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Epidemiologia Notificação ➢ Notificação compulsória: Obrigatórias de serem feitas -> comunicação obrigatória à autoridade sanitária que realizada por médicos ou qualquer profissional de saúde. Os serviços de saúde devem estar preparados para identificar sinais e sintomas que possam sugerir uma doença ou um agravo num grupo populacional. Devem saber detectar as de causa desconhecida, causa definida e casos de doenças emergentes. A detecção precoce é fundamental para a promoção de ações que visem soluncionar esses fenômenos. Visa a adoção de medidas de intervenção pertinentes. ➢ As notificações são úteis em pelo menos quatro situações: a) Ponto de partida para investigação – beneficia o paciente e toda a comunidade. b) Averiguar falhas nas medidas de controle adotadas. c) Fornecer, junto a dados de outras fontes, elementos para a composição de inficadores que reflitam o quadro epidemiológico da doença na comunidade. d) Avaliar o impacto das medidas de controle. Quando notificar uma doença? • Casos de suspeita de qualquer doença ou agravo de notificação. • Há oportunidade para adotar medidas de prevenção e controle. • Para confirmar um diagnóstico • Visando realizar a Investigação Epidemiológica de casos. o Estudo de campo a partir de casos e portadores. • A fim de obter os dados: de quem foi contraída a infecção? Qual sua vida de disseminação? Que outras pessoas podem ter sido infectadas pela mesma fonte? Quais pessoas que podem ter sido infectadas? >> deve-se notificar uma simples suspeita de doença – não se aguardando confirmação do caso, pois isso pode implicar na perda da oportunidade de adotar medidas de prevenção e controle indicadas. >> a notificação deve ser sigilosa -> respeitando o direito de anonimato dos cidadãos. >> notificação negativa: quando as doenças notificáveis não forem registradas. Critérios para Seleção de Doenças e Agravos Prioritários à Vigilância Epidemiológica. • Magnitude: incidência, prevalência, mortalidade, anos potenciais de vida perdidos. • Potencial de disseminação: transmissibilidade da doença, colocando sob risco outros indivíduos ou a coletividade. • Transcendência: conjunto de carcaterísticas apresentadas por doenças e agravos. o Severidade – medida pelas taxas de letalidade, hospitalizações e sequelas. o Relevância social – valor que a sociedade coloca na ocorrência do evento por estigmatização dos doentes, medo e indignação. Ex. HIV. o Relevância econômica: situações de saúde que afetam o desenvolvimento econômico – perdas de vida, saída de trabalho, custo de diagnóstico e de tratamento. • Vulnerabilidade: intrumentos específicos de prevenção e controle que permitem a atuação concreta e efetiva dos serviços de saúde. • Compromissos internacionais: acordos firmados entre países da OMS. o Visam adotar esforços conjuntos para o alcance de metas de controle, eliminação e erradicação de alguamas doenças. • Regulamento sanitário internacional: doenças definidas como de notificação compulsória internacional são incluídas na lista de todos os países da OMS. • Epidemias, surtos e agravos inusitados: tudo isso deve ser investigado e imediatamente notificado. >> as notificações são realizadas de acordo com o calendário epidemiológico -> semanas epidemiológicas são contadas de domingo a sábado. Notificação Compulsória – 3 categoriais − Imediata: realizada até 24h a partir do conhecimento da ocorrência de doença/ agravo/evento. − Semanal: realizada em até 7 dias a partir do conhecimento. − Negativa: no caso de o serviço de vigilância não identificar nenhum registro de doença de notificação compulsória dentro da semana epidemiológica. › Baseia-se na comunicação semanal informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhum caso de agravo/doença/ evento da lista de notif. compulsória. › Prioridades: doenças erradicadas, em processo de eliminação ou emergentes -> sarampo, rubéola, sífilis congênita e neonatal. Vigilância Epidemiológica – tipos • Passiva: notificações voluntários e espontâneas através da Ficha de Notificação Individual. • Ativa: atividades de investigação epidemiológica – busca ativa de casos secundários de doenças de notificação compulsória e outros agravos inusitados. • Sindrômica: de um grupo de doenças que apresentam sinais, sintomas e fisiopatologia comuns a etiologias diversas. o Ex. síndromes diarreica aguda, ictérica aguda, respiratória aguda. o Permite intervenções rápidas para evitar a ocorrência de surtos/epidemias. >> sistema sentinela: modelo de vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para saúde pública -> objetiva monitorar indicadores chave na população geral ou em grupos especiais, que sirvam como alerta precoce acerca da prevenção do agravo e da qualidade terapêutica. >> redes sentinela: permitem o conhecimento em tempo real, útil na identificação e alerta precoce de surtos de doenças emergentes ou reemergentes. >>> ex. Vigilância dos casos de síndrome congênita relacionados com a infecção pelo vírus Zika, conforme o momento da gestação, parto e pós-parto: as unidades de saúde atuarão como sentinela na identificação de complicações e identificando casos de síndrome congênita relacionada ao vírus Zika. >>> ex2: pela circulação do vírus Influenza, o sistema sentinela além de notificar e monitorar os casos, está vinculada aos laboratórios para a produção de vacinas mais especifcas. Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar • Desenvolve um conjunto de ações que visam à detecção de casos de agravos suspeitos ou confirmados de Doenças de Notificação Compulsória (DNC) atendidas no hospital – utilizando normas e rotinas do sist. de vigi epidemio. • Famarcovigilância: o Avalia efeitos do uso agudo ou crônico de tratamentos farmacológicos no conjunto de pacientes expostos a determinados tratamentos. o Identifica efeitos indesejáveis não descritos anteriormente. • Hemovigilância: o Recolhe e avalia infos sobre efeitos indesejáveis e/ou inesperados na utilização de hemocomenentes – incidentes transfusionais. o Tbm realização de busca de casos como exemplo de hepatites virais encontrados em bancos de sangue. • Tecnovigilância: o Visa a segurança sanitária de produtos para saúde pós-comercialização – materiais, artigos médico-hospitalares, implantes. o Segurança do paciente e controle de qualidade dos estabelecimentos de saúde – prevenção de infecção hospitalar por ex. Investigação Epidemiológica de Casos e Epidemias • Trabalho de campo realizado a partir de casos notificados e de seus contatos. • Objetivos: o Identificar fonte e modo de transmissão. o Identificar grupos expostos a maior risco. o Identificar fatores determinantes. o Confirmar diagnóstico. o Determinar principais características epidemiológicas. • Propósito final: o Orientar medidas de controle e impedir a ocorrência de novos casos. • Quando realizar? o Casos de DNC. o Número de casos que exceda a frequência habitual. o Fonte comum de infecção – produzem grande número de casos em pouco tempo (ex. surtos localizados de conjuntivite). o Evolução severa – investiga-se o que levou a ser mais grave do que a habitual. o Doença desconhecida na região. • Roteiro da investigação: 1) Coleta de dados sobre os casos – id do paciente, anamnese, exame físico, exames laboratoriais. 2) Busca de pistas, como: fontes de infecção, transmissão, características biológicas e sociais, fatores de risco, ocupação do indivíduo. 3) Busca ativa de casos: determinar magnitude e extensão do evento, ampliando medidas de controle. 4) Processamento e análises parciais dos dados. 5) Encerramento de casos. 6) Relatório final, deve pontuar: causa da ocorrência e possíveis falhas da vigilância epidemiológicas, se as medidas de prevenção estão sendo adotadas, descrição das orientaçõese recomendações, alerta às autoridades. Obs. ESPIN = evento de saúde pública de interesse nacional. Estratégias de Controle de Doença • Monitorização – controle mediante acompanhamento, às vezes, ajustando programas.
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