Buscar

Resíduos radioativos e resíduos industriais

Prévia do material em texto

5
VANDERSON FERREIRA PACHECO
Climatologia e MeteorologiaClimatologia e MeteorologiaResíduos radioativos e resíduos industriais
São Luís
2024
Introdução
Os resíduos radioativos geram grande preocupação por parte da população, sobretudo devido aos acidentes nucleares já ocorridos. Além disso, os resíduos industriais inspiram maiores cuidados devido à sua própria natureza e quantidades geradas, nos diferentes segmentos do setor produtivo. Dessa forma, tratam-se de duas áreas de atuação profissional de grande relevância que buscam por profissionais capacitados para gerenciar os resíduos de forma correta e capazes de desenvolver tecnologias sustentáveis para o seu tratamento e disposição final.
os resíduos radioativos, vamos entender sobre o setor da energia nuclear. As questões ambientais relacionadas ao uso de combustíveis fósseis para a produção de energia estão impulsionando os países a buscarem fontes alternativas de energia, por exemplo, a energia eólica, energia da biomassa, energia solar, energia nuclear, entre outras. Segundo dados do Panorama da Energia Nuclear no Mundo (ELETROBRÁS ELETRONUCLEAR, 2016), em 2014, os Estados Unidos foram o país que mais gerou energia por fonte nuclear, sendo responsável por 33,13% da produção total da energia nuclear no mundo. 
Além dos Estados Unidos, também se destacam França (17,34%) e Rússia (7,01%). O Brasil possui duas usinas U3 - Resíduos de serviço de saúde, de construção e demolição, resíduos radioativos e industriais 137 nucleares em operação (Angra 1 – PWR, 640 MW e Angra 2 – PWR, 1350 MW), cuja produção de eletricidade em 2014 foi de 15385 TWh, o que representa 2,68% da energia elétrica do país e 0,58% da geração de energia por fonte nuclear no mundo. Além disso, o Brasil possui uma usina em construção desde de 2010, a Angra 3 PWR 1405 MW, com conclusão prevista para 2021. Além disso, segundo o Panorama da Energia Nuclear no Mundo (ELETROBRÁS ELETRONUCLEAR, 2016), os planos de expansão da matriz elétrica brasileira preveem a construção de quatro a oito usinas nucleares em um horizonte até 2030, localizadas no Nordeste e no Sudeste do país. Cabe ressaltar que o Brasil também possui quatro reatores de pesquisa, sendo dois em São Paulo, um em Minas Gerais e um no Rio de Janeiro, utilizados para produção de radioisótopos usados na indústria e na medicina. No que se refere à geração de resíduos radioativos, não há dados quantitativos da geração, visto que os países podem guardar ou reprocessar os seus resíduos. 
Contudo, há processos a serem seguidos, uma vez que os rejeitos radioativos são perigosos, o seu gerenciamento exige a adoção de medidas a fim de garantir a proteção da saúde humana e do meio ambiente. Os rejeitos radioativos são aqueles gerados em usinas nucleares, na medicina nuclear para fins terapêuticos e diagnósticos, radioterapia e pesquisa, e, portanto, são de responsabilidade do gerador. Além disso, são classificados segundo seus níveis e natureza da radiação, bem como suas meias-vidas
Inventário de resíduos sólidos industriais 
Descrição da situação-problema 
As indústrias, segundo o tipo de destino da produção, são classificadas em indústrias de bens de consumo (vestuário, calçado, mobiliário, etc.) e indústrias de bens de equipamento (matérias-primas, máquinas agrícolas, ferramentas, material ferroviário, etc.). Porém, independentemente da sua classificação, todas são responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos gerados em seus processos produtivos.
Resolução da situação-problema 
Os resíduos sólidos industriais são classificados segundo a ABNT NBR 10004/2004 em Classe I – Resíduos Perigoso e Classe II – Resíduos não perigosos. No caso da indústria de produtos químicos têm-se a geração dos dois tipos de resíduos (químicos perigosos e resíduos não perigosos, como papel, plástico, madeira, etc.). Segundo a Resolução CONAMA nº 313/2002, as indústrias previstas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do U3 - Resíduos de serviço de saúde, de construção e demolição, resíduos radioativos e industriais 149 IBGE devem apresentar informações sobre geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus resíduos sólidos. Essas informações constituem o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais e devem ser apresentadas ao órgão estadual de meio ambiente e atualizadas a cada 24 (vinte e quatro) meses no máximo. Além disso, a indústria de produtos químicos está prevista na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE, conforme consta no Art. 4º da Resolução CONAMA nº 313/2002. Porém, as indústrias não precisam fornecer as informações que considerarem sigilosas, relativas ao processo produtivo. Para apresentar o inventário, a indústria deve registrar mensalmente os dados de geração e destinação dos resíduos gerados. Caso a indústria não apresente os dados solicitados, a partir do inventário, para o órgão estadual de meio ambiente, a mesma estará sujeita às penalidades e sanções previstas na Lei nº 9.605/1998
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPEZA URBANA E RESÍDUOS ESPECIAIS – ABRELPE. Panorama Nacional de Resíduos Sólidos 2016. Disponível em: Acesso em: 11 nov. 2017.
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10157: Aterro de resíduos sólidos perigosos – critério para projeto, construção e operação. Rio de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO Brasileira de Normas Técnicas. 2004b. Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos: NBR-15115. Rio de Janeiro: ABNT 14p. Disponível em: Acesso em: 19 nov. 2017.
image1.png

Continue navegando