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TSM Suporte Avançado de Vide em Pediatria (PALS) Emergências em pediatria PCR - Definição: Cessação da atividade mecânica do coração, levando incapacidade de geral debito cardíaco. É a cessação da circulação sanguínea, e se manifesta pela ausência de pulsos centrais - A principal causa de PCR em pediatria é a Hipóxia - Na pediatria dificilmente a parada é devido uma arritmia ou evento súbito. “A criança avisa quando vai parar” pois ela apresenta uma piora no seu quadro clinico progressivamente - Dois cenários de atendimento a criança com parada: extra-hospitalar(onde usa o suporte básico de vida guiado pelo AHA) e o intra- hospitalar(vai fazer o suporte avançado a vida que é o PALS) SBV - SUPORTE BÁSICO DE VIDA • Sequências de acoes a serem feitas: 1. Checar a segurança da área 2. Checar a responsividade 3. Chamar ajuda (trazer o DEA) 4. Checar pulsos e respiração (≤ 10 seg) 5. Iniciar RCP pelas compressões 1. Checar a segurança da área - A primeira regra é não se colocar em risco 2. Checar a responsividade - Comando verbal e táctil: - Nos ombros em crianças (maior de 1 ano até os primeiros sinais de puberdade pelo PALS) - Na sola dos pés em lactentes (abaixo de 1 ano de idade pelo PALS) 3. Chamar ajuda (trazer o DEA) - Direcionar o pedido de ajuda a uma pessoa especifica (apontando e comando verbal), pedir para trazer o DEA 4. Checar pulsos e respiração (≤ 10 seg) - Checar o pulso e a respiração para confirmar a PCR em 5 a 10 segundos - Pulsos centrais: - Carotídeo ou femoral em crianças - Braquial ou femoral em lactentes - Elevação do tórax (ao mesmo tempo que checar o pulso ja olha a expansibilidade do tórax da criança) ATENÇÃO Nesse momento de avaliação pode se deparar com duas situações: - Parada respiratória: Não respira ou apresenta gasping mas apresenta pulso presente (acima de 60bpm) ➔ Começa ventilações de resgate - PCR: Não respira/gasping E tem ausência de pulsos centrais ➔ iniciar RCP ATUALIZAÇÃO DO PALS 2020 Se o paciente apresentar apenas parada respiratória: - Administrar 20 a 30 ventilações por minuto, o que corresponde a aproximadamente 1 ventilação a cada 2 a 3 segundos, e checar o pulso a cada 2 minutos - A cada ventilação deve haver elevação visível do tórax - Se pulso ausente ou FC menos que 60 batimentos por minutos, com sinais de perfusão inadequada, aplicar Protocolo de RCP 5. Iniciar RCP pelas compressões - Inicie a RCP pelo C-A-B (Compressões- Abertura de vias aéreas-Ventilações) se: - Pulso ausente ou duvidosos - FC < 60 bpm • Reanimação com 1 socorrista/sozinho (30x2) - PCR presenciada: - Pode acionar serviço de emergencia antes de iniciar a RCP - Só pode deixar a vitima se não tiver ninguém ao seu redor e não tem um celular/fora de área/sem bateria (pegadinha de prova) - PCR não presenciada: - RCP por 2 minutos (5 ciclos) antes de acionar ajuda • Reanimação com 2 socorristas (15x2) - Enquanto um socorrista inicia RCP, o outro aciona o serviço de emergencia - Quando o segundo socorrista chegar a relação mudará para 15x2 • C = Compressões: - Varia conforme a faixa etária da criança - Lactente: técnica dos 2 dedos ou 2 polegares diretamente abaixo a linha inter-mamilar (técnica dos polegares se tiver 2 socorristas) - Criança: técnica de 1 ou 2 mãos, terço inferior do esterno poupando o apêndice xifóide. Depende do porte fisico da criança para saber se vai ser com uma ou duas mãos 1 TSM - Compressão bem feita: Comprimir no local correto, na velocidade correta, profundidade correta, deixar o tórax retornar a cada compressão e evitar interrupções excessivas. - Frequência que usa nas compressões é de 100-120 por minuto. Para saber tem um app chamado metromico que marca ou pelas musicas staying alive/baby shark - Deixar o tórax retornar a cada compressão - Minimizar as interrupções - Comprimir ⅓ do diâmetro entero-posterior do tórax: - Lactentes: 4 cm - Crianças: 5 cm - Adolescentes: 6 cm • A-B = Abertura de vias aéreas e ventilação - Na abertura das vias aéreas podemos fazer a elevação do mento ou a anteriorizarão da mandíbula… Em caso de trauma dar preferencia para a anteriorizarão da mandíbula - A priorização da ventilação pós-pandemia é o ambu - Uso de bolsa-válvula-mascara: - Escolha o tamanho adequado da bolsa e da máscara - Técnica do C+E • D = DEA(extra-hospitalar) - Deve ser ligado imediatamente e conectado ao paciente. A partir do momento da sua chegada, o DEA guiará todos os passos de reanimação, inclusive os tempos - Atenuador de carga nos cabos pediátricos ou pré-programada no dispositivo - Pás pediátricas até 8 anos(25 kg) - Ântero-posterior - Se tiver duvida sobre o peso e idade da criança priorize a pá adulta - Os ciclos são a cada 2 minutos do DEA SAVP - SUPORTE AVANÇADO DE VIDA PEDIÁTRICO NA PCR (PALS) - O que muda no manejo da PCR em ambiente hospitalar? Avaliação do ritmo, desfibrilação manual, manejo de vias aéreas, acesso vasculares e uso de medicações. Além de ter uma equipe para o atendimento - Priorizar a verificação do ritmo - 4 ritmos de parada: Fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso(TVSP), Assistolia e atividade elétrica sem pulso(AESP) • Ritmos de PCR - Ritmos chocáveis: FV e TVSP - Frente a esses dois tipos a conduta principal será o choque/desfibrilação, na carga inicial pediátrica é 2J/kg, aplicou o choque volta para a RCP por dois minutos, se o ritmo se manter chocável, aplica um novo choque com uma dose crescente de energia até o máximo de 10 J/kg. - Apos o segundo choque que entra a adrenalina - Apos o terceiro choque entra a segunda droga, antiarrítmico, amiodarona ou lidocaína - No desfibrilador manual (do hospital): as pás pediátricas é para < 10Kg ou < 1 ano - Ritmos não chocáveis: Assistolia e AESP - Não desfibrila o paciente - Tem a PCR inicia a RCP, verifica o ritmo, se for um AESP ou assistolia retorna as compressões e administra adrenalina precocemente(dentro dos primeiros 5 minutos e após um acesso venoso) - Protocolo de linha reta: Se tiver uma linha reta no monitor, antes de fechar diga estico de assistolia devemos analisar esse protocolo. “CaGaDa” Checar se os Cabos estão c o n e c t a d o s , a u m e n t a r o G a n h o n o desfibrilador e ver se a Derivação esta correta - A adrenalina deve ser administrada o mais precocemente possível nos ritmos não chocáveis, em até 5 minutos • Intubação - Em pacientes com via aérea avançada: - Manter compressões de 100-120 por minuto - Realizar 1 ventilação a cada 2-3 segundos - Não existe mais 15:2 nesse momento • Drogas na PCR - Adrenalina - Efeito: Vasoconstr ição mediada por receptores 𝛼-adrenérgicos, aumentando a pressão diastólica aórtica e pressão de perfusão coronária - Dose: 0,01mg/kg da solução diluída 1:10.000. COT: solução pura a 0,1mg/kg Solução diluída: 1ml adrenalina + 9ml de soro - Amiodarona - Efeito: Antiarrítmico - FV e TVPS 2 TVPS FV Assistolia AESP TSM - Dose: 5mg/kg (pode repetir 2 vezes) - Lidocaína - Efeito: Antiarrítmico - FV e TVPS - Dose: 1mg/kg • Monitorização da qualidade da RCP - Utilização do capnógrafo - Aumento súbito da onda é indicativo de RCE - P e l o PA L S - 2 0 2 0 : E m p a c i e n t e s c o m monitorização invasiva(PAI) de PA, aval da PA diastólica(no mínimo 25mmHg em lactentes e 30 mmHg em crianças) • Cuidados pós PCR: - Monitorização ventilatória - Monitorização hemodinâmica (expansão e DVA) - Monitorização neurológica(eletroencefalograma se possível) tratamento agressivo de convulsões - Controle direcionado da temperatura(prevenir/ tratar febre) - Adequação da volemia, eletrólitos e glicemia AVALIAÇÃO DA CRIANÇA GRAVEMENTE ENFERMA - Organização de atendimento e abordagem sistemática - Priorização de tratamento do que é mais grave/ o que leva a óbito primeiro - Trígono da avaliaçãopediátrica: Aparência do ponto de vista neurológico; esforço respiratório e circulação/cor - Serve para identificar uma situação potencialmente fatal, como uma PCR - Se uma criança estiver grave e não for uma PCR, você fala o ABCDE • Avaliação primária: ABCDE A. vias aéreas - Observe se há fluxo de ar nas narinas e boca - Observe se o tórax se eleva - Observe se há secreção - Atente-se à presença de escritor - Observe se ha sinais de desconforto Intervenções: - Posicione - Em caso de estridor, avalie deixar a criança em posição mais confortável - Aspire se necessário - Se inconsciência: manobras de abertura de via aérea ou dispositivo(cânula orofaringe) - Forneça oxigênio - Se trauma ➔ avalie a estabilização da cervical B. respiração - Observe a expansibilidade e sinais de esforço - Ausculte e atente-se a sons anormais - Avalie a FR (muito alta ou baixa é um sinal de alerta) - Avalie a saturação Valores de FR normais - 0 a 2 meses ➔ até 60 irpm - 2 a 11 meses ➔ até 50 irpm - 1 a 5 anos ➔ até 40 irpm Intervenções: - Forneça oxigênio (dê preferencia para dispositivos de alto fluxo no paciente grave - Av a l i e i n t e r v e n ç õ e s f a r m a c o l ó g i c a s (broncodilatador, corticoide…) - Avalie necessidade de suporte ventilatório Indicações de IOT: - Insuficiência respiratória - Neurológica (glasgow menor que 8) - Instabilidade hemodinâmica - Eletiva Materiais para IOT: - EPI - Cânula orotraqueal - Laringoscópio (menores de 4 anos a lamina reta e maiores a curva) - Coxim para posicionamento - Sonda de aspiração - Ambu e mascara + fonte de oxigênio - Ventilador montado - Sequencia rápida de intubação - Material de fixação - Material para verificar a posição da COT: estetoscópio, capnógrafo - Material de vias aéreas difícil: fio guia, mascara laríngea OBS: PALS preconiza a intubação com cânula com cuff para paciente pediátrico Escolha da cânula(COT): Com cuff: (Idade em anos/4) + 3,5 Sem cuff: (idade em anos/4) + 4 - A fixação se faz em lábio superior com um tamanho 3 vezes maior da COT Paciente entubado que deteriora subitamente tem que checar (DOPE): - D ➔ deslocamento - O ➔ obstrução - P ➔ pneumotórax - E ➔ equipamento C. circulação - Avaliação dos pulsos, temperatura de extremidades, coloração, tempo de enchimento capilar, ausculta cardíaca, pressão arterial, ficado e débito urinário - A hipotensão é um sinal tardio para o choque Hipotensão - valores: - Neonatos: PAS < 60 mmHg - 1 a 12 meses: PAS < 70 mmHg - 1 a 10 anos: PAS < 70 +(2x a idade) mmHg - > 10 anos: PAS < 90 mmHg Intervenções: - Acesso venoso preferencialmente calibroso - Não conseguiu ou esta instável usar o acesso intraósseo: - Locais: titia proximal, titia distal, fêmur distal, espinha ilíaca Antero-posterior 3 TSM - Contraindicações: fratura ou esmagamento, tentativas prévias no mesmo osso, osteogênese imperfeita - Medicações podem ser realizadas pela via endotraqueal:(VANEL) - V ➔ Vasopressina - A ➔ Atropina - N ➔ Naloxone - E ➔ Epinefrina - L ➔ Lidocaína - Dose: adrenalina 10x maior/ demais 2-3x - Pondere expansão de volume - Pondere drogas vasoativas - Antibiótico no choque séptico D. neurológico - Avalia 3 coisas: pupilas, escala de coma de glasgow ou AVDI e dextro E. exposição - Avalia lesões cutâneas, avalia presença de fraturas ou outros sinais de trauma - Avalia temperatura e controle a hipotermia • Avaliação secundária: SAMPLE - Coleta da historia de forma sintética, focada no paciente, rápida e após o exame fisico do paciente grave - S ➔ sinais e sintomas - A ➔ alergias - M ➔ medicações - P ➔ histórico medico anterior - L ➔ ultima refeição - E ➔ eventos AVALIAÇÃO DAS ARRITMIAS - Segue a avaliação ABCDE - Atente-se aos sinais de instabilidade: - Desconforto ou insuficiência respiratória - Choque (perfusão deficiente) com ou sem hipotensão - Alteração de nível consciência - Desconforto torácico em adolescentes - Colapso súbito • Bradicardia com perfusão deficiente - FC< 60bpm com repercussão hemodinâmica - Principal causa: hipoxia Conduta: - RCP se FC < 60 bpm com perfusão alterada que não respondeu a oxigenação e ventilação - Droga principal: adrenalina - Atropina se tônus vagal aumentado/bloqueio de AV - Considerar MP em bloqueios totais • Taquicardia Supraventricular - FC extremamente alta (≥ 180 bpm na criança e ≥ 220 bpm no lactente) - QRS estreito (≤ 0,09 segundos) - Intervalo R-R regular - Ondas P ausentes/anormais Conduta: - Estável: - Manobra vagal ➔ Gelo na metade superior da face por 15-20 segundos; Manobra de Valsalva em crianças maiores; Massagem do seio carotídeo em mais velhos; Não fazer pressão ocular - Adenosina 0,1mg/kg (máximo 6mg) ➔ fazer e bolus de forma rápida devido a meia vida curta, com paciente motorizado.Primeira dose de 0,1mg/kg e segunda dose de 0,2mg/kg - Instável: - Cardioversão sincronizada 0,5-1J/kg - Adenosina se acesso 4 TSM 5
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