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Pincel Atômico - 29/09/2023 21:18:21 1/4 GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR Exercício Caminho do Conhecimento - Etapa 12 (18163) Atividade finalizada em 29/09/2023 21:12:36 (1174192 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: PRÁTICA PEDAGÓGICA INTERDISCIPLINAR: FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA [868608] - Avaliação com 8 questões, com o peso total de 3,33 pontos [capítulos - 6] Turma: Segunda Graduação: Segunda Graduação 6 meses - Licenciatura em História - Grupo: FPD-MAIO2023 - SGegu0A250523 [92530] Aluno(a): 91472064 - GILDOMIR SIMÕES SUCUPIRA JUNIOR - Respondeu 8 questões corretas, obtendo um total de 3,33 pontos como nota [355760_570 14] Questão 001 Leia. A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação aos conteúdos do enunciado acima. A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, sustenta uma suposta convivência pacífica e democrática entre os negros, indígenas e brancos europeus, de modo a sustentar a política de cotas raciais. A teoria desenvolvida por Gilberto Freyre contribui para explicar a diferença entre os níveis de violência racial ocorridos nos EUA e no Brasil, bem como sustenta teoricamente a política de cotas raciais adotada em nosso país. A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. A política de cotas raciais, nesse sentido, visa validar a teoria de Freyre. A teoria da democracia racial de Freyre tem por princípio desvelar todas as formas de violência de brancos contra negros no Brasil, amparando teoricamente a adoção de cotas raciais como forma de compensação histórica. X A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, mascara em grande medida a violência praticada por brancos contra negros no Brasil, sustentando de certo modo parte das críticas atribuídas à adoção de cotas raciais no país. [355760_557 53] Questão 002 Para Caio Prado Júnior, a formação brasileira se completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade social - o oposto da interligação com objetivos internos - trazida da colônia. Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passamos a Sérgio Buarque de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante, na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que a nação não se completa enquanto as alavancas de comando, principalmente econômico, não passarem para dentro do país. Como para outros dois, a conclusão do processo encontra-se no futuro, que agora parece remoto. Schwarz, R. Sequências brasileiras. SP: Cia das Letras. O que une as visões desses autores sobre o Brasil é a noção de que o presente que importa. a noção de que o futuro tem que ser construído. a premissa de que o passado deve ser desprezado. X a ideia de que nosso passado é de que só a superação de nosso atraso construirá um futuro melhor. a ideia de que nosso passado tem que ser valorizado. Pincel Atômico - 29/09/2023 21:18:21 2/4 [355760_596 19] Questão 003 Leia o texto para responder às questões 6 e 7. “O desenvolvimento de diferentes áreas de estudo e a sofisticação das pesquisas elaboradas tornam complexa a tarefa de mapear as diversas tendências históricas que se entrecruzam no país, marcadas por uma grande variedade e riqueza, desde então. Das questões femininas e do gênero à masculinidade, da sexualidade às relações raciais, da história do público ao privado, da ciência à religiosidade e à magia, da cultura erudita à cultura popular e à mídia, da história social à história cultural, assistimos a uma crescente produção acadêmica, criativa, instigante e polêmica, nas últimas décadas. De modo geral, essa produção acadêmica procura acompanhar e atualizar-se com os desenvolvimentos teóricos e temáticos que se produzem no exterior, em especial, na França, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, de onde vêm nossas principais referências teóricas, metodológicas e temáticas. Contudo, também fica clara a preocupação de trabalharem-se as especificidades locais das experiências históricas tal qual se constituem no país, nos diferentes estados, cidades e municípios e outras regiões, diferindo radicalmente, daquelas vivenciadas em outros contextos históricos. Segundo o texto, a pluralização das abordagens e temáticas que a historiografia brasileira passou nos anos 1990 se deveu ao fato de X os historiadores brasileiros procurarem se atualizar e acompanhar as mudanças ocorridas na historiografia produzida em outras partes haver uma demanda por diversidade e novas narrativas advindas dos movimentos sociais haver internacionalização das instituições de ensino superior no Brasil, grandes produtoras de conhecimento histórico. modelos historiográficos desenvolvidos pelos próprios historiadores brasileiros terem sido apropriados pela historiografia estrangeira os historiadores perceberem que seria impossível produzir conhecimento histórico sem dialogar com cidades, regiões e estados [355760_570 15] Questão 004 Leia o texto. Revendo a historiografia do século XIX aparecida no Brasil nas quatro décadas posteriores à Primeira Grande Guerra, salientam-se três fatores. Em primeiro lugar, a produção foi grande, comparada com a dos períodos anteriores. Depois, não apenas historiadores, mas, também economistas, antropólogos e sociólogos contribuíram para a apresentação de trabalhos históricos. Por fim, os textos foram mais analíticos que narrativos, refletindo a crescente profissionalização do mister do historiador. STEIN, Stanley. A historiografia do Brasil 1808-1889. In: Revista de História. V. 29 N. 59, 1964. p. 81. Em relação à escrita da história no Brasil feita entre os anos 1920 e 1950, a leitura do texto sugere que o ofício do historiador estava sendo mais valorizado socialmente. havia baixo grau de especialização entre historiadores, já que economistas e antropólogos também escreviam. que a guerra teve impacto fundamental no aumento da especialização do historiador. as fronteiras entre história e outras ciências sociais eram pouco definidas. X o Brasil passava por um processo de crescente especialização dos historiadores. http://www.revistas.usp.br/revhistoria/issue/view/9204 http://www.revistas.usp.br/revhistoria/issue/view/9204 Pincel Atômico - 29/09/2023 21:18:21 3/4 [355760_557 49] Questão 005 A teoria da democracia racial, derivada a partir da hipótese de pesquisa desenvolvida por Gilberto Freyre, principalmente com sua obra “Casa-Grande e Senzala”, pode ser relacionada à política de cotas implementada nos institutos federais a partir da Lei 12.711 de 29 de agosto de 2012. Dentre as opções abaixo, marque a CORRETA em relação ao conteúdo do enunciado acima. A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. A política de cotas raciais, nesse sentido, visa validar a teoria de Freyre. A teoria desenvolvida por Gilberto Freyre contribui para explicar a diferença entre os níveis de violência racial ocorridos nos EUA e no Brasil, bem como sustenta teoricamente a política de cotas raciais adotada em nosso país. A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, sustenta uma suposta convivência pacífica e democrática entre os negros, indígenas e brancos europeus, de modo a sustentar a política de cotas raciais. A teoria da democracia racial de Freyre tem por princípiodesvelar todas as formas de violência de brancos contra negros no Brasil, amparando teoricamente a adoção de cotas raciais como forma de compensação histórica. X A teoria da democracia racial, derivada da obra de Freyre, mascara em grande medida a violência praticada por brancos contra negros no Brasil, sustentando de certo modo parte das críticas atribuídas à adoção de cotas raciais no país. [355760_570 11] Questão 006 Leia. Já se disse, numa expressão feliz, que a contribuição brasileira para a civilização será de cordialidade - daremos ao mundo o “homem cordial”. A lhaneza [afabilidade] no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro, na medida, ao menos, em que permanece ativa e fecunda a influência ancestral dos padrões de convívio humano, informados no meio rural e patriarcal. Seria engano supor que essas virtudes possam significar “boas maneiras”, civilidade. São antes expressões de um fundo emotivo extremamente rico e transbordante. Nossa forma ordinária de convívio social é, no fundo, justamente o contrário da polidez. HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pp. 146-147. Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda utiliza o conceito de “homem cordial para indicar como a cordialidade foi imprescindível para a consolidação da democracia no Brasil, criando instituições marcadas pelas relações familiares e pessoais. para descrever o modo de ser de todo brasileiro, isto é, um indivíduo afetuoso e acolhedor, características elogiadas pelos estrangeiros que visitam o país. como fruto da análise da psicologia do brasileiro, por meio da qual busca estabelecer os traços genéricos da cultura nacional. como um tipo ideal, sem existência efetiva; com esse conceito, busca compreender a conduta dos agentes sociais sem pretender fixar um caráter nacional. X para definir o caráter nacional brasileiro, cuja origem encontra-se em nossos ancestrais ibéricos. Pincel Atômico - 29/09/2023 21:18:21 4/4 [355762_596 20] Questão 007 Julgue as alternativas abaixo sobre a historiografia brasileira dos anos 1970. I- A história tornou-se objeto de saber relevante para vários intelectuais das mais diferentes universidades brasileiras. II- Os estudos históricos estavam sob tutela da ditadura militar e só no fim da década ganharam alguma autonomia. III- Mesmo sob tutela, essa década marcou as primeiras ações de uma nova historiografia no Brasil com temas, propostas e objetos diferentes. As alternativas corretas são somente I e II somente I. X I, II e III. somente II somente I e III [355762_596 17] Questão 008 Leia o texto. É Francisco Adolfo Varnhagen que, em carta ao imperador dom Pedro lI, explicitaria os fundamentos definidores da identidade nacional brasileira enquanto herança da colonização europeia. Diz ele a propósito do posicionamento de sua obra História Geral do Brasil frente à discussão do problema nacional: "Em geral busquei inspirações de patriotismo sem ser no ódio a portugueses, ou à estrangeira Europa, que nos beneficia com ilustração; tratei de pôr um dique à tanta declamação e servilismo à democracia; e procurei ir disciplinando produtivamente certas ideias soltas de nacionalidade . . .” GUIMARÃES, Manoel Salgado. Nação e civilização nos trópicos: O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, nº 1, 1998, p. 6. Varhagem é considerado o “pai da história” no Brasil. Segundo o texto, a característica marcante da historiografia produzida no Segundo Reinado foi a ideia de que era preciso avançar na pauta democrática para consolidar a nacionalidade brasileira a alegação de que o patriotismo seria o traço definidor da nacionalidade brasileira. X a defesa do legado colonial português na formação da nacionalidade brasileira que a obra História Geral do Brasil teve papel secundário na definição da nacionalidade brasileira. a repulsa ao elemento estrangeiro, notadamente o português na formação da nacionalidade