Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UE IV – Aula 4 – Emergências Pediátricas (EaD) PALS (Suporte Avançado de Vida Pediátrica) – Atualização em RCP em Pediatria ✓ RCP em Pediatria ● PCR o Interrupção temporária das funções do coração e pulmões. o Cessação total da circulação de sangue e O2 no organismo. ● Lembrar: o PCR em pediatria geralmente não é súbita!! ▪ Na imensa maioria das vezes, criança não é vítima de mal súbito. ▪ Criança tem condições que vão precipitar essa parada, e depois que se exaurem todos os mecanismos compensatórios, a criança evolui com parada. ▪ Reconhecer os eventos que precedem a parada e intervir da maneira mais adequada para que não culmine em parada cardiorrespiratória. o Causas cardíacas em geral não são causas primárias. ▪ Maioria das vezes, criança para por quadro de choque séptico, pneumonia não tratada. ▪ Com exceção das crianças com cardiopatias, não se pensa em causas cardíacas como explicação para a parada. ● Quando iniciou-se as manobras de RCP? o 1961- Noruega – Simpósio Internacional de RCP o Onde foram lançadas as primeiras diretrizes de RCP. ✓ Etiologia da PCR em Pediatria ● Reconhecer os eventos que precedem a parada e reconhecer situações de risco que podem evoluir para PCR, e tomar medidas e condutas efetivas antes de que o evento (PCR) aconteça. ● Mais frequentes: o 1. Falência Cardiorespiratória ▪ Insuficiência Respiratória: PNM / Asma / Bronquite/ SARA. ▪ Choque: Sepse / Politrauma/ Intoxicações/ Queimaduras. ▪ Paradas em que a criança para em assistolia ou atividade elétrica sem pulso (AESP) → ritmos não chocáveis! ● Menos frequentes: o 2. Causas Cardíacas Primárias ▪ Cardiopatias Congênitas ▪ Arritmias ▪ PO cirurgia cardíaca ▪ Situações que podem causar alguma arritmia nesse paciente que já tem alguma cardiopatia prévia e levar à parada. ▪ Geralmente as paradas de causas cardíacas são PCR em que a criança para em fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular → ritmos chocáveis! ✓ Lembrar: ● Importante tratar e corrigir os eventos que precedem a PCR. ● Intervenção agressiva!!! ● Depois que a criança para, o quadro de acidose e de falência de órgãos já é intenso! → mesmo que reverta a criança, a chance dela ter sequelas posteriores e de vir a óbito é muito grande! ● Reconhecer quadro que possa preceder a PCR. ✓ Estados que precedem a PCR: ● Arritmias o Em criança previamente hígida, fala a favor de falência cardíaca. o Considerar PCR causada por arritmias entre as crianças com doença cardíaca de base (cardiopatias congênitas, miocardiopatias), e em casos de intoxicação por drogas (digitálicos). ● Falência Respiratória Iminente (ou progressiva) o Uma bradipneia intensa com alteração do nível de consciência fala a favor de uma falência respiratória. ● Bradicardia ● Hipoxemia o Uma criança extremamente agitada ou extremamente sonolenta está tendo uma disfunção neurológica por hipóxia cerebral. ● Choque Descompensado o Apesar do uso de drogas vasoativas, indica que a criança já está entrando em falência de múltiplos órgãos. ● OBS.: são quadros que mostram que a criança está entrando em falência de múltiplos órgãos. ● Situação de hipóxia, hipercapnia e acidose prolongadas progridem para bradicardia e hipotensão, podendo culminar em uma PCR. ● No ambiente pré-hospitalar, os eventos mais associados à PCR são trauma, síndrome da morte súbita do lactente (SMSL), afogamento por submersão, envenenamento, engasgo, asma grave e pneumonia. ✓ Estatísticas (taxa de sobrevivência intra-hospitalar) ● 1980 – 9% ● 1990 – 17% ● 2006 – 27% ● As taxas de sobrevivência intra-hospitalar são baixas → isso porque após a parada, a taxa realmente é baixa. ✓ Qual ritmo mais comum na PCR? ● Assistolia!! o Não há nenhuma atividade elétrica no ECG. ● FV de 5 a 15% das PCR o Importante! → lembrar que durante a RCP pode surgir uma FV. ▪ Taquicardia ventricular sem pulso também pode aparecer. ▪ Ritmos chocáveis! ● Causas cardíacas não são as principais causas de PCR em crianças → provavelmente elas não vão ter uma arritmia que leve à parada. ● A criança vai parar na hora que a musculatura cardíaca se exaurir de todos os mecanismos de defesa! ✓ Reconhecimento da PCR: ● Ausência Respostas a Estímulos o “Bate” na criança, chama por ela: não responde! ● Ausência Movimentos Respiratórios/ Gasping ● Ausência Pulsos Palpáveis ✓ O que fazer para reconhecer uma PCR? ● Perceber que o paciente não tem resposta a estímulos. ● Leigos: iniciar em pacientes inconscientes e em apneia/gasping o Não devem tentar palpar pulso. ● Profissionais da Saúde: palpar pulso – 10seg o Não palpou ou dúvida → INICIAR RCP!!!! ✓ Paciente que não se move, ganha MOV (monitorização, oxigênio e acesso venoso). ✓ Ritmos de parada ● Assistolia – ausência atividade elétrica. o É uma linha isoelétrica. ● AESP – atividade elétrica diferente de FV/TV que não produz pulsos palpáveis o Tem uma atividade elétrica mas não tem pulso. ● FV – descargas elétricas desorganizadas do miocárdio que não produzem fluxo sanguíneo. o Ventrículo fibrilando / “tremendo” → não tem contração efetiva → não gera um volume sistólico adequado; não gera onda adequada; não gera pulso. ● TVSP – taquicardia com batimentos ventriculares ectópicos que não geram pulso/QRS alargado e ausência onda P o Taquicardia ventricular sem pulso. o Aumento de FC (porque o ventrículo se contrai a todo momento) + batimentos ventriculares ectópicos → que não geram pulsos. o Não tem onda P, e o QRS é alargado. Suporte Básico De Vida ✓ Quanto mais rápido iniciar RCP → maior chance de sobrevivência. ● Quanto mais cedo tentar reverter o quadro de hipoxemia, maior chance desse paciente não evoluir a óbito/falência de múltiplos órgãos. ● Uma RCP de alta qualidade é a base tanto do BLS quando das intervenções do PALS. o Uma RCP de alta qualidade provem à criança ou ao lactente uma maior chance de sobrevivência, por promover circulação ao coração, cérebro e outros órgãos até o retorno da circulação espontânea. ✓ 1ª coisa a ser feita SEMPRE é assegurar a segurança do local! ✓ CAB (Circulação / Via Aérea / Respiração) ● Iniciar compressões torácicas → tentar manter a viabilidade da via aérea → ventilação resgate. ✓ Passos da RCP para leigos: ● 1. Checar resposta e observar se há respiração o Inconsciente/ Apneia/ Gasping – RCP!!! o Se 2 socorristas – um aciona transporte/ outro inicia RCP. ● 2. Iniciar Compressões Torácicas o 100/minuto o Profundidade: 4cm em crianças / 5cm em lactentes o Retorno total do tórax ▪ Para que a compressão gere fluxo sanguíneo e permita um retorno venoso adequado. o Compressões/Ventilação: 30/2 (1 socorrista); 15/2 (2 socorristas) o Após 2 min: se 1 socorrista, deixar paciente e acionar serviço emergência. ▪ Se 2 socorristas, um aciona. o Tentar fazer RCP em superfície rígida! ● 3. Abertura Via Aérea / Ventilação Resgate o 30 compressões ou 15 / realizar 2 ventilações. o Elevar o queixo. o Lactentes: respiração boca a boca-nariz (se o lactente for muito pequenininho). ▪ Ou respiração boca a boca. o Crianças: boca a boca. o Sempre protegido com um paninho permeável à insuflação. ● Paciente com o tórax descoberto, de preferência em uma superfície rígida. ● Profissional com os braços eretos, fazendo compressão com a técnica das duas mãos. ● Frequência de 30 compressões torácicas para 2 ventilações. o Quando for ventilar, lembrar de elevar a mandíbula do paciente. ● Só pode-se inclinar a cabeça e elevar o queixo do paciente se a PCR não for decorrente de trauma! ● Em pacientes vítimas de trauma, tentar elevar somente o ângulo da mandíbula, sem hiperestender o pescoço → para tentar preservar a coluna cervical. ✓ Passos da RCP para profissionais treinados● Particularidades ● 1. Avaliacão Inicial – além de avaliar nível consciência/ apneia/ gasping: CHECAR PULSOS! o Checar por no MÁXIMO 10 SEGUNDOS o Lactentes (até 2 anos de idade): braquial o Crianças: femoral ou carotídeo o Se não há pulso ou dúvida – iniciar a RCP. ● 2. Compressões torácicas: o Única diferença – Técnica de compressão!!! o Lactentes: regra 2 polegares (no terço inferior do esterno) e as mãos envolvendo tórax; OU técnica dos 2 dedos (geralmente é menos efetiva que a técnica dos 2 polegares). ● 3. Abertura Via Aérea e Ventilação o Elevação do queixo o Se suspeita de trauma de coluna cervical, fazer apenas a tração da mandíbula. ▪ NÃO ELEVAR o queixo. ▪ OBS.: se falha abertura via aérea: manobra elevação queixo o Ventilação Boca-Boca ou máscara silicone. ▪ Ambiente pré-hospitalar. o Ventilação Bolsa-Valva-Máscara (AMBU) ▪ Ambiente intra-hospitalar ou em ambulância. ▪ A máscara deve envolver a boca e o nariz da criança (posição C-E das mãos, sem comprimir os olhos e ao mesmo tempo sem permitir o escape de ar). ● 4. Desfibrilação o Ligar o DEA. o Pás/eletrodos no tórax da vítima. o Uma pá na borda esternal superior direita/ a outra pá no mamilo esquerdo ▪ OU posição AP (anteroposterior) em crianças pequenas (uma dessas pás). o Pele deve estar seca. o Se choque indicado → afastar todos da vítima. o Aplicar choque e iniciar novo ciclo de RCP por 2 minutos. o Após 2 minutos → verificar pulso e indicação de novo choque (avaliar ritmo). o 0 a 8 anos → DEA com atenuador de carga → caso não tenha DEA com atenuador de carga, usar com carga normal. ✓ Situações que o socorrista treinado pode identificar: ● 1. Respiração Inadequada com pulso o Aplicar ventilação com pressão positiva (VPP; 12 a 20 por minuto) até a respiração normal estar estabelecida e checar pulsos a cada 2 minutos. ▪ Se não estiver tendo pulso, fazer a RCP. ● 2. Bradicardia (FC <60) + sintomas de má perfusão o TEP > 3s, disfunção neurológica, sem nível de consciência adequado. o Fazer VPP vedando corretamente, fazendo ventilação por ~2 mins. o Caso persista após VPP adequada → iniciar compressão torácica. ● Na reanimação neonatal, do RN, as compressões torácicas com ventilação serão sempre 3:1. o Na RCP neonatal, mesmo após ter intubado o paciente, vai manter essa relação. ● Na pediatria: o Tendo um socorrista, são 30 CT: 2 V. o Tendo 2 socorristas, são 15:2. ● Na pediatria, após ter intubado o paciente, não há ordem de relação compressão:ventilação. ● Importante: escolher o tubo para estabelecer via aérea definitiva! o Tubo sem cuff: idade do paciente /4 + 4 o Tubo com cuff: idade/4 + 3,5 ● A fixação do tubo = número da cânula X 3. ● Em neonatologia: o RN: cânula 3 ou 3,5 (geralmente). o Prematuro: cânula 2,5 ou 2 o Fixação da cânula = peso do paciente + 6 ✓ BLS para crianças (1 ano até a puberdade) ● BLS por 1 socorrista – CRIANÇAS: o Se você está sozinho com uma criança (vítima), seguir a sequência: o 1. Agitar o ombro e falar em voz alta para a criança para determinar se eles são responsivos. o 2. Avaliar se eles estão respirando. o 3. Se a criança não responde e não está respirando (ou só é ofegante/gasping), gritar por socorro. Se alguém responde, enviar a segunda pessoa a ligar para o 192 e para obter um DEA. o 4. Sinta o pulso carotídeo da criança (no lado do pescoço) ou pulso femoral (na parte interna da coxa, no vinco entre a perna e virilha) por não mais do que 10 segundos. o 5. Se você não pode sentir o pulso (ou se não tiver certeza), iniciar a RCP, fazendo 30 compressões seguidas por duas respirações. Se você pode sentir o pulso, mas a taxa de pulso é inferior a 60 batimentos por minuto, você deve começar a CPR. Essa taxa é muito lenta para uma criança. o 6. Depois de fazer RCP por cerca de dois minutos (geralmente cerca de 5 ciclos de 30 compressões e 2 respirações) e se a ajuda não chegou, chamar EME (equipe médica de emergência) enquanto permanecer com a criança. Obter um DEA se você sabe onde fica. o 7. Use e siga as determinações do DEA quando disponível, continuando a PCR até a chegada da EME ou até que a condição da criança se normalize. ● BLS por 2 socorristas – CRIANÇAS: o Se você não está sozinho com uma criança (vítima), siga a sequência: o 1. Agitar o ombro e falar em voz alta para a criança para determinar se eles são responsivos. o 2. Avaliar se eles estão respirando. o 3. Se a criança não responde e não está respirando (ou só é ofegante/gasping), enviar o segundo socorrista a ligar para o 192 e conseguir um DEA. o 4. Sinta o pulso carotídeo da criança (no lado do pescoço) ou pulso femoral (na parte interna da coxa, no vinco entre a perna e virilha) por não mais do que 10 segundos. o 5. Se você não pode sentir o pulso (ou se não tiver certeza), iniciar a RCP, fazendo 30 compressões seguidas por duas respirações. Se você pode sentir o pulso, mas a taxa de pulso é inferior a 60 batimentos por minuto, você deve começar a CPR. Essa taxa é muito lenta para uma criança. o 6. Quando o segundo socorrista retorna, iniciar a RCP realizando 15 compressões por um socorrista e duas respirações pelo segundo socorrista. o 7. Use e siga as determinações do DEA quando disponível, continuando PCR até a chegada da EME ou até que a condição da criança se normalize. ✓ BLS para lactentes (0 a 12 meses de idade): ● Praticamente idêntica ao BLS de crianças (1 ano até a puberdade) → principais diferenças: o Checar o pulso no lactente usando a artéria braquial, no interior do braço entre o cotovelo e o ombro da criança. o Durante a RCP, as compressões torácicas no lactente podem ser feitas usando a técnica dos 2 dedos (indicador e médio; para 1 socorrista) ou a técnica dos 2 polegares e as mãos em círculos (se tem 2 socorristas e as mãos dos socorristas forem grandes o bastante para envolver o tórax do lactente). o A profundidade da compressão deve ser de 1/3 da profundidade do tórax do lactente; para a maioria dos bebês, isso corresponde a 4 cm (ou 1,5 polegada). o Em lactentes, não são comuns eventos cardíacos primários. Usualmente, a parada cardíaca será precedida por problemas respiratórios. ● BLS por 1 socorrista – LACTENTES: o Se você está sozinho com um lactente (vítima), siga a sequência: o 1. Agitar o ombro e falar em voz alta para o lactente para determinar se eles são responsivos. o 2. Avaliar se eles estão respirando. o 3. Se o lactente não responde e não está respirando (ou só é ofegante/gasping), gritar por socorro. Se alguém responde, enviar a segunda pessoa a ligar para o 192 e para obter um DEA. o 4. Sinta o pulso femoral ou braquial do lactente por no máximo 10 segundos. o 5. Se você não pode sentir o pulso (ou se não tiver certeza), iniciar a RCP, fazendo 30 compressões seguidas por duas respirações. Se você pode sentir o pulso, mas a taxa de pulso é inferior a 60 batimentos por minuto, você deve começar a CPR. Essa taxa é muito lenta para um lactente. Para fazer uma RCP em um lactente, siga os passos: ▪ A. Tenha certeza de que o lactente está em decúbito dorsal em uma superfície rígida. ▪ B. Usando a técnica dos 2 dedos, faça compressões no centro do tórax do lactente; não pressione a região finas do esterno pois pode causar lesões ao lactente. ▪ C. A profundidade da compressão deve ser por volta de 4 cm (1,5 polegada) e pelo menos 100 a 120 CT por minuto. o 6. Depois de fazer RCP por cerca de dois minutos (geralmente cerca de 5 ciclos de 30 compressões e 2 respirações) e se a ajuda não chegou, chamar EME (equipe médica de emergência) enquanto permanecer com o lactente. Obter um DEA se você sabe onde fica. o 7. Use e siga as determinações do DEA quando disponível, continuando a PCR até a chegada da EME ouaté que a condição do lactente se normalize. ● BLS por 2 socorristas – LACTENTES: o Se você não está sozinho com um lactente (vítima), siga s sequência: o 1. Agitar o ombro e falar em voz alta para o lactente para determinar se eles são responsivos. o 2. Avaliar se eles estão respirando. o 3. Se o lactente não responde e não está respirando (ou só é ofegante/gasping), gritar por socorro. Se alguém responde, enviar a segunda pessoa a ligar para o 192 e para obter um DEA. o 4. Sinta o pulso femoral ou braquial do lactente por no máximo 10 segundos. o 5. Se você não pode sentir o pulso (ou se não tiver certeza), iniciar a RCP, fazendo 30 compressões seguidas por duas respirações. Se você pode sentir o pulso, mas a taxa de pulso é inferior a 60 batimentos por minuto, você deve começar a CPR. Essa taxa é muito lenta para um lactente. o 6. Quando o segundo socorrista retorna, iniciar a RCP realizando 15 compressões por um socorrista e duas respirações pelo segundo socorrista. Se as mãos do segundo socorrista puderem envolver o tórax do lactente, fazer a RCP com a técnica dos 2 polegares. Não pressione na região final do esterno pois pode lesionar o lactente. o 7. A profundidade da compressão deve ser por volta de 4 cm (1,5 polegada) e pelo menos 100 a 120 CT por minuto. o 8. Use e siga as determinações do DEA quando disponível, continuando a PCR até a chegada da EME ou até que a condição do lactente se normalize. Suporte Avançado De Vida ✓ Mesmos princípios do SBV. ✓ Ambiente Hospitalar ● Mais recursos e monitorização ● Mais opções terapêuticas ✓ CAB continua! ✓ Avaliação Inicial: ● Ausência de: o Resposta a estímulos (vocativos, toque) o Respiração ou gasping o Pulsos não palpáveis (por mais de 10 segs) ▪ Em lactentes: pulso braquial. ▪ Em crianças: pulso carotídeo ou femoral. ● INICIAR RCP! ✓ ECG + OXIMETRIA DE PULSO ✓ Pulsos (10 segundos): ● Lactentes – Braquial ● Crianças – Femoral ou Carotídeo ✓ “Quem não se move – ganha MOV!” ✓ Compressões torácicas ● Iniciar com primeiro socorrista ● Segundo socorrista faz a ventilação bolsa máscara ● Outros socorristas: o Monitorização o DEA/Acesso Venoso ▪ Mais do que 3 tentativas de punção periférica com intervalo de 20 segundos sem sucesso → indicada punção intraóssea com agulha específica. ▪ Quando não tem agulha intraóssea no serviço, pode fazer com uma agulha 40/12. ▪ Principal local de punção intraóssea = tuberosidade da tíbia. ▪ Ou maléolo medial, ou no ísquio (bacia/ quadril). o Medicações ● Técnica – igual SBV ● 100 compressões/minuto ● Recuo total do tórax ● 15:2 (2 socorristas) o 15 compressões para 2 ventilações de resgate. ✓ Vias aéreas e ventilação ● Abrir e posicionar vias aéreas (igual SBV). ● Na suspeita de trauma de coluna, só anteriorizar a mandíbula. ● Empurrar o queixo do paciente e tracionar a região da cabeça para abrir a via aérea. ● Profissional da Saúde → Dispositivos que ajudam a abrir a via aérea: o Cânula de Guedel (cânula orofaríngea) ▪ Principal função = não deixar a língua do paciente anteriorizar. ▪ Antes tem que medir a cânula de Guedel para ver se ela vai ser adequada para o paciente. ▪ A porção mais redonda fica na frente. ▪ A porção mais encurvada vai ficar posicionada dentro da via aérea do paciente. ▪ A medida da cânula de Guedel tem que ir +- até o ângulo da mandíbula. ▪ Se a medida for menor do que a distância até o ângulo da mandíbula → não vai conseguir vedar totalmente a língua do paciente → a cânula pode até atrapalhar na permeabilidade da via aérea. ▪ USADA EM crianças que estão sob risco de desenvolver obstrução de vias aéreas por causa da língua ou por relaxamento da musculatura respiratória superior. ▪ NÃO USAR EM: pacientes conscientes ou semiconscientes pelo risco de provocar vômitos, aspiração e espasmo laríngeo. ◊ Se o paciente tem reflexo de tosse ou vômito → NÃO é indicado seu uso. o Máscara Laríngea – dispositivo supraglótico ▪ Fica localizado acima da glote → vai obstruir o esôfago e facilitar a ventilação do paciente. ▪ Nas vias aéreas difíceis, em que não se consegue fazer a intubação. ▪ Direciona o fluxo de ar direto para o pulmão, porque obstrui a luz do esôfago. ▪ Não tem risco de aspiração de retorno de conteúdo gástrico para a via aérea. ▪ Seletiva o oxigênio para a luz da traqueia. ● Quando usar máscara laríngea? o Ventilação bolsa-máscara ineficiente. o Quando IOT não é possível. ● Fornecer O2 a 100% durante a PCR. ● Tamanho máscara adequada à criança; ausência escape de ar. ● Reservatório do dispositivo bolsa-válvula-máscara o Não pode ter vazamento ou furo. ● CHECKLIST DOS MATERIAIS! o Feito pela equipe. ● IOT (intubação orotraqueal): o É o manejo da via aérea definitiva. o É importante que seja realizada por profissional com treinamento adequado e experiência. o Sem sedação, analgesia e bloqueio neuromuscular → porque o paciente já está parado! o Manobra de Sellick: visualização da glote, para prevenir aspiração. ▪ Anteriorizar a epiglote, comprimindo a cartilagem cricoidea → obstruindo a luz do esôfago. o Com o polegar e o indicador, comprimir a cartilagem cricoidea → empurrando-a em direção posterior, de modo a obstruir a luz do esôfago e anteriorizar a epiglote. ● Tubo endotraqueal o Considerações sobre o tubo: ▪ Fazer a regra de tamanho do tubo (sem cuff e com cuff). ▪ Sempre ter um tubo de diâmetro 0,5mm menor e 0,5mm maior. ▪ Cuff em maiores de 8 anos ou com doença pulmonar grave. ▪ Função do cuff: ao ser insuflado, fazer uma vedação maior na via aérea infraglótica → diminuindo o escape de ar e melhorando a ventilação do paciente. ▪ Cuff vai ser usado principalmente em paciente que ter algum problema pulmonar. ▪ Paciente que é IOT por conta de politrauma ou TCE (por ex.), que não tenha nada no pulmão, pode ser intubado sem cuff, porque não precisa de grandes pressões para ventilar esse paciente. o Capnógrafo ▪ Capnografia = padrão ouro para confirmação do tubo. ▪ Dispositivo instalado entre o tubo e a bolsa de ventilação; é ligado ao monitor e mede a taxa de CO2 exalado. ▪ Vai ter a curva no monitor de CO2 → confirma que o paciente está intubado. ✓ LEMBRAR: após via aérea segura, não há sincronização massagem/ventilação (em pediatria). o OBS.: em neonatologia, continua sendo 3CT:1V. ✓ OBS.: Se após a correta intubação e posicionamento, o paciente apresentar deterioração clínica, pensar nas seguintes possibilidades (DOPE): ● D (Displacement) – deslocamento do tubo; ● O (Obstruction) – obstrução do tubo por secreções, ou hemorragia; ● P (Pneumothorax) – pneumotórax; ● E (Equipment Failure) – falência do ventilador mecânico. ✓ Acesso venoso ● Periférico o 3 tentativas com 20 segundos entre elas, sem sucesso → PIO. o Locais preferenciais: fossa cubital e veias safenas. o É preferível em relação ao central na primeira abordagem da RCP → central demanda experiência do profissional e tempo. ● Punção intraóssea (PIO): face anterior da tíbia. o Com agulha de intraóssea ou agulha 40/12. o Vai fazendo movimentos de rotação com uma certa pressão no osso → causa uma fratura na tuberosidade anterior da tíbia, sente a perda de resistência do osso → vê o sangue voltando (porque é a medula óssea). o É um acesso do tipo central, capas de fornecer grandes volumes. o Geralmente não deixa passar de 24h com o acesso intraósseo. o Toda medicação que pode ser administrada via endovenosa também pode ser administrada via intraóssea, não sendo necessário ajuste de dose! o Contraindicações: fratura óssea, história de malformação óssea, e infecção no local de inserção. o OBS.: é 1ª opção de acesso venoso em lactentes pequenos < 1 ano → acesso venoso periféricopode ser mais difícil e demorado. ● Endotraqueal o Pode ser utilizado como via de administração de drogas lipossolúveis (ANEL): atropina, naloxona, epinefrina e lidocaína. o Durante a RCP, é necessário cessar as compressões rapidamente e administrar o fármaco e, na sequência, um flush de solução salina de 5 mL e posterior ventilação com pressão positiva. ✓ Desfibrilação ● Fibrilação ventricular (FV) ● Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) ● Desfibrilar o paciente que está em FV ou TVSP = ritmos chocáveis! ● Assistolia e atividade elétrica sem pulso (AESP) = ritmos não chocáveis. ● Durante a RCP, a cada 2 mins checar o ritmo do paciente, e o paciente que estava em AESP ou assistolia em algum momento pode apresentar um ritmo chocável → chocar! ● Critérios para uso do DEA: o Irresponsividade depois de agitar e gritar. o Sem respiração ou com respiração inefetiva. o Sem pulso da artéria carótida detectado. ● Tamanho das pás: o Pediátricas (menor 10 kg) o Adultos (maior 10 kg) ● Gel para lubrificar pás ● Posição: o Direito – tórax superior (logo abaixo da clavícula). o Esquerdo – ao nível do mamilo esquerdo ● Dose: começar com 2J/kg → vai aumentando 2 J/kg a cada nova desfibrilação (a próxima seria 4J/kg) → na outra 6 J/kg → podendo chegar até 9 a 10 J/kg. ✓ Sequência desfibrilação/RCP: ● 1. FV ou TVSP (ritmos chocáveis) ● 2. Aplicar choque (2 J/kg) e iniciar RCP por 2 mins. o Não é desfibrilar e checar ritmo → tem que esperar 2 minutos. ● 3. Checar pulso e ECG – FV/TVSP – 4 J/kg. ● 4. RCP em ciclos de 2 minutos /Adrenalina 3 a 5 minutos o Adrenalina = droga usada em PCR. o Na imensa maioria das vezes só se usa ela. o Já deixar pronta uma ampola de adrenalina com 9 mL de água → aplicar 0,1 mL/kg. ● 5. FV/TVSP – 4 a 10 J/kg. ● 6. Durante RCP – Amiodarona/Lidocaína o Não dá adrenalina agora porque tem que esperar de 3 a 5 minutos como intervalo entre os ciclos. ● 7. Ritmo sinusal + Pulso → cuidados pós-PCR. ● 8. Assistolia ou AESP → RCP + Adrenalina ✓ Medicamentos na PCR ● Adrenalina: o Alfa-adrenérgico o Função = melhorar a perfusão coronariana o 0,01 mg/kg (0,1mL/kg) EV ▪ 1:10000 ▪ Máximo 1 mg/dose – 3 a 5 mins ▪ 1 ampola de adrenalina (1 mL) + 9 mL de água destilada → deixa a seringa de 10 mL preparada → vai fazendo 0,1 mL/kg. o 0,1 mg/kg (0,1 mL/kg) ET (endotraqueal) ▪ 1:1000 ▪ Adrenalina não diluída. ▪ Preconizado fazer uma única vez. o OBS.: não administrar com soluções alcalinas (ex. bicarbonato) → inativam as catecolaminas. ● Amiodarona: o Escolha na FV/TVSP o 5mg/kg (até no máximo 3x na RCP) o Máximo 300 mg. o Diminui a velocidade de contração atrioventricular, prolonga o intervalo QT e diminui a condução ventricular, aumentando o QRS. o ATENÇÃO: pode causar hipotensão pelo efeito vasodilatador, bradicardia e torsade de pointes. É importante monitorizar eletrocardiograma e pressão arterial. ● Lidocaína: o Segunda escolha FV/TVSP o 1 mg/kg. o Droga antiarrítmica; bloqueia canais de sódio. o Indicada na TVSP, mas não é tão eficaz quanto a amiodarona. o ATENÇÃO: toxicidade miocárdica. ● Glicose o Chegar glicemia na RCP e tratar hipoglicemia imediatamente. o Dose: 0,5 a 1 g/kg IV/IO, glicose a 25%. DROGA USO PRINCIPAL NO PALS DOSE PEDIÁTRICA (IV/IO) NOTAS Adenosina Taquicardia supraventricular 1ª dose: 0,1 mg/kg (dose máxima 6 mg). 2ª dose: 0,2 mg/kg (dose máxima 12 mg). Bolus rápido IV/IO (sem ET); Lavar (flush) com solução salina; Monitorar ECG e BP. Amiodarona Taquiarritmia 5 mg/kg durante 20 a 60 minutos Meia vida muito longa; Monitorar ECG e BP. Atropina Bradicardia 0,02 mg/kg ET: 0,03 mg/kg Repetir 1x se necessário (Dose única máxima 0,5 mg) Também é usada para tratar toxinas específicas (ex. envenenamento por organofosfato). Epinefrina (adrenalina) Parada cardíaca/ choque IV/IO: 0,01 mg/kg [1:10.000] (dose máxima 1 mg) ET: 0,1 mg/kg [1:1.000] (dose máxima 2,5 mg) Múltiplos usos, múltiplas rotas. Repetir a cada 3 a 5 minutos, se necessário. Glicose Hipoglicemia 0,5 a 1 g/kg RN: 5 a 10 mL/kg D10W Lactentes/crianças: 2 a 4 mL/kg D25W Adolescentes: 1 a 2 mL/kg D50W Lidocaína Taquiarritmia Inicial: 1 mg/kg Infusão: 20 a 50 mcg/kg/min (dose máxima 100 mg) ET: 2 a 3 mg Sulfato de Magnésio Torsade de Pointes Asma refratária 20 a 50 mg/kg durante 10 a 20 min (dose máxima 2g) Pode correr mais rápido para Torsades. Milrinona Choque cardiogênico Inicial: 50 mcg/kg durante 10 a 60 min Manutenção: 0,5 a 0,75 mcg/kg/min Tempos de infusão mais longos e euvolemia reduzem o risco de hipotensão. Naloxona Reversão opioide Menos que 5 anos OU < 20 kg: 0,1 mg/kg Acima de 5 anos OU > 20 kg: 2 mg IV q 2 a 3 min Reduzir a dose para reverter depressão respiratória, devido ao uso de opiode terapêutico (1 a 5 mcg/kg; titular ao efeito) Procainamida Taquiarritmia 15 mg/kg durante 30 a 60 min NÃO usar com amiodarona; Monitorar ECG e BP. Bicarbonato de Sódio Acidose metabólica 1 mEq/kg em bolus lento (doe máxima 50 mEq) Monitorar gasometria arterial e ECG; Após ventilação adequada. ✓ Considerações sobre PCR em neonatos: ● 1. 3 CT:1 V e não 15 CT:2 V. ● 2. Sincronizar sempre compressão/ventilação. ● 3. ABC e não CAB o Porque as paradas são na imensa maioria das vezes por causas respiratórias, e não por causas cardíacas. ● 4. Se RN cardiopata → CAB! ✓ Cuidados pós-RCP ● Dano neurológico o Tentar minimizar essas sequelas. ● Órgãos nobres o A falência de órgãos nobres pós-parada é evidente. o Ex. insuficiência renal. ● Tratar doença base (que levou o paciente à parada). ● Estabilizar função cardiorrespiratória o Ao alcançar essa estabilização, vai melhorar as trocas gasosas, e consequentemente melhorar a perfusão dos órgãos nobres. ● Controle glicêmico: hipo/hiperglicemia ● DHE ● Suporte ventilatório/sedação/analgesia ● Acesso Central / PVC/ Saturação venosa central ● Drogas Vasoativas ● Tratar convulsões ● Evitar hipertermia ● Hipotermia –casos selecionados (comatosos pós PCR)
Compartilhar