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3 Continuação de Orçamento

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Profª. Joana - 17.08.2023 – Direito Financeiro
CONTINUAÇÃO DE ORÇAMENTO
 Início da aula: reprodução de material em vídeo: “Orçamento Fácil”.
- Principais leis orçamentárias: LOA, LDO, PPA
PPA (Plano Plurianual): 4 anos – é a grande lei de planejamento do país – cada esfera do governo (Federal, Estadual e Municipal) tem sua própria PPA – oferta permanente de serviços públicos.
Planejamento de médio prazo.
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias): anual – quais são as despesas mais importantes que o governo deve fazer a cada ano – curto prazo – indica quando será o reajuste do salário-mínimo (Elaborar, Organizar e Executar).
LOA (Lei Orçamentária Anual): anual * nenhuma despesa pública pode ser executada sem estar na LOA.
- Elaborada no ministério do planejamento; - Os gastos do governo são organizados por assunto, como Saúde, Educação, Transporte...
*Existem 3 tipos de tributos: taxas (iluminação pública), contribuições (previdência) e impostos (direto e indiretos).
Explicação da professora:
PPA > LDO > LOA
Todos os governos têm o dever de elaborar e aprovar o PPA a cada 4 anos. Além disso, é necessário, a cada ano, baseada na PPA, é necessário que se aprove duas leis: a LDO e a LOA.
LDO: serve de ponte entre o PPA e a LOA.
LOA: instrumento para executar o que foi planejando no PPA e priorizado na LDO.
*A LOA é o Orçamento Público propriamente dito (com receitas e despesa).
Isso vai acontecer a nível Federal, Estadual e Municipal.
... Continuação da aula passada:
Natureza jurídica do orçamento: LEI (Art. 165, §8º, CF)
Regra: Orçamento é meramente AUTORIZATIVO – lei no sentido FORMAL.
Entretanto, uma parte do Orçamento se tornou obrigatória / impositiva. A doutrina explica dizendo que existem NORMAS ORÇAMENTÁRIAS E PRÉ-ORÇAMENTÁRIAS.
• NORMAS ORÇAMENTARIAS: Aprovadas no próprio orçamento. AUTORIZATIVA
• PRÉ-ORÇAMENTÁRIAS: Existem antes do orçamento, mas que geram efeitos no orçamento, de modo a tornar obrigatória esta parte do orçamento, isto é, o Poder Público deve ter esse gasto. IMPOSITIVA/OBRIGATÓRIA. 
Ex.: quando a CF diz que vai existir uma lei que vai definir o mínimo de gasto com saúde (1º caso), educação (2º caso), conteúdo das emendas (3º caso)...
3º caso - Outra norma que torna parte do orçamento ser obrigatória: no proc. legislativo, o projeto pode ser alterado, emendando-o, mas essa emenda deve ser de algo que já existe no PPA (50% dessas emendas deve ir para saúde). 
Como o Executivo não pode fazer tudo, ele iria fazer o que ele planejou ou as emendas? O que ele planejou... Então, o Orçamento terminava em 31 de dezembro e o conteúdo das Emendas não havia sido cumprido. A parte emendada restava prejudicada. Os Parlamentares não gostavam disso.
No governo de Dilma, os Parlamentares conseguiram colocar na LDO uma norma obrigando a execução do conteúdo das Emendas. Os Parlamentares pensarem se todo ano tiverem que fazer isso no LDO, iam ficar à mercê da vontade do Presidente. Então, foi proposto uma Emenda à CF em 2016, que define a obrigatoriedade da execução das despesas feitas por Emendas.
GABARITO: FALSO. É possível sim a apresentação de Emendas ao Orçamento. No entanto, a questão fala que as emendas apresentadas por “governos estaduais” ao “orçamento federal” – o que NÃO É CABÍVEL por afrontar a autonomia dos entes federativos.
· Dessa forma, boa parte do Orçamento hoje é obrigatória/impositiva.
CORRENTE QUE CRITICA A NATUREZA AUTORIZATIVA DO ORÇAMENTO: Existe uma corrente dizendo que todo Orçamento deve ser IMPOSITIVO, alterando a natureza jurídica do Orçamento de Autorizativa para Impositiva. A professora acha que isso é temerário, porque a receita é apenas prevista, não é certa, então talvez não seja possível cumprir sempre o Orçamento.
Essa corrente entende que por o Orçamento ser meramente autorizativo, existe uma despreocupação de fazer um bom planejamento, a fim de cumprir tudo proposto.
CARACTERÍSITCAS DA LEI ORÇAMENTÁRIA:
LEI ORÇAMENTÁRIA -> É a própria LOA (receita e despesa) “COFET”
1. Lei Ordinária: processo de aprovação de maioria simples = LOA.
2. Lei Temporária (vigência limitada – 1 ano (civil): 1 janeiro a 31 de dezembro – ano civil – esse período é chamado de exercício financeiro) 
3. Lei Especial “CP”
a) Porque tem um conteúdo específico: prever receita e autorizar despesa > Relacionada ao Princípio da Exclusividade (só pode versar sobre isso)
b) Porque tem um processo legislativo peculiar/diferente > não é o mesmo do processo de aprovação das outras leis, por ex. as outras leis não têm data certa para ser protocolada. A LOA tem data para ser apresentada/protocolada e aprovada. > Todas as leis podem ser emendadas, essa também pode, mas não pode ser emendada de qualquer formar, porque deve ter relação direta com o Plano Plurianual (PPA).
4. Lei Formal: não tem conteúdo de lei, não tem direito, nem obrigações, é formal porque passa por um proc. legislativo.
5. Lei de Efeitos Concretos: 
- Regra geral: as leis são instituídas no plano abstrato, quando acontece um fato, vê se a lei se encaixa e aplica ela.
- Na Lei Orçamentária: não há nada abstrato, só basta aplicá-la, por isso tem efeitos concretos.
ESPÉCIES DE ORÇAMENTO
1 ORÇAMENTO TRADICIONAL
É aquele comum da Inglaterra (João Sem Terra), lá na origem do Orçamento, isto é, é aquele que não está preocupado com resultados, nem o bom desempenho do orçamento. Preocupado apenas em registrar a receita e a despesa. A doutrina diz que esse tipo de orçamento é um mero documento contábil. Foi utilizado por muito tempo.
2 ORÇAMENTO POR DESEMPENHO ou REALIZAÇÕES
Após a 2ª Guerra Mundial, devido os Estados estarem deficientes em sua infraestrutura e seu âmbito econômico, em razão das consequências da guerra, os Estados Americanos entenderam que o Orçamento deveria servir para planejar melhor e ajudar os Estado a se reerguerem. Mas para isso, o orçamento não poderia ser um mero doc. Contábil, deveria ser planejado com base em ações que deveriam alcançar os RESULTADOS. Esse modelo durou pouco, porque viram que não bastava a preocupação com resultado, era preciso também planejar bem.
3 ORÇAMENTO PROGRAMA (planejamento + resultado)
Além do foco alcance de resultados, o Orçamento Programa é focado também no planejamento / programação. O Brasil adota esse modelo na CF/88, porque a constituição passou a exigir o Plano Plurianual, LDO e LOA.
Até 88 o Brasil adotava somente o modelo tradicional (somente com o LOA).
TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO
*Para elaborar o Orçamento, seja qual o modelo adotado, existem técnicas. A doutrina traz 2:
1 – TÉCNICA DO ORÇAMENTO INCREMENTAL
Você pega o Orçamento do ano anterior, incrementa ele, para o próximo.
A mais utilizada é a incremental (seria o mais fácil).
2 – TÉCNICA DO ORÇAMENTO BASE ZERO
Não significa que não vai existir a consideração dos orçamentos anteriores, eles vão servir de base. Mas a cada Orçamento, será gerado um novo do zero. É como se todo ano se fizesse um novo orçamento.
- A mais adequada para o Orçamento Programa é a Técnica do Orçamento Base Zero (é mais complexo, mas seria o ideal).
PRÓXIMA AULA: PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS
O QUE SÃO PRINCÍPIOS? São aquelas normas gerais que vão dar direcionamento para as demais normas, então tudo o que vier em leis e outros atos normativos devem estar de acordo com esse conjunto de princípios, eles são norteadores.
Os Princ. Orçamentários devem ser observados em toda de qualquer norma de Direito Financeiro.
(Caem na prova)

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