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Slides de Aula I

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Prof. MSc. Luiz Silva
UNIDADE I
Tecnologia de Cosmético
 Dados de 2018 demonstram que o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados 
pessoais do mundo. 
 O país fica atrás de Estados Unidos, China e Japão. 
 O mercado de beleza e cuidados pessoais, no Brasil e no mundo, tem sido agitado pelo 
movimento de gigantes, como a aquisição da Avon pela Natura. 
 Cinco empresas concentram 47,8% do mercado brasileiro: Natura & Co, seguida por grupo 
Boticário, grupo Unilever, grupo L’Oréal e Colgate-Palmolive Co. 
 O número de empresas registradas na Anvisa, em 2018, era de 2.794.
1. Introdução à cosmetologia e elementos anatomofisiológicos da pele
Fonte: Adaptada de: Euromonitor 
International apud ABIHPEC (2020). 
MERCADO DE BELEZA E CUIDADOS PESSOAIS USS
89,5
bilhões
Valores de vendas do varejo ao consumidor final em 2018
62
bilhões
USS
USS
USS 37,5
bilhões30
bilhões
BRASIL JAPÃO CHINA EUA
Definições: 
 Cosméticos: deriva do grego “Kosmetikós”, de Kosmeo, que significa “adornar”, “enfeitar”; 
também deriva da palavra grega “Kosmétiké”; “a arte de preparar os cosméticos”; 
 São formulações de aplicação local, fundamentadas em conceitos científicos, destinados ao 
cuidado e embelezamento da pele humana, e de seus anexos, sem prejudicar as funções 
vitais, causar as irritações, sensibilizar ou provocar os fenômenos secundários indesejáveis; 
 Cosmetologia: ciência que serve de suporte à fabricação dos produtos de beleza, 
permitindo, ainda, verificar as suas propriedades;
 Os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são 
preparações constituídas por substâncias naturais ou 
sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo 
humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais 
externos, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, 
com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-
los, alterar a sua aparência e/ou corrigir os odores 
corporais, e/ou protegê-los ou mantê-los em bom estado, 
conforme RDC n. 211, de 14 de julho de 2005.
1. Introdução à cosmetologia e elementos anatomofisiológicos da pele
 Limpeza: deve ser feita respeitando-se o equilíbrio fisiológico, sem causar o 
desengorduramento excessivo, sem alcalinizar e sem desnaturar as proteínas cutâneas.
 Correção: restabelecer o equilíbrio alterado, devolvendo a beleza natural.
 Proteção: evitar a limpeza irracional ou impedir que os agentes atmosféricos (vento, sol, frio) 
alterem a epiderme. 
 Exemplos: protetor solar, creme hidratante, xampu, sabonete, pó facial etc.
Funções básicas dos cosméticos
 Os critérios para esta classificação foram definidos em função da probabilidade de ocorrência 
de efeitos não desejados devido ao uso inadequado do produto, a sua formulação, finalidade 
de uso, áreas do corpo a que se destinam e cuidados a serem observados quando de sua 
utilização (RDC 211-2005).
 Grau I: produtos com o risco mínimo de produzir efeitos adversos.
 Grau II: produtos com o risco potencial de produzir efeitos adversos.
 Produtos Grau I: são produtos de higiene pessoal cosméticos 
e perfumes cuja formulação cumpre com a definição adotada 
no item 1 do Anexo I da Resolução RDC 211-2005, e que se 
caracterizam por possuírem propriedades básicas ou 
elementares, cuja comprovação não seja, inicialmente, 
necessária e não requeiram as informações detalhadas quanto 
ao seu modo de usar e às suas restrições de uso, devido às 
características intrínsecas do produto.
Grau dos produtos cosméticos 
 Produtos Grau II: são produtos de higiene 
pessoal, cosméticos e perfumes cuja 
formulação 
cumpre com a definição adotada no item 1, 
do Anexo I da RDC 211-05, e que possuem 
indicações específicas, cujas características 
exigem a comprovação de segurança e/ou 
eficácia, bem como as informações e os 
cuidados, o modo e as restrições de uso. 
Grau dos produtos cosméticos 
Tipos de produtos Grau
Sabonete facial, corporal, abrasivo ou esfoliante 1
Sabonete antisséptico 2
Xampu, xampu condicionador, condicionador 1
Xampu anticaspa, antiqueda, condicionador anticaspa 2
Dentifrício, aromatizante bucal 1
Dentifrício antiplaca, anticárie, antitártaro, enxaguatório antisséptico 2
Desodorante axilar, corporal, perfumado 1
Desodorante íntimo 2
Desodorante antitranspirante ou antitranspirante/antiperspirante 2
Produtos para barbear e após barbear 1
Produtos para os lábios 1
Sombra para as pálpebras, máscara para os cílios, lápis, delineador 1
Creme, gel e loção para a área dos olhos 2
Produtos para bronzear e antissolares 2
Produtos para o tingimento dos cabelos 2
Produtos para clarear os cabelos 2
Produtos para ondular os cabelos 2
Produtos para alisar os cabelos 2
Neutralizantes capilares 1
Produtos para modelar e assentar os cabelos 1
Creme e loção para o rosto, o corpo e as mãos 1
Creme e loção para o rosto, o corpo e as mãos, com fotoprotetor ou 
para clarear a pele
2
Creme e loção para as celulite/estrias 2
Creme e loção para as rugas, para a pele acneica 2
Creme e loção de limpeza facial ou tonificante 1
Tipos de produtos Grau
Creme ou mascara esfoliante peeling mecânico 1
Creme ou máscara esfoliante peeling químico 2
Produtos para a maquilagem facial 1
Depilatório mecânico ou epilatório 1
Depilatório químico 2
Produtos de uso infantil 2
 FD&C: Food, Drug and Cosmetics.
 D&C: Drug and Cosmetics.
 Ext. D&C: External Drug and Cosmetics. 
 CI: Colour Index (conforme a legislação da União Europeia). Exemplo: o corante FD&C blue 
nº 1 (azul brilhante) é reconhecido internacionalmente como CI 42090.
 OTC: over the counter (venda sem a necessidade de prescrição médica). 
 CTFA: The Cosmetic, Toiletry, and Fragrance Association (principal associação comercial e 
política da indústria cosmética americana). Em novembro de 2007, o CTFA oficializou a 
mudança de nome para PCPC (Personal Care Products Council).
 IUPAC: International Union of Pure and Applied Chemistry.
 INCI: International Nomenclature of Cosmetic Ingredient 
(Nomenclatura Internacional de Ingredientes Cosméticos). 
 O Brasil adota a nomenclatura INCI, CI e a denominação 
botânica do Sistema de Linné (Portaria Anvisa 296/98).
Siglas utilizadas
Nomenclatura INCI para alguns ácidos e álcoois graxos 
Número de 
C na cadeia 
principal
IUPAC
Ácido...
INCI
Ácido...
IUPAC
(álcool)
INCI
Álcool...
6 Hexanoico Caproico Hexanol Hexílico
8 Octanoico Caprílico Octanol Caprilílico
10 Decanoico Cáprico Decanol Decílico
12 Dodecanoico Láurico Dodecanol Laurílico
14 Tetradecanoico Mirístico Tetradecanol Miristílico
16 Hexadecanoico Palmítico Hexadecanol Cetílico
18 Octadecanoico Esteárico Octadecanol Estearílico
 É o nosso maior órgão.
 Área média de 1,8 m2.
 Corresponde a cerca de 16% do peso corporal. 
 Estão presentes os nervos sensitivos para a dor, o tato, o 
calor e o frio.
 Manifesta as sensações emocionais: medo (palidez, ereção 
dos pelos); ansiedade (sudorese); angústia (rubor).
 Órgão de proteção (epiderme, anexos – pelos, unhas, 
cabelo) e secreção (glândulas sebáceas e sudoríparas).
A pele possui 3 camadas: 
 Epiderme; 
 Derme; 
 Hipoderme.
Elementos anatomofisiológicos da pele
Fonte: 
https://br.pinterest.com/pi
n/672654894328725802/
Pelo
Poro
sudoríparo
Glándula
sudorípara
Glándula
sebácea
Capa de
células
escamosas
Capa de
células
basales
Nervio Vasos 
sanguíneos
 Camada mais externa, constituída de tecido epitelial pavimentoso estratificado, formado por 
células que se renovam, a partir do estrato basal, e se diferenciam constantemente.
 Espessura de 0,004 a 0,15 mm (é mais espessa nas palmas e plantas dos pés).
 Função principal: proteção do organismo (externa e internamente).
 Possui quatro camadas sobrepostas que refletem os diferentes estados de maturação 
da queratina.
Epiderme
Fonte: BENY, M. G. Fisiologia da pele. 
Cosmetics & Toiletries (Edição em 
Português), v. 12, n. 2, 2000, p. 47.CH2-S-S-CH2
HCNH2H20 + HCNH2
COOHCOOH
CISTINA
HS-CH2
HCNH2
COOHCOOH
HCNH2
CH2-SH
CISTEÍNACISTEÍNA
1/2 02
+
 Tecido de suporte da epiderme a qual está intimamente ligada – membrana basal.
 Possui uma espessura variável: 0,6 mm (pálpebras) e 3 mm (dorso).
 Possui 2 zonas distintas: derme papilar e derme reticular.
 Na derme papilar há uma preponderância de componentes celulares como: fibroblastos 
(sintetizam as fibras colágeno e elastina, e GAG) e células dendríticas como: mastócitos, 
macrófagos e linfócitos.
 Já na derme reticular há a preponderância de componentes fibrosos como: 
fibras de colágeno, fibras de elastina e substância fundamental – GAG (ácido hialurônico e 
sulfato de condroitina).
Derme
 Panículo adiposo de espessura variável.
 10% peso corporal.
 Armazenamento de gordura e energia.
 Confere a proteção térmica e mecânica.
 Possui 2 componentes: celular (adipócitos) e 
fibroso (feixes espessos de colágeno com os 
vasos sanguíneos, linfáticos e os nervos).
Hipoderme
Fonte: 
https://br.pinterest.com/pi
n/672654894328725802/
Pelo
Poro
sudoríparo
Glándula
sudorípara
Glándula
sebácea
Capa de
células
escamosas
Capa de
células
basales
Nervio
Vasos 
sanguíneos
Folículos pilossebáceo:
 Medula;
 Córtex;
 Cutícula;
 Bainha interna;
 Bainha externa.
Anexos da pele
Fonte: SOUZA, E. I.; MACHADO, K. E. Importância da Medula na Estrutura Capilar. Cosmetics & 
Toiletries (Edição em Português), v. 31, jan./fev., 2019, p. 51.
Cutícula
Córtex
Epicutícula
Exocutícula A
Exocutícula B
EndocutículaNuclear
Remanescente
Matriz
Proteínas Ricas
em Enxofre (S)
Cadeia proteica
α - Helicoidal
Protofibrilas
Microfibrilas
Macrofibrilas
Complexo 
membranoso
Celular
Proteínas pobres
em enxofre (S)
Célula ortocortical
Célula paracortical
Célula mesocortical
Unhas:
 Placa dura de queratina densamente compactada;
 Crescimento médio 0,1 mm/24 h – unhas das mãos; unhas dos pés – metade 
dessa velocidade.
Anexos da pele
Fonte: SOUZA, I.; SPAGOLLA, R. et al. Biologia, Histologia e Fisiologia da pele. Cosmetics & 
Toiletries (Edição em Português), v. 32, mai./jun., 2022, p. 20.
Lâmina proximal
Raiz da 
unha Borda livre
FalangeDerme
Epiderme
Glândulas sudoríparas:
 Produzem uma secreção aquosa (suor);
 Estruturas tubulares;
 2 tipos: écrinas e apócrinas. 
Glândulas écrinas:
 São invaginações epidérmicas; 
 Universalmente distribuídas;
 Secretam um suor aquoso rico em água, 
íons K, Na, cloretos, ureia e amônia.
Anexos da pele
Fonte: SOUZA, I.; SPAGOLLA, R. et al. Biologia, Histologia e 
Fisiologia da pele. Cosmetics & Toiletries (Edição em 
Português), v. 32, mai./jun., 2022, p. 20.
Folículo
piloso
Glândulas
sebáceas Glândula
écrina
Superfície 
da pele
Poros
Glândulas apócrinas:
 Resíduo filogenético das glândulas de odor sexual em mamíferos (feromônios);
 Abrem-se nos folículos pilossebáceos e são maiores do que as écrinas;
 Localizadas nas axilas, nos genitais e nas aréolas; 
 Odor sui generis por ação bacteriana;
 Inervação das fibras simpáticas adrenérgicas.
Anexos da pele
Fonte: 
https://www.researchga
te.net/figure/Figura-2-
representacao-das-
glandulas-apocrina-e-
ecrina_fig1_34730397. 
suor
epiderme
sebo suor
derme
tecido
subcutâneo
glândula
écrina
glândula
sebácea
glândula
apócrina
 Função de barreira.
 Função sensorial.
 Função termorreguladora.
 Função imunológica.
 Função sociossexual e cosmética.
 Função hormonal – produção de vitamina D.
Funções da pele
Fonte: SOUZA, I.; 
SPAGOLLA, R. et al.
Biologia, Histologia e 
Fisiologia da pele. 
Cosmetics & Toiletries
(Edição em Português), v. 
32, mai./jun., 2022, p. 20.
Estrato córneo
Camada lúcida
Camada
granulosa
Camada
espinhosa
Camada basal
Derme
Melanócitos
Células de Merkel
Discos táteis
Neurônios
sensoriais
Grânulos
lamelares
Células mortas
Queratinócitos
Células de
Langerhans
Segundo a legislação, os cosméticos são preparados constituídos por substâncias naturais ou 
sintéticas, ou as suas misturas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como: 
pele, sistema capilar, unhas, lábios, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o 
objetivo de:
a) Perfumá-los, alterar a sua aparência e/ou corrigir os odores corporais.
b) Modificação de sistemas fisiológicos levando à remissão dos problemas de saúde.
c) Proteção, descamação e limpeza.
d) Proteção, limpeza e nutrição dos anexos da pele localizados na hipoderme.
e) Veicular as substâncias ativas em veículos que permitam a sua absorção através da pele.
Interatividade
Segundo a legislação, os cosméticos são preparados constituídos por substâncias naturais ou 
sintéticas, ou as suas misturas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como: 
pele, sistema capilar, unhas, lábios, dentes e membranas mucosas da cavidade oral, com o 
objetivo de:
a) Perfumá-los, alterar a sua aparência e/ou corrigir os odores corporais.
b) Modificação de sistemas fisiológicos levando à remissão dos problemas de saúde.
c) Proteção, descamação e limpeza.
d) Proteção, limpeza e nutrição dos anexos da pele localizados na hipoderme.
e) Veicular as substâncias ativas em veículos que permitam a sua absorção através da pele.
Resposta
 Cosméticos: produtos aplicados no corpo humano para promover a limpeza, beleza ou 
alterar a aparência: hidratantes, perfumes, maquiagem, esmaltes, xampus, tinturas capilares, 
pastas de dente, desodorantes etc... 
 Medicamentos: produtos utilizados com a intenção de diagnóstico, cura, alívio, tratamento 
ou prevenção de doenças – sujeitos às regulamentações mais rigorosas, e estudos 
demonstrando a segurança e eficácia, e que os benefícios superem os riscos.
 Cosmecêutico: é um termo híbrido, oriundo da fusão dos termos “cosmético” e 
“farmacêutico”, e ganhou notoriedade, a partir de 1974, quando o médico americano Albert 
Kligman passa a divulgar um produto cosmético que atenuava as rugas, e não 
só embelezava. 
 O FDA (Federal Food, Drug, and Cosmetic Act) não reconhece 
o termo “cosmecêuticos”; a indústria cosmética usa esta 
palavra para se referir aos produtos 
cosméticos que têm propriedades 
medicinais ou benefícios, como medicamentos.
2. Cosmecêuticos 
Fonte: https://bit.ly/3OS4h5k
Cosmecêuticos – Definições
Tabela 1. Ativos classificados como cosmecêuticos 
Categoria Exemplo ativo
Retinoide Adapaleno, tazaroteno 
Agentes 
despigmentantes
Ácido azelaico, ácido fítico, ácido kójico, hidroquinona
Filtros solares
Ácido paraminobenzoico, dióxido de titânio, óxido de zinco, 
tinossorb, mexoril 
Vitaminas
Vitamina A – ácido retinoico, vitamina B, vitamina C, vitamina E, 
niacinamida, ubiquinona
Antioxidantes Ácido alfa-lipoico, ldebenona 
Minerais Cobre, selênio, zinco 
Hidroxiácidos Alfa-hidroxiácidos, beta-hidroxiácidos, poli-hidroxiácidos 
Fatores de 
crescimento
Fator de crescimento epidérmico 
Proteínas Oligopeptídeos Pal-KTTKS, pentapeptídeos 
Hidratantes Ácido linoleico, colesterol, petrolatum 
Botânicos 
Arnica, cera de abelha, camomila, chá preto, chá verde, chá 
branco, ginseng, ginkgo biloba, romã, soja, extrato de semente 
de uva 
Cosméticos com alegadas propriedades farmacológicas não 
só para embelezar, mas para tratar os problemas específicos.
Medicamentos utilizados com a finalidade cosmética.
Cosméticos Medicamentos
Cosmecêuticos
Cosmecêuticos – Definições
 De acordo com a RDC 07/2015, os cosmecêuticos são 
classificados como cosméticos de grau de risco 2 e a 
Anvisa autoriza que sejam manipulados ou vendidos 
prontos, sem a necessidade de receita médica.
 A penetração de determinado ativo pode ser aumentada 
pela incorporação do mesmo em lipossomas. 
Fonte: Livro Técnico – Tecnol Cosméticos. Fonte: 
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/com
mons/9/96/Liposome_cross_section.png
Epiderme
Músculo
Osso
Derme
Tecido
subcutâneo Retinol (vitamina A) – traz muitos benefícios para a pele, como a renovação celular, a 
melhora de rugas e da textura, estimula a produção de colágeno. 
 Alfa-hidróxiácidos (AHA): são substâncias encontradas em alimentos e frutas, sendo 
chamados, muitas vezes, de ácidos de frutas (ác. lático, ác. cítrico, ác. tartárico, ác. málico e 
mandélico). O AHA mais popular do grupo é o ácido glicólico, pois é aquele com a menor 
massa molecular, o que lhe confere elevada penetrabilidade na pele. Pode ser usado em 
diversas lesões cutâneas, como: queratose seborreica, acne, verruga vulgar etc. Por ser um 
agente queratoplástico também é usado para melhorar as rugas (superficiais, médias e 
profundas), manchas hipercrômicas, flacidez, estrias, manchas senis etc... 
 Hidroquinona: ativo que compete com a tirosina pela enzima 
tirosinase, impedindo a formação da melanina, agindo, assim, 
como clareador da pele manchada.
 Ácido kójico: recomendado no tratamento de manchas 
escuras e na prevenção do envelhecimento pela ação 
antioxidante. Também age como antimicrobiano. Tem grande 
vantagem frente aos outros despigmentantes, que é a de não 
ser fotossensibilizante durante o uso. 
Cosmecêuticos – Alguns ativos
 Ácido hialurônico: é talvez um dos bioativos que mais aparece nas formulações para a 
pele, e já tem surgido também em produtos capilares. Se trata de uma substância produzida 
naturalmente pelo corpo, mas que, com o tempo, a sua produção vai diminuindo e pode ser 
reposto em forma injetável, na forma de cremes e loções. Tem ação hidratante e 
estimulante de colágeno. Na forma injetável é usado em harmonização facial como 
preenchedor e modelador. 
 Ácido ascórbico (vitamina C): potente antioxidante e importante na formação do colágeno. 
 Tocoferol (vitamina E): hidratante e formador de barreira cutânea, e antioxidante.
 Nicotinamida (vitamina B3): reduz a acne e os cravos, e controla a oleosidade.
 Ácido ferúlico: um ácido hidroxicinâmico com a função 
antioxidante, bastante utilizado, atualmente.
 Resveratrol: encontrado nas uvas pretas e no vinho tinto. 
Também é encontrado na pele do amendoim, nas amoras, no 
mirtilo, cranberry e cacau. Sua molécula polifenólica além de 
antioxidante e ação protetora dos raios ultravioletas.
Cosmecêuticos – Alguns ativos
Creme despigmentante: 
 Hidroquinona....... 3,0 % (despigmentação);
 Ácido lático......... 2,0 % (hidratação, microesfoliação, renovação celular);
 Alfa-bisabolol ..... 0,5 % (hidratação, anti-inflamação);
 Creme ou fluido 
Oil free qsp ..... 100,0 % (veículo livre de óleo). 
Creme antirrugas:
 Argireline... 10,0 % (neurocosmético que previne as rugas);
 Elastinol....... 5,0 % (torna a pele mais firme e mais elástica);
 Creme não iônico qsp.... 100,0% (veículo que interage menos 
com as cargas).
Cosmecêuticos – Formulações
Dentre os ativos utilizados em cosmecêuticos, a seguir, assinale aquele que apresenta as 
propriedades queratolíticas e são muito utilizados em produtos para o peeling químico:
a) Resveratrol.
b) Ácido hialurônico.
c) Ácido glicólico.
d) Vitamina C.
e) Ácido ferúlico.
Interatividade
Dentre os ativos utilizados em cosmecêuticos, a seguir, assinale aquele que apresenta as 
propriedades queratolíticas e são muito utilizados em produtos para o peeling químico:
a) Resveratrol.
b) Ácido hialurônico.
c) Ácido glicólico.
d) Vitamina C.
e) Ácido ferúlico.
Resposta
 O conceito de higiene, na conservação da saúde, remonta há muitos 
séculos. A palavra “higiene” deriva do termo Higeia ou Hígia, a filha do 
semideus Asclépio, filho de Apolo, o Deus grego da saúde, símbolos 
da Farmácia e da Medicina, respectivamente.
 Os egípcios utilizavam óleos vegetais, gorduras animais e sais 
alcalinos para manter o asseio. 
 No século V a.C., os banhos já eram hábitos e os gregos 
ricos possuíam as salas de banho. Os pobres frequentavam os 
banhos públicos ou se lavavam nos rios.
 Os romanos consideravam a higiene uma 
virtude e um sinal de elegância, construíram 
aquedutos para transportar a água para as 
grandes cidades e, assim, disponibilizá-la 
para a população. Alguns banhos públicos 
possuíam água quente e fria. 
 Cleópatra utilizava óleos essenciais, leite de 
égua e areia fina em seus banhos.
3. Preparações cosméticas para a higiene e limpeza
Fonte: Disponível em: 
https://bit.ly/3OyZF4n. 
Acesso em: 30 jun. 2022.
 As Tabletas de Nippur (1700 a.C.) contém os 
primeiros registros sobre o uso de sabões para 
a higienização do corpo. 
 Plínio descreve que o sabão era usado pelos 
fenícios desde 600 a.C. cozendo o sebo com as 
cinzas de madeira. 
 Segundo os historiadores, o termo “sabão” vem 
do Monte Sapo (Roma) onde eram realizados os 
sacrifícios de animais em pilhas crematórias 
e, quando chovia, a água arrastava o sebo 
dos animais 
derretido nas cinzas 
para o rio 
Tibre onde as 
mulheres lavavam 
as roupas. 
Preparações cosméticas para a higiene e limpeza – Histórico
Reação de saponificação para a obtenção de sabão
Óleo ou gordura + base inorgânica → sabão + glicerina 
O
R – C – O – CH2
O
R – C – O – CH2
O
R – C – O – CH2
Triglicerídeo Sabões
R – C – O – Na+
R – C – O – Na+
O
O
O
R – C – O – Na+ OH – CH2
OH – CH2
OH – CH2
Glicerol
+ 3 NaOH →
Soda
cáustica
 Encontrou, nas ruínas de Pompeia, uma fábrica 
de sabão.
 Galeno (século II) – desenvolve a preparação 
emulsiva a partir da reação de gordura de 
baleia + bórax + água. 
 Árabes (século VII) – desenvolveram o 
processo de saponificação a partir da reação 
de gordura animal e substâncias alcalinas. 
Os espanhóis aperfeiçoam o método 
utilizando o óleo de oliva. 
Preparações cosméticas para a higiene e limpeza – Histórico
Reação de saponificação para a obtenção de sabão
Óleo ou gordura + base inorgânica → sabão + glicerina 
O
R – C – O – CH2
O
R – C – O – CH2
O
R – C – O – CH2
Triglicerídeo Sabões
R – C – O – Na+
R – C – O – Na+
O
O
O
R – C – O – Na+ OH – CH2
OH – CH2
OH – CH2
Glicerol
+ 3 NaOH →
Soda
cáustica
 Os franceses desenvolvem (século XVI), na cidade de Savona, um sabão leve e menos 
cáustico chamado de savonnete.
 Nicolas Leblanc (1791) descobre um processo de fabricar barrilha (NaCO3) permitindo a 
produção de grande quantidade desse álcali. 
 William Colgate (1806) abre a primeira fábrica de sabão nos EUA. 
 Harley Procter e James Gamble (1878) começam a produzir sabonete nos EUA. 
 No Brasil, a Casa Granado começa a desenvolver e a vender os produtos de higiene 
que, nessa época, eram muito valorizados (1870).
 O italiano José Milani passa a fabricar, no Brasil, o sabonete Gessy (1913).
 A partir de 1950, os sabões passam a ser produzidos a partir de derivados do petróleo. 
Preparações cosméticas para a higiene e limpeza – Histórico
Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2014/02/22/21/34/soap-272414_960_720.jpg
 São obtidos pelo processo de saponificação entre um ácido graxo e uma base para formar 
um sal, o tensoativo.
 Os tensoativos são compostos formados por uma parte hidrofílica (tem afinidade pela água) 
e outra parte lipofílica (apresenta a afinidade por óleo). Também são denominados de 
substâncias anfifílicas.
 Os tensoativos reduzem a tensão 
interfacial entre dois líquidos.
Sabões
Tipos de tensoativos.
Fonte: autoria própria.
CABEÇA HIDROFÍLICA CAUDA HIDROFÓBICA
Tensoativo não iônico
Tensoativo aniônico
Tensoativo catiônico
Tensoativo anfótero
Aniônicos:
 Sabões: laurato de potássio, estearato de TEA;
 Sulfatos: LSS, polioxietileno-alquil-sulfatos;
 Sulfonato: dodecil sulfonato de sódio.
Catiônicos:
 Compostos de amônio quaternário.
Anfóteros: 
 A carga depende do pH do meio (betaínas). 
Não iônicos:
 Ésteres graxos de polioxietileno-sorbitano (Tween®);
 Ésteres graxos de sorbitano (Span®).
Sabões
Tipos de tensoativos.
Fonte: autoria própria.
 Os sabões são obtidos quimicamente a partir da reação do hidróxido de sódio(soda) com 
ésteres de ácidos graxos (triglicérides) presentes nas gorduras e óleos. O processo é muito 
simples e pode ser realizado em cubas contendo os agentes graxos (ácidos graxos), a soda 
e a água, seguida de aquecimento, para que a reação de saponificação possa ocorrer. O 
aquecimento além de permitir a reação química, evapora o excesso de água e vai dando 
consistência ao produto.
 Os sabonetes são menos cáusticos do que os sabões e apresentam um toque mais 
suave em função das matérias-primas utilizadas. Dependendo da composição e do processo 
de fabricação podemos ter sabonetes tradicionais, sabonetes glicerinados ou 
sabonetes combar.
Preparo de sabões e sabonetes 
Para o preparo de sabonetes deve-se dispor de: 
 Ácidos graxos C16-18 (palmítico, esteárico e oleico);
 Ácidos graxos C12-14 (láurico e mirístico);
 Álcalis: NaOH (sabão duro); KOH (sabão mole); trietanolamina (sabonetes);
 Adjuvantes diversos, como: corantes, fragrâncias, agentes umectantes, agentes 
opacificantes (TiO2) e antissépticos (triclosan).
Preparo de sabões e sabonetes 
 Os sabonetes glicerinados transparentes são preparados a partir da massa base de 
sabonetes tradicionais solubilizada em 15% de etanol e adicionado de umectantes, como: a 
glicerina, o propilenoglicol, ou o sorbitol e a sacarose que conferem a esses sabonetes 
elevada transparência, mas baixo poder espumante; daí a possibilidade da incorporação de 
tensoativos e da dietanolamida de ácido graxo de coco para melhorar a espumabilidade do 
produto. Eles são, facilmente, obtidos pela moldagem da massa de sabonete fundida.
 O sabonete do tipo combar é uma associação de sabão com detergente sintético que 
reforça a ação espumógena e permite a obtenção de produtos menos alcalinos. 
 Os sabonetes líquidos possuem uma concentração de 
tensoativos entre 45-60%. Eles podem se apresentar na 
forma transparente, perolada ou misturada com os estearatos 
alcalinos para a obtenção de preparações cremosas.
Preparo de sabões e sabonetes 
Sabonete em barra
TÉCNICA DE PREPARO:
1. Pesar a sacarose e pulverizar em gral. Transferir 
para um béquer e dissolvê-la na mistura de água 
e glicerina;
2. Transferir o lauril éter sulfato de sódio para o béquer 
acima e homogeneizar;
3. Pesar a massa base para o sabonete e transferir 
para um béquer. Levar ao banho-maria até a 
completa liquefação;
4. Retirar do banho-maria e, imediatamente, 
adicionar o conteúdo do béquer, álcool etílico, 
corante e essência;
5. Transferir para os/as moldes/formas e aguardar 
o resfriamento;
6. Acondicionar e rotular.
Componente Porcentagem
Massa base para o sabonete 70%
Lauril éter sulfato de sódio 3%
Álcool etílico 5%
Sacarose 3%
Glicerina 5%
Essência q.s.
Corante q.s.
Água purificada q.s.p. 100%
Sabonete líquido íntimo
TÉCNICA DE PREPARO:
1. Em um copo graduado de 125 mL solubilize o 
EDTA, a glicerina e a solução de parabenos em 
q.s. de água;
2. Em um béquer, solubilize os 5 primeiros 
componentes em banho-maria, a cerca de 50 °C e 
homogenize. Adicionar e dissolver o diestearato de 
PEG 6000, quente, no béquer acima;
3. Transferir o conteúdo do béquer para o copo 
graduado e homogenize;
4. Adicionar o corante e a essência;
5. Medir e acertar o pH para o valor de 4,0;
6. Completar com água q.s.p. 100,0 mL;
7. Acondicionar e rotular.
Lauril éter sulfato de sódio 30%
Cocoamidopropil betaína 7%
Dietanolamina de ácido graxo 
de coco
3%
Diestearato de PEG 6000 3%
Triclosan 0,5%
Glicerina 1%
EDTA dissódico 0,05%
Parabenos/Fenoxietanol 0,8%
Extrato glicólico de Aloe vera 0,5%
Corante q.s.
Fragrância q.s.
Ácido lático q.s. pH = 4,0
Água purificada q.s.p. 100 mL
Os sais de banho são compostos a base de sal marinho e podem conter outros componentes 
em sua composição para lhe dar alguma característica particular. Existem vários tipos de sais 
de banho e cada um deles tem um uso específico, como: 
 Agente harmonizador das energias corporais; 
 Esfoliante suave em buchas; 
 Espumante para as banheiras; 
 Fonte de aromas durante o banho, entre outras.
Sais de banho 
Cloreto de sódio 93%
Lauril sulfato de sódio 5%
Álcool etílico 1%
Essência 1%
Corante q.s.
TÉCNICA DE PREPARO:
1. Uniformize o tamanho dos cristais de cloreto de sódio em gral de vidro;
2. Junte o lauril sulfato de sódio e homogenize;
3. Misture a solução de etano + essência + corante ao gral de vidro;
4. Homogenize bem e despreze o excesso de solução;
5. Espalhe os cristais sobre o papel impermeável e deixe secar.
No preparo do sabonete líquido, a adição da imidazolidinil ureia tem como objetivo:
a) Alcalinizar a formulação para um valor de pH próximo de 7,0.
b) Interagir com o citrato de sódio usado como espessante para formar um tampão.
c) Acidificar a formulação para um pH em torno de 6,0.
d) Estabilizar a formulação para que a base perolada não precipite. 
e) Impedir o crescimento de microrganismos. 
Interatividade
No preparo do sabonete líquido, a adição da imidazolidinil ureia tem como objetivo:
a) Alcalinizar a formulação para um valor de pH próximo de 7,0.
b) Interagir com o citrato de sódio usado como espessante para formar um tampão.
c) Acidificar a formulação para um pH em torno de 6,0.
d) Estabilizar a formulação para que a base perolada não precipite. 
e) Impedir o crescimento de microrganismos. 
Resposta
 Não se pode falar em produtos para a higiene capilar sem uma revisão sobre as 
características do fio de cabelo e do couro cabeludo. 
 O fio de cabelo se origina em uma invaginação epidérmica localizada na papila dérmica, que 
é uma estrutura fibrovascular especializada, e responsável pelo crescimento e pela 
manutenção do folículo piloso. 
 Existe em toda a superfície cutânea, exceto a pele glabra (planta dos pés), a glande e o 
introito vaginal.
 Função sociossexual – decorativa e comunicacional.
4. Preparações cosméticas para a higiene e o tratamento capilar
FOLÍCULO PILOSSEBÁCEO
 Haste pilar;
 Raiz – parte interna do 
cabelo e inserida na derme;
 Bulbo com as células 
matriciais e os melanócitos.
Eixo do pelo
Epiderme
Derme
Tela
subcutânea
Músculo
eretor
do pelo
Glândula
sebácea
Folículo piloso
Raiz do pelo
Vaso sanguíneo
da derme
Fonte: https://cosmeticinnovation.com.br/wp-
content/uploads/2016/03/estrutura_cabelo01.png
 Medula.
 Córtex.
 Cutícula.
 Bainha interna.
 Bainha externa.
Componentes do pelo (haste)
Fonte: https://anatomia-papel-e-
caneta.com/sistema-
tegumentar/cuticula-do-pelo 
Fonte: SOUZA, E. I.; MACHADO, K. E. Importância da Medula na Estrutura Capilar. Cosmetics & Toiletries
(Edição em Português), v. 31, jan./fev., 2019, p. 51.
Pelo
Músculo
eretor
Bulbo
Veia
Artéria
Músculo
eretor
FIO DE CABELO COM MEDULA
Cutícula
Córtex
Córtex
Cutícula
Medula
3) Medula
2) Córtex
1) Cutícula
Durante a vida, ocorre uma constante renovação dos fios de cabelo, de acordo com as fases 
de crescimento do mesmo. Os pelos do couro cabeludo duram de 2 a 6 anos e, diariamente, 
perde-se cerca de 100 fios de cabelo. O cabelo possui três fases: 
 Fase anagênica (ativa): nessa fase, encontram-se de 80 a 95% dos fios do couro cabeludo. 
Essa fase possui uma duração de 3 a 7 anos; 
 Fase catagênica (transição): nessa fase, encontram-se de 1 a 2% do total dos fios de 
cabelo. Ela dura de 3 a 4 semanas;
 Fase telogênica (fase final do ciclo de vida): nessa fase, encontram-se de 10 a 14% dos fios 
do couro cabeludo. Essa fase dura de 3 a 4 meses.
Fases do cabelo
 Definição: são produtos cosméticos destinados à limpeza e ao condicionamento dos 
cabelos, sem causar-lhes danos ou irritações no couro cabeludo. A limpeza (cabelos e 
couro cabeludo) e o condicionamento dos cabelos são efetuados através da ação de 
tensoativos (substâncias que reduzem a tensão superficial da água, facilitando o 
contato com os fios e a sujidade).
Tipos de xampu: 
 Tradicionais (limpeza e condicionamento); Tratamento (proporciona o brilho, o volume, a recuperação de fios e a hidratação);
 Medicinais (anticaspa, antiqueda, antisseborreicos). 
Xampu
Formas de apresentação
 Forma líquida transparente: transmite a ideia de pureza e limpeza 
(xampu cristal para os cabelos oleosos e para a seborreia);
 Aspecto perolado: transmite a ideia de tratamento cosmético e 
riqueza da formulação (xampu para os cabelos secos), ou quando 
algum componente impede a sua total transparência;
 Forma opaca: devido à alta capacidade opacificante dos ativos 
empregados (piritionato de zinco e sulfeto de selênio).
Na preparação de xampus o formulador deve, sempre, considerar que as principais 
características desejáveis dos xampus são:
 Formação abundante de espuma;
 Eliminação eficaz da sujidade;
 Facilidade de enxágue e penteado fornecendo o brilho aos cabelos;
 Não deve irritar o couro cabeludo e, se possível, os olhos e a pele;
 Deve apresentar a viscosidade adequada;
 Cores e perfumes agradáveis;
 Deve ser adequado ao uso e, se possível, eco compatível. 
Xampu
 São compostos orgânicos naturais ou sintéticos que apresentam uma longa cadeia lipofílica 
(ou hidrofóbica) e uma porção hidrofílica na mesma molécula. Possuem, portanto, a 
capacidade de serem solúveis tanto em água como em óleo, atuando junto à solubilidade 
dos líquidos.
 Organizam-se, dependendo da concentração, em micelas de modo a não permitir que as 
partes solúveis em óleo (porção hidrófoba) entrem em contato com a água. 
Exemplo: 
 CH12H25(OCH2CH2)OSO3-Na
+ (lauril éter sulfato de sódio).
Tensoativos
Fonte: autoria própria.
estearato de sódio
 Antiestático: apresentam uma carga positiva em sua estrutura química, o que favorece a 
neutralização das cargas negativas que recobrem o fio de cabelo e causam o aumento no 
volume do penteado (característica dos tensoativos catiônicos e anfóteros em pH ácido).
 Detergente: capacidade de um tensoativo em remover as sujidades pela redução da tensão 
superficial da água, o que permite a emulsificação das sujidades lipofílicas.
 Emulsionante: asseguram a estabilidade da dispersão de um agente apolar (lipofílico) com 
a água, facilitando a sua remoção das superfícies. 
 Espessante: os tensoativos promovem o aumento da viscosidade evitando as precipitações.
 Umectante: os tensoativos favorecem o contato da água com outras substâncias. 
 Estabilizador de espuma: aumentam o volume e estabilizam 
a espuma deixando-a mais cremosa (ação característica das 
alcanolamidas de ácidos graxos e dos tensoativos anfóteros).
 Solubilizante: os tensoativos solubilizam os compostos 
lipofílicos como as fragrâncias e os óleos essenciais em água. 
Propriedades dos tensoativos
 Tensoativos primários: são os responsáveis pela capacidade de limpeza 
(poder de detergência).
 Ex.: tensoativos aniônicos (lauril sulfato de trietanolamina e lauril éter sulfato de sódio).
 Tensoativos secundários: modificam certas propriedades do tensoativo primário, como a 
redução da irritabilidade, além de promoverem a elevação da viscosidade do produto final. 
Além disto, os tensoativos anfóteros proporcionam certo condicionamento aos cabelos. 
Assim, emprega-se baixas porcentagens para não tornar os cabelos com um aspecto 
gorduroso. O pH final do xampu deve estar próximo de 6,0.
Tensoativos em formulações
 Ex.: tensoativos anfóteros (betaínas).
 Adjuvantes: tensoativos que asseguram a estabilidade do produto acabado (são 
estabilizadores de espuma, espessante, solubilizante de essências e sobregordurante, pois 
reduzem o ressecamento deixado pelos tensoativos aniônicos. Exemplo: alcanolamidas de 
ácidos graxos de coco. 
 Os tensoativos aniônicos mais usados na preparação de xampus tanto na farmácia magistral 
quanto na indústria cosmética são: lauril éter sulfato de sódio, lauril sulfato de trietanolamina 
e o lauril sulfossuccinato de sódio.
 A dietanolamida de ácidos graxos de coco é empregada como 
estabilizante de espuma, auxiliar no espessamento do xampu 
e como repositor da oleosidade retirada durante a lavagem. 
Tensoativos em formulações
Componentes de um xampu
 A adição de tensoativos 
anfóteros diminui a 
irritabilidade causada pelos 
tensoativos primários e 
ajudam a diminuir a estática 
do cabelo 
(efeito condicionador).
 A incorporação de proteínas 
hidrolisadas em xampus dão 
substantividade ao produto.
Água Principal componente (destilada ou desmineralizada)
Tensoativos
Aniônico (alquil sulfatos: lauril sulfato de amônio; de trietanolamina e alquil éter 
sulfato: lauril éter sulfato de sódio) 
Não iônico (ésteres de PEG, ésteres de sorbitano, ésteres do sorbitano 
polietoxilados, alquilamidas)
Anfóteros (betaínas e imidazolínicos)
Espessantes
Eletrólitos (NaCl, Na2SO4)
Amidas de ácidos graxos
Gomas naturais, derivados de celulose, carbômeros
Estabil. de espuma Amidas de ácidos graxos: mono e dietanolamidas, betaínas (aumentam o 
poder espumante)
Sequestrantes EDTA (complexante de Ca++, Mg++ etc.)
Conservantes
Metilparabeno, propilparabeno, formaldeído, imidazolidinil ureia, isotiazolinonas, 
parabenos e fenoxietanol, 2-bromo-2-nitropropano-1,3-diol
Nota: não deve ser adicionada água aos xampus, pois o conservante perde a 
sua efetividade
Corretores de pH Ácido cítrico, hidróxido de sódio
Opacificantes e 
perolizantes
Álcool cetílico, álcool estearílico, diestearatos de etilenoglicol, monoésteres de 
propilenoglicol, emulsões viscosas de polímeros vinílicos, estearatos de magnésio 
e zinco
Sobrengordurantes Alcanolamidas de ácidos graxos de coco, álcoois graxos, ésteres de ácidos graxos
Suavizantes Lanolina anidra, derivados de proteínas, ésteres graxos de glicol e glicerol, lecitina
(diminuem a ação detergente excessiva)
Antioxidantes BHT (butil-hidroxitolueno)
Perfumes e corantes Perfumes hidrossolúveis, essências, corantes
Formulações
Veja a composição de diferentes xampus: 
 Cabelos oleosos requerem um percentual 
maior de tensoativo primário; 
 Cabelos secos um percentual menor, além da 
inserção de sobregordurante.
Lauril éter sulfato de sódio 20,0%
Lauril sulfato de trietanolamina 10,0%
Dietanolamina de ácido graxo coco 3,0%
Imidazolidinil ureia (Germall) 0,3%
EDTANa2 0,1%
Essência q.s.
Corante q.s.
NaCl Até 2%
Extrato glicólico de jaborandi 5,0%
Ácido cítrico (sol.10%) q.s. pH = 6,0-6,5
Água purificada q.s.p. 100,0 mL
Lauril éter sulfato de sódio 28%
Dietanolamida de ácido graxo coco 3%
Laurilpoliglicosídeo 4%
Poliquaternário 7 2%
EDTANa2 0,1%
Metilparabeno 0,1%
Imidazolidinil ureia 0,1%
Ácido cítrico (sol. 10%) q.s. pH = 6,0-6,5
Fragrância q.s.
Corante q.s.
Cloreto de sódio 1%
Água purificada q.s.p. 100 mL
 Com o uso de xampus a queratina capilar tende a ficar carregada negativamente em valores 
de pH mais elevados, pois o seu ponto isoelétrico é em pH = 3,7.
 Condições climáticas e tratamentos químicos aumentam a sua natureza aniônica. Assim, os 
compostos com carga positiva apresentam afinidade (são atraídos) pela superfície capilar.
 Os condicionadores reduzem 
a estática e melhoram a 
penteabilidade dos cabelos. Podem 
se apresentar na forma de creme 
rinse, condicionador ou 
condicionador leave in.
Condicionadores
Componente Função Concentração aproximada (%)
Cera autoemulsionante 
não iônica
Emulsionante, espessante 2 – 3
Conservantes - -
Óleo mineral Emoliente 1
Álcool cetoestearílico/cetílico
Agente de consistência, 
sobrengordurante
4
Cloreto de cetil trimetil amônio 
50%
Antiestático 1,5 – 2
Silicones quaternizados ou 
catiônicos
Condicionador 5
Aminoácidos de queratina Emoliente, regenerador 1
Silicone Formador de filme 2
Ácido cítrico Acidulante -
Óleo de macadâmia 
hidrossolúvel
Emoliente 1
Dimeticone copoliol Agente condicionador 2
Lanolina etoxilada Emoliente 1 (cabelos secos)
Ureia Hidratante 5 (cabelos normais)
Extrato glicólico de hamamelis Adstringente 2 (cabelos oleosos)
D-pantenolRestaurador/condicionador 1
A incorporação de substâncias como as proteínas hidrolisadas em xampus proporcionam ao 
produto condicionamento, por apresentarem substantividade com o fio de cabelo. Isso ocorre 
em virtude do(a): 
a) Depósito das proteínas na superfície do cabelo formando uma película reparadora, que 
permanece na superfície do fio mesmo após o enxágue.
b) Brilho conferido pelas proteínas.
c) Descamação das espículas do cabelo causada pelas proteínas. 
d) Aumento da hidratação do cabelo. 
e) Aumento da oleosidade do cabelo.
Interatividade
A incorporação de substâncias como as proteínas hidrolisadas em xampus proporcionam ao 
produto condicionamento, por apresentarem substantividade com o fio de cabelo. Isso ocorre 
em virtude do(a): 
a) Depósito das proteínas na superfície do cabelo formando uma película reparadora, que 
permanece na superfície do fio mesmo após o enxágue.
b) Brilho conferido pelas proteínas.
c) Descamação das espículas do cabelo causada pelas proteínas. 
d) Aumento da hidratação do cabelo. 
e) Aumento da oleosidade do cabelo.
Resposta
 BRASIL. RDC n. 211-2005, 14 de julho de 2005. 
 LEONARDI, G. R. Cosmetologia aplicada, 2004. 
 PRISTA, L. N.; FONSECA, A. Manual de Terapêutica Dermatológica e Cosmetológica.
São Paulo: Nova, 2000.
 Produtos de Higiene. Rev. Negócios Ind. Beleza. Edição temática, n. 10, jun. 2009.
 SOUZA, E. I.; MACHADO, K. E. Importância da Medula na Estrutura Capilar. Cosmetics & 
Toiletries (Brasil), v. 31, jan./fev., 2019.
 SOUZA, I.; SPAGOLLA, R. et al. Biologia, Histologia e Fisiologia da pele. Cosmetics & 
Toiletries (Brasil), v. 32, mai./jun., 2022.
Referências
 Tratamento dos cabelos. Rev. Cosmetics & Toiletries (Brasil), v. 8, n. 2, mar./abr., 
1996, São Paulo. 
 VIGLIOGLIA, P. A.; RUBIN, J. Cosmiatria I e II. Buenos Aires: Ed. Artres, 1996. 
 WILKINSON, J. B. Cosmetologia de Harry. 1994 (Leonard Hill).
Referências
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