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Resenha Um discurso sobre as ciencias

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Instituto Federal do Sertão Pernambucano – Campus Ouricuri 
Aluna: Sheila Karolaine Rodrigues Barros de Araujo 
Professora: Claudia Juliette do Nascimento Araújo Maia 
Disciplina: Prática Pedagógica VI
Um discurso sobre as ciências 
O livro “Um discurso sobre as ciências” tem como autor Boaventura de Sousa Santos e a primeira edição foi em 1987 cujo, apresenta um histórico das ciências padrão dominante na modernidade. Ademais, a visão que o autor defende é epistemológica e critica o positivismo que tem como fundador Auguste Comte que defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro esse pensamento estabelece a lei dos três estados que é basicamente a evolução do entendimento humano que partiu do teológico depois metafisico e após, então, o positivismo que é a etapa definitiva onde, deixa de lado o senso comum logo, Boaventura acredita que todo conhecimento científico é socialmente construído, ser objetivo em uma pesquisa cientifica não quer dizer que é neutro nessa determinada pesquisa.
	Nos últimos anos as descobertas da ciência foram tantas em relação as tecnologias e outras que aparentemente os séculos XVI, XVII, XVIII se tornam um período pré-histórico, no entanto, o autor diz que não bem assim, pois, as descobertas tiveram como base as dos séculos anteriores porque, os mesmos paradigmas presentes anteriormente também estão na atualidade da pesquisa cientifica. Boaventura propõe uma centralidade em olhar para o futuro e volta-se para as coisas simples como a capacidade em formar perguntas simples que traz uma luz nova a perplexidade entre o pensamento científico e o senso comum e um grande pensador que fez isso foi Rousseau, essas perguntas simples no que diz respeito a ciência moderna vão contra a ordem cientifica hegemônica defende uma fronteira entre o senso comum ou pensamento humanístico e a pesquisa cientifica.
	Ao contrário da ciência Aristotélica a ciência moderna desconfia sistematicamente das evidências da experiencia imediatas, tais evidências estão na base do conhecimento vulgar sendo assim ilusória, basicamente Aristóteles da importância o conhecimento sensível as sensações verdadeiras. Diante disso, Galileu foi um dos críticos dessa forma de se pensar pois para ele a natureza está escrita em cárteres geométricos e pensar dessa forma acaba derivando duas consequências principais em primeiro conhecer significa quantificar o rigor científico e pelas medições ou seja, o que não é quantificado é irrelevante cientificamente o outro ponto é que o método científico estabelece a sua base na redução da complexidade a natureza não é vista de forma complexa porque isso iria exigir um estudo global. Então, Descarte teve o método de dividir cada dificuldade quantas vezes fossem possíveis e requerido para resolver a visão é entre as condições iniciais (reino da complicação) e as leis da natureza (reino da simplicidade).
	Posteriormente Boaventura diz que Isaac Newton vai considerar que tudo na matéria é uma máquina que pode ser compreendido por meio de leis físicas e matemáticas e esse mundo no qual está inserido essa natureza é um mundo estático e eterno e essa ideia poderosa se transforma na grande hipótese universal da época moderna que é o mecanicismo mais adequado aos interesses da burguesia ascendente por se trazer uma proposta de se pensar a sociedade da época como sociedade ideal por mais que existisse as desigualdades geradas pelo capitalismo isso fazia a sociedade “perfeita.” E esses mesmos paradigmas das ciências modernas acabou sendo incorporado também aos estudos da sociedade surgindo as ciências sociais.
	Um nome importante citado pelo autor que traz as influências dos métodos científico moderno para o estudo da sociedade é Émile Durkheim que é o fundador da sociologia acadêmica que pregava a redução dos fatos sociais a suas dimensões externas, observáveis e mensurais. Logo, Boaventura apresenta uma crítica a utilização pelas ciências sociais dos paradigmas da ciência moderna que é positivista. Segundo o autor o comportamento humano ele não pode ser explicado tomando por base apenas as observações uma vez que o mesmo ato pode corresponder a sentidos e ações diferentes a ”ciência social será sempre uma ciência subjetiva e não objetivas como as ciências naturais é preciso tentar entender os fenômenos sociais a partir das atitudes mentais e do sentido que os agentes conferem suas ações para o que é necessário utilizar métodos de investigações e critérios epistemológicos diferentes” métodos qualitativos em vez de quantitativos.

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