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Pré-História- Período Paleolítico, Neolitico, Idade dos Metais e Surgimento das cidades


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Pré-História
Os historiadores do século XIX dividiram a aventura do homem no planeta Terra em dois períodos: Pré-História e História. Segundo eles, a Pré-História começaria com o aparecimento dos humanos, há cerca de dois milhões de anos, e teria fim com a invenção da escrita, ocorrida por volta de 3000 a.C.. Já a História se estenderia do aparecimento da escrita aos dias atuais. Nessa visão tradicional, a História é dividida em quatro idades: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
Essa periodização considera as sociedades sem escrita (ágrafas) como sociedade sem história.
Os historiadores atuais já não aceitam essa visão, pois acreditam que a Pré-História é parte da História e que os homens pré-históricos também fizeram história.
Os primeiros habitantes da Terra
Para a ciência atual todos os seres humanos, independentemente de sua origem ou aparência física, fazem parte de uma mesma espécie que surgiu na África há cerca de 70 mil anos e foi fruto de uma longa evolução.
Os antepassados do ser humano são chamados pelos cientistas de hominídeos.
Posteriormente, há cerca de 2 milhões de anos, dentro da família dos hominídeos, surgiu o gênero Homo, no qual estão incluídos os hominídeos de maior capacidade cerebral.
Período Paleolítico: caçadores e coletores
Durante o Paleolítico (palavra que significa “pedra antiga”) os grupos humanos usaram osso, madeira e pedra para fazer suas ferramentas: lanças, arpões e pedras cortantes, que serviam como machados e facas com os quais abatiam animais, coletavam frutos e faziam suas vestes. Por viver da pesca, da caça e da coleta, eles foram chamados de caçadores e coletores.
Os seres humanos do paleolítico planejavam sua vida social e dividiam o trabalho com base no critério de sexo e idade.
O trabalho de caçar, pescar e construir era feito pelos homens; o de coletar e preparar os alimentos e o de cuidar das crianças cabiam às mulheres.
Uma conquista decisiva do Paleolítico foi a descoberta do fogo. 
Podiam se aquecer, sobreviver em regiões geladas, ter luz à noite, afugentar animais perigosos e cozinhar ou assar alimentos. Cozida, a carne tornava-se mais digestiva e podia ser conservada por mais tempo. 
Período Neolítico: pastores e agricultores
Por volta de 10.000 a.C., quando se iniciava o Neolítico, ocorreu uma grande mudança climática: o volume de chuvas aumentou, resultando no enchimento dos lagos, as temperaturas se elevaram e as camadas de gelo que cobriam a superfície terrestre recuaram. O degelo afetou duramente os animais habituados a climas frios.
Os seres humanos, então, dedicaram-se a caçar animais pequenos ou de médio porte, como cabritos, porcos e pássaros.
Para caçá-los, abater e separar a pele da carne, aperfeiçoaram suas ferramentas de trabalho.
Enquanto aguardavam os homens retornarem de uma caçada ou pescaria, as mulheres devem ter percebido que as sementes que os pássaros transportavam de um lugar para o outro germinavam, dando origem a uma nova planta. Assim, foram elas provavelmente que primeiro enterraram sementes com o propósito de vê-las germinar, ou seja, teriam sido elas as inventoras da agricultura.
Paralelamente, os seres humanos iniciaram a domesticação de animais, como cães, ovelhas e bois. 
A prática da agricultura teve impacto grande sobre a vida social como a sedentarização (fixação dos grupos humanos em determinado território), a produção de novos instrumentos de trabalho (o machado, a enxada, a foice), a invenção da cerâmica (barro modelado e cozido) e o crescimento da população, com o surgimento das primeiras aldeias.
Idade dos Metais
Os seres humanos descobriram a metalurgia, ou seja, a técnica de trabalhar os metais. Inicialmente trabalharam o cobre, depois com o bronze e depois aprenderam a forjar o ferro.
Aprendendo a manipular metais, os homens aperfeiçoaram suas armas (espadas e escudos) e ferramentas de trabalho (pás, enxadas, arado). E, utilizando a roda, inventada por volta de 3000 a.C., fizeram os primeiros carros de bois.
Da aldeia à cidade
Para atender às necessidades alimentares da população que crescia, os humanos inventaram o arado puxado por bois e técnicas novas de adubação e irrigação, passando então a produzir mais alimentos do que consumiam (excedente). Com isso, uma parte da população das aldeias foi liberada do trabalho da agricultura, passando a se dedicar a trabalhos de cerâmica, de tecer, de fazer armas de ferro. Verificou-se então uma crescente divisão e especialização do trabalho.
As pessoas passaram a trocar aquilo que faziam por aquilo de que necessitavam: trocavam trigo por tecido, tecido por vaso ou arma de ferro, e nascia, assim, o comércio. Com o tempo, essas trocas deixaram de ser feitas pelos produtores desses objetos e passaram a ser feitas pelo comerciante.
Com o crescimento da população das aldeias, seus chefes passaram a disputar entre si as melhores terras. O vencedor dessas disputas passou a controlar um número maior de terras, de pessoas e de impostos.
Com isso, foi ganhando poder e impondo sua autoridade, até um dia tornar-se rei. Esse processo é chamado de processo de formação do Estado. 
Assim, algumas aldeias neolíticas se transformaram em cidades, distinguindo-se das aldeias por três características: maior divisão do trabalho, comércio feito com regularidade e centralização do poder. 
As primeiras cidades surgiram próximas aos grandes rios, pela necessidade de água para a agricultura e de vias para o transporte de pessoas e produtos. 
Esses grandes rios foram: o Tigre e o Eufrates, na Mesopotâmia; o Nilo, no Egito; o Indo, na Índia; e o Azul e o Amarelo, na China.
Trajetória do Homo sapiens
Hipóteses sobre o caminho dos seres humanos para a América
Os cientistas concordam quanto à origem africana do Homo sapiens sapiens, mas o caminho por ele percorrido para à América e a data em que isso ocorreu continuam ocorrendo.
Uma das hipóteses é a de que os humanos chegaram à América depois de atravessar o Estreito de Bering, localizado entre a Sibéria (Rússia) e o Alasca (Estados Unidos).
A travessia teria se dado durante a última glaciação, quando as águas do mar baixaram, e se formou uma ponte de terra e gelo ligando a Ásia à América. Outra hipótese é a de que tenham chegado à América depois de atravessar o oceano Pacífico, navegando de ilha em ilha. Outra hipótese ainda éa de que parte deles chegou caminhando depois de atravessar o Estreito de Bering e outra parte, navegando pelo Pacífico.
Vestígios da presença humana na América
Ferramentas de pedra e outros artefatos feitos por indivíduos que viveram há cerca de 11 mil anos perto de Clóvis (oeste dos Estados Unidos) foram considerados, durante muito tempo, como os mais antigos vestígios da presença humana na América e serviram de base para a Teoria Clóvis, segundo a qual os humanos teriam entrado na América há 11500 anos. Nas últimas décadas foram descobertos sítios arqueológicos mais antigos que os de Clóvis.
A Pré-História brasileira: descobertas recentes
Em 1999, o estudioso brasileiro Walter Neves surpreendeu a comunidade científica internacional ao descobrir o mais antigo fóssil humano conhecido até então na América. Foi um crânio encontrado no sítio Lapa Vermelha IV, em Lagoa Santa, Minas Gerais. Pertencia a uma jovem, que viveu há cerca de 11500 anos, batizada de Luzia. Estudiosos da Universidade de Manchester (Inglaterra), com o uso da tecnologia, reconstituíram a cabeça de Luzia.
Walter Neves descobriu também que a morfologia craniana do povo de Luzia era semelhante à de alguns povos nativos da África e da Austrália. Ele e seu colega, Mark Hubbe, passaram a defender a ideia de que a América foi povoadapor populações fisicamente distintas: uma população com características semelhantes a dos africanos e australianos, que teria sido a primeira a chegar na América; e outra com características similares às dos asiáticos (chineses, japoneses) que chegou depois e teria dado origem aos povos indígenas do Brasil.
Paleoíndios
Caçadores e Coletores
Os “descobridores do Brasil” sobreviviam da caça, da pesca e da coleta de frutos. Abrigavam-se em cavernas, faziam pinturas em suas paredes e lascavam pedras para fazer machados. Faziam fogueiras para aquecer seus corpos, cozinhar, afugentar animais perigosos e quebrar pedras.
Entre 9500 e 8000 a.C., quando as temperaturas se elevaram, os grandes animais desapareceram, e os humanos tiveram de se adaptar a climas mais quentes e buscar novos alimentos. Isso os estimulou a aperfeiçoar suas armas e ferramentas de trabalho.
O Homem de Lagoa Santa
Entre 1834 e 1844, o estudioso dinamarquês Peter Lund descobriu, ao norte de Belo Horizonte (MG), um crânio batizado de Homem da Lagoa Santa. Mais de um século depois, uma equipe franco-brasileira encontrou nas cavernas da região sepulturas e a maior coleção de esqueletos humanos das primeiras populações da América.
O povo de Lagoa Santa enterrava seus mortos em pequenas covas e as cobria de pedra para protegê-las dos animais.
Pelos esqueletos encontrados, sabemos que o Homem de Lagoa Santa era, geralmente baixo, magro e tinha uma expectativa de vida curta: a maioria das crianças morria cedo, pouquíssimos adultos atingiam os 30 anos de idade.
Cranio e mandíbula do Homem de Lagoa Santa
Os povos de Umbu e Humaitá
Por volta de 9500 a.C., a área que corresponde ao Sul e Sudeste do Brasil foi ocupada plo povo da tradição Umbu: caçadores e coletores de grande mobilidade no seu território. Eram habilidosos no trabalho em pedra: fazia raspadores, facas bifaciais e pontas de fechas, também usavam o osso para fabricar artefatos como agulhas, anzóis e enfeites.
Difundiu duas importantes inovações tecnológicas: o uso do arco e flecha e da boleadeira (arma composta de duas ou três bolas de pedra ligadas entre si por tiras de couro)
Na mesma região, nas matas que beiravam os grandes rios, viveram outros grupos de caçadores/coletores: os povos Da tradição Humaitá que, além de caçar e pescar, praticavam também a coleta de frutos silvestres.
Esse povo, desconhecia o arco e a flecha, mas fazia artefatos de pedra mais robustos usados como machados e cunhas para trabalhar a madeira. 
Os povos dos sambaquis
Sambaquis são sítios arqueológicos formados pelo acúmulo intencional de conchas e terra, localizados em praias ou áreas ribeirinhas em várias partes do mundo. No Brasil, encontram-se distribuídos pelo litoral brasileiro, do Rio Grande do Sul até a Bahia, e do Maranhão até o Pará. 
Os povos dos sambaquis também praticavam a caça e a coleta, mas a base de sua dieta eram os peixes.
Dispunham de fartura de alimentos, por isso formavam grupos populosos que se fixavam em um lugar por períodos prolongados.
Os povos dos sambaquis possuíam estatura baixa, cabeça volumosa e produziam artefatos de pedra lascada e polida, incluindo-se esculturas com forma animal.
Agricultores e ceramistas
Os arqueólogos atuais consideram a Amazônia um centro independente de domesticação de plantas. Lá foram domesticadas importantes plantas corantes, medicinais e alimentícias, como a mandioca. 
Segundo o arqueólogo Norberto Guarinello, os habitantes das terras onde hoje é o Brasil desenvolveram a prática da agricultura por volta de 4000 a.C., passando então a produzir seu próprio alimento.