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PREVALÊNCIA DO AME EM CRIANÇAS MENORES DE 6 MESES NAS REGIÕES DO BRASIL ENTRE 2017 A 2021

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PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO EM CRIANÇAS
MENORES DE SEIS MESES NAS REGIÕES DO BRASIL ENTRE 2017 A 2021 
1Byanca Rodrigues Carneiro; 2Lisandra Mikaely Barboza da Silva; 3Antonia Isabelly Monteiro dos Anjos; 4Catarine Santos da Silva.
E-mail: bycarneiro@gmail.com 
INTRODUÇÃO
O Aleitamento Materno Exclusivo (AME) é definido como sendo 
a oferta de apenas leite materno à criança durante os seis primeiros 
meses de vida, não sendo necessário a oferta de nenhum outro líquido 
(WHO, 2017; BRASIL, 2015).
Os indicadores de aleitamento materno ainda apresentam baixa 
prevalência no Brasil, estudos vêm evidenciando que o país vem 
obtendo avanços no que se refere a um aumento. De acordo com o
Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI), foram
avaliadas 14.505 crianças menores de 5 anos de idade entre fevereiro
de 2019 e março de 2020, em 123 municípios brasileiros. A pesquisa
em questão mostrou que 45,7% das crianças menores de 6 meses são
amamentadas exclusivamente com leite materno. Já nas menores de 4
meses apenas 60% estavam em AME. E no que se refere às crianças
que continuam sendo amamentadas no primeiro ano de vida, apenas
53% das crianças avaliadas ainda recebiam leite materno (BRASIL,
2020).
O monitoramento dos indicadores que envolvem o AME é
importante, e possibilita saber a prevalência e diagnosticar sua
situação atual para assim serem traçadas estratégias para o
fortalecimento, promoção e proteção do aleitamento materno.
Avaliar a prevalência do AME em crianças menores de seis 
meses acompanhadas na atenção básica pelo Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN) nas regiões brasileiras no
quinquênio de 2017 a 2021. 
MÉTODO
Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, cuja variável de
estudo foi o AME de crianças menores de seis meses nas cinco regiões
brasileiras. Os dados foram obtidos no Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN), através do acesso aos relatórios
públicos de marcadores de consumo alimentar no SISVAN-Web, no
qual foram obtidos os dados referentes ao quinquênio de 2017-2021.
Os percentuais de AME de cada região foram classificados de
acordo com os indicadores de classificação do AME em menores de
seis meses propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em
2008 (BRASIL, 2015) que classifica a situação do percentual de AME
em: “ruim” (0 a 11%), “razoável” (12 a 49 %), “bom” (50 a 89%) e
“muito bom” (90 a 100%).
Figura 1. Prevalência de AME nas regiões do Brasil (SISVAN, 2017-2021).
CONCLUSÃO
Demonstrando que as práticas de amamentação são afetadas por 
uma série de fatores históricos, socioeconômicos, culturais e 
individuais, e apesar do Ministério da Saúde recomendar o leite 
materno como único alimento a ser oferecido às crianças menores de 
seis meses, apresentando os benefícios para mãe e bebê, não é 
suficiente para evitar o desmame precoce. Dessa forma, torna-se 
importante uma rede de apoio social consistente para que a nutriz tenha 
a possibilidade de ter o direito de amamentar assegurado, além do 
apoio dos profissionais de saúde durante o processo de amamentação e 
estratégias após a alta hospitalar, como a formação de grupos de apoio.
Modalidade de Trabalho: Resumo Simples ( ) Resumo Expandido ( X ) 
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção 
Básica. Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. 2015. 
184 p.
• BRASIL. Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil - ENANI-2019: 
Resultados preliminares - Indicadores de aleitamento materno no Brasil. UFRJ: Rio 
de Janeiro. p. 9. ago. 2020a.
• SOUZA, N. P. M.; MASCARENHAS, J. M. O. Adesão ao aleitamento materno exclusivo 
na região Nordeste e seus fatores determinantes: uma revisão de literatura. Revista 
Multidisciplinar Em Saúde, n. 2, v. 4, 390, 2022.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi perceptível que nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e
Sudeste os percentuais de aleitamento exclusivo foram mais 
expressivos, sendo eles classificados como “bom”, enquanto a região 
Nordeste apresentou indicador “razoável” em todos os anos analisados,
visto que o percentual prevalente foi menor que 49% (Figura 1).
OBJETIVO
Fonte: Autoria própria (2022).
Ao avaliar a prevalência de AME em menores de seis meses no 
Brasil o ENANI obteve um percentual de 45,8%, sendo mais prevalente 
na região Sul (54,3%), seguida das regiões Sudeste (49,1%), Centro-
Oeste (46,5%), Norte (40,3%) e Nordeste (39,0%) (BRASIL, 2020). 
Esses dados corroboram com os dados obtidos nesse estudo a partir da 
análise dos dados obtido nos relatórios públicos do SISVAN-Web.
O baixo percentual de AME no Nordeste pode ser explicado pela 
iniquidade social presente nessa região do país bem como pelos fatores 
determinantes de adesão. Souza et al. (2022), ao estudarem a adesão ao 
AME essa região observaram que diversos fatores influenciam na 
aderência e continuidade do aleitamento destacando-se os fatores 
socioeconômicos, biológicos, políticos e culturais. Ademais, vale 
ressaltar que no ENANI foi observado que na região Nordeste o uso de 
mamadeiras ou chuquinhas foi dos fatores que predominantes que 
influenciou a não continuidade (55,8%) do AME (BRASIL, 2020).
mailto:bycarneiro@gmail.com
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