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AJUSTE FUNCIONAL E ESTÉTICO

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Prótese parcial fixa 
AJUSTE FUNCIONAL E ESTÉTICO 
→ Para finalizar satisfatoriamente e cimentar de 
forma definitiva uma prótese parcial fixa, é 
necessário provar na boca a cerâmica aplicada 
pelo técnico ao lado dos dentes adjacentes, 
avaliar se a cor, a forma e o posicionamento 
estão adequados; 
→ Nesta fase que o dentista tem a oportunidade 
de passar ao técnico algum eventual ajuste de 
cor e forma; 
→ Alguns aspectos a serem ajustados nesta etapa 
são: 
ADAPTAÇÃO MARGINAL E RELAÇÃO COM TECIDOS 
MARGINAIS 
→ Sem gerar isquemia exagerada dos tecidos 
marginais – saúde periodontal estará 
preservada, sem invasão dos espaços 
biológicos. 
PERFIL DE EMERGÊNCIA 
→ Forma como a peça protética emerge do 
tecido gengival; 
→ Deve ser semelhante ao dente natural; 
→ Se estiver inadequado (sobrecontorno ou 
subcontorno) causa inflamação dos tecidos 
adjacentes, por modificar o padrão de 
higienização na área. 
AMEIA CARVICAL 
→ Espaço interproximal existente para a 
acomodação dos tecidos; 
→ Dependente do tamanho do ponto de contato 
e da sua relação com a crista óssea; 
→ Se o perfil de emergência estiver mais 
pronunciado invadirá o espaço do tecido mole, 
causando alteração da estética rosa e da 
harmonia do sorriso; 
→ Se estiver menos pronunciado, haverá espaço 
não preenchido por tecido nas ameias 
(espaços negros) que, da mesma forma, 
comprometem a harmonia do sorriso. 
AMEIA INCISAL 
→ Espaço existente entre as incisais dos dentes 
anteriores superiores; 
→ Importante para a individualização dos dentes 
artificiais e fundamental para a harmonia do 
sorriso; 
→ Geralmente, ela deve ser menor entre os 
incisivos centrais e se tornar mais ampla à 
medida em que nos dirigimos para posterior; 
→ Variam conforme o sexo e a idade: no sexo 
feminino, o ângulo mesio-incisal é mais 
arredondado, enquanto no homem, ele é mais 
marcado. Em pacientes jovens, esse espaço 
ainda está preservado, mas com a idade a 
tendência é que haja desgaste da superfície 
incisal dos dentes, e com isso uma 
planificação; 
→ Pacientes com hábitos parafuncionais podem, 
até mesmo, perder esse espaço devido ao 
desgaste intenso das superfícies incisais; 
TAMANHO DO DENTE X TAANHO DO ESPAÇO 
PROTÉTICO 
→ Muitas vezes temos um espaço protético 
ligeiramente reduzido em relação aos dentes 
adjacentes, principalmente devido à perda de 
estrutura dental que pode levar a uma 
migração dos dentes vizinhos; 
→ Quando isso não é corrigido previamente com 
ortodontia ou desgastes seletivos, pode-se 
lançar mão de recursos de ilusão de óptica 
para disfarçar essas diferenças que, se 
pequenas, podem ser realizadas pelo próprio 
dentista, no consultório; 
→ Dentes mais curtos, por exemplo, podem ser 
alongados através de caracterizações que 
enfatizem as linhas verticais e disfarcem as 
linhas horizontais, arredondando as 
superfícies proximais e deixando a face plana 
da superfície vestibular mais estreita; 
→ O encurtamento é dado, ao contrário, pela 
diminuição do terço central da coroa, e maior 
inclinação dos terços cervical e incisal, para 
diminuir a reflexão de luz; 
→ Dentes mais estreitos devem ser trabalhados 
horizontalmente, deixando a face plana da 
superfície vestibular mais ampla; 
→ O alargamento é dado pelo aplainamento de 
toda a superfície vestibular e ênfase nas 
superfícies proximais para aumentar a área de 
reflexão da luz. Enquanto o estreitamento é 
dado pelo abaulamento das superfícies 
proximais, diminuindo a área de reflexão. 
FORMA DOS DENTES 
→ Os incisivos superiores têm formato triangular, 
com o vértice (ponto mais alto da coroa dental) 
voltado para a distal, em direção ao zênite 
(ponto mais alto da margem gengival); 
→ Quando há alteração na posição do vértice, o 
aspecto final é de um incômodo extremo, 
como quando o dente se apresenta muito 
quadrado (tecla de piano) ou quando em 
ambos os incisivos centrais o zênite está 
deslocado para mesial, dando a impressão de 
que os dentes estão trocados no arco; 
→ Se não for possível corrigir adequadamente 
este aspecto, por algum motivo anatômico, é 
possível lançar mão da ilusão de óptica, dando 
profundidade e escurecendo onde se precisa 
esconder e iluminando áreas a serem 
evidenciadas. 
TEXTURA E BRILHO DA SUPERFÍCIE 
→ O grau de lisura e microtextura de superfície, 
bem como o brilho, são essenciais para a 
estética da restauração; 
→ É possível evidenciar a textura através da 
aplicação de pó de ouro, ou do pó de 
purpurina, que destaca os sulcos, as 
depressões, os mamelos ou as estrias de forma 
mais nítida, facilitando a reprodução dos 
detalhes presentes nos dentes naturais e a 
evidenciação deles nos dentes artificiais 
durante a prova e o ajuste estético. 
ESPAÇO DO CORREDOR BUCAL 
→ O espaço do corredor bucal é o espaço entre a 
vestibular dos dentes posteriores e a 
comissura labial durante o sorriso e, portanto, 
sofre influência do tamanho da maxila e do 
posicionamento dos dentes posteriores; 
→ Quando há alteração no tamanho da maxila, 
há alteração na profundidade do sorriso e, 
dependendo do grau, há prejuízo na harmonia 
do sorriso; 
→ Quando os dentes posteriores estão 
vestibularizados, tomando o espaço reservado 
ao corredor bucal, ou quando há giroversão 
(exposição da face distal dos dentes 
posteriores), dá a impressão de que existem 
mais dentes na boca; 
→ Quando os dentes estão palatinizados demais 
há espaço demais e o sorriso fica muito 
profundo, e também esteticamente 
prejudicado; 
→ Na vista do sorriso frontal, as áreas visíveis dos 
dentes posteriores correspondem às faces 
mesiais, que, idealmente, devem estar iguais 
de um lado e outro, para manter a harmonia 
do sorriso. 
LINHA DO SORRISO 
→ A linha do sorriso do paciente, ou o quanto o 
paciente expõe de dente e gengiva ao sorrir, 
bem como a arquitetura do perfil gengival, 
devem estar semelhantes em ambos os 
hemiarcos para dar o aspecto de harmonia do 
sorriso; 
→ Ao sorrir, a incisal dos dentes anteriores 
superiores deve acompanhar a curva do lábio 
inferior, e tocá-la suavemente; 
→ Se a incisal dos dentes estiver invertida em 
relação à curva do lábio (sorriso invertido), 
perde-se muito em estética e harmonia. 
DISPOSIÇÃO DOS DENTES NO ARCO DENTAL 
→ Deve estar de acordo com a proporcionalidade 
estética, e durante muito tempo se utilizou a 
proporção áurea como referência; 
→ Quando é necessário reabilitar mais de um 
elemento anterior e há perda da referência de 
distribuição dos espaços para cada dente, 
pode-se lançar mão das regras de 
proporcionalidade, para que a distribuição dos 
espaços para cada dente seja feita correta e 
harmoniosamente; 
→ A partir do estabelecimento do 
posicionamento inter-caninos, a exposição da 
distal dos dentes é cada vez menor e há 
diminuição gradual da “face” mesial dos 
dentes a partir do canino em direção posterior, 
sendo assim, os dentes posteriores aparecem 
cada vez menos no sorriso, mantendo uma 
proporcionalidade; 
→ Se desrespeitadas essas condições, há invasão 
do corredor bucal, e prejuízo estético para o 
sorriso. Claro que isso não deve ser tomado a 
ferro e fogo, e cada caso deve ser avaliado e 
conduzido individualmente, mas essas 
referências de proporcionalidade ajudam o 
técnico e o dentista quando há perda da 
referência. 
ASPECTOS INDIVIDUAIS DO PACIENTE 
→ O sexo, a idade e até mesmo o tipo físico 
devem ser levados em conta durante a 
caracterização dos dentes; 
→ Pacientes homens, que sejam mais altos e 
fortes, por exemplo, em geral, apresentam 
características mais marcadas e robustas que 
uma mulher mais baixa e magra, que 
apresenta linhas mais delicadas e 
arredondadas, por exemplo; 
→ A percepção dos detalhes é muito importante 
para a caracterização adequada dos dentes 
artificiais, e essas informações devem ser 
passadas ao técnico já na fase de confecção da 
peça, e reforçadasdurante o ajuste estético na 
boca. 
AJUSTE FUNCIONAL 
→ Deve ser realizado de forma a preservar a peça 
protética e o dente antagonista de contato 
prematuro, trauma oclusal e eventuais 
consequências, como pericementite, 
mobilidade ou fratura decorrentes das forças 
excessivas que um contato exagerado pode 
causar; 
→ O primeiro ponto a ser observado é o ajuste 
proximal da prótese. Uma peça com 
sobrecontorno proximal nem chegará a 
encaixar e se adaptar ao preparo, portanto, 
certamente estará “alta” no contato oclusal; 
→ Para esse ajuste é feita a marcação do contato 
excessivo proximal com a aplicação de carbono 
líquido ou ainda fitas de carbono, que 
permitirão identificar o excesso, que é 
removido até que a peça se adapte 
adequadamente ao preparo, sem que o ponto 
de contato seja, em si, removido; 
→ Uma vez considerada satisfatória a adaptação 
da peça ao preparo e à adequação do ponto de 
contato, é feito o ajuste oclusal; 
→ A oclusão deve estar de acordo com os 
princípios oclusais adotados até os dias de 
hoje, com apenas um ponto de contato em 
todas as cúspides funcionais (vestibulares 
inferiores, palatinas superiores), ao invés de 
uma grande área localizada de contato; 
→ Devem ser observados, também, os contatos 
durante as movimentações excêntricas da 
mandíbula, como protrusão e lateralidade, 
preservando os conceitos de proteção mútua, 
e evitando contatos prematuros durante os 
movimentos mandibulares; 
→ Após o ajuste da superfície externa da 
cerâmica, esta deve receber cuidadoso 
polimento, com pontas diamantadas finas ou 
extrafinas, discos de óxido de alumínio ou 
taças e pontas de silicone com pastas 
abrasivas; 
→ Se verificada uma discrepância muito grande 
entre a peça no modelo e na boca, 
principalmente quanto à altura oclusal, uma 
nova moldagem e registro oclusal devem ser 
realizados e a peça enviada de volta ao técnico 
para que ele realize os ajustes necessários; 
→ A resistência à compressão da cerâmica é 
extremamente baixa, mas melhora bastante 
com a sua cimentação. Por isso, recomenda-se 
fazer o ajuste oclusal após a cimentação, e o 
manejo durante as etapas de confecção e a 
prova das peças cerâmicas devem ser 
realizados com muito cuidado; 
→ Uma vez ajustadas e condicionadas, as 
próteses são cimentadas, e só então é feito o 
ajuste final, principalmente na interface dente 
- cimento - peça protética, para a remoção dos 
excessos de cimento, acabamento e polimento 
finais. 
HIGIENIZAÇÃO EM PPF 
→ A área de interface dente - cimento - prótese, 
que deve ser considerada um ponto crítico de 
maior facilidade para o acúmulo de biofilme 
bacteriano e dificuldade de higienização e, 
portanto, de maior risco de falha; 
→ A técnica de escovação em si não muda para a 
higienização da prótese, o que muda é a 
consciência do paciente quanto à importância 
do cuidado para a manutenção da prótese; 
→ Se a prótese for fixa de três elementos, por 
exemplo, onde há um pôntico deve ser 
higienizado com fio de extremidade rígida e 
uma rede de fibras esponjosas ou o fio com o 
passa fio; uma escova interdental ou unitufo 
podem ser necessárias para auxiliar na 
higienização de próteses parciais fixas, já que a 
cabeça é menor e o alcance em áreas de difícil 
acesso é facilitado; 
→ O ideal é que no primeiro ano sejam feitas 
visitas de manutenção, após uma semana da 
cimentação da peça, 14 dias - duas semanas, 
um mês, quatro meses, oito meses e, 
finalmente, anualmente.

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