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Tipos de silos existentes, suas vantagens e desvantagens. Silo trincheira: As dimensões do silo trincheira, é calculado em duas etapas, a primeira define o volume em que será o silo e em seguida as dimensões. Para calcular o volume da silagem, o produtor precisa saber quantos animais serão alimentados, a quantidade de silagem ofertada e o período de suplementação. É o estilo de silo mais utilizado atualmente devido ao seu baixo custo de construção e suas facilidades. Vantagens – Elevadas quantidades de forragem podem ser depositadas no abastecimento e retiradas durante o desabastecimento (esta característica se encaixa muito bem a propriedades de médio a grande porte), manejo relativamente simples, as paredes laterais promovem maior compactação da massa, apresenta menores perdas quando comparado ao tipo superfície. Desvantagens – Alto custo inicial caso seja de alvenaria, contudo pode ser construído diretamente na terra, por estar fixo ao local de origem, pode dificultar a alimentação dos animais (caso haja necessidade de mudança do local de alimentação dos animais, por exemplo), uma vez confeccionado, não permite a estocagem de silagem acima da sua capacidade, não permite a estocagem de diferentes glebas, ou seja, talhões que têm histórico diferenciado, grande exposição da massa de silagem ao oxigênio atmosférico (área que está em contato com a lona). Silo superfície: Baixo custo, pois não exige estruturas e revestimentos para o seu armazenamento. Para esse silo, é necessário amontoar e compactar o material sobre o solo, e cobri-lo por uma lona plástica. Vantagens – Elevadas quantidades de forragem podem ser depositadas no abastecimento e retiradas durante o desabastecimento (idem ao trincheira), manejo relativamente simples, baixo custo inicial, permite certa flexibilidade quanto ao seu local de confecção. Desvantagens – Dificulta a compactação da massa por não ter presença de paredes nas laterais, pode apresentar maiores perdas quando comparado ao trincheira, maior dependência do filme plástico (ataque de animais; intempéries climáticos), grande exposição da massa de silagem ao oxigênio atmosférico (idem ao trincheira). Silo “bag”: Também conhecido por silo bolsa, a silagem estocada é produzida através de um maquinário que embalam a forragem já pronta em tubos plásticos horizontais. Variam de 30 a 60 metros, e podem armazenar de 2 a 6 toneladas de silagem por metro linear. Vantagens – Permite certa flexibilidade quanto ao seu local de confecção, permite a estocagem de diferentes glebas, pois o silo pode ser fracionado, apresenta menores perdas. Desvantagens – Investimento inicial em equipamentos é elevado, contudo pode ser utilizado serviço de terceiros, pequenas quantidades de forragem podem ser depositadas no abastecimento e retiradas durante o desabastecimento; Silo fardo “bola”: Silo revestido por filme plástico, foi a primeira inovação que permitiu a comercialização da silagem. Apresentam peso que varia de 200 a 600kg, podendo ser deslocados de um local para o outro. Vantagens – Alternativa ao manejo do campo de feno, o silo pode ser preparado diretamente no campo, unidade pequena e independente, facilita a comercialização de silagem. Desvantagens – Investimento inicial em equipamentos é elevado, contudo pode ser utilizado serviço de terceiros, manejo complexo (funcionamento dos equipamentos), risco de perdas na estocagem, elevado uso de plástico (questões ambientais). Uso de aditivos na silagem. Inoculante é um aditivo, com base de bactérias e que auxiliam no processo fermentativo da silagem, fazendo com a mesma ocorra mais rápido e de forma mais eficiente e na abertura, promove uma maior estabilidade da silagem, ou seja, deixando-a mais fresca por um maior período de tempo. Uma vasta gama de substâncias, orgânicas ou inorgânicas, bióticas ou abióticas, tem sido estudada no intuito de modificar o processo fermentativo, reduzir perdas e/ou melhorar o valor nutricional das silagens. Classificação dos aditivos para silagem: Classe Subclasse Modo de ação Exemplos Acidificantes diretos Ácidos inorgânicos Ácidos orgânicos Reduzir o pH da silagem no inicio do processo e induzir mudanças qualitativas na microflora. Ácidos sulfúrico e hidroclórico, ácidos fórmico e acrílico. Ácidos acético* e propiônico*. Formaldeído, hexaminas. Inibidores de fermentação Esterilizantes de ação direta Esterilizantes de ação indireta Inibir a microflora em geral, imediatamente ou após a liberação do principio ativo. Estimular a microflora pelo fornecimento de substrato Melaço, cana de açúcar*, açúcar*, fontes de amido* ou pectina*. Estimulantes de fermentação Substratos Enzimas Culturas microbianas Aumentar a disponibilidade de substratos à partir de componentes não fermentescíveis Enzimas celulolíticas e amilolíticas. Xilanases*, hemicelulases* e pectinases*. Antimicrobianos específicos Antibióticos Antibióticos sintéticos Outros agentes antimicrobianos Energia Estabelecer a dominância de bactérias ácido-láticas eficientes. Desencorajar o crescimento de microrganismos espoliadores. Lactobacillus*, pediococcus*, propionibacterium, enterococcus*, bronopol, natamicina. Nutrientes² Nitrogênio e minerais Melhorar o valor nutricional da silagem. Amido, cereais. Farelos* e subprodutos agrícolas*. Ureia, carbonato de cálcio. 1Nomes marcados com asterisco foram adicionados pelos autores da presente revisão.2Alguns aditivos nutrientes também podem ser classificados como estimulantes da fermentação. Fonte: Adaptado de Woolford (1984). Do ponto de vista prático, os três eventos mais importantes para se obter silagens de qualidade são: rápida remoção do ar, rápida produção de ácido lático, resultando em rápido abaixamento do pH e contínua exclusão do ar da massa ensilada, durante o armazenamento e após a abertura do silo (Kung Jr., 2009). Obedecendo a esses cuidados, a maior parte dos problemas associados à produção de silagens estará resolvida. Para isso, o manejo adequado da ensilagem, desde o planejamento do processo até o fornecimento da silagem aos animais, deve ser cuidadosamente realizado. Em geral, o manejo adequado do processo é a opção de maior viabilidade econômica, e a resposta mais frequente aos fazendeiros que se queixam da qualidade, das perdas e do baixo consumo propiciado por suas silagens. Porém, em alguns casos, a aditivação em silagens bem produzidas pode acarretar ganhos adicionais ao processo e, nesses casos, o emprego dos aditivos é bastante recomendado. Referências https://www.ensilagem.com.br/uso-estrategico-de-aditivos-em-silagens-quando-e-como-usar/ https://wp.ufpel.edu.br/govi/files/2010/09/Aditivos-em-silagens-uso-estrat%C3%A9gico-Quando-e-como-usar.pdf https://www.fundacaoroge.org.br/blog/tipos-diferentes-de-silo-vantagens-e-desvantagens
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