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TEXTOS FUNDAMENTAIS DE FICÇÃO EM LÍNGUA INGLESA Maria C. Muller Character: characterization Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Analisar os variados tipos de personagens do texto de ficção. � Identificar a relação entre os personagens na construção do sentido do texto de ficção. � Apreender as características da construção dos personagens no texto de ficção. Introdução Você já parou para pensar na etimologia da palavra texto? Texto origina- -se do termo em latim textus, que, por sua vez, é ligado à palavra tecido, estrutura (LEWIS; SHORT, 2018). O tecer de uma estrutura textual vai sendo construído pelo autor por meio de diversos elementos narrativos à me- dida que a escrita toma forma. Entre esses elementos, estão o enredo, a ambientação, o tempo e, claro, os personagens. Neste capítulo, você vai compreender com mais detalhes a função delegada aos personagens dentro do texto de ficção, as características que cercam sua moldagem na narrativa e a construção desses seres fic- tícios, que se tornam tão reais durante a leitura que parecem transcender as páginas do livro. A caracterização Antes de você explorar mais sobre o elemento personagem dos textos de ficção, é importante saber o que é a caracterização. A palavra character, do inglês, é traduzida para o português como personagem, e a palavra characterization, como caracterização; como você pode notar, um termo se funde no outro. E é basicamente essa a ideia quando falamos de caracterização, que pode ser descrita como o modo pelo qual um escritor vai descrever seus personagens, o conjunto de características dadas ao protagonista, antagonista e outros personagens da trama. Esse processo de caracterização pode ser feito a partir das falas dos personagens, da narração e das ações e mudanças que perpassam a jornada de um personagem no decorrer do texto. Diferenciando caracterização No artigo intitulado Characterization in Narrative, James J. Garvey (1978) ressalta a importância de distinguir a caracterização de um personagem da simples identificação de um personagem. Garvey (1978) explica que a identificação vem atrelada à mera conexão com um nome próprio (exemplo: João, Pedro, Maria) ou, ainda, a uma descrição mais vaga, por exemplo, “o misterioso estranho”. A caracterização, segundo o autor, dedica-se a atribuir uma série de particularidades e características ao personagem. A seguir, um exemplo de um trecho (em português e em inglês) do livro The Hobbit, de J.R.R. Tolkien, em que temos a caracterização (a partir de narração) de como seria fisicamente um hobbit: Eles são (ou eram) um povo pequeno, com cerca de metade da nossa altura, e menores que os anões barbados. Os hobbits não têm barba. Não possuem nenhum ou quase nenhum poder mágico, com exceção daquele tipo corriqueiro de mágica que os ajuda a desaparecer silenciosa e rapidamente quando pessoas grandes e estúpidas como vocês e eu se aproximam de modo desajeitado, fazendo barulho como um bando de elefantes, que eles podem ouvir a mais de uma milha de distância [...] (TOLKIEN, 2012, p. 02). They are (or were) a little people, about half out height, and smaller than the bearded Dwarves. Hobbits have no beards. There is little or no magic about them, except the everyday sort which helps them to disappear quietly and quickly when large stupid folk like you and me come blundering along, making a noise like elephants which they can hear a mile off (TOLKIEN, 2014, p. 12). A partir da descrição dada pelo narrador, a caracterização vai sendo mon- tada e o leitor pode, à medida que essa caracterização for sendo fornecida, imaginar esses personagens de forma mais vívida. Esse é um exemplo de caracterização direta: quando é dada a partir do narrador ou de outro per- sonagem. Em contrapartida, temos a caracterização indireta, na qual cabe ao leitor, com base nas ações e no comportamento de um personagem, fazer sua própria leitura da caracterização. Character: characterization2 A natureza dos personagens e suas classificações Os personagens de um texto fazem você viver a história junto a eles, como no juramento matrimonial “na alegria e na tristeza”. Os personagens encaminham o leitor no decorrer do enredo e de seus acontecimentos. A composição dos personagens é uma tarefa importante e cabe ao autor construí-la de forma que, durante o ato de leitura do texto de ficção, o leitor se identifique e torça para pelo menos algum daqueles personagens. Para você começar a entender um pouco da trajetória da construção dos personagens, é importante observar que posições eles ocupam na história contada. As classificações em relação aos personagens, se são protagonistas ou antagonistas, planos ou redondos, permitem acessar melhor a natureza de cada um deles. Personagem protagonista O personagem chamado de protagonista é o personagem principal da história. A definição pode até ser fácil, porém, na maioria das vezes, a jornada do protagonista apresenta inúmeros tropeços ao longo do caminho percorrido. O foco do enredo gira em torno do personagem principal e de sua história. Normalmente, também leva o título de herói, afinal, terá que enfrentar inú- meros obstáculos a fim de alcançar seu objetivo. Exemplos de protagonistas são Harry Potter, da famosa série de livros escritos por J. K. Rowling, e Jane Eyre, a personagem de Charlotte Brontë e que também dá título do romance. A maioria dos protagonistas são heróis, mas não se esqueça de que existem muitos protagonistas que são considerados anti-heróis. O que isso quer dizer? Isso significa que os protagonistas anti-heróis carecem de certas características geralmente encontradas nos protagonistas heróis. O leitor não simpatiza tanto com esses personagens, que apresentam poucas virtudes e trazem sempre uma dúvida quanto às suas questões morais e éticas. No entanto, lembre-se: eles não são vilões. Jay Gatsby, de The Great Gatsby (O Grande Gatsby), escrito por F. Scott Fitzgerald, e Jamie Lannister, em A Song of Ice and Fire (As Crônicas de Gelo e Fogo), escrito por George R. R. Martin, são alguns exemplos de anti-heróis da literatura. 3Character: characterization Personagem antagonista Para enfrentar o protagonista, temos o antagonista, que complica a vida do personagem principal. Segundo Massaud Moises, o antagonista, “introduzido por Ésquilo (525-456 a.C.), propiciou o desenvolvimento da parte dialogada e dramática das peças, em detrimento da participação do coro” (MOISÉS, 1988, p. 2). O antagonista é o que conhecemos usualmente como vilão da história. Dentre os vilões literários, podemos destacar Voldemort (em oposição a Harry Potter) e o Professor Moriarty (em oposição a Sherlock Holmes). Personagem plano e personagem redondo Além da denominação de personagem protagonista e antagonista, em 1927, o escritor E. M. Forster surge com uma nova divisão para os personagens: planos e redondos. Em Aspectos do Romance, no qual discorre sobre elementos do romance, Forster surge com essa divisão, que é seu conceito mais difundido dentro dos estudos literários. Segundo o próprio autor, personagens planos, “na sua forma mais pura, são construídos ao redor de uma ideia ou qualidade simples”, são seres bidimensionais, fáceis de serem reconhecidos e lembrados, sem muita profundidade emocional e previsíveis. Já o “teste de um personagem redondo é se ele é capaz de nos surpreender de maneira convincente. Se ele nunca nos surpreende, é plano” (FORSTER, 2005, p. 61). Os personagens redondos são multidimensionais, apresentam uma profundidade emocional e são capazes de mudanças no decorrer do texto. São exemplos de personagens considerados planos na literatura inglesa: � Mr. Collins, do livro Pride and Prejudice (“Orgulho e Preconceito”) (1813), escrito por Jane Austen; � Mrs. Micawber, do livro David Copperfield (1849), escrito por Charles Dickens. E são exemplos de personagens consideradosredondos na literatura inglesa: � Hamlet, da peça Hamlet, escrita por William Shakespeare; � Severus Snape, da série Harry Potter, escrita por J. K. Rowling; � Winston Smith, do livro 1984, escrito por George Orwell. Character: characterization4 Personagem e narrador O personagem também pode ser o narrador da história, e vice-versa. Pode ser um narrador em primeira pessoa, um ser parte da história contada, porém, não necessariamente o protagonista. Além disso, o narrador em primeira pessoa não precisa ter conhecimento pleno de tudo o que acontece. Ele permite ao leitor saber seu ponto de vista sobre o universo ficcional em que habita. Outra possibilidade é o narrador usar um foco narrativo em terceira pessoa: ele é onisciente, ou seja, sabe de tudo. Um narrador onisciente compreende os pensamentos e sentimentos dos personagens da história. Já o narrador observador não tem esse domínio sentimental, limitando-se a narrar os fatos em si. Fique de olho no narrador e em seu foco narrativo; a partir dele, o leitor interage diretamente com o universo representado, permitindo constatar não somente traços estilísticos, mas detalhes de uma narrativa que somente um narrador pode oferecer. Entre alguns famosos narradores em primeira pessoa da literatura inglesa, estão: � Ishmael, do livro Moby Dick (Herman Melville), em uma das introduções mais famosas da literatura mundial: “Call me Ishmael. Some years ago – never mind how long precisely – having little or no money in my purse, and nothing particular to interest me on shore, I thoughtI would sail about a little...” (“Chamai-me Ishmael. Há alguns anos – quantos precisamente não vem ao caso – tendo eu pouco ou nenhum dinheiro na carteira e sem nenhum interesse em terra, ocorreu-me navegar...”). � Scout Finch, do livro To Kill a Mockingbird (“O Sol é para Todos”) (Harper Lee): “When he was nearly thirteen, my brother Jem gor his arm badly broken at the elbow...” (“Quando tinha quase treze anos, meu irmão Jem sofreu uma fratura grave no cotovelo...”). � Nick Caraway, de The Great Gatsby (“O Grande Gatsby”) (F. Scott Fitzgerald): “In my younger and more vulnerable years my father gave me some advice that I’ve been turning over my head ever since”. “Whe- never you feel like criticizing any one”, he told me, “ just remember that all the people in this world haven’t had the advantages that you’ve had” (“Em meus anos mais vulneráveis de juventude, meu pai me deu um conselho que jamais esqueci: sempre que tiver vontade de criticar alguém – ele disse, lembre-se de que ninguém teve as oportunidades que você teve”). 5Character: characterization Os personagens na construção do texto Os personagens não são meros enfeites narrativos, e sim elementos essenciais na construção de um texto de ficção. Um tempo atrás, alguns estudiosos observa- ram padrões no relacionamento personagem versus texto a partir de narrativas clássicas mundiais. No ano de 1949, o escritor e professor de literatura Joseph Campbell cria o conceito de monomito (único mito), também chamado de a jornada do herói, em seu livro The Hero with a Thousand Faces (“O Herói de Mil Faces”). O conceito narrativo da jornada do herói (protagonista), segundo Campbell (1989),“[...] é uma magnificação da fórmula representada nos rituais de passagem – separação-iniciação-retorno –, que podem ser considerados a unidade nuclear do monomito.” A seguir, você poderá conhecer mais sobre as etapas da jornada do herói de acordo com as ideias de Campbell. A partida A partida do herói se dá após um chamado. Joseph Campbell (1989) fala de “o chamado da aventura”; aventura essa que pode começar por qualquer motivo, seja uma simples carta ou até um pedido de ajuda. Um exemplo dessa etapa vemos no primeiro livro da série Harry Potter, Harry Potter and the Philosopher’s Stone (“Harry Potter e a Pedra Filosofal”), em que a partida do protagonista acontece após ele ter recebido uma carta da escola de Hogwarts. É a partir desse momento que a jornada de Harry começa de fato a acontecer e que a trama começa a se desenvolver. O termo monomito tem origem na história escrita por James Joyce intitulada Finnegans Wake. Publicada em 1939, tem por fama ser considerada uma das mais difíceis de ler da língua inglesa devido às experimentações que o autor fez com as palavras (neologismos, portmanteau, fluxo de consciência, entre outras técnicas). A iniciação A iniciação é uma etapa de provas e atribulações para o herói ou a heroína – a maior parte da trama acontece justamente nessa fase. O limiar da zona de Character: characterization6 conforto foi ultrapassado, seu mundo deixado para trás e, agora, as provações serão inevitáveis. Entre as crises e os êxitos dos testes, o herói ou a heroína precisará da ajuda essencial de aliados (muitas vezes inesperados) para en- frentar os inimigos nessa etapa. Um exemplo dessa etapa encontramos em Great Expectations (“Grandes Esperanças”), livro escrito por Charles Dickens. Nessa obra, o protagonista chamado Pip tem de encarar uma série de eventos: a morte da irmã, a revelação de seu real benfeitor e o casamento do grande amor de sua vida com outra pessoa. O retorno Como o nome diz, o retorno é a volta para casa após o personagem ter passado e vencido inúmeras provações físicas e psicológicas. Você já deve ter percebido que essa etapa é a da resolução, quando tudo foi solucionado e os obstáculos foram vencidos. O herói (ou a heroína) volta para casa modificado, como em um processo de amadurecimento. Um exemplo dessa etapa é o final do livro Charlie and the Chocolate Factory (“A Fantástica Fábrica de Chocolate”), escrito por Roald Dahl em 1964 e adaptado para o cinema em 1971 e 2005. Nele, o protagonista Charlie, de origem humilde, volta para casa e ganha a fábrica de chocolates que tanto sonhara em visitar. Dentro das etapas da jornada do herói, existem subetapas. Saiba mais lendo The Hero with a Thousand Faces (“O Herói de Mil Faces”), de Joseph Campbell, e também a versão de Christopher Vogler para o monomito em seu livro The Writers Journey (“A Jornada do Escritor”). Algo crucial que Antônio Cândido nos faz lembrar é que “o enredo existe através das personagens; as personagens vivem no enredo. Enredo e per- sonagem exprimem, ligados, os intuitos do romance, a visão da vida que decorre dele, os significados e valores que o animam” (CANDIDO et al., 2007, p. 53-54). Neste capítulo, você pôde perceber a importância do personagem no texto de ficção, analisar seus variados tipos, identificar a relação personagem versus texto na construção da narrativa e apreender suas diversas características. 7Character: characterization 1. O personagem é um dos elementos mais importantes do texto de ficção. Sobre os personagens de uma trama, é correto afirmar: a) Os personagens devem estar perfeitamente adequados à realidade. b) O personagem nunca pode ser personagem e narrador ao mesmo tempo. c) Todo personagem chamado plano é antagonista. d) Heróis são os protagonistas e anti-heróis são os vilões de toda e qualquer história. e) Os personagens encaminham o leitor no decorrer do enredo e de seus acontecimentos. 2. Muitos autores usam a narração em primeira pessoa, como, por exemplo, Mark Twain, em The Adventures of Huckleberry Finn, que, em português, inicia com a frase “O leitor não me conhece...”. Nesse caso, o narrador está criando uma ligação direta com quem lê. Sobre o narrador em primeira pessoa, é correto afirmar: a) O narrador em primeira pessoa é, ao mesmo tempo, protagonista da história. b) Ele sabe de tudo o que acontece, mas não faz parte do enredo. c) Pode ser tanto um personagem protagonista quanto qualquer outro personagem criando um elo entre o universo ficcional e o leitor. d) O narrador em primeira pessoa não comenta sobre si mesmo. e) O leitor nunca tem conhecimento do ponto de vista do narrador em primeira pessoa. 3. O escritor E. M. Forster criou conceitode personagens planos e personagens redondos para entendermos melhor seus papéis dentro do texto de ficção. Qual das definições a seguir caracteriza adequadamente os personagens redondos? a) Os personagens redondos são caracterizados assim pelo fato de serem multidimensionais e surpreenderem o leitor de maneira convincente. b) Personagens redondos são criados para serem bidimensionais. c) Personagens planos mudam constantemente no decorrer da narrativa. d) Na construção dos personagens redondos, quase não há minúcias ou mutações de comportamento. e) Personagens podem ser tanto planos quanto redondos. 4. A forma como o autor constrói o personagem e o leitor visualiza é chamada de caracterização. Assinale a alternativa correta com relação a esse processo: a) Caracterização é o nome dado ao conjunto de atributos físicos de um personagem. Character: characterization8 b) Um fator importante da caracterização é o fato de que é exclusivamente composta pelo autor. c) A caracterização direta leva esse nome devido ao fato de que é feita diretamente pelo protagonista. d) Os escritores evitavam caracterização indireta para facilitar a vida de seus leitores. e) O processo de caracterização pode ser feito a partir das falas dos personagens, da narração e das ações e mudanças que perpassam a jornada de um personagem no decorrer do texto. 5. O conceito de monomito foi criado por Joseph Campbell para descrever as etapas da jornada do protagonista/herói. Sobre monomito, é correto afirmar: a) A jornada do herói são etapas que acontecem com todos os personagens da mesma maneira. b) O termo monomito, usado por Joseph Campbell, vem da história intitulada Finnegans Wake, escrita pelo escritor irlandês James Joyce. c) A iniciação é a etapa mais curta da jornada do herói. d) O “chamado para a aventura” acontece na etapa de retorno do protagonista. e) Na etapa do retorno, o herói volta para casa da mesma forma como partiu. As evoluções emocionais não são perceptíveis. CAMPBELL, J. O herói de mil faces. 14. ed. São Paulo: Pensamento, 1989. CANDIDO, A. et al. A personagem de ficção. São Paulo: Perspectiva, 2007. FORSTER, E.M. Aspectos do romance. 4. ed. Rio de Janeiro: Globo, 2005. GARVEY, J. Characterization in narrative. Poetics, v. 7, n. 1, p. 63-78, Mar. 1978. MOISÉS, M. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1988. LEWIS, C. T.; SHORT, C. Textus. Perseus, 2018. Disponível em: <http://www.perseus. tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0059%3Aentry%3Dtextus2>. Acesso em: 06 ago. 2018. TOLKIEN, J. R. R. O Hobbit. São Paulo: Martins Fontes, 2012. TOLKIEN, J. R. R. The Hobbit. Bishopbriggs: HarperCollins, 2014. 9Character: characterization http://www.perseus/ http://tufts.edu/hopper/text?doc=Perseus%3Atext%3A1999.04.0059%3Aentry%3Dtextus2 Leituras recomendadas DAHL, R. A Fantástica Fábrica de Chocolate. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2016. DICKENS, C. Grandes esperanças. São Paulo: Penguin, 2012. ECHOLES, R. et al. (Ed.). Elements of Literature: essay, fiction, poetry, drama, film. 4. ed. Oxford: Oxford University Press, 1991. FITZGERALD, F. S. O Grande Gatsby. São Paulo: Geração, 2014. MARTIN, G. R. R. As Crônicas de Gelo e Fogo. São Paulo: Leya, 2014. 5 v. SHURGOT, M. W. Shakespeare's sense of character: On the Page and From the Stage. Farnham: Ashgate Publishing, 2013. VOGLER, C. A jornada do escritor: estruturas míticas para escritores. São Paulo: Aleph, 2006. Character: characterization10 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra.