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Tecnologia de Tratamento de Resíduos Cristina Aparecida Vilas Bôas de Sales Oliveira Cristiano Alves de Carvalho , 3 1 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS Apresentação A gestão dos Resíduos Sólidos tem por objetivo solucionar a grave problemática relacionada ao tema desde a sua produção, coleta, tratamento e disposição final. É o desafio da sociedade contemporânea minimizar os resíduos produzidos, diminuir a exploração dos recursos naturais e aplicar o tratamento adequado. Neste Bloco vamos entender a problemática da geração de resíduos no Brasil. Verificaremos os principais conceitos envolvendo os resíduos sólidos, como as definições, classificação e caracterização dos resíduos, além dos aspectos legais como a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ao final deste bloco, você deverá ser capaz de discutir sobre os problemas relacionados aos Resíduos Sólidos, fazer uma análise crítica sobre a PNRS, bem como diferenciar e entender os principais conceitos relacionados ao tema. 1.1 Problemática da geração de resíduos O Brasil possui uma área de 8.514.876,599 km2 sendo o 5º maior país em extensão territorial do mundo, com uma população que supera a marca de 200 milhões de habitantes de acordo com relatório do IBGE de 2020 (IBGE, 2020). A quantidade de resíduos produzidos é diretamente proporcional ao crescimento populacional, resultante do processo de urbanização, do padrão de qualidade de vida voltado ao consumismo, e do aumento do poder de compra da população. De acordo com o relatório da ABELPRE (2019), entre 2017 e 2018 houve um acréscimo de 1% na produção de resíduos no Brasil o que significa em números absolutos aproximadamente 217 mil toneladas. A produção média de resíduos por habitante no Brasil está em torno de 1 kg/hab.dia. O questionamento que se faz acerca dessa realidade é o que fazer com este número expressivo de resíduos produzidos diariamente, encontrar uma forma de reaproveitarmos estes materiais nos processos produtivos e como descartá-los sem ocasionar grandes impactos ambientais. Um dos grandes desafios do mundo moderno é destinar adequadamente os resíduos sólidos produzidos nos processos industriais, nas residências, da limpeza urbana, dos estabelecimentos comerciais e hospitalares, entre outros. , 4 No Estado de São Paulo são produzidas cerca de 40 mil toneladas diárias de resíduos sólidos domiciliares. A falta de tratamento ou a disposição final precária desses resíduos podem causar problemas sanitários, ambientais e sociais, tais como a disseminação de doenças, a contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais, a poluição do ar pelo gás metano e o favorecimento da presença de catadores. O atual cenário de desenvolvimento econômico e da sociedade de consumo demonstram uma exploração acelerada dos recursos naturais e, portanto, uma alteração do equilíbrio ecológico. Estudos apontam que o descarte inadequado de resíduos é um grande problema de poluição ambiental uma vez que pode contaminar o solo e os recursos hídricos além de aumentar a emissão de gases e material particulado à atmosfera (Santaella, 2014). A utilização de aterros sanitários para destinação dos resíduos é uma técnica muito antiga e menos dispendiosa, sendo muito praticada em vários países incluindo o Brasil, que ainda conta com um número expressivo de lixões e aterros controlados. Embora seja uma tecnologia estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos para a disposição final de resíduos, há uma grande preocupação devido aos passivos ambientais inerentes do processo, como por exemplo a produção de lixiviados e emissão de metano para a atmosfera além da utilização de grandes áreas por longos períodos. Um aterro sanitário é um reservatório de resíduos, construído e implantado sob condições estruturais e operacionais que visam minimizar os impactos relacionados a contaminação do solo, dos recursos hídricos e da atmosfera, porém os riscos potenciais são inerentes as atividades. (Lima, 2012). O processo de decomposição da matéria orgânica nos aterros sanitários produz um liquido de cor marrom denominado chorume que pode contaminar o solo e as águas subterrâneas e superficiais, gera um gás composto basicamente por metano (CH4) que tem um potencial de aquecimento global superior ao dióxido de carbono (CO2) contribuindo de forma significativa com as mudanças climáticas, além dos locais de disposição de resíduos serem fontes de atração de vetores e agentes transmissores de doenças (Gouvêa, 2012). , 5 Uma alternativa ao aterro sanitário, muito utilizada principalmente em países desenvolvidos, é a incineração que também apresenta aspectos negativos. O processo requer condições específicas para o tratamento dos resíduos, como por exemplo o teor de umidade e suas características são aspectos limitantes a utilização dos incineradores. Este processo consiste num tratamento térmico a alta temperatura, que acarreta na formação de substâncias tóxicas como as dioxinas e furanos, devido a presença de elementos precursores de sua formação, por exemplo o cloro presente nos plásticos. (Lima, 2012, Lora, 2013). Este tipo de tecnologia é recomendado ao tratamento de resíduos industriais e de serviços de saúde devido a periculosidade que os mesmos apresentam. No Brasil a maior porcentagem de contribuição dos resíduos é a matéria orgânica, e para tanto tem se disponível a compostagem, que tem por objetivo a produção de um composto fertilizante a partir da decomposição aeróbia da fração orgânica dos resíduos. Este processo requer o controle das condições ambientais para obtenção de um produto de qualidade e garantir a eficiência do processo. Este processo requer a instalação de um sistema de drenagem de percolados produzidos nas leiras de decomposição e encaminhamento ao tratamento (Barros, 2012). Para que as tecnologias descritas acima atinjam o seu objetivo principal é necessário que seja implantado um programa de coleta seletiva que consiste na separação de materiais em função da sua composição e características direto da fonte geradora. Este programa visa destinar os resíduos para o reaproveitamento e a reciclagem, de forma que possa ser utilizado na cadeia produtiva poupando os recursos naturais. As vantagens da reciclagem são inúmeras como, por exemplo, a preservação de recursos naturais; a geração de emprego e renda aos catadores de recicláveis e conscientização da população para a preservação do meio ambiente. De acordo com CEMPRE (2018), o Brasil possui mais de 700 municípios que implantaram um programa de coleta seletiva, entretanto o custo do beneficiamento dos recicláveis é considerado superior ao custo de matéria-prima primária inviabilizando o processo. , 6 1.2 Resíduos Sólidos: Definição, Classificação e Características 1.2.1 – Definição Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas-ABNT, em sua NBR 10004/2004, resíduos sólidos podem ser definidos como os materiais nos estados sólido e semissólidos, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Incluem-se nesta categoria os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, líquidos cujas características se tornem inviáveis de lançamento na rede pública de esgotos ou recursos hídricos, ou aqueles materiais que requerem soluções técnica e economicamente inviável diante das tecnologias atualmente disponíveis (ABNT, 2004). A política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) promulgada pela Lei 12305/2010 e regulamentada pelo Decreto 7.004/2010 define resíduos como todo material ou substância resultante de atividades antrópicas, podendo estar nos estados sólido ou semissólido, gasoso ou líquido cujas características inviabilizemo seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou que exijam, para isso, soluções técnicas para adequá-las ao lançamento ou disposição final ambiental adequada. (Brasil, 2010 a; Brasil, 2010b). A Lei 12305/2010 estabelece uma diferença entre resíduos e rejeitos. Os rejeitos são os materiais que sobram dos resíduos sólidos após o seu reaproveitamento ou reciclagem. Na PNRS a definição de rejeitos é dada por qualquer resíduo que após esgotadas todas as possibilidades economicamente viáveis de reaproveitamento, tratamento e recuperação, não oferece nenhuma possibilidade de utilização, restando apenas a disposição final ambientalmente adequada em aterros, observando as normas operacionais específicas para o descarte (Brasil, 2010a). Conhecer os diferentes tipos de resíduos, as características e a classificação são essenciais para o adequado gerenciamento, que serão importantes nas etapas de acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final. O conhecimento sobre as origens, características e periculosidade dos resíduos auxilia nas tomadas de decisão por parte dos responsáveis pelo correto encaminhamento dos mesmos. (Mambeli Barros, 2012). , 7 A seguir serão apresentadas as classificações baseadas na origem e periculosidade, as características físicas, químicas e biológicas para efeitos de manejo, tratamento e a disposição final ambientalmente adequadas. 1.2.2 Classificação em relação a origem e periculosidade Os resíduos, devido as suas características, podem ser classificados em função da sua origem e periculosidade conforme estabelecido nas normas NBR 10004 da ABNT e a Lei 12305/2010 conforme exemplificado na Tabela 1.1 (ABNT, 2004; Brasil, 2010a) Tabela 1.1. Classificação dos resíduos de acordo com as legislações vigentes Classificação Tipos Le i 1 23 05 /2 0 10 – P o lít ic a N ac io n al d e R es íd u o s Só lid o s Quanto à origem: a) resíduos domiciliares: Originários de atividades domésticas (sobras de alimentos, garrafas de vidro, plásticos, embalagens, papel higiênico, fraldas, descartáveis, entre outros resíduos tóxicos como pilhas, baterias, solventes, inseticidas, etc.). b) resíduos de limpeza urbana: resíduos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas (folhas, galhos de árvores, terra, areia). c) resíduos sólidos urbanos: contempla os resíduos domiciliares e de limpeza urbana. d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: Gerados nessas atividades, com exceção dos resíduos domiciliares, de limpeza urbana, serviços de saúde, construção civil, transporte. Contemplam os materiais de escritório, papel, papelão, plástico, embalagens em geral. e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: contemplam os lodos das Estações de tratamento de água e esgoto. f) resíduos industriais: Gerados nos processos produtivos e instalações industriais. Sujeitos a implementação de plano de gerenciamento de resíduos devido à importância desta categoria de resíduos. g) resíduos de serviços de saúde: Gerados nos serviços de saúde (hospitais, clinicas, unidades de saúde). Sujeitos a implementação de plano de gerenciamento de resíduos devido à importância desta categoria de resíduos. h) resíduos da construção civil: Gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis (contemplam os tijolos, concretos, madeira, cerâmica, tintas e solventes, solos, argamassa, entre outros. Esta classe de resíduos recebe uma classificação específica conforme Resolução Conama nº307/2002) - Sujeitos a implementação de plano de gerenciamento de resíduos devido à importância desta categoria de resíduos , 8 i) resíduos agrossilvopastoris: Gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais (Contemplam resíduos perigosos como embalagens de fertilizantes químicos e pesticidas). Estão sujeitos a implementação de plano de gerenciamento de resíduos devido à importância desta categoria de resíduos j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira. Estão sujeitos a atendimento de medidas sanitárias pelo risco de transmissão de doenças e disseminação de pragas. k) resíduos de mineração. São gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios. Para esta classe de resíduos há normas específicas para remoção de poluentes como bário, sulfetos, arsênios, óleos e graxas, chumbo, cádmio, cianetos entre outros. Quanto à periculosid ade: a) resíduos perigosos: Aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica. b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”. N B R 1 0. 00 4 d a A B N T Quanto aos Riscos Potenciais CLASSE I - PERIGOSOS: São resíduos que apresentam características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde pública CLASSE II – NÃO PERIGOSOS: São subdivididos em duas classes: Resíduos Classe II A- Não inertes = passíveis de apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I –Perigosos – ou Classe II B – Inertes. Resíduos Classe II B- Inertes = são resíduos que, ao serem amostrados conforme NBR 10007 e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10.006, não apresentou nenhuma alteração de seus constituintes a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, exceto aos padrões relacionados ao aspecto, cor, turbidez e sabor conforme estabelecido na NBR 10.004. Quanto a Natureza Lixo doméstico ou residencial Lixo comercial , 9 ou Origem Lixo público Lixo domiciliar especial: Entulho de obras, Pilhas e baterias, Lâmpadas fluorescentes, Pneus. Lixo de fontes especiais: Lixo industrial, Lixo radioativo, Lixo de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários, lixo agrícola, resíduos de serviços de saúde. 1.2.3 Características dos resíduos Os resíduos sólidos possuem características física, químicas e biológicas distintas entre si e seu prévio conhecimento contribui para o correto gerenciamento dos mesmos. Algumas dessas caraterísticas são influenciadas por aspectos como número de habitantes por município, poder aquisitivo, escolaridade e hábitos da população residente bem como as condições climáticas (CEMPRE, 2018). Os parâmetros de geração consistem na taxa de geração por habitante (taxa per capita) bem como o nível de abrangência de atendimento dos serviços públicos. A composição gravimétrica do resíduo é obtida pela determinação do porcentual de seus componentes como vidro, plástico, papel, metais, matéria orgânica, entre outros. 1.2.3.1 Características Físicas As características físicas são importantes para o correto gerenciamento de resíduos, o dimensionamento das unidades envolvidas no processo, as possibilidades de reciclagem e tratamento mais adequadas além da disposição final. A seguir são apresentadas algumas das características físicas mais relevantes. Composição Gravimétrica Característica que aponta as porcentagens das frações do lixo como por exemplo papel, papelão, plástico matéria orgânica, metal, vidro, dentre outros. A caracterização por frações apresenta o potencial econômico dos resíduos devido as possibilidadesde aproveitamento de materiais e avalia o melhor método para tratamento como, por exemplo, a compostagem ou incineração. , 10 Para a caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos, a CETESB (1990) recomenda o método do quarteamento que consiste em uma mistura em que a amostra bruta é dividida em quatro partes iguais, denominadas de quartis. Dessas quatro divisões, soma-se o conteúdo de dois quartis opostos entre si formando novamente uma amostra, que será submetida a um novo processo de quarteamento até que se obtenha uma amostra de volume desejável para a caracterização gravimétrica ou físico química. Para a coleta das amostras devem ser contempladas as diferentes áreas da cidade (regiões residenciais e comerciais, de bairros nobres e com menos recursos) e também dias diferentes da semana (épocas de festas) (Barros, 2012). As características dos resíduos variam em função da geração per capita, do grau de desenvolvimento social e econômico. Verifica-se também uma diferença entre a composição gravimétrica de alguns países como mostra na Tabela 1.2 (HABITZREUTER, 2008, Maciel (2009), (CEMPRE, 2018). Tabela 1.2. Composição gravimétrica de RSU em diferentes países Países Mat. orgânica Papel, papelão. Plástico Metais Vidros Outros Estados Unidos 29 35,6 7,3 8,9 8,4 10,8 Japão 22,2 31,1 15,5 6,4 13,8 11 Reino Unido 23,4 33,9 4,2 7,1 14,4 17 Itália 42,1 22,3 7,2 3 7,1 18,3 Austrália 23,6 39,1 9,9 6,6 10,1 10,7 Coreia do Sul (Seul) 22,3 16,2 9,6 4,1 10,6 37,2 Áustria (Viena) 23,3 33,6 7 3,7 10,4 22 França (Paris) 16,3 40,9 8,4 3,2 9,4 21,8 Brasil (São Paulo) 64,4 14,4 12 3,2 1,1 4,9 México 54,4 20 3,8 3,2 8,2 10,4 Índia 78 2 0 0,1 0,2 19,7 , 11 Geração per capita Esta propriedade mensura a quantidade diária de resíduos produzidos pela população em um período específico. Geralmente refere-se à quantidade de lixo efetivamente coletada pelos serviços públicos de limpeza urbana e a parte da população atendida. Este parâmetro é extremamente importante para o dimensionamento da frota de veículos coletores, das instalações e equipamentos necessários ao sistema de gerenciamento dos resíduos. Conforme mencionado anteriormente, o padrão de consumo da população influencia na contribuição per capita (Barros, 2012). Observa- se também uma diferença na geração per capita entre as distintas regiões do Brasil, notando inclusive valores distintos entre bairros de uma mesma cidade. No Brasil a contribuição per capita varia entre 0,4 a 1,0 kg/hab.dia (Abelpre, 2019). De acordo com o CEMPRE (2018) uma estimativa da quantidade de resíduos produzida pela população atual e futura pode ser determinada a partir das equações a seguir: Geração de RSU atual: A x B x C0 (kg/dia); Previsão de geração de RSU futura: [A x (1 + D)n] x [B x (1 + E)n] x Ct (kg/dia). Onde: A – População atual; B – Geração per capita de lixo (kg/hab.dia); C0 – Nível de atendimento atual dos serviços de coleta de lixo (%); D – Taxa de crescimento populacional (%); E – Taxa de incremento da geração per capita de lixo (%); Ct –Parcela de atendimento dos serviços de coleta após n anos (%); n –Tempo considerado em anos. , 12 Peso específico aparente É uma propriedade dada pela relação entre o peso do resíduo (kg) não compactado (in natura, sem compactação) e o volume ocupado (m3) cuja unidade é dada por kg/m3 conforme apresenta a equação abaixo: Peso Específico (kg/m3) = Peso da Amostra (kg)/Volume do recipiente(m3) A partir deste parâmetro é possível determinar a capacidade volumétrica dos veículos de coleta de resíduos, transporte e no dimensionamento de unidades de disposição final ambiental adequada (aterros sanitários), (Mambeli Barros, 2012). Quando não for possível determinar o peso específico dos resíduos pode se utilizar os valores de 230kg/m3 para resíduos domiciliares, de 280kg/m3 para resíduos de serviços de saúde e de 1.300kg/m3 para entulhos (Monteiro, 2001). Teor de Umidade Parâmetro que representa a quantidade de água contida na massa de resíduos sendo mensurada a partir da relação entre o peso da amostra úmida (in natura) (a) em kg e o peso da amostra após um processo de secagem (b) em kg conforme apresentado na equação abaixo: Umidade (%) = [(a-b)/a]*100 Esta característica é essencial para o correto dimensionamento dos equipamentos de coleta, influencia no poder calorífico dos resíduos quando do aproveitamento energético dos mesmos, na densidade e ainda na velocidade de decomposição da fração biodegradável. Este parâmetro varia de acordo com a composição gravimétrica dos resíduos bem como com a estação do ano, índice pluviométrico. Em média, o teor de umidade dos resíduos varia entre 30 a 40% (Barros, 2012). , 13 Grau de compressividade Este parâmetro indica o grau de compactação ou redução de volume de uma determinada massa de resíduos ao ser compactada. De acordo com Monteiro (2001), ao ser submetida à pressão equivalente a 4kg/cm2, o volume de resíduos pode ser reduzido em torno de um terço a um quarto do volume inicial. É importante determinar este parâmetro para fins de dimensionamento da capacidade volumétrica dos veículos de coleta e transporte de resíduos e da capacidade do aterro sanitário. 1.2.3.2 Características Químicas Poder Calorífico: Segundo Nogueira & Lora (2003), o poder calorífico de um material corresponde ao conteúdo de energia térmica liberada durante as reações químicas de combustão completa para uma unidade de massa ou volume. A unidade representativa deste parâmetro pode ser expressa em kJ/kg, kJ/m³, kcal/m³ ou kcal/kg. A fração de matéria orgânica dos resíduos no Brasil varia em torno de 60% conferindo a este, portanto, um bom potencial energético. De acordo com Lora (2008), o Poder Calorífico Inferior (PCI) médio do resíduo domiciliar é de 1.300 kcal/kg (5,44 MJ/kg). Deve -se ressaltar que o Poder calorífico varia muito em função das características dos resíduos, por exemplos resíduos com alto teor de plástico apresentam alto poder calorífico se comparado a resíduos com maior predominância de matéria orgânica. (Barros, 2013). É um parâmetro essencial no dimensionamento de equipamentos como incineradores pois quanto maior o poder calorífico, maior será a energia liberada no reator para geração de energia, quando se pretende o aproveitamento energético dos resíduos (CEMPRE, 2018, Barros, 2012). Composição química Refere-se aos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras. Resíduos orgânicos apresentam maiores teores de C, H, N, S, O. Este parâmetro indica a tecnologia de tratamento de resíduos mais adequada, especialmente se o objetivo for a compostagem, incineração ou mesmo a disposição final ambiental adequada (aterros) (Barros, 2012). , 14 Relação C/N O parâmetro carbono/nitrogênio indica o grau de decomposição da matéria orgânica de resíduos quando submetidos a tratamento e ou disposição final. Em geral, essa relação encontra-se na ordem de 35/1 a 20/1. (Barros 2013, CEMPRE, 2018). De acordo com Barros (2012) uma alta relação C/N está diretamente relacionada a maior degradabilidade dos resíduos. Este parâmetro é essencial para o controle da decomposição de resíduos através de tratamento biológico, como por exemplo a compostagem. Potencial hidrogeniônico (pH) Os resíduos apresentam um teor de acidez e alcalinidade que varia em função da sua composição química. Este parâmetro é denominado potencial hidrogeniônico (pH) que indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos que varia entre 5 a 7. Este parâmetro é extremamente importante para o processo de digestão dos resíduos uma vez que variações inibem ou aceleram o processo de decomposição da massa de resíduosquando dispostos em aterros sanitários ou em processos de tratamento, como a compostagem por exemplo. 1.2.3.3 Características Biológicas As características biológicas dos resíduos estão relacionadas aos tipos de microrganismos e de agentes patogênicos presentes. Devido à presença e ao metabolismo dos microrganismos, é possível traçar as tecnologias de tratamento e disposição final ambientalmente adequada, uma vez que estes organismos desempenharão um papel importante nas fases de decomposição dos resíduos. Os tipos microrganismos presentes nos resíduos podem favorecer a decomposição aeróbia (presença de oxigênio) ou anaeróbia (ausência de oxigênio) e, portanto, influencia a tecnologia de tratamento e disposição final mais adequada (Mambeli Barros, 2012; Monteiro, 2001). , 15 A caracterização biológica dos microrganismos presentes nos resíduos é essencial para o caso de haver a necessidade de aplicar inibidores de cheiro em veículos de coleta e/ou para acelerar ou retardar a decomposição da matéria orgânica presente no lixo. 1.3 Política Nacional de Resíduos Sólidos A Lei 12.305, de agosto de 2010, institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos que passou a contar com instrumentos jurídicos para a gestão de resíduos no Brasil. Esta política integra a Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81), a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9.795/99) complementando a de Saneamento Básico (Lei 11.445/07) (Brasil, 2010 a). A PNRS, em seu primeiro artigo, dispõe sobre princípios, objetivos e instrumentos estabelecendo diretrizes para o gerenciamento dos resíduos sólidos, delega responsabilidades aos geradores ao poder público e a sociedade bem como designa instrumentos econômicos voltados ao setor. A PNRS torna todos os envolvidos no processo como responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos e, portanto, da gestão dos resíduos. Esta lei trata de todos os tipos de resíduos com exceção dos rejeitos radioativos que possui uma legislação específica (Lei nº 10.308/ 2001) (Brasil, 2020). A PNRS estabelece os princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão de resíduos sólidos conforme apresentado na 1.3. Tabela 1.3. Designações da Política Nacional de Resíduos Sólidos Parâmetros Significado Principais exemplos Princípios Ideias básicas da Lei A prevenção e a precaução, A visão sistêmica que considere as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública Poluidor-pagador e o protetor-recebedor Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; Reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor social, geração de emprego e renda e promoção de inclusão social; , 16 Objetivos O que se visa alcançar com esta lei Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos Adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços Utilização de tecnologias limpas Gestão integrada de resíduos sólidos Incentivo à indústria da reciclagem Instrumentos Procedimentos a serem utilizados para se alcançar os objetivos pretendidos Planos de resíduos sólidos Coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos Educação ambiental; Cooperação técnica e financeira entre os setores público e privado para o desenvolvimento de pesquisas de novos produtos, métodos, processos e tecnologias de gestão, reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de rejeitos; Pesquisa científica e tecnológica Diretrizes Trata-se da linha de trabalho a ser seguida Na gestão de resíduos deve ser seguida uma ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Cabe ao Distrito Federal e dos Municípios a gestão dos resíduos sólidos Fonte: (Brasil, 2020) Compete ao poder público local o gerenciamento dos resíduos sólidos produzidos em seus municípios, sendo este o responsável pela elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada. O poder público local é o responsável por contratar os serviços de coleta, transporte, tratamento e disposição final. A população possui a responsabilidade de acondicionar adequadamente os resíduos para o bom funcionamento do sistema de coleta. , 17 De acordo com a Lei 12.305/2010 a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto (que se refere às etapas de desenvolvimento do produto, da obtenção de insumos e matérias-primas, o processo produtivo, o consumo final bem como a disposição final) é um conjunto de atribuições a todos os envolvidos no processo, desde fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores finais até aos prestadores de serviços públicos de limpeza urbana, para reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos produzidos de forma a minimizar os impactos a saúde pública e ao meio ambiente. A responsabilidade compartilhada é uma espécie de responsabilidade solidária, que tem por objetivo central garantir maior efetividade na proteção ambiental tornando todos responsáveis pela gestão dos resíduos, promovendo a redução dos resíduos gerados através do reaproveitamento e reciclagem; o estímulo para o desenvolvimento de produtos e processos derivados de materiais recicláveis; e o estímulo a boas práticas de sustentabilidade. Dentre os instrumentos previstos na PNRS, a logística reversa caracteriza-se por um conjunto de ações e procedimentos destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial após o consumo. Estes resíduos devem ser reaproveitados no próprio ciclo produtivo ou como matérias primas em outros ciclos, ou ainda quando não for possível sua utilização deve ser encaminhada a destinação final ambientalmente adequada. A Lei prevê que haja investimento no desenvolvimento de produtos aptos a reciclagem e reaproveitamento com menor geração de resíduos e o devido recolhimento dos resíduos remanescentes após o uso para reutilização e ou a destinação final ambientalmente adequada. A grande maioria dos resíduos encontrados no meio ambiente advém do setor de embalagens e a PNRS estabelece que estas devem ser fabricadas com materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem, que possuam volume e peso correspondentes às dimensões necessárias para a proteção do produto, porém de forma a minimizar a quantidade de resíduos. , 18 De forma a garantir os objetivos previstos na Lei 12305/2010 os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de embalagens e produtos considerados perigosos ou tóxicos conforme listados abaixo ficam obrigados a implementar um sistema de logística reversa, independente do serviço público de limpeza urbana. Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, outros produtos considerados perigosos; Pilhas e baterias; Pneus; Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. A logística reversa pode ser implementada em parceria com cooperativas de catadores de materiais recicláveis e, desde que apresente viabilidade econômica, pode se estender a outros tipos de embalagens como, por exemplo, vidro, metal e plástico (Brasil, 2010 a). De acordo com Santos (2017) inúmeros são os benefícios da logística reversa, principalmente aqueles voltados à proteção ao meio ambiente, devido a redução da extração de recursos naturais, diminuição de resíduos com a reutilização e reciclagem deprodutos; redução do consumo de água e energia nos processos de fabricação de insumos primários, melhoria da imagem da empresa perante o mercado acarretando em marketing verde, observa-se um aumento nos lucros da empresa, pois a prática de reutilização de resíduos (matéria-prima) promove a redução de custos de compra de insumos. A Fonte: Adaptado de Soares, 2016 Figura 1.1 apresenta um esquema do sistema de logística reversa e responsabilidade compartilhada, conforme previsto na PNRS. , 19 Fonte: Adaptado de Soares, 2016 Figura 1.1. Logística reversa e responsabilidade compartilhada Segundo Oliveira (2013) a coleta seletiva e a reciclagem são instrumentos previstos na PNRS que são essenciais para a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a promoção da inclusão social. A coleta seletiva é definida como a coleta de resíduos previamente separados de acordo com sua composição gravimétrica e destinados ao reaproveitamento e reciclagem. Vale ressaltar a importância estratégica da coleta seletiva para atender os princípios da sustentabilidade através de programas de educação ambiental, da geração de trabalho e renda à população menos favorecida. A reciclagem é um processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades física, química ou biológica, de forma a transformá-los em insumos para novos produtos ou no mesmo ciclo produtivo original. A reutilização, ao contrário da reciclagem, trata do aproveitamento dos resíduos sem sua transformação. , 20 A coleta seletiva e a reciclagem contribuem para a proteção do meio ambiente devido a redução do consumo de energia e água dos processos produtivos, redução da extração de recursos naturais, aumento da vida útil dos aterros, promove a redução do desperdício, reduz os recursos financeiros destinados a limpeza urbana, proporciona benefícios econômicos às indústrias que aproveitam materiais primas recicláveis mais baratas, além de ter uma apelo social significativo com a geração de emprego e renda pela comercialização dos recicláveis. A PNRS prevê que os resíduos sejam submetidos a tratamento para redução de volume e periculosidade. O tratamento de RSU consiste de uma série de procedimentos físicos, químicos e biológicos de forma a reduzir a carga poluidora, reduzir os impactos sanitários negativos além de promover o beneficiamento econômico do resíduo. No Brasil, a prática utilizada com os resíduos é a disposição em aterros sanitários, enquanto em países desenvolvidos tiveram um avanço tecnológico significativo que proporcionou o aproveitamento energético de matérias primas na cadeira produtiva e inúmeros ganhos ambientais. A Tabela 1.4 apresenta as principais tecnologias de tratamento disponíveis para a destinação adequada de resíduos sólidos (Jucá, 2014). Tabela 1.4. Tecnologias de Tratamento de Resíduos Tecnologia de Tratamento Processo Evolução Produtos Inovação Triagem Físico Coleta Seletiva, Tratamento Mecânico - Biológico Matéria- Prima para reciclagem e energia Recuperação dos resíduos - Energia Derivada dos Resíduos (Waste to Energy- WTE) Tratamento biológicos Biológico Biodigestores Anaeróbios, Compostagem Composto orgânico e Energia Agricultura e Energia derivada dos resíduos (Waste to Energy) Incineração Físico- Química Tratamento Térmico Vapor e Energia Elétrica Energia Derivadas dos Resíduos (Waste to Energy) Aterros Sanitários Físico, Químico e Biológico Reator Anaeróbio, Tratamento da Matéria Orgânica Biogás (Energia) e lixiviado Energia Derivadas dos Resíduos (Waste to Energy) e Fertilizantes , 21 A PNRS conceitua destinação final ambientalmente adequada como aquela que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações como, por exemplo, a disposição final desde que atendam aos requisitos legais para evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Ao serem esgotadas as possibilidades de reutilização, reciclagem e tratamento, a lei estabelece que os resíduos, agora categorizados como rejeitos, devam ser dispostos de forma ambientalmente correta, através do que conceitua como disposição final ambientalmente adequada. Esta disposição trata da distribuição ordenada de rejeitos em aterros sanitários, observando as normas operacionais específicas de forma a evitar danos à saúde pública e ao meio ambiente. Para atender os objetivos propostos na lei, a PNRS estabelece alguns instrumentos econômicos como, por exemplo, a instituição de linhas de financiamento para empresas que visam a prevenção e redução da geração e resíduos, aquelas destinadas ao desenvolvimento de produtos que gerem menor impacto ambiental, às iniciativas de implantação de infraestrutura destinada a associação de catadores de recicláveis e a coleta seletiva e logística reversa, os planos de gerenciamento de resíduos (Brasil, 2010a). A Lei 12.305/2010 estabelece a elaboração de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aos geradores de resíduos de Serviços Públicos de Saneamento Básico, Resíduos Industriais, de Serviços de Saúde e de Mineração, aos estabelecimentos comerciais que produzam resíduos perigosos ou de grande volume como é o caso dos resíduos da Construção Civil e, por fim, os resíduos derivados dos serviços de transporte e do segmento agrosilvopastoris (Becker, 2013). , 22 De acordo com a PNRS um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deve descrever o empreendimento ou atividade; apresentar um diagnóstico dos resíduos sólidos gerados informando a origem, o volume e a caracterização dos mesmos; e incluir os passivos ambientais relacionados ao desempenho das atividades. O plano deve contemplar ainda os envolvidos no processo apontando os responsáveis pelas etapas do gerenciamento; os procedimentos operacionais; apresentar a identificação das soluções compartilhadas com outros geradores se for o caso; descrever as ações preventivas e corretivas em casos de emergências; as metas previstas para redução da geração de resíduos; e as ações relacionadas a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O plano de Gerenciamento de resíduos sólidos constitui item obrigatório da documentação necessária para obtenção das licenças ambientais do empreendimento (Brasil, 2010 a, Becker, 2013). Conclusão Neste bloco você aprendeu os principais conceitos envolvendo a temática resíduos sólidos, a problemática envolvendo o descarte inadequado, o quanto o desperdício promove a geração descontrolada de resíduos e como impactam o meio ambiente. Foram apresentadas as principais características físicas, químicas e biológicas e a classificação dos resíduos quanto a origem e periculosidade. Por fim foram abordados os principais aspectos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos que vem estabelecer as diretrizes. REFERÊNCIAS ABRELPE. Panorama dos resíduos sólidos no brasil 2018-2019. Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. 2019. Disponível em: <http://abrelpe.org.br/panorama/>. Acesso: 2 jul. 2020. BARROS, R. M. Tratado Sobre Resíduos Sólidos. Interciência. Ex. 2. Rio de Janeiro, 2013. http://abrelpe.org.br/panorama/ , 23 BARROS, R. T. V. Elementos de gestão de resíduos sólidos. Belo Horizonte: Tessitura, 2012. BECKER, R. V. B.; CORRÊA, E. K.; CORRÊA, L. B. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Núcleo de Educação, Pesquisa e Extensão em Resíduos e Sustentabilidade (NEPERS) – Engenharia Sanitária e Ambiental - Universidade Federal de Pelotas. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/367LO1B>. 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