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Bases legais e principios doutrinarios do SUS1


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Saúde pública 
BASES LEGAIS DO SUS 
→ A base legal que sustenta o SUS é constituída 
pela Lei Orgânica da Saúde – Lei nº 8.080, de 
19 de setembro de 1990 – regulamenta o SUS, 
e pela Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 
1990, que dispõe sobre a participação da 
comunidade na gestão do SUS; 
→ A Lei nº 8.080/90 dispõe sobre as condições 
para promoção, proteção e recuperação de 
saúde, além de especificar o funcionamento e 
a organização dos serviços de saúde. 
→ Áreas de atuação do SUS: 
 
DIVISÃO DE PODERES 
→ Quanto às responsabilidades, em cada esfera 
da federação (municipal, estadual e federal), 
há atribuições comuns às três e outras 
específicas a cada ente federado: 
• Federal – identificar problemas e 
prioridades em caráter nacional, buscar 
equidade, incentivar as práticas inovadoras 
nas esferas estaduais e municipais, garantir 
os recursos suficientes para o setor da 
saúde, redistribuir a verba de forma a 
garantir equidade, investir em redução das 
desigualdades, regular os sistemas 
estaduais, apoiar a articulação entre os 
estados, avaliar os resultados das políticas 
nacionais e do desempenhos dos sistemas 
estaduais, entre outras muitas atribuições. 
• Estadual – identificar problemas e 
prioridades no âmbito estadual, promover a 
regionalização, incentivar o fortalecimento 
institucional das secretarias municipais de 
saúde, definir os critérios de uso dos 
recursos federais e estaduais entre os 
municípios, buscar a equidade na alocação 
dos recursos, diminuir desigualdades, 
regular os sistemas municipais, apoiar a 
articulação intermunicipal, avaliar o 
desempenho dos sistemas municipais. 
• Municipal – identificar problemas e 
prioridades no âmbito municipal, planejar 
ações e serviços, organizar oferta de ações, 
de serviços públicos e de contratação de 
privados caso haja necessidade. Garantir a 
aplicação dos recursos próprios com 
transparência, integrar a rede de serviços, 
definir as portas de entrada do sistema de 
saúde local, realizar articulações com outros 
municípios para referências, prestar 
assistência diretamente, fortalecer a 
vigilância sanitária e epidemiológica, 
gerenciar os serviços de saúde, realizar 
contratação, capacitação e gerenciamento 
dos profissionais de saúde, entre outras 
atribuições. 
MECANISMOS DE PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 
→ CONSELHOS DE SAÚDE – implantados em 
todas as esferas de governo e são compostos 
por representantes do governo (25%), 
prestadores de serviço e profissionais da saúde 
(25%) e usuários do SUS (50%). Apresentam 
caráter deliberativo, isso significa que têm 
poder de tomar decisões. Eles atuam na 
formulação de estratégias e no controle da 
execução das políticas nas diferentes esferas. 
Esse poder de atuação se estende também aos 
aspectos econômicos e financeiros. O objetivo 
central é assegurar a gestão participativa da 
população no SUS e evitar uma gestão 
centralizadora e distante. Suas atribuições são: 
• Caráter deliberativo; 
• Participam do controle de execução da 
política de saúde; 
• Participam da formulação de estratégias; 
• Atuam nos aspectos econômicos e 
financeiros. 
→ CONFERÊNCIAS DE SAÚDE – ocorrem a cada 
quatro anos, em todas as esferas do governo, 
com participação de diversos segmentos 
sociais e têm por objetivo avaliar a situação da 
saúde e propor novas diretrizes para 
formulações de políticas de saúde. Suas 
características são: 
• Ocorrem a cada quatro anos; 
• Avaliam as condições de saúde; 
• Propõem diretrizes. 
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS DO SUS 
→ UNIVERSALIDADE – reconhecer a saúde como 
“direito de todos e dever do Estado. Ultrapassa 
apenas o direito ao acesso aos serviços de 
saúde, mas passa também por questões 
importantes como o direito à vida e à 
igualdade de acesso independentemente da 
raça, da etnia, da religião, do sexo, da 
orientação sexual ou de qualquer outro tipo de 
discriminação. Há dois desafios a serem 
vencidos: universalidade de acesso aos 
serviços de saúde e ser estendido às condições 
de vida que possibilitem boa saúde. 
→ EQUIDADE – reconhece a pluralidade e os 
diferentes graus de necessidades dos cidadãos 
e tenta equilibrá-los com diferentes medidas 
de reparo. O grande desafio da equidade está 
em aplicar um juízo de valor para os critérios 
de distribuição de renda e de recursos que, de 
fato, consigam promovê-la, afinal para isso é 
necessário classificar pessoas e populações. 
→ INTEGRALIDADE – inclui diferentes grupos 
populacionais e apresenta formulação de 
políticas públicas específicas para atendê-los 
em suas necessidades específicas.

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