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Patologia Especial – Fígado Fígado - Órgão sólido: órgão resistente - Lóbulo direito maior que o lóbulo esquerdo - Coloração marrom-acastanhada distribuída de forma uniforme - Superfície lisa e brilhante: aspecto normal - Peso varia de 1,4 kg a 1,6 Kg nos homens e 1,2Kg nas mulheres - Maior glândula do corpo humano - Segundo maior órgão do corpo humano Esteatose hepática - Acumulo de gordura dentro dos hepatócitos - Fígado com aspecto: amarelado, inchado, bordas rombas, molengo (se desfaz), solta liquido amarelado (gordura) - Observar as características macroscópicas do fígado saudável e patológico Congestão passiva do fígado - Coloração não homogênea: pontos mais avermelhados (acumulo de sangue nas veias centrolobulares) e pontos mais esbranquiçados - A causa da congestão passiva é uma insuficiência cardíaca direita, desta maneira, o coração do indivíduo tem dificuldade de bombear o sangue. O Sangue bombeado do ventrículo direito vai para os pulmões, assim, há uma dificuldade de bombear o sangue para os pulmões consequentemente esse sangue vai ficando retido no ventrículo direito – átrio direito – veia cava inferior - veia hepática. A partir do momento que o coração não consegue mais bombear o sangue, ele fica retido nas veias centrolobulares do fígado que vão captar o sangue e levar para a veia porta – veia cava inferior – átrio direito – ventrículo direito. - Hiperemia das veias centro lobulares: acumulo de sangue nas veias centrolobulares - Aspecto de nós moscada Insuficiência Hepática - Coloração esbranquiçada (tecido conjuntivo fibroso) e algumas áreas mais esverdeadas (conjunto de bile que não foi canalizado para a vesícula biliar - COLESTASE) - Morte grande de hepatócitos e será substituído por tecido conjuntivo fibroso (fígado esbranquiçado) - Grande quantidade de hepatócitos que estão produzindo bile só que não está conseguindo drenar, por isso acaba ficando retido e dando a coloração esverdeada em alguns pontos. - Áreas com pontos avermelhados: Hepatócitos em processo de necrose. A partir do momento que o hepatócito sofre necrose e morre ele para de produzir bile (insuficiência hepática) Cirrose Hepática - Superfície com aspecto de nódulos - Coloração mais clara, perda da cor homogenia - Destruição de vasos sanguíneos - Deposição de tecido conjuntivo fibroso, ou seja, está tendo uma destruição dos hepatócitos e sendo substituído por tecido conjuntivo fibroso. OBS: A partir do momento que a agressão no fígado é constante ele perde sua capacidade de se regenerar e os hepatócitos morrem, sendo substituídos por tecido conjuntivo fibroso Fígado – Aspectos microscópicos - O fígado é formado por: Lóbulo hepático (aspecto de hexágono) e ácino hepático (hexágono dividido em triangulo) - Quando se fala de ácido hepático, está falando da circulação sanguínea desse fígado, desse lóbulo hepático. A circulação sanguínea do fígado sempre vai vir da tríade portal ou espaço porta (artéria hepática, veia porta e canalículo biliar). - Centro do lóbulo hepático: veia centrolobular · Parte externa é mais oxigenada: Zona 1 (: Zona 1 > Zona 2 > Zona 3) · Parte interna tem mais nutrientes: Zona 3, pois o fígado produz outras substancias além da bile e essas substancias serão captadas e transferidas para a veia centrolobular. Assim, as veias centro lobulares vão se juntar, esse sangue vai ser levado para a veia porta e consequente será conduzido para o coração direito e pulmão. ATENÇÃO !!! Zona 1: próxima a tríade portal (rica em oxigênio) Zona 3: próxima a veia centrolobular (baixa oxigenação) Zona 2: intermediaria OBS: Quando falamos de oxigenação do fígado temos que lembrar dos ácinos hepáticos - Veia centrolobular: no centro do lóbulo hepático (forma hexagonal) · Os hepatócitos vão se organizar em cordões de hepatócitos a partir da veia centrolobular - Tecido conjuntivo fibroso: separa os lóbulos hepáticos e sustenta sua forma hexagonal - Tríade portal ou espaço porta: extremidades no lóbulo hepático · Maior calibre: veia porta · Parede mais espessa: artéria hepática · Parede menos espessa: ducto biliar (parede mais delicada) OBS: Desorganização lobular nós não iremos conseguir ver exatamente essa forma hexagonal do hepatócito Quais os constituintes microscópicos do fígado? - Cordões de hepatócitos · São separados pelo espaço de disse - Espaço de disse · Fibras colágenas: espaço branco · Células estrelares quiescentes: capacidade parecida com o fibroblasto, produz fibra colágeno. Quiescente, porque ela fica parada e só vai ser ativada quando for necessário. · Células de Kupffer: macrófagos residentes no fígado, caso ocorra algum tipo de agressão ou injuria (macrófagos sentinelas) · Sinusóides: capilares sanguíneos - Entre os hepatócitos tem a presença canalículos biliares que vão captar a bile que está sendo sintetizada e será transportada para vesícula biliar - Entre uma célula hepática e outra há presença de um canalículo biliar, porém é bem sutil e não dá para ver. Funções dos hepatócitos 1. Sintetizar a bile 2. Sintetizar albumina: sem ela teríamos muitos problemas de edema, pois ela mantem a pressão coloidosmótica. Impede o extravasamento de liquido para fora do vaso. 3. Sintetiza a linfa 4. Metabolizar gordura, lipídios, e xenobioticos Padrões de lesão hepática - Repertório limitado de respostas celulares frente a diferentes tipos de agressões · Degeneração: acúmulos intracelulares (água, lipídios, glicose) · Inflamação: aguda ou crônica. O que diferencia a aguda é a presença de células polimorfonucleares (neutrófilos), já a crônica presença de células mononucleares (macrófagos, linfócitos). · Necrose: morte celular extensa, Pois as células mortas acabam liberando substancias, enzimas citoplasmáticas, que acaba matando as células ao redor · Apoptose: morte celular programada ou induzida (quando a célula está infectada por um vírus por exemplo) · Regeneração · Fibrose: quando a regeneração não é mais possível ou suficiente, ocorre a deposição de tecido conjuntivo fibroso. Degeneração hepática – acúmulos intracelulares de água - Hepatócitos com aspecto balonizado, turgidos ou grandes devido ao acumulo de água intracelular - Aspecto rendilhado: proteínas presentes nesse citoplasma acabam se agregando, ao mesmo tempo se soltando formando como se fosse uma renda. · Proteínas citoplasmáticas acabam se dispersando, propiciando o aspecto rendilhado. Degeneração hepática – acúmulo intracelular de glicogênio - Células ficam mais eusinofilicas (rosadas) - Núcleo é mais fortemente corado, basofilico (roxo) - Célula em aspecto vegetal Degeneração hepática – acúmulo intracelular de bile - Hepatócito espumoso - Hepatócito com coloração amarronzada no citoplasma - hepatócito produz a bile se ele não consegue direcionar essa bile para os canalículos que vão coletar e levar para a vesícula biliar, essa bile pode se acumular dentro do citoplasma dos hepatócitos e dar a característica de hepatócitos espumosos. Degeneração hepática – acumulo intracelular de lipídios - Esteatose microvesicular X esteatose macrovesicular · Tamanho do lipídio que está sendo acumulado dentro do citoplasma (gotículas pequenas X gotículas grandes) · O acumulo de lipídio empurra o núcleo para a periferia da célula - Causas: · Consumo excessivo de lipídios · Agressão pelo álcool (agressão toxica) · Infecção pelo vírus C da hepatite Inflamação – resposta vascular que envolve a migração e ativação de leucócitos Crônico: linfócitos, plasmócitos, macrófagos (células maiores com núcleos mais amplos) Agudo: Neutrófilos Necrose - Morte celular de um tecido vivo devido a liberação de enzimas citoplasmáticas pelas células lesadas - Hepatócito normal (em cima) · Núcleo basofilico, arredondado, cordões de hepatócitos · Citoplasma eusinofilico Hepatócitos necróticos: de baixo · Redução do núcleo (núcleo piquinótico) · Fragmentação da cromatina · Cariolise · Desaparecimento do núcleo, próximo passo é desfazer o citoplasma Apoptose - Morte programada da célula - Citoplasma bem eusinofilico - Núcleoele não fica muito aparente, pois ele já está começando a se dividir em corpos apoptoticos - Célula com núcleo desintegrado, porque está formando corpos apoptoticos e o citoplasma bem eusinofilico Fibrose - Deposição de tecido conjuntivo fibroso - Hepatócitos tem capacidade limitada de regeneração, então no caso de uma agressão, os hepatócitos podem se dividir entrar em mitose e regenerar. Quando os hepatócitos não conseguem mais se regenerar, perdem a capacidade de se dividir, acaba ocorrendo a deposição de tecido conjuntivo fibroso.
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