário TCU; 6. Concessão remunerada de uso de bem público: Acórdão nº 478/2016 - TCU 7. Serviço de gestão de folha de pagamento de órgão público: Acórdão nº 1940/2015 – Plenário do TCU; Serviços de engenharia considerados comuns: Súmula nº 257 TCU; 8. Serviço de manutenção predial: Acórdão nº 727/2009 – Plenário TCU; 9. Serviço de engenharia de manutenção do sistema de distribuição de energia elétrica: Acórdão nº 2314/2010 – Plenário do TCU; 10. Serviço de supervisão e consultoria em engenharia rodoviária: Acórdão nº 2932/2011 – Plenário do TCU. DECRETO FEDERAL 10.024/2019 PREGÃO ELETRÔNICO – CARACTERISTICAS 1. Credenciar-se, previamente, junto ao provedor do sistema eletrônico, para obtenção da senha de acesso ao sistema eletrônico de compras; 2. Remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por meio eletrônico, via Internet, a proposta e, quando for o caso, seus anexos; 3. Responsabilizar-se formalmente pelas transações efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verdadeiras suas propostas e lances, inclusive os atos pra�cados diretamente ou por seu representante, não cabendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso indevido da senha, ainda que por terceiros; DECRETO FEDERAL 10.024/2019 40 PREGÃO ELETRÔNICO – CARACTERISTICAS 4. Acompanhar as operações no sistema eletrônico durante o processo licitatório, bem como manter endereço atualizado de correio eletrônico, responsabilizando-se pelo ônus decorrente da perda de negócios diante da inobservância de quaisquer mensagens emi�das pelo sistema ou de sua desconexão; 5. Comunicar imediatamente ao provedor do sistema qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio de acesso; 6. U�lizar-se da chave de iden�ficação e da senha de acesso para par�cipar do pregão na forma eletrônica; 7. Solicitar o cancelamento da chave de iden�ficação ou da senha de acesso por interesse próprio; 8. Submeter-se às exigências da Lei Federal nº 10.520/2002 e Decreto Federal nº 10.024/2019 e, subsidiariamente da Lei Federal nº 8.666/1993, assim como aos termos de par�cipação e condições de contratação constantes do instrumento convocatório. DECRETO FEDERAL 10.024/2019 41 42 43 44 45 46 47 48 O processo rela�vo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os seguintes documentos, no mínimo: I - estudo técnico preliminar, ;quando necessário II - termo de referência; III - planilha es�ma�va de despesa; IV - previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das rubricas, exceto na hipótese de pregão para registro de preços; V - autorização de abertura da licitação; VI - designação do pregoeiro e da equipe de apoio; VII - edital e respec�vos anexos; VIII - minuta do termo do contrato, ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de registro de preços, conforme o caso; IX - parecer jurídico; X - documentação exigida e apresentada para a habilitação; XI- proposta de preços do licitante; Instrução do Pregão Eletrônico (art. 8º) FASES DO PREGÃO ELETRÔNICO (art. 8º) Instrução do Pregão Eletrônico (art. 8º) XII - Ata da sessão pública, que conterá os seguintes registros, entre outros: a) os licitantes par�cipantes; b) as propostas apresentadas; c) os avisos, os esclarecimentos e as impugnações; d) os lances ofertados, na ordem de classificação; e) a suspensão e o reinício da sessão, se for o caso; f) a aceitabilidade da proposta de preço; g) a habilitação; h) a decisão sobre o saneamento de erros ou falhas na proposta ou na documentação; i) os recursos interpostos, as respec�vas análises e as decisões; e j) o resultado da licitação; XIII - comprovantes das publicações: a) do aviso do edital; b) do extrato do contrato; e c) dos demais atos cuja publicidade seja exigida; e XIV - ato de homologação. 49 I - elaboração do estudo técnico preliminar e do termo de referência; II - aprovação do estudo técnico preliminar e do termo de referência pela autoridade competente ou por quem esta delegar; III - elaboração do edital, que estabelecerá os critérios de julgamento e a aceitação das propostas, o modo de disputa e, quando necessário, o intervalo mínimo de diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que incidirá tanto em relação aos lances intermediários quanto em relação ao lance que cobrir a melhor oferta; IV - definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, dos prazos e das condições que, pelas suas par�cularidades, sejam consideradas relevantes para a celebração e a execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração pública; e V - designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio. Planejamento da Contratação (art. 14) Art. 16. Caberá à autoridade máxima do órgão ou da en�dade, ou a quem possuir a competência, designar agentes públicos para o desempenho das funções deste Decreto, observados os seguintes requisitos: § 2º - A critério da autoridade competente, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio poderão ser designados para uma licitação específica, para um período determinado, admi�das reconduções, ou por período indeterminado, permi�da a revogação da designação a qualquer tempo Designação do Pregoeiro e equipe de apoio (art.16, §2º) § 3º Os órgãos e as en�dades de que trata o § 1º do art. 1º estabelecerão que contenham planos de capacitação inicia�vas de treinamento para a formação e a atualização técnica de pregoeiros, membros da equipe de apoio e demais agentes encarregados da instrução do processo licitatório, a serem implementadas com base em gestão por competências. Capacitação e treinamento do Pregoeiro (art.16, §3º) 2.3 - O que são os Estudos Técnicos Preliminares? A inclusão dos Estudos Preliminares como etapa do Planejamento da Contratação visa agregar valor ao futuro certame, pois compele ao responsável o conjunto de medidas preparatórias, destacando-se: a) exame da contratação anterior para iden�ficar eventuais inconsistências ocorridas; b) realização de análise de mercado para buscar a solução que melhor atenda à Administração; c) necessidade de jus�fica�vas para o parcelamento ou não do objeto; estabelecimento de método para es�mar a quan�dade e a es�ma�va de preços; d) previsão da necessidade de capacitação de servidores para atuarem nas demais fases, dentre outros, o que conduz (quando couber) à análise de viabilidade técnica e econômica acoplada à sua precípua necessidade, em momento que antecede à contratação pretendida. Estudo Técnico Preliminar (art. 14) Instrução Norma�va 05/2017 da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento 50 VALOR ESTIMADO OU VALOR MÁXIMO
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