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Perspectiva Cosmopolita

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Perspectiva Cosmopolita
Este texto aborda a perspectiva cosmopolita, uma abordagem filosófica e normativa para discutir organizações internacionais. Destaca dois temas principais: a existência de valores universais e a falta de democracia nesse contexto. A perspectiva cosmopolita pode se relacionar com diversas correntes filosóficas, como o liberalismo, marxismo, teoria crítica e construtivismo, pois todas compartilham uma preocupação com a emancipação da humanidade. Ela contrasta com a ideia de que no sistema internacional apenas as relações de poder são relevantes.
O texto também ressalta a evolução da democracia, que historicamente esteve ligada ao Estado-nação como base política. No entanto, o aumento da influência de autoridades internacionais cria um descompasso entre os direitos de cidadania e a origem das normas que regem a vida das pessoas. Isso leva a discussões sobre a possibilidade de uma cidadania cosmopolita, que transcenderia as fronteiras nacionais.
A perspectiva cosmopolita defende a incorporação de valores universais nas instituições internacionais, baseando-se na ideia de um ser humano universal. Essa visão tem raízes históricas, desde o estoicismo, que enfatizava uma comunidade mais ampla do que a local, até os movimentos religiosos dos séculos XVI e XVII, que criticaram o sistema de Estados modernos.
Immanuel Kant é citado como um importante pensador nessa tradição cosmopolita. Ele propôs a participação em um mundo cosmopolita, distinto da participação em uma sociedade civil, e introduziu a ideia de cidadania e comunidade universais. Kant acreditava na transformação das relações internacionais por meio do desenvolvimento moral e da formação de uma sociedade civil global.
A perspectiva cosmopolita também oferece uma crítica às organizações internacionais, especialmente em relação aos seus processos de tomada de decisão. Valores universalistas são refletidos em princípios e normas presentes em organizações internacionais, como os direitos humanos e a proteção do meio ambiente. No entanto, esses princípios muitas vezes entram em conflito com interesses e identidades particulares. O texto conclui mencionando as organizações não-governamentais como parte do movimento em direção a uma cidadania global.

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